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JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAPÁ
GABINETE 07
RUA GENERAL RONDON Nº 1295 - MACAPÁ-AP
Nº do processo: 0006583-76.2019.8.03.0001
Origem: 2ª VARA CÍVEL E DE FAZENDA PÚBLICA DE MACAPÁ
EMENTA
Este documento foi assinado eletronicamente por Desembargador JOAO LAGES em 02/05/2022.
O original deste documento pode ser consultado no site: http://www.tjap.jus.br. Hash: 598814041AM
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAPÁ
GABINETE 07
RUA GENERAL RONDON Nº 1295 - MACAPÁ-AP
ACÓRDÃO
Relator
RELATÓRIO
Pede, por tais motivos, a reforma da sentença, bem como a inversão do ônus
sucumbencial.
É o relatório.
VOTOS
ADMISSIBILIDADE
MÉRITO
Feito este breve e necessário intróito, é possível concluir que realmente houve
um atraso na entrega das obras por parte da Apelante, uma vez que o lote somente foi
disponibilizado para construção em julho de 2015 e a estrutura completa do condomínio
somente foi entregue em 2019, tanto que a própria empresa não se insurge quanto a esses
fatos nas suas razões recursais.
Por outro lado, entendo que os parâmetros utilizados pelo Juiz sentenciante
para fins de aplicação da multa por esse atraso e para determinar a lavratura da escritura
pública não são compatíveis com os termos contratuais apresentados ao norte, senão
vejamos.
É bem verdade que o Apelado alegou que o referido aditivo lhe causou
prejuízos, no entanto, deixou de produzir maiores provas sobre a ausência de
voluntariedade na sua celebração ou qualquer outro tipo de abusividade praticada pelo
Apelante, deixando inclusive de pedir expressamente a declaração de nulidade daquele
aditivo na sua inicial.
(...) Ressaltando, que dos R$ 30.000,00 (trinta mil reais) deve ser
deduzido a multa compensatória estipulada no Parágrafo único da
clausula primeira do aditivo contratual (doc...06). OU SEJA, Excelência,
por certo que restaria à demandada receber apenas a importância de
R$ 15.000,00 (quinze mil reais) posto ao abatimento da multa
compensatória estipulada. (...) (mov. 01 – f.09)
Não ignoro que esta parcela final do contrato estava relacionada à efetiva
Processo nº 0006583-76.2019.8.03.0001 Página 6 de 11
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promitente comprador, por certo prazo. Assim, não sendo afastada, por
motivo de força maior, a expiração do prazo de tolerância para a
entrega do imóvel, pela regra do ônus de prova, prevista no artigo 333
do Código de Processo Civil, reconhece-se o direito do promitente
comprador a indenização pelos danos materiais efetivamente
comprovados. 2) Evidenciado o atraso na entrega de obra de
empreendimento, caracterizado está o dano moral passível de
indenização, na medida em que o adquirente teve frustrada a
expectativa de poder usar e gozar do imóvel. (...) (APELAÇÃO. Processo
Nº 0009595-40.2015.8.03.0001, Relator Desembargador GILBERTO
PINHEIRO, C MARA ÚNICA, julgado em 16 de Março de 2017).
Nesse sentido, além do precedente citado pelo Juízo a quo, cito os seguintes
julgados:
O Apelado, por sua vez, deve efetuar o pagamento dos outros cinquenta por
cento das custas e das despesas processuais, bem como de honorários advocatícios fixados
em dez por cento sobre o valor total da condenação.
expresso de modificação.
É o voto.
DECISÃO