Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Um fluido quiescente é um termo usado para descrever um fluido que está em estado de repouso ou equilíbrio, onde
as partículas do fluido não estão em movimento significativo. Isso significa que o fluido não está fluindo ou se
deslocando visivelmente, em contraste com um fluido em movimento, no qual as partículas estão se deslocando em
uma direção específica. O conceito de fluido quiescente é importante em várias áreas da ciência e engenharia, onde
o comportamento de fluidos estáticos é relevante para análises e projetos.
O termo "fluido extenso" não é comumente utilizado na física ou na engenharia de fluidos. No entanto, pode haver
alguma confusão em relação a esse termo. Para descrever o comportamento de um fluido, geralmente classificamos
os fluidos como compressíveis (que mudam significativamente de densidade com a pressão, como o ar) ou
incompressíveis (que mantêm uma densidade relativamente constante, como a água). O termo "fluido extenso" não
é amplamente reconhecido ou usado para caracterizar os fluidos.
Um escoamento impulsionado pelo empuxo ocorre quando um fluido é movido ou deslocado devido a uma força
que exerce uma pressão em uma superfície do fluido. Esse tipo de escoamento é comumente encontrado em
sistemas que envolvem propulsão, como aviões, foguetes, submarinos e embarcações. Para que um escoamento seja
impulsionado pelo empuxo, as seguintes condições são necessárias:
Superfície de Contato: Deve haver uma superfície sólida (como as asas de um avião, o casco de um barco ou o bico
de um foguete) que esteja em contato direto com o fluido. Essa superfície é projetada de forma a gerar uma
diferença de pressão entre a parte frontal e a parte traseira, criando assim uma força de empuxo.
Diferença de Pressão: Uma diferença de pressão deve ser criada na superfície de contato com o fluido. Essa diferença
de pressão é geralmente alcançada por meio do design aerodinâmico ou hidrodinâmico da superfície e do uso de
motores ou propulsores.
Ação e Reação: A Terceira Lei de Newton da ação e reação desempenha um papel fundamental. Quando o fluido
exerce uma força sobre a superfície (ação), a superfície também exerce uma força igual e oposta sobre o fluido
(reação). Isso resulta no empuxo que impulsiona o fluido.
Equilíbrio de Forças: O projeto da superfície e do sistema de propulsão deve ser tal que as forças geradas resultem
em um equilíbrio adequado para manter o deslocamento controlado do fluido.
Essas são as condições fundamentais necessárias para um escoamento impulsionado pelo empuxo. A física por trás
desse processo é complexa e envolve princípios de aerodinâmica ou hidrodinâmica, dependendo do tipo de fluido
(gás ou líquido) e do veículo ou sistema em questão.
3) Qual a diferença entre os perfis de velocidades em camada-limite de convecção natural sobre uma placa vertical
aquecida e uma camada-limite associada ao escoamento forçado sobre uma placa paralela?
A principal diferença entre os perfis de velocidade em uma camada limite de convecção natural sobre uma placa
vertical aquecida e uma camada limite associada ao escoamento forçado sobre uma placa paralela está relacionada à
causa subjacente do movimento do fluido:
Perfil de Velocidade: O perfil de velocidade nesse tipo de camada limite é não uniforme, variando ao longo da
direção da placa. A velocidade aumenta à medida que o fluido se afasta da placa, atingindo um máximo na região de
mistura e, em seguida, diminui à medida que se aproxima do ambiente circundante.
Causa do Movimento: Nesse caso, o movimento do fluido é induzido por uma força externa, como um ventilador,
bomba ou outra fonte de energia mecânica. O fluido é movido de maneira controlada ao longo da superfície da
placa, independentemente das variações de temperatura.
Perfil de Velocidade: O perfil de velocidade nesse tipo de camada limite é geralmente mais uniforme e previsível. A
velocidade do fluido é muito baixa próxima à parede (superfície da placa) devido ao atrito viscoso, mas aumenta
gradualmente à medida que se afasta da parede, atingindo uma velocidade constante, conhecida como velocidade
de escoamento livre, que é mantida por uma região considerável da camada limite.
Em resumo, a distinção principal reside na causa do movimento do fluido. Na convecção natural, o movimento é
resultado das variações de temperatura, levando a um perfil de velocidade não uniforme. Por outro lado, na
convecção forçada, a força externa impulsiona o movimento, resultando em um perfil de velocidade mais uniforme
ao longo da placa.
4) Qual é a forma geral do termo do empuxo na equação do momento na direção x em uma camada-limite de
convecção natural? Como ele pode ser aproximado se o escoamento é devido a variações de temperatura? Qual é o
nome da aproximação?
Na equação do momento na direção x (que é a direção ao longo da placa) em uma camada-limite de convecção
natural (onde o escoamento é devido a variações de temperatura), o termo do empuxo é geralmente expresso da
seguinte forma:
5) Qual a interpretação física do número de grashof? O que é o número de Rayleigh? Como cada um destes
parâmetros depende do comprimento característico?
Interpretação Física: O número de Grashof avalia a importância da convecção natural (causada por diferenças de
temperatura) em relação às forças viscosas em um fluido. Valores elevados de Gr indicam domínio da convecção
natural.
Interpretação Física: O número de Rayleigh avalia como as forças de convecção (devido a variações de temperatura)
se comparam às forças viscosas e de difusão. Valores altos de Ra indicam que a convecção natural é dominante.
A dependência do comprimento característico significa que a escolha do comprimento de referência na análise afeta
os valores dos números de Grashof e Rayleigh. O comprimento característico é selecionado de acordo com a
geometria do sistema ou da situação específica em análise, como a altura da placa ou o diâmetro do cilindro.
Portanto, para uma análise precisa, é essencial selecionar um comprimento de referência apropriado de acordo com
o contexto do problema.
6) Para uma placa horizontal aquecida em ar quiescente, você acha que a transferência de calor será maior na
superfície superior ou na inferior? Por quê? Para uma placa horizontal resfriada em ar quiescente, você acha q eu a
transferência de calor será maior na superfície superior ou na inferior? Por quê?
A transferência de calor em uma placa horizontal aquecida em ar quiescente e em uma placa horizontal resfriada em
ar quiescente é influenciada principalmente pela direção do fluxo de convecção natural, que depende das variações
de temperatura na região. Aqui estão as considerações gerais:
Isso acontece porque o ar resfriado próximo à superfície se torna mais denso e desce, criando uma corrente
descendente que leva calor da superfície inferior.
É importante notar que a efetividade da transferência de calor nas diferentes superfícies (superior ou inferior) pode
variar dependendo de vários fatores, como a temperatura da placa, as propriedades do fluido e a geometria da
placa. Portanto, a distribuição de calor nas superfícies da placa pode ser influenciada por esses fatores e requer uma
análise mais detalhada em cenários específicos.
7) O que quer dizer o termo convecção mista? Como se pode determinar se os efeitos de convecção mista devam ser
considerados em uma análise de transferência de calor? Sob quais condições a transferência de calor é intensificada
pela convecção mista? Sob quais condições ela é reduzida?
A "convecção mista" combina a convecção natural (devido a variações de temperatura) e a convecção forçada
(devido a uma força externa, como um ventilador) na transferência de calor. Para decidir se a convecção mista é
relevante em uma análise de transferência de calor, considere:
Geometria e Condições: Verifique se a geometria e as condições de contorno envolvem tanto a convecção natural
quanto a forçada.
Números Adimensionais: Avalie os números de Grashof (associado à convecção natural) e Reynolds (associado à
convecção forçada). Se ambos forem significativos e de ordens de grandeza semelhantes, a convecção mista pode
ser importante.
Transferência Intensificada: Convecção mista geralmente intensifica a transferência de calor quando ambas as
convecções contribuem.
Transferência Reduzida: Em alguns casos, a convecção mista pode reduzir a transferência de calor, por exemplo, se
os modos de convecção atuarem em direções opostas, se contrapondo.
Portanto, a relevância da convecção mista depende da situação específica e da interação entre a convecção natural e
forçada, exigindo análises detalhadas para determinar seu impacto.
Problema 1) Considere um módulo fotovoltaico cuja superfície possui uma área igual a A=1,44m^2 (L=1,80m e
W=0,80m). A superfície superior do módulo encontra-se numa temperatura de Ts=43°C. O ar ambiente no entorno
encontra-se numa temperatura igual a Tinf=21°C.
Superfície do módulo uniforme: Suponha que a superfície superior do módulo fotovoltaico seja uniforme em
temperatura e propriedades termais. Na realidade, a temperatura pode variar ao longo da superfície devido a
gradientes solares e outros fatores.
Propriedades constantes: Considere que as propriedades do módulo (como condutividade térmica) permaneçam
constantes, independentemente da temperatura. Isso é uma simplificação, pois as propriedades podem variar com a
temperatura.
Temperatura ambiente constante: Suponha que a temperatura ambiente permaneça constante durante todo o
processo de transferência de calor. Na realidade, as condições ambientais podem mudar ao longo do dia.
Convecção uniforme: Considere que a taxa de transferência de calor por convecção seja uniforme em toda a
superfície do módulo. Em situações reais, o coeficiente de transferência de calor pode variar ao longo da superfície,
dependendo do fluxo de ar.
Ignorar radiação térmica: Para simplificar ainda mais, você pode ignorar a radiação térmica na transferência de calor
e considerar apenas a convecção como mecanismo de resfriamento. Isso é razoável em muitos casos, especialmente
quando as temperaturas não são muito elevadas.
Velocidade do vento constante: Suponha que a velocidade do vento permaneça constante durante o cálculo da taxa
de transferência de calor por convecção. Em condições reais, a velocidade do vento pode variar com o tempo.
Temperatura do módulo constante: Você pode simplificar o problema considerando que a temperatura do módulo
permanece constante ao longo do cálculo. Isso pode ser uma boa aproximação se a taxa de geração de calor no
módulo for relativamente constante.
a) Considerando que o ar ambiente encontra-se quiescente, determine o valor da taxa de transferência de calor por
convecção entre a superfície superior do módulo fotovoltaico e o ar ambiente.
A taxa de transferência de calor por convecção (Q_conv) entre a superfície do módulo fotovoltaico e o ar ambiente
pode ser calculada usando a Lei de Resfriamento de Newton, que é dada pela seguinte fórmula:
Q_conv = h * A * ΔT
Onde:
ΔT é a diferença de temperatura entre a superfície do módulo e o ar ambiente (em graus Celsius, °C).
Agora, você precisa determinar o coeficiente de transferência de calor por convecção (h). O coeficiente de
transferência de calor por convecção depende de vários fatores, como a velocidade do ar, as propriedades do fluido
e da superfície, e a geometria. Para estimativas práticas, você pode usar valores típicos de coeficientes de
transferência de calor para diferentes situações. Em situações naturais, o valor típico para h é em torno de 5 a 25
W/(m²·°C).
Portanto, a taxa de transferência de calor por convecção entre a superfície superior do módulo fotovoltaico e o ar
ambiente é aproximadamente 475,2 watts.
b) Considerando que o ar ambiente escoa adjacente ao módulo fotovoltaico, com velocidade de corrente livre igual a
uinf = 0,72 m/s e perfil de velocidade uniforme a montante do módulo, determine o valor da taxa de transferência de
calor por convecção entre a superfície superior do módulo fotovoltaico e o ar ambiente. Trate o problema como
sendo de convecção mista (forçada + natural).
Quando o ar ambiente escoa adjacente ao módulo fotovoltaico com uma velocidade de corrente livre (u_inf), o
problema de transferência de calor se torna um problema de convecção forçada, pois o fluxo de ar está se movendo
e forçando a transferência de calor da superfície do módulo. No entanto, como você deseja tratar o problema como
sendo de convecção mista (forçada + natural), você precisa levar em consideração ambos os modos de convecção.
Neste caso, a taxa de transferência de calor total (Q_total) é a soma das taxas de transferência de calor devido à
convecção forçada (Q_forçada) e à convecção natural (Q_natural):
Para calcular Q_forçada, você pode usar a fórmula da Lei de Resfriamento de Newton que mencionei anteriormente:
Q_forçada = h_forçada * A * ΔT
Q_natural = h_natural * A * ΔT
Cálculo de Q_forçada: Para a convecção forçada, o coeficiente de transferência de calor (h_forçada) depende da
velocidade do fluido. Você pode usar uma correlação apropriada para o seu caso. Uma correlação comum é a
correlação de Nusselt para o escoamento laminar sobre uma placa plana:
Onde:
Nu é o número de Nusselt.
Para o ar a 21°C (294 K), a viscosidade cinemática do ar ν é aproximadamente 1.48 x 10^(-5) m²/s.
Agora, use o número de Nusselt para calcular o coeficiente de transferência de calor por convecção forçada
(h_forçada) usando a relação:
h_forçada = (Nu * k) / L
Um valor típico para h_natural em convecção natural em torno de uma placa plana é cerca de 5 a 25 W/(m²·°C).
Vamos assumir h_natural = 15 W/(m²·°C) para este cálculo.
Portanto, a taxa de transferência de calor total entre a superfície superior do módulo fotovoltaico e o ar ambiente,
considerando convecção mista (forçada + natural), é aproximadamente 557.76 watts.
c) Para a solução anterior da questão, a convecção natural poderia ter sido desprezada? A justificativa deve ser dada
em função da análise do número de Reynolds e do número de grashof.
Para determinar se a convecção natural (ou convecção forçada) pode ser desprezada em um problema de
transferência de calor, é útil analisar os números adimensionais relevantes, como o número de Reynolds (Re) e o
número de Grashof (Gr). Esses números adimensionais nos ajudam a entender a importância relativa dos modos de
convecção forçada e natural.
Em nosso caso, a velocidade característica é a velocidade do escoamento livre (u_inf), o comprimento característico
é a largura do módulo fotovoltaico (W), e a viscosidade cinemática do ar (ν) é usada para calcular o Re.
Neste caso, a aceleração da gravidade (g), expansão térmica (β), temperatura superficial (Ts), temperatura ambiente
(Tinf), e o comprimento característico (W) são usados para calcular o Gr.
Se o número de Grashof (Gr) for significativamente menor que o número de Reynolds (Re), isso sugere que a
convecção natural é menos importante em comparação com a convecção forçada. Por outro lado, se Gr for
significativamente maior que Re, a convecção natural se torna mais importante.
No seu problema, o Grashof e o Reynolds precisam ser calculados para tirar uma conclusão. Supondo que você já
possui os valores de viscosidade cinemática do ar (ν) e expansão térmica (β), você pode calcular ambos os números
adimensionais e compará-los.
Se o valor de Gr for significativamente menor que o valor de Re, você poderia justificar que a convecção natural é
desprezível em relação à convecção forçada. No entanto, se Gr for da mesma ordem de magnitude ou maior que Re,
então a convecção natural é mais significativa e não pode ser desprezada.
Portanto, para tomar uma decisão precisa, você precisa calcular os valores de Gr e Re usando as propriedades do ar,
as dimensões do seu módulo fotovoltaico e as condições de operação específicas.
Parte 3 – Ebulição e condensação
A "ebulição em piscina" ocorre quando a água em uma piscina atinge ou ultrapassa a temperatura de ebulição, que é
aproximadamente 100 graus Celsius (212 graus Fahrenheit) ao nível do mar. Isso não é comum e é indesejável em
piscinas destinadas ao lazer, pois a água fervente pode representar riscos para a segurança dos nadadores, como
queimaduras.
A ebulição em piscina geralmente indica problemas no sistema de aquecimento da piscina, como superaquecimento
ou mau funcionamento. Em algumas situações, a ebulição pode ser intencional em piscinas termais ou spas para fins
terapêuticos, mas é rigorosamente controlada.
Em resumo, a ebulição em piscina é a fervura da água em uma piscina, algo que deve ser evitado na maioria das
piscinas de lazer devido aos riscos de segurança. É essencial manter a temperatura da água em níveis seguros para
evitar a ebulição acidental.
A "ebulição com convecção forçada" é um processo em que um líquido entra em ebulição, transformando-se em
vapor, e esse processo é aprimorado pela presença de um fluxo de fluido, geralmente um gás como o ar, que é
forçado a passar pela superfície do líquido. Isso cria uma remoção mais rápida do calor da superfície do líquido.
Principais pontos:
Fluxo de Fluido: A ebulição com convecção forçada ocorre quando há um fluxo controlado de um fluido, que é
induzido, por exemplo, por ventiladores ou bombas.
Taxa de Transferência de Calor Aumentada: Essa abordagem aumenta a taxa de transferência de calor em
comparação com a ebulição natural, onde não há movimento forçado do fluido. É útil quando é necessário retirar
calor rapidamente.
Em resumo, na ebulição com convecção forçada, o movimento forçado de um fluido ajuda a acelerar o processo de
ebulição de um líquido, sendo útil em sistemas de resfriamento e condensação que necessitam de uma rápida
remoção de calor.
A "ebulição saturada" é um estado em que um líquido entra em ebulição a uma temperatura constante e pressão
constante. é uma condição fundamental em termodinâmica e é comumente usada em processos de vaporização,
como a produção de vapor para geração de energia em caldeiras ou em sistemas de refrigeração, onde a troca de
calor entre o refrigerante e o ambiente é controlada pela temperatura constante de ebulição. É importante entender
e controlar a ebulição saturada em várias aplicações industriais e de engenharia.
3) Esboce a curva de ebulição e identifique regimes e características importantes. O que é o fluxo crítico? O que é o
ponto de Leidenfrost? Como ocorre a progressão ao longo da curva de ebulição se o fluxo térmico na superfície for
controlado? Qual é a natureza do efeito de histerese? Como ocorre a progressão ao longo da curva de ebulição se a
temperatura na superfície for controlada?
4) Como o fluxo térmico depende do excesso de temperatura no regime de ebulição nucleada?
No regime de ebulição nucleada, a taxa de transferência de calor (fluxo térmico) está diretamente relacionada ao
excesso de temperatura. O excesso de temperatura é a diferença entre a temperatura da superfície aquecida e a
temperatura de ebulição do líquido circundante. A Lei de Newton do Resfriamento descreve essa relação, onde o
fluxo térmico (Q) é diretamente proporcional ao excesso de temperatura (ΔT), com a constante de proporção sendo
o coeficiente de transferência de calor (h), que depende das propriedades do fluido e das características da
superfície de aquecimento. Portanto, um maior excesso de temperatura resulta em um aumento no fluxo térmico
em ebulição nucleada, desde que as outras condições se mantenham constantes.
A ebulição em filme é um modo de transferência de calor que ocorre quando um líquido entra em ebulição na forma
de uma fina camada contínua na superfície de aquecimento. Este processo está principalmente associado a dois
modos de transferência de calor:
Convecção Térmica na Película: Durante a ebulição em filme, a transferência de calor ocorre através da convecção
térmica na própria camada de líquido em ebulição, à medida que ela se move ao longo da superfície aquecida.
Emissão de Radiação Térmica: Além da convecção, a emissão de radiação térmica da superfície aquecida também
contribui para a transferência de calor, embora em menor grau.
A ebulição em filme é comum em trocadores de calor e sistemas de evaporação, onde se busca otimizar a área de
superfície para transferência de calor. Sua eficiência depende de fatores como as propriedades do fluido,
temperatura da superfície e taxa de fluxo do líquido.
6) Como a condensação em gotas difere da condensação em filme? Qual modo de condensação é caracterizado por
maiores taxas de transferência de calor?
A condensação em gotas (ou condensação por salpicamento) e a condensação em filme são dois modos diferentes
de condensação, cada um com características distintas. A principal diferença entre eles é como o vapor se
transforma em líquido na superfície de condensação.
Condensação em Gotas:
Na condensação em gotas, o vapor se transforma em pequenas gotas líquidas que se formam na superfície de
condensação. Essas gotas então escorrem ou gotejam para baixo da superfície.
Esse processo é caracterizado por gotas individuais de líquido que se formam em vários pontos da superfície de
condensação, e as gotas tendem a se separar umas das outras.
Condensação em Filme:
Na condensação em filme, o vapor se transforma em uma camada de filme líquido contínua e uniforme na superfície
de condensação. Essa camada de filme cobre toda a superfície e não é formada por gotas separadas.
A condensação em filme é mais eficiente na cobertura da superfície com líquido, o que facilita a transferência de
calor.
É comum em superfícies hidrofílicas (atraídas pela água), onde o líquido se espalha uniformemente.
Em relação à taxa de transferência de calor, a condensação em filme geralmente é caracterizada por maiores taxas
de transferência de calor em comparação com a condensação em gotas. Isso ocorre porque a camada de filme
uniforme permite uma área de superfície efetiva maior para a transferência de calor, enquanto as gotas na
condensação em gotas tendem a isolar a superfície, diminuindo a eficiência da transferência de calor.
Portanto, em aplicações onde a taxa de transferência de calor é um fator crítico, a condensação em filme é preferível
devido à sua eficiência superior.
Problema 2) Considere um recipiente contendo água saturada na pressão de p=5,6 atm. Um aquecedor resistivo,
cilíndrico, revestido de níquel, com diâmetro igual a D=3mm e comprimento igual a L=1071mm, encontra-se externa
do aquecedor é de Ts=171°C.
Regime estacionário: Suponha que o sistema está em regime estacionário, o que significa que as condições de
temperatura não mudam com o tempo. Isso pode ser razoável se as mudanças de temperatura forem muito lentas.
Coeficiente de transferência de calor constante: Suponha que o coeficiente de transferência de calor (h) permanece
constante em toda a superfície do aquecedor. Na realidade, o valor de h pode variar ao longo da superfície, mas essa
é uma simplificação comum.
Convecção forçada: Você pode simplificar ainda mais o problema considerando apenas a convecção forçada e
negligenciando a convecção natural. Isso é válido se o número de Grashof (Gr) for significativamente menor que o
número de Reynolds (Re), como mencionado anteriormente.
Material do aquecedor: Você pode assumir que as propriedades do níquel não mudam significativamente com a
temperatura. Essa é uma suposição comum para simplificar o cálculo do coeficiente de transferência de calor.
Material da parede do recipiente: Suponha que o material da parede do recipiente não afeta a transferência de calor.
Em outras palavras, você pode considerar que a parede do recipiente não oferece resistência significativa ao fluxo de
calor.
Condições iniciais e laterais: Negligencie quaisquer efeitos de transferência de calor nas condições iniciais ou laterais
do recipiente. Isso pode ser válido se as dimensões do recipiente forem muito maiores do que o aquecedor.
Condutividade térmica: Assuma que a condutividade térmica da água permanece constante ao longo da faixa de
temperatura considerada. Isso é razoável para pequenas variações de temperatura.
Q = h * A * ΔT
Onde:
A é a área da superfície do aquecedor que está em contato com a água (em metros quadrados, m²).
Primeiro, vamos calcular a área da superfície do aquecedor que está em contato com a água. Como o
aquecedor é cilíndrico, a área da superfície lateral (A) é dada por:
A = 2 * π * (raio) * altura
O raio (r) do aquecedor é metade do diâmetro (D/2) e a altura (h) é igual a 1071 mm, que deve ser
convertida para metros (1,071 m).
T_sat = Temperatura de saturação a 5,6 atm (consulte uma tabela termodinâmica) Suponha que T_sat
seja igual a 160°C (433 K).
Agora, você precisa determinar o coeficiente de transferência de calor (h) entre o níquel e a água. O
coeficiente de transferência de calor depende de muitos fatores, como a velocidade do fluido, as
propriedades do fluido e da superfície, e a geometria. O valor de h deve ser obtido de fontes de dados ou
correlações específicas para o seu caso.
Vamos supor um valor aproximado de h = 500 W/(m²·°C) para este cálculo, mas esse valor pode variar
dependendo das condições específicas.
Portanto, a potência elétrica do aquecedor deve ser de aproximadamente 5,59 watts para aquecer a água
saturada a 5,6 atm a partir de 160°C para 171°C. Este valor é uma estimativa, e a potência real pode variar
dependendo de fatores específicos, como o coeficiente de transferência de calor real e as condições
exatas do aquecimento.
O calor médio do coeficiente de transferência de calor por convecção, conhecido como "h-bar", pode ser
calculado da seguinte forma:
h-bar = Q / (A * ΔT)
Onde:
h-bar é o calor médio do coeficiente de transferência de calor por convecção (em W/(m²·°C)).
Q é a taxa de transferência de calor (em watts, W), que calculamos anteriormente como sendo
aproximadamente 5,59 W.
A é a área da superfície do aquecedor que está em contato com a água (em metros quadrados, m²), que
calculamos como aproximadamente 0,01019 m².
ΔT é a diferença de temperatura entre o aquecedor e a água (em graus Celsius, °C), que calculamos como
11°C.