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APS TCM 2

Aluno: Fabricyo Alves Honorato Lessa


Professor: João Vitor de Souza Boechat
Curso: Engenharia mecânica 8° período

Itaperuna 13 de novembro de 2023


-Capítulo 8 Incropera – Escoamento Interno:

O capítulo 8 do Incropera trata do escoamento interno, que é o


escoamento de um fluido confinado por uma superfície sólida, como um tubo
ou um duto. O objetivo é analisar a transferência de calor entre o fluido e a
superfície, considerando os efeitos da convecção e da condução.

As principais hipóteses utilizadas no capítulo são:

• O fluido é incompressível e tem propriedades constantes, exceto pela variação


da viscosidade com a temperatura.
• O escoamento é permanente, isto é, as propriedades do fluido não variam com
o tempo.
• A superfície sólida tem temperatura uniforme ou constante ao longo do
comprimento do escoamento.
• A superfície sólida tem rugosidade desprezível ou é lisa.
• O escoamento é laminar ou turbulento, dependendo do número de Reynolds,
que é uma medida da relação entre as forças inerciais e viscosas do fluido.
• O escoamento pode ser dividido em duas regiões: a região de entrada, onde o
perfil de velocidade e de temperatura do fluido se desenvolvem, e a região de
escoamento plenamente desenvolvido, onde o perfil de velocidade e de
temperatura não variam mais na direção axial.

As principais formulações utilizadas no capítulo são:

• A equação da conservação da massa, que garante que a vazão mássica do


fluido é constante ao longo do escoamento.
• A equação da conservação da quantidade de movimento, que relaciona a
queda de pressão do fluido com a tensão de cisalhamento na parede da
superfície sólida.
• A equação da conservação da energia, que relaciona o fluxo de calor entre o
fluido e a superfície com o gradiente de temperatura na direção radial.
• A equação de Poiseuille, que determina o perfil de velocidade parabólico do
fluido no escoamento laminar plenamente desenvolvido em um tubo circular.
• A equação de Darcy-Weisbach, que determina o fator de atrito, que é uma
medida da perda de energia do fluido devido à viscosidade.
• A equação de Nusselt, que determina o coeficiente de transferência de calor
por convecção, que é uma medida da eficiência da transferência de calor entre
o fluido e a superfície.
• A equação de Prandtl, que determina o número de Prandtl, que é uma medida
da relação entre a difusividade térmica e a difusividade de momento do fluido.
• A equação de Peclet, que determina o número de Peclet, que é uma medida da
relação entre a convecção e a condução na transferência de calor do fluido.

A descrição dos fenômenos físicos envolvidos na transferência de calor


no escoamento interno é:

• Na região de entrada, o fluido sofre uma aceleração ou desaceleração na


direção axial, devido à diferença de pressão entre a entrada e a saída do
escoamento. Isso gera uma camada limite hidrodinâmica, que é a região
próxima à parede onde o fluido tem velocidade menor que a velocidade média.
A espessura da camada limite hidrodinâmica depende do regime de
escoamento e do comprimento de entrada, que é a distância necessária para o
perfil de velocidade se estabilizar.
• Na região de entrada, o fluido também sofre uma variação de temperatura na
direção radial, devido à diferença de temperatura entre o fluido e a superfície.
Isso gera uma camada limite térmica, que é a região próxima à parede onde o
fluido tem temperatura diferente da temperatura média. A espessura da
camada limite térmica depende do regime de escoamento, do comprimento de
entrada térmico, que é a distância necessária para o perfil de temperatura se
estabilizar, e do número de Prandtl, que indica se o fluido tem maior resistência
à transferência de calor ou de momento.
• Na região de escoamento plenamente desenvolvido, o fluido tem um perfil de
velocidade e de temperatura constante na direção axial, mas variável na
direção radial. O perfil de velocidade é parabólico no escoamento laminar e
mais achatado no escoamento turbulento. O perfil de temperatura depende do
tipo de condição de contorno na superfície, que pode ser de temperatura
constante ou de fluxo de calor constante. A transferência de calor entre o fluido
e a superfície é governada pelo coeficiente de transferência de calor por
convecção, que depende do regime de escoamento, do fator de atrito, do
número de Reynolds e do número de Prandtl.

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