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Escoamento em Tubulações

❖ Correlação de Beggs e Brill (1973)

✓ Esta correlação é aplicada em um amplo intervalo de ângulos de


inclinação, desde escoamento vertical ascendente, passando pelo
horizontal, até o escoamento vertical descendente.
Escoamento em Tubulações
❑ Mapas de padrões de escoamento horizontal
✓ As coordenadas são o número de Froude (FrM) de mistura e o
Holdup de líquido de não escorregamento (  L ).
 L = vSL v M

FrM = vM gd
2 2

Pode-se também pensá-lo


como a razão entre a
velocidade do fluxo e a
velocidade de propagação de
uma onda no fluido.
contra o fluxo
Escoamento Em Tubulações
✓ Os parâmetros a seguir são usados para predizer o padrão de
escoamento sob condição horizontal.
L1 = 3160,302
L L2 = 0,0009252L−2,4684
L3 = 0,1. L−1,4516 L4 = 0,5L−6,738
✓ Os critérios de existência dos padrões de escoamento horizontal
são reportados a seguir:

Segregado (Estratificado, ondulado ou anular):


 L  0,01 e FrM2  L1 ou L  0,01 e FrM2  L2

Transição: L  0,01 e L2  FrM2  L3

Intermitente (Slug ou Bolhas alongadas): 0,01   L


<0,4 e L3
 FrM
2
 L1
ou L  0,4 e L3  FrM2  L4
Escoamento Em Tubulações
Distribuído (Bolhas ou Névoa):
L <0,4 e FrM2  L1 ou L  0,4 e FrM2  L4
✓ Holdup de Líquido: o holdup de líquido é dado por:

H L = H L( 0 ) 
Onde:
H L( 0) Holdup de Líquido que existiria numa tubulação
horizontal com as mesmas condições de escoamento.

 Fator de correção para o ângulo de inclinação.

✓ Holdup de líquido para condições horizontais pode ser


determinado a partir da seguinte expressão:
a bL
H L( 0 ) =
( FrM )
2 c

Onde a, b e c são funções dos padrões de escoamento

✓ Quando o padrão de escoamento se encontra na região de


transição, o holdup de líquido é a média entre os valores de holdup
de líquido segregado e intermitente, como segue:
H L( transição)( 0) = AH L(segregado)( 0) + (1 − A ) H L(int ermitente)( 0)
Onde
A = ( L3 − FrM ) ( L3 − L2 )

✓ O fator de correção para o efeito de ângulo de inclinação é


determinado por:

 = 1 + C sin (1,8. ) − 0,333sin 3 (1,8. )


e

C = (1 −  L ) ln d  L N LV ( FrM )  L
g
N LV = 1,938vSL 4
' e f 2

  L
✓ Gradiente de pressão de atrito
dP  f TP NS v M2
−  =
dL F 2g c d
✓ O fator de atrito bifásico pode ser determinado da seguinte
forma:
 f TP 
f TP =   f N
 fN 
Onde:

f TP
=e s

fN
ln ( y )
s=
−0,0523 + 3,182ln ( y ) − 0,8725 ln ( y )  + 0,01853 ln ( y ) 
2 3

Onde:
L
y=
HL 
2

Onde fN é uma correlação modificada


  
13
 10 6

f N = 0,0055 1 +  2.10 +
4
 
  d Re NS  
O número de Reynolds de não escorregamento é:
 NS v M d
Re NS = 1488
 NS
A densidade e a viscosidade de mistura são determinadas,
respectivamente, usando o holdup de líquido de não
escorregamento.
NS = L L + G (1 −  L )

 NS = L L + G (1 −  L )

✓ Gradiente de pressão gravitacional


dP  SLIP g sin 
−  =
dL G gc
Onde
SLIP = L HL + G (1 − H L )
✓ Gradiente de pressão de aceleração

dP  SLIP v M vSG  dP 
−  = − 
dL A g c P  dL 

✓ Gradiente de pressão total

 dP    dP  
 −  +−  
dP   dL F   dL G 
− =
dL  1 − Ek
Onde:
SLIP v M vSG
Ek =
gcp
❖ Correlação de Payne et al. (1979)

✓ Payne et al. identificaram que o método de Beggs & Brill


substimou o fator de atrito ao considerar o tubo sem rugosidade, por
isso eles propuseram que fosse utilizada a rugosidade referente ao
tubo em análise no cálculo do fator de atrito normalizado.

✓ A segunda modificação proposta por Payne et al. é em relação ao


holdup de líquido, tanto no fluxo ascendente quanto descendente,

H L() = 0,925H L() original


(ascendente)
H L() = 0,685H L() original
(descendente)
❖ Correlação de Mukherjee e Brill et al. (1999)

✓ A determinação dos limites de transição é feita utilizando os


números adimensionais de viscosidade de líquido, velocidade de gás
e líquido.

N L = 0,15726 L 4 1 ( L 3L )
N GV = 1,938vSG 4 L L
N LV = 1,938vSL 4 L L
Escoamento Em Tubulações
❖ Bolha-Golfada
a) Escoamento ascendente
N LV = 10
BS
x

x = log NGV + 0,940 + 0,074sin  − 0,855sin 2  + 3,695N L


b) Escoamento descendente e horizontal

NGV = 10y
BS

y = 0, 431 − 3,003N L − 1,138log N LV sin  − 0, 429 ( log N LV ) sin 


2

+1,132sin 
Escoamento Em Tubulações

❖ Golfada-Anular
a) Escoamento ascendente, descendente e horizontal
(1,401−2,694 N + 0,521N 0LV,329 )
N GV = 10
S M
L

❖Estratificado
a) Escoamento descendente e horizontal
N LV = 10 z
ST

Onde:

z = 0,0321 − 0,017N GV − 4,267sin  − 2,971N L


−0,0033 ( log N GV ) − 3,925sin 2 
2
Escoamento Em Tubulações

Os subscritos B/S, S/M, ST representam os limites de transições


BOLHA-GOLFADAS, GOLFADA-ANULAR, e ESTRATIFICADO,
respectivamente.
Escoamento Em Tubulações

Vazão de
líquido menor

Vazão de
líquido maior
NGV B/S NGV
NLV ST

NLV

NGV
Escoamento Em Tubulações
❖ Holdup de Líquido

  NCgv5 
(
 C1 + C2 sin + C3 sin 2 + C4 N L2 )
 C
 N Lv6


HL = e
  
Escoamento Em Tubulações
✓ Os gradientes de pressão são calculados de acordo com o tipo
de padrão de escoamento

❖ Escoamento Bolha e Golfadas.


fSLIP v m2
+ SLIP g sin 
dP
= 2d
dL 1 − EK
Onde:
SLIP v m vSG Slip = L H L + G (1 − H L )
EK =
p
O fator de atrito é obtido pelo Diagrama de Moody usando
Re e e/d.
Escoamento Em Tubulações
❖ Escoamento Anular.

f anular  NS v m2 Slip = L H L + G (1 − H L )
+ SLIP g sin 
dP 2d
=
dL 1 − EK NS = L L + G (1 −  L )

✓ Mukherjee e Brill desenvolveram uma correlação empírica para


o fator de atrito anular que depende do holdup.
✓ A razão entre os Holdup é calculada pela seguinte forma:
L
HR =
HL
Escoamento Em Tubulações
✓ A razão entre os fatores de atrito é interpolada, e o fator de atrito
de não escorregamento fn pode ser calculado a partir do diagrama
de Moody.

❖ Escoamento Estratificado.

✓ O escoamento estratificado irá ocorrer em tubulações inclinadas


ou horizontais. Neste padrão de escoamento, os autores
resolveram estudar o gradiente de pressão analisando os fluxos de
fluido separadamente.
✓ O balanço de momento para escoamento permanente de gás e
de líquido são, respectivamente,
Escoamento Em Tubulações

= − ( wg Pg + i w i ) − g gA g sin 
dP
Ag B.1
dL
dP
AL = − ( wL PL + i w i ) − L gA L sin 
dL

Somando as duas equações anteriores e eliminado as forças


interfaciais para grandes diâmetros da tubulação, obtém-se:

= − ( wL PL +  wg Pg ) − ( L gA L + g gA g ) sin 
dP B.2
A
dL
Escoamento Em Tubulações

✓ Os experimentos mostraram que, para maioria dos casos, no


escoamento estratificado, o holdup de líquido é pequeno e a
interface (wi) comparada ao perímetro de gás é suficientemente
pequena. Consequentemente, a equação B.1 será:
dP Pg
= −wg − g gsin  B.3
dL Ag

✓ Os termos AL, Ag, Pg e PL são calculados em função da altura de


líquido presente no tubo hL e diâmetro da tubulação
Escoamento Em Tubulações
AL 1
HL = = (  − sin  ) B.4
A 2
Onde:

 h 
 = 2cos −1 1 − 2 L  B.5
 d 

✓ O perímetro da seção transversal do tubo corresponde a:


P = PL + Pg B.7

e,

  
Pg = 1 −  P B.8
 2 
Escoamento Em Tubulações

Onde  é em radianos. O diâmetro hidráulico para a fase gás e o


líquido pode ser definido por:

[2 − ( − sin )]


d hg = d
 B.9
2 −  − 2sin
2

[( − sin )]


d hL = d B.10

 − 2sin
2
Escoamento Em Tubulações

✓Govier e Aziz (1972) recomendaram que o cálculo da tensão de


cisalhamento no líquido e gás, deve ser feito considerando o
escoamento monofásico, ou seja, como se cada fase escoasse
sozinha pela seção transversal do tubo

f LL v L2 vSL
 wL = B.11
vL =
2g c HL
f gg v g2 vSG
 wg = B.12 vG =
2g c 1 − HL
f L fG Fator de atrito de Moody baseado no número de
Reynolds
v LL d HL vG G d HG
ReL = ReG =
L G
Escoamento Em Tubulações
✓Use os seguintes passos para obter o gradiente de pressão no
padrão estratificado:

1. Determinar HL
2. Resolver a Eq. (B.4) para AL. Em seguida calcule  na mesma
equação.
3. Resolva a Eq. (B.5) para hL/d. Em seguida calcule dhL e dhg nas
Eqs. (B.9) e (B.10), respectivamente
4. Conhecendo d e P, PL e Pg são determinados pelas Eqs(B.7) e
(B.8), respectivamente.
5. Resolva as Eqs (B.11) e (B.12) para wg e wL
6. Calcule o gradiente de pressão pela Eq.(B.2) ou (B.3)
Um poço de petróleo está fluindo 10000 STBO/D com uma razão
gás/óleo produzida de 1000 scf/STBO ou uma taxa de produção
de gás de 10 Mscf/D. Em um local na tubulação onde a pressão e
a temperatura são 1700 psia e 180 ºF, calcule as taxas de fluxo
volumétrico in situ e as velocidades superficiais das fases líquida
e gasosa. Calcule também a velocidade da mistura e o Holdup de
líquido de não escorregamento. O seguinte informações são
conhecidas a partir de analise (PVT).

Bo = 1,197 bbl STBO


Bg = 0,0091 ft 3 s cf

R S = 281 scf STBO

d = 6 in = 0,1524 m
Considere o seguinte problema de escoamento bifásico gás-óleo
ascendente e calcule o gradiente de pressão do escoamento
multifásico.
d = 6 in P = 1700 psia T = 180 0 F
q L = 0,778 ft 3 s qG = 0,757 ft 3 s  = 30

 L = 0,97 cp  G = 0,016 cp
L = 47,61 lbm ft 3 G = 5,88 lbm ft 3

L = 8, 41 dynes cm  = 0,00006 ft

a) Use o modelo de Beggs e Brill


b) Use o modelo de Mukherjee e Brill
Escoamento Em Tubulações
❖ Modelo de Taitel e Dukler (1976)

▪ Estado estacionário e estratificado;


▪ Escoamento Newtoniano;
▪ O modelo foi testado com grande sucesso na descrição de dados
experimentais a baixa pressão em tubulações de pequeno
diâmetro;
▪ A principal característica do modelo é a condição de equilíbrio
no escoamento estratificado.
▪ A variável do escoamento estratificado é o nível de líquido;
▪ Análise de estabilidade para determinar se a configuração do
escoamento é estável.
▪ Aplicado para escoamento horizontal e levemente inclinado
(10 ), na vertical não temos escoamento estratificado;
Escoamento Em Tubulações
Escoamento Em Tubulações
▪As áreas do escoamento e o perímetro molhado das fases gasosa e
líquida são: A G ,SG , A L e SL
SI Comprimento da interface;
h L Nível de líquido;
▪ O objetivo do modelo é determinar o nível de líquido na tubulação;
dP 
−A L  − WLSL + ISI − L A L gsin  = 0 A L (1)
dL 
dP 
−A G  − WGSG − ISI − G A G gsin  = 0 A G (2)
dL 
▪ Eliminando o gradiente de pressão das Eqs (1) e (2), e combinando
as equações das duas fases, resulta:
Escoamento Em Tubulações
SG SL  1 1 
WG −  WL + ISI  +  − ( L − G ) gsin  = 0 (3)
AG AL  AL AG 

▪ Esta expressão é uma equação implícita de h L da tubulação.

▪ Para calcular hL, é necessário determinar parâmetros geométricos e


as forças na equação.

▪ As forças são obtidas a partir do método de escoamento


monofásico baseado no conceito de diâmetro hidráulico.

4A L 4A G
dL = dG = (4)
SL SG + SI
Escoamento Em Tubulações

▪ Os números de Reynolds e os fatores de atrito de cada uma das


fases são:
−n
 d L v LL 
f L = CL ( Re )
−n
= CL   (5)
 L 
−m
 d G v G G 
f G = CG ( Re )
−m
= CG   (6)
 G 
Onde CL = CG = 16 e m = n = 1, Laminar

CL = CG = 0,046 e m = n = 0, 2, Turbulento
▪ As tensões de cisalhamento na parede para cada fase são:
Escoamento Em Tubulações
L v 2L G v G2
WL = fL  WG = fG (7)
2 2
▪ A tensão de cisalhamento na interface por definição é:

G ( v G − v I )
2

(8)
I = f I
2

Assume-se que f G = f I e v G  v I . Portanto,

I =  WG
Escoamento Em Tubulações
▪ Substituindo I =  WG na Eq.(3) e rearranjando, resulta:

WL SL  SG SI SI   ( L − G ) gsin  
− + + + =0 (9)
WG A L  A G A L A G   WG 

▪ A solução final para hL é apresentada na forma adimensional

SL h A v v
SL = , h L = L ,A L = 2L , v L = L e vG = G (10)
d d d vSL vSG

▪ Substituindo os parâmetros adimensionais na Eq. (9) resulta na


equação de momento combinado na forma adimensional,

(11)
Escoamento Em Tubulações
▪ Substituindo os parâmetros adimensionais no primeiro termo da
Eq. (9).
−n

L v L   v 
2
  v d    L L 
v 2

CL ( Re ) 
2 −n
L    
fL
L L
 C L L L

 WL SL 2 SL =  2  SL =     2  SL
= L

 WG  v 2
 G v G  A L
2
  
−m
  G G 
AL f G G AL AL
( )
− 2
m
v d v
G C Re  2  CG  G G G
  
 
G
2 
 G   2 

 L v L vSL d L d   L ( v L vSL ) 
−n 2

CL    
 Sd
WL SL  L   2  L
=
WG  G vG vSG d G d  G ( vG vSG )  A L d

−m 2 2
AL
CG    

 G   2 
Escoamento Em Tubulações
−n
CL  L vSL d   L vSL  2
( )
2

( vL )
−n

  vLd L   X4
 WL SL d  L   2  SL
= −m
 WG A L CG  G vSG d   G vSG  2 A L d
( )
2

( vG )
−m
X4
  vG d G  
d  G   2 
−n
4C L  L vSL d   L vSL2 
( ) (v )
−n
2
    vLd L
 WL d  L   2 
L
SL SL
= −m
 WG A L 4CG  G vSG d   G vSG 
( )
2
A Ld
(v )
−m

  
2

d  G   2   vG d G G

(v d ) (v ) S
−n
2
WL SL
= X2
L L L
L

(v d ) (v ) A d
−m
WG A L G G
2
G
L
▪ Substituindo os parâmetros adimensionais no segundo termo da
Eq. (9).
 SG SI SI   SG d SId SI d  X4
 + + = 2
+ 2
+ 2 
 G
A A L
A G   G
A d A L
d A G
d 
X4

▪ Substituindo os parâmetros adimensionais no terceiro termo da


Eq. (9).

 ( L − G ) gsin   4 ( L − G ) gsin  X4
 = −m
 WG   G vSG d   G vSG 
( ) (v )
2
−m
4CG     vG d G 2
X4
 G   2 
G
▪ Todos os termos da Equação.

(v d ) (v ) S −  S d
−n

SId  4 ( L − G ) gsin 
2
SI d
+ + + =0
L L L

2
X L G

( ) ( )
−m −m
 v d  v 
2
A d A Ld 2 A G d 2 
( ) (v )
v d v A d 2
L G
2
−m
G G G
4CG  G SG   G SG  vG d G 2

 G   2 
G

Multiplicando pelo diâmetro (d) e por ( vG d G ) (v )


−m
2
G

( ) ( v )S
−n

 SG SI SI  4 ( L − G ) gsin 
2
vLd L
( ) ( G )
−m
− vG d G + + + =0
L L

2 2
X v −m
AL  G
A A L
A G  CG  G vSG d   G vSG
2

4  
d  G   2 

Escoamento Em Tubulações

( ) ( v )S
−n

 SG SI SI  ( L − G ) gsin 
2
vLd L
( ) ( G )
−m
− vG d G + + + =0
L L

2 2
X v 4 −m
AL  G
A A L
A G  CG  G vSG d   G vSG
2

4  
d  G   2 

 SG SI SI 
( ) SL
( vL ) − vG d G ( ) ( vG )  + +  + 4Y = 0
−n −m
2 2 2
X vLd L
AL  AG AL AG 

Y=
( L
− G ) gsin 
=
(  L
− G ) gsin 
−m
4CG  G vSG d  G vSG
2 dP 
− 
  dL SG
d  G  2
Escoamento Em Tubulações

▪ X é o parâmetro de Lockhart-Martinelli e Y é o parâmetro de


ângulo de inclinação.
−n
4CL  L vSL d  L vSL2 dP 
  − 
d  L  2 dL SL
X2 = −m = (12)
4CG  G vSG d  G vSG 2 dP 
− 
  dL SG
d  G  2

Y=
( L
− G ) gsin 
=
(  L
− G ) gsin 
−m (13)
4CG  G vSG d  G vSG 2 dP 
− 
  dL SG
d  G  2
Escoamento Em Tubulações
h L = h L ( X, Y ) (14)

▪ As relações funcionais entre as variáveis adimensionais e hL são


dadas pelas Eq.(15):


( ) ( ) 
( )
2
A L = 0,25   − cos 2h L − 1 + 2h L − 1 1 − 2h L − 1 
−1
(15)
 
 −1
( ) ( ) 
( )
2
A G = 0,25 cos 2h L − 1 − 2h L − 1 1 − 2h L − 1  (16)
 
(
SL =  − cos −1 2h L − 1 ) (17)

(
SG = cos −1 2h L − 1 ) (18)

( )
2
SI = 1 − 2h L − 1 (19)
Escoamento Em Tubulações
Ap Ap
vL = e vG = (20)
AL AG

4A L 4A G (21)
dL = e dG =
SL SG + SI

▪ X e Y pode ser determinada a partir das condições de entrada. Então, a


Eq. (22) pode ser resolvida:
    SG SI SI  
( )
2 SL
( )
−n −m
2
X  vLd L vL  −  v G
d G
v 2
G  + +   (22)
 A L    AG AL AL 
- 4Y = 0
▪Assim, a Eq. 11 é aplicável a todas as condições de fluxo (para os quais
existe fluxo estratificado), de diâmetro do tubo e ângulo de inclinação,
de taxas de fluxo de fase e propriedades do fluido, sem prejuízo das
suposições do modelo.
Escoamento Em Tubulações

Transição do Estratificado para o não Estratificado (Transição A)

▪ O nível de líquido é determinado assumindo a existência do


escoamento estratificado.
Escoamento Em Tubulações
▪ Dada as condições de escoamento, a configuração do
escoamento é estável?

▪ Para um escoamento instável, existirá uma transição para outros


padrões.

Análise de Estabilidade de Kelvin-Helmholtz

▪ A teoria de estabilidade de Kelvin-Helmholtz trata de duas


camadas de fluidos de densidades diferentes 1 e 2, escoando
com velocidades v1 e v2, respectivamente, entre placas horizontais.
Escoamento Em Tubulações

▪ Os mecanismo que tendem a estabilizar o escoamento são a


gravidade e a tensão superficial.

▪ Por outro lado, o movimento relativo entre camadas cria uma


força de pressão de sucção sobre a onda, tendendo a destruir a
estrutura estratificada.

▪ O efeito da tensão superficial é negligenciado.


Escoamento Em Tubulações
▪ As alturas de equilíbrio do líquido e do gás são hL e hG,
respectivamente, enquanto as alturas associadas com o pico da
onda são h 'L e h 'G .

▪ A força gravitacional estabilizante atuando sobre a onda é:


( G G ) (L − g ) g
h − h '
(1)
▪ Considerando a onda estacionária, a força de sucção que causa o
crescimento da onda é dada pelo efeito Bernoulli por:
1
p − p = G ( v G'2 − v G2 )
'
(2)
2
▪ A partir da equação da continuidade,

vG h G = vG' h G' (3)


Escoamento Em Tubulações
▪Baseando-se na teoria de instabilidade de Kelvin-Helmholtz, a condição para
crescimento da onda é:.

p − p'  ( h G − h G' ) ( L − g ) g (4)

G ( vG' 2 − vG2 )  ( h G − h G' ) ( L − g ) g


vG h G 1
vG = '
'
(5)
hG 2

1  2 h G2 
G  v G ' 2 − v G   ( h G − h G' ) ( L − g ) g
2
(6)
2  hG 
2 ( h G − h G' ) ( L − g ) g
vG2  (7)
 h G2 
G  '2 − 1
 hG 
Escoamento Em Tubulações

▪ A condição para o crescimento da onda, que leva a condição de


instabilidade da configuração estratificada, é quando a força de
sucção é maior que a força gravitacional. Combinando a Eq. (1) a
Eq (3) produz o critério de instabilidade.

 g (  L − G ) h G 
0,5

vG  C1   (8)
  G 
Onde C1 depende do tamanho da onda
0,5
 2 
C1 =  
 ( h G h G )( h G h G + 1) 
' ' (9)

▪ Para onda infinitesimal, h G h G' → 1, C1 → 1,0 , reduz para o critério


de crescimento de onda original de Kelvin-Helmholtz.
Escoamento Em Tubulações
Kelvin-Helmholtz
▪ A análise apresentada para placas paralelas pode ser estendida
para escoamento estratificado em uma tubulação inclinada,
resultando:

 ( L − G ) g cos A G 
0,5

vG  C2   (10)
  S
G I 
Onde:

 2 ( AG AG ) 
0,5
'

C2 =  
 (1 + A G A G ) 
' (11)
Escoamento Em Tubulações

▪ Para um baixo nível de líquido na tubulação, A'G = AG , C 2 → 1. Para


alto nível de líquido na tubulação, A'G → 0 . Então, C2 = 0, a base
para esse resultado é a hipótese que :
hL (12)
C2 = 1 −
d
▪ Substituindo a Eq.(12) na Eq (10), resulta no critério final para
essa transição

 h L   ( L − G ) g cos A G 
0,5

v G  1 −   
(13)
 d   S
G I 
Escoamento Em Tubulações
▪ O critério de transição pode ser transformado em uma forma
adimensional.
 2 
2  1 v G SI 
F 1
( )
(14)
 1− h 
2
AG
Onde:
 L

(15)
G vSG
F=
( L − G ) dg cos 
O equilíbrio do nível de líquido hL
é, por sua vez, uma função de X e Y.
Para fluxo horizontal, Y = 0 e hL é
uma função única de X.
Assim, pode concluir-se que para o
fluxo horizontal, o critério para a
transição entre o fluxo estratificados
e não estratificado é uma função de
X e F.
Escoamento Em Tubulações
Transição Intermitente ou Bolha-dispersa para Anular
(Transição B)
▪ Quando aumenta a vazão de gás ou de líquido, o escoamento
estratificado torna-se instável e a transição estratificado para o não
estratificado ocorre. Sob esta condição de instabilidade, as
seguintes situações podem ocorrer:
1. Para altas vazões de líquido e baixas vazões de gás, o nível de
líquido é alto, isto faz com que a onda cresça a partir do filme
líquido, bloqueando a área da seção transversal da tubulação.
Este bloqueio forma um slug de líquido instável, e a crista da
onda atinge a parede.
Escoamento Em Tubulações
2. Para baixas vazões de líquido e altas vazões de gás, o
nível de líquido é baixo na tubulação. A onda na interface
não tem líquido suficiente a partir do filme. Sob essas
condições, um filme líquido anular é formado, resultando
em uma transição para anular.
A transição depende unicamente do nível de líquido na
tubulação. Intuitivamente, um valor de h L = 0.5 foi
proposto para a transição para anular.

Barnea et al. (1980) modificaram o critério de transição


para:
hL (16)
hL = = 0.35
d
Escoamento Em Tubulações
▪ Se o escoamento estratificado é instável,
h L  0.35 anular.

h L  0.35 Slug ou bolhas-dispersas.


Transição Estratificada Suave para o Estratificado Ondulado (Transição C)

▪ A transição do estratificado suave para o ondulado ocorre


quando a velocidade da fase gasosa é suficientemente alta para
causar ondas na interface e menor que a velocidade necessária
para causar instabilidade.
▪ A teoria de Jeffreys (1926), o critério para a inicialização da onda
4 L ( L − G ) g cos 
(v − CW ) CW 
2
(17)
 L G s
G

VG  CW
Cw é a velocidade de propagação da onda
Escoamento Em Tubulações
▪ Assumindo vG é muito maior do que a velocidade de propagação da onda (i.
e, vG >> CW), e a velocidade de propagação de ondas é aproximo da velocidade
de líquido (isto é, CW  vL).

▪ O critério final para determinar a transição entre o estratificado suave e o


ondulado pode ser representado por:

 4 L ( L − G ) g cos  
0.5

vG    (18)
  
L G
sv L 
▪ Este critério pode ser representado na forma adimensional como:
2
K (19)
Onde: vL vG s
s = 0,01
 v 2
v
K =
2 G SG L SL

( L − G ) Lg cos  (20)


Escoamento Em Tubulações
▪ Para o escoamento descendente inclinado com baixa vazão de
líquido, as ondas são geradas devido a instabilidade na interface,
Barnea et al. (1982a) sugeriram o seguinte critério para o
aparecimento da onda:

vL
Fr =  1.5 (21)
gh L
Escoamento Em Tubulações
Transição Intermitente para Bolha-Dispersa(Transição D)

▪ Esta transição ocorre a elevadas vazões de líquido, ou seja, o


nível de equilíbrio na tubulação é elevado.

▪ A fase gasosa ocorre na forma de pequenos bolsões no topo da


tubulação devido a força empuxo.

▪ Para velocidades de líquido suficientemente elevadas, os bolsões


de gás são quebrados em pequenas bolhas dispersas que são
misturadas na fase líquida.
Escoamento Em Tubulações
▪ A transição para bolhas dispersas ocorre quando as flutuações de
turbulência na fase líquida são forte o suficiente para superar a
força empuxo resultante.

▪ A força empuxo resultante e a força de turbulência que atuam no


bolsão de gás são dadas, respectivamente, como:

(19) FB = AG ( L − G ) g cos 
L v 2L
(20) FT = f LSI
4
Onde:
A G Área da seção transversal do bolsão de gás;
SI Comprimento da interface;
Escoamento Em Tubulações
▪ A transição para bolhas-dispersas ocorre quando, FT  FB
▪ O critério de transição intermitente para bolha-dispersa é:
0,5
 4A G g cos   G 
vL   1 − 
 SI f L  L  (21)
▪ A mesma transição representada na forma adimensional é:
 
 8A G 
T 
2

( )
−n (22)
 SI v L2 v L d L 
 
Escoamento Em Tubulações
Onde: 0,5
  dP  
  − dL  
T=   SL
 (23)
 ( L − G ) g cos  
 
Escoamento Em Tubulações
Uma mistura ar-água escoa em uma tubulação horizontal de 5 cm
de diâmetro interno. A vazão de água é qL= 0,707 m3/h e a do ar é
qG = 21,2 m3/h. As propriedades físicas dos fluidos são:

 = 993 kg m 3
L
G = 1,14 kg m3

 = 0,68x10 −3
kg m.s  = 1,9x10−5 kg m.s
G
L

Determine o padrão de escoamento nas condições acima.


Considere um escoamento bifásico em uma tubulação inclinada
ascendente com os seguintes dados:

d = 0,0254 m  = 4o
vSL = 1,7 m s vSG = 13 m s

L = 920 kg m3 G = 1,65 kg m3
L = 2x10−3 kg m.s G = 2x10−5 kg m.s

Qual o tipo de padrão de escoamento e o holdup de líquido?


Uma mistura ar-água escoa em uma tubulação horizontal de 5 cm
de diâmetro interno. As vazões volumétricas de água e ar são
0,707 m3/h e 21,2 m3/h, respectivamente. As propriedades dos
fluidos são:

L = 993 kg m3 G = 1,14 kg m3

L = 0,68x10−3 kg m.s G = 1,9x10−5 kg m.s

a) Qual é o padrão de escoamento.

b) Caso o diâmetro interno seja reduzido para 1,25 cm, o padrão de


escoamento mudará? caso afirmativo, qual o novo padrão de
escoamento?

Fim
As propriedades físicas dos fluidos são:

 = 993 kg m 3
L
G = 1,14 kg m3

 = 0,68x10 −3
kg m.s  = 1,9x10−5 kg m.s
G
L

Determine o padrão de escoamento nas condições acima e o


gradiente de pressão total sabendo que o poço vertical possui uma
inclinação de 1º em relação a vertical

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