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AO SENHOR SUPERINTENDENTE DA GERÊNCIA DE PROTEÇÃO E DEFESA DO

CONSUMIDOR – PROCON DE LONDRINA – ESTADO DO PARANÁ

PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 2836/2018

BV FINANCEIRA S/A., pessoa jurídica de direito privado, com sede social localizada na
Avenida das Nações Unidas, nº 14.171, Torre A, 8º andar, conjunto 82, inscrita no CNPJ/MF sob o nº
01.149.953/0001-89, na Capital do Estado de São Paulo, por seu advogado, vem, respeitosamente, à presença de
Vossa Senhoria, apresentar o competente

RECURSO ADMINISTRATIVO

face à multa aplicada no processo em epígrafe, pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidas.

Termos em que,
Pede deferimento.
Londrina, 31 de março de 2021.

MILTON FLÁVIO DE A. C. LAUTENSCHLÄGER


OAB/SP 162.676

I. DA DEMANDA ADMINISTRATIVA.
Trata-se de demanda administrativa ajuizada por JOAO FERREIRA DE SOUZA, em face
de BV FINANCEIRA S/A, na qual alega ter realizado a quitação de seu contrato de financiamento junto a
RECORRENTE.

Contudo, aduz que a RECORRENTE realizou descontos posteriores relativos a esta mesma
operação.

Diante disto, procurou o Órgão de Defesa ao Consumidor para esclarecimentos, contudo,


alega que não obteve êxito.

Em decisão administrativa proferida, este D. Órgão decidiu por aplicar sanção administrativa
de multa a RECORRENTE no valor de R$ 21.875,00 (vinte e um mil e oitocentos e setenta e cinco reais).

Assim, conforme se passará a demonstrar, não deve ser mantida a multa aplicada por este D.
Órgão à RECORRENTE.

II. DA TEMPESTIVIDADE

A RECORRENTE foi intimada da r. decisão que lhe arbitrou multa 25 de março de 2021
(quinta-feira).

Assim, o prazo para interpor o presente recurso iniciou-se em 26 de março de 2021


(sexta-feira), findando-se em 05 de março de 2021 (segunda-feira), razão pela qual resta demonstrada a
tempestividade da presente.

III. DA PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

Trata-se de reclamação efetuada no ano de 2016, ocasião em que a RECORRENTE


apresentou defesa via e-mail, contudo, apenas agora, em março de 2021, a RECORRENTE foi notificada sobre
a concessão de prazo para interposição de recurso, restando clara a inércia da administração pública por mais de
05 (cinco) anos.

Com a inegável inércia por mais de 05 (cinco) anos, há a ocorrência da prescrição


intercorrente no processo administrativo. Assim estabelece o art. 1º, § 1º da Lei nº 9.873 de 23 de novembro de
1999:

Art. 1º. (...)


§ 1º. Incide a prescrição no procedimento administrativo paralisado
por mais de três anos, pendente de julgamento ou despacho, cujos autos
serão arquivados de ofício ou mediante requerimento da parte
interessada, sem prejuízo da apuração da responsabilidade funcional
decorrente da paralisação, se for o caso.

É entendimento da jurisprudência nesse sentido:

“APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO ADMINISTRATIVO. PARALISAÇÃO


DO PROCESSO ADMINISTRATIVO POR PRAZO SUPERIOR A 3
ANOS. PRESCRIÇÃO ADMINISTRATIVA CONFIGURADA.
INTELIGÊNCIA DO ART. 1º, § 1º DA LEI Nº 9.873/99. RECURSO
PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA. 1. Havendo permanecido o feito
administrativo paralisado por período superior ao triênio de que trata o art.
1º, § 1º da Lei nº 9.873/99, mister o reconhecimento da prescrição
administrativa intercorrente na espécie, contaminando a multa imposta pelo
PROCON. 2. Sentença reformada para, reconhecendo a prescrição, anular a
penalidade imposta pela Administração.”
(TJBA; APL: 00566088820098050001/BA; Relatora: Cynthia Maria Pina
Resende; Quarta Câmara Cível; Data de Publicação: 22/01/2014)

Destarte, tendo em vista a incontestável prescrição intercorrente, clara está a inequívoca


necessidade do processo ser arquivado, o que ora se requer.

IV. DA REALIDADE DOS FATOS.

Verifica-se que a presente reclamação versa sobre contrato de empréstimo realizado pelo
RECORRIDO junto a RECORRENTE, sobre o qual alega já ter quitado.

Aduz ainda que o RECORRENTE inseriu seu nome nos órgãos de proteção ao crédito
indevidamente referente a parcela com vencimento em 07 de dezembro de 2015.

Pois bem. Trata-se do contrato nº 106293890 firmado junto a RECORRIDA em 06 de


dezembro de 2010, para pagamento em de 59 (cinquenta e nove) parcelas de R$ 152,65(cento e cinquenta e dois
reais e sessenta e cinco centavos), com primeiro vencimento para o dia 07 de fevereiro de 2011 e último
vencimento para 07 de dezembro de 2015.

Desta forma, esclarece a RECORRENTE que se trata de uma operação de consignado, no qual
os descontos são efetuados em folha de pagamento.

Todavia, foram repassadas à RECORRENTE somente o pagamento de 58 (cinquenta e oito)


parcelas, ficando uma parcela inadimplente.
Destaca-se que, o órgão pagador INSS procedeu com a retenção de uma das parcelas,
informando se tratar de glosa, desta forma, esta instituição procedeu com a devida orientação ao RECORRIDO
que deveria procurar um posto de benefício para verificar sobre a retenção do valor.

Salienta-se ainda informar que esse tipo de situação ocorre quando há alguma pendência do
beneficiário junto à previdência social, como por exemplo, o cadastramento anual. Assim a BV não tem como
intervir na ação tomada pelo INSS, uma vez que o mesmo retém o valor e apenas informa quais clientes e
parcelas sofreram glosa, cabendo unicamente à regularização por parte do RECORRIDO.

Assim, cumpre esclarecer que mediante a ação do INSS, restou uma parcela pendente de
pagamento, a qual permanece aberta em sistema.

A RECORRENTE agiu no exercício regular de direito, uma vez que o RECORRIDO


permanece com a parcela em aberto, o que justifica a cobrança, bem como a devida inclusão, ou seja, ínclitos
julgadores, não houve o cometimento de nenhum ato ilícito pela RECORRENTE. Esta agiu sempre no regular
gozo dos seus direitos.

Sendo assim, não há o que se falar em qualquer irregularidade, bem como em


responsabilização do banco, uma vez que sua conduta está amparada pela excludente do exercício regular do
direito.

Importante ainda destacar, que de acordo com o contrato anexo, no qual consta a assinatura do
RECORRDO, onde ambos convencionaram e concordaram com a formalização do contrato e regras neles
incertas.

Pois bem. Tem-se que a boa-fé nas relações contratuais exige que as partes ajam de forma a
possibilitar umas às outras o cumprimento de suas obrigações, trata-se do dever de cooperação mútua.

Diante deste cenário, é completamente injusto que a RECORRENTE sofra qualquer


condenação, ainda mais esta ter sido condenada na quantia absurda de R$ 21.875,00 (vinte e um mil e
oitocentos e setenta e cinco reais).

V. DA BOA-FÉ CONTRATUAL.

Cabe informar que a RECORRENTE pactuou com o RECORRIDO o contrato de consignado.

Com efeito, o dever de informar, inerente à função criadora do princípio da boa-fé objetiva,
consiste na obrigação das empresas de prestarem aos consumidores todas as informações sobre o contrato a ser
celebrado, bem como sobre os encargos, produtos e serviços oferecidos.
Nos exatos termos do já mencionado, a RECORRENTE somente poderá ser responsabilizada
por aquilo que contratualmente lhe couber.

É a chamada autonomia da vontade das partes, princípio norteador das relações civis, a qual,
restando presentes os requisitos legais, faz do contrato um ato jurídico perfeito.

Verifica-se, portanto, tratar-se do princípio da pacta sunt servanda, o qual estabelece a força
dos contratos entre as partes que o firmaram.

Note que o contrato celebrado foi firmado nos moldes da legislação pátria, a teor do citado
artigo 104 do Código Civil, in verbis:

Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:


I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.

Ademais, fica evidente que não se infringiu qualquer artigo do Código de Defesa do
Consumidor – Lei 8.078/90, como a contrário sensu, se pode depreender:

Art. 46. Os contratos que regulam as relações de consumo não


obrigarão os consumidores, se não lhes for dada a oportunidade de
tomar conhecimento prévio de seu conteúdo, ou se os respectivos
instrumentos forem redigidos de modo a dificultar a compreensão de
seu sentido e alcance.

Verifica-se, assim, que as responsabilidades assumidas são oriundas de contrato com cláusulas
embasadas na boa-fé contratual e na probidade, preservadas pela Legislação sobre o assunto e contidas nos
artigos 421 e 422 do Código Civil, in verbis:

“Artigo 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da


função social do contrato.”

“Artigo 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do


contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.”

Nesses termos, em sendo as cláusulas contratuais lícitas, embasadas na melhor legislação


pátria e invocando a terminologia do princípio da pacta sunt servanda, o qual estabelece a força dos
contratos entre as partes que o firmaram, estamos diante de “lei” que disciplina as relações inter pars, e
por assim deverá ser respeitada por ambos os contratantes.

VI. DA FORÇA VINCULANTE DOS CONTRATOS

Ato contínuo ao anteriormente exposto, frise-se que o princípio da autonomia de vontades,


bem como o de que o contrato faz lei entre as partes, é lembrado pelo mestre Sílvio Rodrigues in “Direito
Civil”, Vol. 3 - Dos contratos e das declarações unilaterais da vontade - Ed. Saraiva, 1986, pág. 18:

“O princípio da força vinculante das convenções consagra a ideia de que o


contrato, uma vez obedecidos os requisitos legais, se torna obrigatório entre
as partes, que dele não se podem desligar por outra avença, em tal sentido.
Isto é, o contrato vai constituir uma espécie de lei privada entre as partes,
adquirindo força vinculante igual à do preceito legislativo, pois vem munido
de uma sanção que decorre da norma legal, representada pela possibilidade
de execução patrimonial do devedor. Pacta sunt servanda.”

Em sua festejada obra, “Contratos”, Ed. Forense, 1987, 12ª ed., pág. 38, Orlando Gomes,
sobre o princípio da força obrigatória dos contratos, ensina:

“O princípio da força obrigatória consubstancia-se na regra de que o contrato


é lei entre as partes. Celebrado que seja, com observância de todos os
pressupostos e requisitos necessários à sua validade, deve ser executado
pelas partes como se suas cláusulas fossem preceitos legais imperativos. O
contrato obriga os contratantes, sejam quais forem as circunstâncias em que
tenha de ser cumprido. Estipulado validamente seu conteúdo, vale dizer
definidos os direitos e obrigações de cada parte, as respectivas cláusulas têm,
para os contratantes, força obrigatória. Diz-se que é intangível, para
significar-se a irretratabilidade do acordo de vontades. Nenhuma
consideração de equidade justificaria a revogação unilateral do contrato ou a
alteração de suas cláusulas, que somente se permitem mediante novo
concurso de vontades. O contrato importa restrição voluntária da liberdade;
cria vínculo do qual nenhuma das partes pode desligar-se sob o fundamento
de que a execução a arruinará ou de que não o teria estabelecido se houvesse
previsto a alteração radical das circunstâncias. Essa força obrigatória
atribuída pela lei aos contratos é a pedra angular da segurança do comércio
jurídico.”
Desta forma, salienta-se que a responsabilidade assumida pelo consumidor quando da
celebração de contrato de financiamento com a BV FINANCEIRA é ônus cujo qual não pode ser
desconsiderado por este Órgão de Defesa do Consumidor, por consistir norma contra legem.

V. DA EXISTÊNCIA DE ATO JURÍDICO PERFEITO, DA FORÇA VINCULANTE DOS


CONTRATOS E DOS PRINCÍPIOS QUE REGEM AS RELAÇÕES CONTRATUAIS

Corolário já pacificado pela doutrina e jurisprudência, o pacta sunt servanda protege a


liberdade de contratar e dá maior efetividade à força vinculante dos contratos, tornando-o lei entre as partes.

Seguindo tal posicionamento, as partes celebraram contrato de financiamento, contendo


cláusulas amplamente especificadas e esclarecidas ao autor no momento da contratação, em atenção à legislação
vigente, não havendo que se falar em ocultação de dados ou mesmo favorecimento indevido de qualquer das
partes.

Assim que o autor alegou desconhecer o contrato, prontamente a RECORRENTE se dispôs a


cancelar o contrato, sem qualquer ônus ao consumidor.

Desta forma, resta patente a ausência de ilegalidade por parte da RECORRENTE.

Verifica-se que a RECORRENTE anuiu com todas as disposições contratuais e, ao


contrário do que quer fazer crer o RECORRIDO, ele tinha conhecimento do contrato celebrado.

Por outro lado, ao agir desta forma, o RECORRIDO incide em verdadeiro venire contra
factum proprio, pois assumiu a obrigação contratual, beneficiou-se dos serviços prestados pela RECORRENTE
e, em momento posterior a isso, vem tentar afastar as disposições do contrato, em atitude evidentemente
contraditória e desleal.

Devem ser considerados tais fatos para extrair-se o verdadeiro quadro fático do caso e evitar-
se qualquer prejuízo desmedido a RECORRENTE, devendo, portanto, o presente recurso administrativo ser
provido, anulando a multa aplicada por este D. Órgão.

VII. DO DESRESPEITO AOS PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE.

A moderna doutrina do direito administrativo mitiga a intangibilidade dos atos discricionários,


ao estabelecer que sobre tais atos, sem qualquer distinção, deve pairar a noção de juridicidade, dentro da qual se
agregam os valores da eficiência, moralidade, segurança jurídica, proporcionalidade e razoabilidade.
A interpretação e emprego de conceitos indeterminados pelo administrador na aplicação das
normas encontram-se delimitadas a um senso comum de adequabilidade da medida adotada, que deve sempre se
pautar pela exata noção de necessidade.

Celso Antônio Bandeira de Melo, em sua obra “Discricionariedade e Controle Jurisdicional”,


ao dispor sobre a discricionariedade do administrador, já previa:

“Com efeito, se o poder conferido é meramente instrumental, se é tão-só


serviente de um fim (nada tendo a ver com a ideia de "direito", de "domínio"
ou de "propriedade" do Direito Privado), só se justifica, só existe, na medida
necessária. Ergo, em todo ato desproporcionado, excessivo, há por definição
um excesso em relação à competência, pois não guarda a indispensável
correlação com ela. Em outras palavras: o agente, em tais casos, supera a
demarcação de seu "poder", porque ultrapassa o necessário para se
desincumbir do dever do bem cumprir a lei. Eis porque todo excesso,
toda demasia, é inválida, viciando o ato. Afinal, como disse Jesus
Gonzales Peres, o princípio da proporcionalidade "não postula outra coisa
senão uma adequação entre meios e fins" (2. ed. São Paulo: Malheiros, 2001.
p. 98).”

Desta forma, mister se faz a análise de penalidade impugnada, bem como de sua
fundamentação valoração e finalidade, com base nos princípios da razoabilidade e proporcionalidade.

Desta feita, verifica-se que para aplicação da sanção administrativa ao caso em questão, não
foram considerados os referidos princípios, haja vista que conforme já elucidado, a RECORRENTE foi multada
no valor de R$ 21.875,00 (vinte e um mil e oitocentos e setenta e cinco reais).

Ora, resta evidente que a sanção imposta se mostra desarrazoada, perdendo, desta forma, a
própria legitimidade, já que não atende à finalidade pública da norma de competência administrativa.

Neste sentido é o entendimento de HELY LOPES MEIRELLES, em sua clássica obra "Direito
Municipal Brasileiro”:

"As condições de validade do ato de polícia são a mesmas do ato


administrativo comum - ou seja, a competência, a finalidade e a forma,
acrescidas da proporcionalidade da sanção e da legalidade dos meios
empregados pela Administração. A competência, a finalidade e a forma são
condições gerais de eficácia de todo ato administrativo, a cujo gênero
pertence a espécie ato de polícia. A proporcionalidade entre a restrição
imposta pela Administração e o benefício social que se tem em vista,
sim, constitui requisito específico para a validade do ato de polícia,
como também a correspondência entre a infração cometida e a sanção
aplicada, quando se tratar de medida punitiva. Sacrificar um direito ou
uma liberdade do indivíduo sem vantagem para a coletividade invalida o
fundamento social do ato de polícia" (Direito Municipal Brasileiro, 16ª
edição, Malheiros Editores, pág.491).

Por conseguinte, se a finalidade da sanção aplicada à RECORRENTE é coibir a reincidência


do ato praticado, constatamos claramente a inobservância dos princípios da razoabilidade e proporcionalidade
na imposição da guerreada multa, ainda mais se considerarmos o valor arbitrado.

Com efeito, o valor referente à sanção imposta não pode, data máxima vênia, servir como
caminho mais curto para o enriquecimento sem causa do ente público. Verifica-se a ocorrência de
locupletamento indevido por parte do Órgão administrativo em face do particular, sem que ao menos a
finalidade principal do ato administrativo seja consumada.

Desta feita, ainda que se pudesse entender pela aplicação da pena de multa – o que não se
acredita – tal penalidade jamais poderia ter sido arbitrada como foi, o que demonstra a total afronta ao princípio
da razoabilidade e o esvaziamento de qualquer função da qual o ato administrativo poderia estar revestido.

VIII. CONCLUSÃO.

Diante de tudo o quanto acima exposto, resta claro que não há qualquer sentido na aplicação
da referida penalidade. Portanto, seja qual for o ângulo de análise tomado para a solução do presente processo,
emerge claro o equívoco cometido por esta Administração e os motivos pelos quais a RECORRENTE requer:

a) Seja considerado o tópico de tempestividade arguido;

b) Seja o processo extinto em razão da prescrição intercorrente,


devendo o processo ser arquivado;

c) Não sendo este o entendimento, o que se admite apenas a título de


argumentação, requer-se seja dado provimento ao presente recurso, uma vez
que demostrado a conduta lícita da RECORRENTE;

d) seja reconsiderada a r. decisão que aplicou multa no valor absurdo


R$ 21.875,00 (vinte e um mil e oitocentos e setenta e cinco reais), ou;
e) Com as devidas informações prestadas, caso seja pelo entendimento
pela aplicação, o que não se espera, sejam aplicados os princípios da
razoabilidade e proporcionalidade, inerentes ao exercício da função pública.

Outrossim, requer que todas as publicações e demais intimações sejam feitas diretamente à
empresa BV FINANCEIRA S/A., pessoa jurídica de direito privado, com sede social localizada na Avenida das
Nações Unidas, nº 14.171, Torre A, 8º andar, conjunto 82, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 01.149.953/0001-89,
na Capital do Estado de São Paulo, e, se possível, que todas as comunicações sejam feitas via Correio.

Termos em que,
Pede deferimento.
Londrina, 31 de março de 2021.

MILTON FLÁVIO DE A. C. LAUTENSCHLÄGER


OAB/SP 162.676

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