Você está na página 1de 10

AGO 1999 NBR 13185

Materiais refratários densos -


Determinação da resistência à erosão

A.
s S.
ABNT-Associação à temperatura ambiente

obrá
Brasileira de
Normas Técnicas

Petr
Sede:

para
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar
CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680
Rio de Janeiro - RJ

siva
Tel.: PABX (021) 210 -3122
Fax: (021) 220-1762/220-6436

xclu
Endereço Telegráfico:
NORMATÉCNICA
Origem: Projeto NBR 13185:1997
CB-19 - Comitê Brasileiro de Refratários

so e
CE-19:002.01 - Comissão de Estudo de Métodos de Ensaios Físicos e
Térmicos de Materiais Refratários

de u
NBR 13185 - Dense refractory materials - Determination of erosion resistence
at room temperature

nça
Descriptors: Refractory materials. Erosion
Esta Norma foi baseada na ASTM C 704:1994

Lice
Copyright © 1999, Esta Norma substitui a NBR 13185:1994
ABNT–Associação Brasileira de Válida a partir de 30.09.1999
Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavras-chave: Materiais refratários. Erosão 10 páginas
Todos os direitos reservados

Prefácio 1 Objetivo

A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é Esta Norma especifica um método, através da perda de
o Fórum Nacional de Normalização. As Normas volume, para a determinação da resistência à erosão à
Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos temperatura ambiente de materiais refratários densos.
A.

Comitês Brasileiros (CB) e dos Organismos de Norma-


s S.

lização Setorial (ONS), são elaboradas por Comissões 2 Referências normativas


de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores
obrá

envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumi- As normas relacionadas a seguir contêm disposições
dores e neutros (universidades, laboratórios e outros). que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições
Petr

para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor


Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito no momento desta publicação. Como toda Norma está
para

dos CB e ONS, circulam para Votação Nacional entre os sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam
associados da ABNT e demais interessados. acordos com base nesta que verifiquem a conveniência
de se usarem as edições mais recentes das normas
siva

citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas


O conteúdo desta Norma sofreu alterações técnicas sig- em vigor em um dado momento.
xclu

nificativas com relação à sua edição anterior, desta-


cando-se as seguintes: caso o vacuômetro não indique
so e

NBR 6946:1994 - Material refratário - Determinação


53,2 kPa ± 2,6 kPa e não sejam encontradas anormali-
granulométrica por peneiramento de matérias-primas
dades, pode-se variar a pressão de entrada de ar esta-
de u

refratárias e refratários não-conformados - Método


belecida em 3.4.6.12, até que o vacuômetro indique os
de ensaio
valores definidos nesta subseção; outra modificação no
conteúdo técnico foi a eliminação da pressão do manô-
nça

metro definida como 450 kPa na edição anterior; em NBR 8382:1997 - Materiais refratários não-con-
Lice

3.4.6.22, foi alterado o número de ensaios realizados formados - Preparação de corpos-de-prova de


para fins de aferição do aparelho, ou seja, o aparelho de- concretos para projeção e concretos isolante e
ve ser aferido a cada 100 ensaios realizados ao invés de denso
a cada 500 ensaios, como estava estabelecido na edição
anterior desta Norma; outra alteração inserida, em 3.1, NBR 12173:1992 - Material refratário granulado fi-
foi a qualidade do vidro soda-cal para aferir o equipa- no - Determinação da massa específica aparente
mento, o qual não deve ser temperado solta - Método de ensaio
2 NBR 13185:1999

3 Método de ensaio d) vacuômetro com escala de 0 kPa a 101 kPa, clas-


se B, graduado de 2,7 kPa em 2,7 kPa, para medir o
3.1 Materiais vácuo produzido pelo ejetor;

Na execução deste ensaio, devem ser usados os mate- e) câmara de ensaio que impeça a dispersão de
riais descritos em 3.1.1 e 3.1.2. poeira durante o ensaio, sendo que a pressão interna
altera o desempenho do ejetor e é controlada pela
Lice

válvula-borboleta (ver figura 1, item 19);


3.1.1 Corpo-de-prova padrão: vidro soda-cal, sem têmpe-
ra, com dimensões de 115 mm x 115 mm x 10 mm.
nça

f) manômetro de coluna d’água para verificar a pres-


são da câmara, devendo ser capaz de medir um
3.1.2 Carbeto de silício preto, tipo rebolo, com as seguintes
de u

desnível de 60 mm de coluna de água;


características físicas:
so e

g) sistema de coleta de pó que recolha a poeira


a) massa específica aparente, na faixa de produzida durante o ensaio.
1,50 g/cm3 a 1,55 g/cm3, determinada conforme a
xclu

NBR 12173; 3.2.2 Paquímetro com resolução de 0,1 mm.


siva

b) distribuição granulométrica, conforme os valores 3.2.3 Balança com resolução de 0,1 g.


da tabela 1, a qual deve ser verificada conforme a
para

NBR 6946. 3.2.4 Estufa capaz de manter a temperatura a


110°C ± 5°C.
Petr

Tabela 1 - Distribuição granulométrica do carbeto de


silício 3.2.5 Peneiras de ensaio granulométrico, conforme a
obrá

NBR 6946.
Peneiras1), 2) % Retida
s S.

mm 3.3 Preparação dos corpos-de-prova


A.

3.3.1 Refratários conformados


0,840 Máximo 0,5
3.3.1.1 Os tijolos refratários podem ser submetidos ao en-
0,590 Máximo 25,0
saio de ataque à erosão, desde que os corpos-de-prova
0,297 Mínimo 80,0 sejam de formato retangular e retirados nas dimensões
nominais de 115 mm x 115 mm x 25 mm.
0,210 Máximo 1,0
NOTA - A tolerância nas dimensões é de ± 1 mm.
1)
Recomenda-se a utilização de carbeto de silício com grãos
3.3.1.2 De cada peça de amostra, retirar apenas um corpo-
arredondados, pois os agulhados ou lamelares dificultam o
ajuste do tempo de vazão.
de-prova.

2)
Exceto para a qualificação de materiais e para ensaios NOTA - Utilizar abafador de ruído, óculos de segurança e más-
interlaboratoriais, o mesmo material abrasivo pode ser utilizado cara contra pó para a retirada dos corpos-de-prova.
Lice

para a execução de até cinco ensaios consecutivos, desde


que este seja peneirado e esteja dentro da distribuição granu- 3.3.1.3 Retirar o corpo-de-prova no sentido de confor-
nça

lométrica da tabela. mação da peça de amostra, o qual deve conter uma das
superfícies originais da peça de amostra.
de u

3.2 Aparelhagem
NOTA - Para a retífica do corpo-de-prova, prendê-lo adequa-
so e

damente, além de utilizar o abafador de ruídos, óculos de segu-


3.2.1 Aparelho com o qual se executa o ensaio de ataque
rança e máscara contra pó.
de erosão, com os seguintes componentes:
xclu

3.3.1.4 Retificar uma das faces de 115 mm x 115 mm do


a) sistema de alimentação de material abrasivo, que
siva

corpo-de-prova para obtenção de boa planicidade e para-


deve fornecer ao ejetor massa de 1 kg de material lelismo. A diferença de altura em dois pontos quaisquer
abrasivo, no tempo de 450 s ± 15 s, em fluxo contínuo
para

do corpo-de-prova não pode ser superior a 0,5 mm.


(ver figura 1, itens 8, 9, 11 e 14);
NOTA - Ao colocar e retirar o corpo-de-prova da estufa, utilizar
Petr

b) ejetor de abrasivo que consiste em um compo- luvas de amianto de cano longo.


nente capaz de aspirar e projetar o material abrasivo
obrá

sobre o corpo-de-prova (ver figuras 2 a 7); 3.3.1.5 Após serem retificados, secar os corpos-de-prova
em estufa a (110 ± 5)°C, até obter massa constante.
s S.

c) manômetro com escala graduada de 0 kPa a


700 kPa, classe B, graduado de 14 kPa em 14 kPa 3.3.2 Concretos refratários densos
A.

ou de 7 kPa em 7 kPa, para verificar a pressão de ar


fornecida ao ejetor; Preparar os corpos-de-prova conforme a NBR 8382.
NBR 13185:1999 3

3.4 Procedimento ção do aparelho deve ser verificada conforme nota de


3.4.6.22.
3.4.1 Pesar os corpos-de-prova com exatidão de 0,1 (m1).
3.4.6.15 Fechar a válvula do vacuômetro e abrir a válvula
3.4.2 Medir as dimensões dos corpos-de-prova com exa- do abrasivo.

A.
tidão de 0,1 mm.

s S.
NOTA - Durante a alimentação do funil e a erosão do corpo-de-
3.4.3 Calcular o volume aparente (Va) dos corpos-de-
prova, usar máscara contra pó.
prova, em centímetros cúbicos, e expressar com uma casa

obrá
decimal. 3.4.6.16 Alimentar o funil (ver figura 1, item 8) com
1 000 g ± 5 g, de material abrasivo.

Petr
3.4.4 Calcular a massa específica aparente (Mea) pela
relação massa/volume (m1/Va), com aproximação de
NOTA - Usar máscara contra pó.
0,01 g/cm3.

para
3.4.5 A face a ser erodida deve ser a que melhor repre- 3.4.6.17 Medir o tempo para vazão do abrasivo. Se o tempo
sente as condições reais de aplicação (face de trabalho). for inferior a 7 min e 15 s ou superior a 7 min e 45 s, o en-

siva
saio deve ser invalidado e o funil dosador (ver figura 1,
3.4.5.1 Para corpos-de-prova de concreto refratário, erodir itens 9 e 10) deve ser recalibrado.

xclu
a face lisa que esteve em contato com o fundo da forma
de moldagem. 3.4.6.18 Fechar a válvula de ar.

so e
3.4.5.2 Para corpos-de-prova retirados de produtos confor- 3.4.6.19 Remover o corpo do ejetor.

de u
mados, erodir a face original da peça.
3.4.6.20 Remover o tubo de vidro.
3.4.6 No ensaio de erosão, deve-se seguir o prescrito em
3.4.6.21 Verificar se o tubo teve desgaste uniforme e, caso

nça
3.4.6.1 a 3.4.6.22.
o tubo apresente furos laterais, o ensaio deve ser aban-

Lice
3.4.6.1 Remover o corpo do ejetor. donado e as dimensões do ejetor devem ser verificadas.
3.4.6.2 Verificar as dimensões do tubo de vidro. 3.4.6.22 Retirar o corpo-de-prova da câmara de ensaio e
pesar com exatidão de 0,1 g (m2).
3.4.6.3 Instalar o tubo de vidro.
NOTA - Aferir o aparelho usando o corpo-de-prova padrão, de
NOTA - O tubo de vidro deve ser substituído a cada ensaio.
vidro soda-cal (115 mm x 115 mm x 10 mm), a cada 100 ensaios
3.4.6.4 Ajustar a altura do tubo de vidro. A extremidade realizados no aparelho ou a cada seis meses, dependendo do
superior deste deve ficar na mesma altura que a extremi- que ocorrer primeiro. O resultado dos ensaios em três corpos-
dade superior da guia. de-prova deve apresentar média entre 6,5 cm3 e 8,0 cm3, e a
diferença entre os valores máximo e mínimo não pode ser su-
3.4.6.5 Verificar a altura do tubo, apoiando uma régua so- perior a 0,5 cm3.
bre a guia.
3.5 Expressão dos resultados
3.4.6.6 Lubrificar os anéis “O” com vaselina e reinstalar o
corpo do ejetor. Calcular a perda de material por erosão (∆V) através da
seguinte expressão:
A.

3.4.6.7 Colocar o corpo-de-prova na câmara (ver figura 1, m -m


∆V = 1 2
s S.

item 15), apoiado sobre o suporte (ver figura 1, item 17).


Mea
3.4.6.8 Regular o suporte, de modo que a face a ser erodida onde:
obrá

fique distante 200 mm da extremidade do tubo de vidro.


∆V é a perda de material após o ensaio de erosão,
Petr

3.4.6.9 Fechar a câmara de ensaio. em centímetros cúbicos;


3.4.6.10 Fechar a válvula do abrasivo e abrir a válvula do m1 é a massa do corpo-de-prova antes do ensaio,
para

vacuômetro. em gramas;
3.4.6.11 Abrir a válvula-borboleta e a válvula de ar para o
siva

m2 é a massa do corpo-de-prova após o ensaio, em


ejetor.
gramas;
xclu

3.4.6.12 Ajustar o regulador de entrada de ar até que o va-


cuômetro indique 53,2 kPa ± 2,6 kPa. Mea é a massa específica aparente do corpo-de-
prova (relação massa/volume), em gramas por
so e

3.4.6.13 Regular a pressão da câmara de ensaio, fechando centímetros cúbicos.


a válvula-borboleta, até que o manômetro de coluna
de u

d’água mostre uma diferença de nível de 30 mm. 3.6 Relatório de ensaio

NOTA - É recomendável, como medida de segurança, que o 3.6.1 A perda de material por erosão (∆V) deve ser
nça

aparelho possua válvula de segurança contra uma pressuri- expressa em centímetros cúbicos, com uma casa decimal.
Lice

zação excessiva na câmara.


3.6.2 O certificado de resultados de ensaio deve consignar
3.4.6.14 Verificar se o vacuômetro está indicando a média aritmética da perda de material (∆V) dos corpos-
53,2 kPa ± 2,6 kPa. Valores diferentes significam anormali- de-prova ensaiados e os resultados individuais destes.
dade no ejetor, posicionamento incorreto do tubo de vidro
ou vazamento pelas válvulas (ver figura 1, item 14). Caso 3.6.3 Fazer constar no certificado a pressão de vácuo em
não sejam constatadas anormalidades, pode-se variar a MPa (megapascal), antes de se ter iniciado o ensaio,
pressão de ar estabelecida em 3.4.6.12 de forma a se assim como o tempo gasto para dar vazão dentro da
obter o vácuo desejado. Em qualquer situação, a aferi- câmara a todo o material abrasivo utilizado no ensaio.
4 NBR 13185:1999

Lice
nça
de u
so e
xclu
siva
para
Petr
obrá
s S.
A.

Itens Quant. Descrição

1 - Entrada de ar
Lice

2 1 Válvula-esfera
3 1 Regulador de pressão e filtro de ar
nça

4 1 Manômetro
5 1 Conjunto do ejetor
de u

6 1 Tubo de vidro descartável


7 1 Entrada de abrasivo
so e

8 1 Funil: entrada 120 mm x saída 15 mm


9 1 Funil dosador de abrasivo: entrada 75 mm x saída 10 mm
xclu

10 1 Bico dosador para regulagem da duração do ensaio


11 1 Funil de aspiração: entrada 100 mm x saída 10 mm
siva

12 1 Placa de plástico ou metal para proteção do funil


13 1 Vacuômetro
14 2 Válvula-esfera
para

15 1 Câmara 310 mm x 650 mm x 220 mm


16 1 Porta com vedação
Petr

17 1 Apoio regulável para corpo-de-prova


18 1 Fundo inclinado para a coleta do abrasivo usado
obrá

19 1 Válvula-borboleta para ajuste da pressão


20 - Saída de poeira para o coletor (tubo de PVC)
s S.

21 1 Manômetro de coluna d’água (tubo de vidro ou plástico)


22 1 Escala graduada
A.

23 - Tubo de borracha
24 - Tubo de náilon

Figura 1 - Aparelho para determinar a resistência à erosão


Lice
nça
NBR 13185:1999

de u
so e
xclu
siva
para
Petr
obrá
s S.
A.

Figura 2 - Conjunto do ejetor


Lice
nça
de u
so e
xclu
siva
para
Petr
obrá
s S.
A.
5
6 NBR 13185:1999

Dimensões em milímetros
Lice
nça
de u
so e
xclu
siva
para
Petr
obrá
s S.
A.

NOTA - Material: aço temperado AISI 1045, 4130 ou 410 (não-revenido).


Tolerâncias não indicadas: ± 0,1 mm.
Lice

Figura 3 - Corpo do ejetor


nça
de u
so e
xclu
siva
para
Petr
obrá
s S.
A.
NBR 13185:1999 7

Dimensões em milímetros

A.
s S.
obrá
Petr
para
siva
xclu
so e
de u
nça
Lice
A.
s S.

NOTA - Tolerâncias não indicadas: ± 0,1 mm.


obrá

Figura 4 - Guia do tubo de vidro


Petr
para
siva
xclu
so e
de u
nça
Lice
8 NBR 13185:1999

Dimensões em milímetros
Lice
nça
de u
so e
xclu
siva
para
Petr
obrá
s S.
A.

NOTA - Material: aço temperado AISI 1045, 4130 ou 410 (não revenido).
Tolerâncias não indicadas: ± 0,1 mm.

Figura 5 - Bico de ar
Lice
nça
de u
so e
xclu
siva
para
Petr
obrá
s S.
A.
NBR 13185:1999 9

Dimensões em milímetros

A.
s S.
obrá
Petr
para
siva
xclu
so e
de u
nça
Lice

NOTA - Material: vidro borossilicato.

Figura 6 - Tubo de vidro


A.
s S.
obrá
Petr
para
siva
xclu
so e
de u
nça
Lice
10 NBR 13185:1999

Dimensões em milímetros
Lice
nça
de u
so e
xclu
siva
para
Petr
obrá
s S.
A.

Lice
nça

NOTA - Material: politetrafluoretileno (PTFE) ∅ 1”.


de u

Figura 7 - Bico dosador


so e
xclu
siva
para
Petr
obrá
s S.
A.

Você também pode gostar