Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
TERMODINÂMICA
TÉCNICA
PROF: JOAQUIM QUINTAS BANDEIRA
1
FUNDAMENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Termodinâmica Técnica é vital como um engenheiro químico que se relaciona com os trabalhos da energética na
indústria. O principal objetivo da disciplina é destinado a realização de análise termodinâmica de geradores de vapor,
ciclos de energia, ciclos de refrigeração, compressores e turbinas, para quantificar os impactos ambientais e determinar
o grau de utilização dos recursos energéticos. Para fazê-lo requer a avaliação das propriedades termodinâmicas dos
fluidos puros ou misturas que agem como a substância de trabalho para os quais são usados tabelas, esquemas e
programas de avaliação de propriedade profissional.
OBJECTIVOS
1. Usar com segurança ao nível da produção, ferramentas para estimar propriedades termodinâmicas dos fluidos puros
e misturas para solucionar problemas de aplicações técnicas da termodinâmica.
2. Dominar as características essenciais dos fenômenos gerais que ocorrem nos geradores de vapor, as turbinas e os
compressores.
3. Realizar uma análise termodinâmica ao nível produtivo, seguindo as duas primeiras leis da termodinâmica nos ciclos
de energia e refrigeração e equipamentos que os compõem, quantificar os efeitos energéticos a eficiência e dos
processos.
2
CONHECIMENTOS BÁSICOS
• Fundamentos da análise termodinâmica. Exergia e suas aplicações. Estimativa das propriedades termodinâmicas
de fluidos reais puros e misturas, usando diagramas e programas termodinâmicos ou profissionais, através de
tabelas.
• Ciclos de potência. Características gerais dos principais equipamentos: geradores de vapor, turbinas a vapor e gás,
bicos. Balanço de massa, energia e exergia em cada uma dos equipamentos que compõem o ciclo. Ciclos ideais e
reais. Maneiras para aumentar a eficiência. Ciclos combinados. Cogeração. Efeitos sobre o meio ambiente.
• Ciclos de resfriamento. As características gerais dos principais equipamentos que compõem: compressores e
válvulas de estrangulamento. Ciclos ideais e reais. Maneiras para aumentar a eficiência. Trigeração. Efeitos sobre
o meio ambiente. Balanço de massa, energia e exergia em cada uma das equipes que compõem o ciclo. Cálculos
de resfriamento.
3
TEMAS HORAS
Tema 1: Avaliação e propriedades 8
Tema 2: Ciclos de potência 28
Tema 3: Ciclos de refrigeração 24
Total 60
TEXTOS BÁSICOS
Autor Título Editorial País Año Idioma
Mondeja D – Ruíz Termodinámica para Español
H – Pons A. Ingenieros Químicos Editora ISPJAE Cuba 1987
Princípios de Português
Moran, Michael J.
Termodinâmica para
- Shapiro, Howard LTC - 5ª Brasil 2009
Engenharia ISBN:
N.
9788521616894
TEXTOS COMPLEMENTARIO
Green D and Perry Perry s Chemical 2008 (8va Inglés
McGraw Hill EEUU
R Engineering Handbook edición)
Introduction to the Inglés
Chemical
Smith – Van Ness McGraw Hill EEUU 1997
Engineering
Thermodynamics 4
AVALIAÇÃO:
EXAME FINAL_60%
AVALIAÇÃO TEÓRICA_30% ( PROVAS PARCELARES)
5
INTRODUÇÃO
7
RESUMO-TERMODINÂMICA
SISTEMA refere-se à região macroscópica do universo definida e
selecionada para análise. Pode ser de qualquer tamanho, podendo até ser
considerado todo o universo como um sistema.
VIZINHANÇA
FRONTEIRA
SISTEMA
8
RESUMO-TERMODINÂMICA
• Funções de estado: Está relacionado com variáveis onde o processo
depende apenas das condições iniciais e finais, e independe da história
do sistema.
• Relações matemáticas: Existem quatro relações que podem ser
determinadas a partir de funções de estado. Estas relações são
denominadas por relações de Maxwell.
• Condições de equilíbrio: Um sistema está em equilíbrio quando todas as
suas propriedades são independentes do tempo e são função apenas de
suas variáveis de estado. Deve-se tomar cuidado com esta definição já
que em algumas situações a variação de uma propriedade com o tempo é
muito lenta, podendo ser confundido com uma condição de equilíbrio.
9
RESUMO-TERMODINÂMICA
• Sistema Aberto : É aquele em que existe troca de energia e troca de massa entre
sistema e vizinhança
• Sistema Fechado: É aquele em que existe troca de energia mas não existe troca de
massa.
10
PROPRIEDADE, ESTADO E PROCESSO
• Para descrever um sistema e prever seu comportamento é necessário
o conhecimento de suas propriedades e de como estas propriedades
estão relacionadas.
• Uma Propriedade é uma característica macroscópica de um sistema
tal como, massa, volume, energia pressão e temperatura, para as
quais um valor numérico pode ser atribuído em um dado tempo sem o
conhecimento prévio do comportamento do sistema.
• Estado refere-se á condição de um sistema como descrito por suas
propriedades
• Processo é uma transformação de um estado para outro devido a
mudança de uma ou mais propriedades.
11
Processo - O caminho definido pela sucessão de
estados através dos quais o sistema passa é
chamado processo.
Exemplos de processos:
- Processo Isobárico (pressão constante)
- Processo Isotérmico (temperatura constante)
- Processo Isocórico (isométrico) (volume constante)
- Processo Isoentálpico (entalpia constante)
- Processo Isoentrópico (entropia constante)
- Processo Adiabático (sem transferência de calor)
12
Ciclo Termodinâmico
Quando um sistema (substância), em um dado estado inicial, passa por certo número
de mudança de estados ou processos e finalmente retorna ao estado inicial, o sistema
executa um ciclo termodinâmico. Deve ser feita uma distinção entre ciclo
termodinâmico, descrito acima, e um ciclo mecânico. Um motor de combustão interna
de quatro tempos executa um ciclo mecânico a cada duas rotações. Entretanto o fluido
de trabalho não percorreu um ciclo termodinâmico dentro do motor, uma vez que o ar e
o combustível são queimados e transformados nos produtos de combustão, que são
descarregados para a atmosfera.
13
Escalas de Temperatura
Quatro escalas de temperatura são hoje usadas para se referir à
temperatura, duas escalas absolutas e duas escalas relativas; são
elas respectivamente: Escala KELVIN (K) e RANKINE (°R) e escala
Celsius (°C) e Fahrenheit (°F).
14
EXEMPLO
15
UNIDADES DE PRESSÃO
16
Lei Zero da Termodinâmica
17
DEFINIÇÕES – FUNÇÃO DE ESTADO
A
B
18
PROPRIEDADE INTENSIVA X EXTENSIVA
Objetivos
• Apresentar relações de propriedades relevantes à Termodinâmica
voltada para a engenharia;
• Utilizar as propriedades e relações apresentadas no balanço de energia
para sistemas fechados.
20
DEFININDO ESTADO
• Estado é a condição de um sistema descrito pelas suas propriedades.
22
Fase e Substância Pura
FASE
• Quantidade de matéria que é homogénea tanto em composição química quanto em estrutura física.
• Homogeneidade na estrutura física significa que a matéria é totalmente sólida, totalmente líquida ou
totalmente gasosa.
• SUBSTÂNCIA PURA
Comentários: interpretar.
25
RELAÇÃO 𝑝 − 𝑣 − 𝑇
26
REGIÃO 𝑝 − 𝑣 − 𝑇
Com expansão na Com contração na
solidificação solidificação
27
28
PROJECÇÕES – DIAGRAMA DE FASES
Com expansão na
Com contração na
solidificação
solidificação
Nestes diagramas as
linhas representam as
regiões bifásicas. E cada
ponto nestas linhas
permitem observar a
Temperatura e Pressão
de Saturação.
29
30
31
32
Fluido supercrítico: Substância que se encontra acima da sua temperatura crítica T C e da sua pressão crítica P C
A pressão é tão elevada que o fluido apresenta uma densidade como a do líquido e uma viscosidade como a do gás.
Tabela A-1
33
DIAGRAMA 𝑝 − 𝑣
Percebe-se que:
Para T<Tc : mudança
de fase com p
constante;
quando v aumenta;
Para T=Tc : Ponto de
inflexão; 34
Conceitos
• Temperatura de saturação - O termo designa a temperatura na qual se dá a vaporização de uma substância pura
a uma dada pressão. Essa pressão é chamada “pressão de saturação” para a temperatura dada. Líquido Saturado
- Se uma substância se encontra como líquido à temperatura e pressão de saturação diz-se que ela está no estado
de líquido saturado.
• Líquido Subresfriado - Se a temperatura do líquido é menor que a temperatura de saturação para a pressão
existente, o líquido é chamado de líquido subresfriado (significa que a temperatura é mais baixa que a temperatura
de saturação para a pressão dada), ou líquido comprimido (significando ser a pressão maior que a pressão de
saturação para a temperatura dada).
• Vapor Saturado - Se uma substância se encontra completamente como vapor na temperatura de saturação, é
chamada “vapor saturado”, e neste caso o título é igual a 1 ou 100% pois a massa total é igual à massa de vapor,
(frequentemente usa-se o termo “vapor saturado seco”)
• Vapor Superaquecido - Quando o vapor está a uma temperatura maior que a temperatura de saturação é
chamado “vapor superaquecido”. A pressão e a temperatura do vapor superaquecido são propriedades
independentes, e neste caso, a temperatura pode ser aumentada para uma pressão constante. Em verdade, as
substâncias que chamamos de gases são vapores altamente superaquecidos.
35
DIAGRAMA T- 𝑣 e DIAGRAMA 𝑝 − 𝑣
A linha de líquido saturado é levemente inclinada em relação à vertical pelo efeito da dilatação
volumétrica (quanto maior a temperatura maior o volume ocupado pelo líquido), enquanto a linha de
vapor saturado é fortemente inclinada em sentido contrário devido à compressibilidade do vapor. A Fig.
b mostra o diagrama P -V no qual é fácil visualizar as linhas de temperatura constante e o ponto de
inflexão da isoterma crítica
36
Diagrama T-v
37
Estados de Líquidos
• Tendo 1Kg de água a uma temperatura de 20ºC e p= 1,014 bar;
38
Mistura Bifásica Líquido Vapor
40
41
Fusão e Sublimação
Fusão
Vaporização
Sublimação
42
Obtendo Propriedades Termodinâmicas
• Estes dados podem ser obtidos de várias formas, incluindo tabelas, gráficos,
equações e programas de computador;
• Nossa discussão ficará focada nas propriedades da água dadas pelas tabelas A-2
a A-6, também denominadas tabelas de vapor;
• As denominações das tabelas seguem o apêndice do livro “Princípios de
Termodinâmica para Engenharia”, 6ª Edição.
43
Pressão, Volume específico e
Temperatura
44
Por Exemplo – Vapor Superaquecido
• Para água em forma de vapor superaquecido a 4 MPa e 600ºC, tem-se da
tabela A-4:
Tsat=250,40ºC
v=0,09885 m³/Kg
45
Por Exemplo – Líquido Comprimido
• Para água em forma de líquido comprimido a 5 MPa e 80ºC, tem-se da tabela
A-5:
Tsat=263,99ºC
v=0,0010268 m³/Kg
46
Por Exemplo – Interpolação Linear
• Para água em forma de vapor superaquecido a 4 MPa e 1150ºC, tem-se da
tabela A-4:
Como na tabela não há esta
temperatura temos que
interpolar os dados, este
método é bastante válido e
permite boa precisão;
v 0,16402m³ / Kg
47
48
Tabelas de Saturação
49
Tabela de Temperatura
50
Tabela de Pressão
51
Por Exemplo
• Psat=3,060 MPa
• vf=0,001219 m³/Kg
• vg=0,06537 m³/Kg
52
Utilizando o Título
V Vliq Vvap
V Vliq Vvap
v
m m m
• O volume específico Vliq mliq v f Vvap mvap vg
de uma mistura
bifásica líquido- mliq mvap
vapor pode ser v vf vg
determinada pela m m
utilização das tabelas mvap mliq
de saturação e pela (1- )
definição de título; m m
v (1 )v f vg v f (vg v f )
53
Por Exemplo – Usando Título
v v f (v g v f )
v 0,001452 0,9(0,018026 0,001452)
v 0,0163686m³ / Kg
54
Por Exemplo – Diagrama T-v
55
EXEMPLO-LOCALIZAÇÃO DOS ESTADOS TERMODINÂMICOS
56
57
58
59
AVALIANDO A ENERGIA INTERNA ESPECÍFICA E A
Entalpia
60
• As tabelas A-2, A-3, A-4 e A-5, apresentadas anteriormente, também contém os
valores de Energia Interna e Entalpia;
u u f (u g u f )
h h f (hg h f )
61
Observando nas Tabelas A-4 e A-5
62
Observando nas Tabelas de Saturação
63
Por exemplo - Usando Tabelas Diferentes
É determinada a energia interna específica de uma amostra do Refrigerante 22 à 12ºC, cujo
valor é 144,58 KJ/Kg. Então vamos calcular a entalpia específica neste estado.
Usado os dados da Tabela A-7:
65
66
Tabela A-6 (Sólido-Vapor)
• Para a água, a tabela A-6 fornece propriedades de equilíbrio de sólidos
saturados e de vapor saturado;
• São dados para estados de pressões e temperaturas abaixo do ponto triplo;
• As propriedades para sólido e vapor são subscritos com i e g,
respectivamente.
67
Estados e Valores de Referência
• Assim como os valores de energia potencial, nossos cálculos de u e h precisam
de um estado de referência;
• Logo o importante não é o valor de uma propriedade em um dado estado, mas
sim o valor da diferença para dois estados;
• O estado de referência da água é o do líquido saturado a 0,01ºC. Neste estado
a energia interna é zero e as propriedades são calculadas a partir deste estado;
• Para a amônia, o propano e os refrigerantes é o líquido saturado a -40ºC.
68
Calores Específicos cv e cp
• As propriedades intensivas cp e cv são definidas para substâncias simples
compressíveis puras em termos das seguintes derivadas;
u h
cv cp
T v T p
69
cp do vapor d’água em função de P e T
70
Aproximação de líquido por líquido saturado
Percebe-se que v e u variam muito pouco com a pressão para uma temperatura fixa;
Por isso podemos fazer as seguintes aproximações, que em engenharia são razoáveis;
v (T , p ) v f (T ) h(T , p) u f (T ) pv f (T )
u (T , p ) u f (T ) h(T , p) u f (T ) v f (T )[ p psat (T )]
h(T , p) h f (T )
71
Modelo de Substância Incompressível
73
Constante Universal dos Gases
pv
lim R
p 0 T
8,314 KJ Kmol.K
R 1,986 Btu lbmol.º R
1545 ft.lbf lbmol.º R
74
Fator de Compressibilidade
pv v
Z v
RT M
pv R
Z R
RT M
lim Z 1
p 0
75
Dados Generalizados de Compressibilidade
76
Avaliando Δu e Δh de Gases Ideais
• Apesar de existirem equações que relacionam essas propriedades com o
calor específico e a temperatura, é mais simples utilizar tabelas que trazem
u e h em função somente da temperatura e já levando em conta a variação
de calor específico;
• A Tabela A-22 traz os valores de u e h para o ar como gás ideal;
• A Tabela A-23 traz os valores de u e h para outros gases com a hipóteses
de gás ideal;
77
Tabela A-22 (Ar como Gás Ideal)
78
Calor Específico Constante
• Em certos casos, como de gases ideais com pequena variação de cp e cv e
pequena variação de temperatura, pode-se considerar os calores específicos
como constantes, logo:
cv
T1
cv (T )dT
, cp
T1
c p (T )dT
T2 T1 T2 T1 h(T2 ) h(T1 ) c p (T2 T1 )
79
Processo Politrópico de Gás Ideal
80
Fatores de Conversão entre unidades SI e do Sistema Inglês
81