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Instituto Superior Politécnico Katangoji (ISPK)

TERMODINÂMICA
TÉCNICA
PROF: JOAQUIM QUINTAS BANDEIRA

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FUNDAMENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Termodinâmica Técnica é vital como um engenheiro químico que se relaciona com os trabalhos da energética na
indústria. O principal objetivo da disciplina é destinado a realização de análise termodinâmica de geradores de vapor,
ciclos de energia, ciclos de refrigeração, compressores e turbinas, para quantificar os impactos ambientais e determinar
o grau de utilização dos recursos energéticos. Para fazê-lo requer a avaliação das propriedades termodinâmicas dos
fluidos puros ou misturas que agem como a substância de trabalho para os quais são usados tabelas, esquemas e
programas de avaliação de propriedade profissional.

OBJECTIVOS

1. Usar com segurança ao nível da produção, ferramentas para estimar propriedades termodinâmicas dos fluidos puros
e misturas para solucionar problemas de aplicações técnicas da termodinâmica.
2. Dominar as características essenciais dos fenômenos gerais que ocorrem nos geradores de vapor, as turbinas e os
compressores.
3. Realizar uma análise termodinâmica ao nível produtivo, seguindo as duas primeiras leis da termodinâmica nos ciclos
de energia e refrigeração e equipamentos que os compõem, quantificar os efeitos energéticos a eficiência e dos
processos.

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CONHECIMENTOS BÁSICOS

• Fundamentos da análise termodinâmica. Exergia e suas aplicações. Estimativa das propriedades termodinâmicas
de fluidos reais puros e misturas, usando diagramas e programas termodinâmicos ou profissionais, através de
tabelas.

• Ciclos de potência. Características gerais dos principais equipamentos: geradores de vapor, turbinas a vapor e gás,
bicos. Balanço de massa, energia e exergia em cada uma dos equipamentos que compõem o ciclo. Ciclos ideais e
reais. Maneiras para aumentar a eficiência. Ciclos combinados. Cogeração. Efeitos sobre o meio ambiente.

• Ciclos de resfriamento. As características gerais dos principais equipamentos que compõem: compressores e
válvulas de estrangulamento. Ciclos ideais e reais. Maneiras para aumentar a eficiência. Trigeração. Efeitos sobre
o meio ambiente. Balanço de massa, energia e exergia em cada uma das equipes que compõem o ciclo. Cálculos
de resfriamento.

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TEMAS HORAS
Tema 1: Avaliação e propriedades 8
Tema 2: Ciclos de potência 28
Tema 3: Ciclos de refrigeração 24
Total 60

TEXTOS BÁSICOS
Autor Título Editorial País Año Idioma
Mondeja D – Ruíz Termodinámica para Español
H – Pons A. Ingenieros Químicos Editora ISPJAE Cuba 1987

Princípios de Português
Moran, Michael J.
Termodinâmica para
- Shapiro, Howard LTC - 5ª Brasil 2009
Engenharia ISBN:
N.
9788521616894
TEXTOS COMPLEMENTARIO
Green D and Perry Perry s Chemical 2008 (8va Inglés
McGraw Hill EEUU
R Engineering Handbook edición)
Introduction to the Inglés
Chemical
Smith – Van Ness McGraw Hill EEUU 1997
Engineering
Thermodynamics 4
AVALIAÇÃO:

EXAME FINAL_60%
AVALIAÇÃO TEÓRICA_30% ( PROVAS PARCELARES)

TRABALHOS PRÁTICOS 10% ( AVALIAÇÃO CONTINUA)

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INTRODUÇÃO

• A utilização mais eficaz de combustíveis fósseis e as tecnologias que viabilizam a energia


renovável são alguns dos desafios a serem enfrentados pelos profissionais do século XXI.
A termodinâmica aparece como disciplina com contribuição decisiva para solucionar essas
questões, mas também vem se mostrando fundamental em questões tão diversas quanto a
mitigação do aquecimento global e da poluição, assim como nas áreas de bioengenharia e
de nanotecnologia. As aplicações da termodinâmica na engenharia ajudaram a desenvolver
os sistemas de transportes, geração de energia e sistema de condicionamento de ar, Etc…
Os engenheiros utilizam princípios da termodinâmica e de outras ciências, tais como
mecânica dos fluidos, transferência de calor e de massa, para analisar e projectar sistemas
com objetivos de atender as necessidades homanas.
• A Termodinâmica está associada ao estudo de formas de energia e como
esta pode ser convertida em outras formas de energia e trabalho.
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RESUMO-TERMODINÂMICA
• As leis da termodinâmica: Fornecem as regras básicas que governam as relações
entre variáveis de um sistema. De uma forma geral, são as restrições que a natureza
impõe ao processo de transformação de energia.

• Definições termodinâmicas: São definidos parâmetros como capacidade calorífica,


compressibilidade, coeficiente de expansão térmica, entalpia, energia livre de Helmoltz
e energia livre de Gibbs.

• Variáveis termodinâmicas: O estado de um sistema é definido em função dos valores


de algumas propriedades, ou variáveis do sistema. As diferentes variáveis que podem
ser usadas para descrever este estado incluem energia, entropia, composição
química, temperatura, pressão e volume.

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RESUMO-TERMODINÂMICA
SISTEMA refere-se à região macroscópica do universo definida e
selecionada para análise. Pode ser de qualquer tamanho, podendo até ser
considerado todo o universo como um sistema.

VIZINHANÇA
FRONTEIRA

SISTEMA

O sistema é tudo aquilo


que desejamos estudar.

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RESUMO-TERMODINÂMICA
• Funções de estado: Está relacionado com variáveis onde o processo
depende apenas das condições iniciais e finais, e independe da história
do sistema.
• Relações matemáticas: Existem quatro relações que podem ser
determinadas a partir de funções de estado. Estas relações são
denominadas por relações de Maxwell.
• Condições de equilíbrio: Um sistema está em equilíbrio quando todas as
suas propriedades são independentes do tempo e são função apenas de
suas variáveis de estado. Deve-se tomar cuidado com esta definição já
que em algumas situações a variação de uma propriedade com o tempo é
muito lenta, podendo ser confundido com uma condição de equilíbrio.

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RESUMO-TERMODINÂMICA

• Sistema Aberto : É aquele em que existe troca de energia e troca de massa entre
sistema e vizinhança

• Sistema Fechado: É aquele em que existe troca de energia mas não existe troca de
massa.

• Sistema Isolado: Sistemas onde não ocorre troca de material e energia.

• SISTEMA FECHADO = SISTEMA = MASSA DE CONTROLO


• VOLUME DE CONTROLO = SISTEMA ABERTO
• FRONTEIRA = SUPERFÍCIE DE CONTROLO

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PROPRIEDADE, ESTADO E PROCESSO
• Para descrever um sistema e prever seu comportamento é necessário
o conhecimento de suas propriedades e de como estas propriedades
estão relacionadas.
• Uma Propriedade é uma característica macroscópica de um sistema
tal como, massa, volume, energia pressão e temperatura, para as
quais um valor numérico pode ser atribuído em um dado tempo sem o
conhecimento prévio do comportamento do sistema.
• Estado refere-se á condição de um sistema como descrito por suas
propriedades
• Processo é uma transformação de um estado para outro devido a
mudança de uma ou mais propriedades.
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Processo - O caminho definido pela sucessão de
estados através dos quais o sistema passa é
chamado processo.
Exemplos de processos:
- Processo Isobárico (pressão constante)
- Processo Isotérmico (temperatura constante)
- Processo Isocórico (isométrico) (volume constante)
- Processo Isoentálpico (entalpia constante)
- Processo Isoentrópico (entropia constante)
- Processo Adiabático (sem transferência de calor)
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Ciclo Termodinâmico
Quando um sistema (substância), em um dado estado inicial, passa por certo número
de mudança de estados ou processos e finalmente retorna ao estado inicial, o sistema
executa um ciclo termodinâmico. Deve ser feita uma distinção entre ciclo
termodinâmico, descrito acima, e um ciclo mecânico. Um motor de combustão interna
de quatro tempos executa um ciclo mecânico a cada duas rotações. Entretanto o fluido
de trabalho não percorreu um ciclo termodinâmico dentro do motor, uma vez que o ar e
o combustível são queimados e transformados nos produtos de combustão, que são
descarregados para a atmosfera.

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Escalas de Temperatura
Quatro escalas de temperatura são hoje usadas para se referir à
temperatura, duas escalas absolutas e duas escalas relativas; são
elas respectivamente: Escala KELVIN (K) e RANKINE (°R) e escala
Celsius (°C) e Fahrenheit (°F).

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EXEMPLO

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UNIDADES DE PRESSÃO

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Lei Zero da Termodinâmica

Quando dois corpos tem a mesma temperatura dizemos que estão em


equilíbrio térmico entre si. Podemos definir a lei zero da termodinâmica
como:
" Se dois corpos estão em equilíbrio térmico com um terceiro eles estão
em equilíbrio térmico entre si ".
A lei zero da termodinâmica define os medidores de temperatura, os
TERMÔMETROS.

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DEFINIÇÕES – FUNÇÃO DE ESTADO

• Funções de estado: São variáveis ou propriedades de um sistema que são


independentes da história do sistema, dependendo apenas do estado inicial
e final do sistema. As funções de estado não dependem do processo pelo
qual o sistema foi levado a este estado.
(outra definição)
• Funções de estado: Características MACROSCÓPICAS de um sistema,
como MASSA, VOLUME, ENERGIA, PRESSÃO E TEMPERATURA, que não
dependem da história do sistema.
• Uma determinada quantidade (massa, volume, temperatura, etc.), é uma
PROPRIEDADE, se, e somente se, a mudança de seu valor entre dois
estados é independente do processo.

A
B
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PROPRIEDADE INTENSIVA X EXTENSIVA

• Propriedades intensivas: são aquelas que não dependem do tamanho do sistema e


podem ser especificadas para qualquer ponto do sistema.
• Não são aditivas
Seus valores não dependem do tamanho e extensão do sistema.
Podem variar de um lugar para outro dentro do sistema em qualquer momento.
Exemplo: temperatura, pressão e volume específicos.
• Propriedades extensivas: são aquelas que não podem ser especificadas para um
ponto particular e dependem do tamanho do sistema.
• Seu valor para o sistema inteiro é a soma dos valores das partes em que o sistema for
subdividido.
Dependem do tamanho e extensão do sistema.
• Seus valores podem variar com o tempo.
• Exemplo: massa, energia, volume.
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CAPÍTULO I- AVALIANDO PROPRIEDADES
Para aplicar o balanço de energia a um sistema é necessário o
conhecimento das propriedades do mesmo e de como essas propriedades
estão relacionadas.

Objetivos
• Apresentar relações de propriedades relevantes à Termodinâmica
voltada para a engenharia;
• Utilizar as propriedades e relações apresentadas no balanço de energia
para sistemas fechados.

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DEFININDO ESTADO
• Estado é a condição de um sistema descrito pelas suas propriedades.

• Os valores de todas as outras propriedades podem ser determinados a


partir das propriedades independentes;

• O Princípio dos Estados Equivalentes diz que são necessárias duas


propriedades independentens para descrever o estado de Sistemas
Compressíveis Simples, como água e misturas não-reativas.
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Princípio dos Estados Equivalentes
• Conhecendo duas propriedades intensivas independentes entre si, toda outra
propriedade intensiva pode ser encontrada a partir das duas primárias; ou seja
existe uma relação funcional entre qualquer propriedade intensiva e duas
propriedades intensivas primárias.
- Se, se conhece p e T, então: 𝑢 = 𝑢 𝑝, 𝑇 ; 𝑣 = 𝑣 𝑝, 𝑇 ; ℎ = ℎ(𝑝, 𝑇)

SISTEMAS COMPRESSÍVEIS SIMPLES


• somente uma forma pela qual a energia do sistema pode ser
significativamente alterada por trabalho;
• Como o nome sugere a forma de alterar a energia de sistemas compressíveis
simples é por processos de mudança de volume.

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Fase e Substância Pura
FASE
• Quantidade de matéria que é homogénea tanto em composição química quanto em estrutura física.

• Homogeneidade na estrutura física significa que a matéria é totalmente sólida, totalmente líquida ou
totalmente gasosa.

• SUBSTÂNCIA PURA

• É invariável em composição química e é uniforme.


Pode existir em mais de uma fase desde que seja garantida a condição acima.
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24
Método para resolver um problema
1 - Definição do sistema;
2 - Identificação das interações relevantes com a vizinhança.
3 - Estabelecer:
O que é conhecido: resumir o problema em poucas palavras;
O que é procurado: resumir o que é procurado;
4 - Esquema e dados:
Definir o sistema; identificar a fronteira;
Anotar dados e informações relevantes;
Hipóteses;
Análise: feita sobre as equações
(conservação da massa, conservação da energia, segunda lei da termodinâmica);

Comentários: interpretar.

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RELAÇÃO 𝑝 − 𝑣 − 𝑇

• A partir de conhecimento experimental, sabe-se que a


temperatura e o volume específico podem ser considerados
independentes e a pressão como função destes dois:
p= p(T,v);

• Essa função gera uma superfície chamada superfície p-v-T.

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REGIÃO 𝑝 − 𝑣 − 𝑇
Com expansão na Com contração na
solidificação solidificação

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PROJECÇÕES – DIAGRAMA DE FASES

Com expansão na
Com contração na
solidificação
solidificação
Nestes diagramas as
linhas representam as
regiões bifásicas. E cada
ponto nestas linhas
permitem observar a
Temperatura e Pressão
de Saturação.

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Fluido supercrítico: Substância que se encontra acima da sua temperatura crítica T C e da sua pressão crítica P C
A pressão é tão elevada que o fluido apresenta uma densidade como a do líquido e uma viscosidade como a do gás.

Tabela A-1

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DIAGRAMA 𝑝 − 𝑣

Percebe-se que:
Para T<Tc : mudança
de fase com p
constante;

Para T>Tc : p diminui

quando v aumenta;
Para T=Tc : Ponto de
inflexão; 34
Conceitos
• Temperatura de saturação - O termo designa a temperatura na qual se dá a vaporização de uma substância pura
a uma dada pressão. Essa pressão é chamada “pressão de saturação” para a temperatura dada. Líquido Saturado
- Se uma substância se encontra como líquido à temperatura e pressão de saturação diz-se que ela está no estado
de líquido saturado.
• Líquido Subresfriado - Se a temperatura do líquido é menor que a temperatura de saturação para a pressão
existente, o líquido é chamado de líquido subresfriado (significa que a temperatura é mais baixa que a temperatura
de saturação para a pressão dada), ou líquido comprimido (significando ser a pressão maior que a pressão de
saturação para a temperatura dada).
• Vapor Saturado - Se uma substância se encontra completamente como vapor na temperatura de saturação, é
chamada “vapor saturado”, e neste caso o título é igual a 1 ou 100% pois a massa total é igual à massa de vapor,
(frequentemente usa-se o termo “vapor saturado seco”)

• Vapor Superaquecido - Quando o vapor está a uma temperatura maior que a temperatura de saturação é
chamado “vapor superaquecido”. A pressão e a temperatura do vapor superaquecido são propriedades
independentes, e neste caso, a temperatura pode ser aumentada para uma pressão constante. Em verdade, as
substâncias que chamamos de gases são vapores altamente superaquecidos.

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DIAGRAMA T- 𝑣 e DIAGRAMA 𝑝 − 𝑣
A linha de líquido saturado é levemente inclinada em relação à vertical pelo efeito da dilatação
volumétrica (quanto maior a temperatura maior o volume ocupado pelo líquido), enquanto a linha de
vapor saturado é fortemente inclinada em sentido contrário devido à compressibilidade do vapor. A Fig.
b mostra o diagrama P -V no qual é fácil visualizar as linhas de temperatura constante e o ponto de
inflexão da isoterma crítica

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Diagrama T-v

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Estados de Líquidos
• Tendo 1Kg de água a uma temperatura de 20ºC e p= 1,014 bar;

São estados denominados


líquido sub-resfriado,
pois está abaixo da
temperatura de saturação;
Ou líquido comprimido,
pois está com pressão
maior que de saturação.

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Mistura Bifásica Líquido Vapor

• Aquecendo o líquido anterior,


mas mantendo a pressão
constante, alcança-se o ponto de
líquido saturado;
• Após isso será verificada
mudança de fase à temperatura
constante, até o momento que
todo o líquido vaporiza e alcança-
se o ponto de vapor saturado;
mvapor
• Durante o processo de mudança 
de fase as fases de líquido- mlíquido  mvapor
saturado e vapor-saturado
coexistem e suas quantidades
são relacionadas pelo título.
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Mudança de fase a p constante para substância pura

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Fusão e Sublimação

Fusão
Vaporização

Sublimação

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Obtendo Propriedades Termodinâmicas

• Estes dados podem ser obtidos de várias formas, incluindo tabelas, gráficos,
equações e programas de computador;
• Nossa discussão ficará focada nas propriedades da água dadas pelas tabelas A-2
a A-6, também denominadas tabelas de vapor;
• As denominações das tabelas seguem o apêndice do livro “Princípios de
Termodinâmica para Engenharia”, 6ª Edição.

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Pressão, Volume específico e
Temperatura

• Como a pressão e a temperatura são propriedades independentes nas


regiões monofásicas de líquido e de vapor;
• Por isso, com essas duas propriedades é possível encontrar as outras;
• A Tabela A-4 é a tabela de água como vapor superaquecido;
• A Tabela A-5 é a tabela de água como líquido comprimido.

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Por Exemplo – Vapor Superaquecido
• Para água em forma de vapor superaquecido a 4 MPa e 600ºC, tem-se da
tabela A-4:

Tsat=250,40ºC

v=0,09885 m³/Kg

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Por Exemplo – Líquido Comprimido
• Para água em forma de líquido comprimido a 5 MPa e 80ºC, tem-se da tabela
A-5:

Tsat=263,99ºC

v=0,0010268 m³/Kg

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Por Exemplo – Interpolação Linear
• Para água em forma de vapor superaquecido a 4 MPa e 1150ºC, tem-se da
tabela A-4:
Como na tabela não há esta
temperatura temos que
interpolar os dados, este
método é bastante válido e
permite boa precisão;

(0,16987  0,15817)m³ / Kg (v  0,15817)m³ / Kg



(1200  1100)º C (1150  1100)º C

v  0,16402m³ / Kg
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Tabelas de Saturação

• As Tabelas A-2 e A-3 listam os valores de propriedades para os estados de


líquido saturado e vapor saturado;
• Os valores de propriedades para esses estados são denotados por subscritos
f (para líquido) e g (para vapor);
• A Tabela A-2 é conhecida como Tabela de Temperatura;
• A Tabela A-3 é conhecida como Tabela de Pressão.

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Tabela de Temperatura

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Tabela de Pressão

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Por Exemplo

• Para a água no estado


bifásico líquido-vapor à
235ºC, tem-se da tabela
A-2:

• Psat=3,060 MPa
• vf=0,001219 m³/Kg
• vg=0,06537 m³/Kg
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Utilizando o Título
V  Vliq  Vvap
V Vliq Vvap
v  
m m m
• O volume específico Vliq  mliq v f Vvap  mvap vg
de uma mistura
bifásica líquido-  mliq   mvap 
vapor pode ser v vf    vg
determinada pela  m   m 
utilização das tabelas mvap mliq
de saturação e pela  (1- ) 
definição de título; m m
v  (1   )v f   vg  v f   (vg  v f )
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Por Exemplo – Usando Título

• Tem-se água à 10 MPa e título


igual a 0,9 , logo da tabela A-3:

v  v f   (v g  v f )
v  0,001452  0,9(0,018026  0,001452)
v  0,0163686m³ / Kg

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Por Exemplo – Diagrama T-v

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EXEMPLO-LOCALIZAÇÃO DOS ESTADOS TERMODINÂMICOS

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AVALIANDO A ENERGIA INTERNA ESPECÍFICA E A
Entalpia

• Em termodinâmica usa-se muito a soma da energia interna com o produto


da pressão pelo volume, define-se essa soma como outra propriedade a
entalpia, simbolizada por H:
H  U  pV
Em base mássica:
h  u  pv
Em base molar:
h  u  pv

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• As tabelas A-2, A-3, A-4 e A-5, apresentadas anteriormente, também contém os
valores de Energia Interna e Entalpia;

• Os métodos para se obter os valores dessas propriedades é análogo ao aplicado para


volume específico;

• As fórmula para mistura bifásica são:

u  u f   (u g  u f )
h  h f   (hg  h f )

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Observando nas Tabelas A-4 e A-5

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Observando nas Tabelas de Saturação

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Por exemplo - Usando Tabelas Diferentes
É determinada a energia interna específica de uma amostra do Refrigerante 22 à 12ºC, cujo
valor é 144,58 KJ/Kg. Então vamos calcular a entalpia específica neste estado.
Usado os dados da Tabela A-7:

Energia Interna KJ/Kg Entalpia KJ/Kg


Temp. ºC Press. bar uf ug hf hfg hg
12 7,2307 58,77 230,38 59,35 194,64 253,99

u uf 144,58  58,77


   0,5
u g uf 230,38  58,77
Portanto:
h  hf   (hg  hf )  59,35  0,5(253,99  59,35)  156,67kJ / kg
64
EXEMPLO-AVALIANDO ENERGIA

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Tabela A-6 (Sólido-Vapor)
• Para a água, a tabela A-6 fornece propriedades de equilíbrio de sólidos
saturados e de vapor saturado;
• São dados para estados de pressões e temperaturas abaixo do ponto triplo;
• As propriedades para sólido e vapor são subscritos com i e g,
respectivamente.

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Estados e Valores de Referência
• Assim como os valores de energia potencial, nossos cálculos de u e h precisam
de um estado de referência;
• Logo o importante não é o valor de uma propriedade em um dado estado, mas
sim o valor da diferença para dois estados;
• O estado de referência da água é o do líquido saturado a 0,01ºC. Neste estado
a energia interna é zero e as propriedades são calculadas a partir deste estado;
• Para a amônia, o propano e os refrigerantes é o líquido saturado a -40ºC.

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Calores Específicos cv e cp
• As propriedades intensivas cp e cv são definidas para substâncias simples
compressíveis puras em termos das seguintes derivadas;
u  h 
cv   cp  
T v T  p

• As unidades no SI são: kJ/kg.K e kJ/kmol.K;


• A razão de calores específicos é: cp
k
cv
• Em condições especiais relacionam a variação de temperatura com a troca de calor
no sistema.

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cp do vapor d’água em função de P e T

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Aproximação de líquido por líquido saturado

Percebe-se que v e u variam muito pouco com a pressão para uma temperatura fixa;
Por isso podemos fazer as seguintes aproximações, que em engenharia são razoáveis;

v (T , p )  v f (T ) h(T , p)  u f (T )  pv f (T )
u (T , p )  u f (T ) h(T , p)  u f (T )  v f (T )[ p  psat (T )]
h(T , p)  h f (T )

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Modelo de Substância Incompressível

• Uma substância idealizada como incompressível é aquela em que assume-se


o volume específico constante e que a energia interna varie com a
temperatura;
• Logo, tem-se: T2
u2  u1   c(T )dT
T1
du
cv (T )  du  du
dT   h2  h1  u2  u1  v( p2  p1 )
dT  p dT
h(T , p)  u(T )  pv
c p  cv  c
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Compressibilidade - Constante Universal dos
Gases
• Considere um gás confinado em um cilindro por um pistão mantido a uma
temperatura constante;
• Agora imagine que a pressão pode ser mudada mantendo a mesma
temperatura e em todo instante é medida a razão pv/T (v é o volume por
mol);
• Para qualquer gás extrapolando a curva pv/T por p para uma pressão nula,
sempre chegará-se ao mesmo valor, que é a constante universal dos gases;

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Constante Universal dos Gases
pv
lim R
p 0 T

 8,314 KJ Kmol.K

R   1,986 Btu lbmol.º R
1545 ft.lbf lbmol.º R

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Fator de Compressibilidade

pv v
Z v
RT M
pv R
Z R
RT M

lim Z  1
p 0

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Dados Generalizados de Compressibilidade

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Avaliando Δu e Δh de Gases Ideais
• Apesar de existirem equações que relacionam essas propriedades com o
calor específico e a temperatura, é mais simples utilizar tabelas que trazem
u e h em função somente da temperatura e já levando em conta a variação
de calor específico;
• A Tabela A-22 traz os valores de u e h para o ar como gás ideal;
• A Tabela A-23 traz os valores de u e h para outros gases com a hipóteses
de gás ideal;

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Tabela A-22 (Ar como Gás Ideal)

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Calor Específico Constante
• Em certos casos, como de gases ideais com pequena variação de cp e cv e
pequena variação de temperatura, pode-se considerar os calores específicos
como constantes, logo:

u(T2 )  u(T1 )  cv (T2  T1 )


T2 T2

cv 

T1
cv (T )dT
, cp 

T1
c p (T )dT
T2  T1 T2  T1 h(T2 )  h(T1 )  c p (T2  T1 )

79
Processo Politrópico de Gás Ideal

80
Fatores de Conversão entre unidades SI e do Sistema Inglês

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