Você está na página 1de 8

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS - ISPTEC

Índice
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 2
2. OBJECTIVOS ........................................................................................................... 2
2.1. OBJECTIVO GERAL ....................................................................................... 2
2.2. OBJECTIVOS ESPECÍFICOS .......................................................................... 2
3. RAIO DA CURVATURA DE TRÊS ESFERAS ................................................. 3
4. MÉTODO EXPERIMENTAL .................................................................................. 4
4.1. RAIO DA CURVATURA DE TRÊS ESFERAS .............................................. 4
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................ 5
6. CONCLUSÃO .......................................................................................................... 7
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 8

Página 1|8
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS - ISPTEC

1. INTRODUÇÃO

A medição é um processo no qual o resultado é o valor medido. O resultado


da medição é um pedaço de informação do processo de fabricação ou do serviço.
Esses processos de medição fornecem resultados que, por sua vez, precisam ser
gerenciados.

Na Física é de extrema importância a utilização correta das unidades de medidas.


Uma informação padronizada de medidas evita problemas em relação aos resultados de
comunicação entre escaladores. O conteúdo de Grandezas e Medidas é essencial para o
conhecimento prático das pessoas.

Em ciência e tecnologia, é fundamental a realização de medidas de grandezas


físicas. Estas grandezas podem ser, por exemplo, comprimentos, intervalos de tempo,
voltagem entre dois pontos, carga elétrica transportada, intensidade luminosa, e muitas
outras. Para se caracterizar o sistema de freios de um automóvel, por exemplo, realiza-se
uma medida da distância percorrida após o acionamento dos freios quando o carro se
movia a uma certa velocidade. Ao se realizar uma medida, há sempre fontes de erro que
a afetam. As fontes de erro fazem com que toda medida realizada, por mais cuidadosa
que seja, esteja afetada por um erro experimental.

2. OBJECTIVOS

2.1.OBJECTIVO GERAL

▪ Executar medições dos raios de curvatura utilizando meios com resoluções

adequadas.

2.2. OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

➢ Determinar o raio da curvatura de três vidros de relógio utilizando um


esferómetro.

➢ Analisar os erros presentes nas medições.

Página 2|8
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS - ISPTEC

3. RAIO DA CURVATURA DE TRÊS ESFERAS

O centro de curvatura consiste no centro de uma esfera da qual fazem parte a


superfície de uma lente esférica e de um espelho esférico. O raio de curvatura é o raio
dessa esfera. Num ponto P de uma curva, diz-se do segmento r de comprimento igual
ao inverso da curvatura e dirigido na seminormal à dita curva em P e situada do lado
da sua concavidade. Intuitivamente pode-se definir o raio de curvatura como o raio do
círculo osculador (círculo tangente a uma curva num determinado ponto e cuja
curvatura coincide nesse ponto com a da curva).

Esferómetro: é um instrumento usado para a medição precisa do raio de curvatura de


uma esfera ou superfície curva calibrado através de uma barra de vidro.

Figura 1. Esferómetro

Teorema de Pitágoras obtido na esfera (lentes):

𝑅 2 = 𝑎2 + (𝑅 − ℎ)2

𝑎2 + 𝑅 2 − 2𝑅ℎ + ℎ2

𝑎2 +ℎ2
𝑅= 2ℎ

O valor de a depende das posições dos pontos de apoio e foi indicado no laboratório.
Assim o raio R pode ser determinado medindo a altura h com um comparador.

Página 3|8
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS - ISPTEC

4. MÉTODO EXPERIMENTAL

4.1. RAIO DA CURVATURA DE TRÊS ESFERAS

Na primeira parte, para a medição do raio da curvatura de três vidros de relógio usamos
os seguintes procedimentos para completar a nossa experiência:
I. Procedimento: Preparamos os instrumentos necessários, isto é, esferómetro, três
esferas de vidro e uma fita métrica. Utilizamos o esferómetro para medir o raio
de curvatura em cada vidro calibrando os pontos de apoio na distância de 15mm,
25mm e 32mm;

Figura 1: Esferômetro e três lentes esféricos

II. Procedimento: Posicionamos o esferómetro em diferentes pontos dos vidros


para registar a variação da h de acordo com resultados do instrumento.
Calculamos o desvio padrão, erro da média e o raio da curvatura.

Página 4|8
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS - ISPTEC

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

I. Inicialmente determinamos as alturas médias de cada esfera fazendo o somatório


das alturas e dividir por número de dados feitos no esferômetro, conforme os
resultados na tabela 1.

Vidro menor (a = 15 mm) Vidro médio (a = 25 mm) Vidro maior (a = 32 mm)

1,73 3,80 4,68

1,65 3,81 4,47

1,49 3,83 4,19

1,41 3,87 4,30

1,46 3,88 4,14

1,38 3,89 4,39

1,50 3,90 4,21

1,42 3,91 4,33

1,35 3,93 4,27

1,69 3,99 4,98


Valor da média: 1,50 mm Valor da média: 3,88 mm Valor da média: 4,39 mm

Tabela 1: Altura média

Página 5|8
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS - ISPTEC

II. Em seguida os valores do (a) erro e do (b) desvio padrão obtemos a partir das
∑𝑛
𝑖=1(ℎ𝑖 −ℎ𝑚 )
2 ∑𝑛
𝑖=1(ℎ𝑖 −ℎ𝑚 )
2
fórmulas (a) 𝛿ℎ = √ ; (b) 𝛿ℎ = √ apresentando os
𝑛∗(𝑛−1) 𝑛
seguintes resultados na tabela 2:

Distância dos vidros Erros Desvio padrão


15 mm 0,042 0,128

25 mm 0,018 0,054

32 mm 0,081 0,244

Tabela 2: Erros e Desvio padrão

III. Para obtermos o valor do raio (𝑹 = 𝑹𝒎 ± 𝜹𝑹) usaremos a altura média, raio
ℎ2 ℎ2
médio 𝑅𝑚 = 2ℎ𝑚 e a variação do raio 𝛿𝑅 = |2ℎ𝑚2 | ∗ 𝛿ℎ expressando o resultado
𝑚 𝑚

na tabela 3.

Distância Altura média Raio médio Variação da altura Raio


15 mm 1,50 0,75 11,39 (𝟎, 𝟕𝟓 ± 𝟏𝟏, 𝟑𝟗)
25 mm 3,88 1,94 17,51 (𝟏, 𝟗𝟒 ± 𝟏𝟕, 𝟓𝟏)
32 mm 4,39 2,19 28,85 (𝟐, 𝟏𝟗 ± 𝟐𝟖, 𝟖𝟓)
Tabela 3: Os valores do raio

Página 6|8
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS - ISPTEC

6. CONCLUSÃO

Nos trabalhos comuns de laboratório, onde se realiza uma série de 5 medidas,


recomenda-se utilizar o desvio médio absoluto. No caso de medidas de alta precisão em
que os erros sistemáticos são minimizados, recomenda-se o desvio padrão do valor médio.
O desvio padrão médio representa melhor o valor mais provável, pois representa a
dispersão da média de vários subconjuntos dos n medidas de uma grandeza e não dos
valores individuais, como no caso do desvio médio absoluto.

Fizemos uma série de medidas e, a partir delas, obtivemos uma média para as
grandezas medidas. A partir destas médias, calculamos o valor experimental da
gravidade. Os resultados foram satisfatórios e condizem com a realidade; os erros são
explicados pela falha da experiência no manuseio dos instrumentos, caso que deverá ser
minimizado com o decorrer das novas experiências a serem realizadas.

Conclui-se então que ao fazer os cálculos, não é possível obter uma medida exata,
mas podemos obter medidas precisas, levando em consideração os erros.

Página 7|8
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS - ISPTEC

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

▪ Tipler, P. Mosca, G. Física. 5. Ed., Vol. 1. Rio de Janeiro: LTC, 2006, p.3 – 17
▪ Haliday, D., Resnick, R., Walker, J. Fundamentos de Física. 7. Ed., Vol 1; Rio
de Janeiro: LTC, 2006, p.2 - 13

Página 8|8

Você também pode gostar