Plantas avasculares

As plantas primitivas são designadas

plantas avasculares por não
apresentarem tecidos condutores
(especializados no transporte de
substâncias). As primeiras plantas
foram as Briófita (musgo)

Plantas vasculares
No processo evolutivo surgiram
depois a pteridófita (fetos) s/sementes
e flor, seguidos de plantas
pirófitas/gimnosperma com sementes
e flor e mais recentemente as plantas
Magnoliofita /angiosperma
(castanheiro-da-índia) com sementes e
flor. Todas estas plantas podem atingir
dimensões maiores chegando
A conquista do meio terrestre tornou
algumas a ser árvores, tal acontece
necessária a existência de tecidos de
devido a apresentarem tecidos
transporte nas plantas
especializados de suporte com
paredes celulares reforçadas
➔ maior independência em
relação a água
 ➔ favoreceu a colonização de uma células geralmente mortas que
grande diversidade de oferece sustentação e
ambientes terrestres resistência

numa planta vascular existem dois ➔ células parenquimatosas

tipos de fluidos que circulam nestes células vivas e pouco
tecidos: diferenciadas
➔ seiva xilémica/bruta
É constituída por água
acidificada (99%), com sais
minerais diluídos que são
absorvidos ao nível da raiz e
transportados
unidirecionalmente até as
folhas, flores e frutos. Esta seiva
circula no xilema/lenho.

➔ seiva floémica/elaborada
É uma solução aquosa
açucarada (sacarose) onde
estão presentes aminoácidos,
nucleotídeos e hormonas. Os Xilema
compostos orgânicos presentes As células mortas com paredes
resultam da atividade lenhificadas são especializadas na
fotossintética dos tecidos condução de seiva xilémica
foliares e constituem alimento
que é distribuído
multidirecionalmente pelos
restantes tecidos . A sua traqueídeos vasos xilémicos/elementos de vaso
circulação faz-se no
floema/líber. TODAS as plantas vasculares
possuem traqueídeos, já os vasos
xilémicos encontram-se apenas em
translocação- movimentação da seiva plantas com flor.
floémica no interior da planta.

Tecidos Vasculares As células dos vasos xilémicos

alinham-se topo a topo e a seiva
xilémica é transportada nestes vasos.
O xilema e floema apresentam vários
tipos de células
Devido a não apresentarem conteúdo
➔ células especializadas no
celular e de as extremidades terem
transporte de substâncias
parede parcial ou totalmente
➔ fibras
destruída permite o livre fluxo da
água
Floema
As células dos tubos crivosos e as
células de companhia são dois tipos
de células envolvidas no transporte
de seiva floémica
são células vivas (ao contrário das do
xilema)
A seiva floémica circula nos tubos
crivosos.
As placas crivosas permitem a
passagem de seiva floémica de célula
para célula. As células de companhia
estão ligadas a células do tubo
crivoso e desempenham um papel
fundamental no transporte de
açúcares e de outras moléculas de e
para os tubos crivosos.
*1
Devido ao reduzido calibre dos vasos
condutores, estes agrupam-se em
feixes xilémicos (de xilema ou floema).
os feixes condutores são
considerados simples quando são
constituídos apenas por xilema ou
apenas por floema
e são considerados duplos quando
são constituídos pelos dois tipos de
vasos condutores.
na raiz-> os vasos de xilema e floema
são separados e surgem intercalados
ou seja são simples e alternos
no caule e nas folhas-> surgem lado a
lado ou seja são duplos e colaterais
quer na raiz quer no caule o xilema
surge interiormente ao floema, na
folha o xilema está direcionado para a
página superior.
*2
Absorção de água e sais minerais pela
raiz
A raiz tem três zonas diferentes da
periferia para o centro:
● epiderme
● zona cortical ou córtex
● cilindro central
A epiderme consiste no tecido
exterior que envolve e protege a
raiz.Algumas células da epiderme
alongam-se para o exterior formando
pelos radiculares.
Estes aumentam a área de absorção
da raiz.
A separar o córtex do cilindro central
encontra-se a endoderme ,
constituída por uma única camada de
células, sem espaços intercelulares.
No solo, a água e os sais minerais que
se encontram em solução na forma de
iões são absorvidos através da
epiderme da raiz. Primeiro estas
substâncias têm de chegar ao xilema,
no cilindro central, onde constituem
seiva xilémica e só depois é que são
transportadas para outros órgãos da
planta.
A absorção da água ocorre por
osmose, o que implica que a raiz
esteja hipertônica em relação ao solo.
A entrada de iões para as células da
raiz ocorre normalmente por
transporte ativo (mas também pode
ocorrer por difusão (a favor do
gradiente)), o que cria uma
diminuição do potencial hídrico e
consequentemente, a água entra por
osmose de forma passiva. Quando a
água chega ao xilema da raiz,
origina-se um aumento do potencial
hídrico, que faz ascender as
moléculas de água, de modo a poder
ser utilizada por todas as restantes
células da planta. Esta hipótese é
apoiada pelo fenômeno de gutação
que consiste na saída de água pelos
hidátodos.
Neste processo a raiz assegura não
só a absorção da água como também
regula a entrada de iões de forma
seletiva, através de proteínas
específicas.
O movimento da água e dos sais
minerais até ao xilema pode ocorrer
por 3 vias:
● via apoplástica: paredes e
espaços intercelulares
● via simplástica: de célula em
célula através de
plasmodesmos
● via transmembranar: com
entrada e saída de cada célula,
atravessando a membrana
plasmática.
A passagem de água para o xilema,
no interior do cilindro central, só é
possível através do citoplasma das
células endodérmicas. A via
apoplástica fica bloqueada pela
suberina depositada nas paredes
destas células, o que as
impermeabiliza.
Transporte de seiva xilémica
modelo da pressão radicular
Na raiz a acumulação de sais
minerais no cilindro central cria um
gradiente de concentração que
permite a entrada de água para os
vasos xilémicos.
Como a endoderme não permite a
saída de água para o córtex a água
entra por osmose e é forçada a subir
no xilema em direção ao caule
A esta força gerada na raiz chama-se
pressão radicular.
*3
Gutação-> perda de água no estado
líquido através de hidátodos ou
estomas aquíferos nas margens da
folha. Normalmente ocorre a noite
onde a transpiração é reduzida e há
muita água disponível no solo.
Exsudação caulinar-> saída de seiva
xilémica quando se corta um caule. É
observável quando se realiza podas
tardias.
Modelo da adesão-coesão-tensão
1º transpiração
- o vapor de água difunde-se a
partir dos espaços húmidos da
folha para o ar atmosférico
mais seco através de estomas
- À medida que o vapor de água
se difunde para fora da folha,
mais água evapora das paredes
celulares das células do
mesofilo.as celulas da parede
celular criam uma tensão (
ficam plasmolisadas)
- A tensão do mesofilo puxa a
água dos vasos do xilema
2º coesão e adesão no xilema
- devido às forças de coesão e
adesão, as moléculas
mantêm-se unidas umas às
outras (coesão) e aderem às
paredes dos vasos (adesão),
formando uma coluna contínua
3º entrada da água que vem do solo
- A ascensão de água cria um
défice de água no xilema da
raiz, fazendo com que novas
moléculas de água passem para
o xilema, o que determina a
absorção ao nível da raiz e,
consequentemente, o fluxo de
água no solo para o interior da
planta
- Há assim um fluxo passivo de
água de áreas de potencial
hídrico elevado, a raiz, para
áreas de potencial hídrico mais
baixo, as folhas.
- É devido às forças
tensão-coesão-adesão que se
estabelece a chamada corrente
de transpiração. Neste sistema
a coluna de água tem de se
manter contínua. O movimento
bruços das plantas em dias de
ventania pode levar a
interrupção dessa coluna
ficando interpostas bolhas de
ar, quando isto acontece ou se
estabelece novamente a
continuidade ou o vaso
xilemático deixa de ser
funcional.
Transporte da seiva floémica
O transporte da seiva floémica ocorre
desde as fontes até aos sumidouros.
As fontes são órgãos que se
encontram em tecidos fotossintéticos
ou órgãos de reserva já maduros e os
sumidouros correspondem a órgãos
da planta em crescimento ativo ou
órgãos de reserva em
desenvolvimento.
-modelo do fluxo de massa sob pressão
1º- carga do floema
Os açúcares produzidos na
fotossíntese passam para o tubo
crivoso, por transporte ativo. O
aumento da pressão osmótica leva à
passagem da água do xilema para o
floema.
2º- Fluxo de massa
Junto à fonte, aumenta a pressão de
turgescência, o que força a
deslocação da seiva para locais com
menor pressão osmótica.
simultaneamente no floema junto ao
sumidouro as células têm menor
pressão de turgescência, são estas
diferenças de pressão que
determinam um fluxo de massa em
direção ao sumidouro.
3º- Descarga do floema
Ocorre a saída de sacarose (devido a
p.t) do floema para locais de consumo
ou reserva por transporte ativo
4º- Com a saída da sacarose dá-se a
diminuição da pressão osmótica,
água regressa ao xilema, por
osmose.*4
anabolismo e catabolismo
o metabolismo é o conjunto de
reações químicas da célula ou
organismo. As reações que ocorrem
nas células são integradas em vias
metabólicas. Estas são um conjunto
de reações em que uma substância é
transformada por etapas sucessivas.
 da presença de oxigênio, os
ANABOLISMO CATABOLISMO seres vivos podem ser:
● Aeróbios obrigatórios:
-síntese de - degradação de
moléculas moléculas mais seres eucariontes (como
complexas a partir complexas em mais animais e plantas e
de mais simples simples algumas bactérias) só
sobrevivem com a
-consumo de -libertação de presença de oxigênio
energia energia
● Anaeróbios obrigatórios:
-reações de -Reações de muitas bactérias
condensação hidrólise intolerantes à presença
de oxigênio
-Associação de -Associação a
reacções reacções
endoenergéticas exoenergéticas ● Anaeróbios facultativos:
As leveduras (tipo de
conjunto de conjunto de fungo unicelular)
reações em que reações em que os tolerantes à falta de
são sintetizados compostos
compostos orgânicos são
oxigênio
complexos degradados

Os seres autotróficos produzem os

seus compostos orgânicos a partir de
matéria mineral, os heterotróficos
dependem de matéria orgânica de
outros seres vivos. Num e outro caso
as vias metabólicas libertam energia
de forma faseada, que fica acumulada
em moléculas ATP.
a degradação de compostos
orgânicos implica:
Fermentação
1º etapa-> glicólise
degradação de glicose em
ácido pirúvico/piruvato;
Produção de 2 ATP por cada
molécula de glicose oxidada e
implica a presença de NAD+
que é reduzido em NADH;

Como o NADH seria prejudicial

● descarboxilação: reação em
para as células, as reações
que um composto perde um
seguintes à glicólise permitem a
átomo de carbono, na forma de
restituição da forma oxidada
CO2 que se liberta
NAD+.
posteriormente para o meio
● oxidação: reação em que um
2º etapa-> Redução do ácido
composto perde eletões, que
pirúvico
serão recebido por aceitadores
de eletrões-NAD+ e/ou FAD
NADH é usado para reduzir o
piruvato que é o aceitador final
As vias catabólicas são classificadas:
dos eletroes de NADH que fica
oxidado em NAD+ (podendo ser
● respiração aeróbia- o aceitador novamente utilizado para
final é o oxigênio oxidar glicose);
Produção de compostos
● respiração anaeróbica- Os orgânicos;
aceitadores finais são
compostos inorgânicos
diferentes de oxigênio

● fermentação- o aceitador final

de eletrões é um composto
orgânico (piruvato)
sem O2
produz ATP através da oxidação
incompleta da glicose
Acontece no hialoplasma das
células (citosol)
ex: pão, vinho, iogurte

Relativamente à dependência
fermentação alcoólica: realizado por
leveduras em situações sem o2.
piruvato é descarboxilado, com
libertação de CO2 e o composto
formado (acetaldeído) é reduzido a
etanol.
ps: 2 etanol;
aceitador final de ê acetaldeído;
ácido pirúvico é oxidado com a
libertação de 2 CO2;
fermentação lática: é realizada por
bactérias láticas e por células
musculares quando privadas de o2.
piruvato é reduzido a lactato
ps:
2 lactato;
redução de ácido pirúvico é o
aceitador final de ê e h+ ;
Respiração Aeróbia
São oxidados compostos orgânicos
com síntese de ATP na presença de
o2. O composto mais utilizado é a
glicose (produto final da fotossintese).
Nos seres eucariontes a respiração só
é possível devido às mitocôndrias
. É no seu interior que ocorrem etapas
fundamentais(glicólise; oxidação do
piruvato, com formação de acetil-CoA,
cliclo de Krebs e fosforilação
oxidativa).
etapas:
1º- glicólise
● metabolização de glicose,C6 e 2
piruvatos
● Realiza-se na presença/
ausência de o2
● 10 reações
fase da ativação
Fornecimento de energia da
hidrólise de 2 moléculas de ATP
à glicose para que se torne
ativa e se dê início a
degradação.
fase de separação
Há separação em 2 moléculas
de gliceraldeído-3-fosfato (G3P),
uma triose (C3).
Fase de rendimento
As trioses sofrem fosforilação
(ligação a um grupo fosfato) e
oxidação (perde eletrões para o
NAD+ que passa a NADH).
Algumas são exoenergéticas,
permitindo formar 4 moléculas
de ATP por cada glicose. O
produto final são duas
moléculas de piruvato.
2º-oxidação do piruvato
Na presença de O2 o piruvato
formado anteriormente é
transportado do citosol para a
matriz mitocondrial, onde sofre
uma descarboxilação e é
oxidado e ligado a coenzima A
(CoA) formando acetil-coenzima
A (acetil-CoA).
3º- Ciclo de Krebs
Cada molécula de acetil-CoA entra
num ciclo de reações ligando-se a um
composto inicial que é regenerado no
final do ciclo. Uma vez que cada
molécula de glicose origina 2 de
acetil-CoA para que a molécula de
glicose seja totalmente oxidada as
reações deste ciclo tem de ocorrer 2
vezes.Este ciclo ocorre na matriz
mitocondrial.
total:
● 6 NADH
● 2 FADH2
● 2 ATP
● 4 CO2
Através de oxidações sucessivas a
glicose é oxidada até CO2 (pobre em
energia). No entanto, os eletrões
transferidos para NADH e FADH2 são
muito ricos em energia que será
aproveitada para a seguinte
respiração aeróbia.
4º- Fosforilação Oxidativa
Os eletrões de NADH e de FADH2
(ricos em energia) são transferidos
para a cadeia transportadora de
eletrões onde no final da cadeia os
eletrões e protões reagem com O2 e
formam água. Durante esta etapa há
síntese de ATP (objetivo de todo o
processo)
etapas:
1º-
O NADH e o FADH2 são oxidados,
liberando elétrons para proteínas
específicas da cadeia respiratória. Os
eletrões numa série de reações de
oxidação-redução, passam para
transportadores com afinidade
eletrônica cada vez maior até ao O2
(aceitador final de elétrons). A
redução de O2 leva à formação de
água.
2º-
Ao fluírem para a cadeia respiratória,
os eletrões vão perdendo energia que
é utilizada para alguns
transportadores bombear os protões
para o espaço intermembranar da
mitocôndria criando um gradiente de
concentração de protões.
3º-
O gradiente criado impulsiona a
difusão de protões de regresso à
matriz através da ATP sintase. Como
essa difusão de protões reduz o
gradiente de concentração é
libertada energia que é usada para
fosforilação de ADP gerando ATP
(quimiosmose).
● todos os processos ocorrem em
simultâneo
● 28 ATP
Balanço energético da
respiração aeróbia
O balanço energético da respiração
aeróbia varia de acordo com o tipo de
células em que esta ocorre, como as
hepáticas ou as cardíacas, que
necessitam de maior porte energético
comparativamente a outras células.
Desta forma, o balanço final varia
entre 36 ATP e 38 ATP, por cada
molécula de glicose degradada. A
maioria do ATP é formado ao longo da
cadeia de transporte de eletrões,
devido às fosforilações oxidativas que
aí ocorrem, sendo apenas uma
pequena parte formada na glicólise e
no ciclo de Krebs.
glicólise: 6 ATP
2 NADH
oxidação do piruvato: 2,NADH
6 ATP
ciclo de Krebs: 4 ATP
6 NADH
2 FADH2
fosforilação: 18 ATP
- Comparação da respiração
Aeróbia e da Fermentação -
 ● Abertos: o sangue banha
—---------- R.A Fermentação diretamente as células,
abandonando os vasos e
ocupando lacunas. Nestes
Função Produção de AtP a partir de casos não há distinção
compostos orgânicos entre o sangue e o fluido
intersticial, designando-se
por isso hemolinfa. É
Substrato Glicose característico de insetos.
inicial

Localização Citosol: Citosol: A hemolinfa é bombeada da região

e etapas glicólise glicólise e
redução do
posterior para a anterior do corpo
Mitocôndria: piruvato por contração de um vaso dorsal
formação de (como um coração tubular), a
Acetil-CoA; hemolinfa flui para vasos de menor
ciclo de dimensão que a libertam nas lacunas.
Krebs e
fosforilação A hemolinfa regressa ao coração
oxidativa através de ostíolos. Estes fecham, o
coração contrai e a hemolinfa passa,
Presença de Precisa Não precisa através das válvulas internas, para as
O2 artérias dorsais, fluindo destas para
as lacunas. A hemolinfa circula num
Produtos H2O e CO2 Lática: Lactato só sentido.
finais
Alcoólica:
etanol e CO2
● Fechados: todo o percurso
Oxidação completa incompleta do sangue é feito dentro de
Glicose vasos. Este sistema
apresenta eficácia de
Balanço 38 por 2 por molécula distribuição de oxigênio e
Energético molécula de de glicose de nutrientes às células,
glicose
muito superior ao sistema
Organismos presente em procariontes aberto. O fluido circulante
plantas, mas pode denomina-se sangue. Este é
animais e ocorrer em distribuído por todo o
eucariontes eucariontes organismo através de
capilares sanguíneos. O
sangue circula num só
sentido.

Sistemas de transporte
Nos animais sem sistema de Vantagens e desvantagens do aberto
transporte todas as suas células
contactam facilmente com o meio
externo. Característico de esponjas, Vantagens:
animais com cavidade gastrovascular
e endoparasitas.
Nos animais com sistema de ● reduzidos gastos energéticos
transporte tem um ou mais órgãos para bombear o fluido
propulsores, vasos e fluido circulante.
Têm como função:
- transportar nutrientes e produtos Desvantagens:
de excreção, ● menor eficácia nas trocas com
-comunicam entre as células e defesa os tecidos
do organismo ● podem condicionar a taxa
- Assegurar o transporte de O2 e CO2 metabólica e limitar a atividade
do organismo.

SISTEMAS
Sistema de transporte nos onde não há mistura de sangue.

vertebrados —
Os vertebrados têm sistema de
transporte fechado.Independente do
tipo de vertebrado, a circulação do
sangue obedece sempre a:
- O sangue sai do coração por
contração de um ventrículo
- Através de artérias o sangue
chega aos tecidos onde estas
se ramificam em capilares
permitindo as trocas com as
células.
- As veias conduzem o sangue
para outra cavidade cardíaca,
uma aurícula.
- A contração da aurícula leva o
sangue para o ventrículo
fechado do circuito.
Circulação simples nos peixes
O coração é constituído apenas por
duas cavidades, uma aurícula e um
ventrículo, nos quais passa somente
sangue venoso e apenas uma vez no
decorrer de cada circulação.
O sangue venoso, oriundo dos
diferentes órgãos, entra na aurícula.
Esta contrai-se e impele o sangue
para o ventrículo. A contração do
ventrículo faz o sangue progredir até
ao cone arterial e daqui até às
brânquias, onde é oxigenado (passa a
sangue arterial), e daqui segue para a
aorta dorsal que se ramifica para
todo o corpo, onde após realizadas as
trocas de substâncias, regressa ao
coração.

A pressão sanguínea nos peixes é

peixes vertebrados baixa o que favorece as trocas a nível
restantes das brânquias, no entanto a
velocidade de circulação do sangue é
(anfíbios, aves...) baixa o que se traduz num transporte
pouco eficiente de nutrientes e O2 até
circulação circulação dupla
as células
simples, em cada em que existe 2
circuito circuitos:
completo o Esta circulação tem a vantagem de
sangue só passa -circulação consumir menos energia
uma vez pelo pulmonar: o
coração, nele sangue circula
apenas circula entre o coração
sangue venoso e o pulmão

-circulação
sistêmica: o
sangue circula
entre todos os
restantes órgãos Circulação Dupla e Incompleta nos
do corpo e o anfíbios
coração
O coração apresenta três cavidades,
duas aurículas e um ventrículo. O
vertebrados com circulação dupla: sangue passa duas vezes no coração:
uma para iniciar a circulação
A aurícula direita recebe sangue sistémica (sangue arterial) e outra
venoso que regressa ao coração para iniciar a circulação pulmonar
durante a circulação sistêmica e a (sangue venoso), podendo ocorrer
esquerda que recebe sangue arterial mistura parcial dos dois tipos de
com origem nos pulmões. sangue.

O sangue venoso, proveniente das

dupla incompleta- apresentam 1
ventrículo onde se mistura sangue
venoso e arterial
dupla completa- existem 2 ventrículos
várias partes do corpo, entra na
aurícula direita. Esta, por contração,
impele o sangue para o único
ventrículo. Por contração do
ventrículo, o sangue segue para a
artéria pulmonar que se divide em
dois ramos, um para os pulmões e
outro para a pele, onde é oxigenado.
Regressa ao coração pelas veias
pulmonares entrando na aurícula
esquerda. Esta contrai enviando o
sangue para o ventrículo que, por sua
vez, também vai contrair e bombear o
sangue para a artéria aorta, que se
ramifica, fazendo chegar o sangue a
todas as zonas do corpo. O sangue
regressa ao coração pela aurícula
direita.
Pele e pulmões são superfícies
respiratórias onde se realizam trocas
com o exterior. O sangue circula em
grande velocidade e pressão.
O facto de ter só um ventrículo pode
ser uma vantagem quando o anfíbio
esta debaixo de água pois permite
fechar a maior parte do seu fluxo de
sangue para os pulmões e manter a
circulação para a pele.
Circulação dupla e completa nas
aves/mamíferos
O coração apresenta quatro
cavidades, duas aurículas e dois
ventrículos, não existindo, em
condições normais, possibilidade de
mistura de sangue arterial e sangue
venoso. O sangue venoso, proveniente
de todas as partes do corpo, entra
pelas veias cavas na aurícula direita.
Esta contrai-se impulsionando o
sangue para o ventrículo direito, que
vai também contrair impelindo o
sangue para a artéria pulmonar. O
sangue segue até aos pulmões onde é
arterializado. Regressa ao coração,
através das veias pulmonares,
entrando na aurícula esquerda. Esta
vai contrair e obrigar o sangue a
seguir para o ventrículo esquerdo.
Daqui, por contração do ventrículo, o
sangue é impulsionado para a artéria
aorta, que se ramifica e faz chegar o
sangue arterial a todas as partes do
organismo. Após as trocas
necessárias que ocorrem a nível dos
capilares, o sangue regressa ao
coração, reiniciando-se o ciclo.
contraem: sístole —- pressão sistólica
relaxa: diástole —- pressão diastólica
num ciclo cardíaco
Miocárdio mais espesso do lado
esquerdo devido a pressão do sangue
nas artérias sistêmicas.
baixa pressão-> facilita trocas
gasosas os pulmões
alta pressão-> o sangue transporta
O2 e nutrientes até aos tecidos
VASOS SANGUÍNEOS
● Os vasos sanguíneos
apresentam diferentes
características estruturais
consoante a sua localização e
função. Desta forma, a parede
dos vasos capilares é muito
fina, constituída por uma só
camada de células o que
permite a troca de substâncias.
Por outro lado, as artérias têm
uma parede espessa e elástica,
uma vez que têm que suportar
grandes pressões de
bombeamento de sangue. As
veias têm paredes flácidas,
menos espessas que as das
artérias.
● O coração, como órgão
propulsor muscular, gera
pressão que permite criar fluxo
sanguíneo. Para além disso,
possui válvulas
auriculoventriculares e arteriais
(à entrada das artérias aorta e
pulmonar), que determinam o
sentido do fluxo e evitam o
retrocesso do sangue no
sistema circulatório.
● A pressão sanguínea é máxima
nas artérias, diminui ao longo
das arteríolas e dos capilares,
sendo mínima nas veias cavas.
● Uma vez que a pressão nas
veias é mínima, o movimento do
sangue nestes vasos é possível
graças a mecanismos que
permitem o regresso do sangue
ao coração, nomeadamente:
● Válvulas interiores que
impedem o retrocesso da
corrente sanguínea;
● Músculos esqueléticos que
rodeiam as veias e que ao
contraírem exercem
compressão sobre estas,
movimentando o sangue que
nelas circula;
● Movimentos respiratórios;
 ● Diminuição da pressão nas
aurículas durante a diástole
(exerce uma ação de sucção
sobre as veias).
Fluidos circulantes
Sangue
O sangue é constituído por uma
fração líquida, o plasma, constituído
por água e no qual se encontram em
suspensão, proteínas e outras
substâncias transportadas, assim
como a fração sólida ou elementos
celulares
(hemácias/eritrócitos/glóbulos
vermelhos – transporte de dióxido de
carbono e oxigénio;
leucócitos/glóbulos brancos – defesa
do organismo; plaquetas –
coagulação).
o sangue não contacta diretamente
as células. Apesar de uma parte
considerável de água e solutos do
plasma conseguirem atravessar as
finas paredes dos capilares formando
fluido intersticial
Este facilita a chegada dos nutrientes
às células e a remoção dos produtos
de excreção.
A saída de plasma dos capilares para
os tecidos adjacentes e o seu regresso
aos capilares venosos é condicionado
por um balanço de forças contrárias.
A pressão sanguínea força a saída de
plasma dos capilares mas a presença
de proteínas gera uma pressão
osmótica favorável à entrada de fluido
nos capilares.
parte do fluido não regressa aos
capilares existindo o sistema linfático
que transporta o excedente de volta
ao sistema circulatório.
O sangue a linfa e o fluido intersticial
são componentes que permitem às
células está diretamente em contacto
com o meio externo
trocas GASOSAS
Todos os seres vivos aeróbios necessitam
de um fluxo constante de oxigénio para o
interior das células e de uma eliminação
eficaz, para o exterior, do dióxido de
carbono que se forma como produto das
reações metabólicas.
Nas plantas
A epiderme das plantas está coberta
por uma substância cerosa que forma
as cutículas e impede a perda da
água e também as trocas gasosas.
Através de estomas ocorre as perdas
de água por transpiração foliar e
todas as trocas gasosas das plantas.
Os estomas para além de localizados
nas folhas também podem entrar em
caules verdes.
Os estomas apresentam um par de
células especializadas (células
estomáticas/células-guarda)que
delimitam o ostíolo (abertura). Este
coloca a planta em contacto com o
meio externo. Todo este conjunto
encontra-se rodeado pelas células de
companhia/anexas.
As células guarda possuem
cloroplastos e são mais espessas
junto ao ostíolo. Quando estas ficam
túrgidas as paredes opostas ao
ostíolo expandem e deformam as
células (são mais elásticas) o que
provoca a abertura dos estomas.
O grau de turgescência é
determinado pela pressão osmótica,
esta depende da concentração de
iões
O transporte de K + para o interior
das células guarda é um processo
que ocorre contra as células guarda
que provoca o aumento da pressão
osmótica, isso origina a entrada da
água para as células guarda que
ficam túrgidas e que por sua vez abre
o ostíolo. A diminuição de K+ leva a
que as células percam água e fiquem
flácidas e isso tem como
consequência o fecho dos estomas.
Os estomas normalmente fecham a
noite para economizar água e abrem
durante o dia para permitir a fixação
de CO2 pela fotossíntese.
A luz permite a entrada de K+ por
transporte ativo para as
células-guarda o que conduz a
abertura do ostíolo durante o dia
No período diurno vê-se a perda de
água por transpiração através dos
estomas. Se a planta tiver em stress
hídrico irá evitar a perda de água.
A noite a saída de k+ por difusão leva
ao fecho do ostíolo.
NOS ANIMAIS
Os animais apresentam superfícies
respiratórias (estruturas para efetuar
as trocas gasosas) em que o O2 entra
e o CO2 sai do organismo.
- são estruturas com espessura
reduzida, em alguns casos
constituídas apenas por 1
camada de células
- estão sempre húmidas para
permitir a difusão de gases
através das membranas
- apresentam uma grande área
de contacto entre o meio
interno e externo
- são muito vascularizadas(seres
com sistema fechado)
Difusão direta: ocorre quando existe
uma troca direta de gases
respiratórios entre a superfície
respiratória e as células. Ex. Insetos.
Difusão indireta: ocorre quando as
trocas gasosas são intermediadas por
um fluido circulante, ou seja, os gases
respiratórios passam da superfície
respiratória para o fluido circulante e
deste para as células. Ex. Minhocas e
vertebrados.
Na difusão indireta as trocas gasosas
designam-se hematose. Como o O2 se
dissolve mal na água, apenas uma
pequena quantidade pode ser
transportada em solução nos fluidos.
Alguns animais possuem proteínas
específicas no transporte de O2 até
ao seu armazenamento. Estas
proteínas apresentam colorações-
pigmentos respiratórios.
Tegumento
hidra; planária;
O O2 e CO2 fundem-se diretamente
entre o meio externo e as células
atravessando o tegumento, nestes
animais as trocas gasosas realizam-se
por difusão direta.
O tegumento corresponde à
superfície corporal onde ocorrem as
trocas gasosas por difusão indireta,
como é o caso das minhocas, anfíbios.
Neste caso, a superfície do corpo é
fortemente vascularizada e os gases
respiratórios atravessam a
pele,(hematose cutânea) penetram no
sistema circulatório, dissolvem-se no
fluido circulante que irriga todo o
organismo, chegando desse modo a
todas as células do animal. o CO2
efetua o percurso inverso.
- as glândulas mucosas permitem
que a pele esteja sempre
húmida
- a rede de vasos sanguíneo
favorece a difusão dos gases
Traqueias
Estas encontram-se nos insetos e
consistem numa rede de tubos –
traqueias, por onde circula o ar, que
entra pelos orifícios existentes à
superfície do corpo – os espiráculos.
Esta rede vai-se ramificando em
canais mais finos – traquíolas, ao
longo do corpo. As trocas gasosas
realizam-se por difusão direta sem
necessidade de uma ventilação ativa.
Nos insetos voadores o consumo de
O2 é > e existe sacos aéreos que
facilitam a ventilação.
Apesar dos insetos terem sistema
aberto e não terem pigmentos
apresentam elevadas taxas
metabólicas pois os tecidos estão em
comunicação direta com o ar e as
trocas gasosas são muito eficientes.
Brânquias
As brânquias constituem os órgãos
respiratórios dos animais aquáticos
(os peixes, moluscos, crustáceos). Em
seres maiores e mais complexos a
necessidade de aumentar a superfície
de contacto com o meio levou à
formação de evaginações com
sistema de difusão indireta. Nestas
Brânquias ocorre a hematose
branquial.
Brânquias externas- são extensões da
superfície externa. A livre circulação
de H2O em seu redor torna
desnecessário um sistema de
bombeamento o que poupa energia.A
desvantagem é que dificulta a
locomoção e podem ser danificadas
Brânquias internas- Estão alojadas no
interior do animal e por isso mais
protegidas mas tornam necessário o
bombeamento contínuo de água.
Brânquias nos peixes-Nos peixes
cartilagíneos como tubarões, raias, a
água entra pela boca ou espiráculos
percorre as brânquias e sai pelas
fendas branquiais.
Já nos peixes ósseos as brânquias
são formadas por lamelas branquiais
(filamento) e suportadas por arcos
branquiais (estrutura óssea). A água
entra pela boca percorre os
filamentos saindo por abertura junto
as brânquias, fenda opercular. A placa
óssea que protege as brânquias é o
opérculo.
- grande vascularização permite
uma grande superfície de
contacto entre o sangue a água
Os peixes ainda têm mecanismo de
contracorrente em que o sangue
irriga a superfície respiratória, circula
em sentido contrário ao fluxo da água
que percorre as brânquias. À medida
que o sangue avança capta cada vez
mais oxigênio pois encontra sempre
água com maior teor de gás. O
sangue vai empobrecendo em CO2
que se difunde para a água.
Pulmões
No caso dos vertebrados terrestres,
estes possuem pulmões
(invaginações), onde as trocas
gasosas ocorrem por difusão indireta.
Estes órgãos apresentam paredes
muito finas e vascularizadas onde
ocorre a hematose pulmonar.
A ventilação pulmonar é realizada
através de movimentos respiratórios.
A entrada de ar para o sistema
respiratório chama-se INSPIRAÇÃO
que é a expansão dos pulmões o'que
causa uma pressão negativa no seu
interior e força a entrada de ar
A saída de ar para o exterior
chama-se EXPIRAÇÃO que é a
diminuição do volume dos pulmões
com consequente aumento da
pressão e saída de ar.
ar rico em O2 -> + energia
metabólica-> adaptações a ambientes
diferentes
- aumento da superfície
respiratória
- ventilação mais eficiente
 - circulação sanguínea mais
eficaz
Nos ANFÍBIOS a superfície pulmonar
é insuficiente para as necessidades
do animal pelo que tem de recorrer a
respiração cutânea. A ventilação
pulmonar é realizada por músculos
associados à cavidade bucal, pois os
anfíbios não possuem costelas nem
diafragma.
da árvore brônquica -> alvéolos
Contribuem para a eficácia do
sistema respiratório pois aumenta a
superfície em que pode ocorrer
hematose e reduzem a barreira entre
ar e sangue.
maior superfície de hematose +
ventilação eficaz + circulação
completa = taxas metabólicas
elevadas e base do sucesso dos
mamíferos.

Nas AVES os movimentos de

inspiração e expiração são realizados
por músculos que levam a expansão
ou contração de sacos aéreos. O ar
inspirado desloca-se para sacos
aéreos posteriores, segue para os
pulmões e destes para sacos aéreos
anteriores de onde vai para o exterior. As trocas de gases entre os tecidos e
Desta maneira mesmo quando a ave o sangue ou entre o sangue e o ar
expira está a passar o ar oxigenado alveolar ocorre sempre por difusão.
pelos pulmões e o ar que entra numa Os eritrócitos contêm hemoglobina
inspiração só é expelido numa 2º que se ligam de forma reversível ao
expiração. O2. Quando nos alvéolos pulmonares,
o sangue está em contacto com o ar
rico em O2 este liga-se a hemoglobina
As estruturas localizadas no interior
que adquire a cor vermelha. Quando
dos pulmões onde circula o ar
o sangue chega aos tecidos, o O2
chamam-se parabrônquios (onde
dissocia-se da hemoglobina e vai pro
ocorre a hematose). Nos pulmões das
plasma onde se difunde para fora
aves não há mistura do ar inspirado
chegando aos tecidos.
com o ar que permaneceu nos
pulmões já empobrecido em O2.
A oxigenação dos tecidos é vital para
a obtenção de energia mas a
Nas aves:
remoção de CO2 também é
fundamental pois a sua acumulação
este sistema + circulação dupla alteraria o ph do sangue.
completa + mecanismo
contracorrente = elevadas taxas
metabólicas que suportam elevados
gastos energéticos durante o voo.

Nos SERES HUMANOS a ventilação

envolve mais músculos. A INSPIRAÇÃO
resulta da dilatação da caixa torácica
e dos pulmões a ela aderentes por
contração dos músculos intercostais
externos e do diafragma. A
EXPIRAÇÃO é passiva, resulta do
relaxamento desses músculos e da
elasticidade dos pulmões.

O ar entra pelas vias respiratórias

superiores -> traqueia -> ramificações