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à Enfermagem
Aminoácidos e Proteínas
Revisão Textual:
Prof.ª Esp. Kelciane da Rocha Campos
Aminoácidos e Proteínas
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Conhecer a estrutura química;
• Conhecer a classificação e funções dos compostos no organismo humano;
• Abordar sobre Aminoácidos e Proteínas, suas principais funções no organismo e constitui-
ção molecular.
UNIDADE Aminoácidos e Proteínas
Aminoácidos: Introdução,
Definição e Estrutura Química
As proteínas, sejam das mais antigas linhagens de bactérias ou das formas de vida
mais complexas na natureza, são construídas com o mesmo conjunto de 20 amino-
ácidos, unidos covalentemente em sequências características, ou seja, são políme-
ros de aminoácidos. Considerando a variabilidade na formação das proteínas pela
sequência de 20 aminoácidos, podemos obter uma formação de 2,4 x 1018 moléculas
diferentes. Essa característica peculiar das proteínas provém da diversidade de ami-
noácidos que as compõem (centenas), podendo haver a repetição de mais de um
aminoácido na cadeia, tornando a construção da molécula de proteína de inúmeras
formas, uma combinação de aminoácidos praticamente infinita.
TRE
GLN
ALA
GLN ALA ALA ARG LIS SER ASP GLI
SER
ASP
AMINA CARBOXILA
H
H O
N C C
H O H
R ADICAL
Figura 2 – Estrutura geral de um aminoácido
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Com exceção da glicina, todos os aminoácidos comuns possuem o carbono α liga-
do a 4 grupos diferentes: grupo carboxila, grupo amino, grupo R e um hidrogênio; na
glicina, o carbono α está ligado a um outro átomo de hidrogênio e não a um grupo R.
H
H C COOH
NH2
Figura 3 – Carbono α ligado ao hidrogênio
Figura 4 – Quiralidade
Fonte: Wikimedia Commons
Figura 5 – Isômeros
Fonte: Wikimedia Commons
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Hidrofóbico: não tem afinidade com a água; “aversão à água”, são aqueles que não inte-
ragem com a água, sendo insolúveis na mesma.
Hidrofílico: interagem com a água; são compostos polares capazes de interagir com os di-
polos da água, sendo, então, solúveis na água.
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Os aminoácidos apolares possuem grupos R constituídos por cadeias orgânicas
com caráter de hidrocarbonetos, que não interagem com a água e possuem geral-
mente uma localização interna na molécula da proteína, estabilizando-a através de
ligações hidrofóbicas. Exemplos: alanina, valina, leucina, isoleucina, metionina, pro-
lina, fenilalanina e triptofano.
Os aminoácidos polares possuem nas cadeias laterais (R) grupos com carga elétri-
ca líquida ou grupos com cargas residuais, portanto são capazes de fazer ligações de
hidrogênio com a molécula de água e por isso são hidrofílicos. Encontram-se geral-
mente na superfície da molécula proteica. São divididos em 3 categorias, de acordo
com a carga apresentada pelo grupo R em soluções neutras (pH: 7,0):
• Aminoácidos polares ácidos: se a carga líquida for negativa (aspartato
e glutamato);
• Aminoácidos polares básicos: se a carga líquida for positiva (lisina, arginina
e histidina);
• Aminoácidos polares sem carga: se a cadeia lateral não apresentar carga líquida
(serina, treonina, glicina, tirosina, aspargina, cisteína e glutamina).
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Figura 9 – Ligação peptídica
Fonte: Wikimedia Commons
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O que faz uma proteína se tornar uma enzima, um hormônio, uma proteína estrutural, ou
ainda um anticorpo? Como elas se diferem quimicamente?
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Vou ajudar você nessas questões. Vamos continuar?
As proteínas diferem umas das outras porque elas possuem um número e uma
sequência de resíduos de aminoácidos que são diferentes entre si. Todas elas passam
por mudanças em sua estrutura, variando desde formas mais sutis até formas mais
significativas. A ausência de estrutura predefinida é de fundamental importância
para as suas diversas funções. Uma simples mudança ou substituição de um amino-
ácido em sua estrutura proteica pode alterar totalmente sua função.
Figura 12 – Mioglobina
Fonte: Wikimedia Commons
Figura 13 – Hemoglobina
Fonte: Wikimedia Commons
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A estrutura das proteínas pode ser definida em 4 níveis: estrutura primária, se-
cundária, terciária e quaternária. A estrutura primária é caracterizada pela sequência
de aminoácidos da cadeia polipeptídica, essa determinação é caracterizada genetica-
mente e é específica para cada proteína; além disso, ela é a base para a formação de
todas as outras estruturas proteicas. A seguir, na Figura 16, observamos a sequência
dos aminoácidos dispostos na cadeia polipeptídica.
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Figura 16 – Estrutura primária da proteína
Fonte: Adaptado de VOET; VOET, 2011
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Figura 21 – Estrutura quaternária exemplificada pela Hemoglobina
Fonte: Wikimedia Commons
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Uma vez desnaturadas, as proteínas também podem se renaturar, desde que reti-
radas as condições desnaturantes, assim podem retornar à sua conformação nativa –
esse processo denomina-se renaturação. Esse processo de renaturação nos permite
concluir que a estrutura espacial de uma proteína é consequência de suas estruturas
primárias, isto é, caracterizada exclusivamente por sua cadeia de aminoácidos.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Bioquímica humana
DAU, A. P. A. Bioquímica humana. São Paulo: Pearson, 2015. (e-book)
Bioquímica
BERG, J. M. et al. Bioquímica. 7ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
(e-book)
Princípios de bioquímica de Lehninger
NELSON, D. L.; COX, M. M. Princípios de bioquímica de Lehninger. 6ª ed. São
Paulo: Artmed, 2014
Bioquímica básica
MARZZOCO, A.; TORRES, B. B. Bioquímica básica. 4ª ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2015.
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Referências
DAU, A. P. A. Bioquímica humana. São Paulo: Pearson, 2015. (e-book)
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