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ESTADO DE GOIÁS.
1. DOS FATOS
O que não deve prosperar, tendo em vista sendo duas punições aplicadas
ao requerente, pois como já há estipulada a multa, a requerida não poderá reter o ARRAS,
sob pena de violação do princípio non bis in idem (proibição da dupla condenação à mesmo
título)”.
2. DA FUNDAMENTAÇÃO JURIDICA
Inciso 1º (vedado)
Inciso 3º Os contratos de que trata o caput deste artigo serão expressos em moeda
corrente nacional.
Recurso inominado. Sentença que determinou, com fundamento no artigo 51, IV, do
CDC, A REDUÇÃO DA MULTA PELA RECISÃO CONTRATUAL DE 25%
PARA 10% DECISÃO QUE NÃO MERECE REFORMA. RECURSO
DESPROVIDO. (TJ RJ- recurso cível: 71005552385 RS, Relator: Roberto Amanda
Lorea, data de Julgamento: 08/10/2015. Terceira Turma Civel , data da publicação :
Diario da Justiça 13/10/2015). Destaquei.
Ora, sabe-se que quando se fala em extinção dos contratos, tem-se que as
partes devem voltar ao status quo ante, o que culmina em decorrência, na restituição pela
requerida, da quantia paga pelo requerente, deduzida a clausula penal contratualmente
prevista, desde que legal, sem a devida cumulação da perca do “arras”, sob pena de dar
ensejo do non bis in idem (proibição da dupla condenação à mesmo título).
Ainda sobre o tema, estatui o artigo 51, inciso IV, do Código de Defesa do
Consumidor acerca da nulidade de pleno direito, a ser declarada imperativamente pelo Juízo no
caso de imposição de cláusulas abusivas, que coloquem o consumidor em extrema
desvantagem pelo fornecedor, que se utiliza de seu poder para lesar seu cliente, maculando
os princípios da boa-fé e equidade, que devem reger a relação entre partes:
Art.51 São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao
fornecimento de produtos contratuais relativas ao fornecimento de produtos de
produtos e serviços que:
(...)
Por tais razões, com supedâneo no artigo 51, inciso IV do Código de Defesa
do Consumidor, requer seja reconhecida inadequada a imposição da clausula penal extremamente
onerosa/lesiva ao consumidor e sem a devida cumulação da perca do “arras”, sob pena de dar
ensejo do non bis in idem (proibição da dupla condenação à mesmo título) , ambas visando
coibir o ganho exagerado e desvantajoso pelo fornecedor, com sua readequação para 10% (dez
por cento) do VALOR EFETIVAMENTE PAGO pelo consumidor, na linha da pacifica
jurisprudência.
3. DOS PEDIDOS
Termos em que,
Pede deferimento.