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Questionário Trocadores - Unidade 01

Cilindro em escoamento cruzado


Explique as características especiais presentes no desenvolvimento da
camada-limite no escoamento de um fluido sobre um cilindro circular em escoamento
cruzado.

Existem algumas particularidades no desenvolvimento da CL no escoamento


cruzado de um fluido sobre um cilindro circular, como o ponto de estagnação frontal, o ponto
de separação e transição para o regime turbulento.
O ponto de estagnação frontal ocorre em θ = 0°, local onde a pressão é máxima e a
velocidade do fluido é zero. A partir do ponto de estagnação, a CL irá se desenvolver em
um gradiente de pressão favorável, havendo uma aceleração no fluido. Em determinado
momento, a CL passa a ser regida por um gradiente de pressão desfavorável,
desacelerando o fluido e fazendo com que haja o desprendimento ou separação da
camada. Após isso, forma-se uma região onde predomina o regime turbulento,
caracterizada pela formação de vórtices chamada esteira, que se estende até uma certa
distância.

Como a separação da camada-limite, em escoamento cruzado sobre um cilindro, é


afetada se o escoamento a montante for laminar ou turbulento?

A separação da CL é afetada pelo tipo de escoamento a montante. Caso o número


de Reynolds seja menor ou igual ao valor crítico, ou seja, o escoamento for laminar, a
camada limite irá se desprender em um ângulo menor caso o escoamento seja turbulento.
Isso acontece porque no escoamento turbulento há uma transferência de de movimento
maior que no laminar.

Como a variação do coeficiente convectivo local de um cilindro circular com


escoamento cruzado é afetada pela separação da camada-limite? Onde ocorrem
máximos e mínimos locais do coeficiente convectivo sobre a superfície?

Como a separação da camada limite implica na formação das esteiras que são
caracterizadas pela turbulência e maiores números de Reynolds, haverá um aumento no
valor do coeficiente convectivo nessas localidades.
Para valores de ReD ≥ 10^5 existem dois pontos de mínimo: até o primeiro mínimo
Nuθ cai devido ao desenvolvimento da CL laminar. Após isso, Nuθ cresce na transição e
volta a cair no desenvolvimento da CL turbulenta, até o momento em que ocorre a
separação. Para valores de ReD ≤ 10^5 há um ponto de mínimo, onde ocorre a separação.
O ponto máximo de Nuθ ocorre na região de formação dos vórtices na esteira.

Matriz tubular

Como o coeficiente de transferência de calor varia de acordo com o número da fileira


na direção do escoamento em matrizes tubulares?

Na primeira fileira da matriz tubular, o número do coeficiente é o mesmo caso o


problema fosse tratado como um cilindro em escoamento cruzado. Já nas fileiras
posteriores, devido a formação da esteira que é caracterizada pelo regime de escoamento
turbulento, haverá um aumento no valor do coeficiente. Após as primeiras fileiras não há um
aumento significativo na turbulência, estabilizando o valor do coeficiente (constante).

Porque o número de Reynolds, no escoamento de um fluido sobre uma matriz


tubular, é baseado na velocidade máxima em vez de na velocidade uniforme de
aproximação?

Por que o valor da velocidade é alterado devido ao estreitamento da passagem do


fluido pela matriz.

Escoamento Interno

Como os comprimentos de entradas hidrodinâmico e térmico são definidos para o


escoamento em um tubo?

No regime de escoamento laminar, as entradas hidrodinâmicas são definidas através


dos seguintes parâmetros:

Hidrodinâmico:

Xcd,v,lam = 0,05*ReD*D

Térmico

Xcd,t,lam = 0,05*ReD*Pr*D.
Já no turbulento:
𝑥𝑐𝑑,𝜈,𝑡𝑢𝑟𝑏 ≈ 𝑥𝑐𝑑,𝑡,𝑡𝑢𝑟𝑏 ≈ 10D

O comprimento de entrada é maior no escoamento laminar ou turbulento? Explique

Depende. No turbulento os comprimentos se aproximam, no laminar irá depender do


número de Prandtl. Se for maior que 1, o comprimento de entrada térmico será maior que o
comprimento de entrada hidrodinâmico. Isso acontece porque Pr é uma relação entre a
difusividade da quantidade de movimento pela difusividade térmica.

Considere o escoamento de óleo em um tubo. Como se comparam os comprimentos


de entradas hidrodinâmica e térmica se o escoamento é laminar? Como são
comparados se o escoamento é turbulento?

Um óleo possui uma viscosidade elevada, isso resultará em um baixo número de Reynolds,
implicando em um comprimento de entrada hidrodinâmico pequeno. Já o comprimento de
entrada térmico será grande devido ao elevado número de Prandtl. Ou seja, provavelmente,
a camada limite térmica ainda estará se desenvolvendo enquanto a hidrodinâmica já estará
desenvolvida. No escoamento turbulento os comprimentos de entrada serão
aproximadamente os mesmos.

No escoamento de um fluido por um tubo com fluxo térmico na superfície uniforme,


como a temperatura média do fluido varia com a distância para a entrada do tubo (a)
na região de entrada e (b) na região plenamente desenvolvida?

Na região de entrada, devido ao alto valor de h, a diferença Ts - Tm é pequena e vai


aumentando com o decorrer do comprimento do tubo. Na região plenamente desenvolvida o
h se torna constante, e apesar de maior que na região de entrada, essa diferença também
permanecerá constante.

Na transferência de calor para ou de um fluido escoando por um tubo com


temperatura de superfície uniforme, como a temperatura média do fluido varia com a
distância para a entrada do tubo?

A diferença Ts - Tm diminui exponencialmente na direção do escoamento.


Por que a Média Log de Diferenças de Temperaturas, ao invés da média aritmética de
diferenças de temperaturas, é usada para calcular a taxa de transferência de calor
total de ou para um fluido escoando através de um tubo com temperatura superficial
constante?

Devido a natureza exponencial da diminuição da temperatura.

Questionário Trocadores - Unidade 02

O que são Trocadores de Calor e como eles podem ser classificados


Heitor
São dispositivos que tem como finalidade transferir energia térmica entre dois ou
mais fluídos. Podem ser classificados quanto ao processo de transferência,
compacidade, tipo de construção, configuração das correntes e mecanismo de
transferência de calor.
Gaby
São dispositivos onde o principal objetivo é realizar a troca de calor. Para acontecer
essa troca é necessário no mínimo dois fluidos. Podem ser classificados quanto ao
processo de transferência, compacidade, tipo de construção, configuração das
correntes e mecanismo de transferência de calor.

O que é um trocador de calor regenerativo? Como é que o tipo estático de


trocador de calor regenerativo difere do tipo dinâmico?

Heitor:
Um trocador de calor regenerativo é aquele cujo o processo de transferência é por
contato indireto de maneira que ele armazena a energia de um fluido e transfere
para outro. Ele pode ser estático, onde um fluido passa primeiramente por uma
superfície absorvedora e, em seguinte, um outro fluido passa pelo mesmo canal
absorvendo tal energia, já o dinâmico ou rotativo, o fluido rotaciona em uma
estrutura que permite a troca de calor por contato indireto entre os fluidos

Gaby: O trocador de calor regenerativo é o tipo de trocador onde o calor do fluido


quente é armazenado antes de ser transferido para o fluido frio. Nesse tipo de
trocador há um único caminho onde os fluidos quente e frio passam alternadamente.
O tipo estático se difere do dinâmico devido à rotação que os fluidos sofrem no
trocador de calor regenerativo dinâmico.

Explique como ocorre o processo de transferência no trocadores de calor de


Contato Indireto e Contado Direto. Como cada um deles são classificados?

Heitor: Nos trocadores de calor de contato indireto os fluidos não entram em


contato, possuindo uma superfície sólida os separando, podendo ser classificados
em transferência direta, armazenamento e fluidizado. Já os de contato direto há
uma mistura dos fluidos e podem ser classificados em fluidos inisciveis, gás-líquido
ou líquido-vapor.

Gaby: Nos trocadores de calor de contato direto os fluidos entram em contato,


trocam calor e depois se separam, podem ser fluidos iniscíveis, gás-líquido e
líquido-vapor.. Nos trocadores de calor de contato indireto não há contato entre os
fluidos, onde podem ser classificados devido à transferência direta, armazenamento
e fluidizado..

Qual é a diferença entre fluidos com mistura e sem mistura no escoamento


cruzado?

Gaby: Entre fluidos com mistura, o fluido pode escoar em todas as direções. Já
quando há mistura, as aletas impedem o movimento na direção que é transversal à
direção do escoamento principal.

Heitor: Com mistura os fluidos podem escoar em todas as direções devido à


ausência de aletas. Já nos sem mistura, os fluidos as aletas impedem o movimento
na direção transversal à do escoamento.

Como os trocadores de calor podem ser classificados de acordo com a


configuração das correntes? Explique cada configuração.
Gaby: Podem ser classificados em correntes paralelas, contracorrentes, correntes
cruzadas e multipasses. Em correntes paralelas, as correntes entram em uma
extremidade, seguem paralelas umas às outras no mesmo sentido, e deixam o
trocador na outra extremidade. Em contracorrente, os dois fluidos paralelos ficam
em sentidos opostos no interior do trocador. Em correntes cruzadas os dois fluidos
fluem em direções normais. Por fim, o multipasses possui várias passagens e
canais, o que contribui para uma maior eficiência.

Heitor:

Podem ser classificados em:

Correntes paralelas:

Os fluidos escoam no mesmo sentido paralelamente, entrando e saindo juntos pélas


extremidades.

Contra-corrente:

Os fluidos escoam em sentidos opostos, entrando e saindo em extremidades


diferentes.

Correntes cruzadas:

Os fluidos fluem em direções normais em relação ao outro.

Multipassos:

Cada fluido percorre um caminho diferente, passando por várias etapas, o que
aumenta a área de transferência de calor e melhora a eficiência geral do trocador.
Quando um trocador de calor é classificado como compacto? Você acha que
um trocador de calor de duplo tubo pode ser classificado como compacto?
Explique.

Gaby: Caracterizam-se por uma grande área de superfície de transferência de calor


por unidade de volume. Isso é possível por conta das aletas, pois possibilitam o
aumento da área de transferência de calor. O trocador de calor de duplo duplo pode
ser compacto porque, em comparação com outros trocadores, possui uma elevada
área de transferência de calor em relação ao seu espaço ocupado.

Heitor: é classificado como compacto quando possui uma grande área de troca de
calor em relação ao volume, tendo seu espaço reduzido e um menor peso, sendo
também caracterizados pelo grande números de aletas. Os trocadores de calor
duplo tubo podem ser considerados compactos devido à elevada área de
transferência de calor em relação ao espaço ocupado.

Cite três vantagens e três limitações em se utilizar um trocador de calor de


placas gaxetadas.

Gaby:
Vantagens: maior taxa de transferência de calor, limpeza fácil e a superfície de
transferência de calor pode ser facilmente alterada ou rearranjada

Desvantagens: funcionamento em baixas pressões, limitação em aplicações


altamente corrosivas e temperatura de funcionamento máxima de 260°C

Heitor:
Vantagens: maior taxa de transferência de calor, são facilmente desmontáveis o que
simplifica a sua limpeza, fácil rearranjo das superfícies de transferência de calor.

Limitações: podem suportar uma pressão máxima de até 3Mpa, os materiais de


vedação restringem o uso do trocador de calor, temperatura máxima de operação de
260°C.

Quais as vantagens e desvantagens de utilizar 6 passagens nos tubos em vez


de apenas 2 do mesmo diâmetro?

Gaby: A principal vantagem é que ocorre uma maior transferência de calor, porém
pode haver uma maior queda de pressão.

Heitor: Como vantagem, pode-se citar uma maior transferência de calor e


desvantagens a maior queda de pressão e complexidade de construção.

Qual é o papel das chicanas em um trocador de calor de casco e tubos? Como


a presença das chicanas afeta a transferência de calor e os requisitos de
potência de bombeamento? Explique.
Gaby: o principal papel é a fixação dos tubos, onde sua presença contribui para
estender a área de transferência de calor. Porém, podem ocasionar uma perda de
carga, o que faz com que seja necessário um maior bombeamento do fluido.

Heitor: o papel das chicanas em um trocador de calor casco e tubos é a fixação dos
tubos que compõem o trocador. As chicanas estendem a área de transferência,
aumentando assim a taxa de transferência de calor. No entanto, é necessário se
atentar a perda de carga causada pelas chicanas, visto que pode haver uma maior
necessidade de bombeamento do fluido (custos operacionais).
Cite alguns exemplos de um trocador de calor que opera com convecção
monofásica em ambos os lados dos fluidos.

Gaby: Radiadores automotivos, aquecedores de espaços, regeneradores e


economizadores.

Heitor: Aquecedor de água, radiador de carro, aquecedor de espaço,


regeneradores, economizadores.

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