Você está na página 1de 11

PROTOCOLO 7: MANUAL DE LIMPEZA DA FACULDADE DE

ODONTOLOGIA DO CÂMPUS DE ARAÇATUBA – UNESP


Aprovado na Congregação em 23/04/2009
PROCESSO FOA-1339/200

I – OBJETIVOS

 A limpeza e a desinfecção das superfícies dos ambientes visam


proporcionar bem estar e conforto aos pacientes e aos profissionais da
área de saúde e são importantes como barreira de controle de infecção
e proteção do meio ambiente.
 A realização da limpeza e desinfecção das superfícies é fundamental
para a redução da incidência de infecções.
 Este procedimento enfatiza as técnicas adequadas em limpeza
hospitalar com base nas normas vigentes.
 O Manual de Limpeza e Desinfecção da Faculdade de Odontologia do
Câmpus de Araçatuba tem, por sua vez, o objetivo de:
1. Estabelecer as normas com as operações de limpeza da clínica;
2. Prevenir acidentes do trabalho em quaisquer de suas dependências;
3. Eliminar a sujeira das superfícies, objetos e materiais;
4. Reduzir custos;
5. Integrar os diferentes serviços buscando qualidade e eficiência nos
trabalhos executados;
6. Aprimorar técnicas por meio de pesquisas;
7. Integrar serviço de limpeza, CIPA e Segurança de Trabalho desta
unidade.

II – CONCEITOS

Limpeza: é a remoção, por meio mecânico e/ou físico, da sujidade depositada


nas superfícies inertes, que constitui suporte físico e nutritivo para os
microorganismos. O processo deve ser realizado com água, detergente e ação
mecânica e/ou manual. Deve preceder os processos de desinfecção e
esterilização.

Desinfecção: é o processo de eliminação e destruição de microorganismos,


patogênicos ou não, em sua forma vegetativa, que estejam presentes nos
artigos e em superfícies inertes, mediante a aplicação de agentes físicos e
químicos em uma superfície previamente limpa. Tais agentes são chamados
de desinfetantes ou germicidas, sendo estes capazes de destruir ou inativar
tais microrganismos.
Objetivo da desinfecção é o de evitar a propagação dos focos de infecção de
um paciente para outro.

III – CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS CONFORME A RDC N.º 50/2002

As áreas da Faculdade de Odontologia do Câmpus de Araçatuba


devem ser classificadas em:

1
 Áreas Críticas – são áreas que oferecem maiores risco de transmissão
de infecções, ou seja, áreas que realizam um grande número de
procedimentos possuindo ou não pacientes com alto risco de
comprometimento imunológico. Exemplos: Centros Cirúrgicos, Central
de Material, Clínicas ou Consultórios odontológicos, Laboratórios onde
são manipulados espécimes clínicos.
 Áreas Semicríticas – são áreas onde o risco de transmissão de
infecções é menor. Apesar de serem freqüentadas por pacientes, estes
não requerem cuidados de alta complexidade ou isolamento. Exemplos:
sala de triagem e/ou sala de espera.
 Áreas Não-Criticas – são áreas não ocupadas por pacientes. Exemplos:
áreas administrativas.

IV – TÉCNICAS DE HIGIENE DO AMBIENTE

As técnicas de higiene se dividem em três partes:

A- Limpeza concorrente
B- Limpeza Terminal
C- Limpeza de sanitários

A – Limpeza concorrente.

Entende-se por limpeza concorrente a higienização diária das


áreas. Essa limpeza tem como objetivo a manutenção do asseio, a reposição
de materiais de consumo como: sabão líquido, papel toalha, papel higiênico,
saco para lixo e inclui: a) limpeza de piso, remoção de poeira do mobiliário e
peitoril, b) limpeza completa do sanitário e c) limpeza de todo o mobiliário da
unidade (bancadas, mesa e cadeiras).

Observações importantes:
 A limpeza de portas e paredes só será realizada se houver alguma
sujidade
 A limpeza das superfícies horizontais deve ser repetida durante o dia,
pois há acúmulo de partículas existentes no ar pela movimentação de
pessoas.
 É importante padronizar a cor das luvas para a limpeza das superfícies.
Piso e sanitários padronizar-se-á o uso de luvas verdes. Para limpeza de
superfícies horizontais como mobiliários e equipamentos das clínicas ou
laboratórios, as luvas deverão ter cor amarela.
 Deve-se evitar varrer superfícies a seco. O ato de varrer o piso favorece
a dispersão de microorganismos que podem estar veiculados às
partículas de pó, por isso, recomenda-se a limpeza realizada com mops
pó.
 Com o mop água, utilizar sempre dois baldes de cores diferentes – os
baldes destinam-se a:

2
 1º balde verde – solução.
 2º balde branco– água limpa para o enxágüe.
 Não abrir ou fechar portas com as mãos enluvadas.
 Não deixar materiais de limpeza nas clínicas e/ou banheiros, devendo
ser guardados, após devidamente lavados e secos, na sala de materiais
de limpeza da unidade.
 Não deixar mops usados de molho, evitando assim a proliferação de
microorganismos.
 A revisão da limpeza deve ser feita nos três períodos: manhã, tarde e
noite.

A técnica abaixo se aplica onde a limpeza é realizada com mop água.


 Utilizar água e detergente para limpeza de superfícies;
 Separar mops para diferentes superfícies e áreas, por exemplo, mops
diferentes para limpeza de paredes, pisos, móveis, pias, etc.;
 Obedecer aos sentidos corretos para limpeza:
 Tetos: sentido unidirecional (somente numa direção).
 Paredes: de cima para baixo.
 Piso: dos fundos para a porta de entrada.
 Piso de corredores: de dentro para fora.
 Iniciar da área menos contaminada para a mais contaminada;
 Nunca realizar movimentos de vaivém, movimentos firmes de oito são
indicados;
 Iniciar a limpeza pelo teto e por último o piso.

Descrição do procedimento usual:


 Recolher os sacos plásticos contendo os Resíduos de serviços de saúde
(RSS) e realizar a limpeza do piso.
 Limpar o teto e as paredes se essas áreas estiverem sujas.
 Com o uso do mop seco ou similar, recolher as partículas e resíduos do
piso.
 Com o mop úmido ou similar, contendo água e solução detergente,
proceder à limpeza do piso, sempre da área mais limpa para a mais
suja.
 Em seguida esfrega-se o piso com mop água, de forma a espalhar
solução detergente para depois com o mesmo mop, retirar o excesso de
sabão.
 Iniciar limpeza mergulhando o mop água em balde contendo água e
solução detergente, torcendo-o no balde espremedor para retirada do
excesso.
 Enxaguar o mop água em outro balde contendo apenas água limpa.
 Repetir a operação quantas vezes for necessário e a água do balde
também deve ser trocada em cada novo procedimento.
 Secar o piso com o mop torcido e limpo.
 Repetir as operações para o restante do piso.
 Lavar os mops antes de utilizá-los em outro local.

3
 Fazer a limpeza de corredores dividindo-os ao meio, deixando um lado
livre para o trânsito de pessoas enquanto procede-se à limpeza do outro
lado.
 Utilizar placa de sinalização com o dizer “Cuidado Piso Molhado”, ou,
em determinados casos, interditar a área.
 Realizar a limpeza do mobiliário, focos e acessórios de equipamento
com álcool 70%.

Descrição do procedimento na ocorrência de contaminação do chão com


matéria orgânica, na presença de resíduos ou quando acontece queda de
material.
 Remover o excesso de matéria orgânica com papel toalha e descartá-lo.
 Eliminar a sujidade com pano limpo embebido com água e sabão e
secar a área.
 Aplicar desinfetante no local onde a matéria orgânica foi removida.

B – Limpeza Terminal

É o processo de limpeza e/ou desinfecção de todas as áreas,


objetivando a redução da sujidade e, conseqüentemente, da população
microbiana, reduzindo a possibilidade de contaminação ambiental. É realizada
periodicamente, envolvendo piso, parede, teto e mobiliário, assim como ar
condicionado.

C – Limpeza de Sanitários

- Descrição do procedimento usual:

 Preparar o equipamento: pano, escova de plástico, dois baldes, produto


de limpeza e luvas de borracha da cor verde.
 Levar o equipamento para o local.
 Encher o balde com água limpa e outro com água e sabão.
 Levantar o assento.
 Dar a descarga.
 Esfregar o interior da bacia com a escova, inclusive a área sob a borda.
 Dar nova descarga.
 Molhar o pano na solução com sabão e torcê-lo.
 Lavar o exterior da bacia, o assento de ambos os lados e as dobradiças,
dando particular atenção às partes próximas ao chão.
 Usar saponáceo se o exterior estiver muito sujo.
 Enxaguar com água limpa e secar com pano seco e limpo o exterior da
peça, assento e dobradiças.
 Recolher, limpar e guardar o material.
 Lavar as mãos após retirar os equipamentos de proteção individual
(E.P.I.)

V – UNIFORMES

4
Todos os funcionários responsáveis pela limpeza e que trabalham
nas dependências da Faculdade de Odontologia do Câmpus de Araçatuba
devem utilizar uniformes visando melhorar a qualidade dos serviços prestados,
facilitarem a identificação dentro da instituição e proteger-se contra as
infecções.

VI - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (E.P.I.)

Equipamentos de Proteção Individual ou E.P.I. são quaisquer


meios ou dispositivos destinados a serem utilizados por uma pessoa contra
possíveis riscos ameaçadores da sua saúde ou segurança durante o exercício
de uma determinada atividade. Um equipamento de proteção individual pode
ser constituído por vários meios ou dispositivos associados de forma a proteger
o seu utilizador contra um ou vários riscos simultâneos. O uso destes tipos de
equipamentos só deverá ser contemplado quando não for possível tomar
medidas que permitam eliminar os riscos do ambiente em que se desenvolve a
atividade.

Por que usar E.P.I.:

E.P.I. são ferramentas de trabalho que visam proteger a saúde do


trabalhador, reduzindo os riscos decorrentes da exposição aos diversos riscos.
O uso de E.P.I. é uma exigência da legislação trabalhista brasileira através de
suas Normas Regulamentadoras. O não cumprimento poderá acarretar em
ações de responsabilidade cível e penal, além de multas aos infratores.

Responsabilidades:

A legislação prevê que é obrigação do empregador:

• Fornecer os E.P.I. adequados ao trabalho.


• Instruir e treinar quanto ao uso dos E.P.I.
• Fiscalizar e exigir o uso dos E.P.I.
• Repor os E.P.I. danificados.

Obrigação do trabalhador:

 É obrigação do trabalhador usar, guardar e conservar os E.P.I.


 Os E.P.I. devem ser usados apenas para finalidade a que se destinam;
 O trabalhador deverá comunicar á Chefia quando houver qualquer
alteração que torne impróprio o uso dos E.P.I.

Tipos de E.P.I. que devem ser usados na Clínica:


a) Óculos de proteção
b) Luvas de Látex
c) Botas de PVC
d) Gorro
e) Máscara

5
Indicação do uso dos E.P.I. conforme as atividades:

a) Óculos de Proteção:
 Quando manusear o MOP no balde;
 Em qualquer outro procedimento que tenha o risco de respingo e que
possa ocasionar agravos à visão.
Cuidados: Os óculos devem ser sempre lavados e desinfetados.

b) Luvas de Látex:
 Quando manusear o MOP no balde;
 Quando manusear desinfetantes ou soluções químicas em geral;
 Quando coletar os RSS gerados pela Faculdade de Odontologia do
Câmpus de Araçatuba;
 Quando proceder à limpeza em geral;
 Seu uso é obrigatório em qualquer atividade que tenha o risco de lesar a
pele por contato de produtos químicos ou risco de contaminação.
Cuidados: As luvas devem ser de borracha grossa e após uso, as luvas
devem ser lavadas, descontaminadas e descartadas quando furadas. Sua
cor indicará às superfícies a que se destinam.

c) Botas de PVC:

 Em todos os locais que tenham água em excesso, onde haja risco de


quedas e locais com sujidades de sangue, secreções, etc.
Cuidados: Não é permitido o uso de chinelos, sandálias, tênis de pano ou
lona para que não haja respingamentos, umidade e contatos diretos da pele
com substâncias que possam contaminar os pés.

d) Gorro:

 Em setores fechados ou em isolamentos por aerossóis.

e) Máscaras:

 Para trabalhos onde haja odores incômodos, quartos com acessos


restritos que exigem o uso de máscaras e procedimentos onde o risco
de respingos é iminente na boca e nariz.

VII – MANUSEIO, ACONDICIONAMENTO e TRANSPORTE DOS RESÍDUOS


DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) GERADOS PELA FACULDADE DE
ODONTOLOGIA DO CÂMPUS DE ARAÇATUBA - UNESP

 Os RSS deverão ser recolhidos três vezes ao dia ou sempre que


necessário;
 Todo resíduo tem que ser acondicionado próximo ao local de geração;

6
 Os sacos colocados no interior dos recipientes ou lixeiras ou das caixas
para pérfuro-cortantes têm que ser fechados (amarrados) quando 2/3 de
sua capacidade estiverem preenchidos.
 Antes do fechamento dos sacos plásticos, deve ser retirado o ar destes
com cuidado para evitar inalação;
 A coleta dos RSS deve ser realizada de forma a não permitir o
rompimento dos sacos ou dos recipientes.
 No caso de acidentes ou derramamento dos RSS deve-se realizar a
limpeza e desinfecção simultânea do local e a chefia do setor deverá ser
comunicada;
 Ao pegar o saco plástico contendo RSS, deve-se verificar a existência
de pérfuro-cortantes no local de oclusão (fechamento) antes de lacrá-lo
com dois nós;
 Identificar o saco plástico com o nome do setor, data e hora;
 Os sacos plásticos contendo RSS, em hipótese alguma, deverão ser
reaproveitados, esvaziados e/ou recolocados no recipiente destinado
aos RSS;
 O conteúdo de um recipiente jamais deverá ser despejado em outro
recipiente, assim como o conteúdo no interior de um saco plástico
contendo os RSS não deverá ser transferido para outro saco plástico;
 Ao carregar os sacos contendo os RSS e as caixas contendo os pérfuro-
cortantes, tomar cuidado para não encostá-los no corpo, evitando
qualquer tipo de contato com possíveis pérfuro- cortantes existentes
dentro dos recipientes;
 Deve-se fazer a coleta dos RSS nos diversos setores da Faculdade de
Odontologia do Câmpus de Araçatuba, devendo estes serem
acondicionados no carrinho de coleta quando o saco plástico contiver
mais de 4,5 kg de resíduos;
 Ao acondicionar os sacos contendo os RSS no carrinho coletor,
acondicione conforme capacidade do mesmo, evitando amassar ou
apertar com as mãos os sacos plásticos, pois tal ato pode levar ao
rompimento dos sacos ocasionando acidentes com o funcionário;
 A coleta deve ser planejada em seu menor percurso e de forma que o
trânsito dos RSS seja orientado sempre no mesmo sentido, sem
provocar ruídos, evitando coincidência com fluxos de pessoas,
alimentos, medicamentos e outros materiais;
 Ao acondicionar os sacos contendo os RSS no depósito, acondicione de
trás para frente, com pilhas de no máximo três sacos, não deixando os
mesmos fora do depósito;
 Após acondicionar o sacos contendo os RSS no abrigo de lixo, fechar o
abrigo com o trinco;
 Ao abrir portas, manusear os trincos e fechaduras sem as luvas,
evitando empurrar a porta com o carrinho;
 Conduzir o carro de forma cuidadosa, andando normalmente e evitando
choques com objetos, instalações, mobiliários e pessoas.
 Recomenda-se que os recipientes ou lixeiras sejam lavados e
desinfetados diariamente.

7
VIII - TIPOS DE SACOS OU RECIPIENTES PARA ACONDICIONAMENTO
DOS RSS:

 Os resíduos infectantes devem ser acondicionados em sacos plásticos


de cor Branca Leitosa, identificados com o símbolo de “Substância
Infectante”. Os RSS de áreas altamente contaminadas devem ser
embalados em sacos duplos para garantir maior segurança contra
vazamentos;
 Os resíduos comuns devem ser acondicionados em sacos plásticos de
qualquer outra cor, padronizando-se o saco preto.
 Os recipientes para acondicionamento dos sacos podem ser de plástico
rígido ou ferro, com tampa articulada, com pedal, totalmente fechado,
identificado com símbolo de “Substância Infectante” para resíduos
infectantes e sem o símbolo para resíduos comuns;
 Os resíduos perfurantes ou cortantes devem ser acondicionados em
caixas de papelão rígido, com tampa, na cor amarela, identificadas com
o símbolo de “Substância Infectante”.
 Os resíduos especiais (químicos e radioativos) devem ser
acondicionados em recipientes rígidos, identificados com o nome,
concentração e principais características do resíduo.
 Os símbolos internacionais deverão estar presentes nas superfícies
externas dos recipientes e sacos de acondicionamento, conforme
descrito a seguir:

Reciclagem. Infectante Químico Radioativo

XIX - RECIPIENTES PARA MATERIAIS RECICLÁVEIS:

Na Faculdade de Odontologia do Câmpus de Araçatuba, caso


opte-se pela segregação dos lixos comuns objetivando a reciclagem de tais
lixos, deve-se seguir a padronização internacional para identificação nos
recipientes coletores por cores, sendo a cor verde destinada aos vidros, a cor
azul destinada ao papel, a cor amarela destinada ao metal e a cor vermelha
destinada ao plástico.

8
X - HIGIENE PESSOAL

A higiene pessoal é de extrema importância para os profissionais


da área de limpeza. Deve-se manter a perfeita higiene pessoal como banho
diário, cabelos limpos e penteados, unhas limpas e aparadas.
As mãos devem ser lavadas antes e após cada procedimento de
limpeza, após ir ao banheiro, e antes das refeições.

Lavagens das Mãos:

A lavagem das mãos é, sem dúvida, a rotina mais simples, mais


eficaz, e de maior importância na prevenção e controle da disseminação de
infecções, devendo ser praticada por toda equipe, sempre ao iniciar e ao
terminar uma tarefa.

Quando lavar as mãos:

 No início e no fim do turno de trabalho.


 Antes de preparar medicação.
 Antes e após o uso de luvas.
 Ao utilizar o banheiro.
 Antes e depois de contato com pacientes.
 Depois de manusear material contaminado, mesmo quando as luvas
tenham sido usadas.
 Antes e depois de manusear cateteres vasculares, sonda vesical, tubo
oro-traqueal e outros dispositivos.
 Após o contato direto com secreções e matéria orgânica.
 Após o contato com superfícies e artigos contaminados.
 Entre os diversos procedimentos realizados no mesmo paciente.
 Quando as mãos forem contaminadas, em caso de acidente.
 Após coçar ou assuar nariz, pentear os cabelos, cobrir a boca para
espirrar, manusear dinheiro.
 Antes de comer, beber, manusear alimentos e fumar.
 Após manusear quaisquer resíduos.
 Ao término de cada tarefa.
 Ao término da jornada de trabalho.

Técnicas de lavagem das mãos:

1. Retirar anéis, pulseiras e relógio.


2. Abrir a torneira e molhar as mãos sem se encostar à pia.
3. Colocar nas mãos aproximadamente 3 a 5 ml de sabão. O sabão deve
ser, de preferência, líquido e hipoalergênico.
4. Ensaboar as mãos e friccioná-las por aproximadamente 15 segundos.

9
5. Friccionar a palma, o dorso das mãos com movimentos circulares,
espaços interdigitais, articulações, polegar e extremidades dos dedos (o
uso de escovas deverá ser feito com atenção).
6. Os antebraços devem ser lavados cuidadosamente, também por 15
segundos.
7. Enxaguar as mãos e antebraços em água corrente abundante, retirando
totalmente o resíduo do sabão.
8. Enxugar as mãos com papel toalha.
9. Fechar a torneira acionando o pedal, com ajuda do cotovelo ou sem
nenhum toque, caso a torneira for fotoelétrica. O importante é evitar o
toque da torneira com as mãoes.

Cuidados:
 O uso de luvas não exclui a lavagem das mãos.
 Deve-se manter líquidos anti-sépticos para uso, caso não exista
lavatório no local.
 Tem-se comprovado que a contagem de microrganismos sob as unhas
e quando se está usando anéis, relógios e pulseiras são mais altos.
Portanto, deve-se manter unhas curtas e remover todas as jóias ou
acessórios presentes nas mãos e pulsos antes da lavagem das mãos.
 Realize a lavagem das mãos a cada paciente.
 Deve-se evitar lesionar as mãos. Caso as luvas sejam rasgadas ou
puncionadas durante quaisquer procedimentos, elas devem ser
removidas imediatamente, e as mãos devem ser lavadas
cuidadosamente.
 Profissionais com lesões nas mãos ou dermatites devem abster-se, até
o desaparecimento dessas lesões, de cuidar de pacientes e de
manipular instrumentos, aparelhos ou quaisquer materiais
potencialmente contaminados.

XI - PREVENÇÃO DE ACIDENTES DO TRABALHADOR E PROVIDÊNCIAS


INICIAIS:

 Todos os funcionários envolvidos na limpeza devem ser imunizados


contra o tétano e hepatite B,
 Em caso de acidentes de trabalho de servidores, notificar a direção,
CIPA e buscar orientações no setor de recursos humanos da Faculdade
de Odontologia do Câmpus de Araçatuba que prestará informações
conforme contrato trabalhista em vigor da empresa responsável pela
limpeza.
 Em caso de acidentes de trabalho de funcionários terceirizados, notificar
a direção, CIPA e buscar orientações no setor de recursos humanos da
empresa terceirizada responsável pela limpeza.

XII - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Serviços


Odontológicos: Prevenção e Controle de Riscos. Brasília: ed. Anvisa, 2006.
156 p. (Série A. Normas e Manuais Técnicos).

1
2. ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO
HOSPITALAR. Controle de Infecção na Prática Odontológica. APECIH. São
Paulo: 2000. 87 p.
3. ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO
HOSPITALAR. Limpeza, desinfecção de artigos e áreas hospitalares e anti-
sepsia. 2ª Ed, revisada. São Paulo:– APECIH, 2004. 55p.
4. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410/04 –
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. – procedimento. Rio de janeiro, 2004.
5. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Serviços Odontológicos: Prevenção e Controle de Riscos / Ministério da
Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. – Brasília: Ministério da
Saúde, 2006, 156 p.
6. BRASIL. Ministério da Saúde. Controle de infecções e a prática
odontológica em tempos de AIDS: manual de condutas. Brasília: 2000.
7. Brasil. Ministério do Trabalho e Emprego. Portaria MTE n.º 485, de 11 de
Novembro de 2005. Dispõe sobre a Norma Regulamentadora 32 - Segurança
e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Assistência à Saúde. Diário
Oficial da União, Brasília, 16 de novembro de 2005.
8. CARDOSO, G.B.; CALIL, S.J. Estudo do processo de análise de
referência aplicado à engenharia clínica e metodológica de avaliação de
indicadores de referência. Campinas: 1999.
9. HOLSBACH, L.R; VARANI, M.L.; CALIL, S.J. (Organizadores).
Manutenção Preventiva de Equipamentos Médico-Hospitalares 1. Brasília:
ed. Anvisa, 2006.
10. Perkins JJ. Principles and methods of sterilization in health
sciences. Springfield: Charles C. Thomas; 1982. Dry heat sterilization; p. 286-
310.
11. POSSARI, J.F. Centro de Material de esterilização: planejamento e
gestão. 2003, 56p.
12- SOBECC – Práticas recomendadas –centro cirúrgico, recuperação
pós-anestésica, centro de material e esterilização. 4ª Ed. Revisada – 2007,
114p.
13- BRAGA, L.C.D. Manual prático de organização e procedimentos de
serviço de zeladoria hospitalar no controle de infecção hospitalar.
Curitiba:netsul, 1997. 51p.

Você também pode gostar