Você está na página 1de 13

CAPÍTULO 4 – CONVECÇÃO NATURAL

Prof. Dr. Santiago del Rio Oliveira


• Surge quando uma força de corpo atua sobre um fluido na qual existem
gradientes de massa específica. O efeito líquido é uma força de empuxo, que
induz correntes de convecção natural.

• A taxa de transferência de calor na convecção natural é menor do que na


convecção forçada (menores velocidades de escoamento).

• Situação comum: escoamento de convecção natural limitado por uma


superfície, tal como uma placa vertical aquecida.

• Na convecção natural surge um coeficiente de expansão volumétrica:

1 ∂ρ
β = −  
ρ  ∂T  p

• Para um gás ideal, β = 1 T ( K ) e para líquidos β pode ser lido no Apêndice A.


• Ts > T∞ (fluido extenso e quiescente)

• O fluido próximo da placa é menos


denso e sobe, arrastando fluido da região
quiescente.

• É possível Ts < T∞ (movimento


descendente)

• Em y = 0 e y → ∞ a velocidade é zero.

gβ (Ts − T∞ )L3
• Define-se o número de Grashof: GrL =
ν2
• O número de Grashof exerce na convecção natural o mesmo papel que o
número de Reynolds exerce na convecção forçada, ou seja, espera-se que
Nu L = f (GrL , Pr ) .

forças de empuxo
• Número de Grashof =
forças de inércia

• Turbulência pode ocorrer por


instabilidades fluidodinâmicas.

• Para placas verticais

gβ (Ts − T∞ )x3
Ra x,c = Grx,c Pr = ≈ 109
να
CORRELAÇÕES EMPÍRICAS: CONVECÇÃO NATURAL EM
ESCOAMENTO EXTERNOS

• As propriedades são estimadas em T f = (Ts + T∞ ) 2 .

A placa vertical

• Correlação de Churchill e Chu (todo o intervalo de Rayleigh)

2
 0,387 Ra1L 6 
Nu L = 0,825 + 9 16 8 27 
 (
[1 + 0,492 Pr ) ] 

• Para escoamento laminar (melhor precisão):

0,670Ra1L 4
Nu L = 0,68 + Ra L ≤ 109
[1 + (0,492 Pr )9 16 ]4 9
• As duas correlações acima são válidas para placas isotérmicas (Ts constante).
Para placas com fluxo de calor constante, correlações devem ser procuradas na
literatura.

Placas inclinadas e horizontais

• Para superfície superior e inferior de placas inclinadas resfriadas e aquecidas,


respectivamente, e para 0 ≤ θ ≤ 60o , g deve ser substituído por g cos θ nas
correlações de placa vertical para Nu L .

• Para condições térmicas opostas, a literatura deve ser consultada.


Escoamento movidos pelo
empuxo em uma placa inclinada:

(a) vista lateral de escoamento


nas superfícies superior e
inferior de uma placa fria
(Ts < T∞ ), (b) vista da
extremidade do escoamento na
superfície inferior de uma placa
fria, (c) vista lateral de
escoamentos nas superfícies
superior e inferior de uma placa
quente (Ts > T∞ ), e (d) vista da
extremidade do escoamento na
superfície superior de uma placa
quente.
Escoamentos movidos
pelo empuxo em placas
horizontais frias (Ts < T∞ )
e quentes (Ts > T∞ ) :

(a) superfície superior de


placa fria, (b) superfície
inferior de placa fria, (c)
superfície superior de
placa quente, e (d)
superfície inferior de
placa quente.
• Para placas horizontais, deve-se calcular o comprimento característico:

As (área superficial da placa)


L=
P (perímetro da placa)

• Superfície superior de uma placa aquecida ou superfície inferior de uma


placa resfriada:

Nu L = 0,54 Ra1L 4 (104 ≤ Ra L ≤ 107 )

Nu L = 0,15Ra1L 3 (107 ≤ Ra L ≤ 1011 )

• Superfície inferior de uma placa aquecida ou superfície superior de uma


placa resfriada:

Nu L = 0,27 Ra1L 4 (105 ≤ Ra L ≤ 1010 )


O cilindro horizontal longo

• Correlação de Morgan (1975):

hD
Nu D = = CRa nD
k

• Correlação de Churchill e Chu (1975):


2
 0,387Ra1D6 
Nu D = 0,60 + 9 16 8 27 
RaD ≤ 1012
 [1 + (0,559 Pr) ] 

Esferas

• Correlação de Churchill (2002) válida para Pr ≥ 0,7 e Ra D ≤ 1011:

0,589Ra1D4
Nu D = 2 +
[1 + (0,469 Pr)9 16 ]4 9

Você também pode gostar