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Universidade Federal de Itajubá

Instituto de Engenharia Mecânica

Data: 15/06/2020

Grupo:

Nome: Matrícula:

1) Vapor a 0,6 Mpa e 200 °C entra num bocal isolado termicamente com uma velocidade de
50 m/s e sai, com velocidade de 600 m/s, a pressão de 0,15 Mpa. Determine, no estado
final, a temperatura do vapor se este estiver superaquecido ou o título se estiver
saturado.

DADOS:

Pe = 600 kPa

Ps = 150 kPa

T = 200°C

Ve = 50 m/s

Vs = 600 m/s

A partir da primeira lei da termodinâmica, tem-se:

dEvc /dt = Qvc - Wvc +∑ me (he + ½ Ve² + gze) -∑ ms (hs + ½ Vs² + gzs)
𝑒 𝑠

Hipóteses:

1- Regime Permanente

2- Transferência de calor pode ser desprezada (isolado)

3- Energia potencial desprezada

4- Como o problema refere-se a um bocal, não há partes móveis, portanto não há trabalho.

5- Uma entrada e uma saída.


Assim:

dEvc /dt = Qvc - Wvc + ∑me (he + ½ Ve² + gze) - ∑ms (hs + ½ Vs² + gzs)
𝑒 𝑠

Temos então:

me (he + ½ Ve² ) = ms (hs + ½ Vs² )

Como a massa de entrada é igual a massa de saída:

he + ½ Ve² = hs + ½ Vs²

hs= he + ½ (Ve² - Vs²)

Ao analisar a tabela termodinâmica tem-se que a 600 kPa e 200°C:

he = 2850,12 kJ/kg

Portanto:

hs= 2850,12 + ½ (50² - 600²)10^-3 kJ/kg

hs= 2.671,37 kJ/kg

Visto que a entalpia do vapor saturado a 150 kPa é de 2693,54 kJ/ kg , conclui se que no estado
final o vapor está na condição de saturação, portanto devemos calcular o título:

x = (h-hl) / (hv-hl)

Mediante dados da tabela, tem-se:

hl = 467,08 kJ/kg

hv = 2693,54 kJ/kg

Assim:

x = (2671,37-467,08) / (2693,54-467,08)

x = 0,99004

x = 99%
2) Uma turbina é alimentada com 100 kg/s de vapor a 15 MPa e 600 °C. Num estágio
intermediário, onde P= 2 MPa e T = 350 °C, é realizada uma extração de 20 kg/s. Na
seção final de descarga, a pressão e o título são, respectivamente, 75 kPa e 95%.
Admitindo que a turbina seja adiabática e que as variações de energia cinética e
potencial sejam desprezíveis, determine a potência da turbina.

DADOS:

ṁe = 100 kg/s

Pe = 15.000 kPa

T1 = 600°C

Ps = 75 kPa

x = 95%

DADOS (ESTÁGIO INTERMEDIÁRIO)

P = 2000 kPa

T = 350°C

ṁ= 20 kg/s

Aplicando a primeira lei da termodinâmica, tem-se:

dEvc /dt = Qvc - Ẇ +∑ ṁe (he + ½ Ve² + gze) -∑ ṁs (hs + ½ Vs² + gzs)


𝑒 𝑠

Hipóteses:

1- O processo ocorre em regime permanente;

2- Uma entrada e saída;

3- Processo adiabático;

4- Massa que entra é igual a massa que sai;

5- A energia potencial e cinética são desprezadas.

Assim:
dEvc /dt = Qvc - Ẇ + ∑ṁe (he + ½ Ve² + gze) - ∑ṁs (hs + ½ Vs² + gzs)
𝑒 𝑠

Ẇ = ṁe he - ṁs hs

No estado 1:
P1 = 15.000 kPa
T1 = 600°C > T sat (vapor superaquecido)
Ao analisar a tabela, obtém-se:
h1 = 3582,30 kJ/kg

No estado 2 (estágio intermediário):


P2 = 2000 kPa
T2 = 350°C > T sat (vapor superaquecido)
Mediante os dados da tabela:
h2 = 3136,96 kJ/kg

No estado 3:
P3 = 75 kPa
x = 95% (vapor saturado)
Usando de:
h = hl + x(hv-hl)
De acordo com a tabela termodinâmica:
hl = 384,36 kJ/kg
hv = 2662,96 kJ/kg
Substituindo os valores:
h3 = hl + x(hv-hl)
h3 = 384,36+ 0,95(2278,59)
h3 = 2549,0205 kJ/kg
Finalmente temos que:
Ẇ = ṁe he - ṁs hs
Ẇ = 100*3582,30 - (20* 3136.96 + 80 * 2549,0205)
Ẇ = 91.569,16 kPa

3) A figura mostra o esquema de um difusor isolado que é alimentado com ar a 300 K, 100
kPa e à velocidade de 200 m/s. As áreas das seções transversais de alimentação e
descarga são, respectivamente, iguais a 100 mm² e 860 mm². A velocidade do ar na
descarga do difusor é 20 m/s. Determine a pressão e a temperatura do ar na saída.

DADOS:

Ve = 200 m/s

Pe = 100 kPa

Te = 300 K

Vs = 20 m/s

Ae = 100 mm²

As = 860 mm²

Aplicando a primeira lei da termodinâmica, temos:

dEvc /dt = Qvc - Ẇ +∑ ṁe (he + ½ Ve² + gze) -∑ ṁs (hs + ½ Vs² + gzs)


𝑒 𝑠

Hipóteses:

1- O processo ocorre em regime permanente;

2- A transferência de calor pode ser desprezada;

3- A energia potencial pode ser desprezada;

4- Uma entrada e uma saída;

5- Massa que entra é igual a massa que sai;

6- Não há trabalho envolvido no processo.

Assim:

dEvc /dt = Qvc - Ẇ + ∑ṁe (he + 1/2V²e+ gze) - ∑ṁs (hs +1/2V²s + gzs)
𝑒 𝑠
he + 1/2V²e = hs +1/2V²s

hs - he = 1/2V²e - 1/2V²s

Para um gás ideal:

hs - he = Cp (Ts-Te)

Onde:

Cp = 1005 kJ/ kg.K

Portanto:

1/2V²e - 1/2V²s = Cp (Ts-Te)

Substituindo os valores:

½*200² - ½*20² = 1005(Ts - 300)

Ts = 319,7015 K

Para calcular Ps usamos de:

(Pe*Ve)/Te = (Ps *Vs)/Ts

Primeiramente devemos calcular os volumes específicos que entra e sai. Assim:

P*v = n R T

Pe*ve = R(ar)*Te

A constante de gás do ar é:

R(ar) = 0,287058 kJ/kg·K

Substituindo os valores:

ve = ( 0,287058* 300)/100

ve = 0,861174 m³/kg

Como o exercício não nos forneceu a pressão de saída, devemos calcular o vs de outra forma.

Como a massa que entra é igual a massa que sai, tem-se:

ṁe = ṁ s

(Ae Ve)/ve = (As Vs)/vs


vs = (As Vs)ve / (Ae Ve)

Substituindo os valores:

vs = (860* 20)0,861174 / (100*200)

vs = 0,74060964 m³/kg

Finalmente temos:

(Pe*ve)/Te = (Ps *vs)/Ts

(100*0,861174)/300 = (Ps *0,74060964)/319,7015

Ps = 123,9153 kPa

4) Uma turbina é alimentada com 2 kg/s de água a 1 MPa , 350 °C e com velocidade de 15
m/s. O vapor é descarregado da turbina 100 kPa e 150 °C. A Velocidade na seção de
descarga é pequena. Determine o trabalho específico e a potência gerada pela turbina.

DADOS:

ṁ1 = 2 kg/s

P1 = 1000 kPa

T1 = 350°C

v1 = 15m/s

P2 = 100 kPa

T2 = 150°C

Aplicando a primeira lei da termodinâmica, tem-se:

dEvc /dt = Qvc - Ẇ +∑ ṁe (he + ½ Ve² + gze) -∑ ṁs (hs + ½ Vs² + gzs)


𝑒 𝑠

Hipóteses:

1- O processo ocorre em regime permanente;

2- A transferência de calor pode ser desprezada (processo adiabático);

3- A energia potencial pode ser desprezada;


4- Uma entrada e uma saída;

5- Massa que entra é igual a massa que sai.

6- A velocidade de saída pode ser desprezada.

Assim, obtemos:

dEvc /dt = Qvc - Ẇ + ∑ṁe (he + ½ Ve² + gze) - ∑ṁs (hs + ½ Vs² + gzs)
𝑒 𝑠

Ẇ = ṁe ( he + ½ Ve²) - ṁs (hs + ½ Vs²)


Na fase 1, tem-se:

P1 = 1000 kPa

T1 = 350°C > T sat (vapor superaquecido)

Mediante o uso da tabela:

h1 = 3157,65 kJ/kg

Na fase 2:

P2 = 100 kPa

T2 = 150°C > T sat (vapor superaquecido)

Analisando novamente a tabela:

h2 = 2776,38 kJ/kg

Assim:

Ẇ = ṁe ( he + ½ Ve²) - ṁs (hs + 0)
Ẇ = 2 . (3157,65 + (½ 15² . 10^-3)) - 2 . ( 2776,38)
Ẇ = 762,765 kW

Ademais, o trabalho específico é dado:


Ẇ/ ṁ
W/m = 762,765/ 2
W/m = 381,3825 kJ/kg

5) Uma turbina a vapor d’água é alimentada com vapor proveniente de duas caldeiras. Uma
gera 5 kg/s de vapor a 3 MPa e 700 °C. A outra gera 15 kg/s de vapor a 800 kPa e 500 °C.
A turbina descarrega o vapor a 10 kPa e com título igual a 96%. Admitindo que a turbina
seja adiabática, determine sua potência fornecida.

DADOS:

ṁ1 = 5 kg/s

P1 = 3000 kPa

T1 = 700°C

ṁ2 = 15 kg/s

P2 = 800 kPa

T2 = 500°C

P3 = 10 kPa

x = 96%

Aplicando a primeira lei da termodinâmica, tem-se:

dEvc /dt = Qvc - Ẇ +∑ ṁe (he + ½ Ve² + gze) -∑ ṁs (hs + ½ Vs² + gzs)


𝑒 𝑠

Hipóteses:

1- O processo ocorre em regime permanente;

2- A transferência de calor pode ser desprezada (processo adiabático);

3- A energia potencial e cinética podem ser desprezadas;

4- Uma entrada e uma saída;

5- Massa que entra é igual a massa que sai.

Assim, obtemos:

dEvc /dt = Qvc - Ẇ + ∑ṁe (he + ½ Ve² + gze) - ∑ṁs (hs + ½ Vs² + gzs)
𝑒 𝑠

Ẇ = ṁe he - ṁs hs

Na fase 1, tem-se:

P1 = 3000 kPa
T1 = 700°C > T sat (vapor superaquecido)

Mediante o uso da tabela:

h1 = 3911,72 kJ/kg

Na fase 2:

P2 = 800 kPa

T2 = 500°C > T sat (vapor superaquecido)

Analisando novamente a tabela:

h2 = 3480,60 kJ/kg

Finalmente, na fase 3 tem-se:

P3 = 10 kPa

x = 96% (vapor saturado)

Então:

h = hl + x(hv-hl)

Por meio da tabela:

hl = 191,81 kJ/kg
hv = 2584,63 kJ/kg
Substituindo os valores:
h3 = hl + x(hv-hl)
h3 = 191,81 + 0,96(2392,82)
h3 = 2488,9172 kJ/kg
Dessa forma:
Ẇ = ṁe he - ṁs hs
Ẇ = (5*3911,72 + 15*3480,60) - (20*2488,9172)
Ẇ = 21.989,256 kW

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