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Aula 22 – Convecção Natural

UFJF/Departamento de Engenharia de Produção e


Mecânica

Prof. Dr. Washington Orlando Irrazabal Bohorquez


Correlações empíricas: Convecção natural
em escoamentos externos
Placas inclinadas
• Componente da aceleração gravítica paralela à placa: g cos θ
Ts > T
Ts < T

• Quando o fluido se mantém junto à parede, as correlações de Churchill e


Chu são utilizadas, desde que 0  θ  60º e substituindo g por g cos θ

• Quando o fluido tem tendência a afastar-se da parede, o coeficiente de


convecção aumenta e as correlações apresentadas não são válidas
Correlações empíricas:
Placas horizontais
• A força de impulsão é normal às placas.
• O escoamento e a transmissão de calor dependem de: a placa
estar aquecida ou arrefecida e de a troca de calor se dar na face
superior ou inferior.
• Face superior de placa aquecida ou Face inferior de placa arrefecida.

Ts > T Ts < T

Nu L  0.54 Ra1/4
L 10 4
 Ra L  10 7
, Pr  0,7 

Nu L  0.15 Ra1/3
L 10 7
 Ra L  1011
, qualquer Pr 
• Como é que h varia com L quando Nu L  Ra1L 3
Correlações empíricas:
Placas horizontais
• Face inferior aquecida ou face superior arrefecida

Ts  T Ts  T

Nu L  0.52 Ra1/5
L 10 4
 Ra L  10 9
, Pr  0,7 

• Por que razão estas condições conduzem a uma menor taxa de


transmissão de calor do que as do slide anterior?
Correlações empíricas:
Cilindro horizontal
• Desenvolvimento da camada limite e variação do número de
Nusselt local para um cilindro aquecido:

• Número de Nusselt médio (Churchill e Chu ):


2
 1/6

 0.387 Ra D 
Nu D  0.60   Ra D  1012
9/16 8/27
 1   0.559 / Pr   
   
• Única correlação para uma ampla faixa de número de Rayleigh.
Correlações empíricas:
Cilindro horizontal

• Para um cilindro isotérmico, Morgan sugere uma expressão com a


forma:

Onde C e n são dados na Tabela:


Correlações empíricas:
Esferas

• Número de Nusselt médio:

0.589 Ra1/D 4
Nu D  2 
9 /16 4 / 9
1   0.469 / Pr  
 

• O que sucede quando RaD  0 ?


Correlações empíricas:
Escoamentos internos entre placas paralelas

• L/S pequeno: camadas limites não chegam a coalescer e cada


placa comporta-se como se estivesse isolada.

• L/S elevado: há interacção entre camadas limites.


Correlações empíricas:
Escoamentos internos entre placas paralelas
• Correlações de Elenbaas
a) Placas isotérmicas à mesma temperatura, Ts
34
1 S   35 
Nus  Ras   1  exp    

24 L
    Ra s  S L  
q A S g  T  T  S 3
Nu s  Ras  s 
Ts  T k 
No limite de escoamento completamente desenvolvido, S/L  0:
1 S
Nus,fd  Ras L
24  
b) Uma placa isotérmica à temperatura Ts,1 e a outra
isolada; para a placa isotérmica tem-se
1 S
Nus,fd  Ras L
12  
Correlações empíricas:
Escoamentos internos entre placas paralelas

c) Placas com fluxo constante e igual nas superfícies:

12
 * S
Nu s , L , fd  0.144  Ra s 
 L

qs S g  q  S 4
Nu s , L  Ra *s  s
Ts , L  T k k

d) Uma placa com fluxo fluxo constante e a outra isolada:

12
 * S
Nu s , L , fd  0.204  Ra s 
 L
Correlações empíricas:
Escoamentos internos entre placas paralelas
• Correlações de Bar ̶ Cohen e Rohsenow: 1 2
(a) Condições isotérmicas  C1 C2  Ts  T
Nu s   2
 12 T 
Casos (i) e (iii)  Ra s S L  Ra s S L   2
1 2
(b) Condições isotérmicas  C1 C2  Ts , L  T
Casos (ii) e (iv) Nu s   *  25 T 
Ra
 s S L Ra s S L   2

Caso Condições de fronteira C1 C2 Sótimo Smáx/Sóti


Placas simétricas isotérmicas, 
2.71 Ras S 3 L 
1 4

(i) Ts,1=Ts,2 576 2.87 1.71

(ii)
Placas com fluxo constante
48 2.51

2.12 Ras* S 4 L  1 5

4.77
qs,1  qs, 2

2.15 Ras S 3 L  1 4

(iii) Uma placa isotérmica e uma isolada 144 2.87 1.71

Uma placa com fluxo constante e 


2.51 Ras S 4 L 
1 5

(iv) uma isolada 24 2.51 4.77


Correlações empíricas:
Escoamentos internos entre placas paralelas

• Placas isotérmicas

 S diminui  Nu s diminui, mas nº placas pode aumentar


Logo, existe Sopt que maximiza a taxa de transmissão de calor.

 Smax é a distância entre placas que maximiza o calor trocado em


cada placa.
• Placas com fluxo constante

 S diminui  diminui a taxa de t.c. por unidade de volume; Ts aumenta


Ts não pode aumentar indefinidamente, existe Sopt que maximiza a
taxa de t.c. por unidade de diferença de temperatura [ Ts(L) - T ].

 Smax é a distância entre placas que, para um dado fluxo, minimiza a


temperatura da superfície.
Correlações empíricas:
Escoamentos internos em cavidades
• Cavidades retangulares

 Paredes opostas a temperaturas diferentes e restantes


paredes perfeitamente isoladas

g  T1  T2  L3 q  h T1  T2 


RaL 


 Cavidade horizontal    0  180 


 Cavidade vertical    90 
Correlações empíricas:
Escoamentos internos em cavidades
• Cavidades horizontais
 Aquecimento na base   0 .
Camada de fluido termicamente estável.

Nu L  hL  1 RaL  RaL,c  1708


k
Instabilidade térmica provoca correntes de convecção regulares
de forma celular.

1708  Ra L  5  104

O escoamento passa a turbulento.

Nu L  0.069 Ra1/L 3 Pr 0.074 3 105  Ra L  7  109


Correlações empíricas:
Escoamentos internos em cavidades
• Cavidades horizontais
 Aquecimento no topo   180  .

– Camada de fluido incondicionalmente estável

Nu L  1
– A transferência de calor da superfície superior para a
superfície inferior é exclusivamente por condução,
independentemente do valor de RaL.
Correlações empíricas:
Escoamentos internos em cavidades
• Cavidade vertical
 Fluido sobe pela parede aquecida e desce pela parede fria.
 Para baixos números de Rayleigh (RaL ≤ 103) o movimento devido
ao empuxo é fraco e a troca de calor se dá por condução.
o Para razões de forma de diferentes
intervalos de (H/L), temos as seguintes
correlações:

Onde:
H = é a altura da cavidade;
L = é a largura da cavidade.
Correlações empíricas:
Escoamentos internos em cavidades
• Cavidade vertical
o Para razões de forma de diferentes intervalos de (H/L), temos as
seguintes correlações:
Correlações empíricas:
Escoamentos internos em cavidades
• Cavidades inclinadas

 Relevante para coletores solares planos.

 A taxa de transmissão de calor depende do ângulo de


inclinação  relativamente a um ângulo de inclinação crítico
*, cujo valor é função de H/L.
Correlações empíricas:
Escoamentos internos em cavidades
• Cavidades inclinadas
 A taxa de transmissão de calor depende também de RaL
relativo a um valor crítico RaL,c  1708/cos  .
 Correlações:
Hollands et al.:

Catton:

Ayyaswamy and Catton :


Correlações empíricas:
Escoamentos internos em cavidades anulares
• Cilindros concêntricos

keff : condutibilidade térmica efetiva

 Numero de Rayleigh crítico:


Correlações empíricas:
Escoamentos internos em cavidades anulares
• Esferas concêntricas
 Correlação de Raithby and Hollands:
4  keff  Ti  To 
q
1  1 
r r 
 i  o
 Condutibilidade térmica efetiva:
100  Ras  104 : Ras  100 :
1/4
keff keff
k
 0.74 Pr
0.861  Pr   Ra 
s
1/4

k
1
Convecção forçada – Convecção natural
• Os efeitos de convecção forçada e natural são ambos importantes se:
Gr
L 
ReL2   1

• O efeito de convecção natural é dominante se:  


GrL ReL2   1

• O efeito de convecção forçada é dominante se: Gr L 


ReL2   1

• Correlações para transmissão de calor por convecção em regime misto


n n n
Nu  Nu FC  Nu NC

+ : Força de impulsão atua no mesmo sentido ou


perpendicularmente ao escoamento.
̶ : Força de impulsão atua no sentido oposto ao do
escoamento.

n3
Exercício 22.1
Um coletor solar tem um canal formado por placas paralelas que está
conectado a um reservatório de armazenamento de água na sua
parte inferior e a um sumidouro de calor na parte superior. O canal
está inclinado em θ = 30° em relação à vertical e tem uma placa de
cobertura transparente. Radiação solar transmitida através da placa
de cobertura e da água mantém a placa de absorção isotérmica a
uma temperatura Ts = 67 °C, enquanto a água que retorna para o
reservatório, vinda do sumidouro, está a T∞ = 27 °C. O sistema opera
como um termossifão, no qual o escoamento da água é induzido
exclusivamente pelas forças de empuxo. O espaçamento entre as
placas é de S = 15 mm e o comprimento das placas é de L = 1,5 m.
Admitindo que a placa de cobertura seja adiabática em relação à
transferência de calor por convecção para ou da água, estime a taxa
de transferência de calor da placa de absorção para a água, por
unidade de largura da placa, que é normal à direção do escoamento
(W/m).
Premissas:
a) Camada limite entre placas planas paralelas com
fluido quiescente na entrada e na saída.
b) Propriedades constantes.
Propriedades d’água T  Ts  T  / 2= 320 K. Tabela A-6.
Desde que RaS(S/L) > 200, Eq. 9.47 pode ser utilizada:

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