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TRANSFERÊNCIA DE CALOR

Prof. Marlon Lemos


Multivix Vitória

06 de junho de 2023
CONSIDERAÇÕES FLUIDODINÂMICAS
• Ao analisar o escoamento externo, é necessário perguntar somente
se o escoamento é laminar ou turbulento. Entretanto, em um
escoamento interno, também temos que estar atentos para a
existência de regiões de entrada e plenamente (ou completamente)
desenvolvidas.
CONDIÇÕES DE ESCOAMENTO
• Sabemos que, quando o fluido entra em contato com a superfície, os
efeitos viscosos se tornam importantes e uma camada-limite se
desenvolve com o aumento de x. Esse desenvolvimento ocorre à
custa do encolhimento da região de escoamento não viscoso e
termina com a fusão da camada-limite no eixo central do tubo. Após
essa fusão, os efeitos viscosos se estendem ao longo de toda a
seção transversal do tubo e o perfil de velocidades não mais se altera
com o aumento de x. Diz-se, então, que o escoamento está
plenamente desenvolvido.
CONDIÇÕES DE ESCOAMENTO

• O número de Reynolds para o escoamento em um tubo circular é


definido como

• sendo um a velocidade média do fluido na seção transversal e D o


diâmetro do tubo.
CONDIÇÕES DE ESCOAMENTO
• Em um escoamento plenamente desenvolvido, o número de
Reynolds crítico, que corresponde ao surgimento de turbulência, é

• Para o escoamento laminar (ReD ≲ 2300), o comprimento de entrada


fluidodinâmica pode ser obtido a partir de uma expressão com a
forma
CONDIÇÕES DE ESCOAMENTO
• Embora não exista expressão geral satisfatória para o comprimento
de entrada em um escoamento turbulento, sabemos que ele é
aproximadamente independente do número de Reynolds e que,
como uma primeira aproximação
A VELOCIDADE MÉDIA
• Uma vez que a velocidade varia ao longo da seção transversal e não
há uma corrente livre bem definida, é necessário trabalhar com uma
velocidade média um ao lidar com escoamentos internos.

• Fica evidente que, para o escoamento em um tubo circular, o número


de Reynolds se reduz a
FLUXO TÉRMICO NA SUPERFÍCIE
CONSTANTE
• Através do balanço de energia (advindas da 2ª Lei da
Termodinâmica):
FLUXO TÉRMICO NA SUPERFÍCIE
CONSTANTE
• Um sistema para aquecer água de uma temperatura de entrada Tm,ent = 20
°C até uma temperatura de saída Tm,sai = 60 °C envolve a passagem da
água através de um tubo de parede espessa, com diâmetros interno e
externo de 20 e 40 mm. A superfície externa do tubo encontra-se isolada, e
aquecimento elétrico no interior da parede fornece uma taxa de geração
uniforme de 106 W/m3.
• Para uma vazão mássica da água ṁ = 0,1 kg/s, qual deve ser o
comprimento do tubo para que a temperatura de saída desejada seja
alcançada?
• Se a temperatura da superfície interna do tubo em sua saída for Ts,sai = 70
°C, qual é o coeficiente de transferência de calor por convecção local na
saída do tubo?
água ( Tm= 313 K): cp = 4179 J/(kg · K)
TEMPERATURA SUPERFICIAL
CONSTANTE
• Nessa caso:
TEMPERATURA SUPERFICIAL
CONSTANTE
• Vapor d’água condensando sobre a superfície externa de um tubo
circular de parede fina, com diâmetro D=50 mm e comprimento L=6
m, mantém uma temperatura na superfície externa uniforme de 100
°C. Água escoa através do tubo a uma vazão de ṁ = 0,25 kg/s, e
suas temperaturas na entrada e na saída do tubo são Tm,ent = 15 °C
e Tm,sai = 57 °C. Qual é o coeficiente convectivo médio associado ao
escoamento da água?
• água ( Tm= 36 °C): cp = 4178 J/(kg · K)
ESCOAMENTO LAMINAR EM TUBO
CIRCULAR
• Fluxo térmico constante:

• Temperatura na superfície constante:

• Também existem correlações na região de entrada, porém não serão


abordados nesse instante
ESCOAMENTO TURBULENTO EM TUBO
CIRCULAR
• Para escoamentos turbulentos plenamente desenvolvidos em um
tubo circular liso, o número de Nusselt local pode ser obtido com a
equação de Dittus-Boelter

• com n = 0,4 para o aquecimento (Ts > Tm) e n = 0,3 para o


resfriamento (Ts < Tm). Essas equações foram confirmadas
experimentalmente na seguinte faixa de condições
ESCOAMENTO TURBULENTO EM TUBO
CIRCULAR
• Para escoamentos caracterizados por grandes variações das
propriedades, é recomendada a equação a seguir, proposta por
Sieder e Tate

• na qual todas as propriedades, com exceção de μs, são estimadas a


Tm. Com uma boa aproximação, as correlações anteriores podem ser
utilizadas em condições de temperatura na superfície e de fluxo
térmico uniformes.
ESCOAMENTO TURBULENTO EM TUBO
CIRCULAR
• Embora as Equações as duas correlações anteriores sejam de fácil
utilização e certamente satisfatórias para os propósitos deste texto, o
seu uso pode resultar em erros de até 25 %. Esses erros podem ser
reduzidos a menos de 10 % com o uso de correlações mais recentes,
porém normalmente mais complexas.
TUBOS NÃO CIRCULARES
• Muitas aplicações em engenharia envolvem o transporte por
convecção em tubos não circulares.
• Entretanto, pelo menos como uma primeira aproximação, muitos dos
resultados para tubos circulares podem ser empregados com a
utilização de um diâmetro efetivo como o comprimento característico.
Ele é conhecido por diâmetro hidráulico e definido como

• com Atr e P sendo a área de seção transversal do escoamento e o


perímetro, respectivamente.
TUBOS NÃO CIRCULARES
REGIÃO ANULAR ENTRE TUBOS
CONCÊNTRICOS
• Muitos problemas de escoamentos internos envolvem a transferência
de calor em uma região anular entre tubos concêntricos. Um fluido
passa no espaço formado pelos tubos concêntricos (região anular), e
transferência de calor por convecção pode ocorrer tanto da superfície
do tubo interno quanto da superfície do tubo externo.
REGIÃO ANULAR ENTRE TUBOS
CONCÊNTRICOS
• Os números de Nusselt correspondentes possuem a forma

• Uma vez que coeficientes de transferência de calor diferentes estão


associados às superfícies interna e externa da região anular.
REGIÃO ANULAR ENTRE TUBOS
CONCÊNTRICOS
• Para o caso de escoamento laminar plenamente desenvolvido com
uma superfície termicamente isolada e a outra a uma temperatura
constante, Nui ou Nue podem ser obtidos de forma tabular.
REGIÃO ANULAR ENTRE TUBOS
CONCÊNTRICOS
REGIÃO ANULAR ENTRE TUBOS
CONCÊNTRICOS
• Se condições de fluxo térmico uniforme estão presentes em ambas
as superfícies, os números de Nusselt podem ser calculados por
expressões na forma
REGIÃO ANULAR ENTRE TUBOS
CONCÊNTRICOS
TRANSFERÊNCIA DE CALOR

Prof. Marlon Lemos


Multivix Vitória

06 de junho de 2023

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