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REMESSA EM COMODATO

DEFINIÇÃO
 A palavra comodato tem origem no latim, commodatum, empréstimo e do verbo commodare, emprestar.
 Ou seja: comodato é contrato unilateral, gratuito, pelo qual alguém entrega a outrem coisa infungível, para
ser usada temporariamente e depois restituída.
 O Código Civil/2002, por sua vez, define comodato como sendo o empréstimo gratuito de coisas não
fungíveis (1) que se perfaz com a tradição da coisa ao comodatário. A individualidade do bem tem relevância
nessa situação.
 Trata-se, portanto, de um contrato, unilateral porque obriga tão somente o comodatário, real porque se
realiza pela tradição, ou seja, entrega da coisa e não-solene, pois a lei não exige forma especial para sua
validade, podendo ser utilizada até a forma verbal, contudo, a forma escrita é recomendável. Quem entrega
a coisa infungível é o comodante, quem a usa é o comodatário.
 Registramos que o empréstimo em comodato deverá revestir-se de gratuidade (gratuitum debet esse
commodatum), pois, caso contrário, não se terá concretizado uma operação de comodato, mas sim, a de
locação de bens.

 Nota Tax Contabilidade:


 (1) Por não fungíveis entende-se as coisas (bens) que não podem ser substituídos por outros da mesma
espécie, qualidade e quantidade, podendo ser móvel ou imóvel.

Base Legal: Arts. 85 e 579 do CC/2002 (UC: 04/02/16).


Requisitos:
São requisitos do contrato de comodato a:
 gratuidade;
 não fungibilidade e a não consumibilidade da coisa;
 tradição da coisa;
 temporabilidade; e
 capacidade das partes.
 Enfatizamos que as partes devem ser genericamente capazes. No caso de incapazes, seus
bens, administrados por tutores, curadores ou qualquer outro terceiros, só podem ser dados
em comodato com autorização do juiz.
 Se o comodante for apenas um possuidor do bem e não seu proprietário, como acontece com
o locatário (2) que dá o bem em comodato, ou o usufrutuário (3), necessitará de permissão
legal, do dono, do juiz ou de determinação contratual para ceder a coisa.

 Notas Tax Contabilidade:


 (2) Locatário é a parte no contrato de locação que recebe a coisa locada ou a prestação de
serviços contratada.
 (3) Usufrutuário é a pessoa em benefício, ou em proveito de quem se estabelece o direito de
gozar ou fruir as utilidades e frutos de uma coisa, cuja propriedade pertence a outrem.
 Prazo:
 O contrato de comodato é essencialmente temporário, pois
se perpétuo fosse, estaríamos falando de uma doação. Seu
prazo pode ser determinado ou indeterminado.
 Se indeterminado, presume-se que o prazo seja o
necessário ao uso da coisa, podendo ela ser retomada pelo
comodante quando lhe aprouver. E na hipótese de ser
determinado, o prazo deve ser respeitado por ambas as
partes, sob pena de multa contratual, a menos que o
comodante comprove em juízo a necessidade de reaver a
coisa.
 Independente do prazo pactuado entre as partes, se
indeterminado ou determinado, não pode o comandante
suspender o uso e gozo da coisa emprestada, antes de findo
o prazo convencional, ou o que se determine pelo uso
outorgado, salvo necessidade imprevista e urgente,
reconhecida pelo juiz.
 CFOP: 5.908 – REMESSA DE BEM EM COMOTADO
 CST ICMS
 CST IPI

 Como não há exemplo incidência de ICMS e IPI, não há cálculos a


serem exemplificados.
 A remessa em comodato só tem validade se acompanhada do
contrato de comodato, no site há um modelo do contrato.
 Bibliográfia

Tax Contabilidade - Remessa em comodato: http://www.tax-


contabilidade.com.br/matTecs/matTecsIndex.php?idMatTec=83, data do acesso: 04/12/16

Celula Quatro - Quadro de operações: http://www.celulaquattro.com.br/wp-


content/uploads/2014/02/quadro_de_operacoes.pdf, data do acesso: 04/12/16

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