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Biologia

2 – Distribuição de matéria

 Transporte nas plantas


Enquanto seres pluricelulares complexos, as plantas necessitam de transportar substâncias
minerais até às folhas, para garantir que a síntese de compostos orgânicos ocorre. Esses
compostos terão de ser distribuídos a todas as células, para poderem ser utilizados.

A água e os sais minerais, utilizados na síntese de matéria orgânica entram na planta por
absorção, através da raiz. O dióxido de carbono utilizado durante a fotossíntese entra na
planta através dos estomas.

Transporte numa planta vascular

A água é transportada juntamente com sais minerais, num sistema contínuo de vasos, que se
estende desde a raiz, passando pelos caules, chegando até às folhas (xilema – seiva bruta/
matéria inorgânica).

NS

CA
LO
TR
A
No entanto existe também outro sistema, no qual há movimento de água e solutos orgânicos
resultantes da fotossíntese, que se deslocam essencialmente das folhas para os outros órgãos
das plantas (floema – seiva elaborada/matéria orgânica).

TECIDOS
CONDUTORES
XILEMA OU LENHO OU TECIDO FLOEMA OU LÍBER OU TECIDO
TRAQUEANO CRIVOSO
CÉLULAS DE SUPORTE - RÍGIDAS Células dos tubos crivosos
(principais)
Tracoides (principais) – Células
longas e de extremidades Células de companhia (ou de
pontiagudas guarda) – ajudam no
funcionamento dos tubos
Elementos de vaso – diâmetro ELEMENTOS crivosos
superior ao dos tracoídes. Resultam CONDUTORES
de células mortas que perderam as Fibras - suporte
suas paredes transversais. As
Parênquima – fotossíntese e
paredes laterais estão espessadas
transporte de materiais –
através da lenhina
funções de reserva
O XILEMA E O FLOEMA NÃO SÃO TECIDOS
Fibras lenhosas - suporte ISOLADOS, UMA VEZ QUE OCORREM
ASSOCIADOS NOS DIFERENTES ÓRGÃOS DA
Parênquima lenhoso (únicas células
PLANTA, CORRELACIONANDO-SE ENTRE SI.
vivas) – atividades metabólicas e
funções de reserva
Absorção radicular

A maior parte da água e dos iões necessários para as várias atividades da planta é absorvida
pelo sistema radicular.

Pelo radicular >a superfície de contacto com o meio envolvente

Meio intracelular hipertónico

Entrada de água por osmose

Entrada por difusão (sem gasto de energia)


– solo fertilizado

Entrada por transporte ativo (com gasto de


energia) – meio interior e exterior muito
hipertónico

O T.A. ocorre nas células da periferia,


criando um gradiente osmótico, o que faz
com que a água passe por osmose até ao
xilema

Transporte nas plantas

TRANSPORTE

\
XILEMA
-Hipótese da pressão radicular (A ascensão de
água no xilema pode ser explicada por uma
pressão que se desenvolve ao nível da raiz,
devido a forças osmóticas. A continua
acumulação de iões obriga a água a entrar na
planta. Há acumulação de água nos tecidos o
que provoca uma pressão na raiz, forçando a
água a subir no xilema)

-Hipótese da tensão-coesão-adesão

 Transporte nos animais


Todos os seres vivos necessitam de realizar trocas de substâncias com o meio envolvente,
condição fundamental para a manutenção da vida.

Sistema de transporte nos animais

Sistema circulatório

Aberto (ou lacunar) Fechado (com circulação)

Líquido circulante – hemolinfa


(não há qualquer diferença Simples (o Duplo (o sangue
entre o sangue e a linfa) sangue passa passa duas vezes
uma vez no) no)
Ex: peixes
Bombeada por um coração
Completo Incompleto
tubular, ao longo de diversos
(4 cav.)
vasos, até aos tecidos Ex: anfíbios
Ex:
Abandona os vasos, passando homem
para um sistema de cavidades –
lacunas, que formam o
hemocélio
Líquido circulante – Sangue (nunca abandona os vasos
sanguíneos), que fornece oxigénio e nutrientes e
\
Após a irrigação estar completa, recebe produtos resultantes do metabolismo
a hemolinfa regressa ao coração
(através dos ostíolos),
provocada pela força de sucção
resultante do relaxamento do
coração

2 – Transformação e utilização de energia pelos seres vivos

 Obtenção de energia
A fotossíntese assegura um fluxo energético que se inicia no sol e continua nos seres
vivos.

Compostos Compostos Resultantes da transformação da energia


inorgânicos orgânicos luminosa em energia química depósitos
vv energéticos

Todas as células necessitam de energia para


a realização das suas atividades 
degradando os compostos orgânicos
libertação de energia (ATP)

Metabolismo celular

CATABOLISMO Conjunto de ANABOLISMO


reações
Reações metabólicas em que os químicas Reações metabólicas em que ocorre a
compostos orgânicos são degradados essenciais à formação de moléculas mais complexas
em moléculas mais simples, vida a partir de moléculas mais simples,
ocorrendo libertação de energia ocorrendo consumo de energia

Respiração
Respiração Fermentação –
anaeróbia –
aeróbia – moléculas
moléculas
oxigénio orgânicas (ácido
inorgânicas
(acetor final) pirúvico – acetor
(acetor final)
final)

A energia libertada pela degradação dos compostos


orgânicos, realiza-se por etapas, uma vez que se fosse toda
libertada ao mesmo tempo, provocaria um elevado aumento
da temperatura.

Fermentação OBTENÇÃO DE Respiração aeróbia


ENERGIA 38% de rendimento
2% de rendimento

 Fermentação

Processo simples, e primitivo de


obtenção de energia

Ocorre na ausência de oxigénio.


Hialoplasma

Glicólise Redução do piruvato

Conjunto de reações que Conjunto de reações que


degradam a glicose até ao ácido conduzem à formação dos
pirúvico. produtos da fermentação

Produtos finais da glicólise: Dá-se pela do NADH (que se


forma durante a glicólise), que Na fermentação alcoólica o
-2 NADH ácido pirúvico é
pode conduzir à formação de
descarboxilado (remoção de
-2 moléculas de ácido pirúvico diferentes produtos
uma molécula de CO2) 
(dependendo do tipo de acetaldeído, o que não
-2 ATP (formam-se quatro, mas duas
repõem as gastas no processo de fermentação) acontece na fermentação
ativação) láctica

 Respiração aeróbia

À medida que as células evoluíram, as suas necessidades energéticas aumentaram 


mitocôndrias (células eucarióticas) – realizam a oxidação completa do ácido pirúvico,
originando compostos simples (CO2 e H2O), na presença de O2 – Respiração aeróbia.

O O2 captaaeróbia
Respiração H+ (na
matriz)  H2O de
Por cada molécula
Na presença de O2, o As glicose degradada:
proteínas constituem
A energia que é
alibertada
cadeia transportadora
4º Gera-se
ácido pirúvico entra na -6pelosum
NADH fluxo
eletrões
1º - Glicólise - Cadeia de eletrões
As
que moléculas
de eletrões
unidirecional
passam de(ou
de NADH
acetor
2ºmitocôndria,
- Formação de onde é
acetil- eConjunto
fosforilação
3º - Ciclode deoxidativa
Krebs
reações
descarboxilado eemFADH formadas
respiratória)
(condicionado
acetor nas
e2 estão
pela
é utilizada
-22 FADH
coenzima A e metabólicas que conduz
Comum à fermentação oxidado (perde um H, etapas
ordenadas
disposição
para anteriores
de acordo
molecular)
fosforilar o ADP
àtransportam
oxidação
1
com
ao glicose
(ATP a
Acetil
longo -2
sua
CoAcompleta
ATP
– 2eletrões
ácido
afinidade
+ Ácido
do qual as
– associado a da
e à respiração aeróbia utilizado para reduzir o
Liga-se à+ CoA através+) do por glicose
paraproteínas
pirúvico com
oxaloacético
moléculas
fenómenos(matriz
– 2são até
osacetil da
serem
CoA –
eletrões.
=oxidadas
Ácido
de
NAD  NADH+H+
NADCoA
Acetil 2 Ciclos-4 CO
mitocôndria)
captados depelo
cítrico
e reduzidas
oxidação-redução)2Krebs O2
 Trocas gasosas em seres multicelulares
De que forma os seres vivos multicelulares complexos garantem que as trocas gasosas
ocorrem em todas as células que os compõem?
 Trocas gasosas nas plantas

As plantas realizam um conjunto de funções metabólicas (respiração, fotossíntese,


transpiração) que são indispensáveis à sua sobrevivência, e todas elas estão associadas
a trocas gasosas.

O movimento de abertura e fecho dos estomas é


condicionado por alterações na turgescência das células
estomáticas (que têm uma estrutura diferente das células
vizinhas – parede celular que delimita o ostíolo é mais
espessa que a encostada às células vizinhas)

Quando uma célula está túrgida, aumenta de volume e


consequentemente exerce pressão de turgescência sobre a
parede exterior – que influencia o grau de abertura dos
estomas – que pode ser influenciada pela concentração
iónica nas células, a concentração de CO2, a luz, o vento, a
temperatura e a quantidade de água no solo
 Trocas gasosas nos animais

O intercâmbio de gases (tal como acontece a nível celular), realiza-se por fenómenos
de difusão. Para que tal se verifique, os animais possuem superfícies respiratórias,
através das quais os gases entram e saem do organismo.
Difusão direta – trocas gasosas ocorrem diretamente entre
as células e o meio exterior
TROCAS GASOSAS

Difusão indireta – gases respiratórios transportados por um


fluido circulante

Trocas ocorrem ao nível de superfícies respiratórias -


Apesar da diversidade, todas as superfícies respiratórias possuem
hematosecaracterísticas que
permitem aumentar a eficácia das trocas gasosas.

Pouca espessura Morfologia que permite


(apenas uma camada Superfície húmida, Elevada vascularização – uma grande superfície de
de células) que facilita a difusão aumento do contacto com contacto entre os meios
gasosa o fluido circulante
SUPERFÍCIES RESPIRATÓRIAS

Superfície corporal Brânquias Traqueias Pulmões

Nos animais de As brânquias são órgãos Invaginações que Nas aves, o metabolismo
dimensões reduzidas, respiratórios que se encontram reduzem as perdas de é muito elevado pelo que
como as hidras e as em contacto direto com a água – água por evaporação necessitam de grandes
planárias, os gases evaginações da superfície corporal quantidades de oxigénio –
respiratórios grande superfície de
Traqueias (contactam
difundem-se contacto e eficiente
No caso dos peixes ósseos as com o exterior através
diretamente através ventilação pulmonar,
brânquias (constituídas por séries dos espiráculos –
da superfície corporal sacos de ar
de filamentos duplos, inseridos orifícios da superfície
obliquamente nos arcos do corpo, os mais
Hidra – a camada de A circulação do ar é
branqueais onde há vasos que desenvolvidos
células exterior realiza unidirecional, e a
constituem uma rede de capilares possuem filtros que
trocas com o meio hematose dá-se nos
nas lamelas) encontram-se na controlam a entrada
aquático e as células parabrônquios (canais
câmara branquial, protegidas pelo de ar)  traquíolas
interiores com a água finos, abertos nas duas
opérculo (estrutura óssea móvel), (contacto direto com
que se encontra na extremidades), em
banhadas por uma corrente as células)
cavidade mecanismo de
contínua de água que entra pela
gastrovascular contracorrente. Para que
boca e sai pelas fendas
o ar percorra todo o
Planária – forma operculares
sistema respiratório são
achatada que facilita o necessárias dois ciclos
contacto com todas as Mecanismo de contracorrente – ventilatórios.
células do meio sangue flui no sentido contrário
exterior ao da água – aumento da Nos mamíferos, a
eficiência da hematose branqueal superfície respiratória é
Em animais mais
constituída por milhares
complexos, como a
de alvéolos pulmonares. O
minhoca, o
ar circula em dois sentidos
aparecimento do
opostos – o ciclo
sistema circulatório,
ventilatório é composto
aumenta a eficácia
por duas fases –
das trocas gasosas,
Transporte no floema – Hipótese do e expiração.
inspiração
através do tegumento
fluxo de Transporte
massa
Passagem de matéria
orgânica (sacarose) – A concentração de
ativo Floema – células de Seguidamente passa
nas folhas sacarose determina o
companhia para os tubos crivosos
sentido do fluxo – há um
(ligações
gradiente de concentração
Entrada de água vinda do xilema – citoplasmáticas) –
desde o local de produção
turgescência celular – obrigando aumento da
Não implica gasto de até ao local de
assim a sacarose a deslocar-se ao concentração da
energia consumo/armazenamento
longo da placa crivosa sacarose
Sistema de transporte nos animais

Aumento do grau de complexidade dos animais

Sem sistema Sistema Circulação Circulação dupla Circulação dupla e


de transporte circulatório simples e incompleta completa
especializado aberto
( com 2 ( com 3 ( com 4
cavidades) cavidades) cavidades)

Há mistura
parcial de
sangue

 O coração é simplesmente atravessado


por sangue venoso, que só passa uma
vez no coração

Sangue venoso
Seio
(proveniente de aurícula
todo o corpo) venoso
Contração
auricular
ventrículo
O sangue é reunido Brânquias –
na aorta que depois se hematose Contração
Cone arterial
ramifica branquial ventricular
 O sangue passa duas no coração, uma vez que
há dois circuitos diferenciados

s.v. s.a.

Circulação Circulação

Pulmonar (artéria Sistémica (artéria


pulmonar) aorta)

A mistura parcial de
sangue, faz com que a
oxigenação celular não
seja tão eficaz

Diástole (entrada de sangue – músculo relaxado)  Sístole


auricular  Sístole ventricular

-Grande circulação: aurícula esquerda ventrículo


esquerdo  artéria aorta vasos de menor calibre
órgãos vasos de menor calibreveias cavas
aurícula direita

-Pequena circulação: aurícula direita ventrículo


direitoartéria pulmonarvasos de menor
calibrepulmõesvasos de menor calibre aurícula
esquerda
*Quanto menos o calibre do vaso sanguíneo, menor a pressão do sangue que nele
circula, para que se possam efetuar mais eficazmente as trocas gasosas, de nutrientes
e de produtos de excreção.*

Fluidos circulantes

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