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Disciplina:
Transferência de Calor
2.Objectivo Geral
Estudar as correlações para determinação dos coeficientes de transferência de
calor na condensação assim como na ebulição.
2.1.Objectivos Específicos
Determinação do coeficiente de transferência de calor na condensação sobre
superfícies verticais, inclinadas, num tubo horizontal e sobre bancos de tubos
horizontais
Determinação do número de Reynolds no escoamento do condensado.
Determinação do coeficiente de transferência de calor na condensação pelicular
turbulenta;
Estudo da condensação goticular e condensação na presença de gás não-
condensável;
Estudo dos regimes de ebulição em vaso aberto e suas correlações;
Determinação do coeficiente de transferência de calor de ebulição na convenção
forcada no interior de tubos.
1
3.Teoria da Condensação Pelicular
A condensação pelicular ocorre quando um liquido molha a superfície, fazendo com
que a condensação ocorra na forma de uma película regular, que escorre sobre ela ,
arrastada pela acção da gravidade. A presença de uma película liquida sobre a superfície
constitui uma resistência térmica ao fluxo de calor. Dai a necessidade de determinação
do coeficiente de transferência de calor na condensação pelicular sobre as superfícies.
2
O coeficiente de transferência de calor na condensação sobre superfícies horizontais é
determinado pela seguinte dedução:
[ ]
1
4 μ0 k l ( T v −T w ) x 4
δ ( x)= (3.1)
9( ρ L −ρV )ρ L h fg
hfg=hg - h
kl
h(x)= (3.2)
δ (x )
[ ]
1
g ρl ( ρl − pv )h fg k 3l 4
h(x)= (3.3)
μ l ( T v −T w ) X
[ ]
1
h(x) ∙ X g ρl ( ρl− p v ) hfg k 3l 4
Nux= − (3.4)
kl μl ( T v −T w ) X
L
1
hm= ∫ h dx= 43 h x (3.5)
L0 x
[ ]
1
k 3l 4
W/(m2 ∙ ° C) g ρl (ρl− p v ) hfg(3.6)
hm¿ 0,943
μl ( T v −T w ) L
3
T
f=
T w+T v (3.7)
2
[ ]
1
g ρ1( ρ1− pv )h fg k 3l 4
hm¿ 0,943 sin φ W/(m2 ∙ ° C) (3.8)
μ1 ( T v −T w ) L
[ ]
1
g ρ1 ( ρ1− p v ) hfg k 3l
W/(m 2 ∙ ° C) (3.9) 4
hm=0,775
μ1 ( T v −T w ) D
[ ]
1
) hfg k 3l 4 1 [ h ]
W/(m 2 ∙ ° C) g ρ1 ( ρ1− p v(3.10)
hm=0,775 = 14 m
μ1 ( T v −T w ) D ∙ N N
4
Número de Reynolds num escoamento Condensado
D h ∙ U m ∙ ρl 4
Re= (3.10) , com Dh¿ A (3.11)
μl P c
[ ]
1
g ρl ( ρl− pv ) hfg k 3l 4 (3,12)
hm¿ 1,13
μl ( T v −T w ) L
[ ]
1
g ρ2l h fg k 3l 4
hm¿ 1,13
μ l ( T v −T w ) L (3.13)
(3.14) μ 2 1 −1
l 3
hm( 3 2 ) =1,76 ℜ 3
k l ρl g
Com Re<1800
5
3.2.1.Condensação Pelicular Turbulenta
2 1
(3.15)
μl 3 0,4
hm( 3 2
) =0,0077(ℜ)
k l ρl g
Equação de Chato:
[ ]
1
g ρl (ρ l− p v ) h’ fg k 3l 4
hm¿ 0,555
μ l ( T sat −T w ) D
(3.16)
3
Onde: h ’ fg =h fg + C p , l (Tv−Tw) (3.17)
8
6
A equação 3.16 é valida para Re<35000, onde Re deve ser estimado nas condições de
entrada e D é o diâmetro interno do tubo.
[ ]
1 1 0,8 (3.18)
hm D ρl 2
=0,026 Prl3 ℜl+ ℜv ( )
kl ρv
4 Mt 4 Mv
Onde Rel= Rev=
πD μ1 πD μv
3.4.Condensaçao Gotícular
Nas experiencias, se no vapor estiverem presentes traços de óleo e se a superfície
condensadora for altamente polida, a película do condensado se divide em gotículas.
Este tipo de condensação designa-se condensação goticular. Uma vez que toda
superfíciecondensadora não esta coberta por uma camada continua de película liquida, a
transferência de calor na condensaçãogoticcular é muito mais alta do que no caso da
condensação pelicular do vapor de agua. E por sua vez, o coeficiente de transferência de
calor pode ser 5 ou 10 vezes maior, mas o coeficiente de transferência de calor global,
entre o vapore o refrigerante, numa superfície condensadora típica, pode ser cerca de 2 à
3 vezes maior no caso gotícular do que na condensação pelicular.
7
Figura 4-Condensacao goticularde vapor de agua em condicoes ideias ( De Hampson e
Ozisik
8
reais; ajudam, porém, a demonstar a importância dos vários factores. Por isso, a
práctica geral no projecto de condensadores ainda é a de eliminar, tanto quanto
possível, o gás não-condensável.
4. Teoria da Ebulição
4.1. Regimes Ebulição em caso aberto
Figura 5-Principais regimes de ebulição em vaso aberto com água a pressão atmosférica
e temperatura de saturação Tv, obtidos com um fio de platina aquecido electricamente.
a) Regime de Ebulição livre
Neste regime formam-se bolhas na superfície do calefator e ele pode ser dividido em
duas regiões distintas conforme a figura 5. Na região II, as bolhas começam a se formar
em superfícies privilegiadas na superfície do calefator, mas imediatamente depois de as
bolhas se destacarem da superfície, dessipam-se no líquido. Na região III, os sítios de
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nucleação são numerosos e a taxa de geração das bolhas é tão alta que aparecem colunas
contínuas de vapor. Por isso, podem ser obtidos fluxos de calor muito altos nesta região,
daí ser o regime mais desejado nas aplicações práticas.
Figura 6- Fluxo de Calor na ebulição de agua saturada sobre um fio de platina horizontal de
0,61mm de diâmetro
[ √ ]
0,33
¿
Cp l ∆T q gc σ (3.21)
=C sf
hfg Pr
n
l
μ1 h fg g( ρl −ρv )
10
Onde: Cpl – calor específico do líquido saturado, em J/(Kg•°C) ou Btu/(lb•°F)
Os valores de Csf são determinados na tabela 10.1; O valor n deve ser tomado 1 para a
agua e 1,7 para todos os outros líquidos referidos na tabela 10.1. Os valores da tensão
superficial-liquido-vapor (σ *) para diversos liquidos são retirados da tabela 10.2. A
figura 7 mostra a correlacao dos dados experimentais de Addon, referidos na figura 6,
com a Eq.(3.21), para a agua, com Csf = 0,013, numa larga faixa de condicoes. Mostra
um desvio no fluxo de calor da ordem de 100%, mas o erro típico na ∆ T é cerca de
25%. A razão é que, de acordo com a Eq.(3.21), q ∆ T 2, por isso, um grande erro em
que q corresponde a um pequeno erro em ∆ T .
11
12
Figura 7-Correlação de Rohsenow dos dados de
Addons para ebulição da agua, com o emprego da equação 3.21
A equação 3.21 não prevê o máximo do fluxo de calor, portanto o máximo do fluxo de
calor é determinado pela seguinte correlação:
[ ]( )
¿ 1 1
π σ g g c ( ρl−ρ v ) 4 ρv (3.22)
qmax= ρv h fg 1+
2
24 Pr
2
ρl
13
qmax- máximo do fluxo de calor, W/m2 ou Btu/(h∙ft2)
L’ = L
√ g ( ρl−ρ v )
σ¿
(3.24)
1
T f = (T w + T s)
2
14
c) Regime de ebulicao pelicular
Equação de Bromley:
[ ]
3 1
k v ρv ( ρl−ρ v ) g hfg 0,4 Cpv ∆ T 4 (3.25)
h0= 0,62 (1+ )
μv D 0 ∆ T hfg
15
∆ T = T w −T s diferença de temperatura entre as temperaturas da parede e de
saturação, ℃ ou ℉ .
hm¿ h0
hm ( )
h 0 13
+ hr
(3.26)
Onde: h0 é o coeficiente de transferência de calor por ebulição dado pela Eq.(3.25), se,
os efeitos de radiação, e hr é o coeficiente de transferência de calor por radiação, que
pode ser calculado aproximadamente segundo:
hr = (3.27)
4 4
1 σ (T −T )
w s
1 1 T w −T s
+ −1
ε α
Onde: α =¿ poder de absorção do liquido
σ =¿constante de Stefan-Boltzmann
Tw = temperatura da parede
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Para ilustrar varios regimes de escoamento envolvidos na convecção forçada ebuliente
no interior de tubos, consideremos o escoamento ascendente da agua em um tubo longo,
vertical, uniformemente aquecido em todo o seu comprimento. Vamos examinar
separadamente os casos que envolb-vem um fluxo de calor baixo e um fluxo de calor
progressivamente crescente.
17
Relações de transferência de calor
(3.28)
18
Os valores de Csf para convecção forcada e natural com ebulição sub-resfriada, em tubos
cilíndricos, estão listados na tabela 10.4.
Tabela 10.4
hTP =h NB + hl
(3.29)
D = diâmetro do tubo, m
x = qualidade do vapor
19
Figura 9- Factor de ebulição convectiva
2
∆ P sat =Psat à T −Psat à T , N / m
w sat
¿
σ =¿ tensão superficial, N/m
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Figura 10- Factor de supressão F
O parâmetro de Martinelli XM, que aparece na fig. 9, é definido como:
(3.34)
( )( )( )
0,5 0,1
1−x 0,9
ρv μl
X M=
x ρl μv
Sendo assim, o fluxo de calor é dado por: q=hTP ∆ T sat =hTP ¿ (3.35)
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5.Conclusão
Findo o trabalho, é necessário salientar a importância do estudo da condensação e da
ebulição, dois mecanismos muito importantes nos trocadores de calor. Os
conhecimentos e correlações acima apresentados constituem uma forte ferramenta tanto
para o estudo assim como para o dimensionamento de trocadores de calor.
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6. Referências Bibliográficas
Yunus A. Çengel & Afshin J. Ghajar, Transferência de Calor e Massa, Editora Mcgraw
Hill
Frank P. Incopera & David P. DeWitt & Theodore L. Bergman & Andrienne Lavine,
Fundamentos de Transmissao de Calor e Massa, Editora LTC;
M. Necati Özisik & M.Necati Ozsk, Heat Tranfer: a basic approach, Editora Mcgraw
Hill College.
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