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Aluno: Bruno Silva da Fonseca

Matricula: 201750071
Professor: Dalmedson Gaúcho Filho

G2 Transferência de Calor e Massa

1 CONVECÇÃO DO CALOR

Usamos o termo convecção para descrever a transferência de energia entre uma


superfície e um fluido em movimento sobre essa superfície. A convecção inclui
transferência de energia pelo movimento global do fluido (advecção) e pelo movimento
aleatório das moléculas do fluido (difusão).
O conceito de camada limite é crucial para o entendimento da transferência de calor por
convecção. Quando um fluido escoa ao longo de uma superfície, seja o escoamento em
regime laminar ou turbulento, as partículas na vizinhança da superfície são desaceleradas
em virtude das forças viscosas. A porção de fluido contida na região de variação
substancial de velocidade é denominada de camada limite hidrodinâmica.

Camada limite hidrodinâmica

Da mesma forma que uma camada limite hidrodinâmica se forma quando há o


escoamento de um fluido sobre uma superfície, uma camada limite térmica deve se
desenvolver se houver diferença entre as temperaturas do fluido na corrente livre e da
superfície.

Camada limite térmica

1.1 Problemas geração de calor por Convecção

O fluxo ou a taxa de transferência de calor são de capital importância em qualquer


problema de convecção. Essas grandezas podem ser determinadas pela Lei de
resfriamento de Newton, que depende do conhecimento do coeficiente convectivo ou
coeficiente de película. É por esse motivo que a determinação desse coeficiente é visto
como o problema da convecção.

Regimes de escoamento – laminar e turbulento: Uma etapa essencial no tratamento


de qualquer problema de convecção é a determinação se o escoamento é laminar ou
turbulento.

Fluxo laminar e turbulento


A transição do regime laminar para turbulento é determinada pelo Número de Reynolds
que é um número adimensional que representa a razão entre as forças de inércia e as
forças viscosas que atuam no escoamento.

• ρ é a massa específica;
• V é a velocidade característica;
• D é o comprimento característico;
• μ é a viscosidade dinâmica do fluido;

Parâmetros adimensionais da convecção: São obtidas equações empíricas através da


técnica de análise dimensional combinada com experiências, onde os coeficientes de
película são calculados a partir de equações empíricas obtidas correlacionando-se os
dados experimentais com o auxílio da análise dimensional. Por isso, precisamos conhecer
alguns parâmetros adimensionais, tais como:

• Número de Reynolds;
• Número de Prandtl;
• Número de Nusselt;
• Número de Peclet.

1.2 Convecção Forçada

Convecção Forçada em escoamentos externos: Exemplos incluem escoamentos sobre


uma placa plana, escoamentos sobre superfícies curvas, tais como esferas, cilindros,
aerofólios ou pás de turbinas. O principal objetivo é determinar o coeficiente de película
em diferentes geometrias de escoamento, ou seja, obter formas específicas para as
funções que representam esses coeficientes.
Pela adimensionalização das equações da camada-limite, conclui-se que os coeficientes
de convecção podem ser correlacionados por equações com a forma:

Nu = f (Re, Pr) = hLc


k

Placa plana em escoamento paralelo

2 CONVECÇÃO EM CILINDROS E ESFERAS

Cilindro em escoamento cruzado

Para escoamentos em torno de cilindros o número de Reynolds é definido como:

Re =ρVD = VD
μ v

Onde D é o diâmetro do cilindro.


Todas as propriedades são avaliadas na temperatura de filme Tf.

Tf = Ts + T∞
2

Escoamento cruzado em matrizes tubulares


Arranjo Alinhado Arranjo alternado

Escoamento cruzado em matrizes tubulares: Existem duas correlações para


determinarmos a transferência de calor em bancos de tubos. Uma é baseada nas
temperaturas de entrada e a temperatura da superfície dos tubos e a outra é baseada nas
temperaturas de entrada e saída do fluido externo. Correlação de Grimison, baseada na
temperatura de entrada e na temperatura da superfície dos tubos. Correlação de
Zukauskas, baseada nas temperaturas de entrada e saída do fluido.

As constantes C1 e m

Para bancos de tubos com menos de 10 colunas de tubos, NL<10 temos que:
Nu(NL<10) = C2Nu(NL≥10)
E C2 é encontrado na tabela abaixo:

Cálculo do número de Reynolds máximo: Acontece quando a velocidade do escoamento


é máxima. Portanto, precisamos calcular a velocidade máxima Vmax.

Remax = VmaxD
ν

Taxa de transferência de calor: A taxa de transferência de calor por unidade de


comprimento dos tubos pode ser calculada por:

q’= N (hπD∆Tml)

Onde ∆Tml é a média logarítmica das diferenças de temperatura.

3 CONVECÇÃO DO CALOR EM ESCOAMENTOS INTERNOS


Regime do escoamento:

• Regime laminar Re ≤ 2300

• Regime turbulento Re ≥ 2300

Convecções em escoamentos internos

Considerações térmicas:

• Temperatura média:

• É uma temperatura de referência conveniente para escoamentos internos e


desempenha um papel muito semelhante a T∞.

• É a temperatura média do fluido na seção transversal do tubo.

Problemas de interesse:

• Escoamento interno com fluxo térmico na superfície constante;

• Escoamento interno com temperatura superficial constante;


Balanço de energias

Todas as propriedades devem ser avaliadas em:

Tm = Tm,ent+Tm,sai
2

• Análise térmica e correlações da convecção:

• Escoamento laminar em tubos circulares;

• Escoamento turbulento em tubos circulares;

• Escoamento laminar e turbulento em tubos não-circulares;

Análise térmica e correlações da convecção:


• Escoamento turbulento em tubos circulares;
• Uma correlação válida é proposta por Dittus-Boelter:

Nu = 0,023Re4/5Prn n = 0,4 para aquecimento Ts > Tm


n = 0,3 para resfriamento Ts < Tm
Escoamento em dutos não-circulares;
• Para escoamentos laminares

• Análise térmica e correlações da convecção:


• Escoamento em dutos não-circulares;
• Para escoamentos laminares

4 CONVECÇÃO NATURAL

• Este fenômeno acontece quando uma força de corpo atua sobre um fluido no qual
existem gradientes de massa específica.
• O efeito líquido é uma força de empuxo, que induz correntes de convecção
natural.

• Como as velocidades em escoamentos de convecção natural são muito


menores do
que aquelas associadas à convecção forçada, as taxas de transferência de calor
também serão menores.

• Aplicações:
• Influencia significativamente as temperaturas de operação em dispositivos
eletrônicos;
• Influencia na determinação de perdas de calor ou cargas térmicas em sistemas de
aquecimento, ventilação e condicionamento de ambientes;

Aplicações:

• É relevante para as ciências do meio ambiente, onde é responsável pelos


movimentos dos oceanos e da atmosfera.
• Se a diferença de temperaturas é superior a um valor crítico, as condições são
instáveis e as forças de empuxo superam as forças viscosas.

• Escoamentos não-confinados:

Equações da convecção natural:


• Considerando a variação da massa específica apenas devido a variação da
temperatura, pode-se fazer uso do “Coeficiente de expansão volumétrica térmica”,
β.

• Equações da convecção natural – parâmetros adimensionais:


• O número de Grashof, Gr, representa a razão entre as forças de empuxo e as forças
viscosas. Este parâmetro é definido como:
• É este parâmetro que determina se a convecção natural ou a convecção forçada que
domina o fenômeno de transferência de calor.

• Equações da convecção natural – parâmetros adimensionais:


• Outro parâmetro importante que determina o regime do escoamento é o número
de Rayleigh, definido como:

Ra = Gr Pr =gβ Ts − T∞ Lc³
να

• Equações da convecção natural – problemas de interesse:

• Escoamentos externos:
• Placa plana vertical;
• Placas inclinadas e horizontais;
• Cilindro horizontal;
• Esferas.

• Equações da convecção natural – problemas de interesse:


• Placa plana vertical:
• Correlação empírica para o número de Nusselt:
• Equações da convecção natural – problemas de interesse:
• Placa plana inclinada:

• Equações da convecção natural – problemas de interesse:


• Placa plana horizontal:
• Superfície superior de uma placa aquecida ou superfície inferior de uma placa
resfriada.

5 CONVECÇÃO NATURAL EM ESCOAMENTOS INTERNOS

• Problemas de interesse:

• Escoamento entre placas paralelas verticais ou inclinadas;

• Escoamento entre cilindros concêntricos;


• Escoamento entre placas paralelas verticais ou inclinadas;

As placas podem ser uma série de aletas


usadas para aumentar a transferência de
calor ou podem ser placas de circuitos
eletrônicos.

• Escoamento entre placas paralelas verticais ou inclinadas;

• Em canais curtos (L/S pequenos) a camada


limite se desenvolve independentemente
– escoamentos externos;
• Em canais longos (L/S grandes) as camadas
limites se encontram – escoamento interno;

• Escoamento entre placas paralelas verticais ou inclinadas;

• 1° situação – placas verticais (θ = 0)


b) Uma placa isotérmica e outra isolada;
Os números de Nusselt e Rayleigh são definidos
como:
• Escoamento entre placas paralelas verticais ou inclinadas;

• 2° situação – placas inclinadas (θ ≠ 0)


Correlação de Azevedo e Sparrow:

- Para placas isotérmicas e isotérmica-isolada e


0 < θ < 45°
As propriedades são avaliadas em:
Nu =[0,645 Ra S/L]¼

Tm = Ts + T∞
2

• Escoamento entre cilindros concêntricos;

O fluido sobe pela parede aquecida e desce pela parede fria.


A taxa de transferência de calor.

• Convecção natural e forçada combinadas:


• Quando Gr ≈ 1 tem-se que as forças de empuxo se equivalem às forças viscosas;
Re²
• Neste caso temos efeitos combinados de convecção forçada e convecção natural
(convecção mista);
• É pratica usual correlacionar os resultados para transferência de calor por
convecção mista em escoamentos externos e internos por uma expressão da forma:

Nun = NuFn ± NuN

• NuF e NuN são determinados por correlações para a convecção forçada pura e para
convecção natural pura.
• A melhor correlação é obtida com n=3 embora valores de 7/2 e 4 possam ser mais
adequados para escoamentos transversais.

6 TROCADOR DE CALOR

• O processo de troca de calor entre dois fluidos que estão a diferentes temperaturas
e se encontram separados por uma parede sólida ocorre em muitas aplicações da
engenharia;

• O equipamento usado para implementar esta troca de calor é conhecido por


trocador de calor.

• As aplicações podem ser encontradas no aquecimento de ambientes, no


condicionamento de ar, na recuperação de calor, na produção de potência, etc.

6.1 Tipos de trocadores de calor

• Os trocadores de calor são classificados em função da configuração do escoamento


e do tipo de construção.
• Quanto a configuração do escoamento, os trocador de calor podem ser classificados
como:
• De escoamento paralelo;
• De escoamento contracorrente;
• De escoamento cruzado;
• Tipos de trocadores de calor
• Quanto a configuração do escoamento, os trocador de calor podem ser classificados
como:
• De escoamento paralelo;

• Tipos de trocadores de calor


• Quanto a configuração do escoamento, os trocador de calor podem ser classificados
como:
• De escoamento contracorrente;

• Tipos de trocadores de calor


• Quanto a configuração do escoamento, os trocador de calor podem ser classificados

como:
• De escoamento cruzado.
• Tipos de trocadores de calor
• Quanto a configuração do escoamento, os trocador de calor podem ser classificados

como:
• De escoamento cruzado.

• Tipos de trocadores de calor

• Os trocadores de calor são classificados em função da configuração do escoamento


e do tipo de construção.
• Quanto ao tipo de construção, os trocador de calor podem ser classificados como:
• De tubos concêntricos (bitubular);
• De casco e tubos;
• Compactos;

• Tipos de trocadores de calor


• Quanto ao tipo de construção, os trocador de calor podem ser classificados como:
• De tubos concêntricos (bitubular);

• Tipos de trocadores de calor


• Quanto ao tipo de construção, os trocador de calor podem ser classificados como:
• De casco e tubos;
• Tipos de trocadores de calor
• Quanto ao tipo de construção, os trocador de calor podem ser classificados como:
• De casco e tubos;

• Tipos de trocadores de calor


• Quanto ao tipo de construção, os trocador de calor podem ser classificados como:
• Compactos:
• Utilizados para atingir superfícies de transferência de calor muito grandes por
unidade de volume;
• possuem densas matrizes tubulares aletadas ou placas;
• são tipicamente usados quando pelo menos um dos fluidos é um gás;
• As seções de escoamento associadas aos trocadores de calor compactos são
tipicamente pequenas e o escoamento é geralmente laminar.
• O coeficiente global de transferência de calor:
• Uma etapa essencial na análise de trocadores de calor é a determinação do
coeficiente global de transferência de calor.
• Esse coeficiente é definido em função da resistência térmica total à transferência de
calor.
• Leva-se em consideração as resistências convectivas, as resistências condutivas,
resistência térmica adicional (devida a deposição de partículas na parede).
• No cálculo da resistência térmica também devemos levar em conta os efeitos
causados pelas aletas.

• Análise de trocadores de calor:


• Uso da média logarítmica das diferenças de temperaturas
• Fazendo o balanço de energias no fluido quente e no fluido frio, obtemos as
seguintes relações:

• Análise de trocadores de calor:


• Uso da média logarítmica das diferenças de temperaturas
• Trocador de calor com escoamento paralelo.
• Uso da média logarítmica das diferenças de temperaturas
• Trocador de calor com escoamento paralelo.
• A diferença de temperaturas média ∆Tm apropriada é uma média logarítmica das
diferenças de temperaturas.

q = UA∆Tml

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