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DESENHO ARQUITETONICO ESTILO LIVRE –


HUMANIZAÇÃO

Autor:

Formado em Engenharia Agronômica pela Faculdade de Ciências


Agronômicas – UNESP campus de Botucatu, mestre em Engenharia
Agrícola pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP e
Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Paulista UNIP, o autor
buscou em sua formação diversa caminhos que pudessem convergir
de modo a unir suas maiores paixões, a biologia e o desenho,
tornando-se um Arquiteto Paisagista, onde poderia atuar diretamente
com tudo aquilo que mais gosta, desenho e plantas.

Isso é importante nesta peça introdutória para que você leitor entenda
os caminhos que me levaram até aqui, e desmistificar coisas como
“Dom” no desenho – eu sei que essa hora você está balançando a
cabeça e pensando, logico que existe Dom sim! – Bom, trataremos
disso a frente, mas o importante neste momento é sabermos que as
mesmas propriedades do cérebro que usamos para escrever, usamos
para desenhar. O que eu quero dizer com isso? Simples, sim TODOS
conseguem desenhar e sobretudo produzir material de qualidade e
EXCLUSIVIDADE em nossa área de atuação, seja na Arquitetura,
Interiores ou na Arquitetura da Paisagem, onde a demanda de boas
apresentações é um fator de desempate entre os profissionais na área,
é o braço dentro da Arquitetura cuja apresentação deve ser a mais
bonita possível desde as primeiras etapas, pois é exatamente isso que
vendemos, beleza, conforto e qualidade de vida.

Poxa Marcelo, mas não temos o computador para gerar imagens


maravilhosas para o cliente?!

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Claro que sim! e este também é peça muitas vezes fundamental do
nosso trabalho, tão fundamental que chutando baixo 99% dos
arquitetos devem utiliza-lo para fazer suas representações, aí fica a
pergunta e a escolha de cada profissional, fazer mais do mesmo ou
entregar um produto diferenciado a seu cliente? Pela experiencia
adquirida em grandes escritórios que trabalhei no inicio da minha
carreira, pude comprovar a importância da apresentação feita a mão,
sobretudo nas etapas de Anteprojeto e projeto Pré-Executivo.

Isso acaba criando um laço entre você profissional e seu cliente, é uma
apresentação que carrega consigo sua dedicação, exclusividade e
vontade de fechar o negócio, tudo num produto só que por sí só já
carrega um apelo forte perante o cliente que sempre acaba se
impressionando bastante com uma prancha feita a mão,
independente da etapa projetual, entretanto, sempre recomendo que
a primeira apresentação seja a mais impactante, a probabilidade deste
cliente fechar negócio cresce.

Lembra quando falei a vocês agora pouco que não existe “Dom” para
desenho? Pois, é... vamos à luta, repito NÃO EXISTE DOM, Dom
segundo o dicionário:

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E a parte que nos interessa é exatamente a 5, ou “Aptidão inata para
algo, difícil ou raro. Pois muito bem, desenho não é difícil, e desenho
não é inato, você pode ter SIM inteligência corporal para o desenho,
mas isso sem treino jamais será comparado a alguém que não a tenha,
mas seja obstinado em aprender e PRATICAR. Exatamente amigos,
desenho nada mais é do que prática, e a prova fundamental são as
pessoas que aprendem por meio do estudo e da prática, lembre-se do
velho ditado popular, a prática leva a perfeição.

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SUMÁRIO Página

INTRODUÇÃO ...................................................................................8

MATERIAIS........................................................................................9

FOLHAS.............................................................................................10

LAPISEIRAS......................................................................................11

CANETA NANQUIM.........................................................................13

LÁPIS DE COR .................................................................................21

MODULO BÁSICO............................................................................24

LINHAS.............................................................................................25

AQUECENDO AS MÃOS..................................................................27

EXERICIOS INICIAIS......................................................................29

BORDAS............................................................................................31

MODULO INTERMEDIÁRIO ......................................................... 35

DESENHANDO OS PRIMEIROS BLOCOS......................................37

COMO DESENHAR BLOCOS EM PLANTA BAIXA........................40

FIGURAS HUMANAS.......................................................................48

VEGETAÇÃO.....................................................................................51

ARBUSTOS........................................................................................51

PALMEIRAS...................................................................................... 52

ÁRVORES..........................................................................................54

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MÓDULO AVANÇADO.....................................................................57

CORES...............................................................................................61

UTILIZANDO MARCADORES.........................................................61

UTILIZANDO LAPIS DE COR..........................................................63

SOMBRAS..........................................................................................65

CONCLUSÃO.....................................................................................68

SOBRE...............................................................................................70

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INTRODUÇÃO

Este livro tem por objetivo auxiliar os profissionais na área de


Arquitetura, Engenharias, bem como técnicos que elaboram diversos
tipos de projetos, capacitando-os a elaborar apresentações de forma
pratica, rápida e exclusivas, agregando valor as apresentações através
das plantas humanizadas, que apesar do advento dos softwares de
arquitetura presentes do mercado ainda tem uma alta capacidade de
impressionar o cliente, tornando a apresentação exclusiva e com um
valor agregado ainda maior, diferenciando este profissional dentro de
um mercado agressivo e competitivo.

Além disso desenhar a mão irá lhe conferir a capacidade de expressar


com qualidade e qualquer momento uma ideia, alteração ou ajuste,
seja na obra, seja diante do cliente, seja em qualquer lugar! Ajudará
na organização das ideias do projeto antes mesmo deste se tornar um
desenho no Autocad.

Portanto, a ideia do livro é apresentar ferramentas práticas e


especificas para humanização de plantas baixa e elevações
arquitetônicas, mas lembre-se, para que seus resultados cheguem
onde você quer será preciso esforço, dedicação e estudo, garanto a
vocês, vale muito a pena em todos os aspectos possíveis!

OBSERVAÇÃO: Desenhe! Desenhe Independente do livro, desenhe


tudo! Comece por objetos simples, formas básicas e elementares
como quadrados, cubos, círculo, triângulos e afins...e quando menos
esperar estará desenhando o que quiser!

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MATERIAIS

Talvez esta seja uma das partes mais importantes do nosso material,
não apenas importante para nosso desenho, mas importante a você
leitor!

Quem desenha o faz em qualquer material ou superfície disponível,


eu particularmente adorava desenhar em carteiras da faculdade (Não
façam isso!). O que quero dizer com isso? Que o material é apenas
uma ferramenta onde você vai aplicar a sua técnica, nada além disso,
ou seja, quem desenha bem o fará até com um carvão, então entenda
os materiais aqui apresentados, mas não se prenda a eles, seja livre
para tentar e experimentar o que tiver a mão, desenho é tentativa e
erro, bons materiais irão facilitar seu trabalho mas a base de tudo é a
sua força de vontade! Sem mais delongas vamos falar sobre os
materiais que você vai utilizar no decorrer deste curso:

FOLHAS

Talvez um dos pontos mais importantes aqui tratados, sobretudo pela


dificuldade em escolher a folha certa pro tipo de desenho que você
quer, para este curso vamos trabalhar com a folha tamanho A4 com
90 de gramatura (Gramatura ou Gramagem é a medida da massa
pela área de um papel, denota-se como uma densidade de área ou
densidade superficial, expressa em gramas por metro quadrado
(g/m²). Sua especificação foi padronizada pela norma ISO 536.
Quanto maior for a gramatura, mais grosso será o papel.).

Não deu pra entender? Vou explicar...um papel com uma gramatura
maior é ideal são papeis mais “densos”, ou seja, é um tipo de papel
que pode receber uma quantidade maior de coberturas de tinta bem
como outros materiais e técnicas como Aquarela, tinta, etc. No nosso

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caso precisaremos de um papel que receba bem o lápis, o nanquim,
marcadores e os lápis de cor.

Mais uma vez, aqui temos um guia com um propósito específico


utilizando-se de técnica consagrada, não deixe que os materiais e
técnicas aqui apresentados o impeçam de testar coisas novas! Só
assim o desenho evolui!

Utilizaremos aqui o papel sulfite, branco, tamanho A4 (Sim papel tem


vários tamanhos, abaixo a tabela).

FIG.1. Diferentes tamanhos de papel no mercado.

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FIG.2. Papel sulfite 90g tamanho A4, que utilizaremos daqui por diante.

LAPISEIRAS

Existem diversos modelos no mercado para todos os gostos e


“pegadas” possíveis e imagináveis, entretanto, é sempre
recomendável que caso seja possível você invista em uma boa
lapiseira, pois esta em virtude de seu peso, pegada (“grip”), e
qualidade geral intrínseca ajude a melhorar a precisão do seu
desenho, confie...uma boa lapiseira é um bom investimento! Eu
particularmente gosto de utilizar as lapiseiras da marca Pentel
exatamente as que apresento na imagem abaixo:

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FIG.3. Lapiseiras PENTEL em tamanho real, GraphGear 500 e GraphGear 1000.

Poxa, mas eu não quero gastar essa grana agora numa lapiseira, o que
eu faço? Desenhe.

Não importa o que você tem hoje na mão, se é uma lapiseira de R$1,99
ou uma profissional, o que precisamos agora é apenas da sua vontade
de querer desenhar! Então se programe e quando sobrar algum
dinheiro, invista numa peça dessas e cuide bem dela!

Gosto de utilizar o grafite 3B, tamanho 0.5. Mas o que isso significa?
Muito bem, existem diversos tamanhos e tipos de grafites no mercado
que proporcionarão diferentes efeitos no seu desenho, para o nosso
caso utilizaremos um tipo de grafite “multiuso”, ou seja, poderá nos
servir para diferentes etapas sem a necessidade de mudança no
material. Toda base de desenho a lápis que faço é com esse tipo de
grafite, o processo todo!

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Abaixo apresento a vocês os diferentes tipos de grafite que temos no
mercado e mais pra frente explicaremos tudo isso em detalhes no
nosso próximo E-Book.

FIG.4. Diferentes tipos de grafites disponíveis no mercado.

Muito bem, já temos definido o tipo de folha, o tipo de lapiseira e o


tipo de grafite, isso significa que já conseguimos fazer os exercícios
iniciais bem como toda base do nosso desenho, mas ainda faltam
algumas coisas, vamos a elas:

CANETA NANQUIM

A caneta nanquim é peça fundamental na construção do nosso


desenho, como explicaremos a frente, ela quem vai dar o acabamento
necessário e a arte final para que possamos entrar com as cores.

Cabe a caneta nanquim corrigir linhas, suaviza-las ou incrementa-las


dependendo do que se quer mostrar na prancha. Portanto, treine
bastante o uso desta ferramenta!

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FIG.5. Caneta Nanquim convencional, exemplos das espessuras mais utilizadas para
este tipo de trabalho.

FIG.6. Caneta Nanquim convencional, exemplos das espessuras mais utilizadas.

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A mesma relação de traçado dos desenhos técnicos no que diz respeito
as penas devem ser observadas aqui, ou seja, um elemento que esta
“atrás” ou mais longe, deverá ter uma pena menor, um traçado mais
leve e fraco, já algo que está próximo devera ter um traçado mais forte
numa pena maior.

MARCADORES

Marcadores nada mais são do que “canetões” que possuem duas


pontas e cuja tinta pode ser sobreposta, sabe aqueles marcadores de
texto que você usa pra grifar algo interessante em um livro? Pois é, é
a mesma coisa, mas colorido! Este talvez seja o único caso onde
efetivamente o produto vai influenciar diretamente na qualidade final
do seu desenho, ou seja, um bom marcador já é meio caminho andado
para se conseguir um resultado final de ótima qualidade. Mas qual é
a diferença? Basicamente a pigmentação, tipo de tinta utilizada,
tonalidade, enfim. Lembre-se, este é um tipo de tinta que
normalmente recebe mais de uma camada no seu desenho – veremos
a frente, portanto, qualidade é fundamental. Abaixo alguns exemplos
dos marcadores que hoje são mais facilmente encontrados no
mercado:

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FIG.7. Marcadores da Winsor e Newton

FIG.8. Marcadores da Copic

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CUIDADOS COM OS MARCADORES!

Sim, os marcadores são um produto de alto valor agregado, portanto,


de alto custo, logo é importante que você tenha alguns cuidados na
hora de armazenar o seu marcador, bem com utiliza-lo!

- Sempre deixe seu marcador armazenado em local fresco;

- Longe da Luz Solar, insolação direta;

- Sempre mantenha seu marcador FECHADO, pois álcool é um dos


seus componentes, logo quanto mais tempo aberto mais produto será
evaporado.

Abaixo alguns trabalhos reais que foram pintados com uso dos
marcadores e apresentados aos clientes:

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FIG.9. Fechada de uma varanda em São Paulo, colorido utilizando-se marcadores e lápis de cor.

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FIG.10. Piscina – Projeto na cidade de Campinas, SP, colorido utilizando-se marcadores e lápis
de cor.

OBS: Neste trabalho utilizei diversas camadas o marcador “Verde-


água” que vê dando o tom da piscina, O marcador utilizado foi o Copic,
em seguida o lápis de cor ajusta as cores e um fino traçado da caneta
Posca branca dá o efeito da água refletindo a luz.

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FIG.11. Varanda de projeto realizado na cidade de Campinas - SP, pintado utilizando-se
marcadores e lápis de cor.

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FIG.12. Utilizando as duas pontas do marcador para diferentes efeitos e camadas.

É muito importante que você foque seu trabalho na velocidade da


execução dos trabalhos com marcadores exatamente pela
sensibilidade de suas pontas, portanto, tente sempre uma passada
única, precisa e vigorosa, mas sem exageros! E novamente, sempre
mantenha os marcadores com as tampas! Seu bolso agradece!

LÁPIS DE COR

O uso do lápis de cor no utilizado em consorcio com os marcadores


serve para duas funções básicas:

1) Quebrar a rigidez da tinta do marcador – Muito Chapada – ou


seja, dará um toque mais realístico ao desenho;

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2) Fazer correções e camadas de cor onde o marcador não
consegue atuar com qualidade (Veremos isso no decorrer do
curso);

FIG.13. Kit de lápis de cor da marca Steadtler, os mesmo que utilizo.

A escolha de uma boa marca de lápis de cor também pode influenciar


diretamente a qualidade final do seu desenho, sobretudo porque as
marcas importadas e profissionais possuem uma qualidade de
pigmentação superior as que encontramos no mercado nacional.

LEMBRE-SE: Materiais profissionais de desenho


Arquitetônico custam caro, portanto, não se preocupe e
monte sua coleção aos poucos. Passo a passo.

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MÓDULO BASICO

Aqui abordaremos, como o próprio nome diz, a base do nosso


desenho, ou seja, vamos nos concentrar naquilo que será importante
nesta etapa para produzirmos uma boa planta de arquitetura
paisagística, vamos dividir o ensino aqui apresentado em três fases,
Ponto, Linhas, Bordas e Aquecimento.

PONTO

Ponto? Você deve estar se perguntando...Sim ponto!

O ponto é a primeira e menor unidade de representação gráfica


possível, a partir do ponto que todas as outras formas possíveis dentro
da representação, inclusive temos uma exemplos de artistas que
produzem e pintam aquelas utilizando-se de pontos, o chamado
pontilhismo que teve como pioneiro o francês Georges-Pierre
Seurat.

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FIG.14."La voltigeuse" Detalhe de O Circo(1890-1891) de Georges – Pierre Seurat

E essa técnica pode ser muito útil para que possamos produzir nossa
planta baixa como nossa elevação!

E com o ponto que podemos corrigir certos detalhes dentro do


desenho e acrescentar outros, como por exemplo folhagens nas
elevações de arvores maiores ou efeitos em lagos e piscinas!

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LINHAS

A linha é meio pelo qual limitamos os volumes dentro do desenho, ou


seja, o contorno pelo qual desenhamos um objeto, que pode ser feito
com linha continua ou com vazios (Explicaremos a frente), agora
focaremos na linha.

Neste tipo de apresentação não precisamos necessariament seguir o


rigor do desenho tecnicos com inumeras penas dentro de um mesmo
desenho, mas algumas coisas precisam ser respeitadas, como
exemplo;

- Linhas sempre devem estar conectadas, ou seja, o desenho não deve


ficar “aberto” as linhas devem sempre fechar;

- A questão das penas é aplicada quando temos um objeto mais


proximo de um mais distante, exemplo?

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Quando desenhemos uma árvore em planta, esta estará mais proxima
do que uma forração por exemplo, logo é conveniente que sua pena
seja mais grossa,

pois esta mais proximo do observador, enquanto a linha de grama ou


forração devera ser bem mais fraca podendo apresentar “falhas” ou
descontinuidade do desenho, veremos mais a fundo nos exericios;

Fig.15.Difereneça entre a espessura das penas para objetos mais proximos e mais distantes.

AGORA...MÃOS À OBRA!

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AQUECENDO AS MÃOS

Desenho implica em se usar nosso corpo para produzir imagens,


portanto, é sim conveniente que seja realizado um aquecimento
prévio antes do início dos trabalhos,

Mantenha a posição de 5 a 10 segundos, com 4 repetições, importante


é a mão estar bem preparada!

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EXERCICIOS INICIAIS

Neste exercício faremos um trabalho de aquecimento pré-desenho,


algumas recomendações:

- Procure sempre desenhar em local bem iluminado;

- Procure locais tranquilos, lembre-se você vai precisar se


concentrar;

- Evite distrações, e postagens desnecessárias, esse processo é seu;

- Faça uma concentração prévia – Como assim?

Procure pensar no tema do seu desenho, ou no que gostaria de


desenhar, e se nenhuma ideia pintar, pense naquilo que gosta de
desenhar, mas se concentre em desenho, eu procuro me concentrar
por 10 minutos, pensando no trabalho, ficando bem relaxado e
fazendo os alongamentos acima, mas claro isso é algo bastante
pessoal.

Exercício sobre Penas:

Desenhe blocos próximos ou sobrepostos (como no desenho abaixo),


faça depois desenhos iguais, um trabalhe apenas com a pena 0.1 da
caneta nanquim, o outro utilize 0.1 para o que esta mais distante e
0.5 para o que esta mais próximo, repita o exercício com diferentes
elementos e objetos isso lhe ajudará a escolher de forma correta as
penas de seus futuros trabalhos!

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FIG.16.Diferentes espessuras de penas.

BORDAS

O trabalho de bordas talvez seja aquele de maior importância na hora


desenhar uma planta baixa humanizada, pois são as bordas que
indicarão os formatos e volumes do que queremos representar, seja a
borda de uma copa de arvore, seja a borda de um móvel, um mesa,
enfim...e isso faz toda diferença na hora da apresentação, exemplo,
quando fazemos um bloco ou representamos uma vegetação numa
planta baixa sempre vamos utilizar as bordas daquele maciço vegetal,
e não parte a parte, ou seja, não enxergaremos folhagens e detalhes
menores, ficou difícil de entender? Veja a figura abaixo!

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Fig.17. Diferentes bordas em diferentes partes do desenho

A figura acima nos ajuda a entender o conceito das bordas, perceba


no exemplo da arvore – aplicamos uma transparência – e
apresentamos apenas a sua borda e a projeção do seu sombreado, pois
do contrário – pelo tamanho da mesma acabaríamos por esconder
partes importantes deste anteprojeto já executado no bairro do
Brooklin na cidade de São Paulo, a imagem acima foi o primeiro
material apresentado ao cliente.

Perceba também que temos alguns arbustos com bordas


descontinuas, exatamente, assim mostramos ao mesmo tempo de
forma implícita a distancia de um objeto ( o que apresenta borda

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“falha” está mais distante dos olhos do observador) e insinuamos seus
contornos o que chamamos de “vazios” no desenho, ou seja, a área
onde a tinta não necessariamente precisa entrar para que o
observador entenda o que esteja ali representado e seu volume.

Ao desenhar bordas deve-se SEMPRE evitar repetições mecânicas,


pois lembre-se estamos representando a natureza, portento, mais leve
e solto nosso desenho mais próximo chegaremos da realidade
apresenta e a ser representada.

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MÓDULO INTERMEDIARIO

Muito bem, agora já temos uma noção básica de tomo trabalhar os


pontos, as linhas e as bordas...é hora de juntar tudo isso e
trabalharmos nossos primeiros desenhos!

Antes de se pensar no todo, ou seja, numa planta humanizada pronta,


devamos pensar nas partes, o que compõe uma planta baixa
humanizada?

- Planta arquitetônica – Pode ser feita a mão ou em CAD, lembre-se


praticidade é importante em nossa profissão, logo, se desenhar e
pintar por cima de uma planta plotada de CAD ajudará em sua
apresentação, não se preocupe em desenhar a planta a mão.

Um Bolômetro, é aquela régua especialmente desenvolvida para que


façamos círculos – e pode acreditar vai te poupar bastante tempo.

Fig.18. Bolômetro

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Um escalímetro, que aliás aqui cabe a dica dos seus professores de
faculdade, escalímetro tem uma função específica e esta função é nos
fornecer a escala do nosso desenho bem como suas medidas, logo um
escalímetro NÃO É para ser utilizado como régua ou esquadro.

Fig.19. Escalímetro

Um esquadro, como o apresentado abaixo será baste útil no caso de


paredes, muros ou canteiros retos.

Fig.20. Esquadro

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- Lapiseira, Caneta nanquim, Marcadores – 4 cores a sua escolha,
Lápis de cor variado.

DESENHANDO OS PRIMEIROS BLOCOS

Muito bem, lembre-se antes do todo vem a parte, então a primeira


tarefa será pegar uma folha de papel de senha alguns blocos de
vegetação, mas como? Vou escrever algumas espécies vegetais que
dão excelentes cercas vivas muito utilizadas em muros e dividas, são
peça fundamental no paisagismo brasileiro, algumas dessas espécies
são:

- Tumbergia erecta

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- Murta:

- Hibisco:

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- Alpinia:

Conseguiu notar a diferença entre as plantas e o efeito que produzem,


ainda que tenham a mesma função arquitetônica? No caso, servir para
esconder o limite dos muros e paredes dando uma sensação de maior
amplitude ao ambiente, já que toda parede ou muro aparente natural
acaba por se tornar um limite ao observador, tornar isso mais suave
torna o ambiente mais agradável.

Mas como observar o todo? Pois tente não focar em um ponto


específico das plantas, foque na borda que elas apresentam, foque nas
cores e baseado nisso tente desenhar você o seu primeiro bloco de
planta, levando-se em conta as características observadas nas plantas
e arbustos!

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COMO DESENHAR BLOCOS EM PLANTA BAIXA

Agora vamos trabalhar nos nossos primeiros blocos.

Utilize uma folha sulfite tamanho A4, bolômetro, lapiseira e borracha.

1) Faça um círculo – sem forçar a lapiseira – com o bolômetro,


procure fazer um circulo grande para ajudar na percepção do
desenho;
2) Em seguida realiza um trabalho de bordas ao redor do círculo,
também de forma leve, sem pressionar ou engessar* o desenho;
3) Agora é hora de entrar com o nanquim, lembre-se seja direto e
preciso, não titubeie e force sua mão a completar o desenho com
qualidade, sem pressa e com foco;
4) A próxima etapa será passar uma borracha de forma bem leve
apoiando com o próprio peso da mesma no desenho, deixando
somente visível a borda;

*Engessar o desenho: É quando apertamos muito o lápis na folha o


que acaba deixando marcas permanentes muito difíceis de serem
corrigidas a frente, portanto, sempre que for trabalhar nas etapas
iniciais lembre-se de uma dica muito importante LEVEZA nas mãos!

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Perceba que o mesmo trabalho de borda que fizemos na parte exterior
podemos fazer no interior do bloco para acrescentar mais detalhes ao
trabalho, e isso claro depende do tipo de vegetação que está querendo
representar.

O mesmo princípio se aplica na hora de desenharmos elevações dos


nossos blocos, leveza nas mãos na concepção da base do desenho (fase
anterior a entrada do nanquim), é sempre ter uma boa base então não
tenha pressa nesta etapa, com o tempo você conseguirá fazer bases
cada vez melhores em menos tempo tornando seu trabalho cada vez
mais facil, rápido e eficiente, não apenas para ilustrar suas plantas
humanizadas mas para resolver problemas durante a obra, e acredite,
você vai precisar desenhar em algum momento da obra!

Para que a importância de uma boa base fique mais compreensível


desenhei uma sequência de desenhos representando uma elevação
extremamente simples de um ponto de interesse em um projeto
paisagístico (lembre-se o principio é o mesmo para quaisquer
representações.

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Se atente ao inicio do trabalho de base, onde você vai “marcar” os
elementos da sua representação, não é preciso se preocupar com
capricho, apenas nas proporções do que quer representar e se está
tudo razoavelmente encaixado no desenho.

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Agora já partimos para um trabalho básico de bordas, onde
detalhamos o que for possível, e no caso da figura humana já damos
contornos um pouco mais humanos (dependendo claro do tipo de
figura humana que você vai adotar quando tiver seu próprio estilo de
desenho).

Deixamos o desenho pronto para receber a tinta nanquim, no caso


utilizei o principio das linhas mais grossas com uma pena 0.4 e para
o arbusto e o fundo do desenho a pena 0.1 com linhas “falhadas” para
dar uma impressão maior de distância para com o observador.

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Agora que entrou com o nanquim trabalhar mais as bordas e detalhe
sua figura humana, mas lembre-se, utilize um trabalho de repetição
de bordas no terço inferior da vegetação isso irá acrescentar
tridimensionalidade ao desenho e facilitará na hora de criar áreas
sombreadas.

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Quando estiver mais confiante pode acrescentar novos elementos ao
fundo, mas cuidado! Lembre-se sempre, o que está no fundo do
desenho precisa ser mais claro do que está na frente, então cuidado
com as cores ou efeitos que pretende escolher, abaixo deixo uma
sugestão de pintura utilizando 4 cores de marcadores.

Note como fica facil pintar os elementos utilizando a técnica de


pontilhar as camas, sempre as mais claras primeiro como base, em
ordem crescente da mais clara para a mais escura, que normalmente
servira para pintarmos o terço final do elemento conferindo-lhe
tridimensionalidade e a sensação de sombra.

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FIGURAS HUMANAS

Mas para que utilizamos figuras humanas nas nossas elevações?

Simples, a figura humana que nos dará um parâmetro para que


possamos entender as dimensões corretas em relação a edificação,
normalmente representa uma pessoa de altura média, ou seja, com h
= 1.75m.

Lembre-se a figura humana não precisa contar muitos detalhes,


apenas precisa ocupar o espaço relativo a uma pessoa ou a um grupo
de pessoas, portanto, não há necessidade de detalhar muito este
elemento até para que o volume de detalhamento não acabe por
roubar o interesse do observador em focar seu olhar no que interessa,
a arquitetura!

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Figuras humanas são algo muito pessoal e que varia muito de
arquiteto para arquiteto, uma pesquisa bastante interessante é
pesquisar como arquitetos renomados representam suas figuras
humanas, você vai se surpreender! Lembre-se, figuras humanas
normalmente são simples e possuem função específica!

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A primeira é dica é, se puder compre um manequim de madeira, é algo
bastante barato e muito útil! Normalmente encontrará em grandes
papelarias.

FIG.21.Essas são as figuras humanas mais usualmente encontradas por aí, treine, crie suas
próprias figuras humanas!

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VEGETAÇÃO

Um tema pouco explorado nas universidades, é como representar a


vegetação com qualidade evitando o que normalmente ocorre que é
uma espécie de “infantilização” da representação, você
provavelmente deve se lembrar daquelas arvores que desenhava
quando criança, que tinham uma copa parecida com uma nuvem, pois
é, á partir de hoje isso deixará de existir e vamos representar a
vegetação da forma que ela deve ser representada, sem se preocupar
nesse momento com muitos detalhes, lembre-se, o desenho é como
uma construção...a fundação deve ser muito boa para que depois
você possa colocar tudo aquilo que quiser na casa. Ou seja, treine e
pratique os fundamentos e posteriormente os detalhes vão surgir de
forma bastante natural!

ARBUSTOS

A melhor forma de trabalhar arbustos é se atendo a alguns detalhes


principais como bordas e floração, o que isso quer dizer?

Simples, você não precisa desenhar folha a folha, precisa induzir o


observador para que entenda o que é aquela representação, portanto
o mais importante no caso de arbustos é um bom trabalho de bordas.

Logo sempre é recomendável que você olhe a foto do arbusto que quer
presentar, estude-o antes, entenda como é a distribuição da folhagem,
entenda como é sua floração e procure sempre lançar mãos das
características mais marcantes para que possa representar com
qualidade para seu observador.

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PALMEIRAS

As palmeiras nada mais são do que “colunas” dentro da proposta do


paisagismo e devem ser tratadas como tal, logo não há necessidade de
preocupação com detalhes para representa-las com qualidade numa
elevação arquitetônica, o importante no caso delas é a diferenciação
pelas folhas, que apresentarei a seguir.

Para desenhar palmeiras trabalharemos com o conceito de vazios, sim


o espaço vazio também faz parte da sua representação!

Fig.22.Demonstração dos “vazios” seta vermelha.

Acima podemos ver como trabalhar esses “vazios” tornando-os parte


da composição e conferindo realismo a representação, além de ser
algo mais facil e rápido do que desenhar folha a folha por exemplo,
mais uma vez nos vamos induzir o observador e não representar algo
com o fotorrealismo.

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Repare como a construção é feita em camadas!

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ÁRVORES

Lembra do nosso trabalho com as linhas?

Se não se recorda volte um pouco no livro e refresque sua memória,


pois as linhas serão fundamentais para que possamos representar
uma árvore com qualidade.

A sequência basicamente é, base com linhas bem leves (Lembre-se


não engessar o desenho!), onde partiremos do tronco para a copa,
existe uma relação que deve sempre ser levada em consideração, os
ramos nunca pode “engrossar”, ou seja, a arvore vai “afinando” de
baixo para cima, logo não podemos ter um ramo acima do outro que
esteja mais grosso.

Depois faremos um trabalho de borda para a copa, o tipo de borda


sera determinado pelo tipo de folhagem do que queremos
representar, folhas mais largas ou folhas mais finas levarão a bordas
com a mesma métrica.

Quando já tiver praticado e o desenho mais facil e fluido comece a


adicionar detalhes como vazios entre as folhas, frutos, flores e afins.

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MÓDULO AVANÇADO

Agora que temos uma base consistente, vamos iniciar nosso trabalho
de aplicação de cores, bem como desenho de uma planta baixa,
reforçando que esta etapa é importante que você tenha completado as
etapas anteriores com qualidade, e não se preocupe com seu primeiro
resultado, lembre-se sempre, treino é como escrita, repetição e
esforço! O importante é a persistência e ter metas claras!

Primeira coisa que precisamos é de uma planta arquitetônica para


podermos humaniza-la. A dica aqui é ganhar tempo! Portanto, não é
preciso desenhar a planta toda a mão, sempre que faço esse tipo de
trabalho desenho apenas a parte externa a mão e o resto utilizando
uma base já desenhada no autocad, mas claro, caso você queira
desenhar tudo a mão é uma escolha pessoal baseada no tempo que
você tem disponível, sempre lembrando de respeitar as penas do
desenho técnico tradicional, embora se trate de planta humanizada
ainda é uma planta de arquitetura , portanto, penas, escala e tudo isso
é muito importante!

Para elaborar nossa primeira planta precisaremos:

1) Planta Baixa plotada (Colocarei uma de exemplo) preferência


tamanho A3;
2) Lapiseira, borracha.
3) Escalimetro, esquadro;
4) Lápis de cor, Marcadores (4 cores) *;

*Caso você não possua ainda marcadores utilize apenas lápis


de cor, o importante é o principio e a técnica, não o resultado
final durante a fase de aprendizagem.
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A primeira dica é sempre ter mais de uma copia da planta plotada,
erros são normais de acontecer durante todas as etapas do processo,
portanto tenha normalmente 3 copias, a oficial, a copia de teste de
cores e a copia de segurança caso erre e precise refazer o trabalho.

A copia de teste de cores é onde você devera testar as cores que tem a
disposição e muito importante! Sempre puxe uma seta e escreva ao
lado de cada área que pinto o nome ou o numero da cor em questão,
durante o processo é muito facil misturar cores ou mesmo se
confundir, lembre-se está trabalhando com algo artesanal e manual,
TODO CUIDADO É POUCO!

A partir de agora vamos separar por etapas etapa a elaboração do


projeto;

Depois de fazer toda fase de aquecimento como ensinamos vamos a


produção da prancha;

OBS: Não se preocupe neste momento com a qualidade projetual,


isso será desenvolvido com o tempo, preocupe-se com a qualidade da
ilustração e o resultado da humanização, pois aprendendo isso
poderá utilizar em qualquer projeto, seu ou de outro profissional!
Portanto se tiver dificuldade para desenvolver o projeto pode pegar
referencias na internet e copia-las! Lembre-se isso é um treino!

MÃOS A OBRA!

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A ideia aqui é que você crie uma planta hipotética, isso ajudará, e
estimulará sua forma de criar os espaços, no inicio da minha
carreira criei muitas plantas hipotéticas para treinamento. É
rápido, mais facil do que parece e da muito resultado!

1) A primeira coisa será a distribuição dos blocos na planta, utilize


o bolômetro para espalhar blocos, não se preocupe em detalhar
neste momento!
2) Importante seguir uma ordenação, por exemplo se vamos fazer
uma cerca viva (Como apresentado no inicio do livro) os círculos
deverão ter o mesmo tamanho, sempre lembrando que uma
cerca viva terá por volta de 0.5m de diâmetro, portanto, atenção
no tamanho dos blocos!
3) Não engesse seu desenho! Faça tudo com a mão leve, mas
precisa;
4) Depois de distribuir os blocos inicie o processo de
detalhamento trabalhando as bordas, lembre sempre de ligar
um bloco a outro caso estejam encostados (Cerca viva por
exemplo ou arbustos encostados uns nos outros);
5) Lembre-se estamos trabalhando camadas de desenho, no caso
de grafite, assim que o resultado das bordas dos blocos for
satisfatório passe a caneca nanquim lembrando de alguns
pontos importantes! Elementos de maior altura terão uma pena
mais grossa, elementos menores terão penas mais finas!
6) Depois de aplicar as bordas limpe o desenho, apague tudo com
a mão o mais leve possível, pois dependendo do nanquim
utilizado ele pode perder um pouco do pigmento caso pese a
mão na borracha!

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CORES

Agora entraremos numa etapa bastante importante do nosso


desenho, a aplicação das cores!

Lembre-se que eu recomendei que vocês tivessem uma planta plotada


só pra isso? Pois bem, é hora de utilizar! Pegue a planta e desenhe
blocos semelhantes ao que você fez na planta principal (Apenas
alguns, a mão mesmo sem necessidade do bolômetro), isso permitira
que você teste as cores e observe seu comportamento, sobretudo se
estiver utilizando marcadores, pois a cor final do marcador é diferente
da tonalidade inicial com a tinta fresca (Ele tende sempre a dar uma
clareada, é um processo normal).

Portanto, teste cada cor que quiser aplicar antes da utilização do


marcador na planta oficial.

UTILIZANDO MARCADORES

1) Regra de ouro: Seja rápido! Utilize a ponta chanfrada para


pintar áreas maiores em uma única passada e de uma vez, não
está utilizando o marcador? Feche IMEDIATAMENTE, lembre-
se ele custa caro e sua ponta é delicada!
2) O marcador é um tipo de tinta em que é possível se utilizar de
camada sobre cama, ou seja, se você passar duas vezes no
mesmo local esse local ficará mais escuro, utilizaremos esse
recurso para escurecer pontos específicos criando um afeito de
volume, ou seja, tornando o objeto em questão tridimensional.
3) Os marcadores irão colorir seu desenho, mas o acabamento será
dado com o lápis de cor, então não se preocupe ao terminar de
aplicar as cores, você não estará diante do resultado final!

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4) Caso tenha alguma cor num tom escuro pode utiliza-la para
fazer as sombras no desenho.

Fig.23.Marcadores e suas versáteis pontas.

Controlar os marcadores exige uma mão firme e eficaz, por isso


treine os exercícios de linhas antes de utilizar os marcadores,
lembre-se se sua mão não tiver firmeza invariavelmente acabará
tendo muitas camadas sobrepostas, oque pode influenciar
negativamente o resultado final do seu trabalho.

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UTILIZANDO LAPIS DE COR

O lápis de cor será usado para dar acabamento ao desenho, e como


fazer isso?

Você deverá escolher uma cor que seja correspondente a cor do


marcador, porem mais escura, o lápis servirá exatamente para dar
mais vida ao seu desenho, quebrando a frieza da tinta do marcador.

A aplicação do lápis de cor deverá ser feita com o a ponta bem fina,
sempre no mesmo sentido,

Fig.24.Aplicando lápis de cor sobre os marcadores.

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Perceba que o lápis de cor é aplicado sempre no mesmo sentido, e
utilizado para escurecer alguns pontos onde a aplicação dos
marcadores tornará o desenho pesado, lembre-se paciência e camada
a camada são fundamentais.

Fig.25.Outro exemplo da sobreposição de lápis de cor sobre marcadores

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SOMBRAS

As sombras são extremamente importantes para dar a sensação de


volume e tridimensionalidade ao desenho, e qual a melhor maneira
de faze-las?

Trabalharemos com sombras mais simples sempre colocadas na


mesma posição, abaixo vamos mostrar exemplos;

Fig.26.Sombreando o desenho com um marcador cinza escuro.

Perceba que utilizamos o “pontilhismo” que explicamos no inicio do


livro para dar o acabamento final nas sombras, a sombra é sempre um
“espelho” do que estamos representando. Para uma relação tamanho

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do bloco x tamanho da sombra podemos trabalhar com algo
aproximado de um terço do tamanho do bloco, para menos!

O tema “sombras” merece um aprofundamento exclusivo para outro


curso, pois é um tema bastante complexo, então pense nelas quando
estiver mais desenvolvido no desenho, uma dica importante é algo
que você pode fazer na sua própria casa para treinar:

Pegue um volume, cúbico por exemplo, e coloque próximo a um faixo


de luz, por exemplo a sua luminária do quarto, e tente desenhar
exatamente este volume e sua sombra, depois mude a fonte luminosa
de lugar e repita o desenho.

O intuito deste exercício não é desenhar lindos volumes sombreados,


e sim que você entenda como as sombras funcionam, preste atenção
nisso, ajudará muito no futuro!

Pratique SEMPRE!

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CONCLUSÃO

Este material não deve ser considerado regra para a sua humanização,
e sim um guia, um passo a passo elaborado por alguém que vê os
resultados disso na prática diante de clientes satisfeitos.

E por que não deve ser uma regra? Porque alguma técnicas vocês
mesmo serão capazes de desenvolver com o tempo, e o que
aprenderam aqui poderá ser potencializado, e aprimorado, então
acho que o mais do que tudo o que viram aqui antes a maior dica que
posso dar a vocês é que nunca parem de praticar, nunca parem de
buscar técnicas, tutoriais, vídeos de diversos autores e artistas, é a
única forma de conseguir aprimorar sua técnica, pois dentro do
desenho que nada mais é do que arte não podemos taxar algo como
certo ou errado, trabalhamos com técnicas que estão “consagradas”,
ou seja, podem ser aprimoradas.

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APOIO

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SOBRE

No mercado de Arquitetura Paisagística desde 2007 o autor graduado


em Engenharia Agronômica pela Universidade Estadual Paulista
Júlio de Mesquita Filho (UNESP) com Mestrado pela Universidade
Estadual de Campinas (UNICAMP), início no ramo de paisagismo
assim que terminou seu mestrado, e percebeu ali que faltava algo para
que pudesse dar margem aos projetos que gostaria, então decidiu
estudar Arquitetura e Urbanismo na Universidade Estadual Paulista
(Unip), neste período, trabalhou como engenheiro para os maiores
expoentes brasileiros na área, implantando seus projetos, ilustrando
e criando em parceria.

Atualmente com seu próprio escritório localizado na cidade de


Campinas, especializou-se em criar espaços de diversas escalas para
todo tipo de cliente e exigência.

Este guia foi criado como referência, mas não como regra! A regra
quem fará é você quando começar a desenvolver suas próprias
técnicas de desenho, tornando seu trabalho cada vez mais rápido e
prático! Mas lembre-se sem treino e dedicação isso se torna
impossível!

A você que adquiriu nosso curso e nosso Ebook o meu MUITO


OBRIGADO! E qualquer duvida ou sugestão pode entrar em contato
direto comigo via minhas redes sociais que deixo expostas abaixo!

marcelomartttinss

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