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GUIA

PARA CURSO DE DESENHO

DESENHO DA FIGURA FEMININA 1


CURSO DE DESENHO
GUIA
PARA

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO


SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

G971

Guia curso de desenhos para tattoo. -- [4. ed.]. - Barueri


[SP] : On line, 2017.
: il.

ISBN 978-85-432-1971-4

1. Tatuagem - Temas, motivos. 2. Desenho - Técnica.


17-44444 CDD: 391.65
CDU: 391.91

30/08/2017 04/09/2017
PRESIDENTE: Paulo Roberto Houch • ASSISTENTE DA PRESIDÊNCIA: Adriana Lima (redacao@editoraonline.com.br) • COORDENADOR DE ARTE: Rubens Martim • GERENTE
COMERCIAL: Elaine Houch (elainehouch@editoraonline.com.br) • SUPERVISOR DE MARKETING: Vinicius Fernandes • ASSISTENTE DE MARKETING: Gabriela Nunes • DIRETORA
ADMINISTRATIVA: Jacy Regina Dalle Lucca • COLABORARAM NESTA EDIÇÃO: TEXTOS: Henrique Silvério • EDIÇÃO: Mara Luongo • DESENHOS: Paulo Mophos, Clayton Tacusi,
Raul Gomes, Ayelo Padalino, Jimmy Rodrigues, Marcel Oliveira, Igor Borazzo, Danilo Bocão, Renan Vida, Altieres Tiel, Cleverson Angelo, Sunega, Higor Silva, Fabio Tattoo e Fabio tico
• PRODUÇÃO: Esa Studio de Artes • DIRETOR EDITORIAL: João Costa • DESENHOS: Bruno Paiva • DIAGRAMAÇÃO: Bruno Paiva • Impresso na ÍNDIA • Distribuição no Brasil por
DINAP • GUIA CURSO DE DESENHO PARA TATTOO é uma publicação do IBC Instituto Brasileiro de Cultura Ltda. – Caixa Postal 61085 – CEP 05001-970 – São Paulo – SP – Tel.: (11)
3393-7777 • A reprodução total ou parcial desta obra é proibida sem a prévia autorização do editor. Para adquirir com o IBC: www.revistaonline.com.br • VENDAS AOS DISTRIBUIDORES:
Tel.: (11) 3393-7711/7723/7719/7766 (vendas@editoraonline.com.br).
Índice
Materiais 6 Crânio alado 60
Exercícios - linhas 7 Boneca 58
Construções 8 Fabio Tico 62
Introdução 9 Paulo Mophos 70
Proporção - frontal 10 Clayton Tacusi 76
Aramado - movimento 12 Raul Gomes 82
Preenchimento - movimento 14 Ayelo Padalino 86
Estrutura óssea do tronco 16 Jimmy Rodrigues 87
Músculos do abdômen 17 Marcel Oliveira 88
Mãos - construção 18 Igor Borazzo 90
Estrutura óssea da mão 18 Danilo Bocão 92
Músculos da mão 19 Renan Vida 93
Estrutura óssea do braço 20 Altieres Tiel 94
Músculos do braço 21 Bruno Paiva 96
Pé - construção 22 Cleverson Angelo 98
Estrutura óssea do pé 22
Músculos do pé 23
Estrutura óssea da perna 24
Músculos da perna 25
Luz e sombra 26
Introdução 27
Luz e sombra - tonalidades 28
Luz e Sombra - volume 29
Luz e Sombra - textura 30
Luz e sombra - contraste 31
Perspectiva 32
Introdução 33
A perspectiva 34
Perspectiva - escorço 35
Perspectiva - volume 36
Perspectiva - três dimensões 37
Dicas 38
Introdução 39
Passo a passo 40
Tigre 40
Coelho 42
Coelha 44
Pin-up 46
Garota 48
Crânio 50
Caveira 52
Menina 54
Garota 56
Boneca 58

5
Materiais
Curso de Desenho

Conhecendo os materiais
Com muitas técnicas desenvolvidas
durante séculos de arte, temos hoje uma
grande variedade de materiais para ob-
ter resultados incríveis ao fazer uma boa
ilustração. A paixão por arte tem levado
cada vez mais artistas a se dedicarem ao
tema, descobrindo, com materiais clás-
sicos, novas misturas e, com o tempo,
conseguimos ver uma enorme variação
de estilos. Recomendamos, para apri-
morar sua percepção e conhecimento,
experimentar o resultado que os ma-
teriais podem proporcionar ao fazer
seus trabalhos.

Materiais para desenhar


Para a prática do desenho, temos como suporte papéis Fique livre para empunhar seu material, pois não há a
classificados como lisos, semi-rugosos, rugosos, textu- maneira correta de se segurar os lápis das séries HB, B e
rizados e cartonados, sendo que entre os mais comuns 2B ao 6B. Existem, ainda, as lapiseiras 03, 04, 05 e 07, tam-
estão os formatos A4 e A3, de gramatura entre 75gm/2 e bém com as minas da série B, ideais para esboçar e fazer
300gm/2. acabamento em desenhos.

Segurar no meio
do lápis pode deixar Utilize materiais de qualidade
seu traço mais leve. para ter bons resultados .

Opte por borrachas ma-


cias e apontadores de maior
precisão para não ficar que-
brando a ponta do seu lápis.

Temos variação de canetas mais utiliza-


das para dar acabamento em desenhos,
como canetas nanquim descartáveis e re-
carregáveis de diversas numerações.
6
Exercícios - linhas
Exercícios de adestramento manual
Vamos treinar traços com o intuito de adestrar a sua
mão para que possa fazer desenhos com maior precisão
e liberdade. Use lápis HB e 6B. Faça os exercícios no seu
ritmo, e experimente diferentes velocidades, movendo
o braço inteiro, e não somente a mão.

Variação da serie B

Risque e rabisque com movimentos variados. Verifique


a precisão que oferece uma lapiseira, e como é macio um
lápis da serie B, ou quão intenso pode ser um tom de lá-
pis carvão.Veja o que pode ser feito com a variação desses
exercícios. Desenvolva sua coordenação motora.

Linhas soltas

Trama cruzada

Linhas elípticas

Procure dominar as múltiplas direções de seus traços, o


que proporciona fazer qualquer tipo de acabamento, ou
seja, contornar o desenho ou fazer luz e sombra.

Repare como os
traços a serem limpos
e leves dão mais
qualidade ao desenho.

7
Construções

8
Introdução
O estudo da anatomia é muito Com esse estudo, podemos enten-
importante para o desenho do cor- der e fazer de forma correta as posi-
po humano. Existe uma grande va- ções e os movimentos de uma pessoa.
riedade de proporções para o corpo,
que podem ser definidas como pes-
soas de estatura alta, média e baixa,
bem como pessoas magras, atléti-
cas e obesas. No entanto, mesmo
com essa variedade, a estrutura do
desenho é muito parecida.

9
Proporção - frontal
Curso de Desenho

Iniciamos o estudo pelo esqueleto aramado, que de-


monstra a proporção do corpo feminino com referência
na medida da cabeça. As proporções variam entre sete e
dez cabeças de altura.

CONSTRUÇÃO Proporção do corpo feminino

CABEÇA

PEITO
ABDÔMEN
PÚBIS

JOELHO

TORNOZELO

1º passo - Faça a cabeça por uma elip- 2º passo - Na segunda cabeça, mar- 3º passo - Os braços são feitos por
se e a utilize como medida a marcar 8 que a largura total dos ombros, com traços da segunda à quinta cabeça.
e 1/2 cabeças para a altura, fazendo dois círculos, com uma cabeça para Os cotovelos são pequenos círculos
a proporção da figura feminina. Uma cada lado. Utilize 1/4 de cabeça para na terceira cabeça. Formas de retân-
linha vertical marca a direção do cor- fazer a marcação da largura do pei- gulos e triângulos marcam as mãos
po feminino. to. Uma elipse entre a segunda e a na quinta cabeça. As coxas vão até
terceira cabeça faz o tórax, 1/4 de sexta cabeça, onde ficam os joelhos
cabeça faz a marcação da largura do em pequenos círculos. As pernas pas-
quadril com forma elíptica, na quarta sam da sétima para oitava cabeça. Os
cabeça. Dentro desta elipse, marque pés triangulares são marcados na 1/2
um triângulo para o púbis. cabeça abaixo.
10
Proporção - frontal
O aramado teve as medidas baseadas na estrutura do
esqueleto humano, e foram retratadas de forma simplifi-
cada para maior compreensão ao construir a figura hu-
mana. Depois, se faz o preenchimento da estrutura.

Proporção do corpo feminino CONSTRUÇÃO

CABEÇA

PEITO
ABDOMEN

PÚBIS

JOELHO

TORNOZELO

4º passo - Modele a forma do corpo 5º passo - Limpe os traços do esbo-


feminino com figuras geométricas ço, complete os detalhes de todos
simplificadas para fazer o preenchi- os elementos do corpo feminino e
mento. Repare que os pulsos e os deixe-o em desenho linear.
tornozelos são mais afinados que os
antebraços e as pernas.

11
Aramado - movimento
Curso de Desenho

A melhor maneira de se fazer desenho do corpo em de altura, e marcar todos os elementos nos lugares cor-
movimento é pelo esquema de construção aramado, por retos. Isso ajuda muito a desenhar de forma rápida e ter
simplificar sua estrutura. Por isso, é importante se atentar uma boa noção da postura para depois finalizar o proces-
às proporções do corpo, entre 7 e 1/2 cabeças a 8 cabeças so com esquema preenchido.

Aramado Movimento do corpo feminino


Observe os exemplos abaixo. Note que a linha verti- simples, acompanhando o traçado da linha de direção do
cal de direção do corpo é utilizada para criar movimento. corpo. Veja como ocorrem variações nas linhas de cons-
Procure fazer a representação do movimento de forma trução de acordo com as posições.

Na posição fron- A partir das pro- Com o eixo, di- O eixo curva-se à Mesmo que le-
tal, temos o eixo porções do frontal, recionamos a figura direita, deixando o vemente curvado,
central que direcio- pode-se alterar a para uma postura de corpo inclinado em o corpo é “puxado”
na o corpo de modo postura pela linha perfil como a rota- seu movimento. para cima para dar-
estático. de direção curvada. cioná-lo. -lhe elegância.

12
Aramado - movimento
Movimento do corpo feminino Aramado

Há seis formas de expressão corporal,


como flexão e extensão, que se realiza por
meio das articulações, que permitem o aga-
chamento e o alongamento do corpo por in-
teiro ou apenas uma parte dele.

Os movimentos de adução e abdução


correspondem ao abrir e fechar da mãos,
dos punhos e dos ombros. Já os movimen-
tos de rotação são aqueles que permitem Posições sentadas, que
girar o corpo, ou parte dele, para dentro ou demonstram apoio, são
para fora. bem comuns em ilustra-
ções. É ótimo para estudo
de observação das linhas
do arco do corpo.

Exemplo
Faça estudos so-
bre variadas poses, No estudo acima, pode-se observar que o
com referências de movimento de apoio se dá sobre os glúteos
fotos, para passar a na região pélvica, que representam a metade
ideia de mobilidade do corpo.
no seu desenho.

Por estes esboços, note que a linha


que permite fazer o desenho do movi-
mento do corpo, a linha de direção, ba-
seia-se na coluna vertebral. Toda a curva-
tura exercida pelo corpo é feita pela linha
de ação da coluna vertebral. Já as linhas
de arqueamento são baseadas em pon-
tos-chave, como as cabeças do corpo.

13
Preenchimento - movimento
Curso de Desenho

Os movimentos do corpo são muito variados e para porém, agora, formas geométricas serão aplicadas a
poder executá-los precisa-se partir de movimentos ele durante a sua rotação. Para isto, deve-se manter
base, tais como frontal, 3/4 à direita, 3/4 à esquerda, as proporções sem nenhuma distorção no aramado.
perfil direito, perfil esquerdo e posterior. O aramado Em seguida, deve-se criar formas musculares com fi-
simplifica a maneira de se ver a estrutura do corpo, guras geométricas.

Aramado Preenchimento do corpo feminino


Veja que, aparentemente, o corpo parece estático. Con- contorno ocorre pelo preenchimento das massas por
tudo, pode ser notado o seu movimento de rotação. O es- meio de figuras geométricas, como podemos notar nas
tudo inicia-se pelo esquema aramado, porém, o seu real imagens abaixo.

Veja os volumes no cor- No corpo em 3/4 eviden- Ao girar o corpo para a Com certas variações,
po frontal por meio de fi- cia-se o uso de figuras geo- posição de perfil, a estru- como nos glúteos, a vis-
guras geométricas, como métricas para estrutura mus- tura parece possuir ele- ta dorsal se constitui de
círculos, cones, cilindros cular no esboço. A pequena mentos únicos para este forma semelhante à vista
elipses, ovais, retângulos, rotação do corpo passa a movimento, uma vez que frontal do corpo.
trapézios e triângulos, que ideia de perspectiva. há possibilidade de se ver
dão a noção de músculos. apenas parte deste corpo.
14
Preenchimento - movimento
Procure estudar, por meio de referências, os mais va-
riados tipos de movimentos, entre modelos fotográficos,
atletas, dançarinos e poses que você esteja habituado a
visualizar, seja de maneira natural ou profissional.

Preenchimento do corpo feminino Aramado

Aqui, seguem exemplos de poses profissionais. O


estudo é iniciado pelo esquema aramado, mas de-
pois aplicam-se as figuras geométricas, o que per-
mite maior visualização.

Note que o preenchimento, aliado à


linha de movimento do corpo, estabelece
a forma e a pose do corpo.

No exemplo ao lado, a cabeça está mais


inclinada para o ombro e a coluna tem uma
leve curvatura para frente, em direção ao tó-
rax. Os braços são flexionados para fora pela
articulação do cotovelo. O tórax e a pelve ar-
queiam o corpo. A perna direita abre-se para
suportar a inclinação, enquanto a esquerda Repare que, para fazer
se fixa no chão a fim de manter o equílibrio a inclinação do corpo, a li-
do corpo. nha de direção determina
as linhas de arqueamento,
projetando-o tanto para
cima como para baixo.
15
Estrutura óssea do tronco
Curso de Desenho

Vista anterior
Apesar de não estar visível, o estu-
do do esqueleto axial é importante
para a compreensão da forma. Ele é
como o aramado, que compõe a es-
trutura e dá as proporções do corpo.

Clavículas

Osso do
esterno
12 pares
de costela
Coluna Ílio
vertebral

Cintura
pélvica
Sacro
Ísquio

Vista posterior Púbis

Cóccix

Cervical

A caixa torácica é forma-


da pelas costelas e prote-
Escápulas gem o coração e pulmões.

Coluna vertebral

Coluna
vertebral

12 pares
de costela
Ílio

Sacro

Cóccix A estrutura óssea esquelética é


a responsável pela sustentação de
Ísquio todo o corpo e ponto de apoio para
Púbis
a fixação dos músculos.
16
Músculos do abdômen
Esternocleidomastoideo Esternocleidomastoideo

Deltoide
Deltoide

Grande
dorsal

Os músculos esqueléticos corres-


pondem ao preenchimento do cor-
po. É por meio deles que entende-
Serrátil mos como ocorre o volume do corpo,
e também como ocorrerão os encai-
xes do esqueleto apendicular.

Grande reto
abdominal

Glúteo
maior

Oblíquo
maior

Veja abaixo como é feita a construção dos músculos e seus encaixes no corpo humano.

17
Mão - construção
Curso de Desenho

O desenho da mão é um grande desafio para os de- lações, e o seu contorno não é paralelo. As figuras geomé-
senhistas por ser complexa, a começar pelos dedos em tricas básicas utilizadas no desenho da mão são círculos,
forma cônica, que possuem diferentes alturas nas articu- quadrados, retângulos e triângulos.

Mão frontal

1º passo - Comece a construção 2º oasso - Na parte superior do 3º passo - A pele entre os dedos
da mão por meio de um retângulo e retângulo, desenhe os quatro dedos tem forma de “U”. Apague as linhas
divida-o em quatro partes iguais. cônicos, com diferente alturas. Ob- do esboço e dê o acabamento linear
serve que o polegar fica na altura da ao desenho.
junta do dedo indicador.

Mão perfil

1º passo - Faça um desenho de um 2º passo - Desenhe os quatro de- 3º passo - Agora, faça o contorno
estreito retângulo e divida-o em qua- dos na parte de cima do retângulo. linear da mão e, depois, elimine as li-
tro partes iguais. Então, insira o dedão na palma na nhas de construção.
parte inferior.

Estrutura óssea da mão


Falange
proximal Corpos dos ossos Osso
Falange média
do metacarpo pisiforme
Os dedos das mãos não são iguais,
tampouco suas formas são retilíneas.
Falange distal

Carpo, metacarpo
e falanges são as Osso
piramidal
divisões das mãos.

Tubérculo
Osso Tubérculo do osso
trapézio do osso escafoide
18 trapézio
Músculos da mão
O que ocorre em nossas mãos é que os tendões li- mãos é compreender as ligações dos tendões, dos de-
gam os músculos aos ossos, enquanto os ligamentos dos, dos músculos da palma da mão e do pulso, para
unem um osso ao outro. Importante no desenho das realizar os movimentos.

Tendões do flexor
superficial dos dedos Tendões do flexor
profundos dos dedos

Tendão do
Músculos lumbricais extensor
digital

Retináculo
do extensor
Interósseo dorsal

Procure estudar bastante as mãos e perceber que, ape-


nas para desenho – e não uma regra –, as mãos femininas
são mais finas e possuem dedos mais alongados e afina-
dos. Entretanto, as mãos masculinas parecem ser maio-
res, mais densas e mais detalhadas.

Exemplo

19
Estrutura óssea do braço
Curso de Desenho

A formação do esqueleto apendicular superior ombro, cilindro para o braço, círculo para o cotovelo,
é composta pelo ombro, braço, antebraço, pulso e cone para o antebraço, cilindro para o pulso e triân-
a terminação de sua extremidade, que é a mão. As gulo para a escápula, onde ocorrem a inserção e o
figuras principais de construção são círculo para o encaixe do ombro.

Apófise
coracoide

Cabeça do úmero

Clavícula

Úmero

Escápula

Epicôndilo

Os membros superiores
são livres para fazer qual-
quer tipo de manipulação.
Rádio

Ulna

20
Músculos do braço
O braço é o conjunto composto pelo ombro, braço os movimentos de sustentação e ereção acontecem
e antebraço. Os movimentos principais, como abrir, no antebraço. Para dar-lhe os volumes musculares no
fechar, estender e flexionar ocorrem pelo ombro, mas desenho, utilize as figuras geométricas descritas.

Deltoide

Tríceps
braquial

Braquial

Bíceps braquial

Extensor
dos dedos

Extensor carpo
radial curto Ao estudar as estruturas óssea e
muscular do braço, procura-se enten-
Extensor der como acontece a inserção deste
carpo ulnar membro ao tronco. Fazer uma análi-
se da ação muscular auxilia na repre-
sentação gráfica correta do braço.
Flexor carpo
ulnar

Extensor longo Fazer vários desenhos do conjun-


do polegar to dos braços ajuda a evitar erros
de construção.

Note que, em geral, são os


músculos do braço que se
inserem no antebraço, bem
como o deltoide do ombro.

21
Pé - construção
Curso de Desenho

Para desenhar os pés, procure basear o esboço também pois dessa forma irá facilitar o desenho e, assim, poderá
em figuras geométricas, como triangulos, ovais e elipses, obter bons resultados em seu trabalho.

Pé vista frontal

1º passo - Para começar, desenhe 2º passo - Um cilindro para o final 3º passo - Retire as linhas de cons-
um quadrado dividido em quatro da perna, um triângulo marca o dorso, trução e dê o acabamento linear
partes iguais para as proporções. e formas romboides fazem os dedos ao desenho.
do pé na parte inferior do quadrado.
Pé vista perfil

1º passo - Desenhe um retângu- 2º Passo - Faça a marcação trian- 3º passo - Defina o desenho li-
lo em posição horizontal e divida-o gular para a parte da frente do pé. near do pé ao apagar as linhas
ao meio. Um arco no plantar e um semicírculo desnecessárias.
para o calcanhar formam o pé.

Estrutura óssea do pé Tíbia


O dedão do pé é conhecido como
hálux. Ele marca sempre a parte in- Navicular
terna do pé em relação ao corpo. Fíbula
Escafoide
Na hora de desenhar, deve-
-se sempre atentar ao ângulo
Metatarsianos
que irá ilustrar os pés, pois, em Calcâneo
geral, eles são vistos em forma
triangular. Mas isso não é uma
regra, e em algumas situações
eles são em formas circulares.
Cuneiforme

Tarso, metatarso
e falange são as
divisões dos pés. Falanges

22
Músculos do pé
Músculo extensor
longo do hálux

Músculo
extensor
longo dos
dedos

Músculo
extensor
retináculo

Músculo
extensor
longo
do hálux

Músculo
extensor
curto
do hálux

A exemplo do desenho da mão,


desenha-se a musculatura do pé de
modo a entender como procede e
funciona sua inserção na perna, uma
vez que o pé possui poucos movi-
mentos, como impulsão, amorteci-
mento, ereção e rotação.

23
Estrutura óssea da perna
Curso de Desenho

A estrutura óssea do esqueleto encaixa a cabeça do fêmur pelo tro- o pé, que lhe confere toda a sustenta-
apendicular inferior, ou seja, a per- canter. Prolonga-se pela coxa, joelho, ção, além de absorver as forças exer-
na, começa a partir da pelve, onde se perna, tornozelo e sua terminação é cidas nos movimentos.

Trocanter Ílio

Púbis

Ísquio

Fêmur

Patela

Tíbia

Fíbula
Falanges

Ossos
metatarsos

O fêmur está localizado na coxa,


é o maior e mais duro osso do cor-
po humano.
Ossos do Ossos
Falanges tarso metatarsos
24
Músculos da perna
Denomina-se perna o conjunto for- e pé. Suas formas geométricas básicas coxa, triângulo para a patela, cone para
mado por glúteo, coxa, joelho, perna são retângulo para a pelve, cone para a a perna e cilindro para o tornozelo.

Músculo
reto fermoral
Pectíneo

Adutor longo

Sartório

Vasto medial

Tendão do
quadríceps
femoral

Vasto
lateral

Ligamento
rotuliano

Fibular
longo

Observe como os músculos da


É na coxa que estão localizados coxa se inserem na perna e acompa-
os maiores e mais fortes músculos nham o delineado das curvas do cor-
da perna, que têm formas longas e po. Repare como são suas formas em
achatadas. São eles que formam as diferentes movimentos, para não ter
fibras musculares. distorções da figura.
25
v

Luz e sombra

26
Introdução
O desenho da anatomia, principal- Porém, a grande responsável pela
mente a feminina, é um tema apai- beleza do desenho é a aplicação do
xonante. Isto se deve à sensualidade volume, da luz e da sombra, que dá o
das formas curvilíneas da mulher. efeito que compõe o corpo feminino.

Para fazer um desenho belo e re-


alista, é importante conhecer as for-
mas, os planos de volumes, os planos
de sombreamento, as texturas e as
contraluzes para realçar a figura. Com
a localização da luz sobre a figura
pode-se climatizar qualquer tipo de
situação, bem como fixar a ilustração
em algum plano.

27
Luz e sombra - tonalidades
Curso de Desenho

Antes de iniciar o processo de uniforme e homogênea. Em segui-


sombreamento, é necessário que da, passa-se a estudar as passa-
se treine primeiro os efeitos das gens em degradês, em uma condi-
passagens de tonalidades claras, ção sem a qual não se obtém bons
meios-tons e escuras de maneira resultados visuais.

Há dois tipos de luz: a natural, pro-


veniente do sol, e a artificial, como a
Cinza-claro
de uma luminária. As sombras se di-
videm em própria – que está no ob-
jeto –, e a projetada – quando a luz
é interceptada por algum corpo ou
objeto e a sombra deste objeto recai
sobre o plano adjacente.

Para melhor compreender o princí-


pio fundamental da luz e da sombra,
um bom exercício é focar a luz de Cinza com pouco volume
uma luminária sobre um objeto ge-
ométrico, como cilindro, cubo, esfera
e pirâmide, e observar como as som-
bras se comportam em cada um de-
les. Depois, é só tentar reproduzi-los
como nos exemplos, para exercitar.

Assim como ocorre neste exem-


plo, em que luz e sombra se distri- Cinza com variação tonal
buem de forma aleatória, não pode-
mos definir um padrão para figuras
irregulares.

Defina nitidamente todos os tons

Como se procede o sombreamento

A luminária emite o foco de


luz. A luz direta incide sobre o
objeto. A sombra própria se ini-
cia pelos tons claros, meios-tons
e tons escuros. Na projetada
ocorre o contrário, sendo da es-
cura para a clara. Entre as duas
escuras, há a luz refletida ou a Comece devagar a marcar os
contraluz sobre o objeto. tons em suaves passagens.
28
Luz e sombra - volume
A figura de um prisma para divisio- Assim como se pode trabalhar de
nar como ocorrem os planos de som- forma simplificada em um objeto
breamento facilita o estudo destes facetado, a mesma ideia de planos
planos sobre a anatomia. Repare que pode ser aplicada ao corpo com o
as passagens parecem “dobrar-se” em objetivo de dar-lhe volume por pla-
cada plano. nos de alto (luz direta), baixo (sombra
profundamente escura) e relevos.

Pelo prisma nota-se que a luz meio-dia e o tom escuro é o anoi-


direta é equilavente à luz do sol. tecer. A luz refletida sobre o objeto
A sombra clara é a sombra da ma- representa a luz do luar refletida
nhã, a meio-tom é a sombra do na Terra.

Exemplos

Observe bem a
direção da luz e Não existe um pa-
como as sombras se drão para a coloca-
distribuem sobre a ção de planos sobre
forma corpórea em uma superfície que
planos mais altos e possui movimentos.
mais baixos.

29
Luz e sombra - textura
Curso de Desenho

Ao se trabalhar com os volumes


encontrados no corpo por meio de
planos retílineos, é necessário aplicá-
-los com suavidade no que se refe-
rem às formas do corpo, suas curvas,
reentrâncias e relevos.

Porém, o passo seguinte é a apli-


cação de texturas de pele. A apli-
cação de textura em um desenho
serve para reforçar o efeito realista
de seus elementos, como pele mais
fina ou mais grossa, ou outras pe-
culiaridades, como sinais ou sardas.
Hachuras e circulismo são os recur-
sos utilizados para o efeito de tex-
turas para a pele. Assim, a textura
deve seguir o sombreamento.

Para estudar luz e sombra,


podemos usar tanto a luz
natural quanto a artificial.

30
Luz e sombra - contraste

Sombra própria

Luz direta

Luz refletida

Sombra projetada

Outro fator muito importante a ser


aplicado sobre a anatomia é deixar o
valor das passagens das tonalidades Contraluz
bem definido. Desta forma, o que dei-
xa o desenho com melhor definição é
o contraste de claro e escuro. Mante-
nha as áreas de luz direta bem lumi-
nosas, cercadas de meios-tons. Con- Para tal fim, procure usar variações de lápis, ou seja,
tudo, em áreas sem a presença da luz, para tons mais claros, use lápis mais duros, como HB, e
aplica-se tons de escuros profundos. para tons mais escuros, procure usar os da série B. Faça
Com a luz refletida e a contraluz de testes com eles e encontre os mais adequados para você.
baixa intensidade, cria-se os contras-
tes sobre a figura.
31
Perspectiva

32
Introdução
Para entender e passar a ideia de
profundidade em desenho de anato-
mia, deve-se saber que ela ocorre por
meio de linhas, diminuição, sobre-
posição, tonalidades e cor. Em uma
perspectiva linear cônica, é possível
reunir todos estes recursos.

Existe uma infinidade de posições e


ângulos em que se utiliza a perspec-
tiva para se conseguir noções de pro-
ximidade e distanciamento de partes
do corpo de uma mesma figura.

Para captar a ideia de tridimen-


sionalidade e profundidade em
anatomia, fica mais simples quando
se realiza diversos estudos sobre o
escorço da figura – principalmente
porque o ponto de vista pode ser
encontrado em posições forçadas e
pouco habituais.

33
A perspectiva
Curso de Desenho

O ponto de fuga 1 O ponto de fuga 2

A linha do horizonte

As linhas fugantes As linhas fugantes

A perspectiva linear cônica é uma técnica que auxilia o desenhista a criar a ideia de profundidade e distância entre
os elementos. Isto acontece por meio de quatro fundamentos básicos: nível do olho, linha do horizonte, ponto de fuga
e linhas fugantes.
Nível do olho: é a altura a par- o olhar do observador se direciona
tir da qual o desenhista obser- ao ver a figura.
va figuras ou objetos. Linhas fugantes: ao dirigir o olhar
Linha do horizonte: linha ima- para os pontos de fuga, criam-se li-
ginária que está sempre no nível nhas que se convergem para estes
dos olhos. É esta linha que esta- pontos. Elas geram, de forma côni-
belece o plano de distanciamen- ca, o efeito ilusório de três dimen-
to entre a primeira figura mais à sões no desenho e sua profundida-
frente e as outras que a sucedem. de. Conforme aumenta a distância
Ponto de fuga: na linha do ho- que separa a linha do horizonte da
rizonte, encontram-se de um a figura, as linhas fugantes se unem
dois pontos denominados de à medida que convergem para os
fuga. São para estes pontos que pontos de fuga.

Observe que, para construir um


corpo em perspectiva, de modo a
respeitar suas proporções, pode-se
utilizar o esquema do aramado para
Linha do direcionar todas as linhas ao ponto
horizonte de fuga pelos pontos principais do
corpo, como a medida de cabeças e
a articulações dos membros, como
Ponto de fuga cotovelos e joelhos, para facilitar a fi-
Fugantes nalização com os volumes do corpo.
Não importa o ângulo ou a posição
em que o corpo esteja.

34
Perspectiva - escorço
É necessário que se tenha um pon-
to de referência para iniciar a cons-
trução da figura a partir dele. Em se-
guida, é importante trabalhar com a
visão de quão íngreme o ângulo de
convergência é. Por isto, não tente ter
partes do corpo apenas em um ângu-
lo agudo se eles devem ser sobrepos-
tos por completo.

Temos um exemplo simples de


como usar forma na perspectiva e
encaixar a figura feminina dentro ao
utilizar as inclinações pelas medidas
de cabeças.

Em certas situações, notamos ape-


nas uma insinuação da figura huma-
na, sem necessidade de definir cada
detalhe, bem como pode não haver
um ponto de fuga definido. Todavia,
mantenha o ângulo em que vê a figu-
ra de forma consistente ao criar um
ponto focal.

Em geral, o corpo em perspectiva


deverá ser feito dentro de um pla-
no ou forma geométrica, como o
retângulo ou o cubo. Por meio dele,
pode-se observar diferentes ângulos
e formas para o corpo, com ângulos
superior, inferior e planos horizontais.

A falta da compreensão da pers-


pectiva pode deixar seu desenho
com toda a estrutura do corpo de
forma errada. Por isso, estude aten-
tamente cada situação e cada dica
citada para ter um bom desenvolvi-
mento em seu desenho e ilustrações
com a perspectiva anatômica.

35
Perspectiva - volume
Curso de Desenho

O volume do corpo
Em todas as posições em que forem trabalhadas, as in-
clinações angulares devem manter as linhas fugantes di-
recionadas ao ponto de fuga. Quando se faz duas linhas
encontrando as extremidades opostas na diagonal den-
tro de um retângulo em perspectiva, tem-se um “X”. Este
é o meio ou o centro perspectivo do retângulo.

Este eixo perspectivo servirá para determinar as posi-


ções exatas e em igualdade de articulações e membros
da figura humana em uma perspectiva que mantenha as
devidas proporções. Nesta situação, os volumes deverão
ser respeitados, mesmo na condição de sobreposição,
em que uma parte do corpo esteja mais próxima da visão
do observador, parecendo maior, e a outra, mais distante,
ou em profundidade, pareça ser menor.

Treine posições em escorços variados da figura femini-


na com utilização do esquema aramado e das formas ge-
ométricas em perspectiva com um e com dois pontos de
fuga. Trabalhe com a angulação das linhas fugantes para
dimensionar as proporções do corpo da mulher.

36
Perspectiva - três dimensões
Uma maneira que pode ajudar muito a compreender o
desenho de perspectiva da anatomia é projetar uma for-
ma geométrica, como cubo ou paralelepípedo, em pers-
pectiva e, dentro dela, encaixar a figura humana, manten-
do a proporção e o volume.

O paralelepípedo propicia a construção da figura em


diferentes ângulos de visão de modo tridimensional.
Mesmo estando inseridos em uma figura geométrica,
os volumes do corpo também devem ser feitos por meio
de formas geométricas, assim, as formas do corpo geo-
metrizado ficam compatíveis com as linhas, com o cubo
ou com o paralelepípedo.

Desenhe a figura do paralelepípedo


em perspectiva. Dentro dele, a pers-
pectiva anatômica da figura femini-
na, seguindo a regra da linha do nível
do olho, que pode estar acima, sobre
ou abaixo da linha do horizonte. No
exemplo ao lado, a linha do nível do
olho está acima da modelo, e isto deve
permanecer por todo o desenho.

De outra forma, a figura do parale-


lepípedo em perspectiva aérea toma
uma forma cônica, assim apresen-
tada com a parte superior do corpo
mais larga e a inferior afunilada. O
contrário também ocorre quando se
altera o ângulo de visão da linha do
nível do olho.

37
38
Arte: Fabio Tattoo

Dicas
Introdução

Criar desenhos para tatuagem requer habilidade artísti-


ca e criatividade, mas, acima de tudo, é algo que deve ser
levado muito a sério. Como a tatuagem dura para sem-
pre, ela deve ser algo que se destaca no corpo, seja pelo
desenho, pelo símbolo ou pela mensagem que se queira
passar. No entanto, para criar e fazer sua própria arte para
tattoo, existem alguns passos para transformar seu dese-
nho em algo atrativo. Para isto, basta seguir a metodolo-
gia explicada passo a passo neste Curso de Desenho.

No entanto, vale
ressaltar que este guia
também serve para
guem deseja escolher
sua primeira ou sua
próxima tattoo.
Arte: Higor Silva

39
Tigre - passo a passo
Curso de Desenho

1 2

3 4

1º passo - Desenhe um retângulo dividido em qua- 2º passo - Marque uma forma retangular levemente
tro partes iguais. Em seguida, demarque os espaços inclinada entre os quatro espaços. No espaço 2, trace
como 1, 2, 3 e 4. uma forma triangular.

3º passo - Desenhe, agora, o nariz em forma de um 4º passo - Faça o contorno sobre o nariz e para a ca-
trapezoide. Faça o focinho, a boca aberta e suas presas. beça. Com linha serrilhada, marque os pelos na mandí-
E faça uma forma triangular para a orelha. bula. Detalhe o olho e crie formas de pegadas ao fundo.

40
5º passo - Apague o retângulo de construção e inicie 6º passo -Ainda de maneira linear, faça os detalhes
a marcação de detalhes nas pegadas da figura. nos dentes e nas presas. Conclua o desenho do olho e
desenhe alguns fios soltos.

7º passo - Inicie a pintura com a cor amarela para o 8º passo - Deixe as gengivas com tons de laranja e
olho e os dentes. Tons de laranja para as pegadas e o vermelho. Deixe o olho alaranjado e o nariz em tom
nariz. Pinte a cabeça de azul. róseo. Faça as pegadas e o sangue com a cor vermelha,
concluindo seu desenho.
41
Coelho - passo a passo
Curso de Desenho

1º passo - Trace um quadrado dividido em quatro 2º passo -Ao centro, desenhe um círculo e, na parte
partes iguais. 3, uma forma cônica.

3º passo - Duas formas pontiagudas fazem as orelhas 4º passo - Detalhe o desenho do coelho, dando for-
nas partes 1 e 2. Uma forma elíptica marca o olho. Qua- ma triangular para a bandana. Faça a íris e a pupila, e
tro eixos são feitos a partir da boca, nas partes 3 e 4. desenhe formas cônicas para as cenouras.

42
5º passo - Elimine o quadrado de construção e deixe 6º passo - Trabalhe, então, no detalhamento da figura.
o desenho linear.

7º passo - Inicie a colorização do desenho com lápis 8º passo - Conclua o desenho, pintando o fundo
de cor, com o tom amarelo. Depois, sobreponha com com os tons amarelo, vermelho e preto.
tons de laranja, verde, azul e vermelho.

43
Coelha - passo a passo
Curso de Desenho

1º passo - Agora, desenhe um retângulo na posição 2º passo -Faça um grande círculo irregular e traçado
vertical e divida-o em quatro partes. nos quatro espaços. Depois, uma pequena forma côni-
ca é feita entre as partes 3 e 4.

3º passo - As orelhas têm forma pontiaguda nas 4º passo - Marque os principais detalhes: a parte
partes 1 e 2. Na parte 3, uma elipse dá forma ao con- interna da orelha, o cabelo, a esclera com a íris, a pu-
torno do olho. Um triângulo marca o nariz, e um tra- pila, o focinho arredondado e os corações ao redor
pézio forma o dente. da cabeça.
44
5º passo - Apague o retângulo de construção e deixe 6º passo -Acrescente mais fios ao cabelo e cifrões ao
o desenho detalhado em traçado linear. redor da cabeça.

7º passo - Inicie o processo de colorização com lá- 8º passo - Finalize o desenho com tons de ocre ou
pis de cor, sempre da cor mais clara, como a amarela, marrom no cabelo. Tons de roxo e azul são aplicados
a passar para as mais escuras, como laranja, rosa, ver- sobre a cabeça e a orelha.
melho e azul.
45
Pin-up - passo a passo
Curso de Desenho

1º passo - Trace um retângulo verticalizado e 2º passo -Entre as partes 1 e 2 na parte superior, de-
divida-o em quatro partes. senhe uma forma cilíndrica.

3º passo - Faça um pequeno retângulo para o pesco- 4º passo - Faça os elementos da cabeça: olhos, nariz,
ço, um triângulo para o peito, um oval para o quadril, boca e cabelo. Marque a posição dos seios e modele
um retângulo para a coxa e cones para as pernas. A os braços e as pernas. Trabalhe as mãos com longos e
mão é um retângulo, e os pés triangulares. finos dedos.
46
5º passo - Agora, sem o retângulo de construção, 6º passo - Trabalhe os olhos, os lábios e a forma do
deixe o desenho linear e trabalhe alguns detalhes, cabelo. Ao fundo, faça ornamento de padronagem
como o bustiê da pin-up. de oncinha.

7º passo - Inicie a pintura com a cor amarela para o 8º passo - Termine a pintura com lápis de cor. O ca-
fundo e cor de pele para a figura. belo e o bustiê em azul, rosa para as pálpebras e bo-
checha, e marrom para o fundo.
47
Garota - passo a passo
Curso de Desenho

1º passo - Desenhe um retângulo verticalizado divi- 2º passo -Na parte superior do retângulo, entre os
dido em quatro partes iguais. espaços 1 e 2, trace uma forma arredondada. Marque
um eixo para dividir a forma.

3º passo - Desenhe o corpo com figuras geométricas 4º passo - Comece a definir a forma do corpo e
triangulares, ovais, retangulares e cônicas. No rosto, todos os elementos, como o vestuário e o calçado de
por elipse, marque os olhos no eixo horizontal. No eixo salto alto.
vertical, o nariz e a linha da boca. Sobre a cabeça, faça
o cabelo e a tiara com chifres.
48
5º passo - Sem o retângulo de construção, detalhe 6º passo - Agora, faça manchas irregulares sobre a
a figura fantasiada, fazendo a íris, o lábio, os fios de pele das pernas.
cabelos, a baby look, o cincerro e o short em
desenho linear.

7º passo - Desenhe uma cauda e inicie a colorização 8º passo - Aplique, então, diferentes tons de azul
com tons de cinza. para concluir o desenho.
49
Crânio - passo a passo
Curso de Desenho

1º passo - Marque um retângulo verticalizado, tam- 2º passo - Desenhe uma grande forma circular com
bém dividido em quatro partes iguais. uma linha de eixo vertical tracejada nas quatro partes.

3º passo - Trabalhe na forma do crânio com a marca- 4º passo - Inicie o detalhamento, como bigodes e os
ção das cavidades dos olhos e do nariz, além dos ossos poucos dentes.
do maxilar e da mandíbula nas parte 3 e 4. Marque a
íris e a pupila.
50
5º passo - Apague o retângulo de esboço e colo- 6º passo - Sobre o crânio, trace as linhas das suturas
que as três mechas de cabelo. Faça o escurecimento cranianas.
das cavidades.

7º passo - Além dos tons de cinza, aplique também 8º passo - Para encerrar o desenho, trabalhe com as
as cores azul, vermelha e roxa. cores amarela e marrom para o crânio, para as mechas
do cabelo e para o bigode. Vermelho é o tom do san-
gue a escorrer.
51
Caveira - passo a passo
Curso de Desenho

1º passo - Marque um retângulo dividido em quatro 2º passo - Faça um grande círculo entre as partes 1,
partes iguais para iniciar o desenho. 2, 3 e 4. Trace um eixo e, abaixo, nas partes 3 e 4, faça a
forma da mandíbula.

3º passo - Marque os elementos da caveira, como 4º passo - Detalhe a caveira, as borboletas e


as cavidades oculares e nasal. Dentes no maxilar e na as flores.
mandíbula. Borboletas decoram a caveira.
52
5ºpasso - Tire o retângulo do esboço e deixe a cavei- 6º passo - Faça as suturas cranianas, o sangue
ra linear. Coloque mais elementos na figura, como o escorrendo pela mandíbula e os detalhes nas asas
cifrão nas asas da borboleta. da borboleta.

7º passo - Comece a pintar o desenho pelo fundo de 8º passo - Reforce a colorização para concluir o de-
cor amarela. Tons de rosa e vermelho também são apli- senho da caveira.
cados na caveira. Amarelo e verde se fixam ao fundo.

53
Menina - passo a passo
Curso de Desenho

1º passo - Um retângulo dividido em quatro partes é 2º passo -Na parte superior do retângulo, desenhe
o recurso para iniciar o desenho. duas cabeças, sendo uma maior e outra menor nos es-
paços 1 e 2.

3º passo - Com formas geométricas, faça o desenho 4º passo - Comece a dar forma para a menina e para
da menina e o corpo do boneco palhaço com um qua- o palhaço por meio de figuras geométricas. Faça deta-
drado, ocupando todos os espaços do retângulo. lhes na caixa.
54
5º passo - Exclua o retângulo e defina o desenho da 6º passo -Faça os primeiros sombreamentos na figu-
menina de modo linear. ra da menina. Detalhe o cabelo com fios.

7º passo - Agora, inicialmente, trabalhe com a cor 8º passo - Termine o desenho e a pintura com tons
azul para dar um ar soturno à figura. de roxo.

55
Garota - passo a passo
Curso de Desenho

1º passo - Uma forma retangular dividida em quatro 2º passo -Entre os espaços 1 e 2, na parte de cima do
partes é feita para se construir o desenho. retângulo, desenhe uma cabeça. Sobre ela, um triângulo.

3º passo - Com figuras geométricas desenhe o 4º passo - Preencha a figura com detalhes, a co-
corpo e os balões ao redor da menina. meçar pelos elementos da cabeça, o vestuário e as
cordinhas dos balões.
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5º passo - apague o retângulo. Deixe a menina em 6º passo -Agora é o momento de se fazer o sombre-
traço linear para, então, marcar o detalhamento dos amento da figura.
olhos, lábios, cabelos e vestuário.

7º passo - Para que a figura não fique em preto e 8º passo - Em seguida, para concluir, aplique as cores
branco, aplique inicialmente a cor azul. marrom, roxa, verde e vermelha com lápis de cor aqua-
relável, ou caneta hidrográfica.

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Boneca - passo a passo
Curso de Desenho

1º passo - Um estreito retângulo é desenhado e divi- 2º passo - Um círculo irregular é traçado nas partes
dido em quatro partes. 1 e 2. Neste círculo, marca-se um eixo.

3º passo - Desenhe o corpo da boneca com duas ca- 4º passo - Comece a definir a forma da boneca e
beças e meia de altura, com figuras geométricas. Dois a fazer os detalhes, como a boca costurada e o
círculos fazem os olhos, e um retângulo marca a boca. joelho rasgado.
O cabelo é tubular.
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5º passo - Sem o retângulo de construção, defina 6º passo - Antes de sombrear a boneca, faça o deta-
melhor o desenho. Botões para os olhos e o xadrez do lhe dos cabelos e da perna com bolinhas.
vestido deixam a boneca linear.

7º passo - Comece a colorir a figura sobre o sombre- 8º passo - Uma mistura de cores entre azul-claro,
amento da figura. Mais uma vez, aplique a cor azul. azul-escuro, verde e roxo terminam a colorização
da figura.
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Crânio alado - passo a passo
Curso de Desenho

1º passo - Faça um retângulo em


posição horizontal, dividido em quatro
partes iguais para iniciar o desenho.

2º passo - Na parte inferior, por fi-


guras geométricas, como um círculo e
um oval, marque a forma de uma ca-
beça. Trace o eixo ao centro do círculo.

3º passo - Desenhe, então, a cavei-


ra por meio de seus elementos. Em
cada lado da cabeça, desenhe uma
asa aberta. Sobre a cabeça, desenhe
uma vela.

60
4º passo - Apague o retângulo e de-
talhe linearmente a figura da caveira
e as asas.

5º Passo - Com as cores azul, verde


e roxa termine a pintura da caveira.

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FABIO TICO
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FABIO TICO
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FABIO TICO
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FABIO TICO
FABIO TICO
Comecei minha arte pelo grafite.
Depois do grafite meu filho Davi
me inspira a desenhar sempre.
Pretendo obter um bom resultado
em minha arte assim nunca vou
decepcionar meus clientes. Agra-
deço a minha esposa Welida, meu
filho Davi, alguns amigos que me
ajudam como William da celtic e a
familia febre que com o Grafite me
mostrou a incrivel arte urbana.

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PAULO MOPHOS
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PAULO MOPHOS
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PAULO MOPHOS
PAULO MOPHOS
Há 15 anos despertou em mim o desejo pela
tatuagem. As ruas também me mostraram a
arte do grafite, e tudo me direcionava à arte.
Então, um amigo me ajudou a construir a mi-
nha primeira máquina para fazer tattoo. Che-
guei a tatuar alguns amigos que ainda hoje
são meus clientes, e agradeço muito a todos
eles pelo incentivo. O tatuador está sempre
em evolução, e é assim que pretendo seguir
por muitos e muitos anos. Agradeço a todos
que acreditaram em mim e aos que não acre-
ditaram também, pois isso serviu de alavan-
ca para que eu alcançasse o meu objetivo.

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CLAYTON TACUSI
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CLAYTON TACUSI
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CLAYTON TACUSI
CLAYTON TACUSI
Iniciei na tattoo com 14 anos, em
uma época em que era muito difícil
o acesso aos materiais para traba-
lhar. Admirando bastante a arte da
tatuagem, fui me desenvolvendo
sozinho até que, quando retornei do
Japão para o Brasil, procurei a ESA e
resolvi estudar conceitos acadêmi-
cos do desenho até chegar ao co-
nhecimento do desenho feito para
tattoo. Como estudande e apaixo-
nado pela arte da tattoo, iniciei a
carreira de tatuador mantendo o es-
tudo fiel do desenho, aprimorando
técnicas para fazer um bom trabalho
na pele. Agradeço a Deus, os meus
pais, os meus amigos da ESA e todos
que acreditaram em mim.
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RAUL GOMES
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RAUL GOMES
RAUL GOMES
Sempre tive habilidades com desenhos e
uma afinidade imensa por tatuagens. Na
época, não tinha muito espaço e reconheci-
mento, além de ser algo muito recriminado.
Em 2004, comecei a tatuar em minha resi-
dência e ganhei um grande aprendizado. Em
2013, inaugurei o Snake Tattoo Shop, onde
busco criar e fazer a diferença. No Snake
Tattoo Shop trabalho com diversos estilos:
oriental, tradicional, tribal, maori, tatuagem
feminina e pontilhismo.Tenho como prefe-
rência os estilos de realismo, new school e
letras. Agradeço a Deus pelas conquistas, e
meus professores, meus amigos e meus fa-
miliares pelo apoio e pelo incentivo na arte.

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AYELO PADALiINO

AYELO PADALINO
Comecei a tatuar quando fui fazer
minha terceira tatuagem e pergun-
tei ao tatuador como ele começou
a trabalhar na área. A partir daí, de-
senvolvi o interesse pela tatuagem.
Um amigo que tatuava me deu um
suporte no início e, com o Marcel
Oliveira, do Griff Ink, estou apren-
dendo a desenvolver meu trabalho
na tatuagem. Agradeço o Marcel
Oliveira, da Griff Ink tattoo, o Bruno
Paiva e a On Line Editora pelo espa-
ço e pela divulgação.

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JIMMY RODRIGUES
JIMMY RODRIGUES
Quando pequeno, um amigo da família
que era desenhista sempre me mandava
desenhos para pintar. Peguei gosto pela
coisa e, em 2008 ,procurei uma escola de
artes. Então, encontrei a ESA e, desde en-
tão, comecei a me dedicar integralmente.
Depois de terminado o curso, comecei
a gostar da tatuagem. O estilo que mais
gosto é o new school. Agradeço a todos
os amigos, clientes, Marcel Oliveira, Bru-
no Paiva pela incrível força, minha mãe,
minha esposa, meus irmãos e toda a mi-
nha familia, especialmente meu tio Mar-
cos, que sempre me apoiou. Em memó-
ria, agradeço Maria da Glória da Silva e
Marcos Eduardo Alexandre.

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MARCEL OLIVEIRA
MARCEL OLIVEIRA
Comecei a gostar de desenhos
e tatuagens muito cedo. Não sei ao
certo com quantos anos, mas sem-
pre que veja uma foto de família,
geralmente estou com um cadernos
e lápis na mão. Trabalhei pintando
fachada de lojas, grafitando etc. A
tatuagem veio automaticamen-
te. Minha esposa me incentivou, me
dando de presente um kit de tatua-
gens há mais de 15 anos, e estou na
estrada até hoje. Agradeço meus pa-
trocinadores, minha esposa, minhas
filhas, meus clientes, meus amigos e
meu pai, que não está mais comigo.
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IGOR BORAZZO
IGOR BORAZZO

Sempre gostei de artes, e tanto o


grafite como a arte da tatuagem fize-
ram com que eu resolvesse me dedicar
aos estudos. Hoje, estudo fielmente para
desenvolver minha arte. Me divirto ten-
do minha liberdade de expressão. Estou
sempre vendo outros artistas, que acabo
usando como referências e inspiração
para fazer minhas criações. Agradeço
à Deus, meu pai Gilvan, Mãe Lourdes e
todos que gostam do meu trabalho e
me incentivam a ser um artista melhor a
cada dia passa.

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DANILO BOCÃO

DANILO BOCÃO

Iniciei há cerca de seis anos aprendendo na raça.


Depois de três anos, comecei a trabalhar com outros
tatuadores e iniciei o curso no ESA. Fui aprendendo
outras técnicas e gosto de realismo. Sempre gostei de
desenhar, e desde cedo, com 14 anos, já arriscava fazer
pinturas em tela. Aos 19 anos, comprei minha primeira
máquina por conselho de alguns amigos, me iniciando
no mundo da tatuagem. Foram três anos trabalhando
em casa. Depois, recebi o convite de um amigo para
trabalhar no estúdio em que trabalho há três anos.
Mordent, Paulo Frade, David Tevenal, Silvano Fiato, Vic-
tor Portugal e André Rodrigues são minhas referências.
Agradeço os amigos que trabalham comigo e o Bruno
Paiva. É muito prazeroso poder trabalhar com tattoo,
conhecer um pessoal bacana e estar sempre estudan-
do e aprendendo. Para mim, é uma recompensa.

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RENAN VIDA
RENAN VIDA
Quando fiz minha primeira tatuagem,
gostei muito e, naquele momento, vi que
era aquilo que eu queria para minha vida.
Então, voltei a desenhar e ir atrás de pes-
soas que tatuavam. Me envolvi no meio da
tatuagem e, depois de um tempo, tatuando
em casa, fui fazer curso com o Saddam, pois
conhecia o pessoal. Gosto de todos os esti-
los, apesar de ainda não fazer realismo. Es-
tou estudando para começar e gosto muito
de new school. Para ser tatuador, é preciso
estudar e se dedicar para estar sempre em
aprendizado e se tornar um grande profis-
sional. Agradeço a todos que me ajudaram,
além de minha namora e meus pais, que me
incentivam e me apoiam sempre.
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ALTIERES TIEL
ALTIERES TIEL
Comecei a desenhar com aero-
grafia, e pouco depois migrei para
tatuagem, área em que atuo há 15
anos. Como sempre quis ter meu
próprio negócio, acabei montando
meu estúdio para trabalhar e desen-
volver minha arte. Admiro muito, na
área da tatuagem, os trabalhos do
Dmitry Samohin e do Nick Baxter.
Agradeço muito a Deus pela oportu-
nidade de conseguir viver dessa arte,
pois sou muito feliz com o que faço.

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BRUNO PAIVA
BRUNO PAIVA
Desde cedo apaixonado pela arte, consegui, no
desenho, respostas para retratar minhas motivações
e inspirações. Larguei a vida de músico como DJ e me
dediquei fielmente ao desenho. Quando comecei
na carreira do desenho, conheci o mestre João Cos-
ta, que me colocou no caminho de aprimoramento
diário, chegando a me dar de presente a chance de
poder trabalhar com o mestre Eugênio Colonnese,
me levando a chegar em outra classe de qualidade
artística. Desde 1998, passei a realizar trabalhos para
editoras e agências de publicidade, fazendo ilustra-
ções, caricaturas, histórias em quadrinhos, mangás,
estampas para camisetas, restaurações e decora-
ções. Dentre tanta diversidade, conheci o universo
fantástico da tatuagem, no qual tive a maior liberda-
de de desenvolver traços e estilos!
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CLEVERSON ANGELO

CLEVERSON ANGELO
Na carreira da tattoo, estou apenas no
começo, mas pretendo chegar bem longe
e alcançar o nível próximo dos caras consi-
derados profissionais renomados no Brasil
e no exterior, nem que para isso eu precise
passar noite e dia estudando. Influência re-
cebi de minha mulher, que sempre me in-
centivou e me fez traçar meu próprio cami-
nho. Ela acreditou em mim, no meu talento
e na minha disposição para arte. Agradeço
a todos que não acreditaram no meu tra-
balho como tatuador, pois foram eles que
me motivaram a me esforçar para chegar
aonde quiseesse como tatuador. Essa car-
reira exige estudo constante, pois tudo está
sempre evoluindo rápido. Por isso, você
tem que viver 24 horas nesse universo.

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CURSO DE DESENHO
GUIA
PARA

TEMAS:
ANATOMIA, MÚSCULOS, CONSTRUÇÃO, PROPORÇÃO e PERSPECTIVA

Neste guia, profissionais da área ensinam os pontos


fundamentais e tudo o que você precisa saber
para a realização de desenhos para tatuagem.
Desenvolvido pelos professores da
ESA – Escola Studio de Artes

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