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O
AUTOR
Olá!
Eu sou o professor Rodrigo Andrade e vou ajudar a vocês a
entenderem as biomoléculas de uma forma direta, objetiva e
divertida!
Ah, não esquecendo das vídeo-aulas.
Use este Ebook para estudar e complementar o que vamos
ver nos vídeos. Separei as nossas biomoléculas em: proteínas,
carboidratos, lipídeos, ácidos nucleicos. Além disso, vamos ter
um tópico especial sobre as vitaminas, abordando suas funções,
bem como as doenças que surgem na suas deficiências.
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ÍNDICE
1. PROTEÍNAS .................................................................... 3
1) ESTRUTURA PRIMÁRIA: ................................................................................ 5
2. CARBOIDRATOS ........................................................7
DISSACARÍDEOS...................................................................................................... 7
MONOSSACARÍDEOS............................................................................................. 7
GLICONJUGADOS................................................................................................... 8
POLISSACARÍDEOS................................................................................................ 8
3. LIPÍDEOS..........................................................................9
NOMENCLATURA - EXEMPLOS:....................................................................... 9
4. NÚCLEOTÍDEOS ........................................................ 12
5. VITAMINAS ................................................................. 14
REFERÊNCIAS: .................................................................16
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1. Proteínas
Primeiramente, vamos entender as
proteínas são as moléculas mais
abundantes e diversas do organismo. São
formadas por aminoácidos unidos por
ligações peptídicas. Além de carbono,
hidrogênio e oxigênio e elas contém
nitrogênio em sua estrutura. O processo
digestivo quebra as proteínas em
aminoácidos, que são então absorvidos.
Imagine que as proteínas sejam feitas de
“tijolos”, e, portanto, cada tijolo represente
um aminoácido.
VEJA SOBRE:
As proteínas são formadas por 20
aminoácidos diferentes encontrados
no organismo, podem ser essenciais,
obtidos apenas pela alimentação
ou não essenciais, produzidos pelo
organismo.
Os aminoácidos são moléculas que
possuem uma estrutura geral, invariável:
um carbono alfa central ao qual se
ligam um grupo carboxílico, um grupo
amino, um H e um radical que varia em
cada molécula de aminoácido e lhe
confere suas propriedades. Observe no meme abaixo que as proteínas são as biomoléculas
mais abundantes, estando presentes em todos os locais celulares
(núcleo, citosol e membrana plasmática) e desempenhando
inúmeras funções!
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Os aminoácidos possuem isomeria óptica podendo ser tanto L-Aminoácido
(desvia a luz polarizada para o lado esquerdo) como D-Aminoácido (desviam a luz
polarizada para o lado direito). No entanto, os únicos aminoácidos encontrados nos
mamíferos são os “L”, possuindo sempre o grupo amino ligado no lado esquerdo
do carbono alfa. O único Aa cujo carbono alfa não e assimétrico e a glicina, pois
possui o carbono alfa ligado a dois hidrogênios.
A classificação dos aminoácidos ocorre através das propriedades da cadeia lateral.
Deste modo há varias classificações que diferem nos livros. A forma mais simples e
prática é classificá-los em:
1. Apolar: são aqueles que possuem cadeia lateral apolar (hidrofóbicos-medo
d’água), ou seja, não se misturam com a água. Não fazem ligação iônica, não
doam prótons, nem participam de pontes de hidrogênio.
2. Polar sem carga: não possuem carga elétrica, ou seja, tem carga nula (nem
positiva nem negativa).
3. Polares com carga negativa (ácidos): possuem cadeia laterais que liberam
prótons (H+). Podem também ser chamados de polar ionizável negativamente, pois
tem a capacidade de liberar um próton e então ficar com carga negativa.
4) Ocitocina;
- hormônio que causa contrações no útero e na
glândula mamária (Veja o meme ao lado).
1) ESTRUTURA PRIMÁRIA:
é a mais forte, formada apenas por
ligações peptídicas.
2) ESTRUTURA SECUNDÁRIA:
ocorre quando se formam as pontes de
hidrogênio entre os aminoácidos vizinhos.
Ligação peptídica + pontes de hidrogênio. As
duas estruturas da organização secundária
das proteínas são a alfa-hélice e a folha beta-
pregueada. Observe no esquema abaixo a
organização da alfa-hélice! Estas pontes de
hidrogênio a cada 3,6 aminoácidos exatos,
ou a cada 4 aminoácidos aproximadamente.
Agora observe a folha beta-pregueada,
no qual possui pontes de hidrogênio entre
aminoácidos em paralelo.
Dentro da estrutura secundária podem se formar motivos estruturais ou estruturas
supersecundárias como: dedo de zinco ou ziper de leucina. Estas estruturas que
são na verdade uma “mistura” de alfa-hélices e beta-pregueadas com o íon zinco e
o aminoácido leucina modulam a expressão gênica no nosso DNA.
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3) ESTRUTURA TERCIÁRIA:
Refere-se tanto aos dobramentos quanto ao arranjo final do polipeptídeo. Possui
domínios, no qual refere-se a unidades de enovelamentos estáveis. A mioglobina que
transporta e armazena oxigênio nos músculos é um exemplo de proteína que adquire
sua conformação nativa (ativa) na estrutura terciária.
4) ESTRUTURA QUARTENÁRIA:
VEJA NO VÍDEO
- duas ou mais cadeias polipeptídicas
(subunidades) que interagem, cada
uma das cadeias apresenta os três
níveis estruturais citados. Um exemplo
de proteína com estrutura quaternária
é a hemoglobina, no qual possui 4
subunidades (duas alfas e duas betas).
- é mantida com todos os tipos de
ligações;
-As subunidades são ligadas por
ligações não-covalentes.
A desnaturação das proteínas é a alteração da estrutura das proteínas sem a
ruptura das ligações peptídicas. A estrutura primária da proteína, desta forma, é a
única que não e rompida.
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2. Carboidratos
Os carboidratos são as moléculas orgânicas mais
abundantes na natureza. Eles possuem uma grande
variedade de funções, que incluem o fornecimento
de energia na dieta, a composição de elementos
estruturais, protetores, lubrificantes e sinalizadores
e também produzem compostos responsáveis pela
adesão celular. Os carboidratos são poliidroxicetonas
ou poliidroxialdeídos, ou seja, tem várias hidroxilas
(OH) e um grupamento funcional (aldeído ou cetona).
- MONOSSACARÍDEOS
DISSACARÍDEOS -
Consistem em dois monossacarídeos unidos covalentemente por uma ligação
glicosídica. Os principais exemplos de dissacarídeos são: lactose, sacarose e trealose.
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- POLISSACARÍDEOS
São conhecidos como glicanos. Diferem no tipo de unidade de monossacarídeo
repetidas, no comprimento das cadeias, nos tipos de ligação e no grau de
ramificação. Ex: amido (reserva de glicose das células vegetais; possui dois
polímeros de glicose, a amilose e a amilopectina), glicogênio (estrutura semelhante
à amilopectina; formado por unidades de glicose; é mais ramificado e compacto
que o amido; mais abundante no fígado e nos músculos esqueléticos, celulose
(estrutura fibrosa resistente e insolúvel em água; encontrada na parede
celular das plantas; formado por unidades de glicose; suas ligações podem ser
hidrolizadas pela celulase; não possui ramificações), quitina (polímero de N-acetil-
glicosamina; compõe o exoesqueleto de artrópodos), glicosaminoglicanos (são
heteropolissacarídeos que formam a matriz extracelular que apresenta consistência
gelatinosa e preenche o espaço extracelular dos animais, mantendo as células
unidas e provendo um ambiente poroso para a difusão de nutrientes e oxigênio).
GLICONJUGADOS -
Podem ser proteoglicanos, glicoproteínas e glicolipídeos. Os proteoglicanos são
moléculas da superfície celular ou do espaço extracelular, na qual os glicosaminoglicanos
são ligados covalentemente a proteínas secretadas ou de membrana. As glicoproteínas
são moléculas que possuem oligossacarídeos ligados a proteínas; localizam-se na
membrana plasmática, no espaço extracelular, no sangue, no golgi, em grânulos
de secreção e em lisossomos; possuem função de reconhecimento e ligações
de alta afinidade. Os possuem função de reconhecimento celular. Além disso,
auxiliam na condução nervosa, na formação de mielina e na sinalização celular.
VEJA O INFOGRÁFICO
VEJA NO VÍDEO
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3. Lipídeos
Em muitos organismos, óleos e gorduras são as formas principais de armazenar
energia, enquanto fosfolipídios e os esteróis representam perto de metade da
massa das membranas biológicas. Existem outros lipídios, embora presentes
em quantidades relativamente pequenas, desempenham papéis cruciais como
cofatores enzimáticos, transportadores de elétrons, pigmentos que absorvem
radiações luminosas, âncoras hidrofóbicas, agentes emulsificantes, hormônios e
mensageiros intracelulares.
Os óleos e gorduras empregados como armazenamento de energia são derivados
dos ácidos graxos. Os ácidos graxos são derivados dos hidrocarbonetos e seu
estado de oxidação é mínimo, ou seja, são altamente reduzidos. A oxidação
completa dos ácidos graxos na célula é altamente exergônica, no qual libera calor
e tem poder de sintetizar uma grande quantidade de ATP.
Importante: Você já ouviu falar em LDL e HDL, certo?
NOMENCLATURA - EXEMPLOS:
VEJA NO VÍDEO
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Os ácidos graxos de ocorrência mais frequente têm número par de átomos de
C em cadeias não ramificadas de 12 a 24 carbonos. As propriedades físicas dos
ácidos graxos e dos compostos que os contenham são largamente determinadas
pelo comprimento e pelo grau de insaturação da cadeia hidrocarbônica.
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‘
Os alimentos ricos em lipídios podem rancificar quando expostos por muito tempo
ao oxigênio atmosférico com a produção de aldeídos e ac carboxílicos de cadeia
carbônica menor e, portanto, mais voláteis.
As ceras (outra classificação dos lipídeos) são ésteres de ácidos graxos de
cadeia longa saturada e insaturada (14 a 36 carbonos) com álcoois de cadeia
longa (16 a 30 carbonos). Eles possuem propriedades repelentes da água e
consistência firme.
Os lipídios de membrana são
anfipáticos, ou seja, são moléculas que
possuem uma parte hidrofílica (que
se mistura com a água) e uma parte
hidrofóbica (que não possui afinidade
com a água). Existem diversos tipos de
lipídeos de membrana, tais como os
esfingolipídeos, fosfolipídeos, colesterol,
etc. Vamos observar na imagem
abaixo a estrutura dos fosfolipídeos, os
principais componentes das membranas
biológicas.
Existe um grupo de lipídeos que merece nossa atenção, pois são alvos de muitos
medicamentos. Estes lipídeos são conhecidos como os eicosanoides, que são
derivados de um ácido graxo longo, não sendo transportados entre os tecidos pelo
sangue, mas agem no próprio tecido em que são produzidos. Estão envolvidos na
função reprodutiva; na inflamação, na febre e na sensação de dor associada à
doença; na formação de coágulos sanguíneos; na regulação da pressão sanguínea;
na secreção ácida gástrica. São todos derivados do ácido araquidônico, um
ácido graxo poliinsaturado com 20 átomos de carbono. Existem três classes:
PROSTAGLANDINAS, TROMBOXANOS e LEUCOTRIENOS.
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4. Núcleotídeos
A estrutura do DNA é composta por uma cadeia
polinucleotídica em dupla hélice. O esqueleto da
estrutura é formado por resíduos alternados de
açúcar e fosfato. Observe a estrutura na imagem
ao lado:
Nucleotídeo = fosfato + açúcar + base nitrogenada
Nucleosídeo = açúcar + base nitrogenada
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A estrutura do DNA tem orientação antiparalela das duas fitas, além de
momplementariedade das duas fitas de DNA. Isto ocorre devido à forma e
propriedades das pontes de hidrogênio entre A e T (duas pontes de H), bem como
C e G (três pontes de H), apresentando especificidade. Há também interações de
empilhamento entre as nuvens eletrônicas das bases, efeitos hidrofóbicos, forças
iônicas (açúcar-fosfato tem carga negativa, interação com cátions), forças de Van
der Waals e ligações covalentes.
A estrutura do RNA difere do DNA no açúcar, no qual temos a ribose. Em relação
à base nitrogenada, há uma Uracila no lugar de Timina. Normalmente encontrado
como uma única cadeia polinucleotídica. Exceto em determinados vírus, o
RNA não é material genético e não precisa servir de molde para a sua própria
replicação.
O RNA ribossômico (rRNA) desempenha papel estrutural e é o mais representativo,
75%). Já o RNA mensageiro (mRNA) funciona como intermediário entre gene e
maquinaria de síntese proteica. Temos também o RNA transportador (tRNA) que é
o adaptador entre códons e AA.
Temos alguns RNA que funcionam de papel regulador na transcrição (iRNA).
Algumas moléculas têm papel enzimático, chamados de ribozimas.
VEJA NO VÍDEO
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5. Vitaminas
As vitaminas são compostos orgânicos fundamentais para o bom desempenho do
nosso organismo. Podem ser classificadas em lipossolúveis e hidrossolúveis.
Primeiramente, veremos as vitaminas lipossolúveis (KADE) são compostos
isoprenoides, que são sintetizados pela condensação de unidades de isopreno.
- VIT A: essencial para visão, sua deficiência causa pele seca, xeroftalmia,
membranas mucosas secas, desenvolvimento e crescimento retardado, cegueira
noturna.
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A vitamina B1 ou tiamina, possui sua forma ativa o Pirofosfato de Tiamina (TPP)
TPP é importante em reações de produção de ATP e particularmente importante
no Sistema Nervoso. A deficiência de tiamina diminui a disponibilidade energética
e pode causar o Beribéri: é uma doença severa cujos sintomas são astenia, ataxia,
nistagmo, oftalmoplegia e neuropatia. Além disso, a deficiência pode levar a
Síndrome de Wernicke - Korsakoff : ocorre principalmente em alcoolistas crônicos;
causa apatia, perda de memória, movimentos rítmicos dos olhos. As fontes
alimentares são: carne de porco, cereais integrais, camada externa dos grãos.
A vitamina B2 ou riboflavina, possui nas suas formas ativas, FAD e FMN. Está
relacionada com produção de ATP e ação antioxidante. Fontes: leite, ovos, fígado,
língua, alguns peixes, vegetais folhosos verdes. Sua deficiência causa dermatite,
queilite (inflamação dos lábios), glossite (inflamação da língua).
Por fim, o ácido fólico vitamina B9, possui sua forma ativa o Tetrahidrofolato. É
necessário na síntese de alguns aminoácidos, de purinas e de timidina, sendo
sua principal função é síntese de ácidos nucléicos. As células que são formadas
e destruídas rapidamente são alvos da deficiência de ácido fólico, por exemplo
as hemácias. As fontes de ácido fólico estão nos vegetais de folha verde, frutas,
fígado, cereais, integrais, etc. A deficiência atraso causa atraso no crescimento,
anemia megaloblástica e defeitos no tubo neural no feto.
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A vitamina B12 ou cobalamina atua em reações enzimáticas essenciais ao
organismo, é essencial para a saúde do metabolismo do sistema nervoso.
É armazenada significativamente no fígado e sua absorção no intestino é
facilitada pelo fator intrínseco (uma proteína) secretado pelo estômago. As fontes
alimentares são: fígado, rim e coração de ruminantes, moluscos bivalves (por
exemplo, as ostras). Sua deficiência causa a anemia perniciosa, que é uma anemia
megaloblástica associada à degeneração do sistema nervoso.
VEJA NO VÍDEO
Referências:
https://www.nutricaoproteica.com.br/editorial/66/gorduras
https://br.depositphotos.com/stock-photos/cachalote.html
https://pt.khanacademy.org/science/biology/macromolecules/
lipids/a/lipids
https://imgflip.com/memegenerator
https://www.facebook.com/farmacianews/photos/a.276353732
562945/1075241579340819/?type=1&theater
https://www.todamateria.com.br/dna/
http://ead.hemocentro.fmrp.usp.br/joomla/index.php/
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https://www.facebook.com/pg/APharmac/photos/
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