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DISCIPLINA: DIREITO PENAL

ASSUNTO: DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL


AULA: 01
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RETA FINAL - PENAL 01/DEAP-SC

Fala Guerreiro!
É com imenso prazer que estamos aqui tendo a oportunidade de poder contribuir
para a sua aprovação no concurso do DEAP-SC. Nós vamos estudar teoria e
comentar exercícios sobre DIREITO PENAL.

Neste curso vocês receberão todas as informações necessárias para que possam
ter sucesso na prova. Acreditem, vocês não vão se arrepender! O MIRA NO
ALVO CONCURSOS está comprometido com sua aprovação, com sua
vaga, ou seja, com você!
Contamos com uma equipe de profissionais aprovados nos mais diversos
concursos da área Militar. Passamos os últimos dias dissecando a banca FEPESE
para trazer para vocês um material bem focado.

Neste curso estudaremos todo o conteúdo de Direito Penal estimado para o


Edital. Estudaremos teoria de forma simples e direta. Vamos trabalhar também
com exercícios comentados. Pois, acreditamos que essa seja a melhor forma de
você preparar-se para a prova nessas últimas semanas de preparação.

Abaixo segue o plano de aulas do curso todo:

AULA CONTEÚDO DATA

AULA 01 DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL Semana 01

AULA 02 Infração penal: elementos, espécies. Semana 02

AULA 03 Sujeito ativo e sujeito passivo da infração penal. Semana 03

AULA 04 Imputabilidade penal. Semana 04

AULA 05 Crimes contra a Administração Pública. Semana 05

AULA 06 Crimes contra a Administração Pública. Semana 06

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DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL

1 Anterioridade da Lei ....................................................................................................................3


2 Lei penal no tempo .......................................................................................................................3
3 Lei excepcional ou temporária ............................................................................................4
4 Tempo do crime ................................................................................................................................4
5 Territorialidade ................................................................................................................................5
6 Lugar do crime .................................................................................................................................5
7 Extraterritorialidade ....................................................................................................................6
8 Pena cumprida no estrangeiro ............................................................................................7
9 Eficácia de sentença estrangeira .......................................................................................7
10 Contagem de prazo ....................................................................................................................8
11 Questões Reta Final ..................................................................................................................9

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Nossa equipe acredita que a banca vai focar bem em questões que envolva a
cobrança da literalidade da lei. Com uma ou outra questão um pouco mais
aprofundada. Dessa forma, aconselhamos que você tenha um bom
conhecimento da literalidade do Código Penal. Mas não é só isso! Para que você
possa fechar a prova de penal intercalamos a lei com seus principais tópicos
mais doutrinários.

Bora estudar então!

1. Anterioridade da Lei

Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena
sem prévia cominação legal.

Considerado o princípio da legalidade que também está previsto no art. 5°, XXXIX da
Constituição Federal:

XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena
sem prévia cominação legal;

Este princípio, quem vem do latim (Nullum crimen sine praevia lege), estabelece
que uma conduta não pode ser considerada criminosa se antes de sua prática não havia
lei nesse sentido. Assim, se André ingere cachaça, não comete crime, pois a legislação
brasileira não estabelece que essa conduta seja criminosa. Se no dia seguinte for
editada uma Lei criminalizando a ingestão de bebida alcoólica, João não terá cometido
crime, pois quando praticou o ato, a lei não existia, e ela não pode ser aplicada aos
fatos acontecidos antes de sua vigência.

2. Lei penal no tempo

Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa
de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos
penais da sentença condenatória.
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer
o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por
sentença condenatória transitada em julgado.

CF, Art. 5º, XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;

O caput do art. 2.º do Código Penal faz referência aos efeitos retroativos da abolitio
criminis, "...fato que a lei posterior deixa de considerar crime".

O parágrafo único trata da retroatividade da norma penal mais branda, "...que de


qualquer modo favorecer o agente".

Nas duas hipóteses a norma penal se apresenta mais benéfica ao autor do fato e, por
isso, terá efeitos retroativos, atingindo fatos praticados antes de sua vigência.

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Por ter dado tratamento mais brando ao fato, ou por não mais considerá-lo crime, a
norma retroagirá para beneficiar o autor.

Abolitio crininis e vacatio legis - publicada lei mais benéfica, e sendo ela revogada
antes de entrar em vigor, não se cogita a hipótese de incidência de efeitos retroativos
à norma, mesmo que já publicada, pois, se ainda não entrou em vigor, não produziu
efeitos no mundo jurídico.

3. Lei excepcional ou temporária


Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o
período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a
determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.

A lei penal excepcional ou temporária, conforme o Código Penal Brasileiro, é aquela


em que, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que
a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. Ou seja,
um crime praticado durante sua vigência será julgado conforme seu texto e não
conforme as leis correntes.
Consideram-se:

 leis temporárias: aquelas que possuem vigência previamente fixada pelo legislador;
 leis excepcionais: aquelas que vigem durante situações emergenciais;

Essas espécies de lei têm ultra-atividade, ou seja, aplicam-se ao fato cometido sob o
seu império, mesmo depois de revogadas pelo decurso do tempo ou pela superação do
estado excepcional.

4. Tempo do crime

Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou


omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.

No Brasil, considera-se praticado o crime no momento em que o autor do fato


praticou a conduta, sendo irrelevante o momento em que se deu o resultado.
Nosso Código adotou a teoria da atividade como a aplicável ao tempo do
crime.
Muito cuidado com as questões envolvendo casos práticos. Nos crimes
continuado e permanente (sequestro, cárcere privado), aplica-se a lei
em vigor ao final da permanência delitiva.

SÚMULA 711 do STF: a lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime
permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da
permanência.

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5. Territorialidade

Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções,


tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no
território nacional.
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do
território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza
pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem,
bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de
propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo
correspondente ou em alto-mar.
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a
bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade
privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo
no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do
Brasil.

Como regra geral, como expressão da soberania, no Brasil se adota o princípio da


territorialidade. Independentemente da nacionalidade do autor e da vítima do delito,
aplica-se a lei brasileira ao crime praticado no território nacional. A exceção, entretanto,
está prevista no próprio caput do art. 5.º (convenções, tratados e regras de direito
internacional podem prever exceções à territorialidade), o que se considera como
uma territorialidade temperada.
Como exemplo de exceção ao princípio da territorialidade da lei brasileira, tem-se as
imunidades diplomáticas.

Para efeitos penais, o §1.º do art. 5.º do CP estabelece como extensão do território
nacional as embarcações ou aeronaves brasileiras nas seguintes condições:

a) as de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro consideram-se parte


do território nacional onde quer que se encontrem;

b) as mercantes ou de propriedade privada consideram-se parte do território


nacional desde que estejam no alto-mar ou no espaço aéreo correspondente ao alto-
mar.

É o que se chama de lei da bandeira (ou do pavilhão), resume ela que a


nacionalidade sustentada pela embarcação ou aeronave define a incidência da lei
brasileira.

O mar territorial compreende a faixa de 12 milhas náuticas medidas a partir da linha de


baixa-mar do litoral continental e insular brasileiro. Para as aeronaves se compreende
como espaço aéreo nacional a coluna atmosférica, até o limite do mar territorial.

O §2.º estabelece que:

a) As aeronaves estrangeiras de natureza privada em pouso no território nacional


ou em vôo no espaço aéreo correspondente ao território nacional (dentro da coluna
atmosférica correspondente ao território) submetem-se à lei brasileira;

b) As embarcações estrangeiras de natureza privada submetem-se à lei brasileira


quando em porto ou em mar territorial territorial do Brasil.
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6. Lugar do crime

Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a


ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou
deveria produzir-se o resultado.

Quanto ao local do crime o Código Penal considera a Teoria da Ubiquidade.

O local do crime é tanto o da ação criminosa como o do seu resultado.

Obs: O Código de Processo Penal estabelece regra diversa acerca da competência


territorial para processar e julgar o crime. Teoria do Resultado (art. 70, caput, do
CPP).

7. Extraterritorialidade
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no
estrangeiro:

I - os crimes:
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;
b) contra o atrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal,
de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de
economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no
Brasil;
II - os crimes:
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir;
b) praticados por brasileiro;
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes
ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não
sejam julgados.

§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei


brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro.
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende
do concurso das seguintes condições:

a) entrar o agente no território nacional;


b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira
autoriza a extradição;
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí
cumprido a pena;
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro
motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.

§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por


estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições
previstas no parágrafo anterior:
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a) não foi pedida ou foi negada a extradição;
b) houve requisição do Ministro da Justiça.

Este dispositivo descreve situações em que a lei brasileira se aplica a fatos que não
foram praticados dentro do território nacional, mas que ainda assim o Brasil se reserva
o direito de julgá-los.

As hipóteses arroladas no inciso I do art. 7.º do Código Penal elencam situações em


que se aplica a lei brasileira, ainda que tribunal estrangeiro já tenha conhecido o fato e
condenado, ou absolvido, o seu autor (conforme §1.º do art. 7. do CP). Considera-se
aqui a extraterritorialidade incondicionada.

As hipóteses arroladas no inciso II do art. 7.º do Código Penal contêm situações em


que o Brasil também pune fatos praticados fora do território nacional. Contudo, a
incidência da norma penal brasileira e a ação penal em tribunal pátrio impõem a
implementação das condições previstas no §2.º do art. 7.º do Código Penal.
É o que doutrina chama de extraterritorialidade condicionada.

8. Pena cumprida no estrangeiro


Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no
Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada,
quando idênticas.
Há situações em que os crimes cometidos fora do Brasil, ainda que já julgados no
estrangeiro, serão novamente processados no Poder Judiciário brasileiro. Essa é a regra
da extraterritorialidade, das hipóteses do art. 7.º do Código Penal, acima descrito.

Nestes casos, quando houver nova condenação, agora pela lei brasileira, a pena
cumprida no estrangeiro abaterá a pena que for imposta no Brasil, na forma deste
artigo.

Admitindo-se que o réu seja condenado no Brasil por crime ao qual já foi processado
no exterior (nas hipóteses de extraterritorialidade do art. 7.º do CP), a pena cumprida
no estrangeiro detrairá a pena imposta no Brasil:

Se forem idênticas as penas - a pena cumprida no estrangeiro será abatida na que


restar fixada no Brasil (ex. duas privativas de liberdade).

Se elas forem diversas - aquela cumprida no estrangeiro deve atenuar a pena imposta
no Brasil, a critério a ser adotado pelo juiz (ex. uma pena restritiva de direitos e outra
privativa de liberdade).

9. Eficácia de sentença estrangeira


Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei
brasileira produz na espécie as mesmas consequências, pode ser
homologada no Brasil para:
I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a
outros efeitos civis;
II - sujeitá-lo a medida de segurança.

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Parágrafo único - A homologação depende:
a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte
interessada;
b) para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição
com o país de cuja autoridade judiciária emanou a sentença, ou, na falta
de tratado, de requisição do Ministro da Justiça.

10. Contagem de prazo

Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-


se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum.

11. Frações não computáveis da pena

Art. 11 - Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas


restritivas de direitos, as frações de dia, e, na pena de multa, as frações
de cruzeiro.

12. Legislação especial

Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos


incriminados por lei especial, se esta não dispuser de modo diverso.

Dessa primeira aula é isso! Os últimos artigos não costumam cair tanto. Foque
bem nos artigos de 01 a 07.

Agora vamos ver como a FEPESE cobrou esse conteúdo em provas anteriores.

Durante o curso serão enviadas novas baterias de questões. Achamos muito


importante esse tipo de resolução.

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QUESTÕES RETA FINAL SEM COMENTÁRIOS

01. Assinale a alternativa correta respectivamente, no espaço aéreo


quanto à aplicação da lei penal. correspondente ou em alto-mar.
A) Para efeito de análise sobre o local D) Considera-se praticado o crime no
do crime, a legislação brasileira momento em que o agente atinge o
adota a teoria da ubiquidade. resultado pretendido.
B) É incabível a aplicação retroativa E) Em nenhuma situação, a lei
da Lei n° 11.343/2006, ainda que o brasileira pode ser aplicada aos
resultado da incidência das suas crimes praticados a bordo de
disposições, na íntegra, seja mais aeronaves ou embarcações
favorável ao réu do que o advindo da estrangeiras de propriedade privada.
aplicação da Lei n° 6.368/76,
permitida, no entanto, a combinação 03.Segundo dispõe o artigo 7º, inciso
das mencionadas leis para beneficiar I, do Código Penal, fica sujeito à lei
o agente. brasileira, embora cometido no
C) O Código Penal Brasileiro não estrangeiro, o crime
adotou o princípio da representação A) de genocídio, ainda que o agente
na eficácia espacial da lei penal. seja estrangeiro e não resida no
D) A lei penal mais grave não se Brasil.
aplica ao crime continuado ou ao B) contra o patrimônio do Presidente
crime permanente, se a sua vigência da República.
é anterior à cessação da continuidade C) contra a liberdade de Ministro das
ou da permanência. Relações Exteriores.
D) contra o patrimônio de fundação
02.De acordo com o Código instituída pelo Poder Público.
Penal, assinale a alternativa E) contra a vida de empregado de
correta. Sociedade de Economia Mista.
A) Ninguém pode ser punido por fato
que lei posterior deixa de considerar 04. Segundo o art. 6º do Código
crime, cessando em virtude dela a Penal, considera-se praticado o crime
execução, mas não os efeitos penais no lugar em que ocorreu a ação ou
da sentença condenatória. omissão, no todo ou em parte, bem
B) A lei posterior, que de qualquer como onde se produziu ou deveria se
modo favorecer o agente, aplica-se produzir o resultado. Existem várias
aos fatos anteriores, exceto se teorias acerca do lugar do crime.
decididos por sentença condenatória Qual é a Teoria adotada pelo Código
transitada em julgado. Penal vigente?
C) Para os efeitos penais, A) Teoria da Atividade.
consideram-se como extensão do B) Teoria do Resultado.
território nacional as embarcações e C) Teoria da Ubiquidade.
aeronaves brasileiras, de natureza D) Teoria do Assentimento.
pública ou a serviço do governo E) Teoria da Relatividade.
brasileiro onde quer que se
encontrem, bem como as aeronaves
e as embarcações brasileiras,
mercantes ou de propriedade
privada, que se achem,
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05. O art. 1º do Código Penal afirma crime cometido no território
que não há crime sem lei anterior internacional.
que o defina e que não há pena sem B) Aplica-se a lei estrangeira, sem
prévia cominação legal. O prejuízo de convenções, tratados e
mencionado dispositivo corresponde regras de direito internacional, ao
a qual princípio de direito penal? crime cometido no território
A) Princípio da legalidade. nacional.
B) Princípio da proibição de pena C) Aplica-se a lei brasileira, sem
indigna. prejuízo de convenções, tratados e
C) Princípio da proporcionalidade regras de direito internacional, ao
D) Princípio da igualdade. crime cometido no território
E) Princípio da austeridade. nacional.
D) Aplica-se a lei brasileira, com
06. O Direito Penal brasileiro prejuízo de convenções, tratados e
considera como momento do regras de direito internacional, ao
cometimento do crime crime cometido no território
A) desde o seu planejamento. nacional.
B) quando atingido o resultado E) Aplica-se a lei brasileira, sem
pretendido. prejuízo de convenções, tratados e
C) o momento da ação ou omissão, regras de direito nacional, ao crime
ainda que outro seja o momento do cometido no território nacional.
resultado.
D) quando chega ao conhecimento 09. Assinale a alternativa correta a
das autoridades competentes. respeito da lei penal no tempo.
E) o momento do cometimento do A) A lei penal não admite
crime é irrelevante para o Direito retroatividade, tampouco em
Penal. benefício do réu.
B) A pena prevista por lei posterior
07. Nas disposições penais da Lei se aplica a crime anteriormente
Geral da Copa, foi estabelecido que praticado, desde que a conduta já
os tipos penais previstos nessa fosse legalmente prevista como
legislação tivessem vigência até o dia crime ao tempo da sua prática.
31 de dezembro de 2014. C) A lei posterior que descriminaliza
Considerando-se essas informações, uma conduta não favorece o
é correto afirmar que a referida condenado criminalmente por
legislação é um exemplo de lei penal sentença já transitada em julgado.
D) A lei excepcional ou temporária,
A) excepcional. embora decorrido o período de sua
B) temporária. duração ou cessadas as
C) corretiva. circunstâncias que a determinaram,
D) intermediária. aplica-se ao fato praticado durante
sua vigência, não ocorrendo, nesse
08. Marque a alternativa correta que caso, a retroatividade de lei mais
representa o princípio da favorável.
territorialidade: E) A ultratividade da lei anterior que
A) Aplica-se a lei brasileira, sem favorece o agente só ocorrerá se
prejuízo de convenções, tratados e ainda não iniciada a execução da
regras de direito internacional, ao pena.

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10. Aplica-se a lei penal brasileira:
A) apenas aos crimes cometidos no
território nacional.
B) a todos os crimes praticados no
território nacional e aos praticados
em território estrangeiro por
brasileiros ou agentes domiciliados
no Brasil.
C) aos crimes praticados em
território estrangeiro, lá não
julgados, e cujo agente se encontre
no território nacional.
D) a todos os crimes, praticados em
território nacional ou estrangeiro,
cujo agente for brasileiro nato ou
naturalizado.
E) aos crimes cometidos em território
estrangeiro contra o patrimônio de
autarquia municipal.

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QUESTÕES RETA FINAL COMENTADAS

01. Assinale a alternativa correta quanto à aplicação da lei penal.


A) Para efeito de análise sobre o local do crime, a legislação brasileira adota a
teoria da ubiquidade.
B) É incabível a aplicação retroativa da Lei n° 11.343/2006, ainda que o
resultado da incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao
réu do que o advindo da aplicação da Lei n° 6.368/76, permitida, no entanto, a
combinação das mencionadas leis para beneficiar o agente.
C) O Código Penal Brasileiro não adotou o princípio da representação na eficácia
espacial da lei penal.
D) A lei penal mais grave não se aplica ao crime continuado ou ao crime
permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da
permanência.

GABARITO: A
a) Para efeito de análise sobre o local do crime, a legislação brasileira adota a teoria da
ubiquidade. (CORRETO)
LUTA
Lugar do crime = UBIQUIDADE (lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em
parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado).
Tempo do crime = ATIVIDADE (momento da ação ou omissão).

b) É incabível a aplicação retroativa da Lei n° 11.343/2006, ainda que o resultado da


incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo da
aplicação da Lei n° 6.368/76, permitida, no entanto, a combinação das mencionadas leis
para beneficiar o agente. (ERRADO)
A questão trata a respeito da possível combinação entre as leis de drogas que tivemos ao
longo do tempo. Basta saber que, combinar leis significa promover a sua reunião,
constituindo um corpo único e ordenado. Na realidade, o ajuntamento de duas ou mais leis
penais, seja qual for o propósito, faz nascer uma terceira norma, não prevista, nem aprovada
pelo Poder Legislativo. Estaria o Judiciário legislando, ao promover a criação de lei, mediante
o recolhimento de partes de outras.

c) O Código Penal Brasileiro não adotou o princípio da representação na eficácia espacial da


lei penal. (ERRADO)
Princípio da Representação ou da Bandeira: Trata-se de um princípio subsidiário, e,
quando houver deficiência legislativa ou desinteresse de quem deveria reprimir, aplica-se a
lei do Estado em que está registrada a embarcação ou a aeronave ou cuja bandeira ostenta
aos delito praticados em seu interior (art. 7º, II, c, do CP).

d) A lei penal mais grave não se aplica ao crime continuado ou ao crime permanente, se a
sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência. (ERRADO)
SÚMULA 711 STF: A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime
permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.

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02.De acordo com o Código Penal, assinale a alternativa correta.
A) Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime,
cessando em virtude dela a execução, mas não os efeitos penais da sentença
condenatória.
B) A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos
anteriores, exceto se decididos por sentença condenatória transitada em
julgado.
C) Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional
as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do
governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as
embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem,
respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.
D) Considera-se praticado o crime no momento em que o agente atinge o
resultado pretendido.
E) Em nenhuma situação, a lei brasileira pode ser aplicada aos crimes praticados
a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada.

GABARITO: C
a) Errado. Cessa-se os efeitos penais da sentença, lembrando que os efeitos extrapenais
não cessam.

b) Errado. Inclui os decididos por sentença condenatória transitada em julgado.

c) Correto.
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito
internacional, ao crime cometido no território nacional.
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional
as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do
governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as
embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem,
respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.

d) Errado. art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou


omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o
resultado.
Teoria da Atividade

e) Errado. CPB, art. 5, §2º.

03.Segundo dispõe o artigo 7º, inciso I, do Código Penal, fica sujeito à lei
brasileira, embora cometido no estrangeiro, o crime
A) de genocídio, ainda que o agente seja estrangeiro e não resida no Brasil.
B) contra o patrimônio do Presidente da República.
C) contra a liberdade de Ministro das Relações Exteriores.
D) contra o patrimônio de fundação instituída pelo Poder Público.
E) contra a vida de empregado de Sociedade de Economia Mista.

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GABARITO: D

A) de genocídio, ainda que o agente seja estrangeiro e não resida no Brasil. Errada
Art.7º, I, "d" do CP. De genocídio, quando o agente for brasileiro ou residir no no Brasil.

B) contra o patrimônio do Presidente da República. Errada


Art.7º, I, "a" do CP. Contra a vida ou a liberdade do Presidente da Republica

C) contra a liberdade de Ministro das Relações Exteriores. Errada.


Art.7º, I, "a" do CP. Contra a vida ou a liberdade do Presidente da Republica

D) contra o patrimônio de fundação instituída pelo Poder Público. Certa


Art.7º, I, "b" do CP. Contra o patrimônio ou a fé publica da União, do DF., de Estados, de
Territórios, de Municípios, de Empresas Publicas, Sociedade de Economia Mista, autarquia
ou fundação pelo poder Público.

E) contra a vida de empregado de Sociedade de Economia Mista. Errada


Art.7º, I, "a" do CP. Contra a vida ou a liberdade do Presidente da Republica

04. Segundo o art. 6º do Código Penal, considera-se praticado o crime no lugar


em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se
produziu ou deveria se produzir o resultado. Existem várias teorias acerca do
lugar do crime. Qual é a Teoria adotada pelo Código Penal vigente?
A) Teoria da Atividade.
B) Teoria do Resultado.
C) Teoria da Ubiquidade.
D) Teoria do Assentimento.
E) Teoria da Relatividade.

GABARITO: C

Lembrem-se do macete:
LUTA
Lugar do crime - Ubiguidade
Tempo do crime - Atividade

05. O art. 1º do Código Penal afirma que não há crime sem lei anterior que o
defina e que não há pena sem prévia cominação legal. O mencionado dispositivo
corresponde a qual princípio de direito penal?
A) Princípio da legalidade.
B) Princípio da proibição de pena indigna.
C) Princípio da proporcionalidade
D) Princípio da igualdade.
E) Princípio da austeridade.

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GABARITO: A

A síntese do princípio da legalidade seria a frase latim nullum crimen nulla poena sine
lege, que na tradução do latim quer dizer que nenhum crime será punido sem que haja uma
lei. Também de acordo com o Princípio da Legalidade ninguém está obrigado a fazer ou
deixar de fazer algo, a menos que seja previsto em lei.

06. O Direito Penal brasileiro considera como momento do cometimento do crime


A) desde o seu planejamento.
B) quando atingido o resultado pretendido.
C) o momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do
resultado.
D) quando chega ao conhecimento das autoridades competentes.
E) o momento do cometimento do crime é irrelevante para o Direito Penal.

GABARITO: C

Art. 4 CP: Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda


que outro seja o momento do resultado.

07. Nas disposições penais da Lei Geral da Copa, foi estabelecido que os tipos
penais previstos nessa legislação tivessem vigência até o dia 31 de dezembro
de 2014.
Considerando-se essas informações, é correto afirmar que a referida legislação
é um exemplo de lei penal

A) excepcional.
B) temporária.
C) corretiva.
D) intermediária.

GABARITO: B
Lei Temporária- é aquela que possui vigência previamente determinada. Exemplo: a Lei
Geral da Copa. Aplica-se aos fatos praticados durante a sua vigência. Logo, os crimes
praticados durante a sua vigência, quando criados por ela, não se sujeitam a abolitio
criminis em razão do término da sua vigência.

Lei Excepcional- é aquela que possui vigência durante uma situação transitória
emergencial, como nos casos de guerra, calamidade pública, inundação etc. Não é fixado
prazo de vigência ( # da temporária), que persistirá enquanto não cessar a situação que a
determinou.

Nos termos do art. 3º do CP "A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período
de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato
praticado durante sua vigência". O dispositivo permite que em relação a essas leis seja
aplicada a ultra-atividade gravosa, devido à sua finalidade.

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08. Marque a alternativa correta que representa o princípio da territorialidade:
A) Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de
direito internacional, ao crime cometido no território internacional.
B) Aplica-se a lei estrangeira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de
direito internacional, ao crime cometido no território nacional.
C) Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de
direito internacional, ao crime cometido no território nacional.
D) Aplica-se a lei brasileira, com prejuízo de convenções, tratados e regras de
direito internacional, ao crime cometido no território nacional.
E) Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de
direito nacional, ao crime cometido no território nacional.

GABARITO: C.

Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de


direito internacional, ao crime cometido no território nacional.

09. Assinale a alternativa correta a respeito da lei penal no tempo.


A) A lei penal não admite retroatividade, tampouco em benefício do réu.
B) A pena prevista por lei posterior se aplica a crime anteriormente praticado,
desde que a conduta já fosse legalmente prevista como crime ao tempo da sua
prática.
C) A lei posterior que descriminaliza uma conduta não favorece o condenado
criminalmente por sentença já transitada em julgado.
D) A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração
ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado
durante sua vigência, não ocorrendo, nesse caso, a retroatividade de lei mais
favorável.
E) A ultratividade da lei anterior que favorece o agente só ocorrerá se ainda não
iniciada a execução da pena.

GABARITO: D

Lei excepcional ou temporária

Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua


duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato
praticado durante sua vigência.

Pode ocorrer uma certa confusão quanto a retroatividade da lei mais favorável, pois não se
encontra ipsis litteris, mas a definição é perfeita. A lei excepcional ou temporária é
exatamente a exceção à retroatividade da lei mais benéfica e aos fatos praticados durante
sua vigência haverá, portanto, a ultratividade da lei para aplicação dos seus efeitos.

10. Aplica-se a lei penal brasileira:


A) apenas aos crimes cometidos no território nacional.
B) a todos os crimes praticados no território nacional e aos praticados em
território estrangeiro por brasileiros ou agentes domiciliados no Brasil.

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C) aos crimes praticados em território estrangeiro, lá não julgados, e cujo agente
se encontre no território nacional.
D) a todos os crimes, praticados em território nacional ou estrangeiro, cujo
agente for brasileiro nato ou naturalizado.
E) aos crimes cometidos em território estrangeiro contra o patrimônio de
autarquia municipal.

GABARITO: E

Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no


estrangeiro:
I - os crimes:
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de
Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou
fundação instituída pelo Poder Público;
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil;

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