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Operações Unitárias 3
TROCADORES DE CALOR
■ É um equipamento onde ocorre troca térmica entre dois fluidos, normalmente separados por uma
parede.
■ Um dos modos adotados na prática para saber o grau de depósito num trocador de calor em
operação é acompanhar, ao longo do tempo de uso, as temperaturas e as pressões terminais
do trocador. À medida que o depósito aumenta, a eficiência de troca térmica cai (observado
através das temperaturas) e a diferença de pressões cresce.
■ O processo de formação do depósito pode ser devido à sedimentação, à polimerização, à
cristalização, ao coqueamento, à corrosão, ou a causas de natureza orgânica (como algas).
Esses mecanismos podem ocorrer independente ou paralelamente.
■ A taxa de depósito é afetada pelas condicões de processo do trocador tais como a natureza
dos fluidos, a velocidade de escoamento, as temperaturas dos fluidos, a temperatura na
parede, o material de construção do equipamento, o grau de acabamento da superfície como
a rugosidade ou tipo de revestimento interno.
Fator de Sujeira (ou sujidade)
■ Para facilitar a quantificação desse efeito que conforme visto é complicado, costuma-
se usar um parâmetro definido como fator de incrustação ou fator de sujeira ("fouling
factor"). Dimensionalmente é o inverso do coeficiente de transporte de energia por
convecção. Logo, quanto maior o fator de incrustação, maior o depósito, maior a
resistência à troca térmica.
■ Faixas de valores típicos desse fator podem ser encontrados na literatura para
diversos casos de operação comuns.
■ Esses valores são interessantes e úteis porque servem de orientação geral. Mas
como o depósito é um processo complexo, depende de uma série de variáveis e
portanto difícil de ser previsto, os valores típicos da literatura devem ser usados com
muita reserva e cuidado, pois nunca vão refletir a realidade específica de um
processo. Os valores mais confiáveis são os obtidos experimentalmente para um
dado caso particular.
Fator de Sujeira (ou sujidade)
– Projeto térmico: determinação da área de troca térmica, para uma determinada vazão e
temperatura de fluidos.
Transferência Tipo
Casco e Tubo Tubo duplo Serpentina
direta armazenamento
Classificação do Trocador de Calor
Trocador de calor de contato direto:
Neste trocador, os dois fluidos se misturam;
Aplicações comuns de um trocador de contato direto envolvem transferência de
massa além de transferência de calor;
Comparado a recuperadores de contato indireto e regeneradores, são
alcançadas taxas de transferência de calor muito altas;
Sua construção é relativamente barata.
Classificação do Trocador de Calor
Trocador de calor de contato indireto: Tipo de
trocadores de transferência direta
PARTICULARIDADES
Trocadores de calor de acordo com o tipo de
construção: Trocadores de calor de placa aletada
PARTICULARIDADES
Trocadores de calor de acordo com o tipo
de construção: Trocadores de calor de
tubo aletado
Água do mar e água tratada para alimentação de caldeira (acima de 50 ºC) 0,0002
Água de rio (abaixo de 50 ºC) 0,0002 – 0,0001
Óleo combustível 0,0009
Líquidos de refrigeração 0,0002
Vapor de água (sem arraste de óleo) 0,0001
O Coeficiente Global de Transferência de
Calor
• Superfície do lado quente ou frio sem deposição.
q = 0 hA(Tb − T ) • Deposição desprezível
tanh (mL )
= (1 − a )
Aa
0 = 1 − a =
A mL
Caso a deposição seja significativa troca-se h por Up (coeficiente global de transferência de calor parcial)
h
Up =
(
1 + hRd" )
hq hf
U p ,q = U p, f =
(1 + h R )
q
"
d ,q
(1 + h R )
f
"
d, f
O Coeficiente Global de Transferência de
Calor
Tabela 2 – Valores representativos do coeficiente global de transferência de calor
Combinação de fluidos U (W/(m2 . K))
Água para água 850-1700
q = m f c p , f (T f , sai − T f ,ent )
⋅ Balanços de energia globais para os fluidos quente e frio
𝑞 = 𝑚𝑞 𝑐𝑝,𝑞 𝑇𝑞𝑒𝑛𝑡 − 𝑇𝑞,𝑠𝑎𝑖 de um trocador de calor com dois fluidos.
Análise de Trocadores de Calor: Uso da Média
Log das Diferenças de Temperaturas
Outra expressão útil pode ser obtida relacionando-se a taxa de transferência de calor total q à
diferença de temperaturas DT entre os fluidos quente e frio, sendo:
DT Tq − T f
Essa expressão seria uma extensão a lei do resfriamento de Newton, com o coeficiente global de
transferência de calor U usado no lugar de um único coeficiente de transferência de calor h. Como
DT varia com a posição no trocador de calor, torna-se necessário trabalhar com uma equação para a
taxa na forma:
q = UADTm
q = UADTlm
DT1 Th ,1 − Tc ,1 = Th ,i − Tc ,o
DT2 Th , 2 − Tc , 2 = Th ,o − Tc ,i
Note que, para as mesmas temperaturas de entrada e saída, a média log das diferenças de
temperaturas no arranjo contracorrente é superior à do paralelo, DTml,CC > DTml,EP. Dessa maneira
admitindo-se um mesmo valor de U para os dois arranjos, a área necessária para que ocorra uma
dada taxa de transferência de calor q é menor no arranjo contracorrente do que no arranjo paralelo.
Condições operacionais especiais
Lembrando que para escoamento contracorrente:
Condições especiais em trocadores de calor. (a) Cq >> Cf ou um vapor condensado. (b) Um líquido
evaporando ou Cq << Cf . (c) Um trocador de calor em contracorrente com fluidos de taxas de
capacidades caloríficas equivalentes (Cq = Cf).
Exemplo 2
Um trocador de calor bitubular (tubos concêntricos) com
configuração contracorrente é utilizado para resfriar o óleo
lubrificante para um grande motor de turbina a gás industrial. A
vazão mássica da água de resfriamento através do tubo interno
(Di = 25 mm) é de 0,2 kg/s, enquanto a vazão do óleo através da
região anular (De = 45 mm) é de 0,1 kg/s. O óleo e a água entram
em temperaturas de 100 e 30 ºC, respectivamente. Qual deve ser
o comprimento do trocador, para se obter uma temperatura de
saída do óleo de 60 ºC? U = 38,1 W/m2K;
Óleo, 80 ºC, cp = 2131 J/kgK Água,
35 ºC: cp = 4178 J/kgK
Resposta: L = 65,9 m
Exemplo 3
Um trocador de calor casco e tubos (dois passes no casco
e quatro passes nos tubos) configuração contra-corrente, é
usado para aquecer 10.000 kg/h de água pressurizada de 35 a
120 ºC, utilizando 5000 kg/h de água pressurizada que entra no
trocador a 300 ºC. Sendo o coeficiente global de transferência
de calor igual a 1500 W/m2.K, determine a área de transferência
de calor requerida. (cpH2O = 4178 J/kgK)
Resposta: A = 4,95 m2
Análise de Trocadores de Calor: Uso da Média Log das
Diferenças de Temperaturas
Na prática, a utilização da LMTD é só uma aproximação, pois, em geral, U não é
uniforme nem constante. Geralmente U é avaliado em uma seção média na metade da distância
entre as extremidades.
𝑇𝑡,𝑜𝑢𝑡 − 𝑇𝑡,𝑖𝑛
𝑌=
𝑇𝑠,𝑖𝑛 − 𝑇𝑡,𝑖𝑛
𝑚𝑐
ሶ 𝑝 𝑡𝑢𝑏𝑒 𝐶𝑡 𝑇𝑠,𝑖𝑛 − 𝑇𝑠,𝑜𝑢𝑡
𝑍= = =
𝑚𝑐
ሶ 𝑝 𝐶𝑠 𝑇𝑡,𝑜𝑢𝑡 − 𝑇𝑡,𝑖𝑛
𝑠ℎ𝑒𝑙𝑙
C
e = f NTU , min
C max
Tem-se que:
𝑈𝐴
NUT = 𝐶𝑚𝑖𝑛