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Pontos Principais:
A reação em cadeia da polimerase, ou PCR, é uma técnica para
fazer muitas cópias de uma região específica do DNA, in vitro (em um
tubo de ensaio, ao invés de um organismo).
O que é PCR?
A reação em cadeia da polimerase (PCR) é uma técnica
rotineira de laboratório usada para fazer muitas cópias (milhões
ou bilhões) de uma região específica do DNA. Essa região do
DNA pode ser qualquer objeto de interesse do pesquisador. Por
exemplo, pode haver um gene cuja função o pesquisador queira
compreender ou um marcador genético usado pelos cientistas
forenses para correlacionar o DNA da cena do crime com os
suspeitos.
Tipicamente, o objetivo da PCR é fabricar quantidade suficiente
da região de interesse do DNA, de modo que essa possa ser
analisada e utilizada de alguma outra maneira. Por exemplo,
DNA amplificado por PCR pode ser enviado
para sequenciamento, visualizado por eletroforese em gel,
ou clonado em plasmídeo para futuros experimentos.
A PCR é usada em muitas áreas da biologia e medicina,
incluindo pesquisa em biologia molecular, diagnósticos médicos
e mesmo alguns ramos da ecologia.
Taq polimerase
Assim como a replicação de DNA em um organismo, a PCR requer
uma enzima DNA polimerase que faça novas fitas de DNA usando as
existentes como moldes. A DNA polimerase tipicamente usada na
PCR é chamada de Taq polimerase, em homenagem à bactéria
resistente ao calor da qual ela foi isolada (Thermus aquaticus).
Primers de PCR
Como outras DNA polimerases, a Taq polimerase consegue fabricar
DNA somente quando lhe é dado um primer, uma sequência curta de
nucleotídeos que fornece um ponto de partida para a síntese de DNA.
Em uma reação de PCR, o pesquisador determina a região do DNA
que será copiada, ou amplificada, pelos primers que ela ou ele
escolher.
Isso porque não é apenas o DNA original que é utilizado como molde
a cada vez. Ao invés, o novo DNA feito em uma rodada pode servir de
molde na próxima rodada de síntese de DNA. Há muitas cópias dos
primers e muitas moléculas de Taq polimerase flutuando pela reação,
então o número de moléculas de DNA pode aproximadamente dobrar
a cada rodada do ciclo. Esse padrão de crescimento exponencial é
mostrado na imagem abaixo.
Coluna esquerda: Escada de DNA com bandas de 100, 200, 300, 400,
500 pb.
Aplicações da PCR
Através da PCR, uma sequência de DNA pode ser amplificada
milhões ou bilhões de vezes, produzindo cópias suficientes de DNA
para serem analisadas por outras técnicas. Por exemplo, o DNA pode
ser visualizado por eletroforese em gel, enviado para sequenciamento,
ou digerido por enzimas de restrição e clonado em um plasmídeo.
Primeira faixa: Escada de DNA com bandas de 100, 200, 300, 400, e
500 pb.
Mas para que esse processo ocorra, é preciso que o código genético da célula
inicial também seja duplicado. Assim, as novas células irão possuir o mesmo
código genético! Todo esse processo é chamado replicação do DNA e ocorre
antes da divisão celular propriamente dita. Mas não pense que a geração dessa
nova cópia de DNA seja algo simples. Na verdade, várias etapas são
necessárias com a participação de diversas estruturas celulares e enzimas,
como as DNA-polimerases.
A DNA-polimerase é o ponto-chave que une a técnica de PCR ao processo de
replicação que ocorra em nossas células. Nosso DNA é composto por uma
dupla fita que contém as informações genéticas de todo nosso corpo.
Basicamente, no processo de replicação essa dupla fita é separada dentro da
célula, produzindo duas fitas simples. Então, a enzima DNA-polimerase
“constrói” fitas complementares a cada uma das fitas simples, dando origem a
novas duas fitas duplas exatamente iguais. Agora, nossa célula está apta a se
dividir fisicamente, gerando duas células que compartilham do mesmo código
genético.
A PCR em Tempo Real é uma variação da técnica de PCR, a qual permite que
a amplificação e detecção dos fragmentos ocorram simultaneamente.
O resultado é visualizado em tempo real durante o processo, com a vantagem
de conseguir gerar resultados quantitativos com maior precisão.
Para que seja possível quantificar, nessa variação da técnica é utilizada uma
sonda fluorescente na reação. Assim, à medida que a porção do DNA é
copiada, a sonda vai emitindo uma fluorescência que é captada por um
equipamento. A depender da intensidade da fluorescência, consegue-se
mensurar se o gene de estudo está com sua expressão elevada ou não.
No Grupo Diagnose, contamos com a técnica de PCR e qPCR para uma ampla
variedade de patologias, sempre para garantir os melhores e mais confiáveis
diagnósticos.
O estudo surgiu na década de 80 por Kary Banks Mullis, uma biotecnóloga que
realizou uma síntese a partir de enzimas de restrição com ácidos nucleicos
copiados para garantir uma fragmentação do DNA. O propósito central da
técnica de PCR é justamente ampliar uma área específica do DNA e desenvolver
outras moléculas semelhantes somente com o uso de uma composição como
cobaia. Essa amplificação é chamada assim porque as enzimas de restrição são as
polimerases.
Mas para que a técnica de PCR funcione, é preciso seguir alguns passos para que
as cópias apresentem uma sequência correta de acordo com a especificação.
Entenda melhor a seguir:
Etapas da PCR
Extração
Desnaturação
A desnaturação é dividida em duas partes. Para que essa etapa da técnica de PCR
funcione, o manipulador deve adicionar uma base nitrogenada composta por um
três fosfato, os oligonucleotídeos (conhecidos como primers, que são as fitas do
DNA A,T, C e G) e a polimerase que será usada para promover a reação. A
mistura deve ser feita para que o DNA consiga se adequar à consistência e
absorva adequadamente as informações genéticas dos outros três materiais.
Anelamento
Das etapas da PCR, o anelamento é a que vai ocorrer a união das fitas de DNA
(primers) em cada lado complementar. A partir daí, o trabalho de amplificação
começa, uma vez que o molde da nova molécula cresce por conta da combinação
dessas complementações. O anelamento ocorre durante o resfriamento no
termociclador e, após esse período, o aparelho volta a se aquecer para que a
polimerase atue na composição.
Polimerização
Para se chegar a uma amplificação com nível considerável, são necessárias várias
repetições desse processo, com até 30 ciclos refeitos para que a nova molécula se
estruture corretamente.
PCR, qPCR, RT-qPCR… Sopa de
letrinhas científica?
16 de março de 2021
#Ciência et al. (Especiais temáticos repletos de informações científicas)
O que são essas siglas e quais as diferenças entre as várias
técnicas de PCR? E o que elas têm a ver com a COVID-19?
DESTAQUES:
– Siglas como PCR, qPCR, RT-PCR e similares estão presentes na mídia, mas é importante saber o q
elas significam;
– A técnica de PCR foi criada em 1983 e rendeu um prêmio Nobel em 1993;
– Essas técnicas permitem a identificação de qualquer fragmento de material genético escolhido, a p
da produção de grandes volumes desse fragmento;
– A qPCR permite a avaliação da quantidade de material genético sendo produzida em tempo real, co
uso de sondas fluorescentes;
– A RT-PCR é utilizada quando o material de interesse é o RNA, e não o DNA;
– Essas técnicas podem ser usadas para o diagnóstico preciso de doenças como COVID-19.