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desenho e design
4 Evocação
DESENHAR É CONTER, DESCREVER E COMPREENDER
O desenho é supletivo e essencial em inúmeras áreas. Campo natural para o desenvolvimento de
capacidades como a memória, a síntese e a análise, relaciona-se directamente com a conquista de uma
melhor natureza individual e colectiva, sobretudo quanto ao modo como entendemos e criamos o mundo.
A criatividade emerge de razões próprias e naturais, em que o sentido da vida fornecerá uma direcção
inevitável.
Quando se fala em desenho de memória, encontramos a emergência da síntese e da classificação (mesmo
que casuística e automática). Neste caso o desenho funciona como um suporte semântico, flexível e
sintético, da imagem dos dados, formas e significações que urge praticar e desenvolver. Desenhar de
memória implica confrontar o fundamental. Desenhar de memória activa um leque de incertezas, obriga a
suceder ao olhar a reflexão.
O registo do movimento é sempre o apontamento do que aconteceu, daí existir uma estreita correlação
entre o apontamento desenhado, o entendimento do caso e a memória estruturada.
Para descrever com propriedade é essencial organizar formalmente memória do sucedido, pois, desse
modo, vamos além nas capacidades interpretativas do registo gráfico.
Esta orientação estrategicamente baseada no triângulo – memória | movimento | descrição – é fundamental
para a base – interpretação | criação | formalização.
Com o objectivo de desenvolver a memória visual associada ao desempenho da acção e a velocidade no
registo gráfico sugerem-se os seguintes movimentos práticos:
Exemplos para desenvolver a memória visual, a descrição e a celeridade na interpretação gráfica.
4. Memória e Estudos rápidos
4.1 Exercício: Desenho de memória – Carvão | Grafite | Marcador | Pincel
4.2 Exercício: Desenho de Movimento – Carvão | Grafite | Marcador | Pincel
4.3 Exercício: Desenho descritivo – Carvão | Grafite | Marcador | Pincel
Aprofundar a Memória, o gesto, a síntese e o tempo
Este conjunto de exercícios oferece um objectivo de grande utilidade, para que cada um interiorize e
qualifique a natureza formal como exploração e ampliação do conhecimento do mundo e das coisas.
Diversificar a visão e os registos, melhora memória e inteligência visual. No essencial, contribui para o
desenvolvimento criativo da actividade projectual. Por outras palavras, não ocorre output interessante se o
buffer estiver vazio.
Os registos realizados exclusivamente com apelo à memória são essenciais, para entendermos melhor a
realidade das formas e do desenho. Comece por evocar o que considera mais significativo e concretize
(alto, fino, vertical, oblongo | claro, escuro, etc.). No princípio não misture no mesmo desenho mais do
que uma natureza evocada. Depois, pouco a pouco, em cada desenho novo, vá adicionando mais
evocações.
Se fizer batota…nunca saberá o que é realizar um desenho de memória. Consequentemente, não pode
fazer batota, mas poderá inventar – a invenção é um bem da criação.
No desenho de movimento pretende-se melhorar memória, destreza e síntese. Os desenhos serão
forçosamente estruturais e centrados no curso do movimento – real ou suposto. A velocidade do gesto é a
sua máquina dinâmica que revela e explora a essência do tempo. Centre-se no que é essencial e não se
acanhe aos primeiros traços falhados, pois os seguintes podem resolver o desenho, senão há sempre outra
folha.
No desenho descritivo aponte toda a informação que considere válida para uma imagem completa do
modelo – traço, palavra, dimensão, referência, etc.
> Com estes exercícios pretende-se melhorar o domínio formal associado ao papel do desenho,
promovendo atitudes e práticas mais criativas.
Recursos Materiais
Riscadores:
Grafite – Lápis ou lapiseira com mina 3B. Afiado como se ilustra.
Carvão – Natural ou prensado. Grau “Soft”. Usar uma lixa para afiar em bizel.
Marcador Preto – Feltro grande, ponta em bisel ou redonda.
Pincel – Próprio para desenho a traço
Suportes:
Papel “cenário” – 46 x 36cm
Acessórios – Lixa, Lâmina para cortar, afiar (vulgo XActo)
Meios:
Tinteiro nanquim
A memória enquanto sede da evocação gráfica fornece a base de partida e desenvolvimento dos exercícios
a realizar. O seu corpo é um buffer sensível, portador de vastas e complexas possibilidades de evocação |
tradução | expressão | simbolização. Para desenvolver uma evocação ordenada dos objectos que pretende
desenhar estruture as correspondentes características formais. Do geral ao detalhe, do simples ao
complexo, do nivelamento à acentuação. A forma é esférica? paralelepípedica? Rugosa? Brilhante?
Macia? etc. A nossa memória não é apenas um pleno visual, também se preenche a partir de outras
entradas sensoriais.
Atenção! este exercício é o contrário do “desenho à vista” muito corrente no passado. Talvez possa
receber a designação de “desenho do que está longe da vista”, mas presente na sua mente.
Ao lembrar-se de poucos objectos, será sinal da necessidade em ver mais e olhar menos.
Sugere-se a realização de 12 exercícios evocativos – 2 a grafite, 2 a carvão, 2 a marcador de feltro e 2 a
pincel, como indicado anteriormente no Mapa de Trabalho, e a realizar nos suportes propostos (36x36cm).
Ex.: Desenho 4.1
4.2 Exercício: Movimento – Carvão | Grafite | Marcador | Pincel > 8
A captura do movimento é o objectivo central deste exercício. A linha é portadora de uma vocação
original dirigida à expressão do movimento. Sem movimento não acontece a linha nem a sua leitura. O
seu corpo é instrumento principal dessa acção. Como portador do sentido da réplica, pode observar com
toda atenção o movimento de um modelo, mas senão mimetizar, replicar através do gesto, as linhas que o
modelo irradia (descreve) nunca conseguirá traduzi-lo, apenas recorrendo à observação. Sem pretender
que se torne alvo de mimetomania compulsiva, considere a imitação da forma e do movimento através do
gesto como uma estratégia de aprendizagem em desenho. Por isso quando registar o movimento de um
modelo, replique as linhas de movimento e não uma observação da forma em repouso com uns signos
cinéticos à volta.
Sugere-se a realização de 8 exercícios desenhados – 2 a grafite, 2 a carvão, 2 a marcador de feltro e 2 a
pincel, como indicado anteriormente no Mapa de Trabalho, a realizar nos suportes propostos (36x36cm).
Ex.: Desenho 4.2.3
4.3 Exercício: Descrição – Carvão | Grafite | Marcador | Pincel > 8
Na descrição desenhada do objecto pretende-se que amplie o campo semântico a este associado. Aponte
toda a informação que considere válida para uma imagem completa do modelo – traço, palavra, dimensão,
referência, etc. Guarde e investigue sobre os objectos o máximo de informação que conseguir entender.
Sugere-se a realização de 8 exercícios desenhados – 2 a grafite, 2 a carvão, 2 a marcador de feltro e 2 a
pincel, como indicado anteriormente no Mapa de Trabalho, a realizar nos suportes propostos (36x36cm).
Ex.: Desenho 3.1.3
> JARDIM, Maria Antónia LEWIS CARROLL E SOPHIA DE MELLO BREYNER: A IMPORTÂNCIA
DOS ESPAÇOS SIMBÓLICOS NA METAMORFOSE DO SUJEITO
> Greene, Brian > The Elegant Universe | Escaping Gravity | Multiple Dimensions
<>
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10 Respostas
Responder
Cara Amanda, agradecido pelo comentário assim como a sua visita ao blog.
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brincadeira…..
nunca vi um site tão bem informado como o de vcs
parabéns pelo lindo trabalho!!
precisa melhorar um poko bjoosss
Responder
Cara Julia, como em tudo na vida, é sempre preciso melhorar um pouco. Obrigado pela sua
opinião e mande sempre da sua justiça, saudações.
Responder
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Fico muito grato Celso, tive agora varias idéias a respeito de desenho de memória, com certeza para
mim será de grande valia. abraços.
Responder
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0 – Síntese programática
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0 Intro – Estruturar e Interpretar
1 Contorno e Gestualidade
2 Compreensão da Gestualidade – Nivelamento e Acentuação
3 Peso e Modelação
4 Evocação
4.1 Jardim
5 Links
6 Ilustração vectorial – Método construtivo – Em conclusão
6.1 Perfis / Secções. Alterações da aresta base – Quina, Chanfro e Boleado
6.2 Criação de texturas gráficas.
7 – Linear | Evocar | Explicar (Em conclusão)
7.1 Protocolo
7.2 Planificação – Casos Tipo
8 Processos, Materiais e Ensaios – Intro
8.1 Da Linha ao Plano e Volume – Ensaios
8.2 Galo
8.3 Romã
Desenho II (em conclusão)
0 – Síntese programática
A – Elementos de arte sequencial (em construção)
B – Personagens e modelos (em conclusão)
Controlo ontológico e morfografia (a concluir)
C – Cenários e ambientes (brevemente)
D – Cinética elementar (brevemente)
Galeria Estudantes 2009-10 (Em conclusão)
Galeria Estudantes 2011-12 (Em conclusão)
galeria estudantes 2012|2013
Desenho Laboratório Gráfico IV
0 – Síntese programática
Galeria Estudantes LAB IV 2012-13
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Exemplo tipo para apresentação de Projecto Pictográfico (Em conclusão)
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Propostas
Sem margem para dúvida.
Encontros
Greve de Sexo (em conclusão…)
Linha de Partida (em conclusão)
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Portas e outros objectos (em construção)
Textos
A organização visual segundo a perspectiva gestáltica (Imagens em falta)
Aspectos de morfologia visual (Em conclusão)
Elementos visuais e conceptuais
O corpo e o modelo
1 O corpo e o imperativo de um modelo
2 Da exploração anatómica à visão morfológica
3 As ideologias de um corpo completo mas fragmentado (!?)
4 Conclusão
Sinopses
Sobre as medalhas do Escultor Ricardo Veloza
Textos diversos
Fala futuro
Tutoriais
3D – Modelação
A0 – Elementos-de-topologia | modelação poligonal
A1 – Preparação de referências projectadas | Modelação poligonal
A2 – Abordagem do método Editable Poly | modelação poligonal
A3 – Taxonomia formal | Primitivas poliédricas | modelação poligonal
A4 – Topologia | Tipologia | Modelação poligonal
Ilustração Vectorial – Illustrator
1 Controlo selecção e dimensionamento
2 Linha, forma e multiplicar
3 União, Disjunção, Cor, Transparência e Ilustração
4 Trace
5 Tiff – Grayscale | Bitmapped
5.1 Controlo de Bitmapped
5.2 Redes em Bitmapped
6 Modelação
6.1 Modelação | Contorno
6.2 Modelação – Sombras, Brilhos e Transparências
6.2.1 Sombras e Fundo
6.3 Finalização
7 Organização de Elementos de Ilustração (em conclusão)
Revit 8 (Em construção)
1 Elementos Construtivos, ambiente de trabalho e elementos projectivos
2 Procedimentos Operacionais e Importação de Bibliotecas de macro elementos
3 Controlo e criação de elementos construtivos por extrusão
4 Importação de formatos de desenho
5 Distribuição de elementos desenhados sobre um plano de desenho
6 Controlo de escalas e atributos gráfico visuais
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