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Introdução ao controle de infecção

- Introdução
- É considerado assistência a saúde todos os procedimentos médicos,
ambulatoriais, serviços de hemodiálise ...
- O objetivo é prevenir e controlar infecções nesses locais que fornecem
cuidado ou assistência a saúde do paciente.

- Infecção
- Infecção é o processo que tem a invasão e multiplicação de microrganismos
patogênicos, promovendo uma doença no paciente.
- Geralmente essa doença acontece não só pela invasão de microrganismo,
mas também pela queda do sistema imune.
- Toda infecção promove resposta de defesa. E quando essa defesa está
comprometida, esses microrganismos conseguem se reproduzir e invadir com
maior facilidade os tecidos, promovendo uma doença infecciosa.
-Infecção relacionada a assistência à saúde é a infecção adquirida após o
paciente ser atendido.

- Comissão do controle de infecção


- Desde 1997 criou-se a comissão de controle de infecção e odontologia da
FO-UFG.
• Membros:

• Reuniões semanais
- No processo de pandemia esse grupo de professores se reuniram para
estruturar o protocolo.
- Planejamento das medidas do retorno começou desde abril de 2020
- A comissão tem papel técnico cientifico
- Vale a execução da direção, mas ela se responsabiliza pelos problemas que
podem acontecer.
- O papel da CCIO é apoiar a gestão
- A denúncia ou a reclamação tem que ser feita para a comissão de controle de
infecção, mas eles passam o problema a direção. E quem fiscaliza é o
coordenador da disciplina clínica/ é o diretor da FO.
• Documento
- A comissão elaborou um documento
- Planejou momentos de capacitação para que as aulas práticas pudessem
voltar

• Principais desafios

• Pontos importantes

• Avaliação da implementação das recomendações:


Central de Material e Esterilização
- CME é uma unidade de apoio técnico, que tem por finalidade fornecer e
processar os produtos para saúde que vão esterilizado nesse estabelecimento.
- Tem a missão de fornecer o material em condição de uso, para garantir que o
procedimento não coloque o paciente em risco.
- O CME obedece a RDC 15, que normatiza como tem que ser a infraestrutura,
os recursos humanos e os recursos materiais.
• Unidade de apoio técnico que tem por finalidade processar e fornecer
produtos para a saúde a serem utilizados nos estabelecimentos de
assistência a saúde (EAS) (ANVISA – RDC 15)
• Deve conter: infraestrutura física, recursos humanos e recursos
materiais
- Obedece também a RDC 50, que é uma resolução que falas das estruturas
físicas.
- Estrutura física
- Tem que haver uma área mínima da área hospitalar que temos que aplicar
para odontologia.
- CME tem que ter pia funda, pistola de jato de água, ar comprimido ...

- História CME

• Século XVIII – assistência social, ajuda aos pobres


• Final do século – tratamento e cura dos doentes clínicos
• Início do século XIX – cirurgias inevitáveis – amputação de membros,
drenagem de abcessos, extirpação de tumores
• Dor hemorragia, infecção
- Os instrumentais foram criados com a necessidade do procedimento, junto
com o profissional e quem produzia o instrumento.
- Criação de novos instrumentos que melhorasse acesso
- Com instrumento mais delicado e caro, começaram a designar uma pessoa
para limpeza, inspeção, conservação, acondicionamento, guarda, esterilização
e controle. Para isso usaram os porões para fazer esse trabalho.
- Final do século XX – cirurgias e instrumentais complexos
-
- CME centralizada: todos os processos são feitos no mesmo lugar. Processo
de limpeza, secagem, empacotamento, inspeção, esterilização,
condicionamento, guarda.
- CME semi-centralizado: O processo de limpeza é feito fora da central, e as
demais etapas são feitas no mesmo lugar na central.
- CME descentralizada: todos os processos acontecem em lugares diferentes.
- Estudos mostram que o CME centralizado tem mias economia e qualidade.
Porque tem o controle e a padronização do processo.
- O CME semi-centralizado pode fazer isso, desde que tenha o treinamento do
pessoal que faz a realização.
- A RDC 15 traz a CME tipo I e tipo II:

• Tipo I: central que tem artigos com uma complexidade menor


• Tipo II: Tem o complexo. Da odontologia se classifica aqui, por causa de
alguns artigos.
- Segundo o estudo que ela fez, o CME de instituições públicas de ensino
odontológico apresenta a maioria o CME semi-centraliazdo.
- Isso geralmente acontece porque o material é do aluno, e fica difícil pegar
todos essa materiais para lavar e processar. Precisa de mais funcionários e o
risco de perder o material é maior.
- Nesse sentido, vemos que não dar para fazer a centralização.
- O aluno precisa aprender a fazer a limpeza correta do material.
- Esterilização
- Sempre que tiver usado o material devo considera-lo contaminado
- Área suja é onde vai fazer na clínica, que é a etapa de limpeza e secagem.
- Quando o material chega no CME é feito uma inspeção ao olho nú

- Estrutura do expurgo
- Onde é feito a primeira etapa, e depois levar para CME
- Precisa de uma pia funda
- A lavagem Manuel é feita dentro do cesto vazado, e nele contem detergente
enzimático.
- Cuba ultrassónica
- Pia para lavagem de mãos
- É feita a inspeção a olho nú
-
- A CME é conjugada com uma lavanderia
- Fluxo: contaminado – processando – sai livre de contaminação

- Tem o local onde a roupa contaminada entra.


- Roupa é separada, pesada, lavar na maquina de barreira, retira, centrifuga,
seca e passa para CME. A CME vai dobrar, empacotar e esterilizar
- Tem dois acessos de área limpa (onde o funcionário chega)
- Para entregar material contaminado é a partir das 9h até as 15h. Volta abrir
as 15h até as 18h.
- Tem horário alternativo entre material contaminado e material esterilizado
- Osmose reversa é o equipamento que faz a filtragem da água que alimenta a
autoclave para esterilizar.
- 2 funcionários por período
-12h a primeira autoclave fecha, para conseguir entregar os materiais
esterilizados para a tarde
- Tem que ter o limite de no mínimo 2h para entregar o material esterilizado
- Pegar material esterilizado: 7h até as 11:30h, e só abre as 15h até 18h
- Cada trio deve ter sua caixa transportadora.
O aluno entra com a caixa limpa e desinfetada e coloca no armário. Vai no
guinche e pega o material esterilizado, coloca dentro da caixa e vai para
clínica.
Chegou na clínica, lava o instrumental depois e coloca na caixa para descer.
Quando entrega no guichê, borrifar o desinfetante de superfície na caixa e
realizar a desinfecção. Para depois colocar no armário.
-
Aula 2 – Limpeza e desinfecção de produtos para saúde 21/01/2022

Produtos pra saúde (PPS)

 Materiais utilizados para assistência em saúde.


 Podem ser passíveis de processamento.
 Matéria prima e conformação estrutural, que permite repetidos processos de limpeza, desinfecção ou
esterilização.
 Descartáveis ou permanentes.

PPS de configuração simples: superfícies internas e externas podem ser atingidas por escovação durante o processo
de limpeza e apresentam diâmetros superior a cinco milímetros nas estruturas tubulares;

PPS de configuração complexa: possuem lúmen inferior a cinco milímetros ou com fundo cego, espaços internos
inacessíveis para a fricção direta, reentrâncias ou válvulas.

Limpeza

Processo de remoção de sujidade orgânica e inorgânica, redução da carga microbiana presente nos PPS, utilizando
água, detergentes, produtos e acessórios de limpeza.

 Ação mecânica: manual ou automatizada (lavadoras ultrassônicas).


 Deve atuar em superfícies internas (lúmen) e externas, de forma a tornar o PPS seguro para manuseio e
preparado para desinfecção ou esterilização.
 Limpeza é o 1° passo do processamento: reduz até 4 log (106) de organismos contaminantes. Quantidade
suficiente para que a desinfecção ou esterilização consiga eliminar quantidade suficiente que não contamine
as pessoas (não zera a carga microbiana).
 Quanto mais limpo estiver o PPS, menores as chances de falhas na esterilização;

Objetivos da limpeza: remover sujidades e reduzir a quantidade de microrganismos; remover resíduos da parede
celular de Gram-; garantir a eficácia da desinfecção e esterilização.

Classificação de Spaulding

Define se o material vai ser desinfetado ou esterilizado depois da limpeza, de acordo com seu grau de contaminação.

 Materiais críticos: penetram as mucosas, através da pele, atingindo o sistema vascular e que possuem alto
risco para aquisição de infecção. Ex.: agulha, bisturi, cureta de periodontia, broca cirúrgica.
 Semicríticos: entram em contato com mucosas íntegras. Ex.: pinça de algodão, posicionador radiográfico,
espátula e insersor de ionômero de vidro, espelho bucal, broca.

 Não críticos: entram em contato apenas com a pele íntegra ou não entram em contato com pacientes e
apresentam baixo risco de transmissão de infecção. Ex.: aparelho de medir pressão, termômetros.

Obs.: materiais semicríticos mudam para críticos a partir do momento que entram em contato com sangue.

Detergentes enzimáticos

 Detergente de cozinha – tira sujidade grosseira, mas não reduz carga microbiana. Não pode ser usado.
 São compostos por enzimas, surfactantes e solubilizantes.
 Enzimas – para quebrar proteínas, carboidratos, lipídeos da matéria orgânica.
 Fazem quebra/degração.
 Proteases, lipases e amilases, as quais tendem a solubilizar-se e desprender dos PPS.
 Surfactante – desfazer interações químicas dos compostos orgânicos.
 Solubilizantes – destacar matéria orgânica do PPS.
 Combinação balanceada desses elementos faz com que seja possível remover a matéria orgânica do material
em curto período de tempo (definido pelo fabricante). Varia de 3 a 5 minutos.
 Excelente ação de limpeza, mas não possuem atividade bactericida e bacteriostática. Não mata nem
controla reprodução bacteriana.
 Detergentes enzimáticos são importantes principalmente para materiais de configuração complexa. Produto
ajuda a descolar matéria orgânica em áreas de difícil acesso da escova.

 Promove a remoção da matéria orgânica em curto período de tempo através da ação de enzimas, facilitando
sua remoção;
 Facilita a limpeza de locais de difícil acesso ou lúmen estreito;

Importante: todas as superfícies do material necessitam estar em contato com a solução do detergente (interna e
externa) - aberturas de pinças, desmontar PPS complexos e preenchimento de lúmens para melhor remoção dos
resíduos – não deixar parte do PPS imersa e outra parte sem contato.

 Seu uso não substitui a fricção dos PPS durante o processo de limpeza

Os materiais não devem ficar expostos a solução por tempo prolongado (muitas horas, dias), pois proteínas do
detergente podem se tonar nutrientes para os microorganismos presentes na solução além de efeitos deletérios
sobre a superfície do metal;

Como usar:

 Verificar modo de diluição, o prazo de validade após a diluição, o tempo de imersão, temperatura da água e
o método de utilização do produto - fabricante;
 A troca da solução deve ser feita, idealmente a cada uso, para evitar que a saturação da solução causada
pelo excesso de matéria orgânica desprendida reduza eficiência;
 Privilegiar o uso de recipientes pequenos, para evitar gasto excessivo do produto e de uso exclusivo para o
detergente;
 Podem ser utilizados cubas duplas (uma interna vazada ou perfurada e a outra externa de superfície lisa),
que reduzem o manuseio dos materiais e os riscos ocupacionais;

Depois da imersão no sabonete enzimático, esfrega com escova, faz-se o enxágue:

 Para esfregar tem que fazer um instrumental de cada vez. Para enxaguar usa tudo em uma vasilha.
 O enxágue deve ser realizado rigorosamente, para evitar alta concentração de proteína nos PPS e ocorrência
de eventos adversos ao paciente causado por resíduos de detergente;

A solução de enzimático deve ser identificada com nome do produto utilizado, data e horário do preparo, data e
horário da validade da solução e nome do funcionário que preparou.

Tipos de limpeza

Limpeza manual: sujidade é removida por meio da ação física com auxílio de detergente, água e esponja ou escova.

Limpeza automatizada: lavadora ultrassônica (convertem ondas sonoras e ondas mecânicas, criando bolhas
microscópicas).

Uso de EPIs: imprescindível o uso correto dos EPIs para fazer as técnicas de limpeza (independente do tipo).
Etapas para limpeza de PPS

 1° passo: utilizando EPI completo e as luvas de procedimento do atendimento, o operador deverá levar os
PPS utilizados (não descartareis) para o expurgo;

 2° passo: abrir a torneia da cuba para limpeza utilizando preferencialmente os cotovelos (evitar tocar
superfícies com a luva contaminada) para realizar o pré-enxague dos PPS (coloca todos na cesta vazada e
enxagua, para tirar sujidades grosseiras);

 3° passo: colocar os PPS imersos em detergente enzimático (na cuba plástica ou na lavadora ultrassônica),
durante o tempo preconizado pelo fabricante (aprox. 3 min);

 4° passo: o operador deve voltar ao consultório odontológico para remover as luvas de procedimento e
higienizar as mãos;

 5° passo: individualizar as mãos com luva plástica (sobrepor) e calçar as luvas de borracha;

 6° passo: caso a limpeza seja manual - utilizando escova específica (cerdas duras), friccionar todos os PPS
que estavam imersos;

 7° passo: caso a limpeza seja automatizada — ligar a lavadora ultrassônica para que o processo de limpeza
seja realizado;

 8° passo: realizar o enxague e secagem adequada do PPS — utilizar toalha específica que deverá ser
adquirida pelo estudante;

 9° passo: remover, lavar e secar o óculos de proteção e protetor inicial — utilizar toalha para secagem;

 10° passo: lavar as luvas de borracha (como se estivesse lavando as mãos), descartar luvas de sobrepor,
secá-las e acondicioná-las no varal metálico;

 11° passo: higienizar as mãos;

 12° passo: realizar a desinfecção do óculos de proteção e protetor facial (utilizando gaze embebida com
Surfic) e armazená-los em caixa específica;

 13” passo: acondicionar o PPS em uma bandeja e dirigir-se ao CML para entrega —acondicionamento em
papel grau cirúrgico.

Não tira as luvas de borracha na limpeza, enxague e secagem.

Esse passo a passo é usado para qualquer material, exceto para canetas de alta e baixa rotação. Elas não podem ser
mergulhada.

1- Ok
2- Não faz o pré-enxague na cesta vazada. Faz o pré enxague na mão tampando a parte que encaixa no equipo
com o dedo.
3- Não mergulha. Pega um papel toalha e enrola na caneta, umedece com o sabonete e deixa 3 minutos.
4- Ok
5- Ok
6- Tira o papel toalha e fricciona com escova.
7- Nunca coloca na cuba.
8- Enxague na torneira com dedo polegar na área de engate com equipo. Sempre enxaque com caneta na
horizontal.
9- Ok
10- Ok
11- Ok
12- Ok
13- Antes de levar para o CME, lubrifica as canetas, coloca no equipo e aciona para tirar excesso de lubrificante
com papel.

Antes de levar as canetas pro expurgo, deve colocar elas na cuspideira e aciona a água para lavar o máximo possível
a parte interna. Durante 1 minuto.

O que precisa para limpeza de PPS?

 Pia exclusiva com cuba funda (preferencialmente);


 Bancada para apoio, deve ser lavável;
 Cubas plásticas (uma lisa e outra vasada) para colocar a solução de limpeza;
 Escovas para a limpeza dos artigos;
 A limpeza e secagem do artigo é obrigatória antes da desinfecção e esterilização;
 Definir qual procedimento o PPS vai se submetido: desinfecção OU esterilização.

Erros no processo de limpeza

 Não permitir o tempo de contato suficiente do detergente, não preencher lumens ou não promover a
imersão completa do produto;
 Não trocar a solução de detergente a cada uso ou deixar os dispositivos em solução de detergente por
tempo prolongado;
 Fazer enxágue incompleto;
 Não secar corretamente.

“A limpeza necessita ser entendida e executada como o ponto primordial para o processamento dos materiais, sem a
qual as demais etapas não garantem segurança ao usuário”

 Não usar escova de limpeza adequada para lúmens;


 Não desmontar um instrumental antes de realizar a limpeza;
 Lavar produtos com sujidade ressecada sem pré-enxague;
 Não realizar a limpeza manual dos materiais canulados antes de colocar na lavadora ultrassônica com
retrofluxo;
 Detergente em concentração subótima ou saturada pelo reuso;

Descontaminação

Processo de redução dos microorganismos de PPS e superfícies, tornando-os seguras para o manuseio (detergente
enzimático).
Desinfecção

Processo físico ou químico de destruição de microrganismos, exceto os esporulados, em superfícies inanimadas


(cadeira odontológica, por exemplo).

 Realizada por meio físico, através da água quente (60° a 90°) ou em ebulição e pelo meio químico, através de
produtos denominados desinfetantes. Na odontologia, usa o meio químico.
 Diferente de antissepsia = superfícies animadas ou vivas.

O que precisamos para desinfecção de PPS?

 Papel toalha, gaze ou algodão;


 Recipientes para acondicionamento do desinfetante (pode ser o próprio recipiente adquirido durante a
compra do produto); Recipientes de spray ou gotejamento para evitar desperdício.
 Desinfetante (realizar a diluição daqueles em que este passo for recomendado);
 A Iimpeza e secagem do artigo é obrigatória antes da desinfecção!
 Definir qual procedimento o PPS vai se submetido: desinfecção ou esterilização.

A limpeza implica a secagem, deve estar completamente seco para desinfetar.

Classificação da desinfecção química

Baixo nível: elimina a maioria das bactérias vegetativas, alguns vírus e fungos, mas não elimina micobactérias.

 Para PPS não crítico e superfícies.


 Quaternário de amônia, hipoclorito 0,01%ve 0,02%.

Médio nível: elimina bactérias vegetativas, maioria dos vírus, fungos e micobactérias.

 PPS não crítico com elevada carga microbiana e superfícies.


 Hipoclorito de sódio 1%, álcool 70%.

Alto nível: destrói todos os microorganismos exceto esporos.

 PPS semicrítico.
 Glutaraldeído 2%. Geralmente usado para limpar o chão.

Para os PPS críticos é indicado apenas esterilização.


Exemplos de desinfetantes

Glutaraldeído 2%:

 Desinfecção: mínimo 30 minutos, conforme recomendação do fabricante da solução.


 Apresenta rápida e efetiva ação contra bactérias gram-positivas e gram-negativas;
 Eficaz contra Mycobacterium tuberculosis, alguns fungos e vírus, incluindo os da hepatite B e HIV.
 Lentamente efetiva contra esporos (mas é discutido).

Álcool etílico a 70%:

 Desnaturação proteica dos componentes microbianos durante a evaporação.


 Nível intermediário.
 Ação de limpeza pobre. Não tem ação de limpeza, só de desinfecção.

Hipoclorito de sódio:

 0,01% ou 0,02% - baixo nível.


 1% - médio nível.
 Estabilidade depende da concentração, ausência de matéria orgânica, pH e condições de armazenamento
(vedação do frasco, temperatura e luminosidade do ambiente).
 Corrosivo para metais, tem ação descolorante, incompatibilidade com detergentes, odor forte e é irritante
para mucosas do trato respiratório.
 Inativado na presença de matéria orgânica, luz e calor.
 Baixo custo.
SURFIC:

 Usado nas clínicas da UFG.


 Desinfetante de nível intermediário e superfícies fixas, a base de uma composição equilibrada de
polihexametileno biguanida (PHMB) + Tensoativos (detergentes) com alto poder de limpeza e desinfecção
de superfícies e artigos (PPS).
 Ação sobre a membrana citoplasmática nas bactérias, com a resultante alteração da permeabilidade de
bactérias e destruição de envelope de vírus e proteínas.
 Manipulação com luva e EPI completo. Contato com a pele pode ser tóxico.

Vem na concentração pura, aí coloca 5 ml em 995 ml de água. Rende muito.

Propriedades ideias de um desinfetante: não ter odor forte, baixo custo, baixas concentrações, não promover
corrosão, não ser tóxico, tempo de exposição baixo.

 Mas nenhum desinfetante tem todas essas boas propriedades. O SURFIC é o que tem mais propriedades
boas (odor fraco, atua em baixas concentrações, não promove corrosão, baixo custo, tempo de exposição
baixo). Única desvantagem: tóxico.

Fatores que interferem na ação de desinfetante

 Quantidade de microrganismos presentes no PPS.


 Resistência intrínseca de microrganismos;
 Quantidade de matéria orgânica;
 Tipo e concentração do germicida utilizado;
 Configuração física do PPS (fissuras, lúmen).
 Tempo e temperatura de exposição, entre outros.

Etapas para desinfecção de PPS

 1° passo: utilizar EPI completo e as luvas plásticas (sobrepor);


 2° passo: considerar se o PPS ou superfície passou pela limpeza previamente;
 3° passo: pegar gaze, algodão ou papel toalha embebido com agente desinfetante;
 4° passo: realizar a fricção de cada região durante 3x, sentido unidirecional;
 5° passo: descartar o material utilizando e a luva plástica no lixo comum.
Processamento de produtos para a
saúde: Limpeza e desinfecção
- Produtos para Saúde (PPS)
- Tem que limpar e desinfetar os produtos para saúde, pois é princípio básico
da biossegurança e do controle de infecção. Somos responsáveis eticamente e
legalmente por fazer essas atividades da forma correta, é uma obrigação ética,
moral e legal.
- PPS são todos os materiais utilizados para a assistência em saúde
- Antigamente chamado de artigos
- Processamento é passar pelo reaproveitamento. Reaproveitamos depois da
limpeza, desinfecção ou esterilização
- A limpeza precede qualquer desinfecção ou esterilizado

- Simples: espátula de resina composta ...


- Complexos: Seringa carpule, sugadores metálicos ...
- Limpeza
- Nada deve ser esterilizado ou desinfetado se a limpeza for malfeita.
- Pode ser automatizado usando lavadoras ultrassônicas
- A desinfecção e esterilização será em vão se a limpeza não for feita
corretamente.

- A limpeza reduz a carga microbiana para 4log(10^6). Se a limpeza for mal


feita não conseguimos reduzir a carga microbiana a essa quantidade.
- Mesmo a esterilização não vai zerar a carga microbiana, mas vai reduzir a
uma quantidade suficiente para que não contamine outras pessoas.
- O Objetivo da limpeza é remover sujidade e reduzir a carga microbiana, além
de garantira eficácia da esterilização.

- Classificação de Spaulding
- A classificação é com base no grau de infecção ou de contaminação.
- Críticos: gera sangramento. Fórceps, cabo do bisturi com a lâmina montada,
instrumentos pontiagudos que fazem incisões ou perfurações, curetas que
fazem raspagem dentro do sulco gengival e gera sangramento, agulhas,
grampos...
- Semicríticos: não gera sangramento. Pinça que tira o algodão do isolamento
relativo, posicionador radiográfico, espátula de manipulação de ionômero de
vidro, afastadores bucais...
- Não críticos: não tem contato com mucosa, saliva e sangue. Estetoscópio,
esfigmomanômetro, termômetro...

- Após a limpeza que definimos o processo que ele precisa ser submetido

- Detergentes enzimáticos
- O detergente de cozinha não reduz carga microbiana
- Enzima é para quebrar alguma coisa da matéria orgânica. A sujidade é
composta por proteínas, carboidratos e lipídeos.
- Surfactante é a capacidade é a capacidade dele de limpeza. Forma uma
espuma leve, justamente para tentar desfazer as interações químicas que
existem entre os compostos orgânicos.
- Solubilizante tem a capacidade de destacar ou remover essa sujidade da
superfície de um PPS.
- A ação do detergente enzimático fica geralmente entre 3 a 5 minutos
- Ele não promove morte de bactérias, não promove o controle da reprodução
das bactérias. As bactérias saem porque elas descolam do material
- Tem enzimas para quebrar proteínas, lipídeos e carboidratos
- Materiais com configuração complexa é fundamental ser imerso em
detergente enzimático

-
Os de configurações complexas tem que ser desmontadas ao ser emergidas
ao detergente enzimático.
- Os que são simples precisam só ser emergidos no detergente
- Geralmente na clínica da UFG trocamos de solução a cada período de clínica,
para evitar a saturação orgânica nos materiais.
- Para materiais grandes, que não cabe dentro da vasilha de plástico, a gente
pega um pouco de enzimático e joga dentro da bandeja e deixa os três
minutos.

- O enxague deve ser abundante, pois os resíduos ficam no material, e podem


causar reações adversas ao paciente.
- Tipos de limpeza
- A lavadora ultrassônica: Tem uma cestinha removível. Programa o tempo,
liga, e ela vibra. Materiais de configuração complexas é importante colocar no
ultrassom, pois as bolhas entram a onde a escova não alcança.

- Etapas do processo de Limpeza


- Terminou o atendimento, ainda paramenta com todo o EPI, inclusive as luvas
de procedimento, pegar o material e ir para o expurgo.
- Não ficar pegando nas superfícies com as luvas contaminadas
- Colocar na cesta furada o material (fora do enzimático), e colocar em baixo da
torneira para fazer o pré enxague
- Na lavadora ultrassônica lava os de configurações simples e complexas, na
cuba lava de configuração simples.
- Deixar o material imerso na cuba plástica por 3 minutos. Na lavadora
ultrassônica deixar imerso por 3 minutos antes de ligar.
- Secar o material com uma toalha especifica, recomendado que seja de
material de algodão.
- Secagem tem que estar com a luva de borracha
- Terminou a secagem pode tirar o face shild e óculos de proteção
- Lavar o óculos e face shild. Deixar imerso ou passar com gaze o enzimático,
e lava. Lava com gaze ou com o lado macio da esponja.

- Lavas as luvas com sabão normal, e lavar como se estivesse lavando as


mãos.

- Lavagem das canetas de alta e baixa rotação:


- As canetas de alta e baixa não mergulhamos no detergente enzimático.
• São levadas juntos com os outros materiais
• Deixa fora da cesta, faz o pré-enxague, separado dos outros matérias,
com a mão. Tampa a parte de engate com a mão, não pode deixar
entrar água
• Pegar papel toalha enrolar nas canetas, molhar o papel com enzimático
e deixar lá por 3 minutos
• Caneta sempre no método manual
• Esfregar a caneta com a escova, depois que retirou o papel toalha.
• Lavar na torneira normalmente, e tampar a o engate, e mantem ela na
horizontal.
• Fazer a secagem
• As canetas devem ser lubrificadas, na horizontal, e engatar ela de novo
no consultório para retirar o excesso de lubrificante da caneta.
• Agora sim leva ela para o CME
- Antes de levar as canetas para o expurgo, deve colocar as canetas nas
cuspideiras e acionar para jogar o máximo de água dela possível, aí depois
leva ela para o expurgo. Fazer isso por 1 minuto
- O que precisamos para a limpeza de PPS?

- Erros do processo de limpeza


- Descontaminação
- Processo de redução d carga microbiana
- Não mata bactérias e nem impede a reprodução bacteriana

- Desinfecção
- Esporos é só destruído com a esterilização
- Desinfecção é feito em superfícies sem vida
- Fazemos por meio químico no consultório

- O que precisamos para a desinfecção de PPs?


- O funcionário da clinica tem que ter limpado o consultório antes da
desinfecção.
- Recipientes de spray ou gotejamento é melhor.
- A secagem tem que ser feita corretamente, pois a água não permite a
desinfecção e esterilização corretamente.
- Classificação da desinfecção química
- Micobactéria é a responsável pela tuberculose e hanseníase
- Baixo nível: Esse tipo de desinfecção é usado para PPs não críticos,
bancadas, cadeira odontológica e outras superfícies.
- Médio Nível: óculos de proteção
- Alto nível: destrói todos os microrganismos, menos os esporos. Usado em
pinças clinicas, espátulas, posicionadores ...
- Glutaraldeído é caro, é por isso é preferível a esterilização.
- O que define a classificação de baixo, médio e alto nível é o desinfetante, o
quanto ele consegue atingir em quantidade e tipo de microrganismo.

- Exemplos de desinfetantes
- Não substitui a esterilização dos materiais
- O surfic é utilizado nas clinicas da UFG
- Ele limpa e desinfeta ao mesmo tempo

- Dilui 5ml de surfic em L de água: 995l de água e 5ml de surfic


- A diluição deve ser feita com luva e máscara.
- Pode ser toxico a superfície da pele
- Propriedades ideais de um desinfetante:
• Baixas concentrações
• Não deveria promover corrosão
• Ter baixo custo
• Tempo de exposição curto
• Não ter odor forte
• Não ser toxico
- Os desinfetantes não têm todas as características boas, mas deve priorizar o
que se aproxima disso.
- O surfic age em pequenas concentrações, não promove corrosão,
relativamente barato, tempo de exposição curto, odor mais leve, e ele é toxico.
- Fatores que interferem na ação do desinfetante

- Etapas para desinfecção de PPS


- Passar três vezes em cada região, em um único sentido (sem fazer vai e vem)
Aula 3 Precauções Padrão e Baseadas na Transmissão 04/02/2022

Precauções padrão:

 É um conjunto de medidas de controle de infecção a serem adotadas universalmente, como forma eficaz de
redução ocupacional e de transmissão de agentes infecciosos nos serviços de saúde.
 Criadas para reduzir o risco de transmissão de patógenos através do sangue e fluídos corporais.
 Indicadas para todos os pacientes independente do diagnóstico, em todas as situações de tratamento.

Fontes de infecção:

 Inalação de microorganismos de transmissão por via aérea, que permanecem em suspensão.


 Autógena.
 Contato direto com lesões infecciosa, sangue, saliva, fluidos e secreções da cavidade oral e trato
respiratório.
 Contato indireto com superfícies / artigos contaminados.
 Ex.: moldagem. Saliva que vem junto com o molde é risco ocupacional para o dentista, auxiliar e protético.
Além do risco de infecção cruzada (outro paciente em contato com o item protético).

Sistema de isolamento e precauções:

 Prevenção de transmissão de um microorganismo de um paciente (portador ou doente) para outro paciente,


de forma direta ou indireta.
 Prevenção de transmissão de um microorganismo de um paciente (portador ou doente) para o profissional
de saúde.

Modos de transmissão de microorganismos:


Precauções padrão:

Auxiliam os profissionais nas condutas técnicas adequadas, por enfatizarem a necessidade de tratar todos os
pacientes em condições biologicamente seguras.

Lavar a mão antes e após o atendimento e sempre que tiver troca de luvas.
Sabonete deve ser líquido e não em barra, pois acumula microorganismo, podendo formar o biofilme na superfície.
Evitar encostar na torneira.
Além de desinfecção, as luvas de sobrepor servem para lavagem, protegendo as mãos das luvas de borracha.

Aulas laboratoriais: brancos normais.


Antigamente só usava as especiais (N95) para tuberculose. Atualmente, usa a N95 pra todos os procedimentos,
devido à variante ômicron da covid.

Gorros de tecido não são recomendados, pois devem ser processados como os jalecos verdes. Usa o descartável.
Óculos de proteção é para profissional e paciente.

Ajuste na cabeça: pelo conforto e pela estabilidade.


Não pode ser sapato fechado de tecido, pois umedece.

Retirar adornos, exceto os que são pequenos na orelha que podem ser cobertos pelo gorro.

Elásticos da máscara devem ficar por dentro do gorro, porque tira os dois de uma vez.
Lixeiras de resíduos infectantes: latões brancos.
Saliva pura: sem risco de transmissão.
Se o paciente chegar com máscara de tecido, tem que dar a cirúrgica pra ele.
Brincos, anéis, pulseiras, relógios são fômites. Não devem ficar expostos durante o atendimento odontológico.
Preparo do consultório odontológico

Esmalte de cor claro permite ver a presença de sujidades.


Começa da palma pro punho, pois a palma é mais contaminada que o punho.
Desinfecção de todos os lugares que toca a mão. Começa desinfectando a cadeira e termina com o sugador. Mais
infectado: sugador. Menos contaminado: cadeira.

Atualmente, o operador chama o paciente de máscara, por causa da pandemia. Mas óculos de proteção, protetor
facial e luvas só depois, no atendimento.

Luvas de sobrepor: não precisa jogar fora, usada para desinfecção do consultório, buscar material na roseta e
lavagem dos PPS. Joga fora só no fim do atendimento. Só troca se ela foi usada no meio do atendimento para buscar
algo.
Aula 6 - Imunização e Acidente com material biológico 11/03/2022

1) Imunização:

 Definição: Tornar-se não suscetível a uma determinada doença e dessa forma preveni-la.
 Pode ser ativa e passiva.
 Imunização ativa: indivíduo é estimulado a desenvolver defesa contra futuras exposições a doença.
 Imunização passiva: indivíduo recebe soro, anticorpo pronto.
 Os componentes das vacinas são bacterianos ou virais.
 Mecanismos de produção: organismo atenuado.
 Existe para a febre amarela, pólio (sabin), rubéola, sarampo, caxumba, catapora, tuberculose.
 Rubéola: células embrionárias de pato.
 Sabin: células de macaco.
I. O vírus é isolado de um paciente e cresce em células de cultura humana.
II. O vírus é utilizado para infectar células de macaco.
III. O vírus adquire mutações que permitem o crescimento nas células de macaco
IV. O vírus não cresce mais em células humanas com a vacina.

O vírus é isolado de um paciente contaminado e cresce em célula de cultura humana, liberando novas partículas
virais. Esse vírus é usado pra infectar a célula do macaco, liberando novas partículas virais, de modo que ele adquire
mutações permitem seu crescimento na célula do macaco (faz inúmeras tentativas). Esse vírus não cresce mais na
célula do ser humano, mas ele é identificado, apesar de não conseguir infectar e não causar doença. Isso é o
organismo atenuado.

2) O que a vacina faz:

 Estimula respostas imunológicas protetoras do hospedeiro para combater o patógeno invasor.


 Que conhecimento é necessário para produzir vacina:
1. Entender o ciclo de vida do patógeno: encontrar o melhor estágio para servir de alvo.
2. Entender os mecanismos imunológicos estimulados pelo patógeno: resposta imune celular/humoral.
Ex.: tuberculose – celular, covid – humoral.

3) Imunização:

 A prevenção é uma forma de antecipar ao processos e atividades danosas a saúde.


 A precaução consiste em atitudes que devem ser tomadas por todos os profissionais de saúde frente a
qualquer paciente, com o objetivo de reduzir os riscos de transmissão de agentes infecciosos (EPI’S,
esterilização).

Imunobiológicos: é toda substância de origem biológica capaz de induzir uma resposta imunológica no ser
humano, usados na prevenção e tratamento de doenças.

 Vacinas - preventivas. Estimulam a resposta imune.


 Soros e imunoglobulinas - curativa.

4) Imunidade x imunização

 Imunidade é um estado de resistência, geralmente associado à presença de anticorpos, que possuem


ação específica sobre o organismo responsável por uma doença infecciosa específica ou sobre suas
toxinas.
 Imunização: a imunização não só beneficia quem foi vacinado mas também toda a população
oferecendo menos chances de contrair qualquer tipo de infecção causada por vírus e bactéria, uma das
medidas mais eficazes no combate a doenças no brasil.
 Imunidade ativa: NATURAL (DOENÇA); ARTIFICIAL (vacina)
 Imunidade passiva: natural (transplacentária e aleitamento materno); artificial (soros- homólogos e
heterólogos).
 As vacinas podem ser administradas intradeltóidea, subcutânea, intramuscular e por via oral.

5) Reformas na saúde

● Oswaldo Cruz- abril de 1903 (campanha contra a febre amarela) e, no começo de 1904, o combate a
peste bubônica.
● Em 1906, ao encerrar-se o mandato de rodrigues Alves, as estatísticas de mortalidade e morbidade
dessas campanhas diminuiu.
● Combate a varíola, travado em 1904, pois obrigatoriedade da vacina provocou a revolta popular.
● No brasil, seu uso foi declarado obrigatório para as crianças em 1837, estendendo-se em 1846, aos
adultos.
● Estas leis, no entanto, nunca foram cumpridas por dois motivos:
I. Falta de condições políticas e técnicas (sua produção em escala industrial no Rio de Janeiro só
começou em 1884).
II. Horror que a maioria da população nutria a ideia de deixar inocularem um micro-organismo em
si.

6) Intervalos entre as vacinas

● As vacinas poderão ser aplicadas simultaneamente ou com intervalo aleatório.


● Somente entre as vacinas virais vivas deverá fazer intervalo no mínimo de 15 dias.
● Reações alérgicas:
I. Gelatina: tríplice viral e varicela
II. Proteína do ovo: febre amarela e influenza
III. Timerosal e neomicina

7) PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO – PNI

● Contribuir com o controle ou erradicação das doenças infectocontagiosas e imunopreviniveis


● 1973: norma básica produzida por técnicos do departamento nacional de profilaxia e controle de
doenças (ministério da saúde e central de medicamentos CEME) – 6 vacinas existentes
● Oferecer todas as vacinas com qualidade a todas as crianças que nascem anualmente em nosso país,
tentando alcançar coberturas vacinais de 100% de forma homogênea.

● Normativa NR 32: obrigatoriedade do empregador disponibilizar todas as vacinas registradas no país que
possam ser indicadas ao trabalhador. Se for pública, tem que instruir ele a ir. Se for paga, tem que pagar.
o Vacinas obrigatórias: tétano, difteria, sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral), febre amarela
(em especial quando viajar ou residir em área endêmica).
o Vacinas obrigatórias para área da saúde: Hepatite B, varicela e vacina contra gripe.

8) CONTEXTO NO PROFISSIONAL DE SAÚDE.

● BCG
 Vacina atenuada – dose única ao nascer.
 Proteger contra as formas graves da tuberculose.
 Composição: bacilos vivos atenuados do mycobacterium bavis. Estimula a produção de
anticorpos contra o mycobacterium bavis e o mycobacterium tuberculosis.
 Via de administração: ID, na inserção do deltoide direito (só porque a maior parte da população
é destra);
 Esquema vacinal: dose única para a população em geral; e dose de reforço para comunicantes
de hanseníase.
 Medida de precaução baseada na transmissão: aerossol. Uso de máscara N95.

● POLIOMIELITE
 Doença viral que pode afetar os nervos e levar a paralisia parcial ou total.
 1° dose: 2° mês de vida.
 2° dose: 4° mês de vida.
 3° dose: 6° mês de vida.
 Reforço: 1 ano e 3 meses.

● HEPATITE B
 Transmissão: uso de seringas contaminadas e materiais contendo sangue.
 OMS: 2 bilhões de pessoas infectaram-se em algum momento da vida – 300 milhões evoluíram
para doença crônica.
 Vírus – antígeno de superfície denominado HBsAg, também conhecido como antígeno Australia
(incubação 30 – 180 dias).
 Ativo fora do organismo (sangue seco) a 25° por até uma semana – inativado por desinfecção e
esterilização – álcool, surfic desnatura a camada proteica.
 Presença do HBsAg – paciente infectado pelo vírus
 Anti-Hbs – avaliar 30 dias após a última dose da vacina
 Imune por infecção natural: anti-hbs+ e HBsAg-; imunoglobulina humana anti-hepatite B: HBIG

< 10 não reagente ou negativo.


10– 100 reagente ou positivo (recomenda-se confirmação dos testes após 30 dias – 2 testes).
> 100 – imunes para hepatite B.

Ao nascer: 1° dose.
1° mês de vida: 2° dose.
6° mês de vida: 3° dose.
Caso não tenha tomado na fase de criança: 11 - 19 anos: 1° dose, 2° dose um mês após 1° dose,
3° dose 6 meses após a 1° dose. Faz exame anti-Hbs após 30 dias e, se der negativo, toma a 4°
dose e, se não der imunidade de novo, é um verdadeiro não respondedor.

Obs.: verdadeiro não respondedor – quem tomou as três doses, não deu imunidade, tomou a 4° dose e mesmo
assim não deu imunidade.

 Após 12 anos do esquema vacinal: declínio 60% - anti – HBs.


 Inicial: 94%; pico: 6 meses.
 15 anos de follow-up: 66%.
 Risco: probabilidade de ocorrência de um evento não desejado (acidente de trabalho).
 Ocupacional; relacionado aos procedimentos específicos a profissão desempenhada.
 Não tem medidas de precaução baseadas na transmissão, apenas a padrão é suficiente.

● TRIPLICE VIRAL
 Vacina atenuada que contém vírus vivos do sarampo, rubéola e caxumba, aminoácidos,
albumina humana, sulfato de neomicina, sorbitol, gelatina, traços da proteína do ovo de galinha.
 Dose única: 1 ano.
 Adulto – após os 20 anos (caso não tenha tomado na infância) – dose única.
Entre 1 e 20 anos, não desenvolve imunidade.
 Sarampo: uma doença infecciosa aguda e extremamente contagiosa- convulsões, pneumonia,
lesões cerebrais e até morte.
 Rubéola: virose contagiosa que provoca febre e erupções vermelhas na pele (rash) – na face e
atrás da orelha, antes de se espalharem pelo corpo todo.
 Caxumba: também conhecida como papeira ou parotidite, é uma doença infecciosa provocada
por um vírus da família paramyxovírus.
Caracterizada principalmente pela inflamação nas parótidas, mas também nas glândulas
submaxililares e bublinguais.

● TRIPLICE BACTERIANA
 Vacina que previne o organismo contra difteria, coqueluche e tétano. Como dito anteriormente,
isso quer dizer que uma dose da vacina imuniza a pessoa contra três doenças e suas
complicações.
1° reforço: 1 ano e 3 meses.
2° reforço: 4 a 6 anos.
 Difteria: doença grave, causada por um bacilo que pode se alojar nas tonsilas palatinas, faringe,
laringe e nariz – formam placas brancas, pode atingir coração, SNC, rins e fígado.
 Transmissão: contato direto com uma pessoa doente ou portadora do vírus, por meio de
gotículas de secreção respiratória, eliminadas por tosse, espirro ou fala.
 Coqueluche: doença grave aguda, responsável por grande mortalidade entre lactentes. Ataca o
aparelho respiratório (traqueia e brônquios) – forte tosse seca.
 Tétano: doença não contagiosa, transmitida de forma acidental. Pacientes entram em contato
com o bacilo tetânico ao manusearem o solo, ou através de ferimentos e lesões ocorridas por
materiais contaminados.

Dupla adulta (tétano e difteria) – a partir dos 20 anos de idade – geralmente toma quando a pessoa nunca tomou a
tríplice bacteriana. Mais disponível nos postos que a tríplice bacteriana.

 DUPLA ADULTA
 Difteria, tétano.

1° dose: a partir dos 20 anos.


2° dose: 2 meses após a 1°.
3° dose: 4 meses após a 1°.
Reforço a cada 10 anos.

 TETRAVALENTE:
 Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções.

1° dose: 2° mês de vida.


2° dose: 4° mês de vida.
3° dose: 6° mês de vida.

 FEBRE AMARELA:
1° dose: 9° mês de vida.
Reforço: 10 anos.
 Adulto (se não tomou na infância) – após os 20 anos – dose inicial.
 Doença endêmica.
 Atualização: se já tomou duas doses, não precisa tomar mais.

 INFLUENZA SAZONAL e A (H1N1)


 Esquema vacinal: dose anual.
 H1N1: precauções padrão baseada em gotícula, usar N95.

 PNEUMOCÓCICA:
 Responsável por infecções nos pulmões e ouvidos, por meningite e infecções do sangue
(bacteremia e sepses).
 A DP é provocada pela bactéria pneumococo (Streptococcus pneumoniae), causa mais comum
de doenças graves em crianças menores de 5 anos.
 60 anos: dose única.

 COVID
Vacina ideal Realidade
Única dose Múltiplas doses
100% efetiva Efetividade variável
100% segura Segurança variável
Proteção de longo prazo Geralmente proteção de
curto prazo
Baixo custo

RISCO OCUPACIONAL

 Risco: probabilidade de ocorrência de um evento não desejado (acidente de trabalho).


 Ocupacional: relacionado aos procedimentos específicos à profissão desempenhado.

Risco -> Acidente -> Consequência

 Danos pessoais: lesão corporal, perturbação funcional, doença.


 Exposição a material biológico na odontologia: suor, lágrimas, vômito e saliva. APENAS SE TIVER PRESENÇA
DE SANGUE.

ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO

 Hepatite B: 6 – 30%.
 Hepatite C: 1,8% (0,7%).
 HIV: 0,3% percutânea e 0,09% mucosa.

 Hepatite pelo vírus B


 Acidentes perfurocortantes com paciente-fonte.
 HBsAg e HBeAg postivos:
Hepatite clínica: 22 a 31%.
Conversão sorológica: 37 a 62%.
 HBsAg positivo e HBeAg negativos:
Hepatite clínica: 1 a 6%.
Conversão sorológica: 23 a 37%.

 Profilaxia para hepatite B:


 Paciente fonte HBsAg positivo ou desconhecido com risco (paciente com hemodiálise, com
cirrose, HIV+, usuários de droga e politransfundidos).
 Até 72 horas após a exposição.
 Soro/imunoglobulina dose 0,06 ml/Kg – chamada “Imunoglobulina hiperimune” ou
“Imunoglobulina anti Hepatite B” - neutraliza o vírus de quem foi infectado antes de ter a
infecção ativa. Toda vez que se infecta tem que tomar.
 Alto custo – muito difícil ter em postinho.
 Situações indicadas para imunoglobulina:
 Paciente não vacinado ou vacinação incompleta
 Paciente vacinado sem resposta adequada (Anti HBs < 10 UI).
 Paciente vacinado, mas desconhece resposta.
 Desnecessário reforços periódicos ou triagem sorológica em população normal.
 Triagem pós-vacinação é indicada em paciente com atividade assistencial e contato com sangue,
mas não é costume na área da odontologia.

 Hepatite pelo vírus C:


 Após acidentes percutâneos com agulhas com lúmen: 1,8% (0 a 7%). Agulha de anestesia, de
punção aspirativa.
 Após exposição de mucosas: <1%.
 Após acidentes com agulhas sem lúmen (?) – não tem conversão para hepatite C.

 Profilaxia para hepatite C:


 A única medida eficaz para eliminação dos risco da infecção pelo vírus da hepatite C é prevenir a
ocorrência do acidente.
 Não tem vacina.
 Esperar por meio de realização de exames pra ver se foi contaminado.

 HIV:
 Após acidentes percutâneos: 0,3%.
 Após exposição de mucosas: 0,09%.
 Lâmina de bisturi, agulha com ou sem lúmen, desde que tenha sangue.

PROTOCOLO FOUFG

 PASSO 1 A: RETIRE CALMAMENTE AS LUVAS E LAVE EXAUSTIVAMENTE O LOCAL COM AGUA E SABÃO. Não
use soluções irritantes com hipoclorito oi álcool. Se o acidente foi em mucosa ocular lave com soro
fisiológico ou agua estéril.

 PASSO 1 B: mantenha o paciente fonte ao seu alcance.

 PASSO 2: comunique o acidente com a coordenação de clínica e dirija-se ao CME para a NOTIFICAÇÃO DO
ACIDENTE e encaminhamentos.

 PASSO 3: dirija-se a uma unidade de saúde, preferencialmente dentro de período de duas horas,
acompanhado do paciente, para a realização dos testes. (Locais de atendimento; Cais novo mundo, HDT ou
qualquer outra unidade de atendimento 24h.)

Obs.: caso o paciente não queira ir – por medo de descobrir doença ou não querer mesmo – recolhe o sangue dele
no rômulo rocha e leva pra exame. Paciente não tem dinheiro pra pagar transporte – ou você leva ou você paga o
transporte.
CUIDADO – ao encapar agulha (não fazer com as duas mãos), tirar lâmina de bisturi, auxiliar colocar dedo na boca do
paciente ao invés de abrir com pálito/afastador, broca sempre voltada para o equipo, não jogar materiais
perfurocortantes em lixo comum (pode infectar pessoas do serviço de limpeza).

ACIDENTE COM PACIENTE–FONTE HEPATITE B: protocolo e, se for positivo (sabidamente ou pelo teste rápido),
toma soro.

ACIDENTE COM PACIENTE-FONTE HEPATITE C: se for positivo, torcer pra não infectar.

ACIDENTE COM PACIENTE-FONTE HIV: protocolo e, caso seja positivo (sabidamente ou pelo teste rápido), tomar
coquetel.

Qual a conduta para cada situação clínica abaixo apresentada?

Situação clínica I: “Considere um cirurgião-dentista com imunização contra Hepatite B confirmada mediante a
realização do anti-HBs. Após a limpeza do instrumental utilizado para atendimento odontológico, sofre um acidente
com material perfurocortante promovendo apenas uma abrasão superficial da pele do dorso da mão. Não há
informações sobre possíveis infecções do paciente previamente atendido”.

 Retirar a luva, lavar a mão com água e sabão, notifica a coordenação da clínica e o CME.
 Não precisa fazer testes, pois não teve exposição de sangue.

Situação clínica II: “Considere um cirurgião-dentista sabidamente verdadeiro não respondedor à imunização contra
Hepatite B. Durante o procedimento odontológico, sofre um acidente perfurocortante no dedo (promovendo
perfuração e sangramento) com a agulha já utilizada para anestesiar o paciente em atendimento. O paciente não
soube informar se teve ou tem hepatite B. Apenas relatou nunca ter se imunizado contra a infecção”.

 Retirar as luvas, lavar a mão com água e sabão, notifica a coordenação da clínica e o CME, vai com o
paciente à unidade de saúde, realiza testes rápidos para Hepatite B, Hepatite C e HIV.

Situação clínica III: “Considere um cirurgião-dentista sabidamente verdadeiro não respondedor à imunização contra
Hepatite B. Durante o procedimento odontológico, sofre um acidente perfurocortante no dedo (promovendo
perfuração e sangramento) com a agulha já utilizada para anestesiar o paciente em atendimento. O paciente é
sabidamente Hepatite B+”.

 Retirar as luvas, lavar a mão com água e sabão, notifica a coordenação da clínica e o CME, vai com o
paciente à unidade de saúde, faz teste rápido para Hepatite C e HIV. Não precisa fazer teste para Hepatite B,
pois ele já é sabidamente positivo e, sendo o CD não respondedor, já toma o soro.

Situação clínica IV: “Considere um cirurgião-dentista com imunização contra Hepatite B confirmada mediante a
realização do anti-HBs. Durante o procedimento odontológico, sofre um acidente perfurocortante no dedo
(promovendo perfuração e sangramento) com a agulha já utilizada para anestesiar o paciente em atendimento. O
paciente não soube informar se teve ou tem hepatite B ou HIV. Apenas relatou nunca ter se imunizado contra a
infecção”.

 Retirar as luvas, lavar a mão com água e sabão, notifica a coordenação da clínica e o CME, vai com o
paciente à unidade de saúde para realizar teste rápido de HIV e Hepatite C.
 Não precisa fazer teste rápido de hepatite B, pois o CD é comprovadamente imunizado.

Situação clínica V: “Considere um cirurgião-dentista com imunização contra Hepatite B confirmada mediante a
realização do anti-HBs. Durante o procedimento odontológico, a luva do profissional rasga apresentando contato
com o sangue (da boca do paciente) na palma da mão. Não ocorreu lesão perfurocortante e a pele da mão do
profissional encontrava-se íntegra. O paciente não soube informar se teve ou tem hepatite B ou HIV. Apenas relatou
nunca ter se imunizado contra a infecção”.

 Retirar as luvas, lavar a mão com água e sabão.


 Não precisa notificar nem fazer testes, pois não teve perfuração.
Aula 7 – Gerenciamento de Resíduos de Serviços da Saúde 18/03/2022

O que são os RSS?


 Serviços de saúde: hospitais, clínicas odontológicas, laboratórios, farmácias, clínicas veterinárias ou
postos/UBS.
 Resíduos do Serviço de Saúde (RSS) - classificados quanto aos riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde
pública.

Quem são os geradores de RSS?


 Todos os serviços relacionados com o atendimento à saúde humana:
 Clínicas Odontológicas;
 Serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de campo;
 Laboratórios analíticos de produtos para saúde;
 Necrotérios, funerárias e serviços de embalsamamento;
 Serviços de medicina legal;
 Drogarias e farmácias inclusive as de manipulação;
 Estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde;
 Distribuidores de produtos farmacêuticos, importadores, distribuidores e produtores de materiais e
controles para diagnóstico in vitro;
 Unidades móveis de atendimento à saúde; serviços de acupuntura; serviços de tatuagem, dentre
outros similares.

Histórico...
 Anos 70 - disposição correta de resíduos;
 1° preocupação de como separar corretamente entre perigoso e não perigoso, mas não definia os
níveis de perigo.
 Anos 80 - reciclagem dos resíduos;
 Anos 90 - minimização dos resíduos.
 Atualmente, o foco é tecnologia limpa: 1º lugar reduzir o consumo de energia e matéria prima; 2º lugar
reutilizar; 3° lugar reciclar.

Identificação e classificação dos resíduos


 Grupo "A' – Biológicos/Infectantes
 Grupo "B" - Químicos
 Grupo "C"- Radioativos
 Grupo "D"- Comuns
 Grupo "E"- Perfurocortantes

Classificação dos RSS

 GRUPO A
 Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características, podem
apresentar risco de infecção.
 Subdivisão: com base no potencial de contaminação.
 A1
 Culturas e estoques de microrganismos: resíduos de fabricação de produtos
biológicos; descarte de vacinas; meios de cultura e instrumentais utilizados para
transferência e inoculação; resíduos de laboratórios de manipulação genética.
 Resíduos de menor potencial infectante.
 Resíduos odontológicos de paciente sabidamente com COVID – pois a saliva é um
meio de cultura para o Sarscov 2.
 A2
 Carcaças, peças anatômicas ou vísceras de animais submetidos a experimentos com
inoculação de microrganismos; cadáveres de animais suspeitos ou portadores de
microrganismos de relevância epidemiológica.
 Ex.: macaco morto com febre amarela.
 A3
 Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem sinais
vitais.
 Ex.: dente extraído, feto, embrião, peças anatômicas do laboratório...
 A4
 Linhas endovenosas e dialisadores, quando descartados; filtros de ar e gases
aspirados de área contaminada; membrana filtrante de equipamento médico
hospitalar e de pesquisa; sobras de amostras e seus recipientes contendo excreções.
 Resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou
procedimentos de cirurgia plástica;
 Produtos Odontológicos - materiais contaminamos com saliva ou sangue;
 A5
 Órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais Perfurocortantes ou escarificantes e
demais materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com
suspeita ou certeza de contaminação com príons.
 Ex.: raiva, doença da vaca louca.
 Resíduos de maior potencial infectantes.

 GRUPO B
 Substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente,
dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade.
 Produtos hormonais e produtos antimicrobianos; antineoplásicos; imunossupressores;
imunomoduladores; anti-retrovirais, quando descartados por serviços de saúde, farmácias ou
drogarias.
 Resíduos de saneantes, desinfetantes, resíduos contendo metais pesados; reagentes para
laboratório, inclusive os recipientes contaminados por estes;
 Processadores de imagem radiográfica (reveladores e fixadores);
 Efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises clínicas;
 Mercúrio-amálgama.

 GRUPO C
 Materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionuclídeos em altas quantidades.
 Enquadram-se neste grupo os rejeitos radioativos ou contaminados com radionuclídeos,
provenientes de laboratórios de análises clinicas, serviços de medicina nuclear e radioterapia.

 GRUPO D
 Resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente,
podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.
 Ex.: Papeis, Restos de Alimentos, Vidro quebrado, etc.
 NOTA: É nesse grupo que se encontram os resíduos recicláveis.
Atenção: Qualquer resíduo comum se for contaminado com material biológico, torna-se infectante.

 GRUPO E - infectante e perfurocortante


 Materiais perfurocortantes ou escarificantes.
 Ex.: Lâminas de bisturi, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas e pontas
diamantadas.
 Material perfurocortante sem risco biológico vai para o lixo comum.

Obs.: seringa – joga a agulha no lixo Grupo “E” e o tubo de plástico no lixo Grupo “A”.

 A1 – saco vermelho ou dois sacos brancos. A2 ao A5 – saco branco.


 D: saco preto, azul ou amarelo.
 E: caixas resistentes, linha marca 2/3 da capacidade. Pode ser pequena, média ou grande.
Em qualquer recipiente de descarte (saco, caixa, pote...) usa-se 2/3 da capacidade.
 Descarte de resíduos grupo B na odontologia:
 Revelador e fixador na radiografia: descarta no próprio vidro.
 Lamínula de chumbo na radiografia: descarta em pote plástico hermeticamente fechado.
 Químicos na patologia – xilol, formol: descarta no próprio vidro.
 Amálgama: pote plástico hermeticamente fechado com selo de água (para o mercúrio não grudar no
fundo do pote).
 Em todos os casos usa-se apenas 2/3 da capacidade do recipiente.

Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde

Manejo dos RSS


 Procedimentos de gestão, planejados e implementados a partir de bases científicas e técnicas, normativas e
legais, com o objetivo de minimizar a produção de resíduos.
 Proporcionar aos resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando à proteção dos
trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente.
 Deve abranger todas as etapas de planejamento dos recursos físicos, dos recursos materiais e da capacitação
dos recursos humanos envolvidos no manejo dos RSS.
 Todo gerador deve elaborar um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - PGRSS,
baseado nas características dos RSS e na classificação destes.
 O PGRSS a ser elaborado deve ser compatível com as normas locais relativas à coleta, transporte e
disposição final dos resíduos gerados nos serviços de saúde.

 MANEJO: ação de gerenciar os resíduos em seus aspectos intra e extra estabelecimento, desde a geração até
a disposição final, incluindo as seguintes etapas:

1.1 SEGREGAÇÃO - Separação dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo com as
características físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos.

Segregação na odontologia: dentro do consultório após o atendimento.

1.2 ACONDICIONAMENTO - Ato de embalar os resíduos segregados, em sacos ou recipientes que evitem
vazamentos e resistam às ações de punctura e ruptura.

1.2.1 Os RS sólidos devem ser acondicionados em saco constituído de material resistente a


ruptura e vazamento, impermeável, baseado na NBR 9191/2000 da ABNT, respeitados os
limites de peso de cada saco, sendo proibido o seu esvaziamento ou reaproveitamento.
1.2.2 Os sacos devem estar contidos em recipientes de material lavável, resistente à ruptura e
vazamento, com tampa provida de sistema de abertura sem contato manual.
1.2.3 Os recipientes de acondicionamento existentes nas salas de cirurgia e nas salas de parto não
necessitam de tampa.
1.2.4 Os RS líquidos devem ser acondicionados em recipientes constituídos de material compatível
com o líquido armazenado, resistentes, rígidos e estanques, com tampa rosqueada e
vedante.

1.3 IDENTIFICAÇÃO - Conjunto de medidas que permite o reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e
recipientes, fornecendo informações ao correto manejo dos RSS.

1.3.1 Deve ser colocada nos sacos de acondicionamento, nos recipientes de coleta interna e
externa, transporte interno e externo e locais de armazenamento - local de fácil visualização,
de forma indelével, utilizando-se símbolos, cores e frases norma NBR 7.500 da ABNT.
1.3.2 A identificação dos sacos de armazenamento e dos recipientes de transporte poderá ser
feita por adesivos, desde que seja garantida a resistência destes aos processos normais de
manuseio dos sacos e recipientes.
1.3.3 O Grupo A é identificado pelo símbolo de substância infectante (NBR-7500 da ABNT), com
rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos.
1.3.4 O Grupo B é identificado através do símbolo de risco associado (NBR 7500 da ABNT), e com
discriminação de substância química e frases de risco.
1.3.5 O Grupo C é representado pelo símbolo internacional de presença de radiação ionizante
(trifólio de cor magenta) em rótulos de fundo amarelo e contornos pretos, acrescido da
expressão REJEITO RADIOATIVO.
1.3.6 O Grupo E é identificado pelo símbolo de substância infectante (NBR-7500 da ABNT), com
rótulos de fundo branco, desenho contornos pretos, acrescido da inscrição de RESÍDUO
PERFUROCORTANTE.

1.4 TRANSPORTE INTERNO - Traslado dos resíduos dos pontos de geração até local destinado ao
armazenamento temporário ou armazenamento externo com a finalidade de apresentação para a
coleta.
1.4.1 Deve ser realizado atendendo roteiro previamente definido e em horários não coincidentes
com a distribuição de roupas, alimentos e medicamentos, períodos de visita ou de maior
fluxo de pessoas ou de atividades.
1.4.2 Os recipientes para transporte interno devem ser constituídos de material rígido, lavável,
impermeável e provido de tampa articulada ao próprio corpo do equipamento. Cantos e
bordas arredondados, e serem identificados com o símbolo correspondente ao risco do
resíduo neles contidos.

1.5 ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO - Guarda temporária (no máximo 24 horas) dos recipientes contendo
os resíduos já acondicionados, visando agilizar a coleta dentro do estabelecimento e otimizar o
deslocamento entre os pontos geradores e o ponto destinado à apresentação para coleta externa. Não
poderá ser feito armazenamento temporário com disposição direta dos sacos sobre o piso, sendo
obrigatória a conservação dos sacos em recipientes de acondicionamento.

1.5.1 Poderá ser dispensado nos casos em que a distância entre o ponto de geração e o
armazenamento externo justifiquem.
1.5.2 A sala para guarda de recipientes de transporte interno de resíduos deve ter pisos e paredes
lisas e laváveis; possuir ponto de iluminação artificial e área suficiente para armazenamento.

Quando a sala for exclusiva para o armazenamento de resíduos, deve estar


identificada como "SALA DE RESÍDUOS".

1.5.3 No armazenamento temporário não é permitida a retirada dos sacos de resíduos de dentro
dos recipientes ali estacionados.
1.5.4 Os resíduos de fácil putrefação que venham a que venham a ser coletados por período
superior a 24 horas de seu armazenamento, devem ser conservados sob refrigeração.
1.5.5
1.5.6 O armazenamento de resíduos químicos deve atender à NBR 12235 da ABNT.

1.6 TRATAMENTO - Aplicação de método, técnica ou processo que modifique as características dos riscos
inerentes aos resíduos, reduzindo ou eliminando o risco de contaminação, de acidentes ocupacionais ou
de dano ao meio ambiente.
Tratamento de RSS: Resolução CONAMA n°. 237/1997 e são passíveis de fiscalização e de
controle pelos órgãos de vigilância sanitária e de meio ambiente.

1.6.1 Os sistemas de tratamento térmico por incineração devem obedecer ao estabelecido na


Resolução CONAMA n°.316/2002.

Tratamento do revelador: proporção de 1:1 com vinagre (ele neutraliza o revelador).


Tratamento do fixador: apenas com empresa especializada.

Obs.: etapa 1.5 só quando o centro de geração é longe do armazenamento externo ou quando são geradas grandes
quantidades de resíduos. Etapa 1.6 depende do grupo.
1.7 ARMAZENAMENTO EXTERNO - Guarda dos recipientes de resíduos até a realização da etapa de coleta
externa, em ambiente exclusivo com acesso facilitado para os veículos coletores.
No máximo 3 dias.

1.7.1 No armazenamento externo não é permitida a manutenção dos sacos de resíduos fora dos
recipientes.

1.8 COLETA E TRANSPORTE EXTERNOS - Remoção dos RSS do abrigo de resíduos até a unidade de
tratamento ou disposição final, utilizando-se técnicas que garantam a preservação das condições de
acondicionamento e a integridade dos trabalhadores, da população e do meio ambiente.

1.8.1 A coleta e transporte externos dos resíduos de serviços de saúde devem ser realizados de
acordo com as normas NBR 12.810 e NBR 14652 da ABNT.

1.9 DISPOSIÇÃO FINAL - Consiste na disposição de resíduos no solo, previamente preparado para recebê-
los, obedecendo a critérios técnicos de construção e operação, e com licenciamento ambiental de
acordo com a Resolução CONAMA n9.237/97

Resíduos do Grupo B

 Os resíduos líquidos, quando não autorizado o seu descarte em esgoto sanitário, devem ser acondicionados
em recipientes apropriadas ao líquido;
 Recipientes: plástico, resistentes, rígidos e estanques, com tampa rosqueada e vedante, e identificados
adequadamente;
 Neutralização-revelador.

SOBRE A DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS DO GRUPO B A IDENTIFICAÇÃO É OBRIGATÓRIA, POR MEIO DE UM


RÓTULO COM INFORMAÇÕES. OBSERVEM A APRESENTAÇÃO DO RÓTULO DA UFG.

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