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material

Didático
módulo

Introdução
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mód. Introdução

O curso

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mód. Introdução

O curso
Módulo Introdução Módulo Marcação Módulo Modelagem Módulo Pintura Módulo Acabamento

O Curso Visão de Síntese Visão 3D Valor Tonal Valor de Linha

Materiais Linhas-Guia Volumes Valor Tonal - Prática 1 Valor de Linha - Prática

Consciência Corporal Prática 1- Objetos Prática 1 Valor Tonal - Prática 2 Detalhes, Padrões e
Interpretação
5 Elementos Pontos-Chave Persp 1 pt. Conceito Fonte de Luz Detalhes - Prática

4 Etapas Prática 2 - Animais Persp 1 pt. Fonte de Luz - Prática Padrões - Prática
Demonstração
Prática 3- Rostos Perspectiva 1 pt. Prática Luz nos Objetos Interpretação - Prática

Prática 4- Corpos Persp 2 pt- Conceito e Luz nos Objetos


Demonstraçáo - Prática
Persp. 2 pt.- Prática Rascunho

Persp. 2 pt.no Rascunho - Prática


Olho- Conceito
Persp. 2 pt.no
Olho- Prática
Distância

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O curso
Como visto na tabela anterior, o nosso curso é divido em cinco módulos:
introdução, marcação, modelagem, pintura e acabamento.

Esses módulos foram pensados para que você progrida gradativamente na


técnica do desenho. Como você vai aprender ainda neste módulo, que o
desenho progride nessas 4 etapas mencionadas (excluímos a “introdução).

E basicamente temos 2 tipos de aulas neste curso: os teóricos, apresentando


os conceitos e os práticos, aplicanado as técnicas. Cada conceito é
acompanhado de uma prática. As fotos usadas em cada vídeo prático estão
disponíveis para download na seção correspondente.

Além disso, caso haja dúvida, poderão nos enviar suas perguntas, com
imagens anexadas, ou pelo site da udemy.com, ou pelo facebook, pelo gurpo
exclusivo. Em último caso pelo instagram.

Aqui no caderno vocês encontrarão uma explicação continuada do que


vocês aprenderam, além de diversos exercícios e figuras para poderem
praticar. Logicamete, o caderno segue a linha do tempo do curso.

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mód. Introdução

Materiais

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Materiais
Lápis HB e 4B, Folha branca 75g ou 90g lisa, régua 30cm, esquadro, apontador
e borracha branca.

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mód. Introdução

Papéis
O papel que usaremos no curso é o de impressora 75g ou 90g, apenas por ser barato. Poré, no mercado você encontrará diversas opçés de
papéis. Quanto maior sua gramatura, maior sua absorção de materiais. Sua rugosidade também ajuda na absrção, por isso papeis muitos
grossos e rugosos servem para tintas, como aquarelas, guache e acrilica. Já papéis grossos e lisos servem para desenhos técnicos, com lápis
muito duros que machucam o papel e com tintas como nankin e marcadores. Se quiser um papel mais grosso compre entre 120g à 180g..

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mód. Introdução

Lápis HB, 4B
Quando você for comprar os lápis, perceberá que há uma diversidade grande destes. Mas a lógica é simples, a família H é relativa a
lápis duros e claros, bons para desenhos técnicos. A família B é de lápis macios e escuros, quanto maior o número mais extremo sua
característica. Escolhemos o HB por ser o exato meio termo entre firmeza e tom claro (perfeito para fazer a base), já o 4B ainda retém
um quê de firmeza, porém já consegue atingir tons bem escuros.

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mód. Introdução

Borracha, apontador e medidores


Usaremos borracha branca macia. Não Tenha sempre um apontador à mãos. Régua de 20 a 30 centímetros e um
use borrachas coloridas que mais borram Podendo ser o metálico (mais resistente) esquadro.
do que apagam. ou com depósito (mais prático).

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mód. Introdução

Caneta-borracha e Esfuminho
Se quiser complementar o conjunnto de materiais poderá comprar Outro material que pode te ajudar no curso, mas não é
uma caneta-borracha, porém se o for fazer compre a de ponta imprescindível é o esfuminho, que é apenas um lápis de papel que
fiana para poder apagar pequenos detalhes. te ajuda a espalhar o excesso de grafite.

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mód. Introdução

Consciência Corporal

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Consc. Corporal
Quando falamos em desenhar, muitos pensam em se tratar de uma questão
de dom, ou habilidade inata, mas se esquecem que desenhar, assim como
tudo, é um cconjunto de técnicas que podem ser aprendidas por qualquer
um. Se haverá diferenças entre pessoas com mais facilidades para desenhar
e aquelas com mais dificuldades, claro que haverá, assim como em qualquer
áreas.

Mas no caso do desenho essa diferença é bem relativa, pois quando falamos
em domínio da técnica pensamos na reprodução de um desenho realista
que exige realmente uma grande habilidade e conhecimento técnico. Porém,
não podemos dizer que o desenho mais realista é o melhor. Na realidade,
grandes aristas ao longo dos séculos não eram os melhores técnicos, mas sim
os mais conscientes do que poderiam atingir com os recursos que tinham.

Uma grande maneira de se tornar mais consciente é prestar atenção nos


movimentos que o nosso corpo precisa executar para reproduzir tal traço, tal
pintura, etc. Saber refinar nossos movimentos é essencial para melhoramos
nossa habilidade de desenhar.

foto por @Juan Pablo Rodriguez


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Consc. Corporal
Então, podemos enumerar alguns movimetos que você deve prestar atenção
ao desenhar para que você possa refiná-los.

.Segurar o Lápis: parta da forma como você escreve, com os dedos perto
da ponta. Essa posição é para detalhes, coisas pequenas. Pegue no meio, ou
até na outra ponta para traços maiores.

.Apoio da mão: escrevemos com a mão apoioada na superfície, mas ao


desenhar precisamos passear nossa mão pelo papel, por isso preste atenção
se sua mão está travada, fixa. Levante-a um pouco e deie ela fluir.

.Posição do papel: o papel não precisa ficar numa só posição. Muitas vezes
temos dificuldade de fazer traços em certas direções. Mas se virarmos o
papel para uma outra posição, nossa mão pode fazer um movimento que
nos sentimos confortável, mas mantendo o traço que queremos fazer. Por
exemplo, se você quer fazer um traço de cima esquerda para baixo-direita,
mas tem dificuldade, porque não vire o papel de modo que o movimento
que você precise executar seja de cima para baixo, depois volte o papel a sua
posição original e lá estará o traço.

.Pressão: estar consciente da pressão que se aplica ao papel é fundamental


para realizar diversos tipos de pintura e traços. Pratique fazendo desde a
maior a menor pressão possível.

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Consc. Corporal
.Velocidade: a velocidade com que desenhamos também influencia bastante
o resultado.A velocidade deixa os traços e a pintura de um jeito específico
que só você mesmo testanto para poder descobrir sua maneira individual.

.Gesto: o gesto nada mais é do que o conjunto de tudo o que falamos


anteriormente, mas com uma abordagem diferente. Ao invés de você fazer
um traço ou pintura continuamente, é como você “jogasse” sua mão para
assim chegar a um resultado mais expressivo. Um movimento onde desde o
início ate o fim do movimento há uma intenção, mas também uma abertura
ao acaso.

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Consc. Corporal
Além da nossa mão, também temos que prestar atenção na nossa postura.
Por isso uma cadeira confortável, que nos mantenha numa altura onde
nossos cotovelos estejam um pouco acima do tampo da mesa, assim como
deve ter um encosto pra costas. Se seus pés não tocam no chão, use um
apoio, isto parece trivial, mas é indispensável para manter toda a sua postura.
Para completar, se você conseguir uma prancheta reclinável, melhor ainda
pois não terá que se curvar tanto, porém muitos não gostam, ou não se
adaptam a prancheta tão bem.

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mód. Introdução

Os 5 Elementos

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A Linha
Como dito no título da lição, temos 5 elementos: a linha, a forma, o volume,
a pitura e detalhes. Vamos começar falando das linhas.

Porque dissertar sobre as linhas? Porque entender que a linha pode adquirir
diversos aspectos é fundamental para nos tornarmos melhores desenhistas.
Cada tipo de linha terá um papel em seu devido momento, e quanto mais
soubermos aplicar essa diversidade, mais rico nosso desenho será.

Observe os traços ao lado e veja as variantes que eles assumem, mudando


suas espessuras, seus movimentos, e sua construção.

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A Linha
As lihas estão em todo lugar, repare nos veios da folha e nos pelos do cachorro.

foto por @Justin Cron


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A Forma
O segundo elemento fundamental do desenho é a forma. E ela também
adquiri divesos aspectos. Porque é importante saber identificar diferentes
tipos de forma? Porque se você parar pra pensar, tudo é forma. Uma
montanha, um prédio, uma cabeça, uma folha, um olho, o que for, você
pode reparar que é uma forma. Pode ser uma forma regular, como as
pirâmides do egito, ou uma forma irregular como uma mancha de óleo no
chão. Ou até uma forma aberta que agora nos falta um exemplo, mas você
logo logo encontrará por ai.

Então a grande importância de ter consciência das formas é saber identificá-


las na vida real, para então poder desenhar. Afinal o que parece menos
assustador, desenhar um prédio ou um retângulo?

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A Forma
Observe a crista do galo, que forma inusitada, orgânica. Agora o castelo é
composto de diversas formas regulares e simples.

foto por @Ashes Sitoula


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O Volume
Se antes dissemos que tudo é forma, também podemos dizer que tudo é
volume, ou quase tudo, porque dependendo do ângulo que olhamos para
algo, não percebemos sua terceira dimensão. Mas enfim, tudo na vida real
tem 3 dimensões, logo é um volume, que em muitos casos, pode ser dividido
em outros volumes menores.

Para definirmos um volume, precisamos lembrar das três dimensões:


largura, altura e profundidade. Essas dimensões são definidas por formas
que podemos chamar de planos. Os planos estão conectados uns aos outros,
e as linhas que os separam chamamos de arestas.

Quando for avaliar qualquer coisa na vida real, repare seus planos, suas
arestas e se são formados por volumes menores.

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O Volume
Observe como é explícita a volumetria de ambos os exemplos, porém o caso
da pessoa é mais complexo. Reparem no braço, o plao que está na frente, qual
está de lado, assim como na caeça e pescoço.

foto por @Brycé Barker foto por @Sabin Abayo


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A Pintura
A pintura é simplesmente o preenchimento da figura com alguma cor. No
caso do curso, usaremos apenas o lápis grafite, mas cinza continua sendo
uma cor, certo?

Estar consciente da pintura é também fundamental. Apesar de ser um


tópico muito complexo, se estivermos atentos podemos criar resultados
incríveis sem tanto esforço. Precisamos saber que existe uma escala de luz,
que chamamos de escala tonal, que identifica a quantidad de luz em cada cor.
No exemplo ao lado temos o cinza, uma cor, mas ela pode adquirir níveis
que vão do clao ao escuro, mas sendo a mesma cor. Saber identificar o claro
e escuro das coisas é fundamental para desenhar de maneira inteligente e
criativa.

A pintura pode adquirir uma miríade de variações, logo a maneira como


você vai preencher suas figuras e seu desenho como um todo vai definir em
grande parte seu estilo.

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A Pintura
Em ambos os exemplos podmos identificar uma forte atuação da luz e cores.
É essa força que devemos perseguir em nossos desenhos.

foto por @Trevor Cole


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O Detalhe
Vamos definir detalhes, aqui em nosso curso, todos as coisa que forem
muito pequenas. Logo, textura, pelos, acessórios e plantas entram nessa
categoria.

Você verá nas lições específicas que existe uma mistrua de conceitos que
formam os detalhes. Porque além de desenhar essas coisas pequenas , temos
que fazer padrões, ou seja, repetí-las em sequência para podermos criar
coisas maiores, como árvores, cabelos, paredes, etc.

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O Detalhe
Aqui temos diversos exemplos de coisas que podem ser consideradas
detalhes.. Cada uma tem sua maneira específica de ser desenhada, mas como
podemos categorizá-las como elementos auxiliares ao desenho como um
todo, agrupamo-os numa mesma categoria.

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mód. Introdução

Os 4 grandes passos

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Os 4 grandes passos
Devido a complexidade do tema, vamos deixar para tratar do assunto em
cada módulo respectivo. O que você tem que saber agora é que o desenho
é construído em etapas e que cada etapa tem sua lógica, seus conceitos e
suas especificidades. Podemos dar uma pequena resumida aqui, mas não se
compara com o que você aprenderá ao longo do curso.

.Marcação: fazer a base estrutural do desenho. Definir medidas, proporções,


e posicionamento.

.Modelagem: criar a volumetria do objeto. Torná-lo tridimensional,


acrescentar as noções de profudidade e distância aos objetos e à composição.

.Pintura: preencher com cor as figuras. Iluminar e sombrear.

.Acabamento: limpar o desenho de suas marcaçóes, definir a pintura e


contorno com capricho, acrescentar detalhes, texturas e padrões.

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módulo

MARCAÇÃO
Marcação
A marcação é a primeira etapa do processo de desenho. Significa que ao invés
de desenharmos a figura em seu estado final logo de início, nós fazemos uma
base estrutural que nos auxiliará com suas medidas, proporções, formas, etc.

Essa etapa é fundamental, pois se formos desenhar logo a forma final da


figura, nossa chance de errar é gigantesca. O que aprenderemos aqui é
como fazer essa estrutura de forma eficiente e consciente. Assim como
toda vez que aprendemos uma nova técnica, nos sentimos padronizados
demaisiadamente, mas com o tempo, vamos pegando o jeito e poderemos
fazer mais rapidamente, entendendo o que para nós funciona e o que não.

Como se trata da base do desenho, ressaltamos a imensa importância de se


praticar eaustivamente essa etapa, pois se você dominar a marcação, tudo
fluirá com mais facilidade.

“O Método Marvel” - livro da Marvel de como desenhar


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mód. Marcação

A Visão de Síntese

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A Visão de Síntese
Todo mundo que almeja aprender a desenhar tem que adquirir certas
habilidades, principalmente as relacionadas ao olhar. Sim, saber olhar é uma
habilidade, que em geral não treinamos, mas que pode e deve ser aprendida.
Uma das maneiras de desenvolver nosso olhar é conseguir perceber nas
coisas suas formas e linhas básicas. Ao longo da sua jornada essa habilidade
será imprescindível, já que você lidará com muita informação. E se você
desde o início se preocupar com os detalhes, rapidamente se perderá. Por
isso pense que a “visão sintética”, como vamos chamar aqui, é uma maneira
de resumir, ir direto ao ponto, lidar de forma eficiente, com as coisas do
mundo. Vamos analisar o seguinte exemplo:

foto por @Greyson Joralemon


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A Visão de Síntese
Se formos tentar logo de início reproduzir tudo o que está nesta cena,
ficaríamos completamente perdidos. Por isso, se com apenas formas e
linhas básicas a gente conseguir reproduzir o arranjo geral da composição
e seus objetos, rapidamente poderemos montar a cena, fazer os ajustes
necessários, para depois prosseguir, criando mais detalhadamente cada
elemento. Vejamos agora o que estamos a dizer usando essa imagem como
exemplo. Depois faremos exercícios para tentarmos ver essas formas.

foto por @Pavel Janiak


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A Visão de Síntese

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mód. Marcação

A Visão de Síntese
Para praticarmos nossa “visão sintética”, temos que observar as coisas do
mundo para delas extrair suas formas e linhas essenciais. Façam isso com os
objetos a seguir, usando o primeiro exemplo como referência.

foto por @Simone Viani


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A Visão de Síntese

Exercício
Para praticarmos nossa “visão sintética”, temos que observar as coisas do
mundo para delas extrair suas formas e linhas essenciais. Façam isso com os
objetos a seguir, usando o primeiro exemplo como referência.

foto por @Alexandra Gorn foto por @David Mao


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A Visão de Síntese

Exercício
Para praticarmos nossa “visão sintética”, temos que observar as coisas do
mundo para delas extrair suas formas e linhas essenciais. Façam isso com os
objetos a seguir, usando o primeiro exemplo como referência.

foto por @Dmitry Ratushny foto por @Mr Sigsegv


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A Visão de Síntese

Exercício
Para praticarmos nossa “visão sintética”, temos que observar as coisas do
mundo para delas extrair suas formas e linhas essenciais. Façam isso com os
objetos a seguir, usando o primeiro exemplo como referência.

foto por @George Kroeker foto por @Todd Quackenbush


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mód. Marcação

Linhas-guias

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Linhas-guia
Quando formos desenhar, nos deparamos com o desconforto da folha
em branco. Nossa tendência é querer preencher esse vazio rapidamente,
desenhando nosso modelo em sua forma final. Em geral, as pessoas
começam por partes aleatórias e a partir dai, desenvolvem seus desenhos.
O problema é que isso impede-as de terem uma visão geral do modelo,
acabando por causar desproporções grotescas.

Para isso fazemos as linhas-guia que servem para nos guiar na construção
dos nossos modelos. Quando formos iniciar um desenho devemos
seguir um método mais eficiente para rapidamente podermos posicioar e
proporcionar o nosso objeto. É uma estrutura-base que receberá todo o
desenho depois.

foto por @Hello Im Nik


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Linhas-guia
E a feitura das linhas-guia seguem uma lógica: 1- eixo-central para posicionar e definir o ângulo, 2- linhas das extremidades para definir
a altura e largura, 3- linhas delimitando as partes para proporcionar o objeto. 4- linhas dos membros, que definem o ângulo de qualquer
parte externa ao “corpo” principal. Como cada pessoa tem uma visão diferente sobre o mesmo objeto, cada um pode por linhas.guia em
partes diferentes.

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mód. Marcação

Exercício
Agora vamos tentar criar a estrutura de objetos mais complexos. Comece por
aquele modelo que considerar mais fácil e faça apenas as linhas-guia. Repita o
processo quantas vezes for necessário para seu desenvolvimento.

foto por @Shanon Vandenheuvel foto por @Martin Knize


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mód. Marcação

Exercício
Compare o seu resultado com a prova aqui demonstrada. Lembrando que
cada um tem uma visão diferente sobre o mesmo objeto, logo cada um pode
acabar pondo linhas-guia em diferentes lugares.

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mód. Marcação

Pontos-chave

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Pontos-chave
Nos exercícios anteriores em algum momento vocês devem ter se
perguntado: “estou criando a proporção certa?”. Isto porque, por mais que
façamos as linhas-guia, não temos como saber com precisão se estamos
colocando-as nos lugares corretos. Isso pode ser resolvido se compararmos
as partes do objeto com outras partes de si mesmo ou até da folha.

Vejam o exemplo ao lado. Olhem como a ponta dos dedos da mão esquerda
estão alinhados com o polegar e indicador da mão direita. Que o ponto logo
acima do short coincide com o peito do pé, que os pés tem um distância
pequena entre si. E vejam como rebatemos esses pontos para fins de
comparação. Veja que o ponto da palma da mão esquerda está projetada até
o nível da ponta do pé esquerdo, isso para podermos determinar a distância
horizontal que esses dois elementos tem entre si.

Todas esses pontos, que são apenas imaginários, não sendo desenhados,
servem para nos dar uma noção mais precisa do que estamos fazendo.
Imagine que colocamos uma mão muito mais para o alto do que a outra,
já podemos corrigir, pois sabemos que a ponta dos dedos da esquerda
coincidem com o polegar e indicador da outra mão. Sabemos que barriga
e pé coincidem em certo ponto, etc. Logo, os pontos-chave são uma
ferramenta de construção.

foto por @David Hofamnn


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Pontos-chave
Vejam a comparação: imagine que estamos copiando
este modelo da esquerda (colocamos com as linhas-
guia e pontos-chave para você conseguir visualizar
a comparação). Fazemos as linhas-guia, e depois
queremos saber se estamos no caminho certo. Então
chega a hora de comparar as partes para ver se elas estão
batendo nos mesmos pontos. Rapidamente podemos
perceber que a nossa estrutura (da direita) está diferente
do modelo original. Ai cabe corrigir para ajustarmos a
proporção.

A lógica nos leva a pensar que quanto antes visualisarmos


os ponto-chave e fizermos a comparação entre as partes,
melhor. Aliás, quando formos começar a desenhar, já
devemos ter pelo menos uma grande parte de pontos-
chave em nossa mente, para assim precisar fazer menos
correções, já desenhando desde o início.

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mód. Marcação

Exercício
Agora com as ferramentas construtivas e habilidades necessárias, vamos criar
uma diversidade de objetos, usando as linhas-guia, formas sintéticas e pontos-
chave. Neste primeiro exercício tente reproduzir o que já está criado. Como
os pontos-chave não são desenhados, façam da sua mente.

foto por @Dan Gold


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mód. Marcação

Exercício
Os pontos-chave podem ser usados para corrigir a proporção das formas
também. Repare que aqui usamos para medir a altura e largura delas.

foto por @Shawn Kenessey


pág 49
mód. Marcação

Exercício
Lembrando que o corpo humano é extremamente complexo, logo você verá
por ai diversas maneiras de fazer a marcação. Porém sempre tente, manter a
estrutura geral que capta a essência da personagem. Isso se dá pelo formato
do rosto, tamanho do nariz olho e boca e tipo de cabelo.

foto por @Shamim Nakhaei


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mód. Marcação

Exercício
Os pontos-chave serão essenciais para acertar na proporção do corpo
humano. Aqui eles estão desenhados, mas lembrando que não colocamo-os
no papel e que você pode imaginar quantos pontos quiser.

foto por @George Cobbs


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mód. Marcação

Exercício
Agora crie toda a marcação desses modelos

foto por @Pablo Merchan Montes


pág 52
mód. Marcação

Exercício
Agora crie toda a marcação desses modelos

foto por @Scott Jackson foto por @Nikolay Tchaouchev


pág 53
mód. Marcação

Exercício
Agora crie toda a marcação desses modelos

foto por @Dharmit Shah foto por @David Clode


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mód. Marcação

Exercício
Agora crie toda a marcação desses modelos

foto por @Ryan Holloway OJ foto por @Joel Mott


pág 55
mód. Marcação

Exercício
Agora crie toda a marcação desses modelos

foto por @Joel Muniz foto por @Prince Akachi


pág 56
mód. Marcação

Exercício
Agora crie toda a marcação desses modelos

foto por @Edgar Chaparro foto por @CBX


pág 57
mód. Marcação

Exercício
Agora crie toda a marcação desses modelos

foto por @Jacob Postuma foto por @Miguel Salgado


pág 58
módulo

Modelagem
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mód. Modelagem

A visão 3D/ Volumes

pág 60
A visão 3D/ Volumes
Após esse início, onde aprendemos técnicas de
construção da base do desenho, precisamos agora
realmente construir nossos modelos. No capítulo
anterior os nossos objetos eram predominantemente
bidimensionais, ou seja, apenas compostos por
altura e largura. Mas a maior parte dos objetos
são tridimensionais, compostos também pela
profundidade. Cabe a nós conseguirmos perceber essa
tridimensionalidade das coisas e saber traduzí-la para o
papel.

foto por @Todd Quackenbush foto por @Ben Dumond


pág 61
A visão 3D/ Volumes
Para sermos eficazes na construção de objetos
tridimensionais, temos que ter em mente as seguintes
definições: contorno, que são as linhas de fora de um
objeto, volume ou forma. Arestas, que são linhas
que dividem o contorno em planos, e se repararem,
acabam por criar formas dentro do objeto. Planos que
são a superfície das formas criadas pelas arestas (parte
pintada). Podemos chamar os planos de face, de lado de
um objeto. Logo, para ser um volume, o objeto precisa
ter no mínimo 2 lados visívies. E saiba distinguir, mesmo
que seja para você se organizar mentalmente, qual face/
plano/ lado você está vendo: lateral, frontal, superior
ou inferior. Outro ponto interessante para ser destacar
é o fato de que muito da sensação 3D é provocada
por linhas diagonais, pois elas indicam o caminho
da profundidade. Repare que na figura a esquerda, o
contorno já indica alguma tridimensionalidade, mas
é com a adição de arestas, que dividem o contorno
em planos que podemos distinguir partes, e assim
diferenciar em qual lado está o que.

pág 62
A visão 3D/ Volumes
Já volumes compostos por superfícies arredondadas não
possuem planos tão claramente definidos, justamente
pela ausência de arestas nítidas. Logo suas respectivas
volumetrias são indicadas pelas poucas arestas que
possuem, muito pelo seus contornos e principalmente
pela luz, mas isso é assunto para o próximo capítulo.

pág 63
Do 2D ao 3D
Vamos então, manter a mesma lógica que empregamos
para desenhar modelos predominanentemente
bidimensionais: reduzir aos elemetos fundamentais
para criar a estrutura.

Começamos pelo eixo-central, para posicionar nosso


objeto. Uma forma básica para definir altura e largura.
Reparem que nesse caso, nosso modelo pode ser definido
facilmente como um retângulo, mas dependendo do
que estiver sendo desenhado faz-se outra forma(s). O
topo e a base tão tortos porque isso vai me ajudar a
enxergar a profundidade do objeto.

Agora vejam que na base fizemos uma forma distorcida


que representa a perspectiva na qual o modelo está
inserido. Assim, já podemos visualizar o nosso volume.
Essa base pode estar em qualquer parte do modelo que
você escolher ser a definidora do volume. Poderíamos
ter feito a mesma coisa só que represetando o tampo,
porém sempre aconselho começar de baixo para cima.

pág 64
Do 2D ao 3D
Agora passamos a etapa da modelagem. Criamos um
cubo para representar o volume principal (no caso
deste ser um objeto muito básico, um volume simples
praticamente resolve o todo), assim já temos uma
noção do todo. O importante aqui é deixar definido os
planos, no caso o superior (tampo), e os laterais. Deixar
definido também marcacções para as partes. Veja como
nos pés esticamos linhas conectando-os. Isso porque
eles estão alinhados, logo é como se fossem a mesma
linha.

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Do 2D ao 3D
Para finalizar a etapa de modelagem, marcamos todas
as partes, criamos todos os contornos, arestas e linhas.
Muitíssimo cuidado para que as linhas diagonais, que
são justamente as que dão o toque 3D, não fiquem
muito distorcidas, com ângulos errados. Deixamos
claros todos os planos: veja o tampo como ele próprio
é composto por uma superfície superior, uma frontal e
outra lateral (mesmo que essas duas muito pequenas).
Os pés e as tiras que ligam os pés tem dois planos.

Outra coisa importantíssima de reparar é que a


perspectiva distorce os objetos, modificando a espessura
das partes. Veja que as tiras (que conectam os pés) da
frente e do lado direito tem uma espessura maior do
que as outras duas tiras. Isso vocês vão entender melhor
quando tratarmos de perspectiva, mas já é bom ter esse
entendimento. Essa questão da espessura é fundamental
para dar a noção real do volume. A espessura é a largura
de um volume

pág 66
mód. Modelagem

Exercício
Agora tente criar esses volumes, respeitando os passos, primeiro a marcação
depois a modelagem.

pág 67
mód. Modelagem

Exercício
Agora tente criar esses volumes, respeitando os passos, primeiro a marcação
depois a modelagem.

pág 68
mód. Modelagem

Exercício
Repare neste primeiro exemplo e entenda o passo-a-passo aplicado a um objeto complexo. Claro, a medida que for evoluindo, não precisa
seguí-lo rigidamente, pois já saberás como fazê-lo de forma mais simples e rápida. Porém, o objetivo do exercício aqui é que você saiba
fazer a marcação por linhas, formas e depois transformá-la em volume. Mesmo que seus ojetos pareçam bonecos de lego, é importante
para você visualizar os planos, que é a grande questão quando desenhamos objetos tridimensionais.

foto por @Le Minh Phuong


pág 69
mód. Modelagem

Exercício
Agora siga tais passos para cada objeto, não importe se seus desenhos acabam
por serem feios, o objetivo é aprender a modelar, identificar planos e claro,
usar a marcação como base.

foto por @Erfan Tajik


pág 70
mód. Modelagem

Exercício
Agora siga tais passos para cada obeto aqui, não importe se seus desenhos
acabam por serem feios, o objetivo é aprender a modelar, identificar planos e
claro, usar a marcação como base.

foto por @Wílfried Santer foto por @Lindie Wilton foto por @Alex Iby
pág 71
mód. Modelagem

Exercício
Agora siga tais passos para cada obeto aqui, não importe se seus desenhos
acabam por serem feios, o objetivo é aprender a modelar, identificar planos e
claro, usar a marcação como base.

foto por @Florian Cordillot foto por @Andrea Yurko


pág 72
mód. Modelagem

Perspectiva 1 pt.

pág 73
Perspectiva 1 pt.
A perspectiva nada mais é do que a criação de volumes
usando um ponto de referência. Esse ponto é chamado
ponto de fuga. Usando uma régua e um esquadro,
podemos ligar as linhas laterais ao ponto de fuga,
enquanto fazemos as linhas horizontais por 180º e as
verticais por 90º. Usamos também como referência a
linha do horizonte, uma linha horizontal fictícia que
separa o céu do solo. Lembrando que o ponto de fuga
sempre terá que estar localizado na linha do horizonte.

Devido a isso, tudo que está completamete acima da


linha do horizonte, tem seu plano inferior exposto,
enquanto tudo que está abaixo, tem seu plano superior
exposto, como podemos ver nas formas pintadas do
exemplo ao lado. Também há a questão da distorção
espacial, o que significa que quanto mais perto da linha
do horizonte, mais devemos desenhar as coisas perto
umas das outras. Como numa escala exponencial, a
distância entre as coisas aumenta a medida que se
afastam da linha do horizonte e vice-e-versa.

pág 74
mód. Modelagem

Exercício
Baseado no que você aprendeu na lição de perspectiva, pratique copiando as
figuras a seguir, seguindo os passos da lição.

pág 75
mód. Modelagem

Exercício
Baseado no que você aprendeu na lição de perspectiva, pratique copiando as
figuras a seguir, seguindo os passos da lição.

foto por @Bernard Hermant foto por @Eduardo Flores foto por @Leo Roomets
pág 76
mód. Modelagem

Perspectiva 2 pt.

pág 77
Perspectiva 2 pt.
A diferença entre ter dois pontos de fuga é que não existe mais linhas frontais, aquelas paralelas à linha do horizonte. Agora há somente
linhas laterais convergindo aos pontos de fuga e linhas verticais à 90º(perpendiculares a linha do horizonte). Vale lembrar que todos os
objetos na realidade são regidos por no mínimo 2 pontos de fuga, a não ser que você esteja-os vendo exatamente de frente. Se ele está
ligeiramente virado, ambas faces laterais estão a convergir a seus respectivos pontos de fuga.

pág 78
mód. Modelagem

Exercício
Baseado no que você aprendeu na lição de perspectiva, pratique copiando as
figuras a seguir, seguindo os passos da lição.

foto por @Sigurdur Fjalar


pág 79
mód. Modelagem

Exercício
Baseado no que você aprendeu na lição de perspectiva, pratique copiando as
figuras a seguir, seguindo os passos da lição.

foto por @Sarah Lachise


pág 80
mód. Modelagem

Persp. 2 pt. no olho

pág 81
Persp. 2 pt. no olho
Quando iniciamos a lição de perspectiva todos ficam ansiosos e com medo
desse conceito misterioso, como se nele estivesse a chave do desenho. E estão
certos. Entender a perspectiva é entender como os objetos se distorcem
pelo nosso olhar. Quando os renascentistas conseguiram formalizar
tal conceito, o fizeram por muita observação e estudo da realidade em
conjunto com a geometria bidimensional. Mas ao invés de adquirirmos essa
precisão matemática, é melhor nos concentrarmos em entender a lógica
da perspectiva e tentar reproduzí-la sem a necessidade de seguir todos os
passos rigidamente.

Como visto na lição respectiva, muitos artistas entendiam o funcionamento


da perspectiva, mas não a seguiam exatamente, como é o caso do desenho
ao lado, feito por Van Gogh. É importante entender que cada linha lateral
está subordinada ao seu ponto de fuga, logo qualquer coisa, seja uma caixa
ou uma pessoa é distorcida pela perspectiva. No caso de seres vivos que
possuem linhas muito orgânicas, fica mais difícil de perceber, ainda mais
quando aplicamos tecido por cima. Por isso nessa lição, vamos exercitar
com volumes básicos a nossa capacidade de distorcê-los no espaço e vamos
complexificando ao longo do tempo.

pág 82
mód. Modelagem

Exercício
Agora tente reproduzir os objetos a seguir. Lembre-se que: os pontos podem
estar longe e por isso a inclinação acaba por ser sutíl e se tiver muito perto a
inclinação é mais acentuada. E que ambos os pontos de fuga estão sempre na
linha do horizonte, um alinhado ao outro.

pág 83
mód. Modelagem

Exercício
Agora tente reproduzir os objetos a seguir. Lembre-se que: os pontos podem
estar longe e por isso a inclinação acaba por ser sutíl e se tiver muito perto a
inclinação é mais acentuada. E que ambos os pontos de fuga estão sempre na
linha do horizonte, um alinhado ao outro.

pág 84
mód. Modelagem

Exercício
Agora tente reproduzir os objetos a seguir. Lembre-se que: os pontos podem
estar longe e por isso a inclinação acaba por ser sutíl e se tiver muito perto a
inclinação é mais acentuada. E que ambos os pontos de fuga estão sempre na
linha do horizonte, um alinhado ao outro.

pág 85
mód. Modelagem

Exercício
Agora tente reproduzir os objetos a seguir. Lembre-se que: os pontos podem
estar longe e por isso a inclinação acaba por ser sutíl e se tiver muito perto a
inclinação é mais acentuada. E que ambos os pontos de fuga estão sempre na
linha do horizonte, um alinhado ao outro.

pág 86
mód. Modelagem

Exercício
Agora tente reproduzir os objetos a seguir. Lembre-se que: os pontos podem
estar longe e por isso a inclinação acaba por ser sutíl e se tiver muito perto a
inclinação é mais acentuada. E que ambos os pontos de fuga estão sempre na
linha do horizonte, um alinhado ao outro.

pág 87
mód. Modelagem

Distância

pág 88
Distância
Como visto na vídeo-aula, podemos dar a noção de distância de algumas
maneiras distintas. Como: Sobreposição, tamanho/detalhamento, e valor
tonal. No exemplo ao lado temos essas três técnicas funcionando em
conjunto. A árvore da frente sobrepõe os elementos de trás, é maior, mais
detalhada e com um valor tonal maior. Repare que as árvores de trás ficam
meio azuladas, isso se dá por uma questão atmosférica. Essa técnica de
azular o fundo a medida que vai este vai se afastando foi inventada por
Leonardo Da Vinci. Sim, o próprio. Aprenderemos sobre valor tonal no
capítulo seguinte, e assim vocês poderão entender melhor como controlar
a pintura dos objetos.

Nas páginas seguintes iremos expor mais alguns exemplos de distância sendo
utilizada, e esperamos que você já seja capaz de por conta própria. Perceba
as nuances, como a lógica da perspectiva ajuda na questão do tamanho, a
questão dos detalhes que será trabalhada no último capítulo

O desenho ao lado foi feito por Yoshida Hirori, um japones da primeira


metade do século XX, que mistura a arte do Ukyo-e com influências
ocidentais. E porque você não tenta copiar os desenhos aqui expostos?

pág 89
Distância

pág 90
Distância

pág 91
módulo

Pintura
Pintura
A pinutra é o ato de preencher com cor uma figura. Simplesmente isso.
Apesar de usarmos apenas o lápis grafite em nosso curso, cinza continua
sendo uma cor, certo? Pois bem, neste capítulo vamos distinguir dois
conceitos fundamentais para entender como pintar uma figura, o valor
tonal e a fonte de luz.

Pintar sempre chega para separar os grandes dos pequenos, pois aqui é
um espaço para total expressão, sensibilidade e inteligência construtiva. Por
isso, preste bastante atenção nas lições e pratique bastante.

pág 93
mód. Pintura

Valor Tonal

pág 94
Valor Tonal
Quando dizemos valor tonal, estamos nos referindo a
quantidade de luz que há numa cor. Logo toda cor tem
seu tom correspondente. Por isso quando dizemos que
tal cor é um azul escuro, ou azul claro, estamos nos
referindo ao seu tom. O conjunto de tons chamamos de
escala tonal. Cada cor que você vê, estará posicionada
em algum ponto da escala. Quando estudarmos cor em
outro curso faremos mais distinções, mas por enquanto
você precisa aprender os fundamentos.

Assim, é muito importante saber identificar a quantidade


de luz em cada cor para que possamos reproduzí-las
com o lápis grafite. Saber usar o claro&escuro, para criar
um desenho rico é uma arte que requer tempo, então
não se preocupe se não conseguir logo. Como dito na
lição, é importante que seu desenho tenha tons bastante
distintos, evitado a todo custo deixá-lo preenchido por
cinzas similares. Tenha coragem de usar o preto e deixar
em branco certas áreas.

pág 95
mód. Pintura

Exercício
Agora para treinar sua coordenação motora, pratique criando escalas tonais,
do escuro ao claro e do claro ao escuro. Esse é um exercício clássico que deve
ser praticado bastatnte. Leve ao limite dos extremos para conseguir fazer o
máximo de tons possíveis.

pág 96
mód. Pintura

Exercício
Agora faça a escala tonal dentro de quadrados ou círculos, como preferir.
Faça escalas com 4, 6, 8, 10, 12 e 16, sendo os da ponta preto e branco. Esse
exercício é bem mais difícil que o anterior, pois nesse você tem que saber
fazer o tom que divide a escala, comparado com os outros.

pág 97
mód. Pintura

Exercício
Agora para esquentar, porque não copiar esta bela obra de Fernand Leger, um dos maiores pintores modernistas franceses do séc XX.
Lembrando que quando passamos da cor a escala de cinzas, sempre modificamos um pouco para deixar o desenho mais contrastado, pois
se fossemos traduzir os tons exatamente, muitas vezes acabamos com cinzas similares (o porquê disso fica pra quando estudarmos cores).
Agora copie a última figura, mas analise bem a original e a sua modificação direta para preto e branco.

Fernand Leger
pág 98
mód. Pintura

Exercício
Agora, temos a versão em pb direta. Faça você uma versão mais contrastada
ou seja com mais variedades de tons e com pretos e brancos marcando
presença. Neste exemplo temos um belíssimo Amadeo Modigliani. Se não o
conhece, por favor, pesquise-o.

Amadeo Modigliani
pág 99
mód. Marcação

Exercício
Agora, temos a versão em pb direta. Faça você uma versão mais contrastada
, ou seja com mais variedades de tons e com pretos e brancos marcando
presença. Neste exemplo temos um belíssimo Fernando Botero. Se não o
conhece, por favor, pesquise-o.

Fernando Botero
pág 100
mód. Marcação

Exercício
Agora faça as versões preto e branca de tais fotos.

pág 101
mód. Pintura

Fonte de Luz

pág 102
Fonte de luz
A fonte de luz é o segundo conceito para entender a questão da pintura em
1
seus termos fundamentais. Como visto no vídeo, há 5 tópicos que formam
esse conceito: origem da luz, sua direção, como o objeto recebe a luz, a
sombra projetada e a luz refletida.

.1- Origem: é a posição que se encontra a fonte luminosa. Em cima, no


2 meio, embaixo, na esquerda, direita ou centro.

.2- Direção: É para onde a luz está emanando. Isso depende de sua posição
e da posição do objeto. Em geral a luz é como uma esfera se expandindo
3 para todos os lados, mas há também fontes que são focos luminosos.

.3- Receptor: Todo objeto tem sua volumetria particular, por isso a luz vai
incider sobre cada objeto de maneira distinta. Saber difereciar planos, mesmo
os mais pequenos e principalmente em objetos orgânicos, é fundamental
para aplicar bem a luz sobre uma figura.
4
.4- Sombra projetada: a sombra sempre estará na direção oposta da fonte
luminosa. É muito importante perceber como um objeto pode fazer sombra
sobre outros objetos ou sobre si mesmo.
5 4
.5- Luz refletida: Toda luz que atinge uma superfície, rebate e volta. Isso faz
com que partes dos objetos perto de chão e parede recebam um pequeno
foco de luz numa área sem fonte de luz.

pág 103
Fonte de luz
Sabendo desses conceitos podemos agora enxergar a realidade com mais
precisão, entendendo o que de fato está acontencedno. Agora precisamos
entender como reproduzir estes fenômenos. E a única maneira de
conseguirmos atingir um nível satisfatorio é praticando bastante.

Mas podemos ter em nossas mentes alguns truques. Olhem ainda com mais
atenção para a esfera. Vejam como a parte mais escura da esfera não é a
que está mais longe da luz, mas sim bem no meio. Porque? Porque ela não
é atingida pela luz refletida. A parte esfera que toca a mesa ta escurinha
até, mas entre ela e a cintura da esfera (parte mais escura) recebe uma
luz refletida da mesa, tornando a sombra mais fraca. Em geral as partes
que ficam mais escuras são os planos que exatamente sucedem os planos
iluminados. Como assim? repare que toda a parte iluminada da esfera é o
plano superior, a partir da cintura os plano inverte. E é nessa parte onde
o plano muda que em geral é onde fica mais escuro. Isso dependerá da
posição que vemos o objeto, claro. No caso do cone, já acontece o que em
geral esperamos. Luz numa parte e gradativamente se transformando em
sombra.

Repararam que a ponta do cone não está iluminada? Isso indica que a fonte
de luz é focal (como uma lanterna), não ambiente (como o sol ou lâmpadas),
o que produz sombras mais delimitadas. Podem ver que a sombra da esfera
é um círculo quase perfeito, bem delitimiado. Quando a luz é ambiente, o
contorno das sombras é mais borrado. Falando em sombras, não vá...

pág 104
Fonte de luz
...pensando que a sombra é algo preto homogêneo. Na verdade as sombras
tem uma variedade de tons que correspondem a quatidade de luz que estão
tampando, luz refletida que recebem, luz ambiente que as influi, se o objeto
é reflexivo, etc. Por isso, observem bastante a realidade para poderem
compreender a realidade com mais precisão e adquirir repertório visual.

pág 105
mód. Pintura

Exercício
Agora copie a composição a seguir.

pág 106
mód. Pintura

Exercício
Agora copie a composição a seguir.

pág 107
mód. Pintura

Exercício
Agora copie a composição a seguir.

pág 108
mód. Pintura

Luz nos Objetos

pág 109
Luz nos Objetos
Após entendermos de modo geral o funcionamento da luz , chega o
momento de investigar como esta se comporta em objetos complexos. Na
verdade este tópico é apenas uma extenxão, um aprofundamento das lições
anteriores. Aqui vamos parar para observar as figuras de modo a conseguir
tirar boas conclusões sobre o funcinamento da luz.

O primeiro ponto a ser levantado é o foco de luz. Reparem que em todos


os objetos na composição ao lado podemos identificar pequenas “bolas”
brancas. Essas são focos de luz, ou seja, onde a luz incide primeiro, com
mais intensidade. Vejam que na finíssima borda do jarro há esse foco, não
como uma bola, mas quase como uma linha.

Outro ponto são as sombras que uns objetos fazem sobre os outros, ou em
si mesmos. A cavidade dos olhos e do nariz da caveira estão iluminados/
sombreados diferentemente porque ou a luz consegue entrar ou estão num
angulo onde a sua própria volumetria faz provacar sombra. O jarro como é
feito de material reflexivo (metal), acaba por refletir os objetos a sua volta,
mas devido ao seu formato redondo, o faz de maneira a distorcer o reflexo.

Agora observe você mesmo a figura de modo a identificar os planos de


cada objeto, ver a luz refletida atuando sutilmete, enfim, todos os aspectos
anteriormente ensinados.

foto por @Florencia Potter


pág 110
Luz nos Objetos
Falando em como a luz se comporta nos objetos, não tem como não falar
sobre o objeto mais complexo relativo ao recebimento de luz: o tecido.
Devido a quantidade gigante de volumes e seus planos completamente
orgânicos, o tecido sempre se mostrará como um grande desafio para
todo e qualquer desenhista, mesmo o mais experiente. A única forma de
conseguirmos reproduzir o tecido de maneira que seja credível é praticarmos
a exaustão. Vamos ver como alguns artistas solucionaram esse problema e
pregar deles algumas soluções.

foto por @Dmitry Bayer


pág 111
Luz nos objetos
Neste belíssimo desenho do quadrinho (comic, banda desenhada) Tex
Willer, vemos como a roupa foi brilhantemente trabalhada. Pela pintura de
alto cotraste, usando e abusando de sombras negras (o que não acontece
na realidade, mas pode ser um recurso gráfico, típico dos quadrinhos), este
desenho retrata o tecido muito bem.

O mais importante é reparar em 2 principais “famílias” de volumes que se


formam no tecido:

1 .1- Essas tiras, longas que seguem o sentido do caimento da roupa.

.2- Essas sombras em formato triangular que são volumes formados no


2 sentido transversal ao caimento. Se o braço ou corpo tem um sentido
vertical, esse tipo de volume tem um sentido horizontal. e vice versa.

obs: falamos que não se faz uma sombra completamente preta, mas aqui
vemos ela assim. Isso é devido ao estilo do desenho, ilustrativo. A realidade
não é assim. Há não ser em casos de luz e sombra extrema.

pág 112
Luz nos objetos
Outro desenho do artista David Hockney (o que aparece na lição Neste desenho de Manet, do séc XIX, vemos também uma
prática). Aqui podemos ver como ele trabalha os volumes de sutileza no tratamento. Sempre será sobre abrir focos de luz,
forma muito sutil e simplificada, mas mesmo assim temos a noção definir os planos dos mini-volumes e simplificar.
de roupa muito bem feita. Analíse por você mesmo a figura.

David Hockney Edouárd Manet


pág 113
mód. Pintura

Exercício
Agora pratique com copiado as figuras a seguir, mas tentando fazer uma
simplificação.

pág 114
mód. Pintura

Exercício
Agora com todos os conhecimentos que você tem, desenhe as figuras a seguir.

pág 115
mód. Pintura

Exercício
Agora com todos os conhecimentos que você tem, desenhe as figuras a seguir.

pág 116
mód. Pintura

Exercício
Agora com todos os conhecimentos que você tem, desenhe as figuras a seguir.

foto por @Edgar Perez


pág 117
mód. Pintura

Exercício
Agora com todos os conhecimentos que você tem, desenhe as figuras a seguir.

foto por @Edgar Chaparro foto por @Andre Guerra


pág 118
mód. Pintura

Exercício
Agora com todos os conhecimentos que você tem, desenhe as figuras a seguir.

pág 119
mód. Pintura

Rascunho

pág 120
Rascunho
O rascunho é uma das ferramentas mais importantes do desenhista. Mas
o que significa de rascunho? Por uns chamado de rascunho, ou estudo,
esse tipo de definição designa um desenho que não possue acabamento,
despreocupado com o resultado visual, mas sim em estudar alguma ideia.
Por isso em geral esses desenhos são muito rabiscados. Mas dentro dessa
definição cabe diversos níveis de refinamento. Alguns estudos são quase
como garranchos ilegíveis, enquanto outros são estudos que incluem em si
todos os elementos do desenho fial, apesar de não esta refinado.

Por que escolhemos ensinar essa ferramenta a essa altura do curso? Porque
era necessario você ter conhecimento de marcação, modelagem e pintura
para quando você fosse fazer seu estudo, você incluisse nele todos esses
elementos. Aliás, grande parte dos desenhos que você for fazer são rascunhos.
Pois são rápidos, divertidos e descomprimissados, logo você pode testar
diversas ideias que talvez você não faria se fosse criar um desenho “sério”.

pág 121
mód. Pintura

Exercício
Analise os estudos a seguir e comece a fazer seus próprios estudos. Pode ser
de ideias próprias, pode ser copiando objetos quaisquer que você vê ao seu
redor.

Felicien Rops
pág 122
mód. Pintura

Exercício
Analise os estudos a seguir e comece a fazer seus próprios estudos. Pode ser
de ideias próprias, pode ser copiando objetos quaisquer que você vê ao seu
redor.

Pietra Testa - séc XVII Edgar Degas - séc XIX


pág 123
mód. Pintura

Exercício
Analise os estudos a seguir e comece a fazer seus próprios estudos. Pode ser
de ideias próprias, pode ser copiando objetos quaisquer que você vê ao seu
redor.

Rascunhos do estúdio Disney


pág 124
módulo

Acabamento
Acabamento
Chegamos ao capítulo final de nosso curso. É nessa parte que daremos
o toque final ao nosso desenho. Como explicado em cada módulo, existe
um conjunto de técnicas que definem cada etapa. No caso do acabamento
não é diferente. Aqui é o momento em que limpamos os últimos traços
da marcação, que já deveriam ter sido limpados ao longo do processo, e
aqui termina. Onde daremos um contorno preciso, adicionaremos texturas
por cima da pintura, ajustaremos a passagem entre os tons, e adicionamos
detalhes, dando realismo a cada parte.

pág 126
mód. Acabamento

Valor de Linha

pág 127
Valor de Linha
Apesar da linha ser o elemento mais fundamental do desenho, poucos são
os que dão sua devida importância. Porém, como nós estamos aqui para
lhes contar os segredos dos grandes mestres, vamos explorar a técnica que
pode te diferenciar perante os meros mortais.

Aqui do lado temos um desenho de George Grosz, um dos maiores artistas


alemães do séc. XX. Sua arte é marcada por uma crítica política e social
muito forte. Brincando com a composição, seus desenhos tem esse aspecto
muito moderno. Para atingir um nível superior, George Grosz apesar de
muito consciente da arte moderna que estava surgindo, não se esqueceu do
que os antigos grandes mestres lhe ensinaram. Como apenas com linhas,
conseguia criar uma riqueza de variedade pouco vista por ai.

Reparem como os contornos dos corpos são mais grossos do que as demais
linhas, porém elas mesmas não são homogêneas. Os contornos possuem
espessuas diferentes em si mesmas. Os detalhes de roupas, como o delicado
vestido da mulher. Há detalhes feitos por linhas muito finas e precisas.
Linhas retas e duras, linhas orgânicas, soltas. Há linhas bagunçadas, linhas
que entram umas nas outas. Enfim, reparem por vocês mesmos cada tipo
de linha e como da uma delas serve a um propósito específico.

George Grosz
pág 128
Valor de Linha
Analisando esse desenho de outro grande mestre, Egon Schiele, podemos
perceber mais facilmente essa variedaded e linhas e como elas são
empregadas. Na realidade cada artista vai ter uma maneira de lidar com a
linha, pois isso indica muito o estilo de ada um. Aqui o artista, seguindo uma
linha bastante moderna, porém com resquícios dos ensinamentos clássicos
(visto aqui mais explicitamente do que o exemplo anterior).

Comecemos a análise pelo rosto. Aqui vemos traços delicados, precisos, com
curvas suaves. Temos uma combinação de espessuras de traços diferentes
para representar a delicada sombra do rosto (espessura menor), para os
pelos (espessura média) e para os olhos, nariz e boca (espessura maior).
Outra questão importante são linhas não contínuas, construídas por mais
de um traço. Mais precisamente entre o encontro da sobrancelha com o
nariz. Ao invés de criar uma linha contínua ele a faz por dois traços. Porque
assim, ele cria uma ligeira tridimensionalidade, pois assim percebemos o
nariz como mais largo na parte do encontro dos traços. Ainda no nariz,
veja um pequeno traço que divide os planos lateral e frontal. Agora, na
lateral do rosto, bem ao lado do olho, a linha interrompe. Isto também é um
recurso dado para criar uma leveza àquela parte. Subind um poudo, repare
como a linha da testa entra no crânio, como se a caeça contornasse o rosto.
Isso dá uma impressão de que o rosto está protuberentemente à frente.

Para a parte do braço, especificamente aquela pequena dobra, é um ótimo


exemplo de como a direção dos traços cria tridimensionalidade. O encontro

Egon Schiele
pág 129
Valor de Linha
da linha que vem de cima e é interrompida pela curva q entra no braço gera
um efeito de trás e frente. Esse traço que lembra “C”, parece contornar o
braço, criando um vão, simplesmenete por vir de um ponto da outra linha,
e atravessá-la. Enquanto isso, a linha de baixo cria, com a liha do meio,
um volume protuberante. E repare que ela não toca a linha do meio, na
verdade acompanha um pouco do seu movimento mas não chega a tocá-la.
Você sabe dizer o porquê? Porque esse pequeno espaço entre as duas linhas
representa a espessura que o tecido faria na verdade.

E por último analisemos a mão. Aqui há variedade de espessuras como já


vimos antes. Porém é interessante perceber essa variedade na mesma linha.
Repare no dedo do meio como ele começa muito finimo e depois engrossa.
Veja també a linha na mão que separa os planos supeior do lateral. Como
os dedos são feitos de forma muito orgânica e até desleixada, conferindo
muito estilo ao desenho.

Enfim, esse e um excelente exemplo de uso de linha assim como o anterior,


poderemos analisar muitos mais, mas esperamos que agora você já seja
capaz de o fazer por conta própria e também aplicar tal sabedoria a seus
próprios desenhos.

Egon Schiele
pág 130
mód. Marcação

Exercício
Que tal tentar desenhar as fotos a seguir usando uma grande variedade de
linhas?

foto por @Aziz Acharki foto por @Nourdie Diouane


pág 131
mód. Acabamento
Detalhes, Padrões e Interpretação

pág 132
Det., Padr., Inter.
Chegamos a lição final do nosso curso, e aqui juntamos na verdade três
lições em uma só: detalhes padrões e interpretação. Seria muito redundante
explicar esses três assuntos separadamente já que um influencia o outro,
um ajuda o outro a ser feito, criando um conjunto, porém conceitualmente
conseguimos distinguí-los (apesar da fronteira entre eles ser turva).

Vamos analisar o desenho ao lado feito por David Hockney, sim, já usamos
eles algumas vezes em nosso curso, e de novo agora, pois ele é um artista
brilhante como vocês mais uma vez verão. Queremos que você observe 3
pontos: o vestido e o colar, o cabelo e o resultado do desenho como um
todo.

Pois bem, no vestido vemos o que parece ser pequenos abacaxis, desenhados
de forma muito sutil, assim com o colar. Podemos chamar tais elementos de
detalhes. Pois são pequenos, simplesmente isto, algo acessório. A questão é
que para um detalhe não “brigar” com o desenho ele deve ser feito sem muito
refinameto, apenas as formas básicas e com uma pintura bruta que apenas
define os planos. Porém, se olhar com atenção tantos os abacaxizinhos,
quanto o colar, respeitam o caimento do corpo, sendo afetado por ele. Repare
na coxa da mulher, com os abacavis ficam distorcidos. E no busto, como o
colar se entorta levemente. Logo, apesar de não se dar refinamento tanto na
sua forma, quanto na sua pintura, devemos desenhar com coerência, e se
for o caso, obedecer o movimento do desenho em geral.

David Hockney
pág 133
Det., Padr., Inter.
Outro ponto é o cabelo. Como visto na respectiva lição, há uma maneira
específica de se criar padrões de modo a dar a ideia, a sensação visual de
tal elemento, sem desenhá-lo exatamente como na realidade. Este é o caso
de pelos, plantas e texturas. Tudo que for um mesmo elemento pequeno
repetido diversas vezes em sequência, podemos chamar de padrão. Quando
se for desenhar um padrão é importante ter em mente um elemento base,
nesse caso, o fio do cabelo, para poder então repetí-lo com leves variações,
para tanto identificar como a mesma coisa, mas também para dar a noção
de realidade. Obviamente cada uma dessas coisas, pelos, plantas e texturas,
terão suas técnicas específicas, mas a partir do momento que você entende
a lógica por trás, você conseguirá observar a realidade para criar por si
próprio seus padrões.

E por último, o resultado do desenho como um todo. Interpretação,


nada mais é do que o estilo próprio do artista. Mas falamos interpretação
para sermos um pouco mais específicos. Podemos dizer que é o arranjo
particular dos 5 elemetos, linha, forma, volume, pintura e detalhes, que cria
a identidade distinta de tal desenho. Repare nos tons, nos traços delicados,
na composição, na maneira de pintar, a sombra difusa no chão, o quadro
abstrato atrás, o colar que é apenas pontihos brancos, enfim. Todos
esses elementos combinados cria o que chamamos de interpretação. Para
interpretarmos a realidade, temos que ser inteligentes no modo de construir
justamente para podemos fazer esse arranjo particular com os 5 elementos.

David Hockney
pág 134
mód. Marcação

Exercício
Aqui estão alguns exemplos de como acessórios foram feitas através da lógica
construtiva que vos foi ensinada.

Adolph Menzel Dominique Ingres


pág 135
mód. Acabamento

Exemplos

William Trost Richards - séc XIX William Trost Richards - séc XIX William Trost Richards - séc XIX
pág 136
mód. Acabamento

Exemploes
Aqui estão alguns exemplos de como o cabelo é feito através da lógica
construtiva que vos foi ensinada.

Dominique Ingres - séc XIX Edouard Manet - séc XIX Johan WIlhem - séx XVII
pág 137
mód. Acabamento

Exercício
Antes de continuarmos, porque não exercitar com pequenas figuras a nossa
capacidade de criar esses três conceitos, detalhes, padrões e interpretação?

foto por @Tomas Sobek foto por @Ray Dubs foto por @Mak
pág 138
mód. Acabamento

Exercício
Antes de continuarmos, porque não exercitar com pequenas figuras a nossa
capacidade de criar esses três conceitos, detalhes, padrões e interpretação?

foto por @Britanny Nixon


pág 139
mód. Acabamento

Exercício
Antes de continuarmos, porque não exercitar com pequenas figuras a nossa
capacidade de criar esses três conceitos, detalhes, padrões e interpretação?

foto por @Alve Odonnell foto por @Scott Webb foto por @Jared Sluyter
pág 140
mód. Acabamento

Exercício
Antes de continuarmos, porque não exercitar com pequenas figuras a nossa
capacidade de criar esses três conceitos, detalhes, padrões e interpretação?

foto por @Brooke Cagle foto por @Jose Aragones foto por @Adrien King
pág 141
Interpretação
Neste exemplo usado na vídeo-aula, podemos perceber ainda mais facil a
questão da interpretação, pois os gestos estão muito mais marcados. Apenas
pare e observe com atenção cada detalhe para absorver bem todos os
ensinamentos.

Charles Antonie Colomb


pág 142
Projetos Finais

foto por @Ilenia Fiacco dica: faça uma versão simplificada,eliminando muitos detalhes. Para os cilindros, faça primeiro
uma caixa, e depois desenho os cilindros dentro da caixa.
pág 143
Projetos Finais

dica: pinte deforma leve com se não houvesse pelos. Defina bem (porém mais claro que a na
foto) os tons. Depois vá fazendo mexas, alguns traços, e abrindo focos de luz.
pág 144
Projetos Finais

foto por @Shamim Nikhaei dica: mesma dica anterior, além de fazer uma interpretação do fundo, que seja leve e menor do
que na foto.
pág 145
Projetos Finais

dica: treine a marcação diversas vezes antes de começar o desenho final.


pág 146
Projetos Finais

dica: mesma dica anterior, e se comprometa a passar no mínimo 3 horas desenhando essa
figura. Faça-a com leveza e capricho.
pág 147
Projetos Finais

foto por @Tomasz Filipek dica: faça um rascunho antes, explore gestos, saia da caixa.
pág 148

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