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LAERTE GALESSO

// DESENHO LIVRE

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ÍNDICE

7 Apresentação 61 Estudos de Luz e Sombra


62 Escala de Valores
9 Introdução
64 Desenhando as sombras
10 Conhecendo os materiais
65 Silhuetas
12 Local de trabalho e preparação
66 Princípios de luz e sombra
70 Volume e Texturas dos Objetos
13 Fundamentos do desenho
71 Técnicas de Sombreado
14 01 Linha
76 Os tons das cores
19 02 Ponto
77 Representação de Texturas
22 03 A Linha e o Ponto
81 Desenho de Vegetação
23 04 Forma
82 Desenho de móveis de estilo
23 A Escola Gestalt
85 Móveis de estilo
24 A Escola Bauhaus
87 Luz e sombra nas paisagens
25 A percepção visual
88 Domínio Chiaroscuro
26 Percepção visual e Habilidade
89 Grandes Mestres da Luz e Sombra
manual
27 Analisando a Forma
29 Desenhando objetos
29 A forma geométrica
30 Forma plana - Quadrado
35 Formas planas - Círculo
36 Formas Planas - Oval
38 Completando os sólidos
geométricos
39 Desenho Estrutural
40 Estudo de Proporções
42 O Desenho de Observação
45 05 Composição
45 Seção Áurea ou Proporção Áurea
48 Simetria e Assimetria
49 Representação gráfica dos planos
52 A Figura invertida
52 Vaso / Rostos
53 Espaços negativos
58 Releitura
59 O recurso do quadriculado

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APRESENTAÇÃO

Apostila de Desenho Livre


por Laerte Galesso

O cérebro completo no processo de desenhar

Estudos científicos revelam que o cérebro humano se divide em dois hemisférios:


o esquerdo e o direito, sendo que cada hemisfério cuida de determinadas funções
do indivíduo. O hemisfério esquerdo está relacionado às atividades racionais, como
os cálculos matemáticos, enquanto que o hemisfério direito comanda as funções
relacionadas à intuição, a criação e a percepção espacial.

Desenhar, pintar e outras atividades artísticas são tarefas intuitivas e espaciais.


Portanto, o ideal é utilizar o lado direito do cérebro para desempenhar essas atividades.

Porém, qualquer tarefa que uma pessoa executa, num primeiro momento, há a
interferência do lado esquerdo (racional). Se não for uma tarefa “indicada”, esse
lado racional acaba atrapalhando o processo, pois analisa questões que não são
prioridades na execução dessa tarefa.

A professora, pesquisadora e escritora norte-americana, Betty Edwards, descobriu


que é possível inibir, através de exercícios, a participação do hemisfério esquerdo
do cérebro no processo de desenhar e desenvolver o hemisfério direito, através
de exercícios, facilitando, assim, o aprendizado. Betty é autora do importante livro
“Desenhando com o Lado Direito do Cérebro”, no qual conta suas experiências e o
excelente resultado que obteve com os seus alunos, através do seu método.

Em seu livro, Betty sugere a possibilidade de se utilizar o cérebro inteiro, juntando


os dois hemisférios, no processo de desenhar.

Nosso propósito, com este trabalho, é unir, de certa maneira, esses dois hemisférios.
Entendemos que o ato de desenhar pode ser, ao mesmo tempo, uma atividade
intuitiva e também “pensada”. Desse modo, exercícios de percepção visual (aprender
a ver) e exercícios práticos intuitivos, como vaso /rosto, desenho cego, desenho de
observação, entre outros, associados a exercícios “racionais” - que farão você “pensar”

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o desenho como uma ciência - como esquemas construtivos, análise de proporções,
linhas, formas, volumes e exemplos dos grandes mestres, vão contribuir para um
aprendizado mais completo, com um resultado bastante satisfatório.

Todo esse trabalho foi pensando para que você tenha um bom desenvolvimento no
aprendizado do desenho. Sua participação é muito importante para que todos atinjam
seus objetivos: frequente as aulas regularmente, faça todos os exercícios propostos
com disciplina, determinação e ratique as bases aprendidas.

Boa sorte!

Laerte Galesso
Diretor Cultural - ABRA

________________
Nome do Autor

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INTRODUÇÃO

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MATERIAIS DE DESENHO

Quantas vezes nos deparamos com verdadeiras obras de arte elaboradas somente com lápis
grafite ou nanquim e pincel? Portanto, não são necessários materiais caros e sofisticados para
desenvolver o desenho. É obvio que, com a evolução de seus estudos, você poderá agregar
outras técnicas e materiais de melhor qualidade.

Para iniciar, você vai precisar dos seguintes materiais:

1 Bloco de Papel Lay-Out A3 - Branco 90g/m²


1 Bloco de Papel Canson A3 - Branco 180g/m²
1 Borracha Branca
1 Lápis HB
1 Lápis 6B
1 Escova ou Pincel para limpeza
1 Estilete
1 Esfuminho nº4

As técnicas em preto e branco produzem efeitos interessantes. Mas, se quiser colorir os seus
desenhos, você pode adquirir uma caixa de lápis de cor da Faber Castell comum ou aquarelado de 24
ou 36 cores.

Obs: Este caderno é utilizado para vários cursos, portanto, a relação de materiais pode variar de
acordo com o curso que você está fazendo.

Conhecendo os materiais

Papel layout - é mais fino e mais liso que o papel canson e serve para desenhos a traço de lápis,
canetas técnicas e pincel. Não é indicado para sombreados.

Papel canson - é um papel poroso, bom para desenhos sombreados a lápis, esfuminho e aguadas
de nanquim. O papel de fabricação nacional não é resistente a aguadas.

Sulfite comum – ideal para fazer os exercícios. Procure utilizar os dois lados e ocupar toda a folha,
para evitar desperdício.

Lápis Grafite - Os lápis grafite são apresentados em várias graduações diferentes. Os mais
indicados para desenho são os lápis sextavados, nas graduações: 8B, 6B, 5B, 4B, 3B, 2B, B, HB,
F, 2H e 4H. Nessa ordem, o 8B é o mais macio e escuro, enquanto que o 4H é bem duro, usado

10 para -DESENHO
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para sombreados leve e hachuras, O B ou HB são Guache branco - pode ser aplicado com pincel
ideais para esboços. sobre fundo colorido ou preto, para efeitos de luz.

Borracha - deve ser macia para não danificar Cartolina cinza - será usada para trabalhos
o papel. E deve ser mantida sempre limpa para em tons mais claros e escuros, aproveitando o
não borrar o desenho. Seu uso deve ser limitado. tom do papel.
Lembre-se: você aprende mais se fizer dez
esboços errados do que ficar refazendo um único Cartolina preta – será usada para trabalhos
desenho. de auto-contraste com fundo escuro.

Carvão – também conhecido como “Fusain”, Pinceis – essa série possui cerdas macias,
vem em barrinhas com espessuras variadas. É ideais para trabalhos de aguadas, nanquim e
indicado para esboços, mas pode também ser traço.
usados em trabalhos finais, neste caso, precisa
ser fixado, pois borra com facilidade. Esfuminho - nada mais é do que papel
prensado, enrolado no formato de um lápis, usado
Grafite integral - é um lápis todo feito de para espalhar o grafite, produzindo efeitos de
grafite. Tem graus de durezas diferentes e pode degrade.
ser apontado normalmente. Pode ser usado
para fazer traços e para sombreados, na posição Estilete – com lâmina apropriada para apontar
deitada. adequadamente os lápis.

Tinta nanquim - é a base de água e pode ser Verniz fixador – incolor ideal para fixar
usada pura, para desenhos à traço ou chapado ou trabalhos feitos com carvão.
em forma de aguada, aplicada com pincel. Neste
caso, a tonalidade varia conforme a quantidade de
água.

Lápis sextavado ideal para desenho - Graduação HB e 6B

Apontando os lápis – não use o apontador, os lápis


devem ser apontados com o estilete, que proporciona
pontas mais adequadas ao desenho. Tente deixar a
ponta com pelo menos 4,0 centímetros.

Tabela de graduação

Graduaçãos do grafite

Introdução
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de Andrade - 01795758058 os materiais
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Local de trabalho e preparação

As salas de aulas são equipadas com pranchetas reguláveis. A prancha ligeiramente inclinada é a
maneira mais recomendada para desenhar.

Para fazer os exercícios em casa, observando uma imagem no computador, use uma prancha para
fixar o papel. Para os outros exercícios, você pode improvisar uma prancha de madeira lisa, fórmica ou
MDF, medindo aproximadamente 60 x 50 cm, onde prenderá as folhas de desenho.

O ambiente precisa estar tranqüilo, para facilitar a concentração. Portanto, evite local de muito
movimento e barulhento. Uma música suave ajuda na inspiração.

Como segurar o lápis – evite segurar o lápis muito na ponta, como se fosse escrever, segure mais
atrás, pois assim o raio de ação do traço fica maior. Evite também apoiar demasiadamente a mão para
ter mais liberdade no traço e varie o jeito de segurar o lápis.

Como desenhar na
frente do computador
Improvisando uma prancheta

Como segurar o lápis

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FUNDAMENTOS DO DESENHO

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FUNDAMENTOS DO DESENHO

01 Linha

A Linha é um dos principais fundamentos do desenho. Embora a natureza não tenha contornos
visíveis, a linha é o primeiro recurso que o desenhista ou o artista utiliza para representar um objeto,
figura ou mesmo uma forma abstrata, quando não está trabalhando diretamente com manchas.
Posteriormente, esses contornos podem ou não ser eliminados, dependendo da mensagem e do tipo
de acabamento.

a) Direção (Sentido) - Vertical, Horizontal, Diagonal

Aspectos psicológicos:
Vertical - imponência, altura, austeridade
Horizontal - calmaria, amplitude, largura
Diagonal - movimento, dinamismo

HORIZONTAIS VERTICAIS DIAGONAIS

Calma Altitude Movimento


Amplitude Imponência Dinamismo
Tranquilidade Austeridade Desequilíbrio

b) Características - Fina, Grossa, Média, Pura, Rabiscada

Aspectos psicológicos:
Fina - leveza, delicadeza
Grossa - peso, contraste
Média - equilíbrio

Fina - Clara (HB) Média - Média (2B) Grossa - Escura (6B)

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c) Traçado - Reta, Curva, Mista

Aspectos psicológicos:
Retas - rigidez, masculinidade
Curvas - feminilidade, delicadeza
Reta Mista: equilíbrio, harmonia Mista

Pura - Leveza, elegância Rabiscada - Peso,


expressividade
Curva

Exemplos de aplicação da linha no Desenho

Mulher - Pablo
Picasso (1881 - 1973)
Vincent Van Gogh (1853 - 1890)

Esboços - Oscar Niemeyer (1907)

Fundamentos
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do desenho
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Exemplos de aplicação na Pintura

Wassily Kandinsky
(1866 - 1944)
Juan Miró
(1893 -1983)

Paul Klee Piet Mondrian


(1879 - 1940) (1872 - 1944)

Exemplos de aplicação da linha na Moda

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Exemplos de aplicação da linha no Design de Interiores

Exemplos de aplicação da linha na Propaganda e no Design Gráfico

Exemplos de aplicação da linha na Arquitetura

Fundamentos
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do desenho
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Exemplos de aplicação da linha no Design

Exemplos de aplicação da linha na Fotografia

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02 Ponto

Por ser um elemento de grande atração visual, o ponto é bastante utilizado em praticamente todas
as formas de expressões artísticas, como a moda, fotografia, arquitetura, etc.

O Ponto pode ser representado por uma mancha, um círculo, uma esfera ou um foco de luz. Pode
ser utilizado de forma individual, agrupado formando linhas, sobreposto e em conjunto com outras
formas geométricas ou orgânicas.

A FORÇA GRÁFICA DO PONTO

Composição simétrica com pontos

A atração do ponto

Pontos agrupados
formando uma linha

Pontos
inseridos num
quadrado

Composição espontânea
com pontos

Fundamentos
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Alves de Andrade 02por
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Exemplos de aplicação do Ponto na Pintura:

Paul Klee Obra de George Seurat, no


estilo «Pontilhismo». Kandinsky

Exemplos de aplicação do Ponto no Desenho:

Juan Miró
Miro Vich

Exemplos de aplicação do Ponto na Moda:

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Exemplos de aplicação do Ponto na Propaganda e no Design Gráfico

Exemplos de aplicação do Ponto no Design e no Desenho Industrial

Fundamentos
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03 A Linha e o Ponto

Além da aplicação da linha e do ponto de forma individual, há a possibilidade de utilizar esses


dois importantes elementos gráficos de forma conjunta, resultando em expressivos projetos gráficos,
trabalhos artísticos, peças de design, tecidos, cenários, figurinos, etc.

O artista russo Kandinsky e o espanhol Juan Miró, entre outros, são exemplos de como a linha e o
ponto, associados à forma, textura e cor, transmitem sensações.

Exemplos de aplicação:

Kandinsky Miró

Laerte Galesso - «Linhas e Pontos» - Nanquim sobre papel

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04 Forma

A Forma é a primeira impressão que temos dos objetos. Através do aspecto geral, podemos
identificar aquilo que estamos observando, mesmo antes de visualizarmos o conteúdo. Por exemplo,
quando olhamos um vaso contra a luz, sabemos de qual objeto se trata, mas, somente ao iluminarmos
o ambiente, saberemos se o vaso é de barro ou de porcelana.

Leitura da Forma

A leitura da Forma é muito ampla e requer um estudo bastante aprofundado. Há boas publicações
sobre como desenvolver a capacidade de leitura da Forma, entre os quais podemos citar “Gestalt do
Objeto - Sistemas de Leitura Visual da Forma”, do professor João Gomes Filho, lançado pela Editora
Escrituras.

Para compreender melhor a Forma, é necessária uma análise das principias características.

Nossa proposta, com este trabalho é apresentar e mostrar a importância deste fundamento e uma
introdução ao seu estudo.

A Escola Gestalt

A Gestalt foi uma escola de Psicologia Experimental, surgida no final do século XIX, na Áustria e
Alemanha. Seu precursor, o filósofo Von Ehrenfelds, desenvolveu estudos que abriram caminho para
compreensão da Forma e da percepção. Mais tarde, esses estudos foram aprofundados por Max
Wertheimer, Wolfgang Kohler e Kurt Koffka.

Fundamentos
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Alves de Andrade 04por
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A Escola Bauhaus

A Staatliches-Bauhaus (literalmente, casa estatal da construção, mais conhecida simplesmente por


Bauhaus) foi uma escola de design, artes plásticas e arquitetura de vanguarda que funcionou entre
1919 e 1933 na Alemanha. A Bauhaus foi uma das maiores e mais importantes expressões do que é
chamado Modernismo no design e na arquitetura, sendo a primeira escola de design do mundo.

A escola foi fundada por Walter Gropius em 25 de abril de 1919, a partir da reunião da Escola do
Grão-Duque para Artes Plásticas. A Bauhaus teve grandes mestres, como Wassily Kandinsky, Josef
Albers, Joannes Ittem, Paul Klee, entre outros, que deram uma grande contribuição para o estudo e a
compreensão da Cor e da Forma.

A leitura da Forma

O fechamento total ou parcial da linha e o próprio ponto são formas, podendo ser figurativas ou
abstratas; orgânica ou geométrica.

A ausência da linha também pode gerar uma forma, dependendo do contexto no qual está inserido.

Linha - forma aberta Forma fechada

Forma geométrica
Forma orgânica plana (Plano)

Quadrado formado pelo posicionamento Cruz formada pelo posicionamento


dos discos cortados dos quadrados

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Desenho elaborado a partir da obra “Cavalos Azuis”, do artista alemão Frans Marc (1880 - 1916).
A predominância de linhas curvas confere ritmo, suavidade e dinamismo à obra.

A percepção visual transferindo esta tarefa para o hemisfério direito,


que consegue ver esse objeto como linha, forma,
Nosso cérebro é dividido em duas partes: o volume, textura, etc., facilitando a leitura visual e o
Hemisfério Esquerdo (racional) e o Hemisfério ato de representar.
Direito (intuitivo). Quando observamos um objeto
qualquer, primeiramente, fazemos uma “análise” Os artistas têm muita facilidade para fazer
com o hemisfério esquerdo do cérebro, que essa “transição”, pois este exercício mental é
enxerga aquilo que o objeto representa (um vaso, muito importante para o sucesso de suas obras.
um rosto, etc.). Isso é bom para que reconheçamos Portanto, desenhar bem significa, antes de mais
os objetos. Porém, se vamos desenhar esse nada, ter uma boa percepção visual, ou seja,
objeto, essa análise dificulta a leitura da forma e, saber observar os objetos, pessoas e a natureza
conseqüentemente, a nossa capacidade de para além daquilo que eles representam.
representar graficamente este objeto.

Quando o hemisfério esquerdo (racional)


encontra uma imagem que não consegue
identificar (uma imagem dupla, por exemplo), VASO/ROSTO
ele deixa de participar do processo de análise,
A dupla imagem
confunde o lado
Esquerdo do cérebro
fazendo a transição para
o lado Direito do cérebro.

Exercício - Vaso / Rostos - Faça vários


esboços de vasos/rostos, usando perfis diferentes.
CUBO
Não se preocupe com a perfeição do rosto, mas
Se olhar no quadrado superior, a perspectiva é para baixo; se apenas que o dois lados fiquem iguais.
olhar no quadrado inferior a perspectiva se inverte.

Fundamentos
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Alves de Andrade A percepção
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Percepção visual e Habilidade manual

Muitas vezes, somos traídos pela nossa visão; vemos algo que parece de um jeito, mas na realidade
é diferente. Por isso, é importante treinar bem a vista para não ser enganado na hora de observar aquilo
que vamos desenhar, ou seja, é preciso “aprender a ver”.

Os artistas e os profissionais que trabalham com “cálculos visuais”, como marceneiros, pedreiros,
etc., têm uma excelente capacidade visual, alcançada através da prática. O artista, em especial, vê
o mundo de uma forma bastante diferente, em relação às outras pessoas; percebe detalhes que são
importantes na hora de representar a natureza.

No entanto, essa capacidade de visualização deve estar associada a habilidade manual. Caso
contrário, corre-se o risco de ver corretamente, mas distorcer o objeto na hora de desenhar, por falta
de habilidade.

A ilusão de ótica - observe as imagens abaixo e repare que, dependendo da situação, podemos
enxergar de maneira diferente da realidade.

As linhas diagonais são Para trás ou para a frente?


paralelas?

Qual das duas figuras é maior? Os dois círculos centrais têm os


mesmos tamanhos?

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Analisando a Forma

Forma real - geométrica


plana (contorno).
Remete à rigidez e
masculinidade
Forma abstrata -
orgânica plana (tom).
Remete à feminilidade

Forma real cilíndrica


geométrica sólida (tom)

Forma real
volumétrica -
objeto
(desenho)

Exercício Teórico
Faça a leitura destas formas

Fundamentos
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Alves de Andrade Analisando
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A forma aplicada à Arte

Piet Mondrian

Paul Klee

A forma aplicada ao Design

Irmãos Campana

Exercício Teórico - Pesquisa

Pesquisar em livros, revistas e Internet


o uso da forma nos mais diversos
meios de comunicação e expressão
artística, como desenho, fotografia,
pintura, arquitetura, moda e design.
Philippe Starck
Baseado na pesquisa, faça um trabalho
com colagem para o Portfólio.

28 para -DESENHO
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Desenhando objetos bases. Desta forma, a resolução dos objetos fica
muito mais fácil.
Aprender a desenhar objetos, de maneira
isolada ou em composições (conhecido como
“Natureza Morta”), é muito importante, pois, A forma geométrica
quando desenhamos objetos, podemos aprender
vários conceitos, como forma, proporção, volume, O aprendizado do desenho se processa de
etc., inclusive, como preparação para outros forma gradual, passo a passo, do mais simples
temas, como a perspectiva e a figura humana. para o mais complexo, ou seja, para desenhar
uma cadeira, é preciso aprender sua forma
Há várias maneiras de se desenhar objetos: básica, que é o cubo. Mas, para desenhar o cubo,
a partir da observação, de memória, através de é preciso desenhar sua base: o quadrado e antes
esquema de construção, etc. Vamos praticar todas de desenhar o quadrado, você deve aprender a
estas modalidades, a partir das formas básicas traçar linhas verticais, horizontais e diagonais,
dos objetos. Se você olhar à sua volta, verá que relacionadas com as margens do desenho.
praticamente tudo o que está no ambiente – mesa,
cadeira, panela, ventilador, etc. - foi feito a partir Portanto, dominar as formas básicas, (planos
de uma base geométrica. Portanto, para desenhar e sólidos) é imprescindível para o estudante que
um objeto, o primeiro passo é descobrir qual é a pretende se desenvolver na arte e no design, pois
base geométrica que o envolve; um cubo? Um praticamente tudo o que nos cerca é construído
cilindro? Depois, aprender como construir essas dentro de um formato geométrico.

Margem do papel

Fundamentos
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do desenho
Alves de Andrade objetos
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Forma plana - Quadrado

É uma forma bastante utilizada na construção de objetos. Portanto, deve ser praticada e bem
resolvida, sempre levando em conta suas proporções (altura e largura) e o alinhamento em relação à
folha de desenho.

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Construção do Cubo visto de frente:

Outras posições

Fundamentos
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do desenho
Alves de Andrade plana
- Protegido - Quadrado
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Desenhando objetos a partir do Cubo

32 para -DESENHO
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Construção do Cubo de canto - passo a passo

Cadeira de canto
A partir do cubo de canto, podemos
desenhar a cadeira e outros objetos.

Fundamentos
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do desenho
Alves de Andrade plana
- Protegido - Quadrado
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Poltrona - a partir do cubo de canto

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Formas planas - Círculo

Fundamentos
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do desenho
Alves de Andrade planas
- Protegido - Círculo
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Formas Planas - Oval

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Círculos em Perspectiva (pontos de vista)

Círculos e Ovais (Esfera)

Retângulo / Cilindro / Objeto

Fundamentos
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do desenho
Alves de Andrade Planas
Protegido por - Oval
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Completando os sólidos geométricos

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Desenho Estrutural

É um tipo de desenho feito a partir da definição das estruturas básicas de objetos. É fundamental
para definir as proporções dos objetos, figuras, etc.

Fundamentos
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do desenho
Alves de Andrade Estrutural
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Estudo de Proporções

A partir das bases geométricas, podemos desenvolver os esquemas de construção, com o objetivo
de definir a estrutura e as proporções dos objetos.

O estudo das proporções ajudam a resolver três questões importantes:

1- Relação do objeto em si (altura, largura, profundidade).


2 - Relação desse objeto com outros objetos (tamanhos entre os objetos)
3 - Relação entre o conjunto e o espaço do desenho (relação figura / fundo)

40 para -DESENHO
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Fundamentos
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do desenho
Alves de Andrade - Protegidode
porProporções
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O Desenho de Observação

É uma das modalidades mais usadas nas escolas, tendo, inclusive, cursos exclusivos para isso. É
um desafio maior do que copiar a partir de uma fotografia ou de outro desenho, pois, requer uma noção
espacial mais apurada.

Para aprimorar o olhar, a memória e iniciar no processo criativo, é importante seguir essas três
etapas no desenho de observação:

1. Desenho cego
É um desenho de observação, no qual não se olha para a folha de desenho, mas somente para o
objeto. Neste caso, o objetivo não é a representação real do objeto, mas os movimentos perceptivos do
artista. Como não se utiliza o recurso da visão, o resultado não é um desenho realista, mas, em geral,
o trabalho fica bastante expressivo, pois se utiliza o Hemisfério Direito do cérebro na sua elaboração.

Este exercício é excelente para desenvolver a capacidade de “perceber” aquilo que se está
desenhando e entender que desenho não é somente a representação do objeto de forma realista.

3. Desenho de Memória
Desenhar confiando na memória (a lembrança
que temos dos objetos, natureza e figuras) é muito
útil para fixar a imagem do objeto no cérebro.
Por isso, essa prática é importante no processo
de aprender a desenhar. Independentemente do
resultado, é um bom preparo para o desenho de
observação.

Desenho de Observação
Coloque novamente os objetos na mesa e
desenhe de observação, olhando alternadamente
para a folha de desenho e para os objetos.

Desenho cego

42 para -DESENHO
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Desenho de observação

Recursos - Há vários recursos que você pode utilizar para aprimorar o desenho a partir do natural:

Medindo com o lápis - com o braço estendido, meça a altura, a largura ou outro detalhe e transfira
as medidas para o papel. Se ficar pequeno, duplique as medidas.

Uso do Visor - recorte uma janela de cartão e utilize para enquadrar o assunto.

Confie na sua percepção - acredite na sua capacidade de ver e de representar aquilo que está
vendo.

Lembre-se de que a confiança é importante, na hora de fazer qualquer atividade.

Não espere resultados imediatos - os resultados vêm com a prática, por isso, não se cobre tanto
e não seja tão exigente com os primeiro exercícios. Simplesmente desenhe!

Fundamentos
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Alves de Andrade O -Desenho
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Desenho de observação com esquemas de construção

Desenho de observação - Baseando-se nos exemplos abaixo, escolha três garrafas com tamanhos
e formatos diferentes e desenhe do natural, seguindo a seqüência.

44 para -DESENHO
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Desenho de observação

Baseando-se no exemplo abaixo, desenhe sua própria mão segurando algum objeto.

5 Composição

Composição é a maneira como são distribuídos os elementos no espaço do desenho, da pintura ou


de um projeto gráfico.

Particularmente nas artes plásticas, os mesmos conceitos de composição podem ser aplicados
tanto num retrato, numa paisagem, num quadro de natureza morta ou numa pintura abstrata.

É claro que a intuição do artista ou designer conta muito, na hora de distribuir os elementos no
espaço. Porém, existem alguns recursos que ajudam a tornar a obra ou projeto mais atraente e prender
a atenção do observador:

Seção Áurea ou Proporção Áurea

É um processo de divisão do espaço onde a composição será elaborada, de forma a facilitar a


distribuição e “prender” a visão do espectador. Para dividir o espaço de forma proporcional, aplicando a
Proporção Áurea, deve-se multiplicar as medidas da largura e da altura da folha pelo número 0,618. O
cruzamento das linhas será o centro de interesse onde será colocado o elemento de maior destaque.

Por exemplo, para dividir proporcionalmente uma folha tamanho A4 (21,0 x 29,7 cm):
21,0 x 0,618 = 12,9 cm
29,7 x 0,618 = 18,3 cm

Isto quer dizer que a divisão proporcional será 18,3 x 12,9 cm,

Para que a composição fique equilibrada, é necessário multiplicar as medidas do espaço maior que
sobrar pelo mesmo número (0,618) e colocar um outro ponto (secundário). Para que os pontos primário
e secundário não fiquem muito próximos, coloque as medidas maiores de dentro para fora.

Fundamentos
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Alves de Andrade 5 Composição
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Obs: A regra da Proporção Áurea é um tipo de composição clássica, formal, utilizada em vários
segmentos, como pintura, arquitetura, design, etc. No caso da arte moderna ou contemporânea ela
pode ser dispensada.

Medidas Áure de uma folha tamanho A4 Medidas Áurea do espaço maior restante

Como construir o Retângulo Áureo

Para construir o retângulo áureo, divida o quadrado ao


meio e, a partir desse ponto, trace um arco passando pelo
canto superior direito, até coincidir com a linha de base do
quadrado.

A Espiral de Fibonacci

A parti do retângulo áureo,


podemos construir a Espiral de
Fibonacci.
Os números seguintes são
sempre a soma dos dois números
anteriores. Portanto, depois de 0
e 1, vêm 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34…
Ao transformar esses números
em quadrados e dispô-los de
maneira geométrica, é possível
traçar uma espiral perfeita, que
também aparece em diversos
organismos vivos.

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Exemplo de Proporção Áurea na Fotografia

Ponto Focal - Primário e Secundário

Seção Áurea - Ponto principal e ponto secundário Ponto Focal

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Simetria e Assimetria

A Composição Simétrica é baseada num eixo vertical, que passa pelo centro do arranjo, de modo
que os dois lados fiquem absolutamente iguais. Este tipo de composição é baseado no retângulo ou no
quadrado e transmite um sentido de ordem, equilíbrio e formalidade e é aplicado somente quando se
pretende reforçar esses conceitos.

Na Composição Assimétrica os lados são diferentes , porém, há o equilíbrio óptico, proporcionando


uma maior liberdade e expressividade. Em geral, a base para este tipo de composição é a forma
triangular.

Composição Simétrica Composição Assimétrica

Taj Mahal - India (esq.) e o Congresso Nacional -


Brasília. Dois exemplos de composições Simétrica
e Assimétrica na arquitetura.

48 para -DESENHO
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Representação gráfica dos planos Além do tom e da cor,
as figuras diminuem
de tamanho à medida
que se afastam

Profundidade obtida
pela sobreposição de formas

Exercício - Planos
Desenhe o mesmo objeto três vezes, em planos diferentes

Composição com o fundo vazio

A poltrona escura sobre o tapete


claro se destaca. O quadro colocado atrás destaca o conjunto

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do desenho
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Centros de Interesse

a) Móvel de estilo é o destaque numa


decoração contemporânea.
Este exemplo mostra como uma composição
traz vários conceitos, como Secção Áurea,
equilíbrio, ritmo e contraste.

b) Uma parede tratada com uma textura,


revestimento ou cor diferente pode ser o destaque
numa composição.
Composição Simétrica
Baseada num eixo vertical, de modo que os pesos
óticos fiquem iguais, transmitindo sensações de
rigidez, organização e sobriedade.

c) Peça de design contemporâneo pode ser o


centro de interesse numa composição (Irmãos
Composição Assimétrica Campana).
Exige um senso de distribuição e equilíbrio
maior e transmite sensações de dinamismo e No item “Decoração de Ambientes” vamos tratar
expressividade, da composição de espaços residenciais.

50 para -DESENHO
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Dicas importantes na composição artística:

- Evite colocar o elemento principal no centro da composição (figura 1);


- Evite colocar dois objetos do mesmo tamanho (figura 2);
- Evite deixar os elementos muito dispersos ou muito agrupados (figuras 3 e 4)
- Busque o equilíbrio na distribuição dos objetos (figura 5);
- Use um dos pontos de interesse para colocar o elemento principal e posicione um elemento de
menor destaque no ponto de interesse secundário (figura 6);
- Varie os formatos e os tamanhos (figura 7)
- Posicione os elementos de modo que direcionem a vista do observador para o objeto principal
(figura 8);
- Observe para que a composição fique proporcional, em relação à folha de desenho (figuras 9 e 10).

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A Figura invertida

Não, a página não está errada! Este


desenho foi colocado de cabeça para baixo,
justamente para falarmos do processo de
desenhar com a figura invertida.

Quando copiamos uma imagem na posição


correta, fica mais difícil desassociar essa
imagem daquilo que ela representa (um
rosto, um corpo, etc.). Conseqüentemente, a
reprodução fica um pouco mais complicada,
quando o aluno ainda não consegue desenhar
usando o lado Direito do cérebro. Ao inverter
a imagem, o nosso lado racional (Esquerdo)
do cérebro deixa de «participar» do processo,
deixando essa tarefa para o lado Direito
(Intuitivo) que, ao invés de analisar a imagem
com aquilo que ela representa, passa a
observar as formas, a direção das linhas,
as manchas, etc., facilitando o processo de
reproduzir essa imagem.

Figura invertida

Vaso / Rostos

Outra modalidade de desenhar com o Lado Direito do cérebro, este exercício facilita a passagem do
Lado Esquerdo (Racional), que não é o lado bom pra o desenho, para o Lado Direto (Intuitivo). Neste
caso, como o Lado Esquerdo não consegue identificar do que se trata, acaba passando a bola para o
Lado Direito.

Homem Mulher Bruxa

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Espaços negativos

Os espaços em volta dos objetos - chamados “espaços negativos” - são ótimas referências na hora
de desenhar uma composição ou um objeto isolado.

Quando olhamos para os espaços negativos e não para o objeto, estamos priorizando o Hemisfério
Direito do cérebro. Esse processo ajuda a resolver a figura, pois, não estamos analisando o objeto,
mas sim, desenhando as formas abstratas ao redor dele. E, quanto melhor desenharmos essas formas,
mais perfeito esse objeto ficará.

Depois de praticar a partir dos espaços negativos, você pode combinar estes com as formas positivas
(figuras), aprimorando, assim, o seu desenho.

Desenhando os Espaços Negativos

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Exercício - Espaços negativos

Escolha fotos de pessoas em movimentos e desenhe


os espaços negativos, em seguida, complete o interior das
figuras.

Baseando-se nos exemplos da página seguinte, faça um


trabalho para o Portfólio usando os espaços negativos.

Espaços Negativos Completando a figura

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Desenhos digitais
desenvolvidos a partir
dos espaços negativos
da cadeira abaixo.

Objeto

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Marcio Camargo - Natureza morta avermelhada
Óleo s/ tela 40 x 40 cm - 2007
Nesta obra, o artista paulistano, nascido em
Exemplo de Composição de objetos bem elaborada. 1975, mostra um bom exemplo de composição

Exercício - Composição Simétrica - Crie uma composição Simétrica, usando figuras geométricas ou
desenhe uma composição Simétrica a partir de uma fotografia.

“Um olhar diferente”

Nos exercícios anteriores, você aprendeu como elaborar uma composição com objetos, aplicando
a Seção Áurea, de acordo com os padrões acadêmicos. Isto é importante quando se quer representar
as coisas de forma realista. Porém, há outros meios de se compor uma natureza morta “quebrando”, de
certa maneira, essa regra em benefício de uma maior expressividade. Obviamente, não basta apenas
mudar as posições dos objetos; é preciso pensar na mensagem que se pretende transmitir e em outros
aspectos pictóricos, como tom, cor, textura, volume, etc.

O artista francês Paul Cèzanne (1839 - 1906) foi um visionário e explorou intensamente o tema
natureza morta, de uma maneira bastante original e ousada para a sua época, abrindo caminho para
que Picasso, Braque e outros artistas desencadeassem os principais movimentos do Século XX.

O artista italiano Giorgio Morandi (1890 - 1964) é um dos melhores exemplos de como é possível criar
obras interessantes e belas, compondo com objetos de uso cotidiano. Além da questão da composição,
artistas como espanhol Pablo Picasso (1881 - 1973) e o francês Georges Braque (1882 - 1963), entre
outros, distorcem os formatos e a perspectiva, obtendo resultados bastante expressivos.

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Paul Cèzanne - Natureza morta com jarro
O artista francês foi um mestre neste e outros
temas
Giorgio Morandi - Natureza Morta
Óleo s/ tela - 1956

Giorgio Morandi - Natureza Morta com cafeteira


Desenho à grafite - 1933

Georges Braque - O dia - Técnica mista - 1929

Exercício - Composição Assimétrica

Selecione objetos variados e inusitados


e monte uma Composição, buscando um
resultado original (diferente dos padrões
clássicos, tanto na montagem quanto no
desenho)

Desenvolva uma série de estudos até


alcançar um resultado satisfatório.
Pablo Picasso - Natureza morta com limão - Óleo
s/ tela
Dê acabamento e monte para o Portifólio.

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Releitura

Há diversas maneiras de se interpretar teoricamente uma obra de arte.

Quando essa interpretação é feita na prática, recebe o nome de “Releitura”. A releitura não é
simplesmente uma copia da obra, mas sim, a visão do artista que a está interpretando.

Grandes mestres da arte, como Pablo Picasso e Salvador Dalí, fizeram releituras de obras de outros
mestres do passado, com resultados bastante expressivos. Picasso e Dali, inclusive, faziam diversas
releituras de uma mesma obra. Os mestres Catalões estudavam a vida e a obra dos artistas, buscando
elementos para aplicar às suas criações.

Ao recriar uma obra não é necessário empregar a mesma técnica usada pelo artista na obra original.
Na releitura de uma pintura, por exemplo, podemos utilizar outras formas de expressão artística como
o desenho, a escultura, a fotografia ou a colagem. O importante é criar algo novo, a partir do original
que serviu de fonte de inspiração.

Eugène Delacroix (le-se Delacroá) - França 1798 Pablo Picasso - As mulheres da Argélia
- 1863 óleo s/ tela - 1955 - Coleção Mrs. Victor Ganz - NY
As mulheres da Argélia - Óleo s/ tela 229 x 180 cm
1834 - Museu do Louvre

Salvador Dalí - Espanha - 1904 - 1989


O Ãngelus - Óleo s/ tela - 1933

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O recurso do quadriculado

O quadriculado é uma técnica que permite


copiar ou ampliar um desenho ou fotografia de
maneira proporcional. A técnica consiste em
quadricular o modelo, em quantas partes forem
necessárias e fazer o mesmo com a folha de
desenho ou tela. Depois, basta seguir o desenho
de acordo com o quadriculado.

Este recurso é usado quando se quer ampliar


um modelo com fidelidade. Mas, não é muito
recomendado, pois prejudica o desenvolvimento
da percepção visual.

Ampliação pelo quadriculado

Ampliação pela diagonal

É um recurso para se ampliar o modelo de


forma proporcional. Consiste em traçar uma linha
diagonal (ou colocar uma régua) no modelo,
fazendo com que essa linha coincida com o canto
da folha ou tela maior.
Ampliação pela diagonal

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Alves de Andrade O recurso
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por quadriculado
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ESTUDOS DE LUZ E SOMBRA

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ESTUDOS DE LUZ E SOMBRA

Agora que você já aprendeu como construir os objetos, definir as proporções, desenhar de
observação e como distribuir os elementos no espaço, vamos aprender como aplicar os volumes.
Existem alguns fundamentos que vão ajudá-lo a compreender a teoria de luz e sombra e aplicar o
processo de sombreamento em objetos, figuras e natureza.

Escala de valores – é uma escala de tons, que começa com o branco e chega até ao preto,
passando pelas várias tonalidades de cinza. Quando observamos um desenho em meio tom, podemos
notar as várias nuances da escala. De acordo com a intensidade da luz, um desenho pode conter um
número maior ou menor de tons. Quanto mais forte a luz, menor o número de tons.

Degradê – é um efeito de graduação (geralmente um fundo) que vai do mais claro para o escuro ou
vice-versa. Pode ser elaborado em várias técnicas.

Alto-contraste – é quando todos os meios-tons são eliminados, ficando somente o mais claro
(branco) e o mais escuro (preto). Esta é uma técnica bastante interessante, principalmente quando se
pretende reproduzir o desenho.

Meio-tom – quando o trabalho possui as graduações de tons, (escala de valores 1, 2, 3, etc.) do


mais claro para o mais escuro, é chamado de meio-tom.

Escala de Valores

Lápis Deitado

Lápis com Hachuras

Lápis com Esfuminho

Aguada de Nanquim

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Valores de 02 a 06 (Meio tom) Valores 01 e 08 - Alto-contrate

Degradê

Alto-contraste Alto-contraste

Estudos
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Andrade Escalapor
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Valores 63
Desenhando as sombras

O desenho em alto contraste permite que você desenvolva uma nova modalidade de aprender a
desenhar, através da observação das sombras que formam a imagem. Assim, ao invés de analisar
o que a imagem representa (olhos, nariz, rosto, etc), função do Lado Esquerdo do cérebro, você vê
apenas linhas, formas, manchas, etc. e a relação de uma parte com a outra (função do Lado Direito do
cérebro).

7 - Alto-contraste 8 - Alto-contraste

9 - Meio tom - Efeito de


profundidade

Na medida em que as coisas vão


se distanciando e são envolvidas
pela atmosfera, perdem o colorido e
a nitidez.

Esse efeito, em arte, é conhecido


como «Perspectiva Aérea».

Embora a superfície do papel ou


da tela seja plana, os artista usam
esse recurso para realçar o efeito de
profundidade.

64 para -DESENHO
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Silhuetas

A silhueta é a primeira coisa que observamos, quando queremos identificar um objeto ou figura. Por
isso, o contorno geral de figuras e objetos deve a primeira coisa a ser construí do, no desenvolvimento
de qualquer desenho. Ou seja, o ideal é que a construção da imagem parta do geral para o particular.
Assim, fica mais fácil fazer as colocações das partes internas.

Estudos
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Andrade Silhuetas
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Princípios de luz e sombra

Na natureza há dois tipos de luz: natural (luz


do sol) e artificial (lâmpada, vela, etc.).

Normalmente, quando vamos sombrear um


objeto, figura ou cena, devemos observar a
direção da luz. Assim, podemos trabalhar todo o
desenho levando em conta esse direcionamento.
Por isso, é importante conhecer os princípios de
luz e sombra, aplicados na elaboração de um
sombreado.

A) Foco luminoso – Fonte de origem da luz


que, incidindo sobre um objeto, define o volume;

B) Luz plena – Parte do objeto que recebe luz


de forma mais intensa;

C) Meio Tom – Valores tonais entre a luz plena


e a sombra própria, com variações do mais claro
para o mais escuro.

D) Sombra própria – Parte do objeto que não


recebe luz direta;

E) Sombra projetada – Sombra que o objeto


projeta sobre a superfície onde está assentado;

F) Reflexo – Rebatimento da luz, que retorna para o objeto de maneira mais suave;

G) Sombra projetada obliqua – Sombra projetada sobre um plano perpendicular ao da base onde
se encontra o objeto.

H) Posição da luz - Local onde se situa o foco luminoso que define a sombra própria e a direção
da sombra projetada.

I) Esquema de projeção – Regra que ajuda a projetar a sombra de forma rígida. Esse esquema é
usado apenas como um exemplo de como se dá a projeção da luz sobre o objeto.

66 para -DESENHO
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Posição da luz - A direção da sombra
projetada depende da posição da luz

Seleção de tons - São as variações


de tons que definem o volume do objeto
ou o contraste do desenho; quanto
mais tons o desenho tiver, menor será o
contraste e vice- -versa. Esquema de projeção da luz
Observe que, quando o objeto é
arredondado, a passagem do claro para
o escuro é gradual.

Projeção de luz em formas básicas - observe como os tons


das sombras projetadas mudam conforme as superfícies.

Estudos
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Andrade Princípios
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Projeção de sombra do Cubo

Sombreado com Lápis deitado

Projeção de sombra do Cilindro

Primeiro
Faça as
faixas

Sombreado com Lápis deitado

68 para -DESENHO
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Projeção de sombra da Esfera

Projeção de sombra do Cone

Estudos
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Sólidos geométricos com aguada de nanquim

Volume e Texturas dos Objetos

Os objetos (Natureza Morta) são temas excelentes para se trabalhar luz e sombra e também texturas.
Quando sombreamos objetos, não devemos nos ater somente nos volumes, mas também na
representação dos materiais que eles são compostos.

Esquema de sombra projetada obliqua


Resultado

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Cores, Tons e Texturas

Ao aplicar o acabamento, mesmo


com técnicas em branco e preto, tente
ser fiel aos tons das cores e as texturas
dos materiais. Por exemplo, o vermelho
é bem mais escuro do que o amarelo
ocre e assim por diante.

Técnicas de Sombreado

Os acabamentos (sombreados) podem ser feitos com uma grande


variedades de técnicas, como lápis deitado, traços (hachuras), esfuminho,
nanquim pura ou aguada, sozinhas ou misturadas (técnica mista).

Hachuras com caneta Lápis HB e 6B


esferográfica

Estudos
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e Sombra
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Jarra de metal Vaso de cerâmica

Vaso de vidro Vasos de cerâmica pintada

72 para -DESENHO
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Pontilhado - são pontos mais ou
menos concentrados, de acordo com os
tons, feitos com caneta hidrográfica.
Aguada de nanquim - pinceladas de tinta nanquim dissolvida em
água, criando vários tons.

Técnica Mista - Aguada e caneta técnica

Estudos
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Sombreando uma composição

Monte uma composição com alguns objetos e desenhe numa folha de canson A3, aplicando os
conceitos de composição estudados.

Use uma luminária de mesa e aplique os efeitos de luz e sombra. Observe as graduações, sombra
própria, projeta, reflexos e texturas.

Acabamento do fundo - As tonalidades fundo do desenho tem um papel importante, pois ajuda a
destacar os elementos da composição. Para realçar os contrastes, você pode escurecer o fundo, nas
partes claras dos objetos e vice-versa.

Composição com bule e frutas sombreado com lápis HB, 2B e 6B deitado

74 para -DESENHO
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Desenho de Acessórios

São chamados acessórios os objetos


e elementos complementares ao
projeto de interiores. Esses acessórios
são de extrema importância para a
humanização. do projeto.

Selecione objetos e outros acessórios,


de revistas e do natural e desenhe.

Estudos
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Os tons das cores

Para sombrear de forma correta os objetos coloridos, é importante saber o valor tonal que cada
cor representa. Assim, as cores são representadas por tons diferentes, de acordo com a direção e a
intensidade da luz.

Os tons das cores

1 - Amarelo
2 - Azul
3 - Vermelho
4 - Alaranjado
5 - Verde
6 - Violeta
7 - Amarelo/verde
8 - Azul/verde
9 - Azul/violeta
10 - Vermelho/violeta
11 - Vermelho/ Alaranjado
12 - Amarelo/Alaranjado

Errado

Mesmo quando se aplica cores, deve-se observar


a variação de tons, de acordo com a projeção da
luz, para realçar os volumes.

Certo

76 para -DESENHO
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Representação de Texturas Embora a computação gráfica ofereça uma
infinidade de opções de texturas, que poder ser
As texturas são os relevos e os desenhos aplicadas já prontas ou tratadas, é importante que
que caracterizam as superfícies dos objetos. E, o Designer saiba como representar graficamente
além da forma, do volume e da cor, é importante os materiais usados no seu dia a dia.
saber representar as texturas dos materiais que
compõem os objetos, de modo a imprimir maior Exercício - Texturas
clareza possível ao projeto. Copie as texturas apresentadas, buscando a
fidelidade dos materiais.
Portanto, a textura é um dos efeitos mais
importantes na representação gráfica do projeto.

Madeira

Marfim Mogno Pátina

Pastilhas de Vidro

Mármores

Mármore Preto Fosco Travertino

Granitos

Cinza Andorinha Capão Bonito Verde Ubatuba

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Pedras

Miracema Arenito Goiás Branca

Diversos

Vidro Tecido Carpete

Textura

78 para -DESENHO
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Sombreado em Móveis

Os mesmos princípios aplicados no sombreamento de objetos é utilizado para dar acabamento em


mobiliários, seguindo a sequencia.

Contornos

Esboço

Acabamento
Base

Esboço
Acabamento

Estudos
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Andrade Representação
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Contonos
Esboço

Sombreado com texturas

Copie o sofá ao lado, aplicando um


padrão de tecido (floral, listas, etc.).
Observe que a luz geralmente vem de
cima. Portanto, trabalhe com variações
de tons, aplicando tons mais claros nas
partes superiores (planos horizontais)
e tons mais escuros nas partes laterais
Acabamento
(planos verticais).

2 - Construção
1 - Base geométrica

Exercício
Desenhe o sofá ao lado,
3 - Acabamento
observando a projeção da
luz e aplicando textura.

80 para -DESENHO
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Desenho de Vegetação

Assim como os acessórios, a representação de


plantas e flores, aplicadas ao projeto de interiores,
ajuda a conferir um toque mais aconchegante ao
projeto.

Tanto na planta, quanto nas elevações e nas


perspectivas, o desenhos de vegetação não
Planta Baixa
precisa ser muito detalhado, mas apenas sugerido.

Desenhe uma planta em cada vista: planta,


elevação e em perspectiva.

Perspectiva Elevação

Estudos
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e Sombra
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Protegido por Vegetação 81
Desenho de móveis de estilo Mesmo que o móvel forem estilo clássico,
essa base é importante. Em seguida, faça o
É de fundamental importância que o designer desenho do móvel, o sombreado e, por último,
conheça os principais estilos de móveis e seus as texturas. Os móveis em estilos clássicos
autores, por isso a pesquisa é fundamental. (Luís XV, por exemplo) são mais detalhados; por
isso, é importante que você se familiarize com
Apresentamos alguns modelos para você se as principais características de cada estilo para
familiarizar e desenhar. Independente do modelo, representá-los com o máximo de fidelidade.
deve-se proceder da mesma maneira, ou seja,
fazer um esquema auxiliar, que pode ser uma Monte um arquivo dos estilos mais usados e
base geométrica, um esquema construtivo ou pratique.
ambos.

Chaise-longue “Le Corbusier”

Poltrona “Wassily”

Exercício - Desenho de Mobiliário


Desenhe peças clássicas e modernas, a partir de
referências fotográficas, aplicando acabamento.

Poltrona Charles Eames


Sofá em estilo Biedermeier (Alemão) A princípio usada apenas em escritórios. Em seguida, foi
descoberta pelos decoradores e entrou de vez nas residências.
Pode ser complementada com banqueta.

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Cheffonnière Luís XV. Cadeira Luís XIV

Cadeira de mogno revestida


em tecido

Poltrona “Le Corbusier”


Cadeira estilo “Diretório”

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Mesa com base metálica e
tampo de vidro jateado

Chaise-longue com estrutura


ferro e couro, de aspecto escultural

Chaise-longue com estrutura


de ferro e couro

Cadeira Barcelona
Chaise-longue “Linha Barcelona”

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Móveis de estilo

Desenhe pelo menos 10 móveis dos


modelos apresentados, aplicando todos
os conceitos estudados, com relação
ao esquema de construção, contornos,
acabamento, sombreado, representação de
texturas e fidelidade ao estilo.
Sofá estilo “Chesterfield”

Sofá em estilo contemporâneo, em couro, ladeado


por estrutura tubular de aço inox.

Sofá estilo “Contemporâneo”

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Luz e sombra na Paisagem

Na elaboração de cenas de paisagens, marinhas


e casarios também é necessária a observação da
direção da luz natural, para que os volumes sejam
colocados de forma correta, seja no desenho ou
na pintura. Há casos em que a passagem do claro
para o escuro se dá de maneira suave, gradual.
Em outras situações, isso acontece de maneira
brusca. Depende da intensidade da luz e dos
planos a serem iluminados.

66 - Fotografia

Sombreando Paisagens

Tire várias fotos de cenas externas (Paisagens,


praias, casarios, urbana, etc.). Escolha aquela que
achar mais interessante e reproduza, aplicando
uma técnica em preto e branco. Monte para o
Pintura a óleo Portfólio.

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Luz e sombra nas paisagens

Carvão - são barrinhas macias de carvão especial, com alto poder de contraste. Mancha com facilidade,
por isso, precisa ser fixado com verniz incolor.

O mesmo desenho feito com Lápis Grafite 6B deitado, sobre papel canson amarelo

Estudos
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Andrade Luz- Protegido
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Domínio Chiaroscuro

Para os grandes mestres do Renascimento, o


grande segredo da pintura é o domínio do chiaroscuro
— “luz e sombra” ou, mais literalmente, claro-escuro”
— é uma técnica inovadora de pintura do artista
Leonardo da Vinci, pintor renascentista do século XV,
juntamente com o sfumato. O chiaroscuro se define
pelo contraste entre luz e sombra na representação
de um objeto.

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Grandes Mestre da Luz e Sombra

Observar a obra dos grandes mestres da pintura é muito importante para o estudo dos efeitos de
luz e sombra. Muitos deles, como Caravaggio, Rembrandt, Salvador Dalí, De Chirico e Cézanne, entre
outros, são exímios na representação dos efeitos de luz e sombra. Portanto, é indispensável pesquisar
e até realizar estudos das obras desses mestres, em livros de arte, nos museus e na Internet.

Outra pesquisa importante são os pintores Impressionistas, entre os quais destacamos Monet,
Renoir, Pissarro, Berthe Morrisot e Van Gogh, que focavam seus trabalhos nos efeitos da luz. O objetivo
principal do Impressionismo é captar o momento efêmero da luz provocado pelo sol.

A virtude perversa - Caravaggio


(Itália, 1571 - 1610)

Obra de Giorgio De Chirico


(Grécia 1888 - Itália 1978)

Obra de Caravaggio

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e Sombra
Andrade - Protegidoda
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Auto-retrato - Rembrandt (Holanda, 1606 - 1669)

Natureza morta - Cezanne (França, 1839 - 1906) Natureza morta - Morandi (Itália, 1890 - 1964)

Obra de Salvador Dalí (Espanha, 1904 - 1989)

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Editado por:
ABRA - Academia Brasileira de Arte

Elaboração:
Laerte Galesso

Diagramação:
Lyvia Gamerco

Montagem Final:
Dândolo Galesso

Este caderno tem por objetivo transmitir os


principáis fundamentos, estudos de luz e sombra,
aplicados no desenho à mão livre.

O estudo colabora no desenvolvimento da percepção


visual, das habilidades manuais, aplicação do volume
e oferece toda a teoria, indispensáveis para a
formação do artísta.

Esses conceitos podem ser aplicados tanto em


trabalhos artístico, quanto em projetos de design
e ilustrações.

Todos os direitos reservados.


É proibida a reprodução e a utilização
sem a expressa autorização da
ABRA - Academia Brasileira de Arte.

São Paulo, Junho de 2021.

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