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MURO DE DIVISA E
ARRIMO
FEVEREIRO/2023
DOMINE ENGENHARIA
Rua General Odorico Quadros, 109
Centro, Campo Grande/MS.
LAUDO DE VISTORIA – PATOLOGIA APRESENTADA EM
MURO DE ARRIMO E MURO DE DIVISA DO IMÓVEL:
SRA. ELIZABETH FERREIRA DE SOUZA
Este laudo de vistoria tem como objetivo a análise de grau de risco, identificação das causas e
recomendações de reparos das patologias apresentadas no muro de divisa com o lote 17.
O laudo foi elaborado de maneira compreensível ao leigo, evitando vocabulários complexos e
técnicos, a fim de tornar este documento esclarecedor para todos os interessados. Além disso, o
profissional que redigiu apresenta suas análises de forma imparcial sem beneficiar os interesses de
qualquer uma das partes evolvidas.
OBJETIVO: Análise de grau de risco, identificação das causas e recomendações de reparos das
patologias apresentadas no muro de divisa com o lote 17.
ENDEREÇO: Rua Mandioqueira, esquina com a Rua Saputá – Quadra 09/ Lote 18 – Parcelamento
Alphaville Campo Grande III – Bairro Novos Estados em Campo Grande/MS
2.1 INTRODUÇÃO
𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅 = 𝑆𝑆 × 𝑂𝑂 × 𝐷𝐷 (1)
Os critérios de severidade apresentados nesse trabalho têm por base a revisão de literatura
sobre as manifestações patológicas em muros de arrimo de concreto armado, por onde se
evidenciou a origem, falhas, seus locais típicos de ocorrência, bem como as formas de
prevenção.
A próxima etapa da análise compete avaliar cada falha identificada pelo estudo
exploratório em seus níveis de severidade correspondentes. Pela gama de falhas evidenciadas
propôs-se classificar aquelas que representam danos estéticos, sem comprometimento da
estrutura, como nível mínimo de severidade. Há aquelas de danos estéticos, que, todavia,
comprometem em um menor nível a estrutura, para tais definiu-se o critério de pequena
severidade, conforme Tabela 3.
Consideraram-se, também, as falhas que afetam a estrutura em um nível inicial de danos
estruturais, todavia sem comprometê-la em um grau definitivo. Estes tipos de falhas, quando
não tratados com o devido cuidado, tenderão abrir caminho para agentes agressivos. Para
estes casos foi considerado nível moderado.
Consideraram-se, também, as falhas que afetam a estrutura em um nível inicial de danos
estruturais, todavia sem comprometê-la em um grau definitivo. Estes tipos de falhas, quando
não tratados com o devido cuidado, tenderão abrir caminho para agentes agressivos. Para
estes casos foi considerado nível moderado.
Existem ainda as falhas que comprometem a estrutura em sua estabilidade, porém não
ocasionando danos irreversíveis, e as que a danificam de forma definitiva, chegando ao nível
de rutura. Para essas foram subdividas em dois graus de severidade, alta e muito alta, na qual
a alta está inclusa falhas que danificam o elemento, mas com possibilidade de atuação para
restauro, evitando a sua ruína. E de nível muito alta, pela qual atingiu grau de severidade não
sendo possível atuação na estrutura. As considerações postas, aliadas a revisão de literatura,
formou-se a tabela de severidade que será utilizado no cálculo da ferramenta FMEA.
3.4 GRAU DE OCORRÊNCIA (O)
Com o objetivo de aplicar a Análise do Risco nas estruturas de muro de arrimo em concreto
armado, foi necessário estudar as patologias típicas desse tipo de estrutura, definir graus de
severidade, ocorrência e detecção, para então ser possível calcular o grau de risco de cada uma
dessas falhas.
Para quantificar e qualificar as falhas em graus de severidade, ocorrência e detecção, e
definir índices de risco para cada uma delas, foi necessário o estudo de anomalias e patogenias
inerentes a estruturas de arrimo em concreto armado. Esse estudo das patologias foi dividido
em seis itens, do qual cada um aborda um grupo de origem dos sintomas patológicos, que são:
i.) falhas de projetos; ii.) falhas na execução, iii.) patologias de concreto, iv.) corrosão de
armaduras, v.) patologias de solos, e vi.) deficiências nos sistemas drenantes.
Em cada um desses grupos foi elaborado um quadro para melhor sintetizar os efeitos
inerentes cada falha destacada na revisão bibliográfica. Dessa forma, na Tabela 6 são
demonstradas as falhas, seus efeitos e causas, já agrupadas.
O resultado do produto das variáveis severidade, ocorrência e detecção, é o grau de risco,
que foi classificado em quatro níveis, sendo baixo, médio, alto e muito alto, e sua pontuação
foi definida, conforme Tabela 7.
Então para cada grupo de falhas, e seu respetivo efeito é possível hierarquizar os níveis de
atenção para cada efeito como resultado da multiplicação do índice de severidade, ocorrência
e detecção, com base aos critérios já apresentados neste laudo.
O imóvel possui padrão construtivo alto sendo composto por apenas um pavimento e piscina. Com
confrontante lateral (Lote 19) e confrontante ao fundo (Lote 17). Está localizado na esquina da quadra
09 – Lote 18, Rua Mandioqueira com a rua Saputá no Condomínio Residencial Alphaville III em Campo
Grande/MS. Possui cerca de 4 anos de idade, o imóvel está acabado e habitável. Apresenta diversas
fissuras no revestimento do muro de divisa da edificação, divisa com o Lote 17.
A proprietária autorizou a entrada no interior do imóvel para a retirada de fotos para o laudo,
portanto, todas as imagens representam a situação externa e interna da edificação. Os mesmos estão
cientes do respaldo legal representado por este laudo e assumem a responsabilidade perante a
autorização do registro fotográfico.
Figura 1: Localização do imóvel e indicação do muro de divisa. (Fonte: Mapoteca SEMADUR)
6. MEMÓRIA FOTOGRÁFICA
Figura 2: Muro de divisa entre o Lote 19 e Lote 17. Descascamento do revestimento de pintura,
ocasionada por infiltração e fissuras.
Figura 3: Muro de divisa entre o Lote 19 e Lote 17. Descascamento do revestimento de
pintura, ocasionada por infiltração e fissuras.
Figura 4: Muro de divisa entre o Lote 19 e Lote 17. Descascamento do revestimento de pintura e
formação de bolhas, ocasionada por infiltração e fissuras.
Figura 5: Muro de divisa entre o Lote 17. Deslocamento do muro de divisa, provocando o
rompimento do chumbador da estrutura metálica do portão.
Figura 6: Muro de divisa entre o Lote 17. Deslocamento do muro de divisa, provocando o
rompimento do chumbador da estrutura metálica do portão.
Figura 7: Solo permeável em contato com o muro de divisa. Apresentou rebaixamento do
nível. Possível perda de material durante a construção vizinha.
Figura 8: Muro de divisa entre o Lote 17. Deslocamento do muro de divisa, provocando o
rompimento do chumbador da estrutura metálica do portão.
Figura 9: Muro de divisa entre o Lote 17. É possível visualizar um pequeno desalinhamento
do muro de divisa.
Figura 10: Muro de divisa entre o Lote 17. É possível visualizar um pequeno desalinhamento do
muro de divisa e a altura do novo muro de arrimo realizado no Lote 19.
Figura 11: Muro de divisa entre o Lote 17. É possível visualizar que na época foi realizado um
corte bem profundo do aterro, deixando exposto as estacas do muro de divisa do Lote 18.
Conforme histórico relatado pela proprietária, o imóvel começou a apresentar essas patologias
após o início das obras do lote 17 ao fundo. Foi extraído grande volume de aterro do lote 17, deixando
exposto toda a fundação do muro de arrimo do imóvel, conforme a figura 11, ademais a exposição
perpetuou por dias, tempo que ocorreu incidências de chuvas, acarretando no assoreamento do
aterro do imóvel, causando rebaixamento do solo conforme a figura 7, e perda de resistência de carga
da fundação por falta de solo compactado nas laterais das estacas, acarretando um pequeno
deslocamento de toda a estrutura do muro de arrimo e muro de alvenaria conforme figuras 4, 5, 6, 8,
9 e 10.
Com base na avaliação realizada no dia 02 de fevereiro de 2023 no imóvel, e com o histórico
relatado pela proprietária é possível destacar que o recorte de aterro realizado no lote 17 (Figura 11)
foi o ponto de início para as patologias apresentadas.
Atualmente o lote 17 já possui um muro de arrimo executado, situação que garante a
estabilização das patologias apresentadas nesse laudo.
Com base na metodologia, apresento abaixo o grau de risco do objeto desse laudo:
Equação: 𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅 = 𝑆𝑆 × 𝑂𝑂 × 𝐷𝐷
RPN = 4 x 2 x 2 = 16
8. CONCLUSÕES
Se tratando da avaliação realizada in loco, das fotos inseridas nesse laudo, do histórico
apresentado pela proprietária do imóvel e da metodologia aplicada pelo cálculo de FMEA, é
possível concluir que as patologias poderiam ser evitadas durante o corte de aterro realizado
durante a construção do imóvel do lote 17, com base na figura 11 é possível notar que não houve
qualquer cuidado em estabilizar o muro de arrimo e muro do lote 18, por conta dessa falta de
estabilização as patologias apresentadas nesse laudo surgiram. Felizmente já foi executado um
muro de arrimo no lote 17, que mantém a estabilidade do conjunto, garantindo também a
estabilidade das patologias.
Sobre as correções das patologias, recomenda-se em cada tipo uma correção específica.
Quanto as infiltrações e fissuras no revestimento da pintura do muro, recomenda-se a remoção
da camada de reboco, aplicação de impermeabilizante e posterior execução de reboco e pintura.
Quanto ao rebaixamento do solo ao lado da piscina, recomenda-se a remoção da camada de
pedras provisoriamente, adicionar aterro e compactar manualmente toda a lateral que contorna
o muro, e finalizar com a camada de pedras novamente. Quanto ao deslocamento do muro em
junção com o portão de estrutura metálica, recomenda-se aplicar enxerto de massa e substituição
do chumbador que deverá ser novamente fixado no muro.
9. REFERÊNCIAS
10. ENCERRAMENTO
Encerramos o trabalho, foi redigido e impresso este LAUDO, que se compõe de 22 (vinte e
duas) folhas escritas de um só lado, contendo rubricas impressas, menos data, que vai datada e
assinada.
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DOMINE ENGENHARIA E SERVIÇOS LTDA
CNPJ: 41.314.186/0001-30
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Sra. Elizabeth Ferreira de Souza
CPF: 173.645.151-00