Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Matrícula: 201501044087
Estágio Obrigatório IV: Plantão 16h/18h.
Atividade: Pesquisar 2 jurisprudências por tema e depois
responder com as próprias palavras os temas abordados.
ARE 1073923
Relator (a): Min. DIAS TOFFOLI
Julgamento: 13/09/2017
Publicação: 21/09/2017
EMENTA
RECURSO ESPECIAL. AÇÃO INDENIZATÓRIA.
FUNDAMENTO NÃO IMPUGNADO. SÚMULA 283/STF.
PLANO DE SAÚDE. CUSTEIO DE TRANSPLANTE
DE FÍGADO. RECUSA INDEVIDA.
DESCUMPRIMENTO DE ORDEM JUDICIAL PELA
OPERADORA. PROCEDIMENTO CUSTEADO PELO
BENEFICIÁRIO. INDENIZAÇÃO
PELO DANO MATERIAL. DIREITO DO
BENEFICIÁRIO AO REEMBOLSO INTEGRAL.
JULGAMENTO: CPC/2015.
1. Ação indenizatória ajuizada em
30/08/2016, da qual foi
Extraído o presente recurso especial,
interposto em 27/06/2019 e atribuído ao
Gabinete em 06/10/2020.
2. O propósito recursal é decidir sobre:
(i) a obrigação de a operadora de plano
de saúde reembolsar o usuário pelos
valores despendidos com a realização de
cirurgia de transplante de fígado; (ii) o
valor a ser reembolsado.
3.A existência de fundamento não
impugnado – quando suficiente para a
manutenção das conclusões do acórdão
recorrido - impede a
Apreciação do recurso especial (sum.
283/STF).
4. A Segunda Seção decidiu que o
reembolso das despesas médico-
hospitalares efetuadas pelo beneficiário
com tratamento/atendimento de saúde fora
da rede credenciada pode ser admitido
somente em hipóteses excepcionais, tais
como a inexistência ou insuficiência de
estabelecimento ou profissional
credenciado no local e urgência ou
emergência do procedimento
(EAREsp1.459.849/PR, julgado em
14/10/2020).
5. Se o requerimento para a realização de
procedimento cirúrgico é indevidamente
negado, como reconhecido por sentença,
não há outra opção para o beneficiário do
plano de saúde que necessita do
transplante de fígado senão a de buscar
realizá-lo por conta própria, custeando o
tratamento, se
possível, ou buscando o SUS, se
necessário.
6. O reembolso previsto no art. 12, VI,
da Lei 9.656/1998 é
obrigação cuja fonte é o próprio
contrato, cabível nos casos de
atendimento de
urgência ou emergência, quando não for
possível a utilização dos serviços
próprios, contratados, credenciados ou
referenciados pelas operadoras; o
reembolso integral, como pleiteado pelo
beneficiário e determinado pelo
Tribunal de origem, constitui obrigação
diversa, de natureza indenizatória, cuja
fonte é o descumprimento da obrigação, e
visa, na realidade, a reparação do
consequente dano material suportado.
7. Hipótese em que, tendo sido o
beneficiário obrigado a pagar
Documento: 2039237 - Inteiro Teor do
Acórdão - Site certificado - DJe:
15/04/2021 Página 1 de 5
Superior Tribunal de Justiça todos os
custos da cirurgia de transplante de
fígado, após a recusa indevida de
cobertura pela operadora de plano de
saúde e ao flagrante desrespeito à ordem
judicial que a condenou a custeá-lo, faz
jus ao reembolso integral, a título de
indenização pelo dano material.
8. Recurso especial parcialmente
conhecido e, nessa extensão, desprovido.
Ementa
PROCESSUAL CIVIL. CONSUMIDOR. ALEGAÇÃO DE
VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO
CPC/1973.INEXISTÊNCIA DE FUNDAMENTO LEGAL
PARA A SUSPENSÃO IMEDIATA
DOS SERVIÇOS, NO CASO DE INDÍCIOS DE
IRREGULARIDADE. ARTS. 113, 267, VI, E 462
DO CPC/73, ARTS. 9º, § 4º, 29, I, E 31, I
E IV, DA LEI N. 8.987/95 C/C ARTS. 2º E
3º, XIX, DA LEI N. 9.427/96. AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO. TEMA N. 699. DECISÃO
DO TRIBUNAL DE ORIGEM EM CONFORMIDADE COM
O ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL DO STJ. I-
Na origem, trata-se de ação civil pública
em desfavor da Light - Serviços de
Eletricidade S.A. objetivando indenização
por dano moral e material decorrente da
interrupção do fornecimento de energia
elétrica. Na sentença, julgou-se
parcialmente procedente o pedido.
No Tribunal de Justiça do Estado do Rio
de Janeiro, a sentença foi parcialmente
reformada para julgar improcedente o
pedido de condenação da ré a se abster de
cobrar débito unilateral realizado por
estimativa de consumo. II - Em relação à
indicada violação do art. 535 do CPC/1973
pelo Tribunal a quo, não se vislumbra a
alegada omissão das questões jurídicas
apresentadas pelo recorrente, tendo o
julgador se manifestado de modo expresso
e fundamentado, consignando que a
manifestação da ANEEL no feito não foi
objeto da apelação (fl. 934); que
inexiste fundamento legal para a
suspensão imediata dos serviços, no caso
de indícios de irregularidade; que a
"recuperação de consumo se refere a
débitos pretéritos e deve ser satisfeita
pelos meios ordinários de cobrança, sob
pena de caracterizar infringência ao
disposto no artigo 42 do CDC" (fl. 888);
e que a Resolução n. 414/2010 da ANEEL,
em seu art. 172, § 2º, veda a adoção da
medida de suspensão do serviço após o
decurso do prazo de 90 dias do vencimento
da fatura vencida e não paga (fl. 886).
III - oposição dos embargos declaratório
caracterizou, tão somente, a irresignação
do embargante diante de decisão contrária
a seus interesses, o que não viabiliza o
referido recurso. IV - Descaracterizada a
alegada omissão, tem-se de rigor o
afastamento da suposta violação do art.
535 do CPC/1973, conforme pacífica
jurisprudência do Superior Tribunal de
Justiça: V - Quanto à matéria constante
nos arts. 113, 267, VI, e 462 do CPC/73,
arts. 9º, § 4º,29, I e 31, I e IV, da Lei
n. 8.987/95 c/c arts. 2º e 3º, XIX, da
Lei n. 9.427/96, verifica-se que o
Tribunal a quo, em nenhum momento,
abordou as questões referidas nos
dispositivos legais, mesmo após a
oposição de embargos de declaração
apontando a suposta omissão. Nesse
contexto, incide, na hipótese, a Súmula
n. 211/STJ, que dispõe ser "inadmissível
recurso especial quanto à questão que, a
despeito da oposição de embargos
declaratórios, não foi apreciada pelo
Tribunal a quo". VI - Falta de exame de
questão constante de normativo legal
apontado pelo recorrente nos embargos de
declaração não caracteriza, por si só,
omissão. Mesmo quando a questão afastada
de maneira fundamentada pelo Tribunal a
quo, ou ainda não é abordada pelo
Sodalício e o recorrente, em ambas as
situações, não demonstra, de forma
analítica e detalhada, a relevância do
exame da questão apresentada par o
deslinde final da causa. Sobre o assunto
destacam-se os seguintes precedentes:
AgInt no REsp n. 1.035.738/RS, Rel.
Ministro Sérgio Kukina, Primeira Turma,
julgado em 14/2/2017, DJe 23/2/2017;
AgRgno REsp n. 1.581.104/RS, Rel.
Ministro Mauro
Campbell Marques, Segunda Turma, julgado
em 7/4/2016, DJe 15/4/2016).
VII - A Primeira Seção do STJ no
julgamento do REsp n. 1.412.433/RS, sob o
rito de recursos repetitivos, Tema n.
699, firmou a tese de que "Na hipótese de
débito estrito de recuperação de consumo
efetivo por fraude no aparelho medidor
atribuída ao consumidor, desde que
apurado em observância aos princípios do
contraditório e da ampla defesa, é
possível o corte administrativo do
fornecimento do serviço de energia
elétrica, mediante prévio aviso ao
consumidor, pelo inadimplemento do
consumo recuperado correspondente ao
período de 90 dias anterior à constatação
da fraude, contanto que executado o corte
em até 90 (noventa) dias após o
vencimento do débito, sem prejuízo do
direito de a concessionária utilizar os
meios judiciais ordinários de cobrança da
dívida, inclusive antecedente aos
mencionados 90 dias de retroação".
VIII - Verifica-se que o Tribunal de
origem decidiu em conformidade com o
entendimento jurisprudencial do STJ,
limitando a possibilidade de suspensão do
serviço de energia elétrica à existência
de aviso prévio ao consumidor e com base
em débito recente, há menos de 90 dias,
in verbis (fl. 890). ''Nestes termos, dá-
se parcial provimento ao apelo, para
julgar improcedente o pedido de
condenação da ré a se abster de cobrar
débito unilateral realizado por
estimativa de consumo e retroativo,
referente à recuperação de consumo. À ré
é permitida a imediata suspensão do
serviço somente quando envolver situação
emergencial ou de risco, ou quando
constatada a existência de ligações
clandestinas, ou seja, quando não houver
sequer vínculo contratual com a
concessionária. Fora desses casos, a
suspensão do serviço somente poderá
ocorrer após prévio aviso, com base em
débito recente, ou seja, vencido há menos
de 90 dias.'' IX - Agravo interno
improvido.
Ementa
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO.
RECURSO ESPECIAL. ENERGIA ELÉTRICA.
DÉBITO ATUAL. CORTE. POSSIBILIDADE.
NECESSIDADE DE COMUNICAÇÃO PRÉVIA.
OCORRÊNCIA. SÚMULA 7/STJ.
1. É possível a suspensão do fornecimento
do serviço de energia elétrica em razão
do inadimplemento atual do consumidor,
desde que a medida seja antecedida por
aviso prévio.
2. No caso, porém, o aresto impugnado
nega a existência de comunicação
anterior. Impossível afirmar o contrário
sem o reexame dos fatos e provas
constantes dos autos. Incidência da
Súmula 7/STJ.
3. Recurso especial não conhecido.
Acórdão Vistos, relatados e discutidos os
autos em que são partes as acima
indicadas, acordam os Ministros da
Segunda Turma do Superior Tribunal de
Justiça, por unanimidade, não conhecer do
recurso, nos termos do voto do Sr.
Ministro Relator. Os Srs. Ministros Mauro
Campbell Marques, Assusete Magalhães
(Presidente), Francisco Falcão e Herman
Benjamin votaram com o Sr. Ministro
Relator.
0021368-31.2021.8.19.0000 - AGRAVO DE
INSTRUMENTO
Des (a). ROGÉRIO DE OLIVEIRA SOUZA -
Julgamento: 03/09/2021 - SEXTA CÂMARA
CÍVEL
0041499-27.2021.8.19.0000 - AGRAVO DE
INSTRUMENTO
Des (a). RICARDO COUTO DE CASTRO -
Julgamento: 03/08/2021 - SÉTIMA CÂMARA
CÍVEL
0008696-17.2019.8.19.0208 - APELAÇÃO
Des (a). MARIA HELENA PINTO MACHADO -
Julgamento: 14/07/2021 - QUARTA CÂMARA
CÍVEL
0005231-93.2017.8.19.0038 - APELAÇÃO
Des (a). TERESA DE ANDRADE CASTRO NEVES -
Julgamento: 26/05/2021 - SEXTA CÂMARA
CÍVEL
0051554-37.2021.8.19.0000 - AGRAVO DE
INSTRUMENTO
Des (a). LUIZ FERNANDO DE ANDRADE PINTO -
Julgamento: 22/09/2021 - VIGÉSIMA QUINTA
CÂMARA CÍVEL
0027463-54.2014.8.19.0087 - APELAÇÃO