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SCHOLÉ E A ORIGEM DA
ESCOLA PÚBLICA
TRIVIUM
Gramática Latina
Retórica
Lógica/Dialética Que Dirigem o
Esforço Mental Trabalho da
QUADRIVIUM Razão
Aritmética
Geometria
Astronomia
Música
Artes Liberais & Artes Mecânicas
ARTES MECÂNICAS
(Próprias do Trabalhador Manual)
• Medicina
• Arquitetura Que Dirigem o
• Pintura Trabalho das
Esforço Físico
• Escultura Mãos
• Olaria
• Tecelagem
• Artesanato
É neste contexto que teve origem a escola,
como SCHOLÉ, uma modalidade restrita de
educação, destinada apenas para aqueles que
viviam do trabalho de outros homens, pois a maioria
continuava a se educar como sempre se fez, no pró prio
trabalho e na vida.
A escola nasce com esta marca congênita baseada
na divisão entre trabalho intelectual e trabalho
manual, resultante da divisã o de classe da sociedade
entre proprietá rios e nã o-proprietá rios.
Isto perdurou até o fim da Idade Mé dia, sofrendo
drá stica mudança durante as Revoluçõ es Burguesas no
Período Moderno. Todavia, para a classe
trabalhadora, os não-proprietários, na essência, as
coisas não mudaram tanto assim.
O que será evidenciado mais adiante.
Origem, Contradições e o
Legado da Escola Pública
CIÊNCIA:
Potência Espiritual Potência Material
FUNÇÃO DO MESTRE:
Organizar e planejar o ensino;
Apresentar cada coisa com a máxima exatidão, clareza
e distinção;
Garantir a ordem e a disciplina com uma severidade
bem dosada;
Guiar os alunos, pela palavra e pelo exemplo;
Ensiná-los a obedecer, primeiro ao mestre e, depois, à
sua própria razão;
Despertar nos alunos o desejo ardente de aprender;
Mostrar o valor, a utilidade e o interesse do que é
ensinado.
MÉTODO DE ENSINO: organizar o conhecimento a ser
ensinado (tempo e conteúdo) com base na organização da
natureza [além disso, está presente, implicitamente, a
organização do trabalho na manufatura como um dos
aspectos principais do principio educativo em Comenius].
TEMPO:
Uma coisa de cada vez;
Ensino graduado, separado por classes;
4 horas diárias de estudo:
– 2 pela manhã: exercícios mais intelectuais;
– 2 à tarde: exercícios manuais e orais;
Anos de escolaridade: divididos em 4 partes (infância,
puerícia, adolescência e juventude) de 6 anos cada.
CONTEÚDO:
Adaptado à idade e à capacidade dos alunos:
Do mais simples para o mais complexo, do conhecido
para o desconhecido (o conhecido abre caminho para o
desconhecido e este se incorpora àquele).
Geral e Rudimentar
Infância Escola Materna Família Sentidos Externos
(até 5 anos) Processos Audiovisuais
“Livro de Imagens”
Geral e rudimentar
Puerícia Escola de Língua Comunas Sentidos internos, imaginação e memória
(6 aos 12 anos) Vernácula / Escola Aldeias Língua Nacional
Primária Vilas Livro Texto- 1 por ano
Particularizadas e Distintas
Adolescência Ginásio Cidades Inteligência e o juízo de todos as coisas recolhidas
(12 aos 18 anos) pelos sentidos
Particularizadas e Distintas
Juventude Academia Reinos, Sobre a vontade
(18 aos 24 anos) ou Províncias Conservar a harmonia: Teologia, Filosofia e Medicina
Universidade Prepara para ocupar cargos públicos.
A ESCOLA PARA OS TRABALHADORES:
CONTRADIÇÕES.
Atualmente a educação escolar é tão natural e óbvia que
muitos nem têm a noção de que nem sempre ela foi uma
necessidade para todos da sociedade.
A produção industrial e a educação escolar parecia ser
uma grande dádiva para os trabalhadores, porém, esta
não foi assim tão vantajosa conforme prometia.
Não obstante o avanço que isto representou para a classe
trabalhadora em relação à sua situação de antes, isto não
ocorreu sem contradições e distorções. Apesar do
princípio e da defesa de uma escola pública, laica e para
todos, o que ocorreu foi a constituição de dois tipos de
escolas muito distintas, consubstanciadas no conceito de
“dualidade educacional”.
Educação escolar para os operários, sim, mas em doses
homeopáticas;
Limites dos domínios dos conhecimentos científicos que o
trabalhador deveria desenvolver;
Solução: