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CLI001
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Departamento de Controle do Espaço Aéreo – DECEA
2014
Curso Básico de Manutenção Preventiva Nível Orgânico e Base em Sistemas de Climatização
para a Habilitação de Técnicos Nível Pleno
CLI 001
Disciplina1: Básico de Ar-Condicionado
Disciplina2: Climatização Aplicada
O presente trabalho foi desenvolvido para uso didático, em cursos que são oferecidos
pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). O seu conteúdo é fruto de pesquisa
erros e/ou omissões, ou por danos e prejuízos que possam advir do uso dessas informações.
Esse trabalho é publicado com o objetivo de orientar o aprendizado, não devendo ser entendido
como um substituto a manuais, normas ou qualquer tipo de publicação técnica específica que
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APRESENTAÇÃO:
OBJETIVOS:
Básico de Ar-Condicionado:
Climatização Aplicada:
EMENTA:
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Climatização Aplicada: 1) Ar Condicionado de Janela: Componentes e Funcionamento;
Diagramas Elétricos; Boletins Técnicos. 2) Split: Componentes e Funcionamento; Diagramas
Elétricos e Frigorígenos; Boletins Técnicos. 3) Self Contained: Componentes e Funcionamento;
Diagramas Elétricos e Frigorígenos; Boletins Técnicos. 4) Splitão: Componentes e Funcionamento;
Diagramas Elétricos e Frigorígenos; e Boletins Técnicos. 5) Chiller: Componentes e
Funcionamento; Diagramas Elétricos, Frigorígenos e Hidráulicos; e Boletins Técnicos. 6) Torre de
Resfriamento: Componentes e Funcionamento; Diagramas Elétricos; e Boletins Técnicos.
7)Ventilação: Componentes e Funcionamento; Diagramas Elétricos; e Boletins Técnicos. 8)
Motobombas: Componentes e Funcionamento; Diagramas Elétricos e Hidráulicos; e Boletins
Técnicos. 9) Dutos: Componentes e Funcionamento; e Boletins Técnicos. 10) Fancoils:
Componentes e Funcionamento; Diagramas Elétricos; e Boletins Técnicos.
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DISCIPLINA 1
BÁSICO DE CLIMATIZAÇÃO
UNIDADE 1.1
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
a) Temperatura
Como sabemos, os objetos na natureza, assim como nós, são feitos de pequenas partículas
que conhecemos como moléculas. Com elas ocorre algo invisível. Elas estão em constante estado de
agitação, no caso dos sólidos, ou de movimentação, como ocorre em líquidos ou gases. Essa
situação não é constante, elas podem estar mais ou menos agitadas, dependendo do estado
energético em que elas se encontram.
O que se observa é que quanto mais quente está o corpo, maior é a agitação molecular e o
inverso também é verdadeiro, ou seja, a temperatura é uma grandeza física que está associada ao
estado de movimentação ou agitação das moléculas.
b) Escalas Termométricas
A temperatura pode ser medida, entre outras, por três escalas termométricas: Celsius,
Fahrenheit e Kelvin.
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A conversão entre essas escalas pode ser feita pelas utilizando-se as relações matemáticas
mostradas acima.
A construção de um termômetro está baseada no uso de alguma grandeza física que depende
da temperatura, como o volume de um gás mantido a pressão constante, o volume de um corpo e a
resistência elétrica de condutores metálicos entre outras grandezas.
d) calor
Após algum tempo, observamos que os dois corpos encontram-se com a mesma
temperatura. O que estava com maior temperatura esfriou e o que estava com menor temperatura
esquentou. Quando isso ocorre, dizemos que os corpos estão em equilíbrio térmico e a temperatura
final é chamada de temperatura de equilíbrio. Isso acontece porque o corpo de maior temperatura
fornece certa quantidade de energia térmica para o outro de menor temperatura. Essa energia
térmica quando está em trânsito de um corpo para outro é denominada calor.
Calor Específico
Calor específico é uma grandeza física que define a variação térmica de uma determinada
substância ao receber determinada quantidade de calor. Também chamado capacidade térmica
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mássica.
No sistema métrico, o calor específico é medido pela quantidade de calor necessário para
elevar a temperatura de 1 kg de água em 1 °C e se denomina Kcal/kg°C
O calor específico da água é 1,00 Kcal/kg°C, o que significa que é necessária 1Kcal para
aumentar a temperatura de 1 kg de água em 1°C.
Um corpo contém uma determinada quantidade de calor, que pode existir de duas formas:
Calor sensível e Calor latente.
Calor sensível
Quando o calor é adicionado ou extraído de uma substância sem que haja mudança de estado
físico, a temperatura é aumentada ou diminuída. O calor assim adicionado ou extraído é conhecido
como calor sensível, uma vez que a transferência de calor pode ser sentida ou medida por um
termômetro.
Exemplos deste fato são comuns na vida cotidiana. Se 1 kg de água a 60°C é aquecida até
90°C, a mudança de temperatura pode ser medida com um termômetro ou sentida pela mão. Neste
exemplo 30 Kcal foram adicionadas e a diferença resultante em temperatura pode ser sentida.
Calor latente
Uma das leis fundamentais da Física é que o calor sempre flui do local que possui
temperatura mais alta para o de temperatura mais baixa, de modo que elas se igualem. Ou seja, os
corpos quentes cederão calor aos mais frios.
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Esse processo pode ocorrer de 3 (três) formas diferentes, explicadas abaixo:
• Condução;
• Convecção; e
• Irradiação;
Condução.
É a transferência de calor nos materiais sólidos. O calor passa de molécula para molécula da
matéria, até o extremo oposto, espalhando gradativamente calor pelo corpo inteiro.
Na figura acima podemos verificar a condução do calor através de uma barra de metal.
Aderindo pequenas bolotas de cera ao longo da barra e aquecendo apenas uma extremidade,
observaremos a queda sucessiva delas, a medida que o calor se espalha ao longo da barra.
Os diversos materiais existentes na natureza não conduzem igualmente o calor e, sob esse
aspecto, podem ser classificados em bons condutores se há uma boa propagação da quantidade de
calor através de sua massa ou em maus condutores ou isolantes, caso a propagação se dê de forma
lenta.
Os metais são bons condutores de calor enquanto que os gases, líquidos e alguns sólidos
como o vidro, madeira, lá de vidro, cortiça, papel, etc, são isolantes.
Em refrigeradores essa diferença de condução de calor dos objetos é aproveitada para sua
construção. A lã de vidro e o ar estacionário são muito maus condutores de calor e por isso são
usados para o isolamento das paredes dos refrigeradores.
Convecção:
É a transferência de calor nos fluidos (líquidos e gases). Ela consiste numa troca de átomos
e moléculas decorrentes de variação de densidade.
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Em uma panela com água, por exemplo, aquecida na parte inferior, as moléculas em contato
direto com o fundo, que está recebendo calor, se dilatam. Em consequência dessa dilatação, a
densidade diminui e elas sobem até a superfície. Como as partículas superiores estão mais frias e
com densidade maior, descem ao fundo do recipiente, formando correntes de convecção. Este
processo continua e o calor é transferido a todas as partes do recipiente pelo movimento da água.
Este processo ocorre com deslocamento de massa no sentido da transferência de calor.
Irradiação:
A energia radiante não aquece o meio pela qual se propaga, mas apenas o meio pelo qual é
absorvida, deixando então de ser radiante para se tornar térmica. Um bom exemplo é a temperatura
do ar, onde nas altas camadas da atmosfera é baixíssima, pois apenas uma pequena fração da
energia do sol é absorvida.
A absorção das radiações é mais acentuada em superfícies escuras, assim como também é
maior sua capacidade de irradiação. Isso é facilmente percebido quando usamos uma camisa preta
num dia ensolarado; onde uma camisa clara absorve muito menos e reflete (devolve para o
ambiente) muito mais as radiações que nela incidem. Por fim, é conhecido como um bom
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absorvente térmico e também como um bom emissor de calor, um corpo preto, pois absorve mais
radiação que um branco, durante o mesmo tempo, ficando mais quente. Mas, estando à mesma
temperatura e deixados a sombra, o corpo preto esfria mais depressa do que o branco, pois é melhor
emissor térmico.
f) Pressão
É uma força exercida por um corpo perpendicularmente a uma superfície dividida pela área
de contato desse corpo com a superfície.
P=F/A,
g) Tipos de Pressão
Pressão atmosférica:
É a força exercida pela atmosfera na superfície terrestre. Esta força equivale ao peso dos
gases que estão presentes no ar e que compõem a atmosfera.
A pressão atmosférica pode variar de um lugar para o outro, em função da altitude e das
condições meteorológicas (como a umidade e a densidade do ar). Ao nível do mar esta pressão é
aproximadamente de 760 mmHg, ou 1 atm. Quanto mais alto o local, mais rarefeito é o ar e,
portanto, menor a pressão atmosférica.
É determinada tomando-se como referência a pressão atmosférica local. Para medi-la, usam-
se instrumentos denominados manômetros; por essa razão, a pressão relativa é também chamada de
pressão manométrica. A maioria dos manômetros é calibrada em zero para a pressão atmosférica
local. Assim, a leitura do manômetro pode ser positiva (quando indica o valor da pressão acima da
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pressão atmosférica local) ou negativa (quando se tem um vácuo). Quando se fala em pressão de
uma tubulação de gás, refere-se à pressão relativa ou manométrica.
Pressão absoluta
Exemplo:
Diagrama comparativo
h) Evacuação e desidratação
A tarefa de evacuação precisa ser executada para recuperar uma unidade refrigeradora. Está
comprovado pela experiência que uma unidade refrigeradora não funciona normalmente se contiver
teores de umidade ou de gases não condensáveis. A umidade causa entupimento no circuito
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refrigerante devido ao congelamento na saída do capilar. Os gases não condensáveis promovem
aumento de pressão no condensador, dificultando a condensação do refrigerante. O Oxigênio,
principalmente, pode oxidar o óleo nos locais onde a temperatura é mais alta e causar até mesmo a
queima do compressor.
Manômetro:
É um aparelho utilizado para medir pressões manométricas (relativas). Por isso, a pressão
registrada por esse instrumento é conhecida como pressão manométrica. O tipo de manômetro mais
utilizado na área de refrigeração é do tipo Bourdon. Esse instrumento possui um tubo de cobre, com
propriedade elástica, ligado a uma haste. O fluido, cuja pressão deseja-se medir, entra no tubo de
Bourdon por um orifício na haste de conexão; com elevação de pressão o tubo altera seu formato
expandindo-se, com isso movimenta uma engrenagem rotativa; o movimento da engrenagem é,
então, transferido para um ponteiro que fornece a leitura numa determinada escala. Esse princípio
de funcionamento é bastante simples e semelhante a um brinquedo muito conhecido: a “língua de
sogra”, que se vê na figura abaixo. Quando soprada, a “língua de sogra” se enche de ar e se
desenrola, por causa da pressão exercida pelo ar em seu interior. No caso do manômetro, esse
desenrolar gera um movimento que é transmitido ao ponteiro, que vai indicar a medida de pressão.
Conjunto Manifold
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pressão conectados a um “barrilete”. Esse “barrilete” é conectado aos sistemas através de
mangueiras especiais e possui registros manuais de abertura e fechamento que permite o controle de
passagem sobre o fluido do sistema.
O manômetro de baixa apresenta em sua escala uma graduação de pressão negativa, vácuo,
por isso também é bastante conhecido como manovacuômetro, e uma graduação de pressão
positiva, manométrica. A pressão atmosférica é indicada pelo valor 0 (zero) e qualquer indicação
abaixo desse valor significa que a pressão medida é negativa, aumentando numericamente de 0 a 30
inHg, desta forma a medição do nível de vácuo se dá de maneira crescente, ou seja, quanto maior o
nível de vácuo maior será a indicação numérica da escala.
Vale lembrar que não existe um vácuo de 30inHg, esta indicação é aproximada. O vácuo
absoluto seria obtido a uma pressão aproximadamente igual a – 29,92 inHg que equivale a –
760mmHg. Acima da indicação 0 (zero) a pressão é positiva e geralmente é expressa em psi, bar ou
kgf/cm2 em um range que varia em função do fabricante.
O manômetro de alta possui um range maior que o manômetro de baixa e inicia sua escala
em 0 (zero) variando sempre positivamente apresentando geralmente seus valores em psi, bar ou
kgf/cm2.
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uma terceira mangueira que é conectada ao centro do “barrilete” de cor amarela, essa mangueira é
chamada de mangueira de serviço e é através dela que se faz qualquer operação de carga ou
recolhimento de fluidos no sistema.
j) Unidades de Pressão
k) Energia
A ideia de energia sempre é associada à execução de algum trabalho, que é realizado com as
transformações da energia de uma forma para outra ou de um lugar para outro.
Potencial:
É a energia que os corpos têm devido a sua posição. Ela não é tão óbvia quanto às demais
formas, mas como uma forma de energia pode se transformar em outra, podemos percebê-la pelos
seus efeitos - um corpo situado a uma certa altura e abandonado até se chocar com o chão: a energia
potencial que ele tinha por estar situado a essa altura se transforma durante a queda em energia
cinética, que acaba sendo percebida pelo estrago da pancada;
Cinética:
Elétrica:
Térmica:
Radiante:
Importante! Quando pensamos em energia, devemos lembrar que a energia não pode ser criada e
nem destruída, apenas transformada.
l) Trabalho
Na Física, o termo trabalho é utilizado quando falamos no trabalho realizado por uma força,
ou seja, o trabalho mecânico. Uma força, aplicada em um corpo realiza um trabalho quando produz
um deslocamento no corpo.
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m) Potência
Quando medimos a Energia (Trabalho) em joule [J] e o tempo em segundos [s], a potência é
medida em watts [w]:
1 w = 1 J/s
Existem outras unidades de potência, sempre medidas em unidade de Energia por unidade de
tempo. Em climatização é muito utilizada a unidade BTU/h.
Estado Sólido:
As moléculas da matéria se encontram muito próximas, sendo assim possuem forma fixa,
volume fixo e não sofrem compressão. Por exemplo: em um cubo de gelo as moléculas estão muito
próximas e não se deslocam.
Estado Líquido:
As moléculas estão mais afastadas do que no estado sólido e os elementos que se encontram
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nesse estado possuem forma variada, mas volume constante. Além dessas características, possui
facilidade de escoamento e adquirem a forma do recipiente que os contém.
Estado Gasoso:
A movimentação das moléculas nesse estado é bem maior que no estado líquido ou sólido.
Se variarmos a pressão exercida sobre um gás podemos aumentar ou diminuir o volume dele, sendo
assim, pode-se dizer que sofre compressão e expansão facilmente. Os elementos gasosos tomam a
forma do recipiente que os contém.
Por exemplo, a água pode ser encontrada no estado sólido (gelo), no estado líquido (rios,
mares e lagos) e no estado gasoso (vapor d’água existente na atmosfera, umidade).
Observações:
1ª Quando, à pressão constante, uma substância recebe (absorve) calor sensível, sua
temperatura aumenta: se o calor é latente, ocorre mudança de estado, mantendo-se a mesma
temperatura.
2ª O termo sublimação é usado para designar a mudança de sólido para o gasoso. Alguns
autores classificam a passagem de sólido para gasoso como sublimação direta ou 1ª
sublimação, e a passagem de gasoso para sólido como sublimação inversa ou 2ª sublimação
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ou ainda ressublimação.
Vaporização
É a passagem de uma substância do estado líquido para o estado gasoso mediante a absorção
de calor ou queda da pressão a que esta substância está submetida. É o processo que se verifica no
interior do evaporador de um sistema frigorígeno. Conforme a maneira de se processar, a
vaporização recebe nomes diferentes: Evaporação, Ebulição e Calefação.
Evaporação:
Ebulição:
Calefação:
Ocorre quando uma massa de líquido cai sobre uma superfície aquecida a uma temperatura
superior à temperatura de ebulição do líquido. A calefação é um processo quase instantâneo. Ao
observarmos gotas d’água caírem sobre uma chapa bem quente, notamos que as gotas vaporizam
rapidamente emitindo um chiado característico.
Condensação ou Liquefação
É o processo de mudança de uma substância da fase gasosa para a fase líquida mediante ao
aumento de sua pressão ou liberação de calor. Este processo ocorre no interior do condensador de
um sistema frigorígeno.
Nesta passagem, o vapor cede calor para outro corpo, que pode ser líquido, sólido ou gasoso,
transformando-se em líquido por condensação.
A vaporização é uma transformação que absorve calor e por esta razão é chamada
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transformação endotérmica, já a condensação se processa através do desprendimento de calor.
Assim, é denominada transformação exotérmica.
Líquido Saturado
Vapor Saturado
Líquido Sub-Resfriado
Vapor Superaquecido
Quando o vapor está a uma temperatura maior que a temperatura de saturação é chamado
vapor superaquecido. A pressão e a temperatura do vapor superaquecido são propriedades
independentes, e neste caso, a temperatura pode ser aumentada para uma pressão constante. Em
verdade, as substâncias que chamamos de gases são vapores altamente superaquecidos. Num
sistema frigorígeno, o gás refrigerante sai do compressor na forma de vapor superaquecido.
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UNIDADE 1.2
FUNDAMENTOS DO AR-CONDICIONADO E
COMPONENTES DE REFRIGERAÇÃO
2ª. A temperatura que evapora ou ferve um líquido depende da pressão exercida sobre o
mesmo.
3ª. Todo vapor pode voltar a condensar-se tornando-se líquido se for devidamente
comprimido e arrefecido.
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Processo 1-2 – Ocorre no compressor. O fluido refrigerante entra no compressor à pressão
do evaporador (Po), já no estado gasoso. Ele então é comprimido até atingir a pressão de
condensação e, neste estado, está superaquecido com uma temperatura superior à temperatura
de condensação Tc (vapor superaquecido), ainda que com a mesma pressão de condensação
Pc.
Compressor:
Condensador:
Dispositivo De Expansão:
O dispositivo de expansão possui uma área de secção transversal bem menor que as outras
tubulações do sistema causando assim uma restrição na passagem do fluido refrigerante. Essa
restrição garante a manutenção da pressão de condensação no condensador e provoca uma queda de
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pressão no fluido na entrada do evaporador.
Essa queda de pressão no fluido refrigerante é importante por que o leva, passando pela sua
linha de saturação, para sua zona de mistura onde irá absorver calor latente proveniente do ambiente
interno do refrigerador para que possa vaporizar.
Evaporador:
O evaporador é responsável por promover a troca de calor entre ambiente interno e o fluido
refrigerante, nele o fluido entra sob baixa pressão e temperatura, e absorverá calor latente
vaporizando-se, aproximadamente, sob pressão e temperatura constante. No final do evaporador
deseja-se que todo o fluido esteja no estado gasoso.
Superaquecimento e Subresfriamento:
Com o objetivo de manter maior capacidade do sistema e para garantir o funcionamento do
equipamento sem problemas, é necessário que o sistema esteja balanceado. Isto é extremamente
importante para qualquer sistema de refrigeração. O ponto crítico que pode ser verificado é o
superaquecimento na sucção.
O superaquecimento na sucção deve ser verificado no compressor da seguinte forma:
1 – Medir com o auxílio do manifold a pressão de sucção na válvula de serviço de baixa(pressão de
baixa) e determinar a temperatura de saturação correspondente para está pressão na tabela
temperatura x pressão ou dispositivo similar;
2 – Medir com o auxílio de um termômetro adequado a temperatura na linha de sução a
aproximadamente 30 cm da entrada do compressor;
3 – Subtraia a temperatura de saturação equivalente a pressão de sucção(verificada na tabela
temperatura x pressão) da temperatura medida na sucção. A diferença é o superaquecimento.
Um superaquecimento muito baixo pode resultar em retorno de líquido para o compressor. Isto
causa a diluição do óleo e eventualmente falhas nos mancais e anéis ou em caso extremos, danos
nas placas de válvulas.
Um superaquecimento muito alto resulta em uma temperatura de descarga muito alta que causa
queima do óleo resultando em estrago dos anéis , pistões e danos na parede do cilindro. Deve-se
lembrar que a capacidade do sistema diminui com o aumento do superaquecimento. Para máxima
capacidade do sistema, o superaquecimento atingido deveria ser o menor possível.
Caso haja necessidade de ajuste do superaquecimento devemos adicionar ou retirar gás, se o ajuste
não for alcançado deve-se reajustar a válvula de expansão termostática.
a) Carga Térmica
Denomina-se carga térmica ao calor (sensível ou latente) a ser fornecido ou extraído do ar,
por unidade de tempo, para manter no recinto as condições desejadas. Esta quantidade de calor é
calculada para duas condições, de modo a nunca termos situações de desconforto térmico nas
épocas críticas do ano.
• Calor do Sol
• Transferência de calor por condução e convecção através de paredes, tetos, janelas, etc...
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• Transferência de calor por radiação através de janelas, paredes e teto.
• Infiltração de Ar
• Renovação de Ar
Calor Sensível:
Por definição é a quantidade de calor que uma substância (fluido) poderá absorver ou
rejeitar para que ocorra variação de sua temperatura. É o calor que altera a temperatura de bulbo
seco(TBS) do ar úmido quando fornecido ou retirado do mesmo. Em termos práticos, é o calor
gerado por máquinas, computadores, iluminação e insolação,etc. Esta forma de energia é
responsável pelo aumento da temperatura no ambiente a ser climatizado.
Calor Latente:
É a quantidade de calor que uma substância (fluido) poderá absorver ou rejeitar para que
ocorra mudança do seu Estado Físico, sem alterar a sua temperatura. É o calor que não altera a
temperatura de bulbo seco (TBS) do ar úmido, mas muda a quantidade de vapor d´água contida
no mesmo, ou seja, sua umidade absoluta, quando fornecido ou retirado do mesmo. Em termos
práticos é o calor contido na respiração e transpiração de pessoas como principalmente quando
inserimos ar externo em ambientes climatizados, através da renovação de ar. Esta energia é
responsável pelo aumento da umidade absoluta do ar no local a ser climatizado.
1.2.3 Compressores:
a) Função
b) Tipos
• Compressor Alternativo
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pode considerá-lo um tipo antiquado de compressor. Acompanhando as tendências apresentadas
pelas máquinas rotativas, a rotação destes têm aumentado durante os últimos 20 anos, a rotação
variou de 120 a 180 rpm nos primeiros compressores até rotações da ordem de 3000 rpm nos
compressores mais modernos.
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• Compressor Scroll
Falhas Mecânicas
• Retorno de líquido
• Golpe de líquido
Pode causar ruptura das palhetas de sucção, palhetas de descarga arrancadas, expulsão das
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juntas de tampa do cabeçote, bielas rompidas sem escoriações, até a ruptura do virabrequim.
Ocorre quando um compressor tenta comprimir líquido, óleo ou uma mistura de ambos.
• Sujeira na instalação
Durante a instalação dos equipamentos de climatização algumas vezes o técnico não toma
as precauções de observar se existe sujeira dentro das tubulações. Tais sujeiras podem sem
provocadas por insetos, resíduos durante o corte da tubulação que não foram expelidos, até
mesmo pedaços de metal ou qualquer tipo de objeto esquecido dentro da tubulação durante a
instalação dos equipamentos.
Falhas Elétricas
• Problemas elétricos
As falhas elétricas dos compressores nem sempre se traduzem em pane nos mesmos,
muitos outros fatores podem levar um compressor a não funcionar devidamente, alguns serão
listados a seguir:
1.2.4 Condensadores
Função
a) Tipos
• Condensador a Ar
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• Condensador a Água
O calor que o fluido refrigerante retirou no evaporador mais o calor injetado pelo
compressor é transferido para a água, pois a água está com temperatura menor que o fluido
refrigerante “vapor” no condensador. Independentemente do tipo do condensador a água, este deve
estar ligado a uma torre de resfriamento, que fará o resfriamento da água que aqueceu no
condensador ao retirar calor do fluido refrigerante. O mais comumente usado é o condensador Shell
and Tube (Casco e tubo), que consiste de uma carcaça cilíndrica, na qual é instalada uma
determinada quantidade de tubos horizontais e paralelos, conectados a duas placas de tubos
dispostos em ambas as extremidades. O gás refrigerante flui dentro da carcaça, em volta dos tubos,
ao passo que a água passa dentro dos tubos.
A limpeza dos tubos se dá através da remoção das tampas laterais aplicando o processo de
varetar os tubos.
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• Shell and coil
São semelhantes aos condensadores de casco e tubo. Consistem de uma carcaça que contém
uma serpentina de circulação de água, sua limpeza é feita através do tratamento químico da água, já
que o condensador é fechado hermeticamente.
• Placas
São geralmente constituídos de placas de aço inox ou de outro material, de pequena
espessura (0,4 a 0,8 mm). As placas são montadas paralelamente umas as outras, com um
pequeno afastamento (1,5 a 3,0 mm). A água de resfriamento e o fluido frigorífico circulam
entre espaços alternados, formados pelas placas. Estes trocadores de calor começam a ser
utilizados cada vez mais, devido ao seu elevado coeficiente global de transferência de calor
(2500 a 4500 W/m2.°C).
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Na imagem abaixo visualizamos os principais componentes de um condensador a ar, dos
quais destacamos as tampas do gabinete, a serpentina condensadora e o conjunto motoventilador.
Serpentina
Conexões
Tampas do gabinete
elétricas
Motoventilador
• Pistão
Devido a sua alta eficiência e sua pronta adaptação a qualquer tipo de aplicação, as válvulas
de expansão termostáticas (VET) são os dispositivos de expansão mais utilizados em sistemas de
refrigeração de expansão direta. São usadas para regular o fluxo do refrigerante a fim de garantir
que ele evapore totalmente na serpentina, para garantir a redução da pressão do sistema e ainda
para manter um superaquecimento constante do vapor que deixa a serpentina.
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1.2.6 - Evaporadores
Função
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evaporador existe fluido frigorífico saturado (liquido + vapor) e na outra parte fluido
superaquecido. Estes evaporadores são bastante utilizados com fluidos frigoríficos halogenados,
especialmente em instalações de capacidades não muito elevadas. A principal desvantagem deste
tipo de evaporador esta relacionada com o seu, relativamente baixo, coeficiente global de
transferência de calor, resultante da dificuldade de se manter a superfície dos tubos molhadas com
refrigerante e da superfície necessária para promover o superaquecimento.
A limpeza dos tubos se dá através da remoção das tampas laterais, aplicando o processo de
varetar os tubos, conforme as manutenções dos condensadores casco e tubo.
Quanto maior for a velocidade o volume de água menos será a troca de calor da água com o
fluido refrigerante. Por sua vez, se o fluido secundário estiver passando com uma velocidade muito
reduzida, ou parado (válvula motorizada fechada) há o risco do congelamento dessa água em
contato com o casco e tubo, podendo ocasionar a quebra desse evaporador, por causa da dilatação
volumétrica do gelo. Por isso deve ser feito um controle preciso da velocidade e da pressão dessa
água que passa pelo casco e tubo (dados do projeto de um sistema com central de resfriamento de
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água).
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Quando aplicado na sucção(baixa pressão), pode efetuar a parada do sistema do circuito em
função de uma perda parcial ou total de fluido refrigerante no sistema.
Fazendo o controle pelo lado de descarga( alta pressão), é uma importante segurança para o
sistema e para o operador, evitando-se que o circuito atinja pressões perigosa em vasos de pressão
tais como separadores de óleo, tanques de líquido e condensadores. Neste caso, somente deve ser
religado o sistema após serem sanados os problemas que provocaram a alta pressão.
Um pressostato ainda pode ter rearme manual ou automático, a escolha do tipo vai depender
da função que ele executa.
• Transdutores
Transdutores são sensores interligados eletricamente à CLPs que tem a função de medir os
dados de pressão e de temperatura dos locais em que estiverem instalados.
• Filtros secadores
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ácidos, água, resinas e ceras.
• Visor de líquido
• Válvula solenóide
Na maioria das aplicações de refrigeração, este componente é necessário para partir ou parar
o fluxo de fluido refrigerante a fim de automatizar o sistema. A válvula solenóide eletricamente
operada é utilizada com este propósito. A sua função básica é a mesma da válvula manual, porém
atuada por uma bobina, o que permite a sua atuação em regiões remotas, à distância ou de acordo
com a necessidade operada através de chaves elétricas tipo termostatos, chaves de fluxo,
pressostatos de alta e de baixa, sendo os termostatos o mais comum em sistemas de refrigeração.
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• Válvulas de serviço
Esses componentes tem como funções: bloquear a passagem do fluido refrigerante, quando
se deseja recolher o mesmo; isolar partes do sistema, quando se deseja abrir o sistema para realizar
manutenção ou trocar algum componente; e permite realizar leituras de pressões, carga de gás e
processo de vácuo no sistema.
• Separador de Líquido
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• Separador de Óleo
• Fluxostatos
São contatos normalmente abertos em condições de não fluxo de um certo fluido (água ou
ar), que ao passar o fluido (água) através de uma palheta (chave de fluxo) ou caso haja diferencial
de pressão causado pelo fluxo de ar em um dos lados do diafragma (pressostato de ar), esse contato
NA comuta, se tornando NF (normalmente fechado), informando que há fluxo de fluido pelo
equipamento onde esse fluxostato está instalado. Ele pode ser instalado em tubulações de água para
verificar o fluxo de água promovido pelas bombas d`água ou como diferencial (diafragma e
mangueiras) entre a sucção e o insuflamento de um conjunto ventilador ou entre a sucção e a
admissão de uma bomba de recalque (pressostato de água).
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• Bancos de Resistência Elétrica
Resistência utilizada para aquecer o óleo do cárter do compressor para uma possível partida
a frio do compressor em ambientes muito frios..
• Sensores de Temperatura
São resistências variáveis com a temperatura a qual é submetida. Esses sensores necessitam
de um CLP para quantificar os valores de temperatura medida pelos sensores. Essa quantificação se
dá quando essa CLP envia um valor fixo de tensão e obtém um valor variável de corrente conforme
a variação da resistência interna do sensor causada pela variação da temperatura a qual ele está
sendo admitido.
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1.2.8 - Fluídos refrigerantes
Função
• CFC
São os compostos químicos que possuem os elementos cloro, flúor e carbono em sua
composição. Atualmente não se fabrica nenhum gás CFC; o cloro, que faz parte de sua composição,
destrói a camada de ozônio. Um equipamento de refrigeração ou climatização(ar-condicionado),
cujo o sistema funciona com um fluído refrigerante que possui cloro na sua composição, estão
ultrapassados e devem ser substituídos. Os principais fluidos refrigerantes da família dos CFCs são
o R-12 e R-11.
• HCFC
São os compostos químicos que possui os elementos hidrogênio, cloro, flúor e carbono em
sua composição. Foram desenvolvidos como gases alternativos para substituírem os CFCs. Os
principais são:
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• HFC
São os compostos químicos que possui os elementos hidrogênio, flúor e carbono em sua
composição. Os novos equipamentos são fabricados com HFCs. Os principais são:
Os cientistas criaram o índice ODP (Ozone Depleting Potencial), que indica em pontos
percentuais o nível de agressão com que o refrigerante agride a camada de ozônio. Exemplo: o R-12
tem ODP de 100%; o R-22 tem ODP de 5,5% e o R-134a tem ODP de 0%.
Reunião de Copenhagem
• CFCs
• HCFCs
44
UNIDADE 1.3
FERRAMENTAS E INSTRUMENTOS
1.3.1 – Ferramentas
• Termômetro digital com 5 sensores / termômetro a laser, usado para medir temperaturas de
diferentes superfícies.
• Manifold, medidor de pressões de alta (manômetro vermelho) e de baixa (manômetro azul)
que tem valores temperatura correspondentes a cada pressão conforme o refrigerante
medido. Possui válvulas de abertura e fechamento da passagem de refrigerante ou de vácuo
por ele. Possui um acesso comum (mangueira amarela) e dois reguláveis (mangueira azul e
mangueira vermelha)
• Bomba de vácuo, usada para promover pressão negativa (vácuo) dentro de circuitos
fechados, removendo os gases não condensáveis antes de uma recarga de refrigerante nesse
circuito frigorígeno.
45
• Balança digital, usada para pesar as botijas antes e depois da carga de refrigerante (essa
diferença será a quantidade de refrigerante inserida no equipamento durante essa recarga.
• Bomba recolhedora de fluido(estação de reciclagem), usada para reciclagem ou remoção do
fluido refrigerante antes da execução da manutenção nos equipamentos de climatização
• Vacuômetro, usado para medir vácuo dentro de um circuito fechado de tubulações
• Detector de vazamento
• Multímetro , usado em diversas medições, que entre elas são: tensão, corrente, resistência,
capacitância, frequência, temperatura, entre outras
• Alicate amperimétrico, usado na medição da corrente elétrica do circuito desejado
• Megôhmetro, usado para medir o isolamento elétrico de motores indutivos
• Fasímetro, usado para identificar as fases numa alimentação trifásica
• Paquímetro, instrumento de medição precisa, para peças de pequeno porte.
46
UNIDADE 1.4
ELETRICIDADE
Grandezas Elétricas
A tensão elétrica é a energia elétrica por unidade de carga, no Sistema Internacional (SI) a
unidade de tensão é o volt (V).
De uma forma simples podemos dizer que tensão elétrica é força que movimenta os elétrons,
força que é provocada pela diferença de potencial (d.d.p) elétrico existente na fonte elétrica
(Geradores).
• Tensão contínua
• Tensão alternada
47
A medição da tensão elétrica é feita com um instrumento chamado Voltímetro, que é
ligado direto e paralelamente aos pontos em que se deseja medir a tensão elétrica.
Carga Elétrica - Toda vez que houver desequilíbrio elétrico num material haverá
deslocamento de elétrons, a esse fluxo de elétrico dar-se-á o nome de carga elétrica, cuja a unidade
de medida será o Coulomb (C).
No Sistema Internacional, a
unidade de intensidade de corrente de 1 Coulomb por segundo(1C/s) é o que chamamos de 1
AMPÈRE (A):
48
Múltiplo e Submúltiplos do Ampère
Quando um determinado material oferece resistência à corrente elétrica, diremos que ele
oferece resistência à corrente elétrica. Nos isolantes a resistência é dita extremamente alta, nos
resistores é dita alta e nos condutores é baixa.
Múltiplos e submúltiplos
49
Cálculo de desbalanceamento de voltagem
Medições:
AB = 383 V
BC = 378 V
AC = 374 V
AB = 383 - 378 = 5
BC = 378 - 378 = 0
AC = 378 - 374 = 4
Fiação de Controle
Consulte os esquemas elétricos dos equipamentos ou dos projetos dos ambientes para
efetuar no campo as ligações e interligações dos equipamentos de climatização a serem instalados.
50
1.4.2 – Diagramas Elétricos
Cada equipamento e projeto tem a sua particularidade de diagramas elétricos conforme sua
configuração, tipo de proteção e comando. Uns mais fáceis, outros mais difíceis de serem
analisados devido à quantidade de componentes de comando instalados em seus esquemas elétricos,
porém toda a simbologia utilizada atende a um padrão para que em qualquer lugar do brasil e do
mundo seja entendido que tipo de equipamento de comando e de força está sendo indicado nos
diagramas elétricos.
É um tipo de motor que possui apenas um conjunto de bobinas e sua alimentação é feita por
uma única fase de corrente alternada. Dessa forma, este tipo e motor absorve energia elétrica de
uma rede monofásica e transforma em energia mecânica.
Os motores monofásicos são empregados para cargas que necessitam de motores de pequena
potência como por exemplo: motores para ventiladores, geladeiras, furadeiras portáteis,
condicionadores de ar de pequeno porte, etc.
51
– É um tipo de motor que possui três conjuntos de bobinas e sua alimentação é feita por
uma única rede trifásica de corrente alternada..Os motores trifásicos são os motores mais utilizados
nas indústrias, isto em função das várias vantagens que possuem, tais como: longa vida útil,
facilidade de ligação, facilidade de controle, etc.
52
1.4.4 - Comandos Elétricos
• Contator:
– Relé Térmico
– Botoeiras
53
Tipo de dispositivo utilizado para interrupção de fluxo de corrente de diversos equipamentos
elétricos.
Pressostatos são interruptores que atuam mediante variação de pressão nos circuitos
frigorígenos. Sua função básica é proteger a integridade dos equipamentos contra sobrepressão
(pressostato de alta) ou subpressão (pressostato de baixa) aplicada aos mesmos durante seu
funcionamento. É constituído, em geral, por um sensor, um mecanismo de ajuste de set point e um
contato elétrico.
– Resistência de Pré-aquecimento:
54
– - Disjuntores:
– - Fusíveis:
55
– Termostato:
– Transformador:
56
DISCIPLINA 2
CLIMATIZAÇÃO APLICADA
UNIDADE 2.1
AR CONDICIONADO
Vide Anexo 1
Vide Anexo 1
Vide Anexo 11
57
UNIDADE 2.2
SPLIT
O Split System é uma tecnologia licenciada no Brasil desde a década de 80 e ganha espaço
rapidamente na climatização de pequenos e médios ambientes, no setor residencial, comercial e
principalmente no de serviços. Embora seja um equipamento que precise de mão-de-obra
especializada para a devida instalação – diferente dos aparelhos de janela – deixou de ser vendido
unicamente por empresas especializadas em climatização de ambientes pois chegou aos
hipermercados e lojas de eletrodomésticos para serem adquiridos pelos consumidores finais.
CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS
Estes equipamentos contam obrigatoriamente com uma placa eletrônica de controle com
58
ou sem controle remoto.
Vide Anexo 2
Vide Anexo 2
Vide Anexo 11
UNIDADE 2.3
SELF CONTAINED
59
climatizado e concentrando os equipamentos de forma a facilitar a logística de manutenção;
Indiferente do tipo de modelo e forma de instalação, podem ser utilizados dutos para a
distribuição do ar pelas áreas que compreendem o ambiente climatizado. A conexão dos dutos nos
Self Containeds é realizada por meio de “colarinhos de lona”, elementos de união que impedem a
propagação de ruídos e trepidações produzidas pelo equipamento.
60
O equipamento apresenta um filtro do tipo G1 (lavável) e filtros do tipo G3 (descartáveis
com ação anti-bactericida), os filtros descartáveis devem ser trocados a cada 6 meses, ou quando se
fizer necessário mediante a observação de suas condições.
Dentro do Self Contained “Genius” existe um pequeno bastidor que abriga três contatoras
(alimentação dos ventiladores e compressor) e dois fusíveis de vidro (proteção do comando). Essas
contatoras participam da lógica de comando juntamente com os demais elementos presentes no
“QDCAC” (quadro de comando de ar condicionado).
Em seu insuflamento pode ser utilizado dutos para a distribuição do ar pelas áreas que
compreendem o ambiente climatizado ou ainda diretamente no ambiente através de um simples
rasgo na parede contendo grelhas. A conexão dos dutos, quando existente, também é realizada por
meio de “colarinhos de lona”, elementos de união que impedem a propagação de ruídos e
trepidações produzidas pelo equipamento.
61
O circuito frigorígeno do equipamento “Wall Mounted” é dotado de compressor scroll,
serpentina evaporadora, filtro secador, válvula de expansão termostática com bulbo remoto e tubo
equalizador externo e serpentina condensadora com controle de capacidade por variação da vazão
de ar sobre a mesma (duas velocidades do ventilador da serpentina condensadora – controle por
pressostato). O equipamento traz ainda duas válvulas schrader, uma instalada na linha de baixa
pressão e outra na linha de alta pressão, ambas permitem que se possa conectar um Manifold para
acompanhamento das pressões do equipamento.
Os conjuntos de ventilação possuem motores acoplados diretamente a hélices, fator este que
aumenta a confiabilidade e disponibilidade do equipamento se comparado aos sistemas acoplados
por correias.
Vide Anexo 3
Vide Anexo 3
Vide Anexo 11
62
UNIDADE 2.4
SPLITÃO
Vide Anexo 4
Vide Anexo 4
Vide Anexo 11
63
UNIDADE 2.5
CHILLER
64
2.5.1 Componentes e Funcionamento
Vide Anexo 5
Vide Anexo 5
Vide Anexo 11
UNIDADE 2.6
TORRE DE ARREFECIMENTO
Vide Anexo 6
Vide Anexo 6
Vide Anexo 11
UNIDADE 2.7
VENTILAÇÃO
Vide Anexo 7
Vide Anexo 7
Vide Anexo 11
66
UNIDADE 2.8
MOTOBOMBAS
Motor de indução acoplado por selo mecânico a uma bomba centrífuga que tem a
função de fazer circular o refrigerante secundário dos chillers até os fancoils num ciclo fechado de
água gelada em um sistema de expansão indireta; e, em um sistema de condensação a água, sua
função, também, é de fazer circular a água que passa pelo condensador casco e tubo até a torre de
arrefecimento num ciclo fechado.
Existem perdas de água no decorrer dessas tubulações que são repostas por meio de um
tanque de expansão, ligado à tubulação de água gelada, em sistemas de expansão indireta; e, no
caso da torre alpina, por meio de boia mecânica interna a essa torre de arrefecimento.
Vide Anexo 8
Vide Anexo 8
Vide Anexo 11
67
UNIDADE 2.9
DUTOS
O ar deve ter uma renovação externa com filtragem de partículas sólidas do mesmo ou um
sistema de exaustão forçada.
Vide Anexo 9
Vide Anexo 9
Vide Anexo 11
68
UNIDADE 2.10
FANCOILS
O gabinete do fancoil pode ser instalado diretamente no ambiente para cargas térmicas
menores ou iguais a 2 TR ou instalados em casas de máquinas, para cargas térmicas maiores do
que 2 TR, onde são interligados a dutos, que conduzem o ar condicionado aos ambientes a serem
climatizados.
69
O conjunto ventilador do fancoil pode ser do tipo centrífugo ou siroco, conforme a
necessidade do sistema quanto a pressão estática nos dutos.
Vide Anexos 10
Vide Anexos 10
Vide Anexo 11
70
REFERÊNCIAS
ALEXANDRE, Celso Simões. Distribuição de Ar. São Paulo: Nova Técnica Editorial, 2006.
COTRIN, Ademaro A. M. B. – Instalações Elétricas 3ª ed. – São Paulo: Makron Books, 1992.
KINDERMANN, G. Descargas atmosféricas. 2. ed. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1997. 134 p.
LEITE, D. M.; LEITE, C. M. Proteção contra descargas atmosféricas: Edificações, Baixas Tensões
e Linhas de dados. 5º Ed. São Paulo: Oficina de Mídia, 1930.
MORENO, H.; COSTA, P.F. Aterramento elétrico. São Paulo: Procobre - Instituto Brasileiro do
Cobre. s.d.39 p.
71
ÍNDICE
APRESENTAÇÃO .....................................................................................................................03
OBJETIVOS................................................................................................................................03
EMENTAS ...................................................................................................................................03
DISCIPLINA 1: Básico de Climatização …................................................................................05
UNIDADE 1.1: Conceitos Fundamentais …............................................................................... 05
1.1.1 Fundamentos da Física ….................................................................................................... 05
1.1.2 Propriedades Termodinâmicas ........................................................................................... 17
UNIDADE 1.2: Fundamentos do Ar-condicionado e Componentes de Refrigeração …............ 21
1.2.1 Ciclo Básico de refrigeração. ….......................................................................................... 21
1.2.2 Noções de Carga Térmica …............................................................................................... 24
1.2.3 Compressores ….................................................................................................................. 25
1.2.4 Condensadores …................................................................................................................ 29
1.2.5 Dispositivos de expansão......................................................................................................32
1.2.6 Evaporadores........................................................................................................................34
1.2.7 Componentes e Acessórios …..............................................................................................36
1.2.8 Fluídos Refrigerante …...................................................................................................... .42
UNIDADE 1.3: Ferramentas e Instrumentos …...........................................................................45
1.3.1 Ferramentas …......................................................................................................................45
1.3.2 Instrumentos e equipamentos....................…....................................................................... 45
UNIDADE 1.4: Eletricidade …....................................................................................................47
1.4.1 Eletricidade Básica …..........................................................................................................47
1.4.2 Diagramas Elétricos ….........................................................................................................51
1.4.3 Motores Elétricos ….............................................................................................................51
1.4.4 Comandos Elétricos …........................................................................................................ 53
DISCIPLINA 2: Climatização Aplicada …................................................................................ 57
UNIDADE 2.1: Ar Condicionado de Janela(ACJ) ….............................................................. .57
2.1.1 Componentes e Funcionamento …...................................................................................... 57
2.1.2 Diagramas Elétricos e Frigorígenos ….................................................................................57
2.1.3 Boletins Técnicos …............................................................................................................ 57
UNIDADE 2.2: Split …................................................................................................................58
2.2.1 Componentes e Funcionamento ….......................................................................................59
2.2.2 Diagramas Elétricos e Frigorígenos …............................................................................... 59
2.2.3 Boletins Técnicos …............................................................................................................59
UNIDADE 2.3: Self Contained …................................................................................................59
2.3.1 Componentes e Funcionamento …......................................................................................62
2.3.2 Diagramas Elétricos e Frigorígenos …................................................................................62
2.3.3 Boletins Técnicos …............................................................................................................62
UNIDADE 2.4 Splitão ….............................................................................................................63
2.4.1 Componentes e Funcionamento …......................................................................................63
2.4.2 Diagramas Elétricos e Frigorígenos …...............................................................................63
2.4.3 Boletins Técnicos …............................................................................................................63
UNIDADE 2.5 Chiller ….............................................................................................................64
2.5.1 Componentes e Funcionamento …......................................................................................65
2.5.2 Diagramas Elétricos, Frigorígenos e Hidráulicos …........................................................... 65
2.5.3 Boletins Técnicos …............................................................................................................65
UNIDADE 2.6: Torre de Resfriamento …...................................................................................65
2.6.1 Componentes e Funcionamento ….......................................................................................66
2.6.2 Diagramas Elétricos ….........................................................................................................66
2.6.3 Boletins Técnicos ….............................................................................................................66
UNIDADE 2.7: Ventilação …......................................................................................................66
2.7.1 Componentes e Funcionamento ….......................................................................................66
2.7.2 Diagramas Elétricos ….........................................................................................................66
2.7.3 Boletins Técnicos ….............................................................................................................66
UNIDADE 2.8: Motobombas …..................................................................................................67
2.8.1 Componentes e Funcionamento ….......................................................................................67
2.8.2 Diagramas Elétricos ….........................................................................................................67
2.8.3 Boletins Técnicos ….............................................................................................................67
UNIDADE 2.9: Dutos …..............................................................................................................68
2.9.1 Componentes e Funcionamento ….......................................................................................68
2.9.2 Diagramas Elétricos ….........................................................................................................68
2.9.2 Boletins Técnicos ….............................................................................................................68
UNIDADE 2.10: Fancoil ….........................................................................................................69
2.10.1 Componentes e Funcionamento ….....................................................................................70
2.10.2 Diagramas Elétricos ….......................................................................................................70
2.10.3 Boletins Técnicos …...........................................................................................................70
REFERÊNCIAS …......................................................................................................................71