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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ROSEMAR PIMENTEL

CENTRO UNIVERSITÁRIO GERALDO DI BIASE

Máquinas
Térmicas
CURSO: Engenharia Mecânica
NOME DO DOCENTE: Rogério Arving Serra
MÁQUINAS TÉRMICAS

CONTEÚDO(S): OBJETIVO:

Introdução de conceito fundamentais Permitir ao aluno entender as principais


usados em sistemas térmicos. características de equipamentos térmicos.

2
ROTEIRO DA AULA

EXPOSIÇÃO DO CONTEÚDO

Assista o Vídeo Explicativo que se encontra no NEAD.

TEXTO BASE/SAIBA MAIS

Michel J. Moran ... [et al]; tradução Carlos Alberto Biolchini da Silva. Introdução a
Engenharia de Sistemas Térmicos: termodinâmica, mecânica dos fluidos e
transferência de calor Rio de Janeiro LTC 2014.

TAREFA
Realize as atividades postadas no NEAD.

ENCONTRO ONLINE

LINK: htts://meet.jti.si/EngenhariaMecanicaUGB8período.
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RECAPITULANDO...
Em nossa última aula...

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CONTEÚDO

• DEFINIÇÕES BÁSICAS EM SISTEMAS TÉRMICOS


• FORMAS DE ENERGIA
• CONSERVAÇÃO DA ENERGIA
• CICLOS DE POTÊNCIA
• TROCADORES DE CALOR

5
DEFINIÇÕES BÁSICAS EM SISTEMAS TÉRMICOS

• SISTEMAS

São todos os equipamentos (corpos) objetos de estudo.

TIPOS DE SISTEMAS

• SISTEMA FECHADO (MASSA DE CONTROLE)

É aquele que possui quantidade fixa de matéria. Exemplo tanque de armazenamento de gases.

• SISTEMA ISOLADO

É aquele que não interage com o ambiente. Exemplo tanque de armazenamento de gases com paredes
adiatérmicas.

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DEFINIÇÕES BÁSICAS EM SISTEMAS TÉRMICOS

• SISTEMA ABERTO OU VOLUME DE CONTROLE

É aquele que permite o escoamento de massa através da fronteira. Exemplos bombas e turbinas.

• VIZINHANÇA OU AMBIENTE

São demais equipamentos (corpos) que podem interagir com o equipamento foco do estudo.

• FRONTEIRA

Compreende a região de interação entre o sistema e sua vizinhança.

• ESTADO

Condição de um sistema descrito por sua propriedades.

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DEFINIÇÕES BÁSICAS EM SISTEMAS TÉRMICOS

• PROCESSO TERMODINÂMICO
Passagem de um estado para outro através de uma transformação termodinâmica.
• PROPRIEDADES EXTENSIVA
São aquelas propriedades dependem da dimensão do sistema. Exemplos: Massa e volume.
• PROPRIEDADES INTENSIVAS
São aquelas propriedades que independem da dimensão do sistema. Exemplos massa específica e ponto
de fusão.
• REGIME DE ESCOAMENTO
ESCOAMENTO ESTACIONÁRIO OU PERMANENTE
São aqueles que as propriedades são independentes do tempo.
ESCOAMENTO TRANSIENTE
São aqueles que as propriedades são dependentes do tempo. 8
DEFINIÇÕES BÁSICAS EM SISTEMAS TÉRMICOS

• HIPÓTESE DO CONTÍNUO
Admite que a matéria é considerada uniformemente distribuída ao longo de uma região. Quando as substâncias
podem ser tratadas como meios contínuos, é possível falar de suas propriedades termodinâmicas intensivas “em um
ponto”.
• MASSA ESPECÍFICA

É a razão entre massa (M) e volume (V).

𝜌 = lim [ M
V
] (1)
𝑉→𝑉′

Onde: v’ = é igual ao menor volume para o qual existe um valor definido da razão, ou seja v’ é o menor volume para
o qual a matéria pode ser considerada um meio contínuo e é normalmente pequeno o suficiente para ser
considerado um “ponto”. 9
DEFINIÇÕES BÁSICAS EM SISTEMAS TÉRMICOS

• PRESSÃO
A pressão p em um ponto específico é a razão entre a Força normal (FN ) exercida sobre a área do “ponto” (A).
p = lim [ FN] (2)
A
onde: F = força normal e A = área do ponto.
N
𝐴→𝐴′

• CICLO TERMODINÂMICO
Sequência de processos que se iniciam e terminam no mesmo estado. No caso o ciclo 1,2,3,4 e 1

10
DEFINIÇÕES BÁSICAS EM SISTEMAS TÉRMICOS

TERMOLOGIA

• TEMPERATURA

Grandeza que caracteriza o estado térmico de um sistema, seu conceito tem origem em percepções sensoriais,
assim a temperatura é definida como medida do grau de agitação térmica das partículas que compõem a
matéria.
• PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO TÉRMICO
Dois corpos em temperaturas diferentes interagem trocando calor até atingirem a mesma temperatura.

T1 ≠ T2 e T1 > T2
Onde:
T1 e T1 são respectivamente s temperaturas dos corpos 1 e 2.
11
Q = calor trocado e Δt o tempo decorrido.
DEFINIÇÕES BÁSICAS EM SISTEMAS TÉRMICOS

• LEI ZERO DA TERMODINÂMICA

Caso dois gases A e B estiverem em equilíbrio térmico com um gás C, eles também estarão em equilíbrio térmico
entre si.

12
DEFINIÇÕES BÁSICAS EM SISTEMAS TÉRMICOS

• ESCALAS TERMOMÉTRICAS

13
DEFINIÇÕES BÁSICAS EM SISTEMAS TÉRMICOS

RELAÇÕES ENTRE AS ESCALAS TERMOMÉTRICAS


• Relação entre as escalas Kelvin e Celsius
TK = TC + 273 K (3)
• Relação entre as escalas Rankine e Fahrenheit
TR = TF + 460 oF (4)
• Relação entre as escalas Celsius e Fahrenheit
TC = TF − 32 (5)
5 9
onde:
TK = temperatura Kelvin;
TC = temperatura Celsius;
TR = temperatura Rankine;
14
TF = temperatura Fahrenheit.
DEFINIÇÕES BÁSICAS EM SISTEMAS TÉRMICOS

RESERVATÓRIO TÉRMICO
É um tipo especial de sistema que sempre mantem a sua temperatura constante, mesmo que seja adicionada ou
removida energia através de transferência de calor. Exemplos: atmosfera e grandes corpos de água como
oceanos e lagos.

TIPOS DE PROCESSOS
• PROCESSOS IRREVERSÍVEIS
São todos os processos que ocorrem naturalmente em apenas um sentido, não retornado espontaneamente a
condição inicial.
• PROCESSO REVERSÍVEL
São todos aqueles onde ocorrendo uma pequena modificação no sistema e na vizinhança, eles retornam a
condição inicial quando a modificação é revertida.
15
DEFINIÇÕES BÁSICAS EM SISTEMAS TÉRMICOS

DIAGRAMA p x v
• Temperatura crítica (Tc)
Temperatura em que coexistem as fases sólido, líquido e vapor.
• (T < Tc )
A pressão se mantém constante na região líquido vapor. Nas regiões
monofásicas a pressão e volume são inversamente proporcionais.

• (T > Tc )
A pressão e o volume são inversamente proporcionais e sempre ocorre
sublimação.

16
FORMAS DE ENERGIA

PRINCÍPIOS DE CALORIMETRIA
• ENERGIA TÉRMICA
É o somatório das energias das partículas de um corpo e depende da sua temperatura e do número de
partículas existentes.
3
ET = 2 𝜎  T (6)
onde:
ET = energia térmica,
𝜎 = 1,38 x 1023 J/K (constante de Boltzamann) e
T = temperatura Kelvin.

17
FORMAS DE ENERGIA

• CAPACIDADE TÉRMICA OU CAPACIDADE CALORÍFICA (C)


Indica a quantidade de calor de calor que um corpo precisa receber ou ceder para que sua temperatura
varie uma unidade.

Q
C = ΔT (7) onde: Q = calor e ΔT = variação de temperatura.

CAPACIDADE TÉRMICA OU CAPACIDADE CALORÍFICA A VOLUME CONSTANTE (Cv)


Q
Cv = ΔT (8)

CAPACIDADE TÉRMICA OU CAPACIDADE CALORÍFICA A PRESSÃO CONSTANTE (Cp)


Q
Cp = ΔT (9)
18
FORMAS DE ENERGIA

• CALOR ESPECÍFICO (c)

Indica a quantidade de calor que cada unidade de massa do corpo precisa receber ou ceder para que sua
temperatura varie de uma unidade. Tc

Q
c = MC ou c = (10)
M∙ΔT

CALOR ESPECÍFICO A VOLUME CONSTANTE(cv)

Q
cv = M∙ΔT (11)

CALOR ESPECÍFICO A PRESSÃO CONSTANTE (cp)

Q
cp = M∙ΔT (12)
19
FORMAS DE ENERGIA

CALOR (Q)

É a energia em trânsito decorrente de diferença de temperatura entre dois corpos (sistema/vizinho) que
interagem através da fronteira.
PROCESSOS DE PROPAGAÇÃO DE CALOR
Condução
É o processo de propagação de calor no qual a energia térmica é transmitida partícula a partícula de um meio e é
característica de substâncias no estado sólido sua equação geral é dada por:

Qcond = kTA  dT
dx
(13)

onde: Qcond = calor propagado por condução, K = condutividade térmica, A = área da seção transversal e
dT
dx
= gradiente de temperatura em função da posição. 20
FORMAS DE ENERGIA

Convecção
É o processo de propagação de calor no qual a energia térmica é se propaga em razão do movimento da massa de
um fluido.

Qcond = hcA  [Ts − Ta] (14)

onde:
Qconv = calor propagado por convecção,
hc = coeficiente de transferência de calor por convecção (coeficiente de película),
A = área da seção transversal,
Ts = temperatura da superfície e
Ta = temperatura ambiente. 21
FORMAS DE ENERGIA

Radiação
É o processo de propagação de energia por meio de ondas eletromagnéticas.

Qrad = A e 𝜎[(Ts)4 − (Ta)4 ] (15)

onde:
Qrad = calor propagado por radiação,
𝜎 = constante de Boltzamann,
e = emissividade (0 ⩽ e ⩽ 1)
A = área da seção transversal,
Ts = temperatura da superfície e
22
Ta = temperatura ambiente.
FORMAS DE ENERGIA

TIPOS DE CALOR
• CALOR SENSÍVEL OU CALOR DE AQUECIMENTO OU CALOR DE RESFRIAMENTO (Q s )
É o calor que quando recebido ou cedido por um corpo, provoca uma variação na temperatura.

Qs = M c  [Tf – Ti] (16)

onde:
M = massa,
c = calor específico,
Tf = temperatura final e
Ti = temperatura inicial.
23
FORMAS DE ENERGIA

• CALOR DE MUDANÇA DE FASE (Qmf )


É o calor envolvido na formação da estrutura física ou de agregação de uma substância.
Qmf = M Lmf (17)
Onde:
M = massa e
Lmf = calor latente.
Tipos de calores latentes:
Lf = calor latente de fusão,
Ls = calor latente de solidificação, ∣ Lf ∣ = ∣ -Ls ∣
Lv = calor latente de vaporização,
Lc = calor latente de condensação e
24
Ll = calor latente de liquefação. ∣ Lv ∣ = ∣ -Lc ∣ =∣ -Ll ∣
FORMAS DE ENERGIA

• MUDANÇAS DE ESTADOS FÍSICOS DA MATÉRIA


Tf = temperatura de fusão;
Tv = temperatura de vaporização;
Tc = TL = temperatura de condensação ou liquefação;
Ts = temperatura de solidificação.
Tf = Ts
Tf = Tc = TL
FUSÃO → passagem do estado sólido para o estado líquido.
SUBLIMAÇÃO → passagem do estado sólido para o estado vapor.
RESSUBLIMAÇÃO ou CRISTALIZAÇÃO → passagem do estado vapor para o estado sólido.
25
FORMAS DE ENERGIA

VAPORIZAÇÃO → passagem do estado líquido para o estado gasoso ou vapor.


TIPOS DE VAPORIZAÇÃO:
EVAPORAÇÃO → ocorre de maneira lenta e gradual na temperatura ambiente.
EBULIÇÃO → ocorre de forma agitada a temperatura constante, devido a presença das correntes de convecção
CALEFAÇÃO → ocorre rapidamente quando um líquido é jogados numa superfície muito quente.
OBSERVAÇÃO: Uma substância é um gás caso nas condições normais de temperatura e pressão (p = 1,03 x 105 Pa
e 298 K) se encontrar no estado gasoso. No caso da substância se encontrar em outro estado (sólido ou líquido),
quando sofre vaporização ela será denominada vapor.
CONDENSAÇÃO → é a passagem da substância do estado gasoso para o estado líquido.
LIQUEFAÇÃO → é a passagem da substância do estado vapor para o estado líquido.
SOLIDIFICAÇÃO → é a passagem da substância do estado líquido para o estado sólido.
As transformações que ocorrem com absorção de calor são denominadas endotérmicas e as que ocorrem com
26
liberação de calor são denominadas exotérmicas.
FORMAS DE ENERGIA

• LEI GERAL DAS MUDANÇAS DE FASES DAS SUBSTÂNCIAS PURAS (ABAIXO DA TEMPERATURA C´RÍTICA)
Para determinada pressão cada substância possui uma temperatura de fusão e uma temperatura de vaporização.
Para uma mesma substância pura suas temperaturas de fusão e vaporização variam com a pressão.
Durante a mudança de fase de uma substância pura sua pressão e temperatura permanecem constantes.
.

27
FORMAS DE ENERGIA

• TIPOS DE INTERAÇÕES SISTEMA/VIZINHO

Seja um sistema composto de uma linha de fluido que interage com sua vizinhança.

CASO-1 Interação sistema/vizinho com Ts < Tv

Nesse caso a temperatura do sistema é menor que a temperatura do ambiente, assim ocorre um fluxo de calor,
28
espontaneamente, do ambiente para o sistema através da fronteira e Q > 0.
FORMAS DE ENERGIA

CASO-2 Interação sistema/vizinho com Ts > Tv

Nesse caso a temperatura do sistema é maior que a temperatura do ambiente, assim ocorre um fluxo de
calor, espontaneamente, do sistema para o ambiente através da fronteira e Q < 0.

29
Formas de energia

CASO-3 Interação sistema/vizinho com Ts = Tv

Nesse caso a temperatura do sistema é igual a temperatura do ambiente, assim não ocorre troca de calor entre
o sistema e o ambiente através da fronteira, pois estão em equilíbrio térmico, assim e Q = 0.

30
Formas de energia

ENTROPIA
É a grandeza que caracteriza a desordem do sistema.
• PRINCÍPIO DA ENTROPIA
Processos naturais tendem para o estado de maior desordem.
• EXPRESSÃO DA ENTROPIA (S)
S = QT (18) e s=MS (19) (entropia específica)

onde: Q = calor e T = temperatura


• VARIAÇÃO DA ENTROPIA (ΔS)

δ𝑄
ΔS = ∫ = Sf – Si (20)
T
31
Onde: Sf = entropia no estado final e Si = entropia no estado inicial
FORMAS DE ENERGIA

Exemplo de sistema: seja um sistema de potência de conforme a Figura-11 em que o objeto de estudo
é o condensador ou seja é o sistema em estudo.

32
FORMAS DE ENERGIA

• TRABALHO (W)
É a energia útil e pode ter origem de:
TRABALHO FRONTEIRA (WF).
É devido movimento de em sistemas compressíveis

Wf = − ∫ pdv (21)
Onde:
p = pressão do gás;
d = variação infinitesimal do volume.

33
FORMAS DE ENERGIA

TRABALHO DE FORÇAS DE PRESSÃO NUM ESCOAMENTO (W P).


É devido as forcas de pressão existentes num escoamento.

Wp = M  p   (22)

onde:
p = pressão do fluido;
M = massa;
 = volume molar.

34
FORMAS DE ENERGIA

TRABALHO DE EIXO DE ROTAÇÃO (Wer).


É o trabalho oriundo de uma turbomáquina.

Wer = · (23)

onde:
 = Torque;
 = velocidade de rotação.

Trabalho Total ou Resultante (Wt).


Wt = Wf + We + Wer +..... WI (24) 35
FORMAS DE ENERGIA

• ENERGIA DE ESCOAMENTO ESPECÍFICA DO FLUIDO QUE ATRAVESSA A FRONTEIRA SISTEMA/VIZINHO (€)


e = 𝓋 + gz + μ
2
2

e = 𝑀€

= 𝓋2 + gz + μ
€ 2
𝑀

€ = (𝓋2 + gz + μ)M (25)


2

onde: 𝓿 = velocidade de escoamento do fluido;


g = aceleração da gravidade local;
z = cota arbitrada a partir de um plano horizontal de referência previamente definido;
μ = energia interna especifica do sistema;
€ = energia de escoamento do fluido que atravessa a fronteira sistema/vizinho. 36
FORMAS DE ENERGIA

• ENERGIA CINÉTICA ESPECIFICA (ec);


e = Ec (26)
c M

onde:
𝓋2
Ec = M  2
= energia cinética; M = massa e 𝓋 = velocidade.

• ENERGIA POTENCIAL ESPECÍFICA OU DE POSIÇÃO ESPECIFICA (e p)


e = Ep p (27) M

onde:
Ep = M  𝑧 = energia potencial ou de posição; M = massa e z = cota, desnível , altura.

37
FORMAS DE ENERGIA

• ENERGIA INTERNA ESPECIFICA (μ)


É o somatório de vários tipos de energia existentes em uma partícula. Os tipos de energia consideradas
são: cinética de translação ou de agitação, potencial de agregação, ligação e nuclear.
OBS: apenas as energias de agitação e potencial de agregação são térmicas.
𝑈
μ=𝑀 (28)

onde:
U = energia interna;
M = massa.

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Conservação da Energia
Equação Geral da Termodinâmica

Seja um sistema termodinâmico representado pela Figura-15.

onde:
Ee = energia fornecida ao sistema; Es = energia fornecida pelo sistema;
Qe = calor fornecida ao sistema; Qs = Calor fornecida pelo sistema;
We = trabalho fornecido ao sistema; Ws = trabalho fornecida pelo sistema;
ee = energia de escoamento fornecida ao sistema; es = energia de escoamento fornecida pelo sistema;
.39
μe = energia interna inicial do sistema; μs = energia interna fina do sistema.
CONSERVAÇÃO DA ENERGIA
EQUAÇÃO GERAL DA TERMODINÂMICA

• EQUAÇÃO GERAL DA TERMODINÂMICA


E = U (28) Primeira lei da termodinâmica
E - U = 0
A variação da energia total de qualquer sistema é sempre nula (lei da conservação da energia).
E = Ee - Es (29)

Ee - Es = Uf - Ui

U = Uf - Ui (30)

U = M μ (31)

Uf = Mf μf e Ui= Miμi 40


CONSERVAÇÃO DA ENERGIA
EQUAÇÃO GERAL DA TERMODINÂMICA
onde: e = fornecida, s = liberada, i = inicial e f = final;
E = variação da energia de interação do sistema-vizinhança;
U = variação da energia interna do sistema.

E = Q + W + € (32)

Ee = Qe + We + €e
Es = Qs + Ws + €s

Wt = Wf + Wp + Wer (33)

Wte = Wfe + Wpe + Were


Wts = Wfs + Wps + Wers 41
CONSERVAÇÃO DA ENERGIA
EQUAÇÃO GERAL DA TERMODINÂMICA

€ = (𝓋2 + gz + μ)M


2

€e = (𝓋2e + g ze + μe )Me
2

€s = (𝓋2s + g zs + μs )Ms
2

Wp = Mp (2)
Wpe = Me pee
Wps = Ms pss
substituindo as equações de (2) e (7) em (17) obtemos
E = Q + W + W + Mp + (𝓋 + gz + μ)M (34)
2
f er 2

Ee = Qe + Wfe + Were + Me pee + (𝓋2e + g ze + μe )Me


2

Es = Qs + Wfs + Wers + Ms pss + (𝓋2s + g zs + μs )Ms


2

42
CONSERVAÇÃO DA ENERGIA
EQUAÇÃO GERAL DA TERMODINÂMICA
Rescrevendo a equação
E = Q + W + W + (𝓋 + gz + μ + p )M (i) e
2
f er 2

definindo

h = μ + p (35)

onde h é grandeza física denominada entalpia


he = μ e + pe  e e hs= μ s + ps  s
Substituindo (35) em (i)
E = Q + W + W + (𝓋 + gz + h)M (ii)
2
f er 2

E = Qe + Wfe + Were + (𝓋2e + gze + he) Me


2

E = Qs + Wfs + Wers + (𝓋2s + gzs + hs)Ms 43


2
CONSERVAÇÃO DA ENERGIA
EQUAÇÃO GERAL DA TERMODINÂMICA

Substituindo as equações abaixo na equação da primeira lei da termodinâmica obtemos:


U = M μ
E = Q + Wf + Wer + (𝓋2 + gz + h)M
2

E = Ee - Es
U = Uf - Ui
E = U

Qe + Wfe + Were + (𝓋2e + gze + he) Me – [ Qs + Wfs + Wers + (𝓋2s + gzs + hs)Ms ] = Mf μf - Miμi (36)
2 2

A equação (23) é denominada equação geral da termodinâmica.

44
CONSERVAÇÃO DA ENERGIA
EQUAÇÃO GERAL DA TERMODINÂMICA

• CONSIDERAÇÕES NA MODELAGEM DE SISTEMAS TÉRMICOS OU VOLUMES CONTROLE USANDO A


EQUAÇÃO GERAL DA TERMODINÂMICA:
SISTEMA FECHADOS
Nesse tipo de sistema não ocorre de entrada nem saída de massa, assim a massa interna permanece constante.
Me = Ms = 0
Mi = Mf = M = constante,
aplicando as considerações na equação geral da termodinâmica temos:
Qe + Wfe + Were - [ Qs + Wfs + Wers] = M (μf - μi) equação para sistema fechado
Wte = Wfe + Were
Wts = Wfs + Wers

45
CONSERVAÇÃO DA ENERGIA
EQUAÇÃO GERAL DA TERMODINÂMICA

Rescrevendo a equação geral da termodinâmica para regime fechado


Qe + Wte -[ Qs + Wts] = M (μf - μi)
Qe - Qs + Wte - Wts = M (μf - μi)
Substituindo abaixo na equação geral da termodinâmica para sistemas fechados obtemos:
Qsistema = Qe – Qs (24)
W sistema = Wte – Wts (25)
M (μf - μi) = Mμ (26)

Qsistema + Wsistema = Mμ (37)

46
CONSERVAÇÃO DA ENERGIA
EQUAÇÃO GERAL DA TERMODINÂMICA

SISTEMAS CÍCLICOS
Nesse tipo de sistema que opera em ciclo cada função de estado permanece constante, assim teremos:
ze = z s
𝓋e=𝓋s
pe = p s
μ e = μ s, μ = 0
he = h s
Substituindo as considerações na equação geral da termodinâmica temos:
Qsistema + Wsistema = 0
Qe - Qs + Wte - Wts = 0

Qe + Wte = Wts + Qs (38)


47
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA

• CALDEIRAS OU GERADORES DE VAPOR


É um equipamento destinado a produzir e acumular vapor sob pressão superior a atmosférica,
utilizando para isso alguma fonte de calor.

48
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA

• OPERAÇÃO DE CALDEIRAS

49
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA

CARACTERÍSTICAS OPERACIONAIS
Não produz trabalho.
Wc = 0
NORMAS
Conjunto de regras que estabelecem critérios para projetos, inspeções, manutenções e operações de
caldeiras, cujo objetivo principal é a diminuição de acidentes envolvendo este tipo de caldeira.

50
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA

TIPOS DE NORMAS
1- NORMA INTERNACIONAL
ASME (American Society of Mechanical Engineers)
Conjunto de normas da Sociedade Norte-americana de Engenheiros Mecânicos para regulação de operação
de caldeiras.
2- NORMA NACIONAL
NR-13
Instituída pelo Ministério do Trabalho pela Secretaria de Segurança e Saúde do Trabalho, essa
norma determina os regulamentos para empresas que trabalham com caldeiras e vasos de pressão.

51
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA

MODELAGEM DE CALDEIRAS
Seja uma caldeira que opera em regime estacionário com variações de energia cinética e energia potencial
gravitacional desprezíveis, assim temos:
∆M = Me - Ms = 0 ↔ Me = Ms = M;
∆E = Ee - Es = 0 ↔ Ee = Es;
∆μ = μ f - μ i = 0 ↔ μ f = μ i;

∆𝓋= 𝓋2e - 𝓋2s =


2 2
෥ 0↔ 𝓋e=
෥ 𝓋 s;

∆z = (ze - zs )  g =
෥ 0 ↔ ze =
෥ zs;

52
;
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA

Aplicando as condições operacionais em (23)

Qe + Wfe + Were + (𝓋2e + gze + he) Me – [ Qs + Wfs + Wers + (𝓋2s + gzs + hs)Ms ] = Mf μf - Miμi (23)
2 2

Qe + he Me – Qs - hsMs = 0 (23)


Qsistema = Qe– Qs (24)
Qe– Qs + he Me - hsMs = 0
Me = Ms = M;
Qsistema + (he - hs)M = 0

Qsistema = (hs - he)M = Qcaldeira (39)

53
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA
EXERCÍCIOS-1 LISTA-1
Determine a expressão do calor utilizado em uma caldeira, operando em regime estacionário, para
transformar água do estado líquido em vapor superaquecido, conforme figura abaixo. Suponha que a
quantidade de vapor produzido seja Mv = 15000 kg/h, que o líquido entre na caldeira saturado a 50
kgf/cm2 e que o vapor saia na mesma pressão a 500 oC.

54
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA

𝑑𝐸
( 𝑑𝑡 )𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 = ( 𝑑𝜇 )
𝑑𝑡 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎
(primeira lei na forma diferencial)
𝑑𝐸 𝑑€
( 𝑑𝑡 )𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 = (𝜕𝑄 )
𝑑𝑡 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎
+ (𝜕𝑊 )
𝑑𝑡 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎
+ ( 𝑑𝑡 ) 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 = ( 𝑑𝜇 )
𝑑𝑡 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎

𝑑𝐸
( 𝑑𝑡 )𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 = 𝐸ሶ
𝑑𝑄
( 𝑑𝑡 )𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 = 𝑄ሶ

(𝜕𝑊 )
𝑑𝑡 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎
= 𝑊ሶ
𝑑€ 2 2
( )𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 = €ሶ = (𝓿e2 + g ze + μe )Me - (𝓿s2 + g zs + μs )Ms
𝑑𝑡
𝑑𝜇
( )𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 = 𝜇ሶ
𝑑𝑡

Eሶ = Qሶ + Wሶ + €ሶ
55
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA

Regime estacionário
𝑑𝐸
( 𝑑𝑡 )𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 = ( 𝑑𝜇 )
𝑑𝑡 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎
=0

∆𝓋= 𝓋2e - 𝓋2s =


2 2
෥ 0 ↔ 𝓋e =
෥ 𝓋s

∆z = (ze - zs )  g =
෥ 0 ↔ ze =
෥ zs ;
Wc = 0
Reescrevendo a equação (39) para o fluxo de calor

Qሶ sistema = (hs - he)Mሶ = Qሶ caldeira (40)

56
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA

Para as condições operacionais:


Qሶ caldeira = Qሶ vaporização +Qሶ superaquecimento

Processo de vaporização é um processo isobárico e isotérmico)


H2O(líq sat) → H2O(vapor sat) (pe = pls = ps = pvsat = 50 kgf/cm2 e Te = Tls = Ts = Tvs = 262,70 oC)
Qሶ vaporização = (hvsat - hls)Mሶ
Processo de aquecimento do vapor saturado a vapor superaquecido é um processo isobárico)
H2O(vapor sat ) → H2O(vapor sup ) (pvsat = pvsup = 50 kgf/cm2)
(Tvsat = 262,7 oC ) (Tvsup = 500 oC)

Qሶ superaquecimento = (hvsup - hvsat)Mሶ

57
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA

Qሶ caldeira = (hvsat - hls)Mሶ + (hvsup - hvsat)Mሶ


Qሶ caldeira = (hvsup - hls)Mሶ
Entrada: líquido saturado
pe = pls = 50 kgf/cm2
Me = Mls = 15000 kg/h
he = hls = 274,1 kcal/kg (tabela de equilíbrio líquido vapor)
saída: vapor superaquecido (Ts = Tvsa = 500 oC)
ps = pvsa = 50 kgf/cm2 e
Ms = Mvsa = 15000 kg/h
hs = hvsa = 820,1 kcal/kg (tabela de vapor superaquecido)
58
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA

Substituindo tudo na equação do calor


Qሶ sistema = (820,1 - 274,1) kcal/kg15000 kg/h= Qሶ caldeira
Qሶ sistema = 819 x 104 kcal/h
Observação: para o caso de o líquido não chegar saturado na caldeira, ou seja, liquido sub-resfriado seria
necessário fornecer calor ao líquido sub-resfriado para leva-lo a condição de líquido saturado.
H2O(líq sub) → H2O(liq sat) (pe = plsub 50 kgf/cm2)
(Tvsat = ? oC ) (Tvsup = 262,7 oC)

Qሶ aquecimento = (hlsat - hlsub)Mሶ

59
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA
TURBINA
É uma máquina dinâmica do tipo motriz cuja finalidade é extrair energia de um fluido para um meio externo,
resultando em diminuição da pressão do fluido, não necessariamente em uma diminuição da velocidade do
fluido através da turbina.

60
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA

CARACTERÍSTICAS OPERACIONAIS
Produção de trabalho de eixo (WT).
Processo adiabático (Q = 0)
∆𝑆 = ∫ 𝜕𝑄
dT
=0

∆𝑆 = Se - Ss
Se - Ss = 0
Se = S s

61
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA

NORMAS
ABNT -10393
Sistema de regulação de turbinas hidráulicas
ABNT - NBR 9581
Esta Norma estabelece o método para verificação da erosão em função da potência, altura de queda,
velocidade, material, operação etc.
ABNT - 11212
Esta Norma estabelece as recomendações gerais para a elaboração de especificações técnicas para a
aquisição de pequenas turbinas.

62
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA

MODELAGEM DE TURBINAS
Seja uma turbina, ideal, reversível e adiabática que opera em regime estacionário com variações de energia
cinética e energia potencial gravitacional desprezíveis, assim temos:
∆M = Me - Ms = 0 ↔ Me = Ms = M;
∆E = Ee - Es = 0 ↔ Ee = Es;
∆μ = μ i - μ f = 0 ↔ μ i = μ f;

∆𝓋= 𝓋2e - 𝓋2s =


2 2
෥ 0 ↔ 𝓋e =
෥ 𝓋s

∆z = (ze - zs )  g =
෥ 0 ↔ ze =
෥ zs;

63
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA

Aplicando as condições operacionais na equação geral da termodinâmica.

Qe + Wfe + Were + (𝓋2e + gze + he) Me – [ Qs + Wfs + Wers + (𝓋2s + gzs + hs)Ms ] = Mf μf - Miμi (36)
2 2

Wfe + Were + he Me – Wfs - Wers - hsMs = 0


Wfe + Were– Wfs - Wers + he Me - hsMs = 0
Wsistema = Wfs + Wers – Wfs - Wers = Wturbina
Wsistema + he Me - hsMs = 0
Me = Ms = M;
Wsistema + (he - hs)M = 0

Wsistema = (hs - he)M = Wturbina (41)


64
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA

65
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA

EXERCÍCIOS-2 LISTA-1
O vapor produzido pela caldeira do problema-1 é utilizado em uma turbina, conforme figura abaixo.
Supondo que a pressão de vapor na saída seja igual 0,5 kgf/cm2, qual a potência da turbina. admitindo que
não há perda de calor pela carcaça da turbina (adiabática) e a passagem de vapor através dela ocorre sem
atrito.
Dados do Problema: M = 15000 kg/h
pe= 50 kgf/cm2; ps= 0,5 kgf/cm2;
Te= 500 oC ; he= 820,1 kcal/kg;
smist= sL + ∆𝑠x
hmist= hL + ∆ℎx
Onde: x = título da mistura

66
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA

Considerações:
Regime estacionário;
variações de energia cinética e potencial desprezíveis;
turbina ideal, adiabática e reversível.
processo adiabático (Q = 0)
∆𝑆 = ∫ 𝜕𝑄
T
=0

∆𝑆 = Se - Ss
Se - Ss = 0
Se = S s

67
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA

68
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA

𝑑𝐸
( 𝑑𝑡 )𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 = ( 𝑑𝜇 )
𝑑𝑡 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎
(primeira lei na forma diferencial)
𝑑𝐸 𝑑€
( )𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 = (𝜕𝑄 )
𝑑𝑡 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎
+ (𝜕𝑊 )
𝑑𝑡 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎
+ ( ) 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 = ( 𝑑𝜇 )
𝑑𝑡 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎
𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑑𝐸
( 𝑑𝑡 )𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 = 𝐸ሶ
𝑑𝑄
( 𝑑𝑡 )𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 = 𝑄ሶ

(𝜕𝑊 )
𝑑𝑡 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎
= 𝑊ሶ

( 𝑑𝑡 )𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 = €ሶ = (𝓋2e + g ze + μe )Me - (𝓋2s + g zs + μs )Ms


𝑑€ 2 2

69
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA


( )sistema = μሶ
dt

Eሶ = Qሶ + Wሶ + €ሶ
Regime estacionário
dE
( )sistema = ( dμ )
dt sistema
=0
dt

∆𝓋= 𝓋2e - 𝓋2s =


2 2
෥ 0 ↔ 𝓋e =
෥ 𝓋s ;

∆z = (ze - zs )  g =
෥ 0 ↔ ze =
෥ zs ;
Q=0

70
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA

ሶ Wturbina (36)
Wsistema = (hs - he)M=
smist= sL + ∆𝑠x
∆𝑠 = sv- sL → ∆𝑠 = 1,8145− 02591 → ∆𝑠 = 1,8145− 02591 ∆𝑠 = 1,5554 kcal/k ∙ kg

x = (smist∆𝑠− s L) = → x = (1,66681 − 02591)kcal/k ∙ kg → x = 091


1,5554 kcal/k ∙ kg
hmist = hL + ∆hx
hmist = 80,8 kcal/kg + 550,7kcal/kg0,91
hmist = 581,9 kcal/kg
Wsistema = (581,9 - 820,1) kcal/kg15000 kg/h
Wsistema = Wturbina = 357,3 x 104 kcal/h
71
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA

CONDENSADOR
É um tipo de Trocador de Calor cuja função é a retirada de calor de um sistema. Num ciclo de potência a
vapor, sua atuação eficaz além de promover a retirada de calor do sistema, proporciona a garantia de não
haver presença bolhas de vapor no fluido, ao passar por ele, evitando assim problemas de erosão (cavitação)
em equipamento como bombas presentes na linha do ciclo de potência.
As trocas de calor num condensador são induzidas como resultado de uma diferença de temperatura entre o
sistema e sua vizinhança, as quais ocorrem no sentido do decréscimo da temperatura.
A transferência de calor (Q) depende dos detalhes de operação dos processos e não apenas dos estados
inicial e final, logo calor não é propriedade de um determinado sistema.

Q = ∫ 𝜕Q
72
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA

As transferências de calor podem ocorrer por condução, convecção e radiação. Em todos os tipos a taxa de
transferência de calor depende das substâncias envolvidas, dos parâmetros geométricos e das temperaturas.
A análise térmica de trocadores de calor é uma fase do projeto que consiste na determinação da área de troca
de calor requerida dadas as condições de escoamento e temperatura dos fluidos.
Classificação dos trocadores de calor
• Baseado em processos de transferência que pode ser por contato direto ou indireto.
• Baseado no tipo de construção
Trocadores tubulares que podem ser de duplo tubo concêntrico, carcaça ou casco e tubo, trocador de
serpentina e trocador de placas.

73
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA

Os processos de operação dos tocadores de calor podem envolver fluidos operando em paralelo, quando o
movimento nas linha de fluido ocorrem no mesmo sentido ou em contracorrente quando os fluidos se
movimentam em sentidos opostos.

CARACTERÍSTICAS OPERACIONAIS
Neste equipamento o fluido poderá entrar nas seguintes condições:
• Vapor Superaquecido:
Nesta condição o fluido primeiro perderá calor sensível pela dimunição da sua temperatura para sua
temperatura de condensação na pressão de operação na entrada do equipamento a qual permanecerá
constante.

74
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA

• VAPOR SATURADO
Nesta condição o fluido está na temperatura de condensação, assim o processo de condensação é
imediato para a pressão de operação na entrada do equipamento, a qual permanecerá constante, assim
como a temperatura do processo.

• MISTURA LIQUIDO E VAPOR (rica em vapor exausto)


Nesta condição o fluido já iniciou o processo de condensação o qual continua no interior do
equipamento na pressão de operação na entrada, a qual permanecerá constante, assim como a
temperatura do processo.

75
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA
• OPERAÇÃO DE UM CONDENSADOR

76
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA

Não produz trabalho.


Wcondensador = 0

NORMAS
Conjunto de regras que estabelecidas anteriormente para caldeira e turbinas, visto que o equipamento, no
caso em questão, é um componente de um ciclo de potência a vapor operando portanto com fluido
pressurizado.

77
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA

MODELAGEM DE CONDENSADORES
Seja um condensador, ideal que opera em regime estacionário com variações de energia cinética e energia
potencial gravitacional desprezíveis, assim temos:
∆M = Me - Ms = 0 ↔ Me = Ms = M;
∆E = Ee - Es = 0 ↔ Ee = Es;
∆μ = μ i - μ f = 0 ↔ μ i = μ f

∆v = 𝓋2e - 𝓋2s =
2 2
෥ 0 ↔ 𝓋e =
෥ 𝓋 s;

∆z = (ze - zs )  g =
෥ 0 ↔ ze =
෥ zs;

78
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA
MODELAGEM DE CONDENSADORES

79
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA

Aplicando as condições operacionais em (23)

Qe + Wfe + Were + (𝓋2e + gze + he) Me – [ Qs + Wfs + Wers + (𝓋2s + gzs + hs)Ms ] = Mf μf - Miμi (36)
2 2

Qe + he Me – Qs - hsMs = 0 (23) Qsistema


Qsistema = Qe– Qs (24)
Qe– Qs + he Me - hsMs = 0
Me = Ms = M;
Qsistema + (he - hs)M = 0
Qsistema = (hs - he)M = Qcondensador (29)

Qsistema = (hs - he)M = Qcondensador (42)


80
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA
Exercício-3-Lista-1
Considere que na saída da turbina do problema-2, haja instalado um condensador, conforme a figura abaixo.
Calcule a quantidade de calor retirado do vapor para produzir a sua condensação. Obs.: o líquido na saída do
condensador é saturado e o regime de operação do condensador é permanente.

81
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA

Neste caso na saída da turbina temos um fluido que é uma mistura líquido vapor rica em vapor exausto.
Assim o processo de condensação já se iniciou e desse modo o processo envolverá apenas calor de mudança
de fase do restante do vapor.
dE
( dt )sistema = ( dμ )
dt sistema
(primeira lei na forma diferencial)
dE d€
( dt )sistema = (𝜕Q)
dt sistema
+ (𝜕W)
dt sistema
+ ( dt ) sistema = ( dμ )
dt sistema

dE dQ
( )sistema = E,ሶ ( )sistema = Qሶ e (𝜕W)
dt sistema
= Wሶ
dt dt

( dt )sistema = €ሶ = (𝓋2e + g ze + μe )Me - (𝓋2s + g zs + μs )Ms


d€ 2 2


( dt )sistema = μ,ሶ

Eሶ = Qሶ + Wሶ + €ሶ
82
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA

Regime estacionário
dE
( )sistema = ( dμ )
dt sistema
=0
dt

∆𝓋= 𝓋2e - 𝓋2s =


2 2
෥ 0↔ 𝓋e=
෥ 𝓋s;

∆z = (ze - zs )  g =
෥ 0 ↔ ze =
෥ zs ;
Wc = 0
Reescrevendo a equação (29) para o fluxo de calor

Qሶ sistema = (hs - he)Mሶ = Qሶ condensador (43)


83
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA

Para as condições operacionais:


Qሶ condensador = Qሶ sistema
Qሶ condensação = (hls − hmist )Mሶ = Qሶ sistema
84
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA

Processo de condensação é um processo isobárico e isotérmico


H2O (vapor sat) → H2O (líq sat)
condições operacionais de saída conforme tabela:
pe = pvsat e ps = pls = 0,5 kgf/cm2 e Te = Tmist = Ts = Tls = 80,9 oC
Para x = 091, hmist = 581,9 kcal/kg
Qሶ sistema = 15000 kg/h ∙(581,9 – 80,9) kcal/kg= Qሶ condensador
Qሶ sistema = - 751500 kcal/ℎ

85
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA

BOMBA
É uma máquina dinâmica do tipo motriz cuja finalidade é fornecer energia de um meio externo, resultando
em aumento da pressão do fluido, mas não necessariamente em uma aumento da velocidade do fluido
através da bomba.

NORMAS ABNT
Conjunto de regras que estabelecidas para o equipamento, conforme tipo e uso específico.

86
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA

CARACTERÍSTICAS OPERACIONAIS
Produção de trabalho de eixo (WB).
Processo adiabático (Q = 0)
∆𝑆 = ∫ 𝜕𝑄
T
=0

∆𝑆 = Se - Ss
Se - Ss = 0
Se = S s

87
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA

MODELAGEM DE BOMBAS
Seja uma bomba, ideal, reversível e adiabática que opera em regime estacionário com variações de energia
cinética e energia potencial gravitacional desprezíveis, assim temos:
∆M = Me - Ms = 0 ↔ Me = Ms = M;
∆E = Ee - Es = 0 ↔ Ee = Es;
∆𝜇 = 𝜇 i - 𝜇 f = 0 ↔ 𝜇 i = 𝜇 f

∆𝓋= 𝓋2e - 𝓋2𝑠 =


2 2
෥ 0↔𝓋e=
෥ 𝓋 s;

∆z = (ze - zs )  g =
෥ 0 ↔ ze =
෥ zs;

88
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA

Aplicando as condições operacionais na equação geral da termodinâmica:

Qe + Wfe + Were + (𝓋2e + gze + he) Me – [ Qs + Wfs + Wers + (𝓋2s + gzs + hs)Ms ] = Mf μf - Miμi (36)
2 2

Wfe + Were + he Me – Wfs - Wers - hsMs = 0


Wfe + Were– Wfs - Wers + he Me - hsMs = 0
Wsistema = Wfs + Wers – Wfs - Wers = WBomba
Wsistema + he Me - hsMs = 0
Me = Ms = M;
Wsistema + (he - hs)M = 0

Wsistema = (hs - he)M = WBomba (44)


89
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA

Exercício-4-Lista-1
Determine a potência de uma bomba instalada na saída do condensador do problema-3, com objetivo de
levar água para caldeira nas condições de operação, conforme figura abaixo. Dados: pressão do fluido na
saída do condensador = 0,5 kcal/cm2, pressão na entrada da caldeira = 50 kgf/cm2 , 1 m2 = 10000 cm2 , 1kgf
= 10 N, 1J = 1 N∙ m = 0,2388 cal e 1kcal = 1000 cal.

90
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA

dE
( )sistema = ( dμ )
dt sistema
(primeira lei na forma diferencial)
dt
dE d€
( dt )sistema = (𝜕Q)
dt sistema
+ (𝜕W)
dt sistema
+ ( dt ) sistema = ( dμ )
dt sistema

dE
( )sistema = Eሶ
dt
dQ
( dt )sistema = Qሶ

(𝜕W)
dt sistema
= Wሶ

( dt )sistema = €ሶ = (𝓋2e + g ze + μe )Me - (𝓋2s + g zs + μs )Ms


d€ 2 2

91
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA


( )sistema = μሶ
dt

Eሶ = Qሶ + Wሶ + €ሶ
Regime estacionário
dE
( )sistema = ( dμ )
dt sistema
=0
dt

∆v = 𝓋2e - 𝓋2s =
2 2
෥ 0 ↔ 𝓋e =
෥ 𝓋s ;

∆z = (ze - zs )  g =
෥ 0 ↔ ze =
෥ zs ;
Q = 0,

92
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA

Wሶ sistema = (hs - he)Mሶ = Wሶ Bomba


h = u + pv
∆ h = ∆u + p∆v + ∆ pv
para uma pequena variação da temperatura → ∆u = 0
Considerando o que líquidos são incompressíveis → ∆v = v s - v e = 0 → v s = v e= v
∆h = v (ps −pe) M
Substituindo acima e as condições operacionais obtemos:

Wሶ sistema = v (p s - pe)Mሶ = Wሶ Bomba (45)


93
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA

94
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA

Entrada: líquido saturado


pe = pls = 0,50 kgf/cm2
Mሶ e =Mሶ els = 15000 kg/h
saída: Líquido subresfriado
ps = pvsa = 50 kgf/cm2 e
Mሶ s =Mሶ els = 15000 kg/h
3 𝑐𝑚2 10 𝑁 0,2388 𝑐𝑎𝑙
Wሶ sistema = 15000 kg/h (50 kgf/cm2- 0,50 kgf/cm2 )0,001𝑘𝑔𝑐𝑚 10000
𝑚 2   = Wሶ Bomba
1𝑘𝑔𝑓 1𝑁∙ 𝑚

𝑐𝑎𝑙 𝑘𝑐𝑎𝑙
Wሶ sistema = 17398520 = 17398,520 = Wሶ Bomba
ℎ ℎ
95
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA
2 2
Qe + Wfe + Were + (Ve2 + gze + he) Me – [ Qs + Wfs + Wers + (Vs2 + gzs + hs)Ms ] = Mf μf - Miμi (36)
2 2
Qe - Qs = Mf μf - Miμi -{[(Wfe + Were ) + (Ve2 + gze + he) Me] - [ -(Wfs + Wers )- (Vs2 + gzs + hs)Ms ] }

Qsistema = Qe– Qs

Qsistema = (Mf μf - Miμi ) –{[Wfe + Were - Wfs - Wers ] - (𝓋2e + gze + he) Me - (𝓋2s + gzs + hs)Ms ]}
2 2

Wsistema = Wfs + Wers – Wfs - Wers


∆ u = Mf μf - Miμi
𝓋 s2
 Ms - 𝓋2e  Me
2
∆EC=
2

∆EPg= gzs  Ms - gze  Me


∆ h = hs  Ms - he  Me
96
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA

Substituindo as equações anteriores na equação geral da termodinâmica:


Qsistema = ∆u – Wsistema - (∆EC) - (∆EPg) - (∆ h)
𝓋s2
 Ms - 𝓋2e  Me )+(gzs  Ms - gze  Me ) + ( hs  Ms - he  Me)}
2
[Wfe + Were - Wfs - Wers ]=(Mf μf - Miμi ) + [Qs – Qe] +{(
2

𝓋 s2
 Ms - 𝓋2e  Me )+ (gzs  Ms - gze  Me )+ ( hs  Ms - he  Me )}
2
Wsistema = (Mf μf - Miμi ) - Qsistema + {( 2

Reescrevendo
Wsistema = ∆ u – Qsistema - (∆EC) - (∆EPg) - (∆ h) (46)
ሶ 𝑉 e Vሶ = v A
V= t

2∙ 𝜌Hg−𝜌Fluido ∙𝑔∙∆𝑧
Vሶ = 2 (Medidor de Venturi – Mecânica dos Fluidos) (44)
𝜌Fluido  [D4 − 1]
97
APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA
TERMODINÂMICA

Vሶ = f(g, z, D, 𝜌Hg, 𝜌Fluido)


ሶ 𝑀 e Mሶ = 𝜌Fluido  𝓋 A
M= t

Onde : Vሶ = vazão volumétrica, 𝜌Hg = massa específica do mercúrio, 𝜌Fluido= massa específica do fluido, v =
velocidade de escoamento do fluido, Mሶ = vazão mássica, g = aceleração da gravidade local e D = Diâmetro da
tubulação,
A vazão volumétrica é função de propriedades física dos fluidos de escoamento e manométrico, aceleração da
gravidade local e parâmetros geométricos (diâmetro e desnível do fluido manométrico).

98
SEGUNDA LEI TERMODINÂMICA

ENUNCIADOS PARA A SEGUNDA DA TERMODINÂMICA


• ENUNCIADO DE KELVIN-PLANCK
É impossível construir uma máquina térmica que operando em transformações cíclicas, tenha como
único efeito transformar, completamente, em trabalho energia térmica proveniente de uma fonte
quente.
• ENUNCIADO DE RUDOLF EMANUEL CLAUSIUS
É impossível construir uma máquina térmica cíclica, que transfira sem dispêndio de energia, calor de um
corpo mais frio para um corpo mais quente.

99
MÁQUINAS DE TÉRMICAS

DEFINIÇÕES IMPORTANTES SOBRE AS MÁQUINAS TÉRMICAS


• MAQUINAS TÉRMICAS
Dispositivos que operam segundo um ciclo de potência.
• CICLO DE POTÊNCIA
Ciclos termodinâmicos para conversão de calor em trabalho.
• CICLO DE POTÊNCIA A VAPOR
O fluido de trabalho (operação) muda da fase líquida para fase vapor e vice-versa durante todo o ciclo.

100
MÁQUINAS DE TÉRMICAS

• CICLO FECHADO
O fluido de operação permanece o mesmo voltando ao estado inicia e recircula.
• CICLO ABERTO
O fluido de operação é renovado ao fim do ciclo (motor de automóvel).

101
MÁQUINAS DE TÉRMICAS

ANÁLISE DE CICLOS REAIS


Envolve a investigação de processos de
não equilíbrio, como:
1) Escoamento de fluidos com atritos;
2) Transferência de calor com variação de
temperatura (∆T) finita;
3) gradientes de pressão (p) e
temperatura (T).

102
MÁQUINAS DE TÉRMICAS

Nos ciclos idealizados, processos complexos de não equilíbrio e irreversibilidades são desprezados em
detrimento de uma análise quantitativa simplificada. No entanto, os processos idealizados reproduzem o
comportamento dos processos reais.
Simplificações normalmente efetuadas:
1. Escoamento de fluidos sem atrito.
2. Compressão e expansão quase-estáticas.
3. Tubos que conectam os dispositivos são bem isolados (ou seja, os ciclos idealizados são internamente
reversíveis).

103
TIPOS DE MÁQUINAS TÉRMICAS

MÁQUINAS DE CARNOT
São máquinas térmicas teóricas ideais propostas pelo engenheiro francês Nicolas Léonard Sadi Carnot (1796-
1832), que funcionam percorrendo um ciclo particular denominado ciclo de Carnot.
• 1o POSTULADO DE CARNOT
Nenhuma máquina operando entre duas temperaturas fixas, pode ter maior rendimento que a máquina
ideal de Carnot operando entre estas mesmas temperaturas.
• 2o POSTULADO DE CARNOT
Ao operar entre duas temperaturas, a máquina de Carnot tem o mesmo rendimento, qualquer que seja o
fluido de trabalho.

104
CICLO DE POTÊNCIA A VAPOR
OPERANDO SEGUNDO DIAGRAMA DE CARNOT

105
MÁQUINAS DE CARNOT

Onde:
Qfq = Q12 = Qcaldeira = Calor da fonte quente;
Qff = Q34 = Qcondensador = Calor da fonte fria;
W41 = WB = WBomba = Trabalho fornecido pela bomba;
W41 = WT = WTurbina = Trabalho extraído pela turbina;
WS = Wútil = WB - WT = Trabalho do sistema = Trabalho útil

OBSERVAÇÃO:
A mistura líquido vapor oriunda do condensador, no ponto (4), pelo processo de Carnot exige grande
quantidade de energia para ser comprimida separadamente e seguir para a caldeira tornando o processo
inviável.

106
MÁQUINAS DE CARNOT

ANÁLISE DO DIAGRAMA DE CARNOT


Processo 1 → 2 (isotérmico) expansão isotérmica reversível
1a Lei
∆U12 = Q12 - W12
∆S12 = ∫ 𝜕𝑄
T
= 0 ↔ T1 = T1 = Tfq= (Temperatura da fonte quente)
∆U12 = n  Cv  ∆T12 → ∆T12 = 0
1 2
∆S12 = ∫ 𝜕𝑄 ↔ S2 - S1 > 0 → S2 > S1 ↔ Q12 > 0
Tfq 1

∆S12 ∙ Tfq = ∫𝜕𝑄 ↔ Q12


Q12 = ∆S12 ∙T = (S2 - S1 ) ∙ Tfq
Q12 = (S2 - S1 ) ∙ Tfq

107
MÁQUINAS DE CARNOT

Processo 2 → 3 (isentrópico) compressão adiabática reversível


1a Lei
∆U23 = Q23 - W23
∆S23 = ∫ 𝜕𝑄
T
= 0 ↔ S2 = S3
∆U23 = - W23 = n  Cv  ∆T23 = n  Cv (T3 - T2)
∆U23 = n  Cv (T3 - T2)

Processo 3 → 4 (isotérmico) expansão isotérmica reversível


1a Lei
∆U34 = Q34 - W34
∆S34 = ∫ 𝜕𝑄
T
= 0 ↔ T3 = T4 = Tff = (Temperatura da fonte fria)
∆U34 = n  Cv  ∆T34 → ∆T34 = 0 108
MÁQUINAS DE CARNOT

1 4
∆S34 = T ∫3 𝜕𝑄 ↔ S4 - S3 < 0 → S4 < S3 ↔ Q34 < 0
ff
4
∆S34 ∙ Tff =∫3 𝜕𝑄 ↔ Q34
Q34 = ∆S41 ∙T = (S4 - S3 ) ∙ Tff
Q34 = (S4 - S3 ) ∙ Tff

Processo 4 → 1 (isentrópico) compressão adiabática reversível


1a Lei
∆U41 = Q41 - W41
∆S41 = ∫ 𝜕𝑄
T
= 0 ↔ S4 = S1
∆U41 = - W41 = n  Cv  ∆T41 = n  Cv (T1 - T4)
∆U41 = n  Cv (T1 - T4) 109
MÁQUINAS DE CARNOT

Entropia no ciclo (12341)


∆Sciclo = ∆S12 + ∆S23 + ∆S34 + ∆S41
Como: S1 = S4 , S2 = S3 e ∆S23 = ∆S41 = 0
∆Sciclo = S3 - S2 + S1 - S4
∆Sciclo = S3 - S2 + S2 - S3
∆Sciclo = 0
∆S12341 = 0

Energia interna no ciclo (12341)


∆Uciclo = ∆U12 + ∆U23 + ∆U34 + ∆U41
Como:T1 = T2 , T3 = T4 e ∆T12 = ∆T34 = 0
∆Uciclo = n  Cv (T3 - T2) + n  Cv (T1 - T4)
110
MÁQUINAS DE CARNOT

∆Uciclo = n  Cv (T3 - T2) + n  Cv (T1 - T4)


∆Uciclo = 0
∆U12341 = 0

Aplicando a 1a Lei da termodinâmica ao ciclo (12341)


∆Uciclo = Qciclo - Wciclo
∆Uciclo = 0
Qciclo = Wciclo
Qciclo = Q12 + Q23 + Q34 + Q41
Qciclo = Wciclo
Qciclo = Q12 + Q23 + Q34 + Q41
Q23 = Q41 = 0
111
Qciclo = Q12 + Q34
MÁQUINAS DE CARNOT

ηciclo = Energia produzida ↔ ηciclo= Wciclo ↔ ηciclo= Wútil ↔ ηciclo = WSistema


Energia fornecida Qentra Qentra Qentra
Q12 = (S2 - S1 ) ∙ Tfq > 0 e Q34 = (S4 - S3 ) ∙ Tfq < 0

ηciclo= Q12 + Q 34
↔ ηciclo= 1 + Q 34
↔ ηciclo= 1 + QQ sai ↔ ηciclo= 1 + (S4 − S3 ) ∙ Tff
Q12 Q12 entra (S2 − S1 ) ∙ Tfq
Como: S2 = S3 , S1 = S4

ηciclo= 1 − TTff (47)


fq

112
INTERPRETAÇÃO DO DIAGRAMA T x S

∆𝑆 = ∫ 𝜕𝑄
T

para um processo isotérmico


1
∆𝑆 = T ∫𝜕𝑄 ↔ ∆𝑆 ∙T = ∫𝜕𝑄 ↔ ∆𝑆 ∙T = Q (área sob a curva) neste caso temos:
113
INTERPRETAÇÃO DO DIAGRAMA T x S

Área sob a curva 1→ 2 retângulo (base x altura) de altura T1 = T2 = Tmax e base ∆𝑆 = S2 - S1 é igual ao
calor fornecido no processo de vaporização.
Q12 = (S2 − S1) ∙ Tmax
Área sob a curva 3→ 4 retângulo (base x altura) de altura T3 = T4 = Tmin e base ∆𝑆 = S4 - S3 é
numericamente igual ao calor fornecido no processo de vaporização.
Q34 = (S4 − S3) ∙ Tmin
Área do retângulo 1-2-3-4 (base x altura) de altura ∆ T = Tmax - Tmin e base ∆𝑆 = S4 - S3 é numericamente
igual ao calor fornecido no processo de vaporização.
Q12 = (S4 − S3) ∙ (Tmax - Tmin )

114
MÁQUINAS DE CARNOT

MODELAGEM DA MÁQUINA DE CARNOT


Considerações:
Sistema fechado e cíclico, opera em regime permanente e todos os processos são reversíveis;
A bomba e a turbina são isoentrópicas (sem atrito e sem onda de choque);
As variações de energia cinética e energia potencial gravitacional desprezíveis.
Assim temos:
∆M = Me - Ms = 0 ↔ Me = Ms = M;
∆E = Ee - Es = 0 ↔ Ee = Es;
∆𝜇 = 𝜇 i - 𝜇 f = 0 ↔ 𝜇 i = 𝜇 f;

∆𝓋= 𝓋2e - 𝓋2𝑠 =


2 2
෥ 0 ↔ 𝓋e =
෥ 𝓋 s;

∆z = (ze - zs )  g =
෥ 0 ↔ ze =
෥ zs;
115
∆h = he - hs = 0 ↔ he = hs = h (operação cíclica)
MÁQUINAS DE CARNOT

Aplicando as condições operacionais na equação geral da termodinâmica.

Qe + Wfe + Were + (𝓋2e + gze + he) Me – [ Qs + Wfs + Wers + (𝓋2s + gzs + hs)Ms ] = Mf μf - Miμi (36)
2 2

Qsistema = QCaldeira – QCondensador


Wsistema = WBomba + WTurbina

Balanço de Energia
QCaldeira + WBomba - WTurbina - QCondensador = 0
Qsistema – Wsistema = 0
Qsistema = Wsistema
QCaldeira + WBomba = WTurbina + QCondensador
116
MÁQUINAS DE CARNOT

RENDIMENTO DA MÁQUINA DE CARNOT (ηCarnot)

ηCarnot= Wútil ↔ ηCarnot= WSistema (48)


Qentra Qentra
Qsistema = Wsistema

ηCarnot= Qsistema
Qentra
Qsistema = QCaldeira – QCondensador
Qsistema = Qentra – Qsai
Q
ηCarnot= = Qentra - Q sai
Qentra entra
Q
ηCarnot= 1 - Q sai
entra
117
MÁQUINAS DE CARNOT

dQ
∆S = ∫ T

para um processo isotérmico


1 Q
∆S = ∫ dQ ↔ ∆S = ↔ Q = ∆S ∙ T (numericamente igual a área sob a curva do diagrama T x s)
T T

∆S12 = Q12 ↔ Q12 = ∆S12 ∙ T12 (numericamente igual a área sob a curva 1-2 do diagrama T x s)
T12

∆S34 = Q34 ↔ Q34 = ∆S34 ∙ T34 (numericamente igual a área sob a curva 3-4 do diagrama T x s)
T34
Como entropia é uma função de estado para um ciclo ∆S = 0
∆Sciclo = ∆S12 + ∆S23 + ∆S34 + ∆S41 =0
os processos ∆S23 e ∆S41 são nulos pois são processos isoentrópicos, assim :
∆Sciclo = ∆S12 + ∆S34 = 0
118
∆S12 = - ∆S34
MÁQUINAS DE CARNOT

⃒∆S12 ⃒ = ⃒-∆S34 ⃒
Q ⃒∆s12 ∙ T12⃒
ηCarnot= 1 - Q34 ↔ η = 1 -
12 ⃒∆s34 ∙ T34⃒

⃒T12⃒
ηCarnot= 1 -
⃒T34⃒
T12 = Tmax e T34 = Tmin
QCondensador
⃒Tmin⃒ ηCarnot= 1 - (49)
ηCarnot = 1- ou ↔ QCaldeira
⃒Tmax⃒

η ciclo teórico qualquer < ηciclo Carnot


119
CICLO DE RANKINE IDEAL

O ciclo ideal de Rankine é constituído de dois processos isobáricos e dois processos isoentrópicos. No processo
de expansão ou despressurização, na turbina, geralmente, ocorre o início da condensação. No ponto (4) o
fluido de operação é líquido saturado, assim a bomba fornece pouco trabalho comparado ao que ocorre no ciclo
de Carnot, onde o ponto (3) é uma mistura bifásica. No ponto (1) o líquido é subresfriado, no entanto numa
pressão e temperatura superior ao que se encontrava no ponto (4), mas sua temperatura é inferior a
temperatura de saturação nesta nova condição de equilíbrio. Neste ciclo a função da cadeira é aquecer e
vaporizar o fluido (água).

120
CICLO DE POTÊNCIA A VAPOR
OPERANDO SEGUNDO DIAGRAMA DE RANKINE IDEAL

121
CICLO DE POTÊNCIA A VAPOR
ANÁLISE DO DIAGRAMA T x s NO CICLO DE RANKINE

∆𝑆 = ∫ 𝜕𝑄
T

para um processo isotérmico


1
∆𝑆 = T ∫𝜕𝑄 ↔ ∆𝑆 ∙T = ∫𝜕𝑄 ↔ ∆𝑆 ∙T = Q (área sob a curva) neste caso temos:
para um processo não isotérmico
∫dS = ∫ 𝜕Q
T
↔ ds ∙T = ∫𝜕Q (área sob a curva) neste caso temos:
122
Q = ∫𝑑𝑆 ∙T onde s = f(T)
CICLO DE POTÊNCIA A VAPOR
ANÁLISE DO DIAGRAMA T x s NO CICLO DE RANKINE

Q12 = Qcaldeira = Q1a + Qa2


Q1a = calor de aquecimento do líquido subresfriado a líquido saturado;
Qab = calor de vaporização;

Processo de aquecimento isobárico 1→ a


Processo a → 2 isobárico de alta pressão e isotérmico (vaporização)
Processo 3 → 4 isobárico de baixa pressão e isotérmico (condensação)
Processo 2→ 3 e 4 → 1 isoentrópicos

123
CICLO DE POTÊNCIA A VAPOR
ANÁLISE DO DIAGRAMA T x S NO CICLO DE RANKINE

Q12 = Qab =+ Qa2


Q1a = Área sob a curva 1−𝑎 − 𝑠𝑎 − 𝑠1, trapézio [ AT = (𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟+𝑏𝑎𝑠𝑒𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟
2
)∙ h] é igual ao calor fornecido no
processo de aquecimento do líquido subresfriado a líquido saturado.

Q = ∫𝑑𝑆 ∙T onde s = f(T) ↔ Q1a = (T1 2+Ta)∙ (Sa − S1)

Qa2 = Área sob a curva a-2-s2−sa , retângulo (base x altura) de altura Ta = T2 e base ∆𝑆 = S2 - Sa é igual ao calor
fornecido no processo de vaporização.
Qa2 = (S2 − Sa) ∙ Ta

124
CICLO DE POTÊNCIA A VAPOR
ANÁLISE DO DIAGRAMA T x S NO CICLO DE RANKINE

Q34 = Área sob a curva 3-4−𝑠4 − 𝑠3, retângulo (base x altura) de altura T3 e base ∆𝑆 = S4 – S3 é
numericamente igual ao calor liberado no processo de condensação.
Q34 = (S4 − S3) ∙ T3

Qs = Área da figura 1-a-2- 3-4 é numericamente igual ao calor sistema.


Qs = [ (Ta− T4) −
2
(T1 − T4)
]∙ (Sa − S1) + [(Ta − T4) ∙ (S2 − Sa)]

125
CICLO DE POTÊNCIA A VAPOR
RENDIMENTO DO CICLO DE RANKINE
MODELAGEM DA MÁQUINA DE RANKINE
Considerações
Sistema fechado e cíclico, opera em regime permanente e todos os processos são reversíveis;
A bomba e a turbina são isoentrópicas (sem atrito e sem onda de choque);
As variações de energia cinética e energia potencial gravitacional desprezíveis.
Assim temos:
∆M = Me - Ms = 0 ↔ Me = Ms = M;
∆E = Ee - Es = 0 ↔ Ee = Es;
∆μ = μi - μf = 0 ↔ μi = μf;

∆𝓋= 𝓋2e - 𝓋2s =


2 2
෥ 0 ↔ 𝓋e =
෥ 𝓋 s;

∆z = (ze - zs )  g =
෥ 0 ↔ ze =
෥ zs;
126
∆h = he - hs = 0 ↔ he = hs = h (operação cíclica)
CICLO DE POTÊNCIA A VAPOR
RENDIMENTO DO CICLO DE RANKINE

Aplicando as condições operacionais na equação geral da termodinâmica.

Qe + Wfe + Were + (𝓋2e + gze + he) Me – [ Qs + Wfs + Wers + (𝓋2s + gzs + hs)Ms ] = Mf μf - Miμi (36)
2 2

Qsistema = QCaldeira – QCondensador


Wsistema = WBomba + WTurbina

Balanço de Energia
QCaldeira + WBomba - WTurbina - QCondensador = 0
Qsistema – Wsistema = 0
Qsistema = Wsistema
QCaldeira + WBomba = WTurbina + QCondensador 127
CICLO DE POTÊNCIA A VAPOR
RENDIMENTO DO CICLO DE RANKINE

RENDIMENTO DA MÁQUINA DE RANKINE (ηRankine)

ηRankine= Wútil ↔ ηRankine = WSistema


Qentra Qentra
Qsistema = Wsistema

ηRankine= Qsistema
Qentra
Qsistema = QCaldeira – QCondensador
Qsistema = Qentra – Qsai
Q
ηRankine = Qentra - Q sai
Qentra entra
Q Q
ηRankine= 1 - Q sai ↔ ηRankine= 1 - Condensador
entra QCaldeira
128
CICLO DE POTÊNCIA A VAPOR
RENDIMENTO DO CICLO DE RANKINE

RENDIMENTO DA MÁQUINA DE RANKINE (ηRankine)

ηRankine= Wútil ↔ ηRankine = WSistema


Qentra Qentra
Qsistema = Wsistema

ηRankine= Qsistema
Qentra
Qsistema = QCaldeira – QCondensador
Qsistema = Qentra – Qsai
Q
ηRankine = Qentra - Q sai
Qentra entra
Q Q
ηRankine= 1 - Q sai ↔ ηRankine= 1 - Condensador
entra QCaldeira
129
CICLO DE POTÊNCIA A VAPOR
RENDIMENTO DO CICLO DE RANKINE

OBSERVAÇÕES:
1) A equação abaixo não pode ser aplicada no ciclo de Rankine, pois a temperatura na caldeira não é
constante, como ocorre no ciclo de Carnot. Caso consideremos uma temperatura média na caldeira
poderíamos afirmar que reduzindo a temperatura de condensação da água o rendimento aumentaria.

⃒Tmin⃒
ηCarnot = 1-
⃒Tmax⃒

2) Na expressão de Rakine o aumento do rendimento pode ser feito por:


• Aumento no consumo de energia na caldeira;
• Redução da perda de energia no condensador.
Q Q
ηRankine= 1 - Q sai ou ↔ ηRankine= - Condensador
QCaldeira (50)
1
entra
130
CICLO DE POTENCIA A VAPOR - FATORES QUE
INFLUEM NO RENDIMENTO DO CICLO DE RANKINE
• Utilização de vapor superaquecido

OBSERVAÇÕES: O aumento da temperatura (T2) de vapor da caldeira é limitada pela resistência mecânica em altas
temperaturas. 131
CICLO DE POTENCIA A VAPOR - FATORES QUE
INFLUEM NOdaRENDIMENTO
• Aumento pressão da caldeira
DO CICLO DE RANKINE

OBSERVAÇÕES:
1) O vapor se forma a uma temperatura mais elevada.
132
2) A quantidade de líquido na saída da turbina aumenta.
CICLO DE POTENCIA A VAPOR - FATORES QUE
INFLUEM NO RENDIMENTO DO CICLO DE RANKINE

• REAQUECIMENTO DO VAPOR

Onde:
Q16 = aquecimento, Qab = vaporização, Qb1 = superaquecimento e Q23 = reaquecimento a pressão constante. 133
CICLO DE POTENCIA A VAPOR - FATORES QUE
INFLUEM NO RENDIMENTO DO CICLO DE RANKINE

• REAQUECIMENTO DA ÁGUA

.
134
CICLO DE POTENCIA A VAPOR - FATORES QUE
INFLUEM NO RENDIMENTO DO CICLO DE RANKINE

p1 = p5 = p4, p6 = p7 ,p2 = p3 = p8
p1 > p 6 > p 2
OBS:
PRÉ-AQUECEDOR
É formado por tubos onde passa água oriunda da turbina. O vapor que sai da turbina fornece calor para água que
vem do condensador de forma indireta, pois estão separados pela superfície dos tubos, por isso o pré-aquecedor é
denominador de superfície. Esse trocador de calor permite que água e vapor tenham pressões diferente, ou seja,
p6 ≠ p2.
A válvula redutora de pressão isoentalpica instalada entre os pontos 7 e 8 tem a finalidade de reduzir a pressão do
condensado p7 para a pressão do condensador p3 = p8.

135
CICLO DE POTÊNCIA A VAPOR

Exercício-1 Lista-2
Uma planta de uma usina de produção de vapor é baseada no ciclo de Rankine da figura abaixo. Conhecendo-se
a pressão na caldeira, p1 = 4,9 MPa e a do condensador, p2 = 0,049 MPa. Calcule o rendimento da usina.

136
CICLO DE POTÊNCIA A VAPOR

Tabela de equilíbrio liquido vapor saturado da água p = 4,9 MPa

Dados:
QCaldeira= (h1 − h4)M e QCondensador = (h3 − h2)M
Q
WBomba =  (ps − pe) M e ηRankine= 1 - Condensador
QCaldeira
Considerações:
Sistema fechado, a turbina e a bomba operam adiabaticamente (processos isentrópicos)
Ponto-1, x =1, p = 4,9 MPa (vapor saturado) processo 1 →2 isentrópico s1 = s2

137
CICLO DE POTÊNCIA A VAPOR

Tabela de equilíbrio liquido vapor saturado da água p= 0,0 49 MPa

Cálculo do título da mistura líquido vapor no ponto-2


smist= sL + ∆𝑠x → smist= s1 = 5,982 kJ/Kkg
∆𝑠 = sv- sL → ∆𝑠 = 7,601 kJ/Kkg− 1,085 kJ/Kkg → ∆𝑠 = 6,516 kJ/Kkg

x = (smist∆𝑠− sL) = → x = (5,982 − 1,085) KJ/k ∙ kg → x = 0,752


6,516 kJ/K∙kg
Cálculo da entalpia da mistura líquido vapor no ponto-2
hmist = hL + ∆ℎx → hmist = h2
hmist = 338,4 kJ/kg + (2645 kJ/kg − 338,4 kJ/kg)0,752
138
hmist = 2072,9 kJ/kg = h2
CICLO DE POTÊNCIA A VAPOR

Ponto-3, x = 0, p = 0,049 MPa (liquido saturado) processo 3 →4 isentrópico s3 = s4 e h3 = hL = 338,4 kJ/kg


WBomba 3/kg → WBomba = (h −h )
=  (p 4 − p 3) considerando o líquido como incompressível  = 0,00103 m 4 3
M M
Ponto 4 (líquido subresfriado) → ( h4 −h3) =  (p4 −p3) → h4 =  (p4 −p3) + h3
h4 = 0,00103 m3/kg (4,9 − 0,049) MPa +338,4 kJ/kg → 0,00103 m3/kg (4,851) MPa +338,4 kJ/kg
h4 = 0,00499653 m3/kg 106N/m2 + 338,4 kJ/kg h4= 4996,5 Nm/kgm2 + 338,4 kJ/kg
h4= 4996,5 kJ/kg+ 338,4 kJ/kg → h4= 4,9965 kJ/kg+ 338,4kJ/kg → h4= 343,4 kJ/kg
Caso tenha disponível o programa CATT3 poderia obter a entalpia no ponto 4 (h4) diretamente considerando a
pressurização (p3 → p4) isentrópica (s3 = s4).
QCaldeira
M = (h1 − h4) = (2795 - 343,4) kJ/kg = 2451,6 kJ/kg,
QCondensador
= (h3 − h2) = (338,4 - 2072,9) kJ/kg = -1734,6 kJ/kg
M
Q ⃒QCondensador⃒ ⃒−1734,6 kJ⃒
139
ηRankine= 1 - Condensador = 1 - = 1 - → ηRankine= 29,5%
QCaldeira ⃒QCaldeira⃒ ⃒2451,6 kJ⃒
CICLO DE POTÊNCIA A VAPOR

Exercício-2 Lista-2
Calcular o rendimento do ciclo da questão anterior adotando o vapor supersaturado na entrada da turbina a
500 oC (figura-abaixo), com as demais condições mantidas, isto é: p1 = 4,9 MPa, p2 = 0,0495 MPa e x3 = 0.
A modificação obteve êxito, justifique a resposta.

140
CICLO DE POTÊNCIA A VAPOR

Tabela de vapor superaquecido da água p = 4,9 Mpa

Dados:
QCaldeira= (h1 − h4)M e QCondensador = (h3 − h2)M
Q
WBomba =  (ps − ps) M e ηRankine= 1 - Condensador
QCaldeira
Considerações:
Sistema fechado, a turbina e a bomba operam adiabaticamente (processos isentrópicos)
Ponto-1, x =1, p = 4,9 MPa (vapor saturado) processo 1 →2 isentrópico s1 = s2
141
CICLO DE POTÊNCIA A VAPOR

Tabela de equilíbrio liquido vapor saturado da água p= 0,0 49 MPa

Cálculo do título da mistura líquido vapor no ponto-2


smist= sL + ∆𝑠x → smist= s1 = 6,986 kJ/Kkg
∆𝑠 = sv- sL → ∆𝑠 = 7,601 kJ/Kkg− 1,085 kJ/Kkg → ∆𝑠 = 6,516 kJ/Kkg

x = (smist∆𝑠− sL) = → x = (6,986 − 1,085) KJ/k ∙ kg → x = 0,906


6,516 kJ/K∙kg

142
CICLO DE POTÊNCIA A VAPOR

Cálculo da entalpia da mistura líquido vapor no ponto-2


hmist = hL + ∆ℎx → hmist = h2 → hmist = 338,4 kJ/kg + (2645 kJ/kg − 338,4 kJ/kg)0,906 → hmist = 2427,3 kJ/kg = h2
Ponto-3, x =3, p = 0,049 MPa (liquido saturado) processo 3 →4 isentrópico s3 = s4 e h3 = hL = 338,4 kJ/kg
Ponto 4 (líquido subresfriado) → ( h4 −h3) =  (p4 −p3) → h4 =  (p4 − p3) + h3
h4 = 0,00103 m3/kg (4,9 −0,049) MPa +338,4 kJ/kg → 0,00103 m3/kg (4,851) MPa +338,4 kJ/kg
h4 = 0,00499653 m3/kg 106N/m2 + 338,4 kJ/kg h4= 4996,5 Nm/kgm2 + 338,4 kJ/kg
h4= 4996,5 kJ/kg+ 338,4 kJ/kg → h4= 4,9965 kJ/kg+ 338,4kJ/kg → h4= 343,4 kJ/kg
Caso tenha disponível o programa CATT3 poderia obter a entalpia no ponto 4 (h4) diretamente considerando a
pressurização (p3 → p4) isentrópica (s3 = s4).
QCaldeira QCondensador
M = (h1 − h4) = 3435 kJ - 343,4 kJ = 3091,6 kJ, = (h3 − h2) = 338,4 kJ - 2427,3 kJ = -2088,9 kJ
M
QCondensador ⃒Q ⃒ ⃒−2088,9 kJ⃒
ηRankine= 1 - = 1 - Condensador = 1 - → ηRankine= 32,4%
QCaldeira ⃒QCaldeira⃒ 143
⃒3091,6 kJ⃒
CICLO DE POTÊNCIA A VAPOR

Exercício-3 Lista-2
Calcular o rendimento do ciclo da questão anterior, adotando a pressão na caldeira de 9,8 MPa (figura abaixo),
com as demais condições mantidas, isto é: p2 = 0,049 MPa, T1 = 500 oC e x3 = 0.

144
CICLO DE POTÊNCIA A VAPOR

Tabela de vapor superaquecido da água p = 9,8 MPa

Dados:
QCaldeira= (h1 − h4)M e QCondensador = (h3 − h2)M
Q
WBomba =  (ps − ps) M e ηRankine= 1 - Condensador
QCaldeira
Considerações:
Sistema fechado, a turbina e a bomba operam adiabaticamente (processos isentrópicos)
Ponto-1, p = 9,8 MPa (vapor saturado) processo 1 →2 isentrópico s1 = s2
145
CICLO DE POTÊNCIA A VAPOR

Tabela de equilíbrio liquido vapor saturado da água p = 0,049 MPa

Cálculo da entropia da mistura líquido vapor no ponto-2


smist= sL + ∆𝑠x → smist= s1 = 6,608 kJ/Kkg
∆𝑠 = sv- sL → ∆𝑠 = 7,601 kJ/Kkg− 1,085 kJ/Kkg → ∆𝑠 = 6,516 kJ/Kkg

x = (smist∆𝑠− sL) = → x = (6,608 − 1,085) KJ/k ∙ kg → x = 0,848


6,516 kJ/K∙kg

146
CICLO DE POTÊNCIA A VAPOR

Cálculo da entalpia da mistura líquido vapor no ponto-2


hmist = hL + ∆ℎx → hmist = h2 → hmist = 338,4 kJ/kg + (2645 kJ/kg − 338,4 kJ/kg)0,848 → hmist = 2294,4 kJ/kg = h2
Ponto-3, p = 0,049 MPa (liquido saturado) processo 3 →4 isentrópico s3 = s4 e h3 = hLs = 338,4 kJ/kg
Ponto 4 (líquido subresfriado) → ( h4 −h3) =  (p4 −p3) → h4 =  (p4 −p3) + h3 → h4 = 0,00103 m3/kg (9,8
−0,049) MPa +338,4 kJ/kg → h4 = 0,00103 m3/kg (9,751)106N/m2 + 338,4 kJ/kg h4= 10043,5 Nm/kgm2
+ 338,4 kJ/kg → h4= 10043,5Nm/kg+ 338,4 kJ/kg → h4= 10043,5 J/kg+ 338,4kJ/kg
h4= 10,0435 J/kg+ 338,4kJ/kg → h4 = 348,4 kJ/kg
Caso tenha disponível o programa CATT3 poderia obter a entalpia no ponto 4 (h4) diretamente considerando a
pressurização (p3 → p4) isentrópica (s3 = s4).
QCaldeira Q
= (h1 − h4) = 3376 kJ - 348,4 kJ = 3027,6 kJ, Condensador = (h3 − h2) = 338,4 kJ - 2294,4 kJ = -1955,8 kJ
M M
Q ⃒QCondensador⃒ ⃒−1955,8 kJ⃒
ηRankine= 1 - Condensador = 1 - = 1 - → ηRankine= 35,4%
QCaldeira ⃒QCaldeira⃒ ⃒3027,6 kJ⃒
147
CICLO DE POTÊNCIA A VAPOR

Exercício-4 Lista-2
Um engenheiro projeta uma modificação na usina de produção de vapor da questão-1, para aumentar o
rendimento, de modo que a planta opere em dois estágios e com reaquecimento, também na temperatura de 500 oC
na pressão de 75 MPa. O diagrama do ciclo de Rankine é apresentado (figura abaixo). Mantida as demais condições,
p1 = 9,8 MPa na saída da caldeira, p4 = 0,049 Mpa pressão do condensador e o líquido que sai do condensador com
x5 = 0. Calcule o rendimento do ciclo.

148
CICLO DE POTÊNCIA A VAPOR

Tabela de vapor superaquecido da água p = 9,8 MPa na entrada da primeira turbina (inicio do primeiro estágio).

Dados:
QCaldeira= (h1 − h6)M e QCondensador = (h5 − h4)M, Qaquecimento = (h3 − h2)M
QCondensador
WBomba =  (ps − ps) M e ηRankine= 1 -
Qaquecimento + Qcaldeira
Considerações:
Sistema fechado, a turbina e a bomba operam adiabaticamente (processos isentrópicos)
Ponto-1, p = 9,8 MPa (vapor superaquecido) processo 1 →2 isentrópico s1 = s2
149
Conforme tabela h1 = 3376 kJ/kg
CICLO DE POTÊNCIA A VAPOR

Tabela de vapor superaquecido da água p = 7,35 MPa condições na saída da primeira turbina (primeiro
estágio isentrópico), processo 1 →2 isentrópico s1 = s2 = 6,608 kJ/Kkg

Conforme tabela h2 = 3284 kJ/kg


processo 2 →3 aquecimento isobárico (p2 = p3) até 500 oC.
Tabela de vapor superaquecido da água p = 7,35 Mpa condições de entrada na segunda turbina (segundo
estágio isentrópico), processo 2 →3 isentrópico p2 = p3 = = 7,35 Mpa

Conforme tabela h3 = 3406 k J/kg 150


CICLO DE POTÊNCIA A VAPOR

Tabela de equilíbrio líquido vapor p = 0,049 Mpa condições na saída da segunda turbina (segundo estágio
isentrópico), processo 3 →4 isentrópico s3 = s4 = 6,771 kJ/Kkg

Conforme tabela h4 = 2351 kJ/kg


Tabela de equilíbrio líquido vapor p = 0,049 Mpa

Conforme tabela h5 = 338,4 kJ/kg

151
CICLO DE POTÊNCIA A VAPOR

Ponto 6 (líquido subresfriado)


( h6 − h5) =  (p6 −p5) → h6 =  (p6 −p5) + h5 → h6 = 0,00103 m3/kg (9,8 −0,049) MPa +338,4 kJ/kg
h6 = 0,00103 m3/kg (9,751)106N/m2 + 338,4 kJ/kg
h6 = 10043,5 Nm/kgm2 + 338,4 kJ/kg → h6= 10043,5Nm/kg+ 338,4 kJ/kg
h6= 10043,5 J/kg+ 338,4kJ/kg h6= 10,0435 J/kg + 338,4kJ/kg → h6 = 348,4 kJ/kg
QCaldeira
M = (h1 − h6) = 3376 kJ - 348,4 kJ = 3027,6 kJ,
Qaquecimento
= (h3 − h2) = 3406 kJ/kg - 3284 kJ/kg = 122 kJ,
M
QCondensador
= (h5 − h4) = 338,4 kJ - 2351 kJ/kg = -1955,8 kJ e
M
QCondensador 1955,8 kJ
ηRankine= 1 - Q → ηRankine= 1 - → ηRankine= 37,9%
aquecimento + Q caldeira 3027,6 kJ +122 kJ

152
CICLO DE POTÊNCIA A VAPOR

Exercício-5 Lista-2
Suponhamos que o ciclo da questão anterior tenha um preaquecedor de água, utilizando para isso 10% de vapor
que passa pela turbina, conforme figura abaixo. Sabe-se que o vapor é extraído da turbina quando passa por um
estágio de pressão igual 0,49 MPa e que as demais condições sejam mantidas, isto é: p1 = p6 = p7 = 9,8 MPa, T1 =
T3 = 500 oC, p2 = p3 = 7,35 Mpa,, e x5 = 0.

153
CICLO DE POTÊNCIA A VAPOR

Dados: p1 = p6 = p7 = 9,8 MPa, T1 = T3 = 500 oC, p2 = p3 = 7,35 Mpa, p10 = p4 = p5 = 4,9 MPa e x5 = 0.
Tabela de vapor superaquecido da água p = 9,8 MPa na entrada da primeira turbina (inicio do primeiro estágio).

Dados:
QCaldeira= (h1 − h6)M e QCondensador = (h5 − h4)M, Qaquecimento = (h3 − h2)M
Q
WBomba =  (ps − ps) M e ηRankine= 1 - Condensador
Qcaldeira
Considerações:
Sistema fechado, a turbina e a bomba operam adiabaticamente (processos isentrópicos)
Ponto-1, p = 9,8 MPa (vapor superaquecido) processo 1 →2 isentrópico s1 = s2
154
Conforme tabela h1 = 3376 kJ/kg.
CICLO DE POTÊNCIA A VAPOR

Tabela de vapor superaquecido da água p = 7,35 MPa condições na saída da primeira turbina (primeiro
estágio isentrópico), processo 1 →2 isentrópico s1 = s2 = 6,608 kJ/Kkg.
Conforme tabela h2 = 3284 kJ/kg
processo 2 →3 aquecimento isobárico (p2 = p3) até 500 oC.
Tabela de vapor superaquecido da água p = 7,35 Mpa condições de entrada na segunda turbina (segundo
estágio isentrópico), processo 2 →3 isentrópico p2 = p3 = 7,35 Mpa.

Conforme tabela h3 = 3406 k J/kg.

155
CICLO DE POTÊNCIA A VAPOR

Tabela de equilíbrio líquido vapor da água p = 0,49 Mpa na saída da segunda turbina (segundo estágio
isentrópico), processo 3 →8 isentrópico s3 = s8 = 6,771 kJ/Kkg.

Conforme tabela h8 = 2724 kJ/kg


Tabela de equilíbrio líquido vapor da água p = 0,49 MPa nas condições de saturação.

Conforme tabela h9 = 636,4 k J/kg = h10, pois a válvula é isoentálpica.

156
CICLO DE POTÊNCIA A VAPOR

Tabela de equilíbrio líquido vapor da água p = 0,049 Mpa na saída da segunda turbina (segundo estágio
isentrópico), processo 3 →4 isentrópico s3 = s4 = 6,771 kJ/Kkg.

Conforme tabela h4 = 2210 k J/kg.

Tabela de equilíbrio líquido vapor da água p = 0,049 MPa nas condições de saturação.

Conforme tabela h5 = 338,4 k J/kg. 157


CICLO DE POTÊNCIA A VAPOR
Tabela de líquido subresfriado da água p = 9,8 Mpa.

Conforme tabela h6 = 348,4 k J/kg.


Balanço de massa no preaquecedor
Qpreaquecedor Qpreaquecedor
= (h 7 − h 6) = = (h9 − h8)
M M1
M1 = 0,1M
Qpreaquecedor = M (h7 − h6)
Qpreaquecedor = -0,1 M (h9 − h8)
M (h7 − h6) = 0,1 M (h9 − h8)
(h7 − h6) = −0,1 (h9 − h8) → h7 = 0,1 (h9 − h8) + h6
h7 = −0,1 (636,4 k J - 2724 kJ) + 348,4 Kj/kg 158
h7 = 557,16 kJ/kg
CICLO DE POTÊNCIA A VAPOR

Balanço de massa no pré-aquecedor


Qentra - Qsai = 0 → Qentra = Qsai

Qpreaquecedor Qpreaquecedor
= (h7 − h6) = = (h9 − h8)
M1 M1
M1 = 0,1M
Qpreaquecedor = M (h7 − h6)
Qpreaquecedor = -0,1 M (h9 − h8)
M (h7 − h6) = 0,1 M (h9 − h8) → (h7 − h6) = −0,1 (h9 − h8) → h7 = 0,1 (h9 − h8) + h6
h7 = −0,1 (636,4 k J - 2724 kJ) + 348,4 kJ/kg 159
h7 = 557,16 kJ/kg
CICLO DE POTÊNCIA A VAPOR

Balanço de energia na caldeira


Qentra - Qsai = 0 → Qentra = Qsai
Qcaldeira Q
+ h2 + 0.9h7 − h1 − 0.9h3 = 0 → caldeira = h1 − h2 −0,9( h3 − h7 )
M M
Qcaldeira Qcaldeira
= 3376 − 557,16 + 0,9( 3406−3284) kJ/kg →
M M = 2928,64 kJ/kg

Balanço de energia no condensador


Qentra - Qsai = 0 → Qentra = Qsai
Q Q
0,9h4 + 0.1h10 − h5 − condensador = 0 → condensador = +0,9 h4 + 0.1 h10 − h5
M M
Qcondensador
= (0,9 2210 + 0.1636,4 −338,4) kJ/kg
M
Qcondensador 160
= 1714,24 kJ/kg
M
CICLO DE POTÊNCIA A VAPOR

Q 1714,24 kJ/kg
ηRankine= 1 - Condensador
Qcaldeira → ηRankine= 1 - = 41,46 %
2928,64 kJ/kg

161
CICLOS DE POTÊNCIA A GÁS
GÁS IDEAL OU PERFEITO

Definição: Um gás é uma substância que se expande para preencher o recipiente onde é colocado. Dessa forma,
o volume de um gás é o volume de seu recipiente. Os gases ideais são gases submetidos a baixa pressão cujas
moléculas tem comportamento que se aproximam de esferas rígidas. E são caracterizados por suas variáveis de
estado: volume pressão, temperatura, número de moléculas e massa.
Equação de Clapeyron
p ∙ V = n∙R ∙ T (51) (forma molar) ou p ∙ v = R ∙ T (52) (forma mássica)
M V
n= (53) e v=M
mol
onde: P = pressão, V = volume, n = número de mols, T = temperatura absoluta, M = massa,
mol = massa molecular em quilogramas.

162
CICLOS DE POTÊNCIA A GÁS
GÁS IDEAL OU PERFEITO

R = constante universal dos gases perfeitos


forma molar
p∙V
R= → no SI, R = 8,31 J/mol R ∙ K
n ∙T
A forma mássica
p∙v
R = T → no SI, R = 0,287kJ/kg ∙ K

163
CICLOS DE POTÊNCIA A GÁS
GÁS IDEAL OU PERFEITO

LEI DOS GASES IDEAIS


• Lei de Boyle ou da transformação isotérmica
É aquela que ocorre a temperatura constante.
p∙v=R∙T
p∙v
R= T

Para transformação isotérmica de 1→2


p ∙v p ∙v
R = 1T 1 = 2T 2 → como T1 = T2 = T
1 2

p1 ∙ v1 = p2 ∙ v2 = ψ → p ∙ v = ψ
Assim , o produto p ∙ v é igual a constante ψ, desse modo, p e v são inversamente proporcionais, ou seja se p
aumenta v diminui e vice-versa.
164
CICLOS DE POTÊNCIA A GÁS
GÁS IDEAL OU PERFEITO

• Lei de Charles ou a da transformação isobárica.


É aquela que ocorre a pressão constante.
p∙v=R∙T
p∙v
R= T

Para transformação isotérmica de 1→2


p1 ∙v1 p ∙v
R= = 2 2 → como p1 = p2 = p
T1 T2
v1 v2 v
T1 = T2 = φ → T = φ
v
Assim, a razão T é igual a constante φ, desse modo, v e T são diretamente proporcionais, ou seja se v aumenta
T também aumenta e v diminui T também diminui e vice-versa. 165
CICLOS DE POTÊNCIA A GÁS
GÁS IDEAL OU PERFEITO

• Lei de Gay Lussac ou a da transformação isovolumétrica.


É aquela que ocorre a volume constante.
p∙v=R∙T
p∙v
R=
T
Para transformação isotérmica de 1→2
p ∙v p ∙v
R = 1T 1 = 2T 2 → como v1 = v2 = v
1 2
p1 p2 v
T1 = T2 = Ω → T = Ω
v
Assim, a razão T é igual a constante Ω, desse modo, p e T são diretamente proporcionais, ou seja se p aumenta
T também aumenta e v diminui T também diminui e vice-versa. 166
CICLOS DE POTÊNCIA A GÁS
GÁS IDEAL OU PERFEITO

ENERGIA INTERNA DE UM GÁS IDEAL OU PERFEITO


É restrita a energia de translação e sua expressão é dada pela lei de Joule.
ENERGIA INTERNA DE UM GÁS MONOATÔMICO.
umon = 3/2 ∙ R ∙ T (53)

ENERGIA INTERNA DE UM GÁS DIATÔMICO.


udia = 5/2 ∙ R ∙ T (54)

ENERGIA INTERNA DE UM GÁS DIATÔMICO.


upol = 3 ∙ R ∙ T (55)
167
CICLOS DE POTÊNCIA A GÁS
GÁS IDEAL OU PERFEITO

TRABALHO REALIZADO SOBRE OU POR UM GÁS IDEAL.


F
p = AN → FN = p ∙ A

Onde: p= pressão, A = área e FN = força normal = força do


sistema no vizinho ou força do gás no embolo = Fge = Fsv
FN = força normal = força do vizinho no sistema ou força do
embolo no gás = Feg = Fvs
Sistema = gás ideal e vizinho = embolo
∣ Fge ∣ = ∣- Feg ∣
FN = p ∙ A

168
CICLOS DE POTÊNCIA A GÁS
GÁS IDEAL OU PERFEITO

169
CICLOS DE POTÊNCIA A GÁS
GÁS IDEAL OU PERFEITO
𝑑 𝑑
W = - ∫0 FN ∙ dx → W = - ∫0 p ∙ A ∙ dy

dv = A ∙ dy →
v
W = - ∫v 2 p ∙ dv
1

O trabalho é numericamente igual a área sob a curva p x v.

170
CICLOS DE POTÊNCIA A GÁS
GÁS IDEAL OU PERFEITO

OBSERVAÇÃO: O cálculo do trabalho depende do tipo de interação existente entre o sistema e a vizinhança
(processo termodinâmico) e não dos estados final e inicial, assim o trabalho não é uma função propriedade do
sistema (função de estado).

Caminho 1 (ABD)
O trabalho realizado em todo processo é a área do retângulo BDEF
v
W1 = WAB + WBD → WAB = 0 →W1 = 0 + WBD →W1 = 0 + WBD → W1 = -∫v 2 pf ∙ dv
1

como o processo BD é isobárico


v 171
W1 = - pf ∫v 2 dv → W1 = - pf ∙(vf - vi)
1
CICLOS DE POTÊNCIA A GÁS
GÁS IDEAL OU PERFEITO

Caminho 2 (ACD)
O trabalho realizado em todo processo é a área do retângulo BDEF
W2 = WAC + WCD
WCD = 0
W2 = 0 + WBD
v
W2 = -∫v 2 pi ∙ dv
1

como o processo BD é isobárico


v
W2 = - pi ∫v 2 dv
1

W2= - pi ∙(vf - vi)

172
CICLOS DE POTÊNCIA A GÁS
GÁS IDEAL OU PERFEITO

Trabalho realizado pelo gás na expansão


dv > 0 → W <0
Trabalho realizado sobre gás na compressão
dv < 0 → W >0
ANÁLISE DO TRABALHO NOS PROCESSO TERMODINÂMICO
• TRABALHO NUM PROCESSO A VOLUME CONSTANTE
v
Wif = ∫v f p ∙ dv
i

dv = 0
Wif = 0

173
CICLOS DE POTÊNCIA A GÁS
GÁS IDEAL OU PERFEITO

• TRABALHO NUM PROCESSO A PRESSÃO CONSTANTE


v
Wif = ∫v f p ∙ dv
i
v
Wif = p ∫v f dv
i
vf
Wif = p ∙[Δv]
vi
Wif = -p ∙(vf - vi)

174
CICLOS DE POTÊNCIA A GÁS
GÁS IDEAL OU PERFEITO

• TRABALHO NUM PROCESSO A TEMPERATURA CONSTANTE


v
Wif = ∫v f p ∙ dv
i
R ∙T
p ∙ v = R ∙T →p = v

v R ∙T
Wif = ∫v f ∙ dv
i v
v dv
Wif = R ∙ T ∫v f v
i
v
Wif = - R ∙ T ∙ ln vf
i

175
CICLOS DE POTÊNCIA A GÁS
GÁS IDEAL OU PERFEITO

• TRABALHO NUM PROCESSO ADIABÁTICO


v
Wif = -∫v f p ∙ dv
i
_ _
Ti ∙ vi(ɤ 1) = Tf ∙ vf(ɤ 1)
pi∙vi(ɤ )
p∙ v(ɤ) = pi ∙ vi(ɤ) → p = v(ɤ )

C v pi∙v (ɤ )
ɤ = Cp → W = - ∫v f v(ɤi) ∙ dv
v i
1
Wif = (ɤ−1) [pf ∙ vf - pi ∙ vi]

176
CICLOS DE POTÊNCIA A GÁS
GÁS IDEAL OU PERFEITO

CAPACIDADE CALORIFICA ESPECÍFICA A VOLUME CONSTANTE (Cv)


• GASES MONOATÔMICOS
3
Cv = 2 ∙ R (56)

• GASES DIATÔMICOS
5
Cv = 2 ∙ R (57)

• GASES POLIATÔMICOS
Cv = 3 ∙ R (58)
RELAÇÃO DE MAYER
Cp = Cv + 1 (59)
177
CICLOS DE POTÊNCIA A GÁS
GÁS IDEAL OU PERFEITO

CAPACIDADE CALORIFICA ESPECÍFICA A PRESSÃO CONSTANTE (CP)


• GASES MONOATÔMICOS
5
Cp = 2 ∙ R (60)

• GASES DIATÔMICOS
7
Cp = 2 ∙ R (61)

• GASES POLIATÔMICOS
Cp = 4 ∙ R (62)

178
CICLOS DE POTÊNCIA A GÁS
GÁS IDEAL OU PERFEITO

CALOR EM PROCESSO TERMODINÂMICOS


• CALOR EM PROCESSO ADIABÁTICOS
Qif = 0
• CALOR EM PROCESSO ISOBÁRICOS
Qif =Cp ∙ ΔT Δtif = Tf – Ti
Onde: Δu = variação de temperatura, Tf = temperatura no estado final e Ti temperatura no estado inicial.
• CALOR EM PROCESSO ISOVOLUMÉTRICO
Qif = Cv ∙ ΔT
• CALOR EM PROCESSO ISOTÉRMICOS
v
Qif = R ∙ T ∙ ln vf
i 179
CICLOS DE POTÊNCIA A GÁS
GÁS IDEAL OU PERFEITO

BALANÇO DE ENERGIA EM SISTEMAS FECHADOS (APLICAÇÃO DA PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA)


A energia de um sistema fechado só pode ser alterada por transferência de calor ou trabalho através da
fronteira, assim a energia é conservada.
du = δQ – δW → ∫ du = ∫ δQ – ∫δW → Δu = Q –W
Δuif = uf – ui
Onde: Δu = variação da energia interna, uf = energia interna no estado final e ui energia interna no estado inicial.
Δ uif = Cv ∙ ΔT
Δtif = Tf – Ti
Onde: Δu = variação de temperatura, Tf = temperatura no estado final e Ti temperatura no estado inicial.

180
CICLOS DE POTÊNCIA A GÁS
GÁS IDEAL OU PERFEITO

TRANSFORMAÇÕES TERMODINÂMICAS
• Transfomação isovolumétricas
ΔUif = Qif –Wif
Wif = 0
ΔUif = Qif = Cv ∙ ΔTif

181
CICLOS DE POTÊNCIA A GÁS
GÁS IDEAL OU PERFEITO
• TRANSFOMAÇÃO ISOBÁRICA
Δuif = uf –ui
Δuif = Cv ∙ ΔTif

Qif = Cp ∙ ΔTif

Wif = p ∙(vf - vi)

182
CICLOS DE POTÊNCIA A GÁS
GÁS IDEAL OU PERFEITO

• TRANSFOMAÇÃO ISOTÉRMICA
Δuif = Qif – Wif
ΔTif = 0
Δuif = 0
0 = Qif – Wif → Qif = Wif

vf
Wif = − R ∙ T ∙ ln = Qif
vi

183
CICLOS DE POTÊNCIA A GÁS
GÁS IDEAL OU PERFEITO

TRANSFOMAÇÃO ADIABÁTICA
Δuif = Qif – Wif
Qif= 0
Δuif =– Wif

Δuif = Cv ∙ ΔTif

1
Wif = (ɤ−1) [pf ∙ vf - pi ∙ vi]

184
CICLOS DE POTÊNCIA A GÁS
GÁS IDEAL OU PERFEITO

PROCESSOS CÍCLICOS
Ocorre quando um sistema sofre uma sequência dede processos e retorna ao estado de origem.
Aplicações: geração de energia, propulsão de veículos e refrigeração.
∆Uciclo = Qciclo - Wciclo

∆Uciclo = 0 → 0 = uf –ui → uf = ui

Qciclo = Wciclo

∆Uciclo = ∆UAB + ∆UBC + ∆UCA


Qciclo = Q1 + Q2 + Q3
Wciclo = W2 + W3 → W1 = 0 185
CICLOS DE POTÊNCIA A GÁS
GÁS IDEAL OU PERFEITO

COEFICIENTE DE POISON (ɤ)

ɤ = Cp
Cv
Gás monoatômico → ɤ = 1,67
Gás diatômico → ɤ = 1,40
Gás poliatômico → ɤ = 1,33

VARIAÇÃO DA ENTROPIA PARA UM GÁS IDEAL


δ𝑄
ΔS = ∫ T

du = δQ – δW → δQ = du + δW

186
CICLOS DE POTÊNCIA A GÁS
GÁS IDEAL OU PERFEITO
du + δW
ΔS = ∫ T
du = Cv ∙ dT , δW = p ∙dv
R ∙T
p∙v=R∙T→p= v

R ∙T
δW = v ∙dv

Cv∙dT +Rv∙ T ∙dv Cv∙dT R ∙dv dT dv


ΔS = ∫ ( ) → ΔS = ∫ + ∫ → ΔS = Cv ∫ + R∫
T T v T v
T v
ΔS = Cv ∙ ln( f) + R ∙ ln( f)
Ti vi

RENDIMENTO DO CICLO
W
𝜂 = Qlíquido 187
entra
CICLOS DE POTÊNCIA A GÁS
GÁS IDEAL OU PERFEITO
Exercício-1 Lista-3
O ar é comprimido adiabaticamente de p1 = 1 bar, T1 = 300 K para p2 = 15 bar, v2 = 0,1227 m3 /kg. O ar é então
resfriado a um volume constante até T3 = 300 K. Admitindo o comportamento de gás ideal e desprezando os
efeitos das energias cinética e potencial, calcule: a) a pressão, o volume e a temperatura cada ponto do sistema;
b) o trabalho, o calor trocado, a variação da energia cinética e a variação de entropia para cada processo do
sistema, c) o trabalho, o calor trocado, a variação da energia cinética e a variação de entropia para o ciclo e Dados:
Cv = 2,5 R, R = 0287 kJ/kg ∙ K e gás diatômico (ɤ = 1,40).

188
CICLOS DE POTÊNCIA A GÁS
GÁS IDEAL OU PERFEITO
Exercício-1 Lista-3
Considerações
• Processo 1 → 2 adiabático (Q12 = 0)
• Processo 2 → 3 isovolumétrico
• Processo 3 → 1 isotérmico
a) Processo 1 → 2 adiabático (Q12 = 0 e Δs12 = 0)
p1 ∙ v1(ɤ) = p2 ∙ v2(ɤ)

v1 = [v2(ɤ) ∙ (p 2 (1/ɤ) → v = { [0,1227m3 /kg] (1,4) ∙ (1500 kPa )]}(1/1,4) → v = 0,849 m3 /kg
p1 )] 1 1
_ _
100 k Pa
T1 ∙ v1(ɤ 1) = T2 ∙ v2(ɤ 1)

1 ) (ɤ−1) → T = 300 K ∙ ( 0,849 m /kg ) (1.4−1) → T = 650,3 K


( −1)
T2 = T1 ∙ v → T 2 = T 1 ∙ (v
ɤ 3
1( −1)
v 2
ɤ
v2 2 0,1227m3/kg 2
189
CICLOS DE POTÊNCIA A GÁS
GÁS IDEAL OU PERFEITO

Processo 2 → 3 isovolumétrico (W23 = 0)


p2 p3 p 1500 k Pa
= → p3 = T3 ∙ 2 → p3 = 300 K ∙ → p3 = 692 k Pa
T2 T3 T2 652 K
b) Processo 1 → 2 adiabático (Q12 = 0 e Δs12 = 0)
∆u12 = Q12 - W12 → ∆U12 = - W12 = Cv ∙ ΔT
W12 = − Cv ∙ (T2 − T!) → W12 = − Cv ∙ (T2 − T!) → W12 = − 2.5 ∙ 0,287 kJ/kg ∙ K ∙ (650,3 − 300)K
W12 = − 251,3 kJ/kg e ∆u12 = 251,3 kJ/kg

190
CICLOS DE POTÊNCIA A GÁS
GÁS IDEAL OU PERFEITO
T v 300 K
∆s23= Cv ∙ ln(T3) + R ∙ ln(v3) →∆s23=2.5 ∙ 0,287 kJ/kg ∙ K ∙ ln( ) →∆s23= 0,5551 kJ/kg ∙ K
2 2 650,3 K
Processo 3 → 1 isotérmico (ΔT31 = 0 e ∆U31 = 0)
Δu31 = Q31 – W31
0 = Q23 – W31 → Q31 = W31
vf 0,849 m3/kg
W31 = − R ∙ T ∙ ln = Q31 → W31 = −0,287 kJ/kg ∙ K ∙ 300 K ∙ ln → W31 = 595,8 kJ/kg
vi 0,1227 m3/kgi
T v 300 K
∆s31= Cv ∙ ln(T1) + R ∙ ln(v1) →∆s23=2.5 ∙ 0,287 kJ/kg ∙ K ∙ ln( ) →∆s23= 0,5551 kJ/kg ∙ K
3 3 650,3 K
c) Como u e s são funções de estado Δuciclo = 0 e Δsciclo = 0
Δuciclo = Qciclo - Wciclo → Qciclo = Wciclo
Wciclo = W12 + W23 + W31 = Qciclo = (- 251,3 + 595,8) kJ/kg → Qciclo = Wciclo = 344,5 kJ/kg
191
CICLOS DE POTÊNCIA A GÁS

DEFINIÇÃO DE CICLO DE POTÊNCIA A GÁS


• São máquinas térmicas, que operam segundo um dado ciclo de termodinâmico de potência a gás para
conversão de calor em trabalho. Podem ser fechados, quando o fluido de trabalho volta ao estado inicial ao
fim o ciclo ou aberto, quando o fluido de trabalho é renovado ao fim do ciclo (ex. motor de automóvel).
Objetivos
• Estudar o funcionamento dos motores alternativos (a pistão).
• Estudar o funcionamento de motores de turbina a gás.
Tipos
• Ciclo Otto: Motores de ignição por centelha.
• Ciclo Diesel: Motores de ignição por compressão.
• Ciclo Brayton: Motores de turbina a gás.
192
CICLOS DE POTÊNCIA A GÁS

ANÁLISE DE CICLOS REAIS


Envolve a investigação de processos de não
equilíbrio, como:
1) Escoamento de fluidos com atritos;
2) Transferência de calor com variação de
temperatura (∆T) finita;
3) gradientes de pressão (p) e temperatura (T).

193
CICLOS DE POTÊNCIA A GÁS

Nos ciclos idealizados, processos complexos de não equilíbrio e irreversibilidades são desprezados em
detrimento de uma análise quantitativa simplificada. No entanto, os processos idealizados reproduzem o
comportamento dos processos reais.
Simplificações normalmente efetuadas:
1. Escoamento de fluidos sem atrito
2. Compressão e expansão quase-estáticas
3. Tubos que conectam os dispositivos são bem isolados (ou seja, os ciclos idealizados são internamente
reversíveis).

194
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
OPERANDO SEGUNDO DIAGRAMA DE CARNOT

195
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
MÁQUINAS DE CARNOT
onde:
Qfq = Q12 = Qfq = Calor da fonte quente;
Qff = Q34 = Qff = Calor da fonte fria;
W41 = WC = WCompressor = Trabalho fornecido pela compressor;
W41 = WT = WTurbina = Trabalho extraído pela turbina;
WS = Wútil = WC - WT = Trabalho do sistema = Trabalho útil

ANÁLISE DO DIAGRAMA DE CARNOT


Processo 1 → 2 (isotérmico) expansão isotérmica reversível
1a Lei
∆U12 = Q12 - W12
∆S12 = ∫ 𝜕𝑄
T
= 0 ↔ T1 = T1 = Tfq= (Temperatura da fonte quente)
196
∆U12 = n  Cv  ∆T12 → ∆T12 = 0
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
MÁQUINAS DE CARNOT

1 2
∆S12 = ∫ 𝜕𝑄 ↔ S2 - S1 > 0 → S2 > S1 ↔ Q12 > 0
Tfq 1

∆S12 ∙ Tfq = ∫𝜕𝑄 ↔ Q12


Q12 = ∆S12 ∙T = (S2 - S1 ) ∙ Tfq
Q12 = (S2 - S1 ) ∙ Tfq

Processo 2 → 3 (isentrópico) compressão adiabática reversível


1a Lei
∆U23 = Q23 - W23
∆S23 = ∫ 𝜕𝑄
T
= 0 ↔ S2 = S3
∆U23 = - W23 = n  Cv  ∆T23 = n  Cv (T3 - T2)
∆U23 = n  Cv (T3 - T2) 197
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
MÁQUINAS DE CARNOT

Processo 3 → 4 (isotérmico) expansão isotérmica reversível


1a Lei
∆U34 = Q34 - W34
∆S34 = ∫ 𝜕𝑄
T
= 0 ↔ T3 = T4 = Tff= (Temperatura da fonte fria)
∆U34 = n  Cv  ∆T34 → ∆T34 = 0
1 4
∆S34 = T ∫3 𝜕Q ↔ S4 - S3 < 0 → S4 < S3 ↔ Q34 < 0
ff
4
∆S34 ∙ Tff =∫3 𝜕𝑄 ↔ Q41
Q34 = ∆S41 ∙T = (S4 - S3 ) ∙ Tff
Q34 = (S4 - S3) ∙ Tff

198
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
MÁQUINAS DE CARNOT

Processo 4 → 1 (isentrópico) compressão adiabática reversível


1a Lei
∆U41 = Q41 - W41
∆S41 = ∫ 𝜕𝑄
T
= 0 ↔ S4 = S1
∆U41 = - W41 = n  Cv  ∆T41 = n  Cv (T1 - T4)
∆U41 = n  Cv (T1 - T4)

Entropia no ciclo (12341)


∆Sciclo = ∆S12 + ∆S23 + ∆S34 + ∆S41
Como: S1 = S4 , S2 = S3 e ∆S23 = ∆S41 = 0
∆Sciclo = S3 - S2 + S1 - S4
∆S12341 = 0 199
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
MÁQUINAS DE CARNOT

∆Sciclo = S3 - S2 + S2 - S3
∆Sciclo = 0

Energia interna no ciclo (12341)


∆Uciclo = ∆U12 + ∆U23 + ∆U34 + ∆U41
Como:T1 = T2 , T3 = T4 e ∆T12 = ∆T34 = 0
∆Uciclo = n  Cv (T3 - T2) + n  Cv (T1 - T4)
∆Uciclo = n  Cv (T3 - T2) + n  Cv (T1 - T4)
∆Uciclo = 0
∆U12341 = 0

200
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
MÁQUINAS DE CARNOT

Aplicado a 1a Lei da termodinâmica ao ciclo (12341)


∆Uciclo = Qciclo - Wciclo
∆Uciclo = 0
Qciclo = Wciclo
Qciclo = Q12 + Q23 + Q34 + Q41
∆Uciclo = Qciclo - Wciclo
∆Uciclo = 0
Qciclo = Wciclo
Qciclo = Q12 + Q23 + Q34 + Q41
Q23 = Q41 = 0
Qciclo = Q12 + Q34
201
MÁQUINAS DE CARNOT

ηciclo = Energia produzida ↔ ηciclo= Wciclo ↔ ηciclo= Wútil ↔ ηciclo = WSistema


Energia fornecida Qentra Qentra Qentra
Q12 = (S2 - S1 ) ∙ Tfq > 0 e Q34 = (S4 - S3 ) ∙ Tfq < 0

ηciclo= Q12 + Q 34
↔ ηciclo= 1 + Q 34
↔ ηciclo= 1 + QQ sai ↔ ηciclo= 1 + (S4 − S3 ) ∙ Tff
Q12 Q12 entra (S2 − S1 ) ∙ Tqf
Como: S2 = S3 , S1 = S4

ηciclo= 1 − TTff (63)


fq

202
CICLOS DE POTÊNCIA A GÁS

HIPÓTESES DO PADRÃO A AR REAL


Em máquinas de combustão interna, ou
seja aquelas em que a combustão ocorre
no interior do motor (motores a álcool,
gasolina, diesel, turbina a gás), a
composição do fluido varia ao longo do
circuito. Nestes sistemas, o fluido de
trabalho não executa um ciclo fechado. Os
gases quentes são expelidos e renovados
por ar fresco.

203
CICLOS DE POTÊNCIA A GÁS

HIPÓTESES DO PADRÃO A AR FRIO IDEALIZADO


1) O fluido de trabalho é o ar;
2. O ar é um gás ideal;
3. O fluido de trabalho executa um ciclo fechado hipotético.
3.a. Processo de combustão é substituído por um fornecimento
de calor a partir de uma fonte externa.
3.b. Processo de exaustão é substituído por uma rejeição de
calor que restaura o fluido de trabalho ao estado inicial.
4. O ar tem cp e cv constantes, determinados a cTambiente = 25 oC.

204
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS

TERMINOLOGIA E VISÃO GERAL DOS MOTORES ALTERNATIVOS PMS = Ponto morto superior, que é
posição de volume mínimo no
cilindro.
PMI = Ponto morto inferior, que é a
posição de volume máximo no
cilindro.
Curso = movimento do pistão entre
PMS e PMI.
Volume morto = volume entre a
cabeça do cilindro e a parte
superior do pistão quando este se
encontra no PMS.
Dpistão = Dcilindro

205
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS

Volume deslocado (Vd)

𝜋 ∙D2
Vd = Vmax - Vmin = C ∙ (64)
Tfq

Cilindrada (Cil)

𝜋 ∙D2
Cil = C ∙ ∙ Ncilindros (65)
Tfq

É o volume total deslocado.


Onde: Ncilindros = Número de cilindros

206
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS

DEFINIÇÕES
• VÁLVULA DE ADMISSÃO
Permite que o ar ou mistura de ar/combustível entre no cilindro.
• VÁLVULA DE ESCAPE
Permite que os produtos da combustão saiam do cilindro.
• FAÍSCA DE IGNIÇÃO
Ocorre quando uma velada ignição inflama a misturar/combustível.
• IGNIÇÃO POR COMPRESSÃO
Ocorre quando a alta temperatura durante a compressão inflama a mistura ar/combustível.

207
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS

• PRESSÃO MÉDIA EFETIVA (PME)


Pressão fictícia que se aplicada sobre o pistão
durante todo o curso, produziria mesma quantidade
de trabalho do ciclo real.
Wciclo
PME = (66)
(V max − V min)

• Taxa de compressão (r)


Vmax PMI
r= = (67)
Vmin PMS

208
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS

• PODER CALORÍFICO DE UM COMBUSTÍVEL (PC)


É a quantidade de energia produzida pela queima completa de 1 kg de combustível.
Energia (KJ)
PC = Massa (1kg) (68)

• ENTRADA DE CALOR NO CICLO OU QUEIMA DE COMBUSTÍVEL (Qentra)

Qentra = 𝜂𝑐 ∙ Mc ∙ PC (69)

Onde: Mc = massa de combutível e PC = poder calorífico.

• TAXA DE GERAÇÃO DE CALOR NA QUEIMA DO COMBUSTÍVEL

Qሶ entra = 𝜂𝑐 ∙ Mሶ c ∙ PC (70) 209


CICLO DE POTÊNCIA A GÁS

Exercicio-1 Lista-4
Considere todos os três processos do ciclo imaginário da figura abaixo como de quase equilíbrio. A pressão
e a temperatura do ar no inicio da compressão do estado 1 ao estado 2, são 100 kPa e 25 oC. Considere o
arranjo pistão-cilindro com uma taxa de compressão de 4 para 1. a) Determine a temperatura e a pressão
máximas. b) A transferência de calor líquido por ciclo. C) O trabalho produzido por ciclo. d) A eficiência
térmica do ciclo.

210
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS

Exercicio-1 Lista-3
Processo 1→2 isoentrópico (adiabático) reversível
rc = (4→1)
_ _ v1
T1 ∙ v1(ɤ 1) = T2 ∙ v2(ɤ 1) , p1 ∙ v1(ɤ) = p2 ∙ v2(ɤ), rc =
v2
Considerações:
gás diatômico (ɤ = 1,4)
a) T1 ∙ v1(ɤ 1) = T2 ∙ v2(ɤ 1) → T2 = T1 ∙ (v1 (ɤ−1) → T = 298 K ∙ (4) (1.4−1)
_ _
v2 ) 2 1
T2 = 298 K ∙ (4) (0.4) → T2 = 519 K
p1 ∙ v1(ɤ) = p2 ∙ v2(ɤ) → p2 = p1 ∙ (v1 ɤ v1 (ɤ)
v2) → p2 = p1 ∙ (v2 ) → p2 = 100 k Pa ∙ (4)
(1.4)

p2 = 696 k Pa
211
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS

Processo 2→3 isobárico


p ∙V p ∙V p ∙V p ∙V V V
p2 ∙ V2 = n∙R ∙ T2 → 2T 2 = n∙R e p3 ∙ V3 = n∙R ∙ T3 → = 3T 3 = n∙R → 2T 2 = 3T 3 →como p2 = p3 → T2 = T3
2 3 2 3 2 3
V2 V3 T2∙V3 4
T2 = T3 → T3 = v2 → T3 = 519 K ∙ 1 → T3 = 2076 K

b) Processo 2→3 isobárico reversível


Q23 = cp ∙ (T3- T2) = Δh23→ Q23= 1,003 kJ/kg ∙ K (2076 – 519)K →Q23= 1561 kJ/kg
Processo 3→1 isovolumétrico
Q31 = cv ∙ (T1- T3) = Δh31→ Q31= 0,717 kJ/kg ∙ K (298 -2076 )K →Q31= 1274 kJ/kg
Qciclo1231 = Q12 + Q23 + Q31 → Qciclo1231 = (0 + 1557 -1274) kJ/kg → Qciclo1231 = 287 kJ/kg

212
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS

c) ΔUciclo1231 = Qciclo1231- Wciclo1231


ΔUciclo1231 = 0 → 0 = Qciclo1231+ Wciclo1231
Qciclo1231 = Wciclo1231
Wciclo1231= 287 kJ/kg

W
ciclo1231 287 kJ/kg
d) 𝜂 = Q → 𝜂 = 1561 kJ/kg → 𝜂 = 18%
entra

213
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS

Exercicio-2 Lista-4
As dimensões de um arranjo pistão cilindro são apresentadas na figura abaixo, o trabalho por ciclo é de 400
J. Determine o deslocamento, o volume morto, a taxa de compressão e a PME.

214
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS

Exercicio-2 Lista-4
𝜋∙D2 3,14∙(6 cm)2
Deslocamento = curso ∙ 4 → Deslocamento = 12 cm ∙ 4
Deslocamento = 339 cm3
3,14∙(6 cm)2
Volume morto = 1 cm ∙ 4
3
Volume morto = 28,3 cm

13 cm ∙
3,14∙(0,06 cm)2
V 4
r = Vmin → r =
max 1 cm ∙ 3,14 ∙ (0,06 cm)2
4
Wciclo 400 J
PME = V → PME = → PME = 1,180 kPa
max−vmin 0,13 m ∙ 3,14∙(0,06 m) − 0,01 m ∙ 3,14∙(0,06 m)
2 2

4 4

215
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
CICLO DE OTTO

O motor do ciclo de Otto de quatro tempos, foi desenvolvido por Nikolaus Otto em 1876. É um motor de ignição
por vela em motores a gasolina, álcool e GNV. Neste tipo de ciclo a taxa de compressão máxima é 12.
Processos do ciclo de Otto
• 1) admissão;
• 2) compressão;
• 3) combustão/expansão e
• 4) exaustão.

216
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
CICLO DE OTTO

Observações: 1) a compressão não é isovolumétrica; 2) os processos de admissão e exaustão necessitam de 217


trabalho e 3) a compressão e a expansão são aproximadamente isentrópicas.
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
CICLO DE OTTO IDEAL

218
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
CICLO DE OTTO IDEAL
ANÁLISE DO CICLO DE OTTO
Reação de combustão
1) Motor a gasolina Reação completa
C8H18(l) + 12,5 O2(g) → 8 CO2(g) + 9 H2O(v)+ Energia
Reações incompletas
C8H18(l) + 8,5 O2(g) → 8 CO(g) + 9 H2O(v)+ Energia (I)
C8H18(l) + 4,5 O2(g) → C(s) + 9 H2O(v)+ Energia (II)

2) Motor a álcool
C8H5OH(l)+ 3 O2(g) → 2 CO2(g) + 3 H2O(v)+ Energia

3) Motor a GNV
219
2CH4 (g) + 2 O2(g) → 2 CO2(g) + 2 H2O(v)+ Energia
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
CICLO DE OTTO IDEAL

Tabela-1 Poder calorífico (PC)


Combustível PC (kcal/kg)
GNV 5,33
Etanol 6,65
Gasolina 10,40

RENDIMENTO DO CICLO DE OTTO


Ideal Reversível - 56%
Real irreversível – 30%

220
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
CICLO DE OTTO IDEAL

ANÁLISE ENERGÉTICA DO CICLO DE OTTO


ηOtto = Wciclo (57)
Qentra
Wciclo = Wlíquido
Para o ciclo (12341)
∆U12341 = Q12341 - W12341
Aplicando a 1a Lei da termodinâmica ao ciclo (12341)
∆U12341 = 0
0 = Q12341 - W12341
Q12341 = W12341
Qciclo = Q12 + Q23 + Q34 + Q41 = Q23 + Q41
Q12 = Q34 = 0
221
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
CICLO DE OTTO IDEAL

ηOtto = Wciclo ↔ ηOtto = Q23 + Q41


Qentra Q23
ηOtto = Qentra + Qsai ↔ ηOtto = 1 + Q41
Qentra Q23
Para o processo 2 → 3
Aquecimento isovolumétrico → combustão (entrada de energia na forma de calor)
∆U23 = Q23 - W23
W23 = 0
∆U23 = Q23 = Qentra
U3 - U2 = Cv∙(T3 –T2)
Pelo diagrama T x s
(T3 >T2 ) → Q23 > 0

222
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
CICLO DE OTTO IDEAL

Para o processo 4 → 1
Resfriamento isovolumétrico → exautão (entrada de energia na forma de calor)
∆U41 = Q41 - W41
W41 = 0
∆U41 = Q41 = Qsai
U1 - U4 = Cv∙(T1 –T4)
Pelo diagrama T x s
(T4 >T1 ) → Q23 < 0

223
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
CICLO DE OTTO IDEAL

ηOtto = 1 + Cv∙(T1 –T4) → ηOtto = 1 - (T4 –T1)


Cv∙(T3 –T2) (T3 –T2)
Colocando T1 e T2
T1∙( T4 –1)
ηOtto = 1 - T1
T2∙( T3 –1)
T2

Como os processos 1 →2 e 3 → 4 são isentrópicos (adiabáticos)


_ _
T1 ∙ V1(ɤ 1) = T2 ∙ V2(ɤ 1)
_ _
T3 ∙ V3(ɤ 1) = T4 ∙ V4(ɤ 1)
T2 = (V1 ) (ɤ −1)→ T3 = (V4 ) (ɤ −1)
T1 V2 T4 V3
ɤ = Cp (coeficiente de poison)
Cv
224
V2 = V3 → V4 = V1
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
CICLO DE OTTO IDEAL

T2 T4 V1 ) (ɤ−1) ∙ (V4 ) (ɤ−1)


∙ = (
T1 T3 V2 V3
V2 = V3 → V4 = V1

T2 T4 V1 (ɤ−1) V1 (ɤ −1)
T1 ∙ T3 =(V2 ) ∙ ( )
V2
T2 T4
T1 ∙ T3 = 1
T4 = T3
T1 T2
T1∙( T4 – 1)
ηOtto = 1 - T1
T2∙( T4 – 1)
T1
T
ηOtto = 1 - T 1∙ → ηOtto = 1 - (V1 ) (ɤ−1)
2 V2
225
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
CICLO DE OTTO IDEAL

v2 vmax 1 1 (ɤ_1) 1
= = → η = 1 - (
v1 vmin r Otto r) ηOtto = 1 - r(ɤ _1) (71)

226
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
CICLO DE OTTO IDEAL

https://youtu.be/2bxw7Ge99WY

227
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
POTÊNCIA PRODUZIDA PELO MOTOR

Motor de 4 tempos Motor de 2 tempos

n Wሶ = N𝑐𝑖𝑙 ∙ W𝑙𝑖𝑞 ∙ n (73)


Wሶ = N𝑐𝑖𝑙 ∙ W𝑙𝑖𝑞 ∙ 2 (72)

Onde:
Wሶ = Potência;
N𝑐𝑖𝑙 = Número de cilindros;
W𝑙𝑖𝑞 = trabalho líquido;
n = número de giros em rps;
rps = rotação por segundo. 228
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
CONSUMO DE COMBUTÍVEL

CONSUMO ESPECÍFICO DE COMBUSTÍVEL (C𝑏)

Mሶ
C𝑏= (74)
W𝑙𝑖𝑞

Onde:
Mሶ = vazão mássica.

229
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
CONSUMO DE COMBUTÍVEL

Exercicio-1 Lista-5
Um ciclo Otto ideal tem razão de compressão 8. No início da compressão, o ar está a 100 kPa e 17 oC, e 800
kJ/kg de calor são transferidos ao ar a volume constante. Considerando a variação dos calores específicos com a
temperatura, calcule: a) Tmax e Tpmax no ciclo, b) Wliq, c)ηth e d) PME.

230
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
CONSUMO DE COMBUTÍVEL

Exercicio-1 Lista-5
_ _ v
T1 ∙ v1(ɤ 1) = T2 ∙ v2(ɤ 1) , p1 ∙ v1(ɤ) = p2 ∙ v2(ɤ) , rc = v1
2
Considerações:
gás diatômico (ɤ = 1,4)
Processo 1→2 isentrópico (Q12 = 0)
v 8
rc = v1 → rc = 1
2

T1 ∙ v1(ɤ 1) = T2 ∙ v2(ɤ 1) → T2 = T1 ∙ (v1 (ɤ−1) → T = 290 K ∙ (8) (1.4−1)


_ _
v2 ) 2 1
T2 = 290 K ∙ (8) (0.4) → T2 = 666 K
p1 ∙ v1(ɤ) = p2 ∙ v2(ɤ) → p2 = p1 ∙ (v1 (ɤ)
v2) → p2 = 100 k Pa ∙ (8)
(1.4)

p2 = 1838 k Pa
231
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
CONSUMO DE COMBUTÍVEL

Processo 2→3 isovolumétrico (W23 = 0)

Δu23 = Q23- W23 → Δu23 = Q23 → u3 - u2 = Q23 → u3 = Q23 + u2 → u3 = 800 kJ/kg + 707,6 kJ/kg
u3 = 1507,6 kJ/kg
Usando cv = 07855 kJ/kg ∙ K
Q 800 kJ/kg
Q23 = cv ∙ (T3- T2) = Δh31 → T3 = c23 + T2 → T3 = + 666 K → T3 = 1684 K
v 0,7855 kJ/kg∙K

232
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
CONSUMO DE COMBUTÍVEL

T3 = 1684 K
p2∙v2 p3∙v3 p2∙v2 p3∙v3 p p
p2 ∙ v2 = n∙R ∙ T2 → T = n∙R e p3 ∙ v3 = n∙R ∙ T3 → = T = n∙R → T = T →como v2 = v3 → T2 = T3
2 3 2 3 2 3
T3∙p2 1684 K∙1838 kPa
p3 = T → p3 = → p3 = 4647 kPa
2 666 K
Processo 3→4 isentrópico (Q34 = 0)
T3 ∙ v3(ɤ 1) = T4 ∙ v4(ɤ 1) → T4 = T3 ∙ (v 3 (ɤ−1) → T = 1684 K ∙ (1) (1.4−1) → T = 733 K
_ _
v4 ) 4 8 4

( ) 1
p3 ∙ v4(ɤ) = p4 ∙ v4(ɤ) → p4 = p3 ∙ v3( ) → p = p ∙ (v3) (ɤ) → p = 4647 k Pa ∙ ( ) (1.4)
ɤ

ɤ
v4 2 1 v4 4 8
p4 = 253 k Pa
Processo 4→1 isovolumétrico (W23 = 0)
Q41 = cv ∙ (T1- T4) → Q41 = 0,7855 kJ/kg ∙ K ∙ (100 - 733) K→ Q41 = - 497 kJ/kg
233
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
CONSUMO DE COMBUTÍVEL

b) ΔUciclo1231 = Qciclo1231- Wciclo1231


ΔUciclo1231 = 0 → 0 = Qciclo1231- Wciclo1231 → Qciclo1231=Wciclo1231
Qciclo1231= Q23 + Q41 → Qciclo1231= (800 - 497) kJ/kg → Wciclo1231 = 287 kJ/kg

W 303 kJ/kg
c) 𝜂 = Q ciclo1231 → 𝜂 = 800 kJ/kg → 𝜂 = 37%
ciclo1231
n∙R∙T1 1 mol∙(8.31m3∙Pa/kmol K)∙290 K
d) p1 ∙ V1 = n ∙R ∙ T1 → Mar = 29 kg → V1 → = T → V1 = 100 Pa → V1 = 24,099 m3
3
𝑉 24,099 m3 0,831 m 3
v1 = M1 → v1 = → v1 =
ar 29 kg kg
v v 0,831 m3
rc = v1 → v2 = r1 → v2= → v2= 31
2 c 8
Wciclo 303 J
PME = v − → PME =
max vmin 0,831 m3 − 0,104 m3 → PME = 417 kPa
234
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
CONSUMO DE COMBUTÍVEL
Exercicio-2 Lista-5
Um motor de gasolina de um caminhão grande consome 10000 J de calor e realiza 2000 J de trabalho mecânico
a cada ciclo. O Calor é obtido pela queima de gasolina com calor de combustão Lc = 50 x 104 J/g. a) Qual a
eficiência térmica dessa máquina? b) Qual a quantidade de calor rejeitada em cada ciclo? c) Qual a quantidade
de gasolina queimada a cada ciclo? d) se o motor completa 25 ciclos por segundo, qual é a potência fornecida
em watts? e) Qual a quantidade de gasolina queimada por segundo?
2000 J 2000 J
a) 𝜂 = 10000 J → 𝜂 = 10000 J → 𝜂 = 20%

b) Δuciclo = Qciclo- Wciclo


Δuciclo = 0
Qciclo- Wciclo = 0 → Qciclo = Wciclo
Qciclo = Qentra + Qsai → Wciclo = Qentra + Qsai
Qsai = Wciclo – Qentra→ Qsai = 2000 J - 10000 J → Qsai = -8000 J
235
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
CONSUMO DE COMBUTÍVEL

Exercicio-2 Lista-5
Q 10000 J
c) Qentra = M ∙ Lc → M = entra → M = → M = 0,2 g
Lc 50000 J/g

1 1
d) t = →t= → t = 0,04 s
f 25/s
W 2000 J
P = ciclo → P = → P = 50000 W
t 0,04s

e) M = 0,2 g/ciclo ∙ 25 ciclos → M = 5 g

236
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
CONSUMO DE COMBUTÍVEL

Exercicio-3 Lista-5
No motor de um automóvel, uma mistura de ar e gasolina é comprimida no interior de um cilindro antes da
ignição. Um motor típico possui uma razão de compressão de 9 para 1; isso significa que o gás do cilindro é
comprimido até um volume 1/9 do seu volume original. A pressão inicial é 1 atm e a temperatura inicial é 27 oC.
Se a pressão do gás comprimido for 21,7 atm, calcule a temperatura do gás comprimido.
p1∙v1 p2∙v2
p1 ∙ v1= n∙R ∙ T1 → T = n∙R e p2 ∙ v2 = n∙R ∙ T2 → = T = n∙R
1 2
p1∙v1 p2∙v2
T1 = T2 → p1 ∙ v1 ∙ T2 = p2 ∙ v2 ∙ T1
T1K = T1c + 273 → T1K = 27 + 273→ T1K = 300 K
p ∙v ∙T 21,7 atm∙1 m3 ∙300 K
T2 = 2p ∙2v 1 → T2 = → T2 = 723 K
1 1 1 atm∙9 m3

237
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
MOTOR DE WENKEL
MOTOR DE WENKEL (1929)
É um motor rotativo que opera no ciclo de , sem válvulas e biela

Características
Motor compacto (poucas peças);
Alta rotação;
Cada rotação uma combustão
238
Problemas de vedação, queima de óleo, combustão incompleta.
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
CICLO DIESEL IDEAL

CICLO DIESEL IDEAL (1890)


Utiliza um arranjo de pistão-cilindro alternativo.
A compressão acontece a pressão constante.
O combustível é injetado/atomizado no ar quente no interior do cilindro isobaricamente.
A taxa de compressão é muito maior que do ciclo de Otto podendo chegar a 22.
Devido a alta taxa de compressão do ar, as temperaturas* e pressões atingidas no ponto morto superior
provocam inflamabilidade instantânea do combustível, o que é denominado ignição por compressão.
*O ar é comprimido a uma temperatura maior que a temperatura de auto ignição do combustível.

239
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
MOTOR A DIESEL

240
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
MOTOR A DIESEL

Processos
1 →2 compressão reversível adiabática do ar (∆S12 = 0 ).
2 →3 combustão isobárica ∆S12 > 0, o sistema recebe calor (processo irreversível).
3 →4 Expansão reversível adiabática do ar (∆S34 = 0 ).
4 →1 combustão isovolumétrica ∆S41 < 0, o sistema libera calor (processo irreversível).
Reação de Combustão
Reação completa
C15 H32(l) + 23 O2 → 15 CO2(g) + 9 H2 O(v) + Energia
Reações incompletas
31
C15 H32(l) + 2 O2 → 15 CO2(g) + 16 H2 O(v) + Energia (I)
C15 H32(l) + 8 O2 → 15 C (s) + 16 H2 O(v) + Energia (II) 241
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
MOTOR A DIESEL

Rendimento do motor Diesel


Ideal (reversível) 67% a 70%
Real (irreversível) 35%

ANÁLISE DO CICLO DIESEL

ηDiesel= Wciclo
Qentra
∆Uciclo diesel (12341) = Qciclo diesel (12341) - Wciclo diesel (12341)
∆Uciclo = 0 = uf − ui = u1 − u1 = 0
Qciclo diesel (12341) - Wciclo diesel (12341) = 0
Qciclo diesel (12341) = Wciclo diesel (12341) 242
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
MOTOR A DIESEL

ηDiesel= Wciclo
Qentra
∆Uciclo diesel (12341) = Qciclo diesel (12341) - Wciclo diesel (12341)
∆Uciclo diesel (12341) = 0 = uf − ui = u1 − u1 = 0
Qciclo diesel (12341) - Wciclo diesel (12341) = 0
Qciclo diesel (12341) = Q12 + Q23 + Q34 + Q41
Q12 = Q34 = 0
Qciclo diesel (12341) = Q23 + Q41 = Wciclo diesel (12341)

Q23 + Q41 Qentra + Q sai


ηDiesel = → ηDiesel =
Q23 Qentra
Qentra = Q23 e Qsai = Q41
ηDiesel = Q23 − Q41 → ηDiesel = Q23 − Q41 → ηDiesel = 1 − Q41 (75) 243
Q23 Q23 Q23 Q23
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
MOTOR A DIESEL

Aplicação da primeira lei


Processo 2 →3 (fornecimento de calor isobaricamente)
∆U23 = Q23 - W23 → ∆S23 = ∫ 𝜕𝑄 S –S2 >0
T = 3
→ S3 >S2
Q23 = Cv ∙ (T3 –T2) > 0 → T3 >T2 (visto no diagrama T x S)
Processo 4 →3 (rejeição de calor Isovolumétrico)
∆U41 = Q41 - W41 → W41 = ∫ pdv = 0 → ∆U41 = Q41
Pelo diagrama T x s → T1 <T4 → Q41 = Cv ∙ (T1 –T4)<0

ηDiesel= 1 + Cv∙(T4 –T1) → ηDiesel= 1 − Cv∙(T4 –T1)


Cp∙(T3 –T2) Cp∙(T3 –T2)
ɤ = Cp (coeficiente de poison)
Cv
1 (T –T )
ηDiesel= 1 − ∙ 4 1
ɤ (T3 –T2)
244
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
MOTOR A DIESEL

Evidenciando T1 no numerador e T2no denominador


1 T1 (TT
4 − 1)
ηDiesel= 1 − ( ) ∙ ( ) ∙ 1
ɤ T2 (T3 – 1)
T2
Como os processo 1 →2 e 3 →4 são adiabáticos (isentrópicos)
_ _
T1 ∙ v1 (ɤ 1) = T2 ∙ v2 (ɤ 1)
T1 v2 _
= ( )(ɤ 1)
T2 v1
_ _
T4 ∙ V4 (ɤ 1) = T3 ∙ V3 (ɤ 1)
T4 v3 _
= ( )(ɤ 1)
T3 v4
v1 =v4
r= v v4 = v2
1 v4

T1 = (1 ) _
T2 r ɤ 1
245
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
MOTOR A DIESEL

1 1 (T4 − 1)
ηDiesel= 1 − ( ) ∙ ( (ɤ_1)) ∙ T1
ɤ r (T3 – 1)
T2
P2∙V2 = P3∙V3 → P = P → V3 = T3 = r (Taxa de corte)
T2 T3 2 3 V2 T2 c

1 1 (T4 − 1)
ηDiesel= 1 − ( ) ∙ ( (ɤ_1)) ∙ T1
ɤ r (rc– 1)
T4 v _ _ T _
= ( 2 )(ɤ 1) → v1(ɤ 1)= 3 ∙ V3(ɤ 1)
T3 v1 T4
T1 v3 (ɤ_1) _ T _
→ v1(ɤ 1)= T2 ∙ V2(ɤ 1)
T2 = ( v1 ) 1
T3 (ɤ_1) = T2 ∙ v (ɤ_1)
∙ v3
T4 T1 2

246
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
MOTOR A DIESEL

v _ T T v _ T T
( v3 )(ɤ 1) = T2 ∙ T4 → ( v3 )(ɤ 1) = T4 ∙ T2
2 1 3 2 1 3
_ T 1
(rc)(ɤ 1) = T4 ∙ r
1 c

T4 ɤ 1+1 → T4 = (r )ɤ
_
= (r )
T1 c T1 c

1
ηDiesel= 1 − ( rɤ_1) ∙ (r − 1), r > 1 e rc > 1 (76)
ɤ
c

(rc – 1)

247
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
MOTOR A DIESEL

TAXA DE CORTE (rc)


Razão entre volume no fim da combustão e o volume no início da combustão.

248
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
MOTOR A DIESEL

Exercício-1 Lista-6
A razão de compressão de um motor a diesel é de 15 para 1: isso significa que o ar é comprimido no interior do
cilindro até um volume igual a 1/15 do seu volume inicial. Sabendo que a pressão inicial é 1,013 x 105 Pa e que
a temperatura inicial é de 300 k, calcule a temperatura final e a pressão final depois da compressão. O ar é
basicamente uma mistura de gases diatômicos oxigênio e hidrogênio; considere o ar um gás ideal com ar = 1,4.

249
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
MOTOR A DIESEL

Exercício-1 Lista-6
Processo 1→2 isentrópico (Q12 = 0)
( ) 15 (1.4)
p1 ∙ v1(ɤ) = p1 ∙ v1(ɤ) → p2 = p1 ∙ v1( ) → p = p ∙ (v1) (ɤ) → p =1,013 x 105 Pa ∙ (
ɤ

v1 2 1 v2 2 )
ɤ
1
p2 = 4488872 Pa
( −1)
T1 ∙ v1(ɤ 1) = T2 ∙ v2(ɤ 1) → T2 = T1 ∙ v v1 (ɤ−1) → T = 300 K ∙ (15) (1.4−1) → T = 886 K
_ _ ɤ

v1( −1) → T2 = T1 ∙ (v2 )


2
ɤ 2 1 2

250
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
CICLO DUAL

CICLO DUAL
Combinação do ciclo de Otto-Diesel.

251
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
CICLO DUAL

Análise Termodinâmica do Ciclo Dual


∆Uciclo dual (123451) = Qciclo dual (123451) - Wciclo dual (123451)
∆Uciclo dual (123451) = 0 = Uf − Ui = U1 − U1 = 0
∆Uciclo dual (123451) = Qciclo dual (123451) − Wciclo dual (123451) = 0
Qciclo dual (123451) = Wciclo dual (123451)
Qciclo dual (123451) = Q12 + Q23 + Q34 + Q45 + Q51
Q12 = Q45 = 0
Qciclo dual (123451) = Q23 + Q34 + Q51 = Wciclo dual (123451)
ηDual = Wciclo → ηDual = Q23 Q+ Q+34Q+ Q 51
Qentra 23 34

252
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
CICLO DUAL

Análise do sinal do calor (diagrama T x S)


∆S23 = ∫ 𝜕𝑄
T
= S3 –S2 >0 → S3 >S2 → Q23 > 0 (entra no sistema)
∆S34 = ∫ 𝜕𝑄
T
= S4 –S3 >0 → S4 >S3 → Q34 > 0 (entra no sistema)
∆S51 = ∫ 𝜕𝑄
T
= S5 –S1 >0 → S5>S1 → Q51 > 0 sai no sistema

Processo 2 → 3 isovolumétrico combustão reversível → W23 = 0


∆U23 = Q23 − W23 → ∆U23 = Q23
Q23 = Cv ∙ (T3 –T2) >0 (energia entra no sistema sobre a forma de calor)

Processo 3 → 4 isobárico combustão reversível


∆U34 = Q34 − W34
Q34 = Cp ∙ (T4 –T3) >0 (energia entra no sistema sobre a forma de calor)
253
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
CICLO DUAL

Processo 5 → 1 isovolumétrico combustão reversível → W23 = 0


∆U51 = Q51 − W51 → ∆U51 = Q51
Q23 = Cv ∙ (T1 –T5) < 0 (energia sai do sistema sobre a forma de calor)
ηDual = Qentra + Q sai = ηDual = Wciclo = ηDual = Q23 Q+ Q+34Q+ Q 51
Qentra Qentra 23 34

ηDual = 1 + Qsai
→ ηDual = 1 + Cv ∙ (T 1 –T5 )
Qentra Cv∙(T3 –T2) + Cp∙(T4 –T3)
Dividindo em o numerador e o denominador Cv e como (T1 – T5) = −(T5 – T1)

ηDual = 1 − (T1 – T5) → ɤ= Cp


C
(T3 – T2) + p∙(T4 – T3) Cv
Cv
ηDual = 1 − (T1 – T5)
(T3 – T2) + ɤ∙(T4 – T3)

254
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
CICLO DUAL
Processo 1 → 2 adiabático combustão reversível
_ _ V _
T1 ∙ V1(ɤ 1) = T2 ∙ v2(ɤ 1) → T1 = T2 ∙ ( V2 )(ɤ 1) (a)
1
p1 ∙ V1ɤ = p2 ∙ V2ɤ

rp = p
p2
3 r = taxa de pressão

1
r = V1 r = taxa de compressão → r = v V1
v1 (b) → V2 = V3 → r = V3 Processo 2 → 3 isovolumétrico V2 = V3
2
V2

rc = V4 rc = taxa de compressão → v5 = v1 → r = v v5
v2 = v3, colocando T1 , T2 e T3 em evidência
5
V3
T1∙(T5 –1)
ηDual = 1 − T1 (I)
T2∙( 3 –1) + ɤ∙T3∙(T4 –1)
T
T2 T3
p2∙V2 p3∙V3 → p2 = p3 → p2 = T2 = 1 → T3 = r 255
= rp p (c) → T3 = T2 ∙ rp (d)
T2 T3 T2 T 3 p2 T3 T2
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
CICLO DUAL

Processo 3 → 4 isobárico p3 = p4
v2 = V3
p3∙V3 p4∙V4 V3 V4 V3 T3 1 T4
T3 = T4 → T3 = T4 → V4 = T4 = rc → T3 = rc (e)

Processo 4 → 5 adiabático
_ _ V _
T4 ∙ V4(ɤ 1) = T5 ∙ V5(ɤ 1) → T5 = T4 ∙ ( V4 )(ɤ 1) (f)
5

p4 ∙ V4ɤ = p5 ∙ V5ɤ
Processo 5 → 1 isovolumétrico V5 = V1
V2 = V3
p5∙V5 p1∙V1 → p5 = p1 → p5 = T5
=
T5 T1 T 5 T 1 P1 T 1
256
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
CICLO DUAL

Substituindo a , b , c , d , e e (f) em (I)

ηDual = 1 − [ rc ɤ ∙rc − 1 ]∙
1
77
(rp–1) + ɤ∙rp∙(rc–1) r(ɤ−1)

257
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
CICLO DUAL
Exercícios-1 Lista-7
A taxa de compressão de um ciclo dual é 18 com uma taxa de corte de 2 e taxa de pressão de 1,5. A pressão e a
temperatura no início do tempo de compressão são 100 kPa e 20 °C, conforme indicado na figura abaixo.
Determine: i) A eficiência térmica do ciclo. ii) A entrada de calor necessária e a saída de trabalho líquido. iii) A
pressão média efetiva. Dados: ɤ = 1,4, R = 0,287 k J/kg ∙ K, cv = 0,717 kJ/kg ∙ K e cp = 0,717 kJ/kg ∙ K

258
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
CICLO DUAL

Exercícios-1 Lista-7

i) ηDual = 1 − [ (rc ɤ∙rp–1) 1


] ∙ r(ɤ _1) → ηDual = 1 − [ 2(1,4) ∙1,5 − 1 ]∙
1
η = 64,2%
(rp–1) + ɤ∙rp∙(rc− 1) (1,5 − 1) + 1,4∙1,5∙(2 − 1) (18)0,4 Dual
ii) Qentra = Q23 + Q34 = cv ∙ (T3- T2) + cp ∙ (T4- T3)
processo 1→ 2 adiabático
( −1)
T1 ∙ V1(ɤ 1) = T2 ∙ V2(ɤ 1) → T2 = T1 ∙ V1(ɤ −1) → T2 = T1 ∙ (V1 ) (ɤ−1) → T2 = 293 K ∙ (18) (1.4−1) → T2 = 931 K
_ _ ɤ

V2 V2
processo 2→ 3 isovolumétrico (V2 = V3)
p2∙V2 p3∙V3 → T = T2∙p3 → T = T ∙ (p2 ) → T = 931 K ∙ (1,5) → T = 1396 K
= 3 3 2 p3 3 3
T2 T3 p2
processo 3→ 4 isobárico (p2 = p3)

p3∙V3 p4∙V4 T3∙V4 V4


T3 = T4 → T4 = V3 → T4 = T3 ∙ (V3 ) → T4 =1396 K∙ (2) → T4 = 2792 K
259
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
CICLO DUAL

ii) Qentra = Q23 + Q34 = cv ∙ (T3- T2) + cp ∙ (T4- T3)

Qentra = Q23 + Q34 = 0,717 kJ/kg ∙ K∙ (1396 - 931) K+1 kJ/kg ∙ K ∙ (2792- 1396) K → Qentra = 1740 kJ/kg

iii) ηDiesel= Wciclo → Wciclo = ηDiesel ∙ Qentra → Wciclo = 0,644∙ 1740 kJ/kg →Wciclo = 1120 kJ/kg
Qentra
R ∙T 0,287kJ/kg∙K ∙293 K
p1 ∙ v1 = R ∙ T1 → v1 = p 1 → v1 = → v1 = 0,87 m2 /kg
1 100 k Pa
v 0,87 m /kg
2
r = v1 → v2 = → v2 = 0,047 m2 /kg
2 18
Wciclo 1120 kJ/kg
PME = v −vmin → PME = → PME = 14000 kPa
max 0,87 m2/kg− 0,047 m2/kg

260
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
CICLOS DE STILING E ERICSSON

• No Regenerador ocorrer transferência de calor do ar que deixa a turbina para o ar que deixa o compressor.

261
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
CICLOS DE STILING E ERICSSON

• CICLO DE STIRLING IDEAL (motor de Stirling 1816).

262
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
CICLOS DE STILING E ERICSSON

CARACTERÍSTICAS DO CICLO DE STIRLING IDEAL.


• O Ar entra em 1 nas condições padrão (12341).
• Motor de combustão contínua permite a queima completa e eficiente do combustível.
• Dificuldade para iniciar o motor.
• Irregularidade na velocidade do motor.

263
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
CICLOS DE STILING E ERICSSON

CICLO DE ERICSSON IDEAL (motor de Ericsson 1833).

Rendimento para motor de ciclos fechados ideais de Stirling e Ericsson.

ηciclo= 1 − T12 (78)


T34
264
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
CICLOS DE STILING E ERICSSON

Exercícios-1 Lista-8
A taxa de compressão dos ciclos Stirling e Ericsson dada na figura abaixo é 12, a temperatura mais baixa é 90
°C, a mais alta é 650 °C e a pressão mais baixa é 170 kPa. Determine a eficiência, a saída de potência e a taxa de
entrada de calor de cada ciclo se a taxa de fluxo de massa for de 0,9 kg/s.

265
CICLO DE POTÊNCIA A GÁS
CICLOS DE STILING E ERICSSON

Exercícios-1 Lista-8

ηciclo= 1 − T12 → ηciclo= 1 − 363 K → ηciclo= 60,7 %


T34 923 K

Wciclo = WC + WT = Wlíquido
1
Wciclo = 0,287kJ/kg ∙ K ∙ 363 K ∙ ln(12) +0,287kJ/kg ∙ K ∙ 923 K ∙ ln(12) → Wciclo = 399,4 kJ/kg
Wሶ ciclo = Mሶ ∙ Wciclo → Wሶ ciclo = 0,9 kg/s ∙ 399,4 kJ/kg → Wሶ ciclo = 359,5 kW

Wciclo 399,4 kJ/kg


ηciclo = Wciclo → Qentra = → Qentra =
Qentra ηciclo 0,607 → Qentra = 592 kJ/kg
OBSERVAÇÃO: A eficiência do ciclo Ericsson ideal é a mesma que a dos ciclos Stirling e de Carnot ideais a
60,2%. 266
CICLO DE BRYTON (1872)
TURBINA A GÁS

• É um motor de combustão interna.


• É utilizada principalmente em navios, aeronaves grandes, tanques, etc.
• Possui alto custo.
• Ineficientes em baixas velocidades.
• Relação peso potência atrativa.
• Parte da energia produzida na turbina é usada para acionar o compressor.

OBSERVAÇÃO:
O ciclo de Brayton real aberto pode ser modelado como um ciclo fechado ideal ou padrão de Brayton.

267
CICLO DE BRYTON (1872)
TURBINA A GÁS

• TURBINA DE CICLO ABERTO (ar atmosférico).

268
CICLO DE BRYTON (1872)
TURBINA A GÁS

• TURBINA DE CICLO FECHADO IDEAL OU PADRÃO DE BRAYTON:


Considerações:
▪ O fluido de trabalho é uma quantidade fixa de ar padrão modelado como gás ideal com calores
específicos constantes, circulando em circuito fechado.
▪ Os processos que compõem o ciclo são internamente reversíveis.
▪ O processo de combustão é substituído por uma transferência de calor a partir de uma fonte externa.
▪ O processo de exaustão é substituído por uma rejeição de calor que restaura o fluido de trabalho (ar
padrão) ao seu estado inicial.
▪ Os processos de admissão e descarga não existem.
▪ As perdas de energia cinética e potencial são desprezíveis.

269
CICLO DE BRYTON (1872)
TURBINA A GÁS

• TURBINA DE CICLO FECHADO IDEAL OU PADRÃO DE BRAYTON

270
CICLO DE BRYTON (1872)
TURBINA A GÁS

• TURBINA DE CICLO FECHADO IDEAL OU PADRÃO DE BRAYTON

271
CICLO DE BRYTON (1872)
TURBINA A GÁS

Etapas do ciclo de Brayton ideal.


1 →2 compressão isentrópica (W12 < 0).
2 →3 aquecimento isobárico (Q23 > 0).
3 →4 expansão isentrópica (W12 > 0).
4 →1 resfriamento isobárico (Q23 < 0).
OBSERVAÇÃO:
1) A temperatura máxima do ciclo é limitada pela resistência do material que constitui as palhetas, atualmente
1700 K.
2) A restrição do material limita a razão máxima de pressão.

272
CICLO DE BRYTON (1872)
TURBINA A GÁS

Análise Termodinâmica do Ciclo de Brayton


Considerações Regime de escoamento permanente.
ηBrayton = Wciclo
Qentra
∆Uciclo Brayton (12341) = Qciclo Brayton (12341) - Wciclo Brayton (12341)
∆Uciclo (12341) = 0 = Uf − Ui = U1 − U1 = 0
Qciclo Brayton (12341) - Wciclo Brayton (12341) = 0
Qciclo Brayton (12341) = Q12 + Q23 + Q34 + Q41
Q12 = Q34 = 0
Qciclo Brayton (12341) = Q23 + Q41 = Wciclo Brayton (12341)
Q23 = Cp ∙ (T3 –T2) e Q41 = Cp ∙ (T1 –T4)

ηBrayton = 1 − Cp∙(T4 –T1) → ηBrayton = 1 − (T4 –T1)


Cp∙(T3 –T2) (T3 –T2) 273
CICLO DE BRYTON (1872)
TURBINA A GÁS

(T –T ) T1∙(T4 –1)
ηBrayton = 1 − 4 1 → ηBrayton = 1 − T1
(T3 –T2) T2∙(T3 –1)
T2
Processos isobáricos 2 → 3 e 4 → 1
p2 ∙ V2 = p3 ∙ V3 → p V3 V4
p3 = V2 e p4 ∙ V4 = p1 ∙ V1 → V1 = p4
2 p1

V3 = V4 → V2 = V1
V2 V1 V3 V4
Processos isentrópico 1 → 2
_ _ T V _ V T _
T1 ∙ V1(ɤ 1) = T2 ∙ V2(ɤ 1) → T1 = ( V2 )(ɤ 1) → ( V2 ) = (T1 )(1/(ɤ 1)) (a)
2 1 1 2
p V (ɤ) V p
p1 ∙ V1(ɤ) = T2 ∙ V2(ɤ) → p1 = ( V2 ) → ( V2 ) = (p1 )(1/(ɤ)) (b)
2 1 1 2

(a) → (b)
p T _ p T _
(p1 )(1/(ɤ)) = (T1 )(1/(ɤ 1)) → (p1 ) = (T1 )(ɤ)/(ɤ 1) (c)
2 2 2 2 274
CICLO DE BRYTON (1872)
TURBINA A GÁS

Processos isentrópicos 3 → 4
_ _ T V _ V T _
T3 ∙ V3(ɤ 1) = T4 ∙ V4(ɤ 1) → T3 = ( V4 )(ɤ 1) → ( V4 ) = (T3 )(1/(ɤ 1)) (d)
4 3 3 4
p V (ɤ) V p
p3 ∙ V3(ɤ) = p4 ∙ V4(ɤ) → 3 = ( 4 ) → ( 4 ) = ( 3 )(1/(ɤ)) (e)
p4 V3 V3 p4
(d) → (e)
p T _ p T _
(p3 )(1/(ɤ)) = (T3 )(1/(ɤ 1)) → (p3 ) = (T3 )(ɤ)/(ɤ 1) (f)
4 4 4 4

(c) → (f)
T _ T T T T T
(T1 )(ɤ)/(ɤ 1) = (T4 )(ɤ−1)/(ɤ) → (T1 ) = (T4 ) → (T3 ) = (T4 ) (g)
2 3 2 3 2 1

275
CICLO DE BRYTON (1872)
TURBINA A GÁS

Substituindo (g) na equação no rendimento do ciclo de Brayton


T1∙(T4 –1)
ηBrayton = 1 − T1
T2∙(T3 –1)
T2
ηBrayton = 1 − T1 → ηBrayton = 1 − T1 (h)
T2 T2
p T _ T p _
Rescrevendo (c) (p1 ) = (T1 )(ɤ)/(ɤ 1) (c) → (T1 ) = (p1 )(ɤ 1)/(ɤ)
2 2 2 2
p2
Onde r = p (i)
1

(i) → (c)
T 1 _
( 1 ) = ( )(ɤ 1)/(ɤ) (j)
T2 r
(j) → (h)
ηBrayton = 1 − (1r)(ɤ 1)/(ɤ) (79)
_
276
CICLO DE BRAYTON
DESVIOS DO COMPORTAMENTO IDEAL

Eficiência no compressor (ηC)


=Wideal = Wreversível = W12
Wreal Wirreversível W12′
ηC = (h2 – h1) > 0
(h2′ – h1)

Eficiência na turbina (ηT)


ηT = Wreal = Wirreversível = W34′
Wideal Wreversível W34
ηT = (h4′ – h3) < 0
(h4 – h3)

277
CICLO DE BRAYTON
EFICIÊNCIA TERMICA X TRABALHO LÍQUIDO POR CICLO
A temperatura máxima do ciclo ocorre no final do
processo de combustão (estado 3);
• A máxima temperatura é limitada pela
resistência do material das palhetas (1700 K,
valor atual);
• Essa restrição também limita a razão máxima
de pressão;
• Para uma temperatura (T3) fixa na entrada da
turbina, o trabalho líquido cresce, passa por um
máximo e depois decresce (veja a figura a
seguir);
• Menores trabalhos líquidos resultam na
necessidade de maiores vazões mássicas e,
portanto, maiores instalações;
• Uma parcela significativa do trabalho é usada 278
para acionar o compressor.
CICLO DE BRAYTON
TRABALHO REVERSO (BWR)

Razão da energia para alimentar o compressor e o trabalho total produzido pela turbina.

BWR = WC (80)
WT

279
O CICLO BRAYTON COM AQUECIMENTO
REGENERATIVO

Usa um regenerador ou recuperador (trocador de calor em contracorrente) para transferir calor dos gases
quentes da descarga da turbina para os gases na saída do compressor, economizando combustível na
câmara, reduzindo Qentra e aumentando ηBrayton .

280
O CICLO BRAYTON COM AQUECIMENTO
REGENERATIVO

TROCADOR REGENERATIVO OPERANDO EM CONTRACORRENTE.

281
O CICLO BRAYTON COM AQUECIMENTO
REGENERATIVO

282
O CICLO BRAYTON COM AQUECIMENTO
REGENERATIVO

onde:
Q34 = Qcombustão = Cp ∙ (T4 – T3) = (h4 – h3)
W45 = Wturbina = (h5 – h4) < 0
W12 = Wcompressor = (h2 – h1) > 0
Q23 = Qregeneração real = Cp ∙ (T3 – T2)
Q23’ = Qregeneração máxima (ideal) = Cp ∙ (T3′ – T2)
𝛆100% = Qregeneração real
= h3 – h2 = T 3 – T 2 T3 → T3′ = T5 , h3 → h3′ = h5
Qregeneração máxima (ideal) h3′ – h2 T3′ – T2
Hipótese do ar padrão frio
𝛆 = h3 – h2 = T3 – T2 → 𝛆 < 85%
h5 – h2 T 5 – T 2

283
O CICLO BRAYTON COM AQUECIMENTO
REGENERATIVO

Wlíquido = Wciclo1245 = Wturbina − Wcompressor = W45 − W12


ηBrayton = Wturbina − Wcompressor = W45 − W 12 = Wciclo1245
Qentra Qentra Qentra
Para hipóteses do ar padrão frio a obtemos a eficiência térmica de um ciclo de Brayton ideal com regeneração.
Q34 = Qcombustão = Cp ∙ (T4 – T3) → T3 = T5
𝖨W45𝖨 = 𝖨Q34𝖨
∆Uciclo = Qciclo - Wciclo = 0
Qciclo = Wciclo
Qciclo = Q24 + Q51 = Wciclo
C ∙(T – T ) +Cp∙(T1 – T5) Cp∙(T4 – T2 + T1 – T5) (T4 – T2 + T1 – T5) (T4 – T2 + T1 – T5)
ηBrayton = Q24 + Q 51 = p 4 2 = = =
Qentra Cp∙(T4 – T3) Cp∙(T4 – T3) (T4 – T3) (T4 – T5)

(T4 – T2 + T1 – T5) T4 – T5) T1 – T2) T 2 – T 1) T1∙(T2 –1)


ηBrayton = = + =1- =1− T1
(T4 – T5) (T4 – T5) (T4 – T5) (T4 – T5) 284
T4∙(1 − T5)
T4
O CICLO BRAYTON COM AQUECIMENTO
REGENERATIVO

Processos isobáricos 2 → 4 e 5 →1, assim p2 = p3 = p4 e p5 = p6 = p1


Processo isentrópicos 1 → 2
p1 ∙ V1(ɤ) = P2 ∙ V2(ɤ)
p2 V1
= ( )(ɤ)
p1 V2
p V
(p2 )(1/ɤ) = ( V1 )
1 2
T1 ∙ V1(ɤ−1) = T2 ∙ V2(ɤ−1)
T2 V1 (ɤ−1) V1 T2 (1/(ɤ−1)) V1
T1 = ( V2 ) → ( V2 ) = (T1 ) =V
2
p2 (1/ɤ) T2 (1/(ɤ−1))
(p ) = (T )
1 1
T2 p2 (ɤ−1)/ɤ
(T ) = (p )
1 1
p2 285
rp = p
1
O CICLO BRAYTON COM AQUECIMENTO
REGENERATIVO

Processo isentrópicos 4 → 5
p4 ∙ V1(ɤ) = P5 ∙ V5(ɤ)
p4 V5
= ( )(ɤ)
p5 V4
p V
( 4 )(1/ɤ) = ( 5 )
p5 V4
T4 ∙ V4 (ɤ−1) = T5 ∙ V5(ɤ−1)
T4 V V T V
= ( 5 )(ɤ−1) → ( 1 ) = ( 4 )(1/(ɤ−1)) = 5
T5 V4 V2 T5 V4
p T
( 4 )(1/ɤ) = ( 4 )(1/(ɤ−1))
p5 T5
T p
(T4 ) = (p4 )(ɤ−1)/ɤ
5 5
T5 p5 (ɤ)/(ɤ−1)
(T ) = (p )
4 4
p 2 = p 3 = p4 e p 5 = p 6 = p 1 286
O CICLO BRAYTON COM AQUECIMENTO
REGENERATIVO

T p
(T5 ) = (p5 )(ɤ−1)/ɤ
4 4
p2 = p3 = p4 e p5 = p6 = p1
T p p
(T5 ) = (p5 )(ɤ−1)/ɤ = (p1 )(ɤ−1)/ɤ
4 4 2
ɤ−1
ɵ= ɤ
T
T1 (T2 –1)
ηBrayton = 1 − ∙ 1
T4 (1 − T5)
T4
T p
(T2 ) = (p2 )(ɤ−1)/ɤ
1 1
p
rp = p 2
1
p2 (ɤ −1)/ɤ –1)
T1 (p1)
ηBrayton = 1 − T ∙ [ ] 287
4 1−(pp2
1)(ɤ −1)/ɤ
O CICLO BRAYTON COM AQUECIMENTO
REGENERATIVO

T (rp)ɵ –1
ηBrayton = 1 − T 1 ∙ [ ]
4 1− 1
(rp) ɵ

T1 (rp)ɵ –1
ηBrayton = 1 − ∙[ ]
T4 (rp) –1
ɵ

(rp) ɵ

T1 ((rp)ɵ –1)∙(rp)ɵ
ηBrayton = 1 − T ∙ [ ]
4 (rp)ɵ –1
T
ηBrayton = 1 − T 1 ∙ (rp)ɵ
4
T _
ηBrayton = 1 − T 1 ∙ (rp)(ɤ 1)/(ɤ) (81)
4

288
O CICLO BRAYTON COM RESFRIAMENTO,
REAQUECIMENTO E REGENERAÇÃO.

289
O CICLO BRAYTON COM RESFRIAMENTO,
REAQUECIMENTO E REGENERAÇÃO.

Processo isentrópico 1 → 2
p1 ∙ V1(ɤ) = P2 ∙ V2 (ɤ)
p2 V1 (ɤ) p2 (1/ɤ) V1
= ( ) → ( ) = (
p1 V2 p1 V2 )
T V V T V
T1 ∙ V1(ɤ−1) = T2 ∙ V2(ɤ−1) → T2 = ( V1 )(ɤ−1) → ( V1 ) = (T2 )(1/(ɤ−1)) = V1
1 2 2 1 2
p2 (1/ɤ) T2 (1/(ɤ−1))
(p ) = (T )
1 1
Processo isentrópico 3 → 4
p3 ∙ V3(ɤ) = P4 ∙ V4(ɤ)
p4 V3 (ɤ) p4 (1/ɤ) V
= ( V3 )
p3 = ( V4 ) → (p3 ) 4
T V V T V
T3 ∙ V3(ɤ−1) = T4 ∙ V4(ɤ−1) → T4 = ( V3 )(ɤ−1) → ( V3 ) = (T4 )(1/(ɤ−1)) = V1
3 4 4 3 2
p4 (1/ɤ) T4 (1/(ɤ−1)) 290
(p ) = (T )
3 3
O CICLO BRAYTON COM RESFRIAMENTO,
REAQUECIMENTO E REGENERAÇÃO.

Do diagrama T x s da figura 53 temos:


T1 = T3 = T10 e T2 = T4
T9 = T7 = T5 e T6 = T8
T T
assim: T2 = T4
1 3
p2 (1/ɤ) T2 (1/(ɤ−1)) p T
(p ) = (T ) e (p4 )(1/ɤ) = (T4 )(1/(ɤ−1))
1 1 3 3
p2 (1/ɤ) p4 (1/ɤ) p2 p4
(p ) = (p ) → p = p → do diagrama T x s da figura 53 também temos que p2 = p3
1 3 1 3

onde:
p2= p4p1 = p3 → p3 = isobárica intermediária e também que p7 = p6p9 = p8 , pois p4 = p6 e p9 = p1
Observação: não ocorre perda de pressão nos trocadores de calor, assim:
p4 = p5 = p6
p10 = p9 = p1 291
O CICLO COMBINADO BRAYTON - RANKINE

Os gases de exaustão do
ciclo de Brayton são
usados como fonte de
calor para o ciclo de
Rankine.

292
EXERCÍCIOS CICLO DE BRAYTON

Exercício-1 lista-9
O ar entra no compressor de uma turbina gás da figura abaixo a 300 K e 100 kPa, onde é comprimido a 700 kPa.
O combustor aumenta a temperatura a 1000 K. Determine: i) A eficiência térmica. ii) O trabalho líquido. iii) O
BRW. Observação: considere o processo ideal. Dados: ɤ = 1,4.

293
EXERCÍCIOS CICLO DE BRAYTON

Exercício-1 lista-9
Considerações:
• O fluido de trabalho é o ar modelado como gás é ideal.
• O compressor e a turbina são isentrópicos.
• A combustão é substituída pela entrada de calor.
• A exaustão é substituída por rejeição de calor
• Os calores específicos são constantes.
• As variações de energia cinética e potencial são desprezíveis.
• Não há queda de pressão no escoamento através dos trocadores.
Processo 1 →2 isentrópico (adiabático)
p T T p
(p2 )(1/ɤ) = (T2 )(1/(ɤ−1)) → (T2 ) = (p2 )(ɤ−1)/ɤ
1 1 1 1
p 700 k Pa (1,4 −1)/1,4
T2 = T1 ∙ (p2 )(ɤ−1)/ɤ → T2 = 300 k ∙ ( ) → T2 = 523 k 294
1 100 k Pa
EXERCÍCIOS CICLO DE BRAYTON

Processo 3 →4 isentrópico (adiabático)


p T T p
( 4 )(1/ɤ) = ( 4 )(1/(ɤ−1)) → ( 4 ) = ( 4 )(ɤ−1)/ɤ
p3 T3 T3 p3
p 100 k Pa (1,4 −1)/1,4
T4 = T3 ∙ (p4 )(ɤ−1)/ɤ → T4 = 1000 k ∙ ( ) → T4 = 574 k
3 700 k Pa
ΔUciclo12341 = Qciclo12341- Wciclo12341
ΔUciclo12341 = 0 → 0 = Qciclo12341- Wciclo12341 →Qciclo12341 = Wciclo12341
Qciclo12341=Q12 + Q23 + Q34 + Q41
Q12 = Q34 =0 (processos isentrópicos)
Qciclo12341= Q23 + Q41
Qciclo12341= (800 - 497) kJ/kg → Wciclo1231 = 287 kJ/kg
Wciclo12341=W12 + W23 + W34 + W41
W23 + W41 = 0
Wciclo12341=W12 + W34 295
EXERCÍCIOS CICLO DE BRAYTON

W = M ∙ Δh
Δh = cp ∙ ΔT (calor específico constante)
W
W = M ∙ cp ∙ (ΔT) → M = cp ∙ (ΔT)
i) Processo 1 →2 isentrópico ( compressão adiabática)
WC = W12 = cp ∙ (T2 − T1) → Wc = 1 kJ/kg ∙ K (523 − 300) K → WC = 223 kJ/kg
WT = W34 = cp ∙ (T4 − T3) → WT = 1 kJ/kg ∙ K (574 − 1000) K → WT = - 426 kJ/kg
Wliquido = Wciclo12341= (223 - 426) kJ/kg → Wliquido = 203 kJ/kg
W 223 kJ/kg
ii) BWR = WC → BWR = 426 kJ/kg → BWR = 52, 3%
T
iii) Q23 = Qentra = cp ∙ (T3 − T2) →Q23 = 1 kJ/kg ∙ K (1000 − 523) K → Q23 = 477 kJ/kg

296
EXERCÍCIOS CICLO DE BRAYTON

p2
r=
p1
700 kPa
r= →r=7
100 kPa
𝑖𝑣) ηBrayton = 1 − (r1 )(ɤ 1)/(ɤ)
_

ηBrayton = 1 − (1)(1 ,4 − 1)/1,4


7
ηBrayton = 42,6 %

297
EXERCÍCIOS O CICLO DE BRAYTON
CICLO COMBINADO BRAYTON - RANKINE
Exercício-2 lista-9
Repita o exercício anterior , considerando que o compressor adiabático possui eficiência de 85% e a turbina
tenha eficiência de 89%. O ar entra no compressor de uma turbina gás da figura-1 a 300 K e 100 kPa, onde é
comprimido a 700 kPa. O combustor aumenta a temperatura a 1000 K. Determine: i) O trabalho líquido. ii) O
BRW. iii) a entrada de calor. iv) A eficiência térmica. Observação: considere os calores específicos constantes.
Dados: ɤ = 1,4.
Considerações:
• O fluido de trabalho é o ar modelado como gás é ideal.
• O compressor e a turbina são isentrópicos.
• A combustão é substituída pela entrada de calor.
• A exaustão é substituída por rejeição de calor
• Os calores específicos são constantes.
• As variações de energia cinética e potencial são desprezíveis.
• Não há queda de pressão no escoamento através dos trocadores. 298
EXERCÍCIOS O CICLO DE BRAYTON
CICLO COMBINADO BRAYTON - RANKINE
Exercício-2 lista-9
WC−ideal = 223 kJ/kg
W W 203 k J /kg
Ec = WC−ideal → Wreal = WC−ideal → WC−real= → WC−real = 262 kJ/kg
C−real C−real 0,85
WT−ideal = 426 kJ/kg
W
et= WT−rdeal → WT−real = ec ∙ WT−ideal → WT−real = 0,895 ∙426 kJ/kg → WT−real= 371 kJ/kg
T−ideal
Wliquido−real = Wciclo12341−real = (262 - 371) kJ/kg → Wliquido−real = 109 kJ/kg
W 262 kJ/kg
ii) BWRreal = WC−ideal → BWR = 371 kJ/kg → BWR = 70,6 %
T−real
iii) WC−real = 262 kJ/kg
WC−real = W12 = cp ∙ (T2 − T1) → WC−real = 1 kJ/kg ∙ K (T2 − 300) K → T2 = 562 K
Q23 = Qentra = cp ∙ (T3 − T2) → Q23= 1 kJ/kg ∙ K (1000 − 562) K → Q23c= 438 kJ/kg
W 109 kJ/kg
ηbreal = líquido−ideal → ηbreal = → ηbreal = 25% 299
Qentra 438 kJ/kg
EXERCÍCIOS O CICLO DE BRAYTON
CICLO COMBINADO BRAYTON - RANKINE
Exercício-3 lista-9
O ar entra no compressor de uma turbina a gás a 300 K e 100 kPa, onde é comprimido a 700 kPa com a
temperatura máxima de 1000 K, conforme exercício-1. Determine: i) A eficiência térmica. ii) O BRW.
Observação: considere os processos ideais e os calores específicos constantes. Dados: ɤ = 1,4.

300
EXERCÍCIOS O CICLO DE BRAYTON
CICLO COMBINADO BRAYTON - RANKINE
Exercício-3 lista-9
Considerações:
• O fluido de trabalho é o ar modelado como gás é ideal.
• O compressor e a turbina são isentrópicos.
• A combustão é substituída pela entrada de calor.
• A exaustão é substituída por rejeição de calor.
• Os calores específicos são constantes.
• As variações de energia cinética e potencial são desprezíveis.
• A linha usa um regenerador (trocador de calor em contracorrente) para transferir calor dos gases quentes
da descarga da turbina para os gases na saída do compressor.
• Não há queda de pressão no escoamento através dos trocadores.
Dados: p1 = 100 kPa , p2 = 700 kPa, T1 = 300 K, T2 = 1000 K e ɤ = 1,4
p 700 kPa 301
r = p 2 → rp = → rp = 7
1 100 kPa
EXERCÍCIOS O CICLO DE BRAYTON
CICLO COMBINADO BRAYTON - RANKINE

T 300 K
ηBrayton = 1 − T 1 ∙ (rp)(ɤ−1)/ɤ → ηBrayton = 1 − 1000 K ∙ (1)(1 ,4 − 1)/1,4 → ηBrayton = 47,7 %
4 7
p 700 k Pa (1,4 −1)/1,4
T2 = T1 ∙ ( 2 )(ɤ−1)/ɤ → T2 = 300 K ∙ ( ) → T2 = 523 K
p1 100 k Pa
WC= W12 = cp ∙ (T2 − T1) → Wc = 1 kJ/kg ∙ K (523 − 300) K → WC= 223 kJ/kg
p 100 k Pa (1,4 −1)/1,4
T5 = T4 ∙ ( 5 )(ɤ−1)/ɤ → T5 = 1000 K ∙ ( ) → T5 = 574 K
p4 700 k Pa
WT= W45 = cp ∙ (T5 − T4) → WT = 1 kJ/kg ∙ K (574 − 1000) K → WT= - 426 kJ/kg
W 223 kJ/kg
ii) BWR = WC → BWR = 426 kJ/kg → BWR = 52, 3%
T

302
EXERCÍCIOS O CICLO DE BRAYTON
CICLO COMBINADO BRAYTON - RANKINE
Exercício-4 lista-9
Coloque um resfriador e um reaquecedor no ciclo de Brayton regenerativo do exercício-3 e calcule a eficiência,
considere os processos ideais e os calores específicos constantes. O ar entra no compressor a 300 K e 100 kPa,
onde é comprimido a uma pressão máxima de 700 kPa e a temperatura máxima do ciclo é de 1000 K, conforme
indicado na figura abaixo. Dados: ɤ = 1,4.

303
EXERCÍCIOS O CICLO DE BRAYTON
CICLO COMBINADO BRAYTON - RANKINE
Exercício-4 lista-9
Considerações:
• O fluido de trabalho é o ar modelado como gás é ideal.
• O compressor e a turbina são isentrópicos.
• A combustão é substituída pela entrada de calor.
• A exaustão é substituída por rejeição de calor.
• Os calores específicos são constantes.
• As variações de energia cinética e potencial são desprezíveis.
• A linha usa um regenerador (trocador de calor em contracorrente) para transferir calor dos gases
quentes da descarga da turbina para os gases na saída do compressor, resfriamento entre os
compressores e aquecimento entre as turbinas.
• Não há queda de pressão no escoamento através dos trocadores.
p2= p4p1 = p3 = isobárica intermediária e também que p7 = p6p9 = p8 , pois p4 = p6 e p9 = p1
304
p4 = p5 = p6 e p10 = p9 = p1
EXERCÍCIOS O CICLO DE BRAYTON
CICLO COMBINADO BRAYTON - RANKINE
Cálculo da isobárica intermediária
p2= p4p1 = p3 = 100 kPa700 kPa = p3 = 265 kPa
p 265 k Pa (1,4 −1)/1,4
T2 = T1 ∙ ( 2 )(ɤ−1)/ɤ → T2 = 300 K ∙ ( ) → T2 = 396 K
p1 100 k Pa
p7 = p6p9 = p8 = 100 kPa700 kPa = p8 = 265 kPa
p 265 k Pa (1,4 −1)/1,4
T7 = T7 ∙ (p7 )(ɤ−1)/ɤ → T7 = 1000 K ∙ ( ) → T2 = 758 K
6 700 k Pa
W Q Q + Qrejeição
ηb = Qlíquido ou ηb = 1 - Q sai → ηb = 1 - rC
Qc+ QaT
entra entra
onde: QrC = resfriamento entre os compressores, QrC = calor rejeitado, Qc = calor de combustão e
QaT = calor de aquecimento entre as turbinas.
T1 = T3 = T10 e T2 = T4
T9 = T7 = T5 e T6 = T8
kJ kJ
WC = WC1 + WC2 → WC = cp ∙ (T2 − T1) + cp ∙ (T4 − T3) → Wc = (1 kg ∙ K) ∙ (396 − 300) K + (1 kg ∙ K) ∙ (396 − 300) K
WC= 192 kJ/kg 305
EXERCÍCIOS O CICLO DE BRAYTON
CICLO COMBINADO BRAYTON - RANKINE

kJ kJ
WT = WT1 + WT1 = cp ∙ (T7 − T6) + cp ∙ (T9 − T8) → WT = (1 kg ∙ K) ∙ (758 − 1000) K + (1 kg ∙ K) ∙ (758 − 1000) K
WT= - 484 kJ/kg
Wlíquido = WC + WT → Wlíquido = (192 – 484) kJ/kg → Wlíquido = 292 kJ/kg
kJ
Qc = cp ∙ (T6 − T5) → Qc =1 kg ∙ K) ∙ (1000 − 758) K → Qc = 242 kJ/kg
kJ
QaT = cp ∙ (T8 − T7) →QaT= (1 kg ∙ K) ∙ (1000 − 758) K →QaT = 242 kJ/kg
Qentra = Qc + QaT → Qentra = (242 + 242) kJ/kg → Qentra = 484 kJ/kg
W 292 kJ/kg
ηb = líquido → ηb = 𝖨 𝖨 → ηb = 60,3%
Qentra 484 kJ/kg

306
EXERCÍCIOS O CICLO DE BRAYTON
CICLO COMBINADO BRAYTON - RANKINE
Exercício-5 lista-9
O ar entra no compressor do ciclo de Brayton da figura abaixo a 300 K e 100 kPa, onde é comprimido a uma
600 kPa. Ele sai do combustor 1200 K. Os gases de exaustão saem pelo trocador de calor a 350 K. A pressão no
ciclo de Rankine é elevada pela bomba de 20 kPa para 4MPa. O trocador de calor fornece a turbina, vapor a 400
oC. Determine a eficiência do ciclo de energia da turbina a vapor for de 20MW. Dados: ɤ = 1,4.

307
EXERCÍCIOS O CICLO DE BRAYTON
CICLO COMBINADO BRAYTON - RANKINE

Exercício-5 lista-9
Considerações:
• O fluido de trabalho é o ar modelado como gás é ideal no ciclo de Brayton e a água no ciclo de Rankine.
• O compressor e a turbina são isentrópicos.
• A combustão é substituída pela entrada de calor.
• A exaustão é substituída por rejeição de calor.
• Os calores específicos são constantes.
• As variações de energia cinética e potencial são desprezíveis.
• Os gases de exaustão do ciclo de Brayton são usados como fonte de calor para o ciclo de Rankine.
• Não há queda de pressão no escoamento através dos trocadores.

308
EXERCÍCIOS O CICLO DE BRAYTON
CICLO COMBINADO BRAYTON - RANKINE

W W +WTv+WC+WB
ηCBR = Qlíquido → ηCBR = Tg
entra Qentra
Assumindo que o WB é muito pequeno comparado aos demais
Para turbina a vapor temos:
T3 = 400 K, p3 = 4 MPa e e p4 = 20 kPa
WT = cp ∙ (T4 − T3)

WT 20000 kW
WT =cp ∙ (T4 − T3) → WT = Má𝑔𝑢𝑎 ∙ (h4 − h3) → Má𝑔𝑢𝑎 = → Má𝑔𝑢𝑎 = → Má𝑔𝑢𝑎 = 20,3 kg/s
(h4−h3) (3214 − 2230)kJ/kg
p 600 k Pa (1,4 −1)/1,4
T6 = T5 ∙ (p6 )(ɤ−1)/ɤ → T6 = 1000 K ∙ ( ) → T6 = 501 K
5 100 k Pa
kJ
Qc = cp ∙ (T6 − T5) → Qc = (1 kgK) ∙ (1200 − 501) K → Qc = 242 kJ/kg 309
EXERCÍCIOS O CICLO DE BRAYTON
CICLO COMBINADO BRAYTON - RANKINE

Para turbina a gás temos:


T7 = 1200 K, p7 = 600 kPa e T8 = ? K e p4 = 20 kPa
p 100 k Pa (1,4 −1)/1,4
T8 = T7 ∙ (p8 )(ɤ−1)/ɤ → T8 = 1200 K ∙ ( ) → T8 = 719 K
7 600 k Pa

No trocador de calor de interação Brayton-Rankine


Q B + QR = 0 → Q B = - QR
QB = Mar ∙ cp ∙ (T9 − T8) = Mar ∙ (h9 − h8)
QR = Mágua ∙ (h3 − h2)
Mar ∙ cp ∙ (T9 − T8) = - Mágua ∙ (h3 − h2)
− M água∙ (h3 − h2) − (20,4 kg/s)∙(3214 − 251,4)kJ/kg
Mar = → Mar = → Mar = 163 kg/s
cp∙ (T9 − T8) 1kJ/kg∙K∙(350 − 719)K
Cálculo do calor do combustor (Calor que entra no sistema)
QC = Mar ∙ cp ∙ (T7 − T6) → QC = 163 kg/s ∙ 1kJ/kg ∙ K ∙ (1200 − 501) K → QC = 114213 kJ/s
310
EXERCÍCIOS O CICLO DE BRAYTON
CICLO COMBINADO BRAYTON - RANKINE

Cálculo do trabalho da turbina a gás


WTg = Mar ∙ cp ∙ (T8 − T7) → WTg = 163 kg/s ∙ 1kJ/kg ∙ K ∙ (719 − 1200) K → WTg= -78403 kJ/s

Cálculo do trabalho do compressor


WC = Mar ∙ cp ∙ (T6 − T5) → WC = 163 kg/s ∙ 1kJ/kg ∙ K ∙ (501 − 300) K → WC= -32763 kJ/s

WTg+WTv+WC+WB
ηCBR = Qentra

Assumindo que o WB é muito pequeno comparado aos demais


Para turbina a vapor temos:
W +WTv+WC+WB 𝖨(−20000 −78403 +32763)kJ/s𝖨
ηCBR = Tg → η CBR = → ηCBR = 57,5%
Qentra 114213 kJ/s
311
EXERCÍCIOS O CICLO DE BRAYTON
CICLO COMBINADO BRAYTON - RANKINE

Para o caso em que o trabalho da bomba não é desconsiderado

Wሶ sistema = (hs - he)Mሶ = Wሶ Bomba


h = u + p
∆ h = ∆𝑢 + p∆ + ∆ p
para um pequena variação da temperatura → ∆𝑢 = 0
Considerando o que líquidos são incompressíveis → ∆ =  s -  e = 0 →  s =  e= 
∆ℎ =  (ps −pe) M → Wሶ B =  (𝑝 s - pe)Mሶ 312
EXERCÍCIOS O CICLO DE BRAYTON
CICLO COMBINADO BRAYTON - RANKINE


∆ℎ =  (ps −pe) M → Wሶ B = 0,01 m3 /kg (4 - 0,02) MPa20,4 kg/s → Wሶ B = 81,9 kJ/s

WTg+WTv+WC+WB 𝖨(−20000 −78403 +32763+ 81,9)kJ/s𝖨


ηCBR = Qentra → η CBR = → ηCBR = 57,4%
114213 kJ/s

313
EXERCÍCIOS O CICLO DE BRAYTON
CICLO COMBINADO BRAYTON - RANKINE

Exercício-6 lista-9
[ENADE 2011] Instalações de potência com turbinas a gás tendem a ser mais leves e compactas se comparadas
a instalações de potência a vapor. Adicionalmente, apresentam uma relação favorável entre potência de saída e
peso nas turbinas a gás, o que as tornam atrativas para aplicações em transporte, podendo-se citar, como
exemplo, a propulsão de aeronaves e embarcações. Considere uma turbina a gás, que opera em modo fechado,
analisada por meio do ciclo de ar-padrão Brayton, conforme Figura-5 a seguir acompanhada do diagrama T × s
(temperatura versus entropia específica) correspondente.

314
EXERCÍCIOS O CICLO DE BRAYTON
CICLO COMBINADO BRAYTON - RANKINE
Exercício-7 lista-9
Sob essas condições, avalie as afirmações que se seguem.
I. De acordo com as hipóteses de uma análise de ar-padrão, o aumento de temperatura que seria obtido no
processo de combustão é alcançado por transferência de calor de uma fonte externa para o fluido de trabalho.
Esse fluido de trabalho é considerado o ar como gás ideal.
II. O ar, ao passar pela turbina, sairia para a atmosfera em uma condição de temperatura mais alta do que
quando foi admitido ao compressor. No ciclo de ar-padrão Brayton, idealiza-se um trocador de calor entre a
turbina e o compressor, para rejeição de calor, a fim de reduzir a temperatura na saída da turbina aos níveis
da entrada no compressor.

315
EXERCÍCIOS O CICLO DE BRAYTON
CICLO COMBINADO BRAYTON - RANKINE
Exercício-8 lista-9
III. Um ciclo de ar-padrão Brayton é composto por quatro equipamentos: um compressor que eleva a pressão
do ar para sua entrada na turbina, um trocador de calor que é responsável pelo aumento da temperatura para
a entrada do ar na turbina, uma turbina e outro trocador de calor que reduz a temperatura do ar na saída da
turbina, aos mesmos níveis de sua entrada no compressor.
É correto o que se afirma em
(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III

316
TROCADORES DE CALOR

As transferências de calor são induzidas apenas como resultado uma diferença de temperatura entre um
sistema e sua vizinhança, a qual ocorre apenas no sentido do decréscimo de temperatura.

CALOR (Q)
Denota uma quantidade de energia transferida através da fronteira de um sistema através de uma interação
térmica com a vizinhança do sistema.

317
TROCADORES DE CALOR

• TIPOS DE INTERAÇÕES SISTEMA/VIZINHO

Seja um sistema composto de uma linha de fluido que interage com sua vizinhança.

CASO-1 Interação sistema/vizinho com Ts < Tv

Nesse caso a temperatura do sistema é menor que a temperatura do ambiente, assim ocorre um fluxo de
calor do ambiente para o sistema através da fronteira e Q > 0. 318
TROCADORES DE CALOR

CASO-2 Interação sistema/vizinho com Ts > Tv

Nesse caso a temperatura do sistema é maior que a temperatura do ambiente, assim ocorre um fluxo de calor
do sistema para o ambiente através da fronteira e Q < 0.
319
TROCADORES DE CALOR

CASO-3 Interação sistema/vizinho com Ts = Tv

Nesse caso a temperatura do sistema é igual a temperatura do ambiente, assim não ocorre troca de calor entre
o sistema e o ambiente através da fronteira, pois estão em equilíbrio térmico, assim e Q = 0.
320
TROCADORES DE CALOR

A transferência de calor (Q) depende dos detalhes de operação dos processos e não apenas dos estados
inicial e final, logo calor não é propriedade de um determinado sistema.

Q = ∫ 𝜕Q

As transferências de calor podem ocorrer por condução, convecção e radiação. Em todos os tipos a taxa de
transferência de calor depende das substâncias envolvidas, dos parâmetros geométricos e das temperaturas.

TIPOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR

• CONDUÇÃO

Transferência de energia ocorre através de um meio no qual existe uma diferença de temperatura.

321
TROCADORES DE CALOR

• CONVECÇÃO

Transferência de energia ocorre entre uma superfície e um fluido em movimento ou em repouso com
temperatura diferentes.

• RADIAÇÃO TÉRMICA

Representa a troca líquida de energia que ocorre entre superfícies a diferentes temperaturas, por meio de
ondas eletromagnéticas independentes de qualquer meio interveniente.

OBSERVAÇÃO.: Em todos os tipos, a taxa de transferência de energia depende das substâncias envolvidas,
dos parâmetros e das temperaturas.

322
TROCADORES DE CALOR

ANÁLISE TÉRMICA DE TROCADORES DE CALOR

A análise térmica de trocadores de calor é uma fase do projeto que consiste na determinação da área de troca
de calor requerida dadas as condições de escoamento e temperatura dos fluidos.

CLASSIFICAÇÃO DOS TROCADORES DE CALOR

Baseado em processos de transferência que pode ser por contato direto ou indireto.

• TROCADORES DE CALOR DE CONTATO INDIRETO

Em um trocador de calor de contato indireto, os fluidos permanecem separados e o calor é transferido


continuamente através de uma parede, pela qual se realiza a transferência de calor. Os trocadores de contato
indireto classificam-se em: trocadores de transferência direta e de armazenamento.

323
TROCADORES DE CALOR

TIPO DE TROCADORES DE TRANSFERÊNCIA DIRETA


Neste tipo, há um fluxo contínuo de calor do fluido quente ao frio
através de uma parede que os separa. Não há mistura entre eles,
pois cada corrente permanece em passagens separados. Este
trocador é designado como um trocador de calor de recuperação,
ou simplesmente como um recuperador. Alguns exemplos de
trocadores de transferência direta são trocadores de: placa,
tubular, e de superfície estendida. Recuperadores constituem
uma vasta maioria de todos os trocadores de calor.
Onde:
Tqe = Temperatura do fluido quente na entrada;
Tqs = Temperatura do fluido quente na saída;
Tfe = Temperatura do fluido frio na entrada e
324
Tfs = Temperatura do fluido frio na saída.
TROCADORES DE CALOR

TROCADORES DE ARMAZENAMENTO
Em um trocador de armazenamento, os ambos
fluidos percorrem alternativamente as mesmas
passagens de troca de calor . A superfície de
transferência de calor geralmente é de uma
estrutura chamada matriz. Em caso de
aquecimento, o fluido quente atravessa a
superfície de transferência de calor e a energia
térmica é armazenada na matriz.
Posteriormente, quando o fluido frio passa pelas
mesmas passagens, a matriz “libera” a energia
térmica (em refrigeração o caso é inverso). Este
trocador também é chamado regenerador
325
TROCADORES DE CALOR

• TROCADORES DE CALOR DE CONTATO DIRETO


Neste trocador, os dois fluidos se misturam. Aplicações comuns
de um trocador de contato direto envolvem transferência de
massa além de transferência de calor; aplicações que envolvem
só transferência de calor são raras. Comparado a recuperadores
de contato indireto e regeneradores, são alcançadas taxas de
transferência de calor muito altas. Sua construção é
relativamente barata. As aplicações são limitadas aos casos onde
um contato direto de dois fluxos fluidos é permissível.
Onde:
Tqe = Temperatura do fluido quente na entrada;
Tqs = Temperatura do fluido quente na saída;
Tfe = Temperatura do fluido frio na entrada e
326
Tfs = Temperatura do fluido frio na saída.
TROCADORES DE CALOR

• BASEADO NO TIPO DE CONSTRUÇÃO

Trocadores tubulares podem ser de duplo tubo concêntrico, carcaça ou casco e tubo, de serpentina e de
placas.

TROCADORES TUBULARES

São geralmente construídos com tubos circulares, existindo uma variação de acordo com o fabricante. São
usados para aplicações de transferência de calor líquido/líquido (uma ou duas fases). Eles trabalham de
maneira ótima em aplicações de transferência de calor gás/gás, principalmente quando pressões e/ou
temperaturas operacionais são muito altas onde nenhum outro tipo de trocador pode operar. Este
trocadores podem ser classificados como carcaça e tubo, tubo duplo e de espiral.

327
TROCADORES DE CALOR

TROCADORES DE CARCAÇA E TUBO


Este trocador é construído com tubos e uma carcaça. Um
dos fluidos passa por dentro dos tubos, e o outro pelo
espaço entre a carcaça e os tubos. Existe uma variedade
de construções diferentes destes trocadores dependendo
da transferência de calor desejada, do desempenho, da
queda de pressão e dos métodos usados para reduzir
tensões térmicas, prevenir vazamentos, facilidade de
limpeza, para conter pressões operacionais e
temperaturas altas, controlar corrosão, etc. Trocadores
de carcaça e tubo são os mais usados para quaisquer
capacidades e condições operacionais, tais como pressões
e temperaturas altas, atmosferas altamente corrosivas,
fluidos muito viscosos, misturas de multicomponentes,
etc. Estes são trocadores muito versáteis, feitos de uma
variedade de materiais e tamanhos e são extensivamente 328
usados em processos industriais.
TRANSFERÊNCIA DE CALOR

Partes de um trocador de calor de casco ou carcaça e tubo

329
TROCADORES DE CALOR

Feixe
É o conjunto de tubos do trocador de calor de casco e tubo.
Passe
É a distância que o fluido percorre correspondente ao comprimento do
trocador.
TC-xy
Onde:
x = número de passes no tubo.
y = número de passes no casco.
TC-21 = dois passes no tubo e um no casco.
TC-42 = quatro passes no tubo e dois no casco.
330
TROCADORES DE CALOR

TROCADOR TUBO DUPLO


O trocador de tubo duplo consiste de dois
tubos concêntricos. Um dos fluidos escoa pelo
tubo interno e o outro pela parte anular entre
tubos, em uma direção de contrafluxo. Este é
talvez o mais simples de todos os tipos de
trocador de calor pela fácil manutenção
envolvida. É geralmente usado em aplicações
de pequenas capacidades.

331
TROCADORES DE CALOR

TIPOS DE ESCOAMENTOS DOS FLUIDOS

332
TROCADORES DE CALOR

TROCADOR DE CALOR EM SERPENTINA


Este tipo de trocador consiste em uma ou mais
serpentinas (de tubos circulares) ordenadas
em uma carcaça. A transferência de calor
associada a um tubo espiral é mais alta que
para um tubo duplo. Além disto, uma grande
superfície pode ser acomodada em um
determinado espaço utilizando as serpentinas.
As expansões térmicas não são nenhum
problema, mas a limpeza é muito
problemática.

333
TROCADORES DE CALOR

TROCADORES DE CALOR TIPO PLACA


Este tipo de trocador normalmente é
construído com placas planas lisas ou com
alguma forma de ondulações. Geralmente, este
trocador não pode suportar pressões muito
altas, comparado ao trocador tubular
equivalente.

334
TROCADORES DE CALOR

COEFICIENTE GLOBAL DE TROCA DE CALOR (U)


Engloba diferentes resistências térmicas equivalentes existentes num processo de troca de calor.
Hipóteses:
Regime estacionário.
Não existe fonte de energia no interior das paredes.
Condutividade térmica constante.

335
TROCADORES DE CALOR

Seja a parede plana da Figura-87.

336
TROCADORES DE CALOR

Circuito térmico equivalente para paredes planas

Determinação do coeficiente global de transferência de calor para paredes planas (UPP):


Onde:
hi e he são os coeficientes de película interno e externo.
Rconv e Rcond são, respectivamente, as resistências a convecção e condução.
1 L kA
Qconv = hA∆T, Rconv = , Rcond = e Qcond = L ∆T
hA kA 337
TROCADORES DE CALOR

Rtpp = Rconv(i) + Rcond + Rconv(e)


1 L 1
Rconv(i) = , Rcond = e Rconv(e) =
hiAi kA heAe
1 L 1
Rt = + +
hiAi kA heAe
A = A i = As = Ae
1 1 L 1
Rtpp =A  [ + + ]
hi k h i
∆T Q
Q = R (52) e q = A (57)
tpp s
∆T A∆T
Q= ↔Q=
1
[ + + ]
1 L 1
[ +L+ 1 ]
1
A hi k hi hi k hi
1 1 L 1
Upp = [hi + k + hi] (82)
A∆T
Q = 1 Q = Upp As ∆T e
Upp Q = Upp  As  (Tbi - Tbe) (83) 338
TROCADORES DE CALOR

Seja a parede cilíndrica da figura 89 e o seu circuito equivalente.

339
TRANSFERÊNCIA DE CALOR

DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE GLOBAL DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR PARA PAREDES


CILÍNDRICAS FINAS (UCIL):
1 L kA
Qconv = hA∆T , Rconv = , Rcond = e Qcond = L ∆T
hA kA
Rtcil= Rconv(i) + Rcond + Rconv(e)
1 L 1
Rconv(i) = ,R = ,R = 0 (paredes finas) e Rconv(e) =
hiAi cond kA cond heAe
1 1
Rtcil = + A = Ai = As = Ae ↔ ri = re
hiAi heAe
1 1 1 ∆T A∆T
Rtcil =A  [ + ] , Q = ↔Q=
hi he 1
[ + ] 1 1
[ + 1 ]
1
A hi hi hi hi
1 1 1
Ucil = [hi + hi] (84)
A∆T
Q = 1 Q = Ucil As ∆T e Q = Ucil  As  (Ti - Te) (85)
Ucil 340
TRANSFERÊNCIA DE CALOR

FATOR DE INCRUSTAÇÃO OU FATOR DE FULIGEM


É o resultado do deposito de sujeira ou de corrosão nas superfícies de transferência de calor, acarretando
resistência adicional a transferência de calor, causando perda de desempenho do equipamento. O fator de
incrustação depende da temperatura da operação, velocidade dos fluidos e tempo de operação.

PRINCIPAIS TIPOS DE INCRUSTAÇÕES:


• Depósito de cálcio em superfícies nas quais ocorrem ebulição em zonas de água dura. A dureza da
água é um fenômeno que ocorre devido a presença de determinados íons, principalmente, cálcio e
magnésio.
• Depósito de partículas cinzas sólidas, oriunda da combustão de gases nas superfícies pré-
aquecedora.
• Depósito corrosivo (incrustação química).
• Depósito de algas (incrustação biológica).
341
TRANSFERÊNCIA DE CALOR

MANUTENÇÃO DOS TROCADORES DE CALOR Tabela-2 Fatores de


INCRUSTAÇÃO. TRATAMENTO QUÍMICO.
• Tratamento de água de operação.
• Remoção por abrasão.
• Revestimento das superfícies interna da tubulação com vidro.

342
TROCADORES DE CALOR

DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE GLOBAL DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR CONSIDERANDO O FATOR DE


INCRUSTAÇÃO (UD).
Considerações:
O fator de incrustação não pode ser previsto e nem a sua velocidade de formação, por tanto o fator de
incrustação só pode ser obtido por meio de testes por condições reais ou por experiência.
As incrustações na superfície dos trocadores de calor podem ser interna ou externa.
Rf = Rf(i) + Rf(e)
Onde:
Rf = incrustação total
Rf(i) = incrustação interna
Rf(e) = incrustação externa
∆T Q
Q= eq= A
R s 343
TROCADORES DE CALOR

Considerando a tubulação do trocador de calor com paredes cilíndricas.


1 L kA
Qconv = hA∆T , Rconv = , Rcond = e Qcond = L ∆T
hA kA
Rt= Rconv(i) + Rcond + Rconv(e) + Rf
De
1 ln 1
Dⅈ
Rconv(i) = , Rcond = , Rcond = 0 (paredes finas) e Rconv(e) =
hiAi 2𝜋Lk heAe
1 1
Rt = + + Rf
hiAi heAe
A = Ai = As = Ae ↔ ri = re
1 1 1
Rt =A  [ + + Rf ]
hi he

344
TROCADORES DE CALOR

∆T A∆T A∆T
Q= ↔Q= ↔Q= 1
1
 [ + + Rf]
1 1 1 1
[ + + Rf] [ + Rf]
A hi hi hi hi Ucil
A∆T
1 1 ↔Q= 1
UD = [Ucil + Rf ] (87) UD
Q = UD As ∆T e

Q = UD  As  (Ti - Te) (88)

Onde UD = coeficiente global quando o trocador de calor está sujo.

345
TROCADORES DE CALOR

ANÁLISE DE TROCADORES DE CALOR


Considerações:
• operação em regime permanente;
• o calor específico é constante;
• a condução de calor axial é desprezível;
• o trocador de calor é perfeitamente isolado, ocorrendo troca de calor apenas entre os fluidos.
Aplicando a primeira lei da termodinâmica:
Qሶ f = Qሶ q = Qሶ
Qሶ f = Mሶ f  Cpf  (Tf2 - Tf1)
Qሶ q = Mሶ q Cpq  (Tq1 - Tq2)
Onde:
Mሶ f = taxa de escoamento da massa do fluido frio; 346
TROCADORES DE CALOR

Mሶ q = taxa de escoamento da massa do fluido quente;


Cpf = Calor específico do fluido frio a pressão constante;
Cpq = Calor específico do fluido quente a pressão constante;
Tf2 = Temperatura de saída do fluido frio;
Tf1 = Temperatura de entrada do fluido frio;
Tf2 = Temperatura de saída do fluido frio;
Tq1 = Temperatura de entrada do fluido quente;
Tq2 = Temperatura de saída do fluido frio;
Taxa de capacidade térmica
Cqሶ = Mሶ q  Cpq
Cሶ f = Mሶ f  Cpf
Qሶ f = Cሶ f  (Tf2 - Tf1)
347
Qሶ q = Cqሶ  (Tq1 - Tq2)
TROCADORES DE CALOR

Observação: quando as taxas de capacidade


térmica são iguais, o aumento de temperatura
do fluido frio é igual a queda de temperatura
do fluido quente.

⃒∆Tq ⃒ = ⃒∆Tf ⃒ = ⃒∆T ⃒


∆T =Tf - Ti
∆Tq =Tq2 -Tq1
∆Tf =Tf2 -Tf1
- ∆Tq = ∆Tf
∆T− ∆Tq = ∆Tf

348
TROCADORES DE CALOR

TROCADORES DE CALOR ONDE OCORRE MUDANÇA DE FASE


Condensadores
Qሶ c = Mሶ ∆T
Onde:
Mሶ = vazão mássica do fluido;
∆hc = variação da entalpia específica na condensação;
hL = entalpia específica do líquido;
hv = entalpia específica do vapor.

349
TROCADORES DE CALOR

Na mudança de fase a taxa de capacidade térmica é infinita.


1) Condensador - Vapor → líquido (condensação do vapor)
Qሶ c =M
ሶ ∆hc
∆hc = hl - hv
Ccሶ = Mሶ  hc → ∞ ↔ ∆T → 0
Qሶ c =Ccሶ  ∆T (finita)
Ccሶ = f(T)

350
TROCADORES DE CALOR

Na mudança de fase a taxa de capacidade térmica é infinita.


2) Evaporador - Líquido → vapor (vaporização do líquido)
Qሶv = M
ሶ ∆hv
∆hv = hv - hl
Cvሶ = Mሶ  hv → ∞ ↔ ∆T → 0
Qሶv =Cvሶ  ∆T (finita)
Cvሶ = f(t)

351
TRANSFERÊNCIA DE CALOR

DETERMINAÇÃO DA TAXA DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR USANDO O COEFICIENTE GLOBAL DE TRANSFERÊNCIA


DE CALOR
Q = U  A ∆Tm
• Método da diferença de temperatura média logarítmica MLDT (∆Tlm )
Considere o escoamento em paralelo num trocador de duplo tubo.
∆Tq =Tq1 -Tq2
∆Tf =Tf1 -Tf2
∆T1=Tq1 -Tf1
∆T2=Tq2 -Tf2
δ𝑄=U  dA (Tq −Tf)

352
TROCADORES DE CALOR

Consideração:
A superfície externa do trocador de calor se encontra bem isolada.
δ𝑄=U  dA (Tq −Tf)
ሶ Mሶ f  Cpf  dTf
δQ=
δQሶ = -Mሶ q Cpq  dTq
−δQሶ δQሶ
dTq = , dTf =
Mሶ  C
q pq Mሶ f Cpf
δQሶ δQሶ 1 1
dTq - dTf = - Mሶ  C - Mሶ  C ↔ dTq - dTf = - δQሶ  [Mሶ  C + Mሶ  C ]
q pq f pf q pq f pf
δ𝑄=U  (Tq −Tf)dA
1 1
dTq - dTf = - U  (Tq −Tf)dA  [Mሶ  C + Mሶ  C ]
q pq f pf
dTq − dTf 1 1
= - U  dA  [ ሶ + ሶ ]
Tq −Tf Mq Cpq Mf Cpf
353
TROCADORES DE CALOR

dT dTf 1 1
[ T q −−T ] = - U  dA  [Mሶ  C + Mሶ  C ] ∫ dA
q f q pq f pf
1 1
ln[Tq −Tf] = - U  dA  [Mሶ  C + Mሶ  C ] ∫ dA
q pq f pf
2 dT − dTf 1 1 2
∫1 [ T q −T ] = - U [ ሶ + ሶ ] ∫1 dA
q f Mq Cpq Mf Cpf
2 1 1
ln[Tq −Tf] = - U  [Mሶ  C + Mሶ  C ] A
1 q pq f pf
T T 1 1
ln [ Tq2 − T f2 ] = - U  [Mሶ  C + Mሶ  C ] A
q1 − f1 q pq f pf

Q
Qሶ = Mሶ f  Cpf  (Tf2 - Tf1) ↔ Mሶ f  Cpf = T T
f2 − f1
Q ሶ
Qሶ = Mሶ q Cpq  (Tq1 - Tq2) ↔ Mሶ q  Cpq = T T
q1 − q2
354
TROCADORES DE CALOR

Substituindo
T −Tf2
Qሶ  ln [ T q2 −T ] = - U  A  [(−Tq2 + Tf2) + (Tq1 −Tf1)]
q1 f1
∆T1=Tq1 -Tf1
∆T2=Tq2 -Tf2
∆T
Qሶ  ln [ ∆T2 ] = - U  A  [(−∆T2) + (∆T1)]
1

∆T
Qሶ  ln [ ∆T2 ] = - [(∆T1) - (∆T2)]  U  A
1

- Qሶ [ ln[(∆T2) - ln(∆T1)] = [(−∆T2) + (∆T1)]  U  A


Qሶ [ ln[(∆T1) - ln(∆T2)] = [(∆T1) - (∆T2)]  U  A

[(∆T1) − (∆T2)] [(∆T1) −ሶ (∆T2)]
Qሶ = U  A  → ∆Tlm = (89)
ln [∆T ]1
ln [∆T ]
1
355
∆T 2 ∆T
2
TROCADORES DE CALOR

Qሶ = U  A ∆Tlm (90)

Onde:
∆Tlm = diferença de temperatura média logarítmica (LMTD), a qual reflete o decaimento exponencial da
diferença local de temperatura e representa a exata diferença de temperatura média entre os fluidos
quente e frio.

356
TROCADORES DE CALOR

TROCADORES DE CALOR EM CONTRACORRENTE


Nesse tipo de trocador, a temperatura de saída do
fluido frio pode exceder a temperatura de saída do
fluido quente. No entanto, a temperatura de saída do
fluido frio nunca pode exceder a temperatura de
entrada do fluido quente.

∆Tlmfcc > ∆Tlmfcp

fcc = fluido em corrente paralela;


fcp = fluido em contra corrente.
Portanto, uma superfície menor é requerida e assim
um trocador menor é necessário para se atingir
determinada taxa de transferência de calor no
trocador operando em contracorrente. 357
TROCADORES DE CALOR

OBSERVAÇÕES:
• Em um trocador de calor em contracorrente, A diferença de temperatura entre os fluidos quente e
frio permanece constante ao longo do trocador de calor, quando as taxas de capacidade térmicas são
iguais.
• Um condensador ou evaporador pode ser considerado um trocador de escoamento paralelo ou
contracorrente, visto que os dois métodos tem o mesmo resultado.

358
TROCADORES DE CALOR

TROCADORES DE CALOR DE MULTIPASSES E ESCOAMENTO CRUZADO

• USO DO FATOR DE CORREÇÃO


Para esses tipos de trocadores é conveniente relacionar a diferença de temperatura equivalente
com a média logarítmica para o uso do trocador operando em contracorrente.

∆Tlm = 𝐹  ∆Tfcc (91)


onde:
F = fator de correção do trocador de calor é uma mediada do desvio de ∆Tln a partir de valores
correspondentes para contra corrente. Depende do tipo de trocador e das temperaturas de entrada e
saída dos fluidos quente e frio.
359
TROCADORES DE CALOR

DIFERENÇA DE TEMPERATURA MÉDIA LOGARÍTMICA PARA UM TROCADOR DE CALOR OPERANDO COM


FLUIDO EM CONTRACORRENTE (∆T ln fcc ).
[(∆T1) −ሶ (∆T2)]
∆Tlmfcc =
ln [∆T1]
∆T2

∆T1=Tq1 -Tf1
∆T2=Tq2 -Tf2
F = F (T, P)
t2 −ሶ t1 T2 −ሶ T1
P= ሶ , R= Onde:
T 1 − t1 t2 −ሶ t1
t1 = temperatura de entrada do fluido nos tubos;
t2 = temperatura de saída do fluido nos tubos;
T1 = temperatura de entrada do fluido no casco;
T2 = temperatura de saída do fluido no casco. 360
TROCADORES DE CALOR

361
TROCADORES DE CALOR

362
TRANSFERÊNCIA DE CALOR

• CONSIDERAÇÃO A RESPEITO DO MÉTODO LMTD.


É utilizado para determinação da área do trocador de calor quando as temperaturas de entrada e saída
dos fluidos quentes e frios são conhecidos ou podem ser determinadas pelo balanço de energia.
• PROCEDIMENTO PARA O USO DO MÉTODO LMTD
1) Selecionar o trocador de calor adequado para a aplicação.
2) Determinar qualquer temperatura de entrada e saída desconhecida e a taxa de transferência de calor,
usando o balanço de energia.
3) Determinar ∆Tlmfcc e F (quando necessário).
4) Obtenha U (selecionar ou calcular.
5) Calcular a área da superfície.
Observação: O trocador de calor selecionado deverá ter área ≥ área da superfície.
363
TRANSFERÊNCIA DE CALOR

MÉTODO DA EFETIVIDADE NTU (Kays e London – 1955)


É usado quando o objetivo é a determinação da taxa de transferência de calor e das temperaturas de saída dos
fluidos quente e frio, desde que as vazões mássicas dos fluidos e temperaturas de entrada sejam conhecidas,
bem como o tipo e o tamanho do trocador de calor especificados. Esse método é baseado na efetividade da
transferência de calor (𝛆).
Qሶ
𝛆 = (92)
Qሶ max

Onde:
Qሶ = taxa de transferência de calor real.
Qሶ max = taxa de transferência de calor máxima (ideal).

364
TRANSFERÊNCIA DE CALOR

Balanço de energia
Qሶ = Mሶ f  Cpf  (Tf2 - Tf1) = Mሶ q Cpq  (Tq1 - Tq2)
Cqሶ = Mሶ q  Cpq e Cሶ f = Mሶ f  Cpf
∆Tmax = Tq1 -Tf1
OBSERVAÇÃO:
• A transferência de calor em um trocador de calor atinge o seu valor máximo quando:
1) O fluido frio é aquecido até a temperatura de entrada do fluido quente.
2) O fluido quente é resfriado até a temperatura de entrada do fluido frio.
• Essas combinações só ocorrerão simultaneamente se Cqሶ = Cሶ f .
• Quando Cqሶ ≠ Cሶ f , o fluido com menor taxa de capacidade térmica sofrerá uma maior variação na sua
temperatura.
365
TROCADORES DE CALOR

Qሶ max = Cሶ min  (Tq1 - Tf1)


Onde: Cሶ min é o menor valor entre Cqሶ e Cሶ f .
Qሶ = 𝛆n  Qሶ max
Qሶ =𝛆n  Cሶ min  (Tq1 - Tf1)
Para Cሶ f = Cሶ min
Qሶ Cሶ f (Tf2 − Tq2) Tf2 − Tq2
𝛆 = → 𝛆 = → 𝛆 = onde Tf2 = ?
Qሶ max Cሶ (Tq
f 1 − Tf1) Tq1 − Tf1
Para Cqሶ = Cሶ min
Qሶ Cሶq (Tq1 − Tq2) Tq1 − Tq2
𝛆 = → 𝛆 = → 𝛆 = onde Tq2 = ?
Qሶ max Cሶq(Tq1 − Tf1) Tq1 − Tf1

366
TRANSFERÊNCIA DE CALOR

OBSERVAÇÃO:
• A determinação exige o conhecimento das temperaturas entrada dos fluidos quente e frio, bem como de
suas vazões mássicas.
• A efetividade do trocador de calor permite determinar a taxa de transferência de calor sem saber as
temperaturas de saída dos escoamentos dos fluidos.
• A efetividade do trocador de calor depende da geometria do trocador de calor, assim como o arranjo do
escoamento.
DETERMINAÇÃO DA EFETIVIDADE (𝛆) PARA UM TROCADOR DE CALOR DE DUPLO TUBO COM ESCOAMENTO
PARALELO
T T 1 1
ln [ Tq2 − T f2 ] = - U  [Mሶ  C + Mሶ  C ] A
q1 − f1 q pq f pf
T T 1 1
ln [ Tq2 − T f2 ] = - U  [ ሶ + ሶ ] A
q1 − f1 Cq Cf
T −T Cሶ + Cሶ
ln [ Tq2 −T f2 ] = - U  A  [ f ሶ ሶ q] 367
q1 f1 CqCf
TROCADORES DE CALOR

T −T U  A Cሶ + Cሶ
ln [ Tq2 −T f2 ] = - ሶ  [ f ሶ q]
q1 f1 Cf Cq
Tq2 − Tf2 U  A Cሶf
ln [ T −T ] = - ሶ  [ ሶ + 1]
q1 f1 Cf Cq
Do balanço de massa entre o fluido frio e quente resulta:
Qሶ f = Qሶ q = Qሶ
Qሶ f = Cሶ f  (Tf2 - Tf1)
Qሶ q = Cqሶ  (Tq1 - Tq2)
Cሶ f  (Tf2 − Tf1) = Cqሶ  (Tq1 − Tq2) = Qሶ
Cሶ f
 (Tf2 − Tf1) = (Tq1 − Tq2)
Cሶq
Cሶ f
Tq2 = Tq1 +  (Tf2 − Tf1)
Cሶq 368
TROCADORES DE CALOR

Substituindo (101) em (100) e adicionando e subtraído Tf1



Tq1 − Cሶ f  (Tf2 − Tf1) − Tf2 + Tf1−Tf1
Cq U A Cሶf
ln [ Tq1 −Tf1 ] = -  [1 + ])
Cሶf Cሶq

Tq1 − Tf1 − (Tf2 − Tf1) − Cሶ f  (Tf2 − Tf1)
Cq U A Cሶf
ln [ ] = -  [1 + ]
Tq1 −Tf1 Cሶf Cሶq
Cሶf Tf2 −ሶ Tf1 U A Cሶf
ln [1 − (1 + ሶ )( T T )] = - ሶ  [1 + ሶ ] (i)
Cq q1 − f1 Cf Cq
Qሶ Cሶ  (Tf2 − Tf1) 𝛆Cሶ (Tf2 − Tf1)
𝛆 = ሶ (ii) → 𝛆 = ሶ f → min =
Qmax Cmin (Tq1 − Tf1) Cf ሶ (Tq1 − Tf1)
Substituindo (i) em (ii)
Cሶf 𝛆Cሶ min U A Cሶf
ln [1 − (1 + )( )] = -  [1 + ]
Cሶq Cሶf Cሶf Cሶq
369
TROCADORES DE CALOR

Cሶf 𝛆Cሶ min U A Cሶf


EXP{ln [1 − (1 + )( )] }= EXP{-  [1 + ]}
Cሶq Cሶf Cሶf Cሶq
Cሶf 𝛆Cሶ min U A Cሶf
1 − (1 + )( ) = EXP{-( ) [1 + ]}
Cሶq Cሶf Cሶf Cሶq
U A Cሶf Cሶf 𝛆Cሶ
1 −EXP{− ( ሶ )  [1 + ሶ ]} = (1 + ሶ )( min )
Cf Cq Cq Cሶf
1 −EXP{− (U ሶ A)  [1 +Cሶf ]}

Cf Cq
𝛆 = ሶ
(1 + Cሶf )(Cmin

)
Cq Cሶf
Como Cሶ min= Cfሶ e Cሶ max = Cqሶ

370
TRANSFERÊNCIA DE CALOR

1 −EXP{− (UCሶ  A)  [1 + Cሶ min


ሶ ሶ
ሶ ]}
Cmax
𝛆 = min (iii)

Cሶ min
(1 + )
Cሶ ሶ
max
U A
Denominado a razão ( ሶ ) como NUT (número de unidades de transferência), que é uma medida da área de
Cmax
transferência de calor.
Assim desse modo quanto maior o NUT, maior será o trocador de calor
Definição de C

Cሶ min
C= (iv)
Cሶ ሶ
max
Substituindo NUT e (iv) na equação da efetividade (iii)
1 −EXP{− (N U T )  [1 + C ]}
𝛆 = (93)
(1 + C )
onde 𝛆 = f(NUT, C) 371
TRANSFERÊNCIA DE CALOR

OBSERVAÇÕES:
Os valores de efetividade (𝛆) estão compreendidos entre 0 e 1.
Os trocadores de calor que operam com fluido em contracorrente possuem maior efetividade, seguido pelos
trocadores de calor de escoamento cruzado com ambos fluidos sem mistura e trocadores de calor escoando
com fluidos em paralelo.

𝛆ecc >𝛆ec >𝛆ep

𝛆ecc = efetividade no escoamento em contracorrente.


𝛆ec = efetividade no escoamento cruzado.
𝛆ep = efetividade no escoamento em paralelo.

372
TROCADORES DE CALOR

Tabela-3 Relaciona o tipo de trocador de calor com a


expressão da efetividade.

373
TROCADORES DE CALOR

374
TROCADORES DE CALOR

375
TROCADORES DE CALOR

376
TROCADORES DE CALOR

Tabela-4 Relaciona trocadores de calor com o NUT.

377
TROCADORES DE CALOR

Exercício-1 Lista-10
Questão-1) Óleo quente deve ser resfriado em um trocador de calor de tubo duplo em contracorrente (figura
abaixo). Os tubos de cobre internos têm diâmetro de 2 cm e espessura desprezível. O diâmetro interno do tubo
externo (casco) é 3 cm. A água escoa através do tubo a uma taxa de 0,5 kg/s, e o óleo escoa através do casco a
uma taxa de 0,8 kg/s. Considerando as temperaturas médias da água e do óleo como 45 °C e 80 °C,
respectivamente, determine o coeficiente global de transferência de calor desse trocador de calor.

378
TROCADORES DE CALOR

Exercícios-1 Lista-10
Considerações:
A resistência térmica do tubo interno é desprezível.
Tanto o escoamento do óleo quanto da água são completamente desenvolvidos.
As propriedades do óleo e da água são constantes.

1 1 1 mሶ V.D h.D
Ucil = [hi + he], v = 𝜌.Ac, Re = ν
e Nu = 𝑘
,

onde: Ucil é o coeficiente global de transferência de calor para paredes cilíndricas de espessura desprezível,
ha é o coeficiente de transferência de calor por convecção da água, ho é o coeficiente de transferência de calor 379
por convecção do óleo v é velocidade do fluido, D o diâmetro do tubo e Nu o número de Nusselt.
TROCADORES DE CALOR

Para água temos


mሶ mሶ 0,5 kg/s
v = 𝜌.A = 1 = 𝑘𝑔 1 → v = 1,61 m/s, onde o diâmetro hidráulico (Dh) é o próprio diâmetro
c 𝜌. .𝜋(D)2 (990,1 3 ). .𝜋(0,02m)2
4 m 4
do tubo (D).
(1,61 m/s).(0,02m)
Re = 0,602 X 10−6 m2 /s
→ Re = 53490 maior que 4000 (escoamento turbulento).

h .D
Nu = 𝑘a = 0,023Re0,8 Pr 0,4 → Nu = 0,023534900,8 . 3,910,4 →Nu = 240,6 (considerando o escoamento
completamente desenvolvido).
W
ha.D Nu.k (240,6).(0,637 .K)
Nu = → hi = → hi = m
→ hi = 7,66 W/m2 K
𝑘 𝐷 0,02 𝑚

380
TROCADORES DE CALOR

Para óleo temos


Dh = Do – Di → Dh = (0,03 – 0,02) cm → Dh = 0,01 cm
mሶ mሶ 0,8 kg/s
v = 𝜌.A = v = 1 = 𝑘𝑔 1 → v = 2,39 m/s, onde o diâmetro hidráulico (Dh) é
c 𝜌. .𝜋[ De)2 −(Di)2 (852 3 ). .𝜋[(0,03m)2 −(0,02m)2 ]
4 m 4
o próprio diâmetro do tubo (D).
(2,39 m/s).(0,01m)
Re = → Re = 630 menor que 2100 (escoamento laminar).
0,374 X 10−6 m2 /s

Di 0,02m
Do = 0,02m = 0,667 interpolando
∆Di/De 1 − 0,5
I= = = - 0,56818
∆Nu 4,86 −5,74

P−P 0,667 −0,5


I= T − To =-0,56818 = = → Nu = 5,45
o Nu−5,74
W
ho.D Nu.k (5,45).(0,138 .K) 381
Nu = → he = → he = m
→ he = 75,2 W/m2 K
𝑘 Dh 0,02 𝑚
TROCADORES DE CALOR

1 1 1
Ucil = [7,663 W + W ]
m2 𝐾  m 𝐾
75,2 2

1 1 1
Ucil = [7,663 W + W ]

m2 𝐾 m 𝐾
75,2 2

W
Ucil = 74,5 m2 𝐾

OBS.: Quando existe uma diferença de valores entre os coeficientes de convecção calor, o coeficiente global é
dominado pelo menor coeficiente e assim é preciso melhorar a troca no que diz respeito ao óleo com o uso de
uma superfície aletada.

382
TROCADORES DE CALOR

Exercício-2 Lista-10
Um trocador de calor de tubo duplo (casco e tubo) é construído com um tubo interno de aço inoxidável (k =
1,51 W/mK) de diâmetro interno Di = 1,5 cm e diâmetro externo Do = 1,9 cm e um casco externo de diâmetro
interno de 3,2 cm (figura abaixo). O coeficiente de transferência de calor por convecção é dado como hi = 800
W/m2 K sobre a superfície interna do tubo e ho = 1200 W/m2 K sobre a superfície externa. Para um fator de
incrustação Rf,i = 0,0004 m2 K/W no lado do tubo e Rf,o 0,0004 m2 K/W no lado do casco determine (a) a
resistência térmica do trocador de calor por unidade de comprimento e (b) os coeficientes globais de
transferência de calor Ui e Uo com base nas superfícies interna e externa do tubo, respectivamente.

383
TROCADORES DE CALOR

Exercícios-2 Lista-10
Dados:
∆T ∆T 1 1 1 1
Q= , Q = UD  As  (∆T) → = UD  As  (∆T) →
= UD  As → R = U As = U A = U A
R R D R i i e e
Rt= Rconv(i) + Rcond + Rconv(e) + Rf , Rf = Rf(i) + Rf(e) → Rt= Rconv(i) + Rcond + Rconv(e) + Rf(i) + Rf(e)
𝐷e
1 ln 1
𝐷ⅈ
Rconv(i) = , Rcond = , e Rconv(e) =
hiAi 2𝜋Lk heAe
𝐷e
1 ln
1 R
𝐷ⅈ R
Rt = + + + Af(i) + Af(e)
hiAi 2𝜋Lk heAe i e
Ai = 𝜋DiL = 𝜋0,015 m 1 m = 0,0447 m2
Ai = 𝜋DeL = 𝜋0,019 m 1 m = 0,0597 m2
ln
0,019 𝑚
0,0004

m2 𝐾
0,0001
m2 𝐾 
1 0,015 𝑚 1 𝑊 𝑊
Rt = + + + + → Rt = 0,0532 K/W

 0,0447 m 2𝜋1 𝑚15,1
 0,0597m
𝑊 2 𝑊 𝑊 2 0,0447 m2 0,0597 m2
800
m2 𝐾 
𝑚 𝐾
1200
m2 𝐾
384
TROCADORES DE CALOR

1 1
R = U A = U A
i i e e
1 1
Ui= RA = → Ui = 399 W/K m2
0,0532 0,0447 m
𝐾 2
i 𝑊
1 1
Ue= RA = → Ue = 315 W/K m2
e 0,0532 𝑊0,0597 m
𝐾 2

385
TROCADORES DE CALOR

Exercício-3 Lista-10
Vapor no condensador de uma termoelétrica (figura abaixo) deve ser condensado a uma temperatura de 30 °C
com água de refrigeração de um lago próximo que entra nos tubos do condensador a 14 °C e os deixa a 22 °C. A
superfície dos tubos tem 45 m2, e o coeficiente global de transferência de calor é 2100 W/m2·K. Determine a
vazão mássica necessária da água de resfriamento e a taxa de condensação do vapor no condensador.

386
TROCADORES DE CALOR

Exercício-3 Lista-10
Considerações
• Existem condições operacionais permanentes.
• O trocador de calor é bem isolado, de modo que a perda de calor para o meio envolvente é desprezível.
• As alterações nas energias cinética e potencial dos escoamentos são desprezíveis.
• Não há nenhuma incrustação.
• As propriedades dos fluidos são constantes.
• O condensador pode ser tratado como um trocador de calor contracorrente, já que a temperatura de um
dos fluidos (vapor) permanece constante.
Dados: Lv (30 °C) = 2431 kJ/kg, e cp (18 °C) = 4.184 kJ/kg K
[(∆T1) −ሶ (∆T2)]
∆Tlm = , ∆Tq = Tq1 -Tq2, ∆Tf =Tf1 -Tf2, ∆T1=Tq1 -Tf2 e ∆T2=Tq2 -Tf1
ln [∆T1]
∆T
2
387
Qሶ = Lv  Mሶ v, Qሶ = UD  As  (∆Tlm) e Qሶ = Mሶ a  cp  (∆T)
TROCADORES DE CALOR

Tq1 = 30 °C, Tq2 = 30 °C, Tf1 = 14 °C e Tf2 = 22 °C


∆Tq =Tq1 -Tq2 e ∆Tf =Tf1 -Tf2
∆T1= Tq1 -Tf2 → ∆T1= 30 °C - 22 °C → ∆T1 = 8 °C
∆T2=Tq2 -Tf1 → ∆T2= 30 °C - 14 °C → ∆T2 = 16 °C
[(8 °C) −ሶ (16 °C)]
∆Tlm = → ∆Tlm = 11,5 °C
ln [ 8 °C ]
16 °C
Qሶ = UD  As  (∆Tlm) → Qሶ = (2100 W/K m2 45 m2 11,5 °C ) → Qሶ = 1087 kW
Cálculo da vazão mássica da água de resfriamento
Qሶ 1087 kW
Qሶ = Mሶ a  cp  (∆T) → Mሶ a= → Mሶ a= → Mሶ a= 32,5kg/s
cp(∆T) 4,184 kJ/kg(22 −14)°C
Qሶ 1087 kW
Qሶ = Lv  Mሶ v → Mሶ v= L → Mሶ v= → Mሶ v= 0,45 kg/s
v 2431 kJ/kg
388
TROCADORES DE CALOR

Exercício-4 Lista-10
Um trocador de calor contracorrente de tubo duplo deve aquecer água de 20 °C a 80 °C a uma taxa de 1,2 kg/s
(figura abaixo). O aquecimento é obtido por água geotérmica disponível a 160 °C com vazão mássica de 2 kg/s.
O tubo interno tem uma parede fina e diâmetro de 1,5 cm. Considerando que o coeficiente global de
transferência de calor do trocador de calor é 640 W/m2K, determine o comprimento do trocador de calor
necessário para alcançar o aquecimento desejado. Dados: cpa = 4,18 kJ/kg  K e cpag = 4,31 kJ/kg  K.

389
TROCADORES DE CALOR

Exercícios-4 Lista-10
Considerações:
• O trocador de calor opera em contracorrente.
• O trocador de calor opera em regime estacionário.
• O trocador é bem isolado e a perda de calor é desprezível.
• As alterações de energia cinética e potencial são desprezíveis.
• O trocador de calor não possui incrustações.
• As propriedades dos fluidos são constante.
Cálculo da taxa de transferência de calor.
Qሶ = Mሶ a  cpa  (∆T) → Qሶ = 1,2 kg/s (4,18 kJ/kg K )(80 − 20) °C → Qሶ = 301 kW
Como todo calor absorvido pela água vem da agua geotérmica temos
Qሶ = Mሶ ag  cpag  (∆T) → Qሶ = Mሶ ag  cpag  (Tq2 − T q1)
390
TROCADORES DE CALOR

Qሶ 301 kW
Tq2 = - + T q1 → Tq2 = - 4,31kJ/kgK2𝑘𝑔/𝑠 + 160 °C
cpag Mሶ
ag
Tq2 = 125 °C
∆T1= Tq1 -Tf2 → ∆T1= 160 °C - 80 °C → ∆T1 = 80 °C
∆T2=Tq2 -Tf1 → ∆T2= 125 °C - 20 °C → ∆T2 = 105 °C
[(∆T1) −ሶ (∆T2)] [(80 °C) −ሶ (105 °C)]
∆Tlm = → ∆Tlm = → ∆Tlm = 91,9 °C
ln [∆T ] 1 ln [ 80 °C ]
∆T 2
105 °C
Qሶ 301𝑘𝑊
Qሶ = UD  As  (∆Tlm) → As = → As = [ ] → As = 5,12 m2
UD(∆Tlm) 640 2 91,9 K
W
m K
A 5,12 m2
As = 𝜋DL → L = 𝜋Ds → L = 3,140,015 m → L = 109 m

OBS: O tubo interno precisa ter mais de 100 m de comprimento para atingir seu objetivo, o que não é viável,
assim devemos usar outro tipo de trocador de calor como um de placas ou um de casco e tubo com multipasses.
391
TROCADORES DE CALOR

Exercício-5 Lista-10
Um trocador de calor com 2 passes no casco e 4 nos tubos é utilizado para aquecer glicerina entre 20 °C e 50
°C, com água quente que entra a 80 °C nos tubos de parede fina de 2 cm diâmetro e os deixa a 40 °C conforme
figura abaixo. O comprimento total dos tubos no trocador de calor é 60 m. O coeficiente de transferência de
calor por convecção é 25 W/m2K no lado da glicerina (casco) e de 160 W/m2K no lado da água (tubos).
Determine a taxa de transferência de calor no trocador de calor (a) antes de qualquer incrustação e (b) depois
que uma incrustação com fator de 0,0006 m2 K/W ocorre sobre a superfície externa dos tubos.

392
TROCADORES DE CALOR

Exercícios-5 Lista-10
• O trocador de calor opera em regime estacionário.
• O trocador é bem isolado e a perda de calor é desprezível.
• As alterações de energia cinética e potencial são desprezíveis.
• O trocador de calor não possui incrustações.
• As propriedades dos fluidos são constante.
• Os coeficientes de transferência de calor e os fatores de incrustação são constantes e uniformes.
• A resistência térmica no interior do tubo é desprezível, já que as paredes do tubo são finas.
• Como os tubos tem paredes finas as áreas das superfícies internas e externas são iguais

393
TROCADORES DE CALOR

Qሶ = UD  As F  (∆Tlmfcc)
As = 𝜋DL → As = 3,140,02 m60 m → As = 3,77 m2
[(∆T1) −ሶ (∆T2)]
∆Tlmfcc =
ln [∆T ]
1
∆T 2

∆T1= Tq1 -Tf2 → ∆T1= 80 °C - 50 °C → ∆T1 = 30 °C


∆T2=Tq2 -Tf1 → ∆T2= 40 °C - 20 °C → ∆T2 = 20 °C
[(30 °C) −ሶ (20 °C)]
∆Tlm = → ∆Tlm = 24,7 °C
ln [30 °C]
20 °C

394
TROCADORES DE CALOR

F = F (T, P)
t −ሶ t T −ሶ T
P = 2 ሶ 1, R = 2 ሶ 1 Onde:
T 1 − t1 t2 − t 1
t1 = temperatura de entrada do fluido nos tubos;
t2 = temperatura de saída do fluido nos tubos;
T1 = temperatura de entrada do fluido no casco;
T2 = temperatura de saída do fluido no casco.

40 °C −ሶ 80 °C
P= → P = 0,67
20 °C −ሶ 80 °C
50 °C −ሶ 20 °C
R= → R = 0,75
40 °C −ሶ 80 °C
F = 0,91
395
TROCADORES DE CALOR

Cálculo de sem Ucil incrustação


1 1 1 1 1 1 W
Ucil = [he +hi ] → Ucil = [160 W + W ] → Ucil = 21,6 m2 𝐾
m2 𝐾 25 2
m 𝐾 
W
Qሶ = UD  As F  (∆Tlmfcc) → Qሶ = 21,6  3,77 m2 0,91  24,7 °C → Qሶ = 1830 W
m2 𝐾
Cálculo de com Ucil incrustação
1 1 1 1 1 1 W W
=[ + + Rf ] → =[ + + 0,0006 ] → Ucil = 21,3
Ucil he hi Ucil W W m2 𝐾 m2 𝐾
160
m2 𝐾  25 2
m 𝐾 
W
Qሶ = UD  As F  (∆Tlmfcc) → Qሶ = 21,3  3,77 m2 0,91  24,7 °C → Qሶ = 1805 W
m2 𝐾
OBS: A presença de incrustação na superfície externa dos tubos diminui a taxa de transferência de calor como
esperado.
396
TROCADORES DE CALOR

Exercício-6 Lista-10
Um teste é realizado para determinar o coeficiente global de transferência de calor em um radiador automotivo, o
qual é trocador de calor compacto de escoamento cruzado água-ar com ambos os fluidos (ar e água) não
misturados (figura abaixo). O radiador tem 40 tubos de 0,5 cm de diâmetro interno e 65 cm de comprimento,
estreitamente espaçados em uma matriz de placas aletadas. A água quente entra nos tubos a 90 °C a uma taxa de
0,6 kg/s e os deixa a 65 °C. O ar escoa através do radiador pelos espaços entre aletas, sendo aquecido a partir de 20
°C até 40 °C. Determine o coeficiente global de transferência de calor Ui desse radiador com base na superfície
interna dos tubos.

397
TROCADORES DE CALOR

Exercício-6 Lista-10
Dados: temperatura média da água → Tm = (90 °C − 65 °C )/2 = 77,5 °C → cpa = 4,195 kJ/kg  K
Qሶ = Mሶ a  cpa  (∆T) → Qሶ = 0,6 kg/s (4,195 kJ/kg K )(90 − 65) °C → Qሶ = 62,93 kW
Área total da superfície dos tubos
As = n πDL → As = 403,140,005 m0,65 m → As = 0,408 m2
Cálculo do coeficiente global dos tubos
Qሶ
Qሶ = UD  As F  (∆Tlmfcc) → UD =
As F  (∆Tlmfcc)
[(∆T1) −ሶ (∆T2)]
∆Tlmfcc =
ln [∆T ]
1
∆T
2

∆T1= Tq1 -Tf2 → ∆T1= 90 °C - 40 °C → ∆T1 = 50 °C


∆T2=Tq2 -Tf1 → ∆T2= 65 °C - 20 °C → ∆T2 = 45 °C
398
TROCADORES DE CALOR

[(50 °C) −ሶ (45 °C)]


∆Tlm = → ∆Tlm = 47,5 °C
ln [50 °C]
45 °C
t −ሶ t T −ሶ T
F = F (T, P), P = 2 ሶ 1 , R = 2 ሶ 1 Onde:
T 1 − t1 t2 − t1
t1 = temperatura de entrada do fluido nos tubos;
t2 = temperatura de saída do fluido nos tubos;
T1 = temperatura de entrada do fluido no casco;
T2 = temperatura de saída do fluido no casco.
65 °C −ሶ 90 °C
P= → P = 0,36
20 °C −ሶ 90 °C
40 °C −ሶ 20 °C
R= → R = 0,80
65 °C −ሶ 90 °C
F = 0,97 399
TROCADORES DE CALOR

Qሶ
UD =
AsF  (∆Tlmfcc)

62930 𝑊
UD =
(0,408 m2 )0,97  (4 7 ,5K)

W
UD = 3347 m2 𝐾

400
TROCADORES DE CALOR

Exercício-7 Lista-10
Água fria entra em um trocador de calor contracorrente (figura abaixo) a 10 °C numa taxa de 8 kg/s, onde é
aquecida por um escoamento de água quente que entra no trocador de calor a 70 °C a uma taxa de 2 kg/s.
Considerando que o calor específico da água se mantém constante, determine a taxa máxima de transferência
de calor e as temperaturas de saída dos escoamentos de água fria e quente para este caso limite. Dados cpa =
4,18 kJ/kg  K.

401
TROCADORES DE CALOR

Exercícios-7 Lista-10
• O trocador de calor opera em regime estacionário.
• O trocador é bem isolado e a perda de calor é desprezível.
• As alterações de energia cinética e potencial são desprezíveis.
• As propriedades dos fluidos são constante.
Cqሶ = Mሶ q  Cpq → Cqሶ = 2 kg/s  4,18 kJ/kg  K → Cqሶ = 8,36 kW/K
Cሶ f = Mሶ f  Cpf → Cሶ f = 8 kg/s  4,18 kJ/kg  K → Cሶ f = 33,4 kW/K
Qሶ max = Cሶ min  (Tq1 - Tf1) → Qሶ max = 8,36 kW/K (70 °C - 10 °C) → Qሶ max = 502 kW
Qሶ 502 kW
Qሶ = Mሶ f  Cpf  (Tf2 - Tf1) → Tf2 = - Mሶ C + Tf1 → Tf2 = - + 10 °C → Tf2 = 25 °C
f pf (8 kg/s) (4,18kJ/kg °C)
Qሶ 502 kW
Qሶ = Mሶ q Cpq  (Tq1 - Tq2) → Tq2 = - Mሶ C + Tq1 → Tq2 = - + 70 °C → Tq2 = 10 °C
f pf (2 kg/s) (4,18kJ/kg °C)
402
TROCADORES DE CALOR

Exercício-8 Lista-10
Um trocador de calor contracorrente de tubo duplo deve aquecer água de 20 °C a 80 °C a uma taxa de 1,2 kg/s
(figura abaixo). O aquecimento é obtido por água geotérmica disponível a 160 °C com vazão mássica de 2 kg/s.
O tubo interno tem parede fina e diâmetro de 1,5 cm. O coeficiente global de transferência de calor do trocador
de calor é 640 W/m2K. Usando o método da efetividade-NTU, determine o comprimento do trocador de calor
necessário para alcançar o aquecimento desejado. Dados: cpa = 4,18 kJ/kg  K e cpag = 4,31 kJ/kg  K.

403
TROCADORES DE CALOR

Exercícios-8 Lista-10
Considerações:
A resistência térmica do tubo interno é desprezível.
Tanto o escoamento do óleo quanto da água são completamente desenvolvidos.
As propriedades do óleo e da água são constantes.
Cqሶ = Mሶ q  Cpq → Cqሶ = 2 kg/s  4,31 kJ/kg  K → Cqሶ = 8,62 kW/K
Cሶ f = Mሶ f  Cpf → Cሶ f = 1,2 kg/s  4,18 kJ/kg  K → Cሶ f = 5,02 kW/K
Cሶ 5,02 kW/K
c = Cሶ min → c = → c = 0,582
max 8,62 kW/K
Qሶ max = Cሶ min  (Tq1 - Tf1) → Qሶ max = 5,02 kW/K (160 °C - 20 °C) → Qሶ max = 702,8 kW
Qሶ = Mሶ a  cpa  (∆T) → Qሶ = 1,2 kg/s (4,18 kJ/kg K )(80 − 20) °C → Qሶ = 301 kW
Qሶ 301 kW
𝛆 = →𝛆 = → 𝛆 = 0,428
Qሶ max 702,8 kW 404
TROCADORES DE CALOR

1 𝛆 −1 1 0,428 − 1
NUT =  ln(𝛆𝑐 −1) → NUT =  ln(0,4280,582 −1) → NUT = 0,651
𝑐 −1 0,582 −1

AsUD NUTCሶ min 0,651 5,02 kW/K


NUT = → As = → As = → As = 5,11 m2
Cሶ min UD 640 W/m2K
A 5,11 m2
As = 𝜋DL → L = 𝜋Ds → L = → L= 108 m
3,140,015 m

405
TROCADORES DE CALOR

Exercício-9 Lista-10
Óleo quente deve ser resfriado com água em um trocador de calor com 1 passe no casco e 8 passes nos tubos
(figura abaixo). Os tubos têm paredes finas de cobre e diâmetro interno de 1,4 cm. O comprimento de cada
passe de tubo no trocador de calor é 5 m, e o coeficiente global de transferência de calor é 310 W/m2K. A água
escoa através dos tubos a uma taxa de 0,2 kg/s, e o óleo escoa através do casco a uma taxa de 0,3 kg/s. Água e
óleo entram com temperaturas de 20 °C e 150 °C, respectivamente. Determine a taxa de transferên cia de calor
no trocador de calor e as temperaturas de saída da água e do óleo. Dados: cpa = 4,18 kJ/kg  K e cpag = 2,13
kJ/kg  K.

406
TROCADORES DE CALOR

Exercícios-9 Lista-10
Considerações
• O trocador de calor opera em regime estacionário.
• O trocador é bem isolado e a perda de calor é desprezível.
• As alterações de energia cinética e potencial são desprezíveis.
• As propriedades dos fluidos são constante.
• O coeficiente de transferência de calor é constante e uniforme.
• A resistência térmica no interior do tubo é desprezível, já que as paredes do tubo são finas.
• Como os tubos tem paredes finas as áreas das superfícies internas e externas são iguais

407
TROCADORES DE CALOR

Cqሶ = Mሶ q  Cpq → Cqሶ = 0,3 kg/s  2,13 kJ/kg  K → Cqሶ = 0,639 kW/K
Cሶ f = Mሶ f  Cpf → Cሶ f = 0,2 kg/s  4,18 kJ/kg  K → Cሶ f = 0,836 kW/K
Cሶ min 0,639 kW/K
c= → c= → c = 0,764
Cሶ
max 0,836 kW/K
Qሶ max = Cሶ min  (Tq1 - Tf1)
→ Qሶ max = 0,639 kW/K (150 °C - 20 °C) → Qሶ max = 83,1 kW
As = n πDL → As = 83,140,014 m5 m → As = 1,76 m2
A U 1,76 m2310 W/m2K
NUT = Csሶ D → NUT = → NUT = 0,854
min 0,639 kW/K
𝛆 = f(c, NUT) → 𝛆 = 0,47

408
TROCADORES DE CALOR

Assim a taxa real de transferência é dada por


Qሶ
𝛆 = → Qሶ = 𝛆Qሶ max → Qሶ = 0,47 83,1kW → Qሶ = 39,1 kW
Qሶ max
Q ሶ 39,1 kW
Qሶ = Mሶ f  Cpf  (Tf2 - Tf1) → Tf2 = - Mሶ C + Tf1 → Tf2 = - + 150 °C → Tf2 = 66,8 °C
f pf (0,2 kg/s) (4,18kJ/kg °C)
Q ሶ 502 kW
Qሶ = Mሶ q Cpq  (Tq1 - Tq2) → Tq2 = - Mሶ C + Tq1 → Tq2 =- + 20 °C → Tq2 = 88,8 °C
f pf (0,3 kg/s) (2,13kJ/kg °C)

409
TROCADORES DE CALOR

Exercício-10 Lista-10
Em uma instalação de produtos lácteos, o leite é pasteurizado com água quente fornecida por um forno de gás
natural. A água quente é então descarregada para um dreno aberto no piso a 80 °C, a uma taxa de 15 kg/min. A
fábrica opera 24 horas por dia e 365 dias por ano. O forno tem eficiência de 80%, e o custo do gás natural é de
US$ 1,10 por therm (1 therm = 105500 kJ). A temperatura média da água fria que entra no forno durante todo o
ano é 15 °C. A água quente drenada não poderá ser devolvida ao forno e reciclada, porque é contaminada durante
o processo. A fim de poupar energia, é proposta a instalação de um trocador de calor água-água para o
preaquecimento da água fria na entrada com água quente drenada. Considerando que o trocador de calor vai
recuperar 75% do calor disponível na água quente, determine a especificação de transferência de calor do
trocador de calor que precisa ser comprado e sugira um modelo adequado. Além disso, determine a quantidade
de dinheiro que esse trocador de calor poupará por ano para a companhia com a economia de gás natural. Dados:
cpa = 4,18 kJ/kg  K.

410
TROCADORES DE CALOR

Exercício-10 Lista-10
Considerações
• O trocador de calor opera em regime estacionário.
• A efetividade do trocador de calor se mantém constante.
A troca de calor será máxima quando a água quente sair na temperatura de entrada da água fria.
Qሶ max= Mሶ a  cpa  (∆T) → Qሶ = (15/60) kg/s (4,18 kJ/kg K )(80 − 20) °C → Qሶ = 67,9 kW
Isto é, o escoamento de água quente existente tem potencial de fornecimento de calor a uma taxa de 67,9 kJ/s
para a água fria na entrada. Esse valor seria alcançado com um trocador de calor contracorrente com superfície
de transferência de calor muito grande. Um trocador de calor de tamanho e custo razoáveis pode capturar 75%
deste potencial de transferência de calor. Então, a especificação de transferência de calor do trocador de calor
prospectivo deve ser
Qሶ
𝛆 = ሶQ → Qሶ = 𝛆Qሶ max → Qሶ = 0,75  67,9 kW → Qሶ = 50,9 kW
max

411
TROCADORES DE CALOR

Isto é, o trocador de calor deve conseguir fornecer calor a uma taxa de 50,9 kJ/s da água quente para a fria. Um
trocador de calor comum de placas ou de casco e tubo deve ser suficiente para esse propósito, uma vez que
ambos os lados do trocador de calor envolvem o mesmo fluido com vazões comparáveis e, portanto, coeficientes
de transferência de calor comparáveis. (Note que, se estivéssemos aquecendo ar com água quente, teríamos de
especificar um trocador de calor com grande superfície no lado do ar).
O trocador de calor funcionará 24 horas por dia, 365 dias por ano. Portanto, as horas de funcionamento anual são
Horas de operação = (24 h/dia)(365 dias/ano) = 8.760 h/ano
Observando que este trocador de calor poupa 50,9 kJ de energia por segundo, a energia poupada durante o ano
inteiro será
Energia economizada (Taxa de transferência de calor)(Tempo de operação)
Energia economizada = 50,9 kJ  8.760 h/ano  3600 s/h
Energia economizada = 1,605 x 10 9 kJ/ano

412
TROCADORES DE CALOR

O forno tem eficiência de 80%. Isto é, para cada 80 unidades de calor fornecidas pelo forno, ele deve ser
alimentado com teor de energia de 100 unidades. Portanto, a economia de energia determinada acima resulta em
uma economia de combustível no valor de
energia economizada 1,605 x 10 9 kJ/ano 1 therm
combustível economizado = = = = 19020 therm/ano
eficiência do forno 0,80 105,500 kJ
Observando que o preço do gás natural é de US$ 1,10 por therm, a quantidade de dinheiro economizado se torna
Dinheiro economizado = combustível economizado x preço do combustível.
Dinheiro economizado = 19020 therm/ano  US$ 1,1/therm = US$ 20920/ano

413
“ Arving4, Bebel, Figure Productions 2013.
Fonte das Figuras:

414
414
ENCONTRO PELO
APLICATIVO JITSI
DIA: 22/04/2020

HORÁRIO: 19:00h. às 20:30 h.

LINK:
htts://meet.jti.si/EngenhariaMecanic
aUGB8periodo

SENHA:
415
REFERÊNCIAS

Michel J. Moran ... [et al]; Introdução a Engenharia de Sistemas Térmicos: termodinâmica, mecânica dos
fluidos e transferência de calor, Rio de Janeiro, LTC, 2014.
Ciclo de potência a gás UFSC;
Termodinâmica, Gilberto Ieno e Luiz Negro;
Transferência de calor e massa: uma abordagem prática, 4th edition, Yunus A. Çengel, Afshin J. Ghajar,
2012.
Termodinâmica para Engenheiros, Kennerh A. Cross Merie C. Potter. Cegage Learning, 2015.
Termodinâmica Yunus A. Çengel, Michael A. Boles, 2013.

416
E fique por dentro de tudo o
que acontece no UGB/FERP

@ugbferp
OBRIGADO(A) !
Rogério Arving Serra

arving4@gmail.com

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