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Procedimentos de

higienização
Enfª. Maria Sônia da Silva Feitosa
Oliveira
Procedimentos de
higienização
• As infecções hospitalares
constituem um grave problema de
saúde pública, tanto pela sua
dimensão como pelo seu custo nas
Instituições hospitalares.
História
• A drástica redução na incidência
da doença infecciosa que
aconteceu durante o final do
século XIX e início do século XX
resultou, em grande parte, da
compreensão de que os
microrganismos...
...continuando
• ...causam a doença e que eles
podem ser controlados por meio
de práticas assépticas.
Os métodos de controle
• estabelecidos incluem a utilização
de:
• - agentes físicos, como
desinfetantes, sobre os agentes
externos do corpo;
...continuando
• o uso de agentes químicos, como
os antissépticos, sobre os
objetos inanimados e na
superfície corporal;
...continuando
• e o uso de agentes
quimioterápicos, como os
antibióticos, para combater os
microrganismos nas superfícies
corporais e dentro do corpo.
Assepsia
• é a ausência de microrganismos
patogênicos (produtores de
doenças).
Técnica asséptica
• refere-se a
práticas/procedimentos para
auxiliar na redução de riscos de
infecção.
• Existem dois tipos de técnicas
assépticas: a assepsia clínica e
cirúrgica.
A assepsia clínica
• ou técnica de limpeza, inclui
procedimentos usados para
reduzir o número de organismos
presentes e prevenir as
transferências de organismos.
Exemplos de assepsia
clínica:
• - Higiene das mãos,
• - Usar luvas para prevenir a
transferência de organismos de
um paciente para outro ou para
prevenir contato direto com
sangue ou fluidos corporais do
paciente,
...continuando
• - uso de aventais,
• - rotinas de limpeza.
Limpeza
• é a remoção de toda sujeira e dos
resíduos visíveis por meio de
lavagem, tirar o pó ou esfregar as
superfícies que estão
contaminadas.
• A limpeza antecede a
desinfecção e a esterilização.
...continuando
• Geralmente, a limpeza envolve o
uso de água e ação mecânica com
detergentes ou produtos
enzimáticos (é um produto cuja
formulação contém além de um
tensoativo, pelo menos uma
enzima hidrolítica...
...continuando
• que tem como finalidade remover
a sujidade clínica e evitar a
formação de compostos insolúveis
na superfície desses
dispositivos).
Desinfecção
• refere-se aos processos químicos
ou físicos usados para reduzir as
quantidades de patógenos
potenciais sobre a superfície de
um objeto...
...continuando
• descreve também um processo
que elimina muitos ou todos os
microrganismos, com a exceção
de esporos de bactérias de
objetos inanimados.
Importante!!!
• Uma substância química
empregada em objetos
inanimados é chamada de
desinfetante.
...continuando
• Uma substância química usada em
objetos vivos é chamada de
antisséptico.
Atenção!
• Uma substância química é
bactericida quando mata os
microrganismos;
...continuando
• um agente que impede a
multiplicação bacteriana, mas não
mata todas as formas do
organismo é chamado de
bacteriostático.
Esterilização
• é a completa eliminação ou
destruição de todos os
microrganismos, incluindo
esporos.
...continuando
• Vapor sob pressão, gás de óxido
de etileno, plasma de peróxido de
hidrogênio e produtos químicos
são os agentes esterilizantes
mais comuns.
Importante!
• Qualquer processo empregado
para esterilizar equipamentos
deve ser efetivo na morte dos
organismos, mas não destrutivo
para o equipamento.
Classificação do
equipamento
• Itens críticos – estes precisam
ser estéreis.
• Exemplos: instrumentos
cirúrgicos, cateteres cardíacos
ou intravasculares; cateteres
vesicais e implantes.
Itens semicríticos
• estes itens entram em contato
com membranas e mucosas ou
pele não intacta. Eles precisam
ser submetidos à desinfecção de
alto nível ou esterilizados,
...continuando
• como exemplo têm-se os
equipamentos respiratórios e de
anestesia; endoscópios; cânulas
endotraqueais entre outros.
Itens não críticos
• eles entram em contato com pele
intacta, mas não membranas mucosas.
Precisam ser limpos e desinfectados,
como comadres, manguitos para
aferir a pressão arterial, grades de
cama, roupas de cama, estetoscópios
entre outros.
Importante!
• Para simplificar a classificação
das categorias a Anvisa propôs
um novo conceito para os artigos
críticos e semicríticos.
Anvisa
• Críticos – são aqueles que tem
contato direto ou indireto com
áreas estéreis do corpo,
independente de serem mucosas
ou tecidos epiteliais;
Anvisa
• Semicríticos – são aqueles que
entram em contato direto ou
indireto com mucosa, com flora
própria ou com lesões
superficiais de pele.
Assepsia cirúrgica
• ou técnica estéril previne a
contaminação de uma ferida
aberta, serve para isolar a área
operatória de um ambiente não
esterilizado e mantém um campo
estéril para cirurgia.
...continuando
• Para ser estéril, um objeto deve
estar isento de todos os
microrganismos.
• A técnica estéril é empregada para
evitar a introdução ou a disseminação
de patógenos do ambiente para
dentro do paciente.
...continuando
• Os procedimentos que exigem a
técnica estéril compreendem a
inserção de cateteres
intravenosos, injeções,
cateterismo urinário,
...continuação
• irrigação de tubos de drenagem que
entram em regiões estéreis do corpo
e todos os procedimentos
operatórios.
Na assepsia cirúrgica...
• uma área ou um objeto são
considerados contaminados se
tocados por qualquer objeto não
estéril. Por exemplo, uma ruptura
em uma luva cirúrgica expõe o
exterior da luva à superfície da
pele, deste modo contaminando-a.
Resíduos hospitalares
• Todos os procedimentos
realizados dentro de um hospital
produzem resíduos, o enfermeiro
deve se preocupar onde
descartar esses resíduos.
É exigido...
• que as instituições de saúde
pública e privadas desenvolvam
programas para o descarte de
resíduos categorizados como
infecciosos, lesivos ou perigosos
para empregados, pacientes,
visitantes, público em geral e
ambiente.
...continuando
• Muitos resíduos que os hospitais
produzem não são infectantes,
lesivos ou perigosos.
Resíduo seguro
• inclui: papel, plástico, metal e
produtos de vidro usados para
diversas finalidades dentro da
instituição de saúde.
CDC (Control disease
Center)
• Sustenta que o resíduo hospitalar
em geral não é mais infeccioso
que o resíduo residencial.
Recomendações
• As atuais recomendações são
para a incineração ou a
autoclavagem dos resíduos
infecciosos antes do descarte em
aterro sanitário.
Atenção!
• Os fluidos corporais líquidos
(sangue, urina, líquidos orgânicos
aspirados) podem ser derramados
em um ralo conectado ao sistema
de esgotos.
Resíduos de saúde
• Quando falamos dos resíduos de
saúde sempre estará associado a
qualquer atividade de natureza
médico-assistencial, humana ou
animal como as clínicas
odontológicas, veterinárias...
...continuando
• farmácias, centros de pesquisa –
farmacologia e saúde,
medicamentos vencidos,
necrotérios, funerárias, medicina
legal e barreiras sanitárias.
Nesses estabelecimentos
• são gerados resíduos com alguma
periculosidade, como resíduos
infectantes (sépticos): cultura,
vacina vencida, sangue e
hemoderivados, tecidos, órgãos,
produtos de fecundação...
...continuando
• materiais resultantes de cirurgia,
agulhas, ampolas, pipeta, bisturi,
animais contaminados, resíduos
que entraram em contato com o
paciente (secreções, refeições,
etc.).
...continuando
• resíduos especiais – rejeitos
radioativos, medicamento
vencido, contaminado,
interditado, resíduos químicos
perigosos e ...
...continuando
• os resíduos comuns que são
aqueles que não entram em
contato com o paciente
(escritório, restos de alimentos,
etc.).
Importante!
• A gestão sustentável dos resíduos
sólidos pressupõe reduzir o uso de
matérias-primas e energia, reutilizar
produzir e reciclar materiais, o que
vem ao encontro do princípio dos 3
Rs, apresentado na Agenda 21:
redução, reutilização e reciclagem de
materiais.
Gerenciamento dos Resíduos de
Serviço de Saúde (RSS)
• Constitui-se em um conjunto de
procedimentos de gestão,
planejados e implementados a
partir de bases científicas e
técnicas, normativas e legais, com
o objetivo de minimizar a ...
...continuando
• produção de resíduos e proporcionar,
aos resíduos gerados, um
encaminhamento seguro de forma
eficiente, visando a proteção dos
trabalhadores, a preservação da
saúde, dos recursos naturais e do
meio ambiente.
Plano de Gerenciamento dos
Resíduos de Serviços de Saúde
(PGRSS)
• É o documento que aponta e descreve
as ações relativas ao manejo de
resíduos sólidos, que corresponde às
etapas de: segregação,
acondicionamento, coleta,
armazenamento, transporte,
tratamento e disposição final.
Plano de Gerenciamento dos
Resíduos de Serviços de Saúde
(PGRSS)
• Deve considerar as características e
riscos dos resíduos, as ações de
proteção à saúde e ao meio ambiente
e os princípios da biossegurança de
empregar medidas técnicas
administrativas e normativas para
prevenir acidentes (ANVISA, 2006).
Referência
• Livro didático: Habilidades,
Unidade 2, Seção 2.3.
www.kroton.com.br. 2016.

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