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INSTITUTO DE TECNOLOGIA

FACULDADE DE ENGENHARIA NAVAL

TERMODINÂMICA
BÁSICA

VAN WYLEN, G.J., SONNTAG, R.E., BORGNAKKE, C. FUNDAMENTOS DA


TERMODINÂMICA. Editora Edgard Blucher Ltda, São Paulo, 5a Edição, 1998 .

MORAN, M.J., SHAPIRO, H.N., FUNDAMENTALS OF ENGINEERING


THERMODYNAMICS. John Wiley & Sons Inc., 2a ed., 1993.

PROFESSOR DR. MOUNSIF SAID


TERMODINÂMICA BÁSICA - ENGENHARIA NAVAL

PROFESSOR SAID

1ª PARTE
INTRODUÇÃO

O SISTEMA TERMODINÂMICO E
O VOLUME DE CONTROLE
PRESSÃO – TEMPERATURA
ESTADO E PROPRIEDADES DE
PROPRIEDADES DE UMA SUBSTÂNCIA PURA
UMA SUBSTÂNCIA
TABELAS DE PROPRIEDADES
ESTADO EM EQUILÍBRIO
TERMODINÂMICAS
TERMODINÂMICO
EQUAÇÕES DE ESTADO
PROCESSOS E CICLOS
SISTEMAS MÉTRICOS
VOLUME ESPECÍFICO E DENSIDADE
TERMODINÂMICA BÁSICA – ENGENHARIA NAVAL

INTRODUÇÃO

“ A termodinâmica é a ciência que trata do calor, do


trabalho e daquelas propriedades das substâncias que
sustentam uma relação com trabalho e calor”

“Engenheiros usam os princípios da termodinâmica


para analisar e projetar equipamentos, sistemas e
processos”

“A termodinâmica é a ciência da energia e da entropia”


TERMODINÂMICA BÁSICA – ENGENHARIA NAVAL

INTRODUÇÃO

• O consumo de energia do mundo dobra a cada 50 anos.


• Reservas, geração e otimização da energia é uma questão estratégica
Desafios para a engenharia:

• Aperfeiçoamento do uso fontes convencionais de energia (petróleo,


energia nuclear, energia hidráulica, carvão, etc. );
• Uso mais intenso das fontes não convencionais de energia (solar, eólica,
geotérmica, marés, etc.);
• Aumento do rendimento das máquinas de conversão de energia.
TERMODINÂMICA BÁSICA – ENGENHARIA NAVAL

INTRODUÇÃO

Rendimento (η) é a relação do produto


desejado (energia útil) pelo consumo requerido
(energia gasta):

Rendimentos
típicos de algumas
máquinas térmicas
cíclicas que
convertem energia
química em
mecânica
TERMODINÂMICA BÁSICA – ENGENHARIA NAVAL

INTRODUÇÃO

Rendimento (η) é a relação do produto


desejado (energia útil) pelo consumo requerido
(energia gasta):

Rendimentos
aproximados de
aparelhos que
realizam
processos de
conversão de
energia:
TERMODINÂMICA BÁSICA – ENGENHARIA NAVAL

INTRODUÇÃO

Aplicações: siderurgias, refinarias, usinas sucroalcooleiras, etc.


TERMODINÂMICA BÁSICA – ENGENHARIA NAVAL

INTRODUÇÃO

Aplicações: geladeiras domesticas, plantas de refrigeração industrial, etc.


TERMODINÂMICA BÁSICA – ENGENHARIA NAVAL

INTRODUÇÃO

Aplicações: plantas de refrigeração industrial, etc.


TERMODINÂMICA BÁSICA – ENGENHARIA NAVAL

INTRODUÇÃO
TERMODINÂMICA BÁSICA – ENGENHARIA NAVAL

INTRODUÇÃO

• A Termodinâmica estuda os fenômenos relacionados com trabalho,


energia, calor e entropia, e as leis que governam os processos de
conversão de energia.

• Análise de diversos processos que ocorrem em equipamentos


industriais de grande importância, tais como centrais termoelétricas,
refrigeradores por compressão de vapor, motores a reação (motores a
jato e foguetes), e muitos outros.

• Projetar estes equipamentos e sistemas com o objetivo de construí-los


dentro do menor custo razoável e obter destes, em operação, a maior
eficiência energética possível.
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O SISTEMA TERMODINÂMICO E
O VOLUME DE CONTROLE

• Sistema termodinâmico: (sistema fechado) é uma quantidade de


matéria, com massa e identidade fixas.
• Externo ao sistema é denominado meio ou vizinhança.

• O sistema é separado da vizinhança pelas fronteiras do sistema e


essas fronteiras podem ser móveis ou fixas.

• Calor e trabalho podem cruzar a fronteira.

o gás contido no cilindro como sistema.

Se o conjunto é aquecido, a temperatura do gás aumentará e o êmbolo se


elevará ea fronteira do sistema move.
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O SISTEMA TERMODINÂMICO E O
VOLUME DE CONTROLE

• Sistema isolado: é aquele que não é influenciado, de forma alguma,


pela vizinhança (ou seja, calor e trabalho não cruzam a fronteira do
sistema).
• Volume de controle: (sistema aberto) é um volume que permite um
fluxo de massa através de uma fronteira, assim como o calor e o
trabalho.
TERMODINÂMICA BÁSICA – ENGENHARIA NAVAL

O SISTEMA TERMODINÂMICO E
O VOLUME DE CONTROLE
TERMODINÂMICA BÁSICA – ENGENHARIA NAVAL

O SISTEMA TERMODINÂMICO E O
VOLUME DE CONTROLE

Assim, um sistema é definido quando se trata de uma quantidade fixa


de massa e um volume de controle é especificado quando a análise
envolve fluxos de massa.

Sistema termodinâmico volume de controle


TERMODINÂMICA BÁSICA – ENGENHARIA NAVAL

ESTADO E PROPRIEDADES DE
UMA SUBSTÂNCIA

Fase: definida como uma quantidade de matéria totalmente homogênea


(fase líquida, sólida ou gasosa). Quando mais de uma fase coexistem,
estas se separam, entre si, por meio das fronteiras das fases.

Estado: Em cada fase a substância pode existir a várias pressões e


temperaturas.

O estado de uma fase pode ser identificado ou descrito por certas


propriedades macroscópicas observáveis como: temperatura, pressão e
massa específica.

Propriedades: Cada uma das propriedades (temperatura, pressão, massa)


de uma substância, num dado estado, apresenta somente um
determinado valor.
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ESTADO E PROPRIEDADES DE
UMA SUBSTÂNCIA

As propriedades tem sempre o mesmo valor para um dado estado,


independente da forma pela qual a substância chegou a ele, isto é,
independente do caminho (processo) pelo qual o sistema chegou à
condição (estado) considerada.

As propriedades termodinâmicas podem ser divididas em duas classes


gerais:

• Propriedade intensiva: é independente da massa.


exemplo: temperatura, pressão.

• Propriedade extensiva: seu valor varia diretamente com a massa.


exemplo: massa, volume.
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ESTADO EM EQUILÍBRIO
TERMODINÂMICO

Quando um sistema está em equilíbrio em relação a todas as possíveis


mudanças de estado. O termo estado estará sempre fazendo referência a
um estado de equilíbrio, ou seja, a uma igualdade de forças (equações
mecânicas), ou a um sistema não reagente (equilíbrio químico) ou , ainda,
a uma igualdade de temperatura (equilíbrio térmico).

Alguns exemplos de equilíbrio:

 Térmico/Mecânico: relacionado com temperatura e pressão;


 Equilíbrio de fases: relacionado com a tendência de não se ter
transferência de uma espécie química de uma fase para outra;
 Equilíbrio químico: indica tendência de não ocorrer reação química.
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PROCESSOS E CICLOS

Processo: é o resultado de uma sucessão contínua de estados de


equilíbrio de um sistema.
Um processo é iniciado num estado de equilíbrio e termina em outro.
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PROCESSOS E CICLOS

Se as propriedades descrevem o estado de um sistema apenas quando ele


está em equilíbrio, como podemos descrever os estados de um sistema
durante um processo?
Processo quase-equilíbrio: é um processo ideal, onde o desvio do
equilíbrio termodinâmico é infinitesimal.

Muitos dos processos reais podem


ser modelados, com boa precisão,
como processos de quase-equilíbrio.

Se os pesos sobre o pistão são


pequenos, e forem retirados um a
um, o processo pode ser
considerado como de quase-
equilíbrio.
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PROCESSOS E CICLOS

Exemplos de Processo com uma propriedade constante:

Ciclo termodinâmico: quando um sistema,


em um dado estado inicial, passa por um certo
número de mudanças de estado e finalmente
retorna ao estado inicial; ex.: água circulando
numa instalação termoelétrica
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VOLUME ESPECÍFICO
E DENSIDADE

A densidade, ρ ( kg/𝑚3 ), de uma substância é definida como a massa


de uma substância por unidade de volume.
É uma propriedade intensiva, sendo o inverso do volume específico, v.
1 𝑚3
𝑣=
𝜌 𝑘𝑔
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PRESSÃO

A pressão num ponto de um fluido em repouso é igual em todas as


direções sendo definida como a componente normal da força específica
por unidade de área:
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TEMPERATURA

A Lei zero da Termodinâmica: “Quando dois corpos estão em equilíbrio


térmico com um terceiro, os três estão em equilíbrio térmico entre si.”

• Esta lei não é deduzida de outras leis e constitui a base para a medição
da temperatura.

• Quando dois corpos estão em equilíbrio térmico, eles devem


compartilhar uma propriedade que indique ou se relacione com este
estado de equilíbrio. Esta propriedade é chamada de temperatura.

• Sempre que um corpo tiver igualdade de temperatura com o


termômetro, podemos dizer que o corpo apresenta a temperatura lida
no termômetro.
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ESCALAS DE TEMPERATURA

As escalas de temperatura usam como referência pontos fixos ou estados


térmicos fixos como nas escalas definidas por Farenheit e Celsius;
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ESCALAS DE TEMPERATURA

A escala de temperatura é arbitrária. Desta forma uma vez um número fixado para um
estado termométrico arbitrário (0º C ponto do gelo) e uma vez uma diferença de
temperatura e designada entre dois pontos fixos de referência:
(ex. 100 ºC para 𝑇𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 – 𝑇𝑔𝑒𝑙𝑜 )
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PROPRIEDADES DE UMA
SUBSTÂNCIA PURA

A substância pura tem uma composição química invariável e homogênea. Pode existir
em mais de uma fase, porém sua composição química é a mesma em todas as fases.
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PROPRIEDADES DE UMA
SUBSTÂNCIA PURA

Mudança de fase de uma


substância pura:

Fusão: mudança da fase sólida


para a líquida;
Solidificação: mudança da fase
líquida para a sólida;
Vaporização: mudança da fase
líquida para a gasosa;
Condensação: mudança da
fase gasosa para a fase líquida;
Sublimação: transformação
direta da fase sólida para a fase
gasosa sem que passe pela
líquida.
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PROPRIEDADES DE UMA
SUBSTÂNCIA PURA

Vapor é o nome que se dá a uma fase gasosa que


está em contato com a fase líquida ou está na
eminência de condensar-se. O vapor é um gás
imperfeito.

Gás é um vapor altamente superaquecido a baixas


pressões e seu estado de equilíbrio está longe do
estado de saturação.

Gás ideal, suas moléculas não sofrem os efeitos de


atração e repulsão molecular, por estarem muito longe
umas das outras; é regido pela equação de estado tipo
f(p,v,T) = 0.
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PROPRIEDADES DE UMA
SUBSTÂNCIA PURA
TERMODINÂMICA BÁSICA – ENGENHARIA NAVAL

PROPRIEDADES DE UMA
SUBSTÂNCIA PURA

• Ponto triplo: o estado


no qual as três fases
estão presentes e em
equilíbrio.
• Ponto crítico:
temperatura, pressão e
volume críticos;

se P > Pcrítica nunca


existirão duas fases ao
mesmo tempo.
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PROPRIEDADES DE UMA
SUBSTÂNCIA PURA

• Temperatura de saturação: a
temperatura na qual ocorre a
vaporização a uma dada pressão, e
esta pressão é chamada de pressão
de saturação para uma dada
temperatura.

• Para uma substância pura, há uma


relação definida entre a pressão de
saturação e a temperatura de
saturação:
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PROPRIEDADES DE UMA
SUBSTÂNCIA PURA

• À temperatura e pressão de saturação o líquido existente é


chamado de líquido saturado.

• Se a temperatura do líquido é menor do que a temperatura de


saturação, temos líquido sub-resfriado ou líquido comprimido (a
pressão é maior do que àquela de saturação para a dada
temperatura).

• Vapor na temperatura de saturação é chamado de vapor saturado.

• Vapor a uma temperatura maior do que a temperatura de saturação


é chamado de vapor superaquecido.
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PROPRIEDADES DE UMA
SUBSTÂNCIA PURA
TERMODINÂMICA BÁSICA – ENGENHARIA NAVAL

PROPRIEDADES DE UMA
SUBSTÂNCIA PURA
vapor superaquecido
líquido saturado

líquido comprimido

vapor saturado
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DIAGRAMAS TxV & PxV


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PROPRIEDADES DE UMA
SUBSTÂNCIA PURA
Diagrama Pressão-Volume para a água
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PROPRIEDADES DE UMA
SUBSTÂNCIA PURA

O estado crítico
caracterizado pelos
valores de pressão
(𝒑𝒄 ), volume (𝒗𝒄 ) e
temperatura (𝑻𝒄 ),
que são bem
conhecidos.

O ponto tríplice é
caracterizado pelos
valores de temperatura
(𝑻𝒕 ), volume (𝒗𝒕 ) e
pressão (𝒑𝒕 ).
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PROPRIEDADES DE UMA
SUBSTÂNCIA PURA

Na região
bifásica líquido-
vapor, temos
que:
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PROPRIEDADES DE UMA
SUBSTÂNCIA PURA

Propriedades Independentes de uma Substância Pura


Para uma substância pura simples compressível, normalmente
duas propriedades independentes definem o estado (p e v ou T e v
ou p e T).
Obs.: no estado de saturação, temperatura e pressão não são
independentes. Portanto, é necessário conhecer o título, x.

Considerando uma massa m com título x, o volume é dado por:


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TABELAS DE PROPRIEDADES
TERMODINÂMICAS

Em geral, as tabelas termodinâmicas apresentam as seguintes


propriedades:
T, temperatura ; p, pressão ; v, volume específico
u, energia interna específica ; h, entalpia específica
s, entropia específica

Quando a substância é a água, chamamos a tabela de Tabela de


vapor.
O objetivo do uso das tabelas é a determinação das 4 propriedades
restantes, considerando que qualquer estado termodinâmico pode
ser especificado por 2 propriedades termodinâmicas
independentes.
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TABELAS DE PROPRIEDADES
TERMODINÂMICAS

Energia interna (U):


É a energia possuída pela matéria devido ao movimento e/ou
forças intermoleculares.
Entalpia (H):
É uma combinação de propriedades termodinâmicas que
ocorre quando temos um processo a pressão constante,
resultando sempre uma combinação (U + PV = H).
Entropia (S):
É uma medida da desordem molecular da substância.
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TABELAS DE SATURAÇÃO

As propriedades intensivas de cada fase podem ser tabuladas em


função seja da pressão ou temperatura de saturação. Portanto, uma terceira
propriedade intensiva é necessária para definir o estado.
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TABELA DE LÍQUIDO
COMPRIMIDO
(OU SUB-RESFRIADO)
Duas propriedades intensivas são suficientes para definir o estado, por
exemplo, pressão e temperatura. Note que os dados de líquido comprimido são
mais dependentes da temperatura do que da pressão.
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TABELA DE VAPOR
SUPERAQUECIDO
Duas propriedades intensivas são necessárias para fixar os estados de equilíbrio.
Os dados começam com estado de saturação (vapor saturado) e continuam
mantendo a pressão constante e mudando a temperatura.
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TABELAS DE PROPRIEDADES
TERMODINÂMICAS

O melhor método de encontrar a tabela apropriada a consultar é:


procurar primeiro a tabela de saturação.
Seja dada uma pressão p = 1000 kPa e uma temperatura T:

1º caso: T<Ts: a substância


está na região de líquido
comprimido.
2º caso: T>Ts: a substância
está na região de vapor
superaquecido
3º caso: T=Ts: a substância está
no estado de saturação e
devemos obter o título
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EQUAÇÕES DE ESTADO
PARA A FASE VAPOR

onde 𝑹 é a constante
universal dos gases.
Dividindo os dois lados por M, o peso molecular do gás em estudo:
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EQUAÇÕES DE ESTADO
PARA A FASE VAPOR

A equação de estado é chamada de equação dos gases perfeitos.

Ela é aplicável para gases rarefeitos (baixa densidade).

Em qual faixa de densidade a equação dos gases perfeitos simula


o comportamento do gás real com uma boa precisão?

Como estimar o desvio do comportamento de uma gás real em


relação ao de um gás ideal?

Fator de compressibilidade: Para um gás


perfeito Z = 1
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EQUAÇÕES DE ESTADO
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FATOR DE
COMPRESSIBILIDADE

Para a construção de um diagrama de compressibilidade


genérico, aplicável a várias substâncias, definem-se:

𝑷𝑽 = 𝒁 𝑹𝑻 ; 𝒁 = 𝒁(𝒑𝒓 , 𝑻𝒓 )
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FATOR DE
COMPRESSIBILIDADE

A equação de estado do
gás ideal deve ser
utilizada quando:

1. A pressão p << pc
(qq. emperatura)

2. Temperaturas por
volta de 2 x 𝑻𝒄 e
pressões até 5 𝐱 𝒑𝒄
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OUTRAS
EQUAÇÕES DE ESTADO

Equação de Van der Waals (1873):


Representa uma melhoria semi-teórica da equação de
gases ideais, na forma molar:

Equação de Redlich - kwong (1949):


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OUTRAS
EQUAÇÕES DE ESTADO
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EXERCÍCIOS

Exemplo 1: Um tanque com capacidade de 0.5 𝑚3 contém 10 kg de um


gás perfeito que apresenta peso específico igual a 24.
A temperatura é de 25 ºC. Qual é a pressão do gás?
Exemplo 2: Calcular o volume específico da mistura vapor e líquido de
água a 145 ºC e que apresenta título igual a 60%.
Exemplo 3: Considere um cilindro com êmbolo. 1 kg de água está no
estado líquido saturado a 100 ºC.
(a) Qual é a pressão e o volume específico neste estado?
(b) Suponha que a pressão seja elevada a 10 MPa, mantendo a
temperatura constante por uma transferência de calor adequada.
Qual é o novo volume específico?
(c) Qual foi a variação do volume específico?
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EXERCÍCIOS

Exemplo 4: Determine o volume específico do fluido refrigerante R-134a


a pressão de 3 MPa e a temperatura de 100ºC utilizando:

(a) as tabelas de R-134a (Tab. B5),


(b) o modelo de gás perfeito e
(c) o diagrama generalizado.

Exemplo 5: Um recipiente com capacidade de 0,4 𝑚3 contém 2,0 kg de


uma mistura de água líquida e vapor em equilíbrio a uma pressão de 600
kPa. Calcule:
(a) o volume e a massa do líquido.
(b) o volume e a massa do vapor.
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EXERCÍCIOS

Exemplo 6: Um tanque cilíndrico vertical contém 4,0 kg de monóxido de


carbono gás a temperatura de -50ºC. O diâmetro interno do tanque é,
D=0,2 m e o comprimento L=1,0 m. Determinar a pressão, em bar,
exercida pelo gás usando:
(a) o modelo de gás ideal, (b) o modelo de Van der Waals e
(c) o modelo de Redlich-Kwong.

Exemplo 7: Considere 10 kg de vapor de água à temperatura de 400 ºC


no interior de um vaso de pressão cujo volume é de 1,512 m3.
Determinar a pressão exercida pelo vapor nestas condições:
(a) através da equação de gás ideal, (b) através da equação de
Van der Waals, (c) através da equação de Redlich-kwong,
(d) Compare os resultados com dados da tabela de propriedades
superaquecidas para o vapor de água.
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SISTEMAS MÉTRICOS

1 - Sistema Métrico de Engenharia


2 - Sistema Inglês de Engenharia
3 - Sistema Métrico Absoluto (MKS)
4 - Sistema Métrico Absoluto (CGS)
5 - Sistema Absoluto Inglês
6 - Sistema Gravitacional Métrico
7 - Sistema Gravitacional Inglês
8 - Sistema Internacional (SI)
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1 - SISTEMA MÉTRICO DE
ENGENHARIA
Unidades Básicas:
Comprimento: metro (m);
1.650.763,73 comprimentos de onda de luz emitida pelo kripton.

Massa: quilograma-massa (kgm);


é um corpo cilíndrico de platina com massa similar a 1 dm3 de
água a 4 ºC e a 760 torr (pressão atmosférica)

Tempo: segundo (s);


o tempo requerido para 9.192.631.770 ± 10 ciclos de ressonador
de césio é o equivalente a um segundo

Unidades deduzidas:
Força: quilograma-força (kgf);
força com que a massa de 1kgm é atraída pela Terra num local
onde a aceleração gravitacional é 9.81 m/𝒔𝟐
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2 - SISTEMA INGLÊS DE
ENGENHARIA

Unidades Básicas:

Comprimento: pé (ft);
Massa: libra-massa (lbm);

Tempo: segundo (s);


Unidades deduzidas:

Força: libra-força (lbf);

força com que a massa de 1 lbm é atraída pela


terra num local onde a aceleração
gravitacional é 32,3 ft/𝒔𝟐
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3 - SISTEMA MÉTRICO
ABSOLUTO (MKS)

Unidades Básicas:

Comprimento: metro (m);


Massa: quilograma-massa (kgm);

Tempo: segundo (s);


Unidades deduzidas:

Força: Newton (N);

Força aplicada a um corpo de massa de 1 kg


para que o mesmo tenha uma aceleração de 1
m/𝒔𝟐
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4 - SISTEMA MÉTRICO
ABSOLUTO (CGS)

Unidades Básicas:

Comprimento: metro (m);


Massa: quilograma-massa (kgm);

Tempo: segundo (s);


Unidades deduzidas:

Força: Dina (Dina);

Força aplicada a um corpo de massa de uma


grama para produzir uma aceleração de 1 cm/𝒔𝟐
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5 - SISTEMA ABSOLUTO
INGLÊS

Unidades Básicas:

Comprimento: pé (ft);
Massa: libra-massa (lbm);

Tempo: segundo (s);


Unidades deduzidas:

Força: Poundal (pdl);

Força com que a massa de 1 libra-massa é


atraída pela terra num local onde a aceleração
gravitacional seja de 1 ft/𝒔𝟐
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6 - SISTEMA GRAVITACIONAL
MÉTRICO

Unidades Básicas:

Comprimento: metro (m);


Força: quilograma-força (kgf);

Tempo: segundo (s);


Unidades deduzidas:

Massa: Unidade Técnica de Massa


(UTM);

massa que, quando se aplica a 1 kgf, produz


uma aceleração de 1 m/𝒔𝟐
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7 - SISTEMA GRAVITACIONAL
INGLÊS

Unidades Básicas:

Comprimento: pé (ft);
Força: libra-força (lbf);

Tempo: segundo (s);


Unidades deduzidas:

Massa: Slug (Slug);

massa que, quando se aplica a 1 lbf, produz


uma aceleração de 1 ft/𝒔𝟐
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8 - SISTEMA INTERNACIONAL
(SI)
Unidades Básicas:
Comprimento: metro (m);
Massa: quilograma (kg);
Tempo: segundo (s);
Temperatura: Kelvin (K);
Intensidade de Corrente: Ampère (A)

Unidades deduzidas:

Força: Newton (N);


Energia: Joule (J);
Potência: Watt (W);

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