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ANÁPOLIS / GO
2015
ii
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
CESSÃO DE DIREITOS
_____________________________
APROVADO POR:
__________________________________________________
AUGUSTO FLEURY VELOSO DA SILVEIRA, Pós Dr. (UEG)
(ORIENTADOR)
________________________________________________________
RAPHAELA CHRISTINA COSTA GOMES, Dra. (UEG)
(EXAMINADORA)
___________________________________________
ALEXANDRE GARCES ARAÚJO, Msc. (UEG)
(EXAMINADOR)
AGRADECIMENTOS
A Deus, que acima de tudo e todos, pôde me proporcionar, durante toda esta jornada,
muita saúde, família, paz e sorte para que eu pudesse alcançar tudo o que tenho hoje.
À minha mãe, por todo o seu equilíbrio e perseverança, me encorajando a cada queda
ou falha. Uma guerreira, um exemplo de coragem e fortaleza.
Ao meu pai, um exemplo vivo do quão longe um homem com inteligência e pulso
firme pode chegar e influenciar os outros ao seu redor. E isto tudo sem se esquecer da
essência humana da honestidade e bondade.
Ao meu amor Fernando, a pessoa de importância ímpar para esta conquista e
companheiro eterno para todas as próximas vitórias que vierem. Um exemplo do quão fiel e
solidário um homem pode ser.
Aos colegas de faculdade, pelos estudos produtivos e pelos momentos de
descontração. Verdadeiros companheiros.
Ao meu orientador, Professor Augusto Fleury, pelos ensinamentos determinantes para
o sucesso deste trabalho, pela compreensão, pelo esforço despendido para meu auxílio.
Aos professores pelos ensinamentos e conhecimentos compartilhados que vão além do
profissionalismo, são acima de tudo conhecimentos para a vida.
vi
RESUMO
O estudo que se segue objetivou destacar a influência que o desenvolvimento
tecnológico inserido na construção civil pode exercer tanto no papel desempenhado pelo
engenheiro civil atual quanto nos recursos inovadores que a própria edificação pode
proporcionar a seus usuários. Desta forma, o estudo parte desde os principais alicerces da
automação residencial até a uma antevisão do rumo que a construção civil irá tomar na
habitação do futuro.
Em suma, foi arquitetada uma linha de pensamento que parte desde os primórdios da
automação, o público alvo para este tipo de mercado, conceitos e instrumentos básicos para o
funcionamento do sistema, vantagens e desvantagens, o importante papel do engenheiro civil
neste tipo de atuação e por último as etapas básicas que um engenheiro civil se submeteria a
desenvolver para o resultado final do projeto e execução na obra.
Palavras-chave: Automação Residencial; Construção Civil; Engenheiro Civil.
vii
ABSTRACT
The study that follows aims to highlight the influence that technological development
inserted in construction can have both the role played by the current civil engineer as the
innovative features that the building itself can provide to its users. In this thesis, the study
starts from the main planks of home automation to a preview of the direction that the
construction will take in the housing of the future.
In short, it was engineered a line of thought which starts at the beginning of
automation, the target audience for this type of market , basic concepts and tools for system
operation , advantages and disadvantages , the important role of civil engineer in this type of
activity and finally the basic steps that a civil engineer would submit to develop for the final
result of the design and execution in the work .
Keywords: Home Automation; Construction; Civil Engineer.
viii
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Soma das Potências (W) pela Distância (m) para V = 220 V e dimensionamento
para 2 condutores. ..................................................................................................................... 58
x
LISTA DE ABREVIAÇÕES
IF Instituto Federal
AR Automação Residencial
QG Quadro Geral
QA Quadro de Automação
RF Radiofrequency
IP Internet Protocol
xii
SÚMARIO
1O PROBLEMA .................................................................................................. 1
3 DELINEAMENTO DA PESQUISA............................................................. 47
APÊNDICES ...................................................................................................... 77
ANEXOS... .........................................................................................................78
1
1 O PROBLEMA
1.1 INTRODUÇÃO
Comparando um curso tão repleto de experiência com algo bastante inovador, apesar
de ser algo contrastante e até ousado, o intuito é fazer com que a engenharia civil, com sua
majestosa caminhada histórica repleta de experiência e sabedoria, possa saber utilizar desse
seu passado, mas pensando em se aprimorar e se adequar ao futuro para que não fique
antiquada e possa sempre satisfazer aos anseios, cada vez mais inovadores, dos futuros
moradores de uma obra residencial.
2
1.2 OBJETIVOS
1.3 JUSTIFICATIVA
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Para facilitar o entendimento sobre o tema tratado neste trabalho, foi arquitetada uma
sequência teórico-cronológica, de forma a facilitar o entendimento sobre as principais
abordagens da automação residencial e tornar mais conhecidos alguns conceitos e termos que
talvez a sociedade comum não conheça tão bem, ainda. A abordagem da automação
residencial, por sua grande abrangência, neste trabalho ficou limitada a alguns dos principais
termos técnicos e assuntos, eliminados aqueles talvez não tão relevantes no momento. Neste
texto, focou-se em provar para o leitor que a automação residencial não é apenas um assunto
para cientistas tecnológicos e clientes de alta renda, muito pelo contrário, é um assunto cujo
foco é o consumidor final em geral, embora com níveis diferentes de acesso. E quem iria por
em prática estes produtos moldados por esses amantes da tecnologia em favor dos
consumidores? Um profissional que torna realidade tudo aquilo que o consumidor sonha: uma
habitação moderna, confortável e prática, e esse profissional é o da construção civil.
2.1.1 Conceitos
1
Veja a reportagem na íntegra A integração pede parâmetros, publicada pela revista Lumière, em outubro de
2008.
5
máquinas e sistemas industriais; o então conhecido como CLP2, conforme assim enuncia Ivan
Vieira e Sérgio Silva em seu artigo sobre Domótica.
Após grandes avanços na área tecnológica, o comércio começou a ser mais
beneficiado com as vantagens da automação. No início, alguns itens que fazem parte das
instalações em um edifício comercial começaram a dar seus primeiros passos, entre eles, o
sistema de ar condicionado, controle de acesso e alguns itens de segurança. Esses pequenos
“apetrechos” começaram a ser vislumbrados pelos profissionais da área e por qualquer um
que tomasse conhecimento sobre o assunto. Desde então, essas tecnologias precursoras foram
batizadas de “Automação Predial” (PINHEIRO, 2004).
Com o inacreditável e inacompanhável desenvolvimento tecnológico, tanto na área
computacional quanto na área da telecomunicação, em meados da década de 90, muito se
surgiu, inclusive novas tecnologias na área de controle e automação, o que proporcionou
muitos avanços em diversos ramos, entre eles o da construção civil.
Em meados da década de 70, surgiram nos EUA, os primeiros módulos inteligentes
chamados de X-10 (mais para frente serão melhor detalhados), de acordo com Matias
Bortoluzzi no blog da SRA Engenharia. Este é considerado por muitos como o marco inicial
da automação residencial. Uma década depois, houve a popularização dos computadores
pessoais, daí surge a ideia de utilizar esses PC como uma central de automação. No entanto, o
surgimento de várias complicações com relação ao uso dos PC’s, impulsionou o surgimento
de microprocessadores com dispositivos dedicados. De forma concomitante surgiram outras
tecnologias aplicáveis à automação residencial, tais como controle remoto, internet banda
larga, celular e outros. E isto nos traz ao cenário atual com tecnologias possíveis sendo
desenvolvidas todos os dias, e de modo integrado.
2
Contolador Lógico Programável
7
companhia nacional AIT com 2500 pontos de supervisão e controle. No mesmo ano já foram
construídos em São Paulo os edifícios do Centro Empresarial Itaú Conceição (CEIC).
Um pouco mais tarde, em 1992, o fim da reserva de mercado na informática no Brasil,
deu inicio a entrada de novos produtos e tecnologias para a área de edifícios de alta
tecnologia, tornando o mercado mais competitivo. A partir de então, várias construtoras
embarcaram nessa ideia de construir um edifício com funções controladas, tais como câmeras
de segurança, portas com acesso restrito, entre outros.
3
Veja a reportagem na íntegra A automação residencial quer ganhar morador pela economia, no Jornal
Folha de São Paulo on-line, em 29 de setembro de 2013.
8
Os entusiastas são aqueles fanáticos por tecnologia, responsáveis por averiguar os produtos e
muitas vezes até mesmo antes de serem efetivamente lançados.
4
Disponível: https://neigrando.wordpress.com/tag/curva-sino/
9
Todo esse estudo foi citado justamente para justificar o que foi defendido no primeiro
parágrafo deste item: o público ainda é limitado, mas isso vem mudando, pois a “onda”
tecnológica vem rompendo barreiras sejam elas de classe social, instrucional ou até mesmo na
faixa etária do usuário. Sem contar que hoje, as crianças já são incentivadas para a nova
realidade virtual. De acordo com Rafael Balago5, uma pesquisa da Datafolha afirma que as
crianças estão preferindo ganhar de presente um tablet a um patins ou bicicleta, e isto é prova
de que a tecnologia está conquistando cada vez mais usuários.
Talvez estes pequenos de hoje, que possuem um contato frequente com as novidades
do mercado tecnológico, possam se tornar consumidores fiéis da automação residencial e cada
vez mais dependentes dela. Sem contar que os adultos ou até mesmo os da terceira idade, que
mesmo não tendo uma infância tão repleta de novidades tentadoras, estão cada vez mais
dependentes do celular, do próprio tablet e inclusive da internet. Ou seja, o mundo atual não
vive sem a tecnologia. E para que algo mais tecnológico que uma casa inteligente? Por isso a
automação residencial é tão tentadora e desejada por muitos.
Em se tratando do Brasil, o mercado para tal atividade não é a melhor referencia, mas
ele está aquecido e promete constantes e grandes avanços. Os brasileiros estão cada vez mais
interessados na área e isso é bom para movimentar e incentivar pesquisas puramente
nacionais. Prova disto é o número de residências brasileiras que já desfrutam dos benefícios
da automatização o qual chegou à faixa de 300 mil, segundo a AURESIDE (Associação
Brasileira de Automação Residencial, 2013).
Em se tratando do mecanismo de funcionamento do sistema de mercado, Muratori e
Dal Bó (2013), definem como “players”, nas etapas do mercado:
1. Primeira Etapa (Desenvolvedores/Licenciadores de Tecnologia): empresas de
software, sozinhas ou em cooperativa, laboratórios de robótica e eletroeletrônica ou
até mesmo centros de pesquisa e universidades afins.
2. Segunda Etapa (Fabricantes/Importadores): são os grandes grupos multinacionais e
fábricas que assumem a parte de manufaturar a ideia adquirida pelos desenvolvedores.
3. Terceira Etapa (Distribuidores/Revendas): são aquelas empresas que compram desses
fabricantes e/ou importadores para a respectiva distribuição e/ou comercialização
desses produtos manufaturados.
5
Veja a reportagem na íntegra Tablet já é mais pedido do que bicicleta e patins pelas crianças, mostra
pesquisa, no Jornal Folha de São Paulo on-line, em 08 de dezembro de 2013.
10
Muito se deve pensar sobre relação do engenheiro civil com a automação residencial
propriamente dita e para adquirir este tipo de resposta não precisa ir muito além do que já está
posto em prática. Conforme definido pelo CONFEA, compete ao engenheiro civil ou ao
engenheiro de fortificação e construção, dentre outras funções, cabem destacar as seguintes:
6
Veja reportagem na íntegra Segundo dados da Procobre, os edifícios estão atentos com a segurança das
instalações, no Jornal da Instalação on-line, em 26 de maio de 2014.
13
Entre os casos mais alarmantes estão: a falta de instalação do fio-terra no quadro geral
e o mau planejamento na distribuição de tomadas de forma eficiente na casa. Com isso, pode
ser levantada uma série de fatores com relação à causa: projeto mal feito pelo engenheiro ou
até a ausência do mesmo, falta de fiscalização rigorosa pelo órgão regulador e/ou a não
vinculação do projeto com perspectivas futuras, quanto ao desenvolvimento e evolução
tecnológica, deixando assim, as instalações elétricas sempre obsoletas. Portanto, mais uma
prova de que o engenheiro civil deve sempre estar aberto às inovações, aprendê-las e repassar
essas novas soluções que seriam mais seguras e mais eficientes nas construções.
7
Assista reportagem na íntegra A casa do futuro, transmitida pelo Programa Hoje em Dia da Rede Record, em
maio de 2012.
8
Veja reportagem na íntegra Casa Inteligente ajuda mais também pode tirar sono, no blog da empresa Comat
Releco, em 16 de outubro de 2013.
9
Dispositivo eletromecânico que permite a partir de um circuito de comando, efetuar controle de cargas num
circuito de potência, ou seja, conduz e interrompe a corrente elétrica.
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Uma ênfase é importante ser dita, se a automação for no âmbito das instalações
elétricas, os projetos devem obedecer obrigatoriamente a tão conhecida NBR 5410:2004
versão corrigida 2008, contudo se o que controla a instalação for automatizado com o já
mencionado CLP, não há nada que controle ou seja padronizado por nenhuma norma. Para
não dizer que não há nada que esteja sendo normatizado, o cabeamento estruturado
residencial é regido pela norma NBR 16264:2014, que inclusive é bastante recente com
apenas alguns meses de publicação.
Essa mesma reportagem da revista citada no penúltimo parágrafo afirma:
chaves?”. Além de todas essas perguntas terem resoluções simples e de forma extremamente
rápida, ele ainda pode entrar pela sala ao som do estilo musical que mais gostar para o
momento.
Essas tecnologias ainda podem contribuir para o que se valoriza muito nos dias de
hoje: a sustentabilidade. E como a automação faria isso? Bom, um pouco dessa contribuição
já foi comentado anteriormente, que é a eficiência energética, ou seja, todo ambiente que
estiver com iluminação de forma desnecessária será desligada automaticamente. Isto contribui
para a redução de gasto e uma maior vida útil da lâmpada. Em outras palavras, pode ser uma
boa aliada à Engenharia “Verde”.
No item anterior foi feita uma síntese a respeito dos principais alicerces da automação
residencial. Alguns termos típicos dessa nova era, foram utilizados como instrumento para
melhor compreensão do que estava sendo abordado. Por ser relativamente um assunto novo e
com pouca referência bibliográfica confiável, muito se tem ainda a indagar sobre a forma
como automação residencial torna-se parte das instalações de uma edificação e para
solucionar este problema, foi buscado o máximo de respostas para esse tipo de
questionamento.
Existem algumas variações entre a forma como foi abordada e executada a automação
em determinado projeto residencial. Entre essas formas diferentes, Muratori e Dal Bó (2013)
as destacaram da seguinte forma:
1. Sistema autônomo: também conhecido como sistema Stand-Alone, é todo aquele que
opera de forma independente, desempenhando todas as funções previstas em projeto,
sem a existência de um controlador centralizado. Alguns exemplos seriam a aspiração
centralizada, irrigação do jardim, entre outros.
2. Sistema integrado: o próprio nome já indica como é sua forma de operar. Nesse
sistema, que a princípio seria nada mais que um autônomo, passaria a ter uma relação
com troca de informações, por exemplo, por meio de infravermelho.
3. Sistema complexo: engloba todo e qualquer tipo de tecnologia que se encontra em
estágio de pesquisa e testes e são apresentadas ao público como uma amostra. É uma
forma de perceber se tal tecnologia seria bem aceita ou não para então viabilizar sua
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venda ao mercado. Como exemplo pode-se ter algumas Feiras Expositoras ocorridas
em metrópoles internacionais, a exemplo, São Paulo, que promovem este tipo de teste
da então conhecida como “casa modelo”.
Apesar de esta tomada comandada possuir mesmo acabamento que uma comum, vale
ressaltar que ela nem sempre estará com energia disponível, e isso será controlado por um
comando enviado pelo Quadro, nesse caso, o recurso da tomada comandada teria função
horária pré-programada no QA.
Assim como foi esquematizado anteriormente no exemplo da tomada, pode-se utilizar
desse mesmo raciocínio para qualquer outra carga automatizada, ou seja, os retornos deverão
ser encaminhados para o QA. Apesar de ser um recurso aplicável e de fácil detalhamento,
infelizmente, pelo fato de exigir personalização de cada ponto, ou seja, cada tomada
comandada só poderá ser usada pelo aparelho específico previsto em projeto, esse esquema
pode nem chegar perto de ser um projeto de integração, visto que cada tomada, em separado,
seria utilizada para uma única função, não havendo uma compatibilidade com qualquer outro
recurso da casa. Enfatiza ainda, o engenheiro Leonardo Pinheiro, na entrevista cedida para
este trabalho, que se fosse utilizar desse recurso na casa inteira, isto não poderia ser chamado
de automação residencial, já que nenhum produto iria ser integrado a outro (informação
verbal).
10
Foto feita pelo autor do trabalho.
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cabo e este ser mal interpretado pela própria rede como um comando que nem sequer foi
realizado por alguém.
Outro exemplo da linha Powerlines Networks seria o protocolo Universal Powerline
Bus, mais conhecido por UPB. Engenhado em meados da década 90 por uma empresa norte-
americana conhecida por PCS, inspirado pelo avanço e importância que foi o X10, seu
formato foi ainda mais aprimorado superando o existente até então. A exemplo disso foi
ultrapassada a velocidade de transmissão de dados alcançada até o momento e com isso a rede
passou a adquirir mais crédito e confiança.
As últimas contribuições para a comunicação da Powerlines Networks seriam o
Homeplug 1.0 e o padrão Homeplug AV. O primeiro promove boa velocidade na
comunicação e o segundo, para superá-lo, alcança uma velocidade tão boa que permite
transmitir multimídia e até HDTV por meio da rede elétrica.
Fugindo um pouco dessa forma de transmissão, temos ainda outros tipos de protocolo
e entre eles pode-se destacar um tipo bastante interessante: os de transmissão sem fio. Esse
tipo de passagem é feita por meio do espectro de radiofrequência (RF) e esses sistemas podem
ser baseados em rede do tipo “Malha”. Esse tipo de conexão é bastante maleável ao tipo de
topografia ou até mesmo a mudanças internas de configuração, do tipo, mudança de rota ou
inclusão e/ou exclusão de componentes (também chamados de “nós”). Apesar de essa
transmissão possuir certa limitação com relação a distancia entre esses dispositivos de uma
mesma “malha”, cada componente pode servir como retransmissor aumentando assim o
alcance efetivo.
O ponto negativo desse mecanismo seria a sobrecarga na comunicação, causando
assim uma diminuição de velocidade. Mas se for utilizado um raciocínio lógico de
combinação entre esses nós de forma a facilitar a transmissão e aumentar sua velocidade
talvez o alcance efetivo não seja um problema. Além disso, uma vantagem dessa transmissão
que não acontece nas Powerlines Networks, é a pouca interferência nas instalações elétricas.
O ZigBee é um exemplo de rede sem fio e de um padrão roteado, e tem esse nome de
batismo devido ao fato de as mensagens serem encaminhadas em zigzag como se fossem
abelhas e o nome nada mais é que a junção de zig (da palavra zigzag) com abelha em inglês
que é bee. Essa tecnologia é bastante abrangente, consegue captar sinal de um pequeno
dispositivo à bateria até a grandes componentes aplicáveis a outros ramos da automação como
a industrial. Inclusive ainda hoje é bastante utilizada em aparelhos extremamente novos para
automação residencial.
21
O Z-wave já seria outro exemplo aplicável da rede roteada e sem fio, sendo
desenvolvido por uma empresa dinamarquesa ZenSys AS e seu objetivo foi ajudar na
sustentação de dispositivos mais simples, baratos e mais auto instrutivos para o público
doméstico.
Outro exemplo e último é o Ultra-High Frequency (mais conhecido por UHF) é
extremamente difundido em setores específicos tais como sistemas de alarmes, controladores
de luz, controles remotos, ou seja, certas funções que trabalham num determinado intervalo de
frequência.
Existem ainda aqueles protocolos que operam mesclando mais de uma forma para
estabelecer a comunicação entre cargas e acionamentos. E essa forma de transmissão se dá
mais por meio de cabos trançados, redes powerlines e rádio (RF).
Ainda existem os protocolos de automação híbridos, que não passam de sistemas que
mesclam o tipo de meio físico para estabelecer comunicação. E essa comunicação pode
ocorrer tanto de ponto a ponto quanto em rede. E de acordo com Muratori e Dal Bó (2013,
p.113), esses protocolos podem ser:
CEBus (Consumer Eletronics Bus): a tecnologia escolhida foi a batizada por Intellon,
combinando comunicação Powerline e rádio, mas não foi disseminado em larga
escala, pois era complexo e dispendioso;
KNX: é uma associação feita para desenvolver o mercado da domótica com o objetivo
de desenvolver uma nova norma comum a todos, até o nível mundial. O processo
assegura que produtos de marcas diferentes, funcionem e se comuniquem uns com os
outros proporcionando flexibilidade na expansão e modificações futuras às
instalações.
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mas esses são pouco difundidos no meio residencial por serem desnecessários visto que não
são encontradas fontes geradoras de ruídos eletromagnéticos e nem a parte elétrica é instalada
junto ao cabeamento estruturado. Um detalhe que é importante ressaltar, os cabos com
blindagem exigem uma modificação especial no conector: deve haver um revestimento
metálico interno e nas laterais que irá fornecer a conectividade elétrica entre a blindagem do
cabo e a tomada blindada.
O conector indicado para esses cabos e para qualquer outra tomada em um sistema de
cabeamento estruturado é o do tipo RJ- 45 e sua conexão deve ser feita por um alicate de
crimpar específico. E isso é bastante interessante economicamente falando se pensarmos na
possibilidade de alteração de algum serviço de transmissão de voz e/ou dados de uma tomada
para outra sem maiores preocupações, já que tudo pode ser padronizado. A Figura 3 apresenta
um modelo de tomada RJ – 45.
Série 59(RG- 59): aplicado para transmissão de sinais de imagem para TV analógica e
ou digital;
Série 6 (RG- 6): com uma bitola um pouco maior consegue receber sinais de televisão
por assinatura ou satelital, garatindo melhor qualidade do sinal recebido.
Para a conexão desses cabos são utilizados o “Tipo F” e sua crimpagem é feita por um
alicate especifico para cabos coaxiais. Esses conectores “Tipo F” podem ser conectados por
11
Disponível em: http://ncreletronica.com.br/2014/produto/tomada-toc-rj12-embutir-br/
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Pode ainda ser utilizado, mas não em grande escala como os outros mencionados
acima, o de fibra óptica. Sua função numa instalação residencial seria mais especifica na
conexão de sinais de áudio digital em equipamentos de Home Theater e seu padrão de
conexão é denominado de TOSLINK. Mas com tantas novidades surgindo no mercado, é fato
que a fibra óptica será bem mais requisitada, visto a magnitude e o avanço que foi alcançado
com sua descoberta.
Segundo Muratori de Dal Bó (2013), existem dois tipos de equipamentos: os passivos
e os ativos. Os passivos são aqueles que não necessitam de alimentação elétrica para
funcionarem, como exemplo pode ser destacado a própria tomada RJ- 45 e as tomadas Tipo F.
Os ativos, que ao contrário dos passivos, a energia elétrica é sua fonte de sustentação e são
incumbidos de emitir os serviços de telecomunicações que serão utilizados no cabeamento, a
exemplo tem-se a central telefônica PABX e o computador.
Na área de automação existem vários tipos de cabo e suas transmissões especificadas
de acordo com a informação a querer ser transmitida. Mas alguns fabricantes designam um
tipo especifico de cabo que conseguiria transmitir todas essas informações, mas é claro que
tudo isso depende dos produtos que funcionariam para emitir e receber sinais de informação.
E esse cabo pode ser designado por Cabo BUS. Esse cabo funciona como comunicador de
12
Disponível em: http://www.fame.com.br/produto/1048/tomada-para-antena-de-tv-para-cabo-coaxial-de-75-
ohms-nova-gris
25
É importante ressaltar o que a falta deste tipo de investimento pode causar, ou seja, o
que seria vantajoso ou não num cabeamento estruturado, e isso pode ser chamado de
cabeamento residencial convencional ou não estruturado. Isto seria, na verdade, a falta de
planejamento na distribuição de cabos, ou seja, o lançamento é feito apenas para pontos
específicos demandados pelo cliente. Em outras palavras, se for necessário e exigido um tipo
de sinal para um determinado ponto da casa, o cabo específico para tal transmissão será
passado e se mês que vem surgir outro desejo do cliente com outro tipo de transmissão de
dados, deverá ser remanejado o cabeamento ou até mesmo trocado o tipo de cabo se for esse o
caso. Sem contar que a infraestrutura pode até não estar preparada para tal mudança,
aumentando-se os gastos e dependendo do que seria mudado, até pode ser impossível no que
depender, por exemplo, de serviços de telecomunicações de pontos fixados.
Essa falta de planejamento confronta e muito com o engenheiro civil visto que o
princípio para se iniciar qualquer lançamento, por menor que ele seja, deve ser planejado e
previsto em projeto. No entanto, uma vantagem deve ser mencionada: o seu baixo custo na
instalação e agilidade da mesma.
Resumindo, suas desvantagens estão mais ligadas à falta de flexibilidade ao surgir
mudanças, danificação às instalações já existentes e principalmente alto custo na manutenção.
É claro que se for desejo do cliente apenas uma única alteração por um longo período
de tempo, o cabeamento estruturado não seria tão necessário assim, contudo se esse mesmo
cliente deseja atualizar algum item da casa para uma versão mais moderna, provavelmente ele
estaria disposto a mais mudanças em um curto prazo de tempo.
26
Este tipo de instalação visa atender às necessidades atuais e futuras e isto permite com
que o morador tenha mais liberdade para fazer mudanças desejadas.
A precisão no cálculo dos dutos e cabos que serão necessários é regulamentada pela
NBR 16264:2014. Nela são trazidas informações relevantes quanto a tudo que envolva
cabeamento estruturado, como requisitos gerais, interface de equipamentos e de ensaios,
cabeamento de acesso à rede, premissas do cabeamento, implantação do cabeamento e entre
outras informações para tornar formal e mais técnica qualquer tipo de instalação dessa
natureza e ainda ampara o consumidor eliminado do mercado charlatões do ramo.
As redes sem fio são um recurso bastante difundido no mundo atual e podem ser
consideradas fortes aliadas ao cabeamento estruturado, principalmente quando este último for
pouco indicado. Devido à facilidade de aquisição de um produto (smartphone ou tablet)
baseado nesse tipo de transmissão de dados que é a rede sem fio, wi-fi, por exemplo. Contudo
o cabeamento estruturado é bastante importante para que as redes sem fio possam atuar em
um ambiente residencial, para provar isto, Muratori e Dal Bó (2013) afirmam que o
cabeamento estruturado é o que irá fornecer toda a infraestrutura necessária para a instalação
dos pontos de acesso que irão formar a rede sem fio. Dessa forma, o projetista deve prever a
implantação dessa rede nos locais em que serão instalados esses pontos de acesso, se assim
for o desejo do cliente.
Após inúmeros e extensos parágrafos com o intuito de desvendar um pouco sobre esse
mundo tão influente em nossa realidade e principalmente tão intrínseco à construção civil,
serão detalhados a seguir alguns itens bastante interessantes e atuais como forma de
comprovar por meio do produto final, pronto para o usuário, tudo o que vem sido falado nos
capítulos anteriores.
2.3.1 Vigilância
Quando se imagina uma casa bastante segura, se imagina uma casa com bastante
aparato em nível de alarmes, sensores de presença, câmeras à longa distância. A automação já
permite tudo isso em sua central, no entanto os custos ainda são altos e pouco viáveis. O que
facilita a combinação entre a central de alarme e a automação da casa em si seria a possível
comunicação entre eles por meio de troca de sinais entre as saídas programáveis da central de
alarme com a entrada digital da central de automação, já explica José Roberto e Paulo
27
Henrique. E um recurso interessante que pode ser feito é usufruir do status emitido pelo
alarme de, por exemplo, “armado/desarmado” e enviar uma espécie de relatório para o
morador. E dependendo do que for programado, em caso de invasão, um alerta é enviado para
o morador e para a polícia.
Outro recurso que ainda pode ser incrementado para aumentar a segurança é uma
conexão com a iluminação externa, que em casos específicos de suspeita ou simulação de
morador em casa pode ainda ser mais um aliado para aumentar a segurança. Da mesma forma
que funciona a central de alarme para com a de automação, as proteções do perímetro da
residência também são da mesma forma, com cercas elétricas, sensores de infravermelho,
sirenes, tudo em conexão com o sistema tecnológico.
A segurança da casa inclui também o bom estado de todos os presentes. Se houver
algum tipo de risco à saúde de um idoso, tais como queda, mal estar entre outros, a central de
automação, sendo acionada, irá enviar o relatório para alguém que possa ajudar. Se na família
tiver bebê, todo cuidado é pouco: no caso de possuir babá poderá assistir em tempo real todas
as suas posturas e saber se seu bebê está realmente sendo bem cuidado. Se os pais estiverem
em casa, poderá realizar suas tarefas tranquilamente sem que para isto tenha que estar o tempo
todo vigiando, a babá eletrônica vai te avisar em caso de choro ou algo que possa oferecer
perigo. E estes recursos mencionados anteriormente podem ainda ser sincronizados com o
sistema de CFTV (circuito fechado de televisão), com câmeras mostrando em tempo real o
que está se passando em qualquer ambiente da casa através de qualquer televisor contido na
mesma ou até mesmo pelo tablet ou smartphone, em caso de visualização remota.
Se for detectada movimentação estranha, os gravadores de imagem, possuindo
conexão com a central de automação, aciona sua saída informando ao sistema de automação
essa ocorrência e este irá acionar a iluminação do ambiente e enviará mensagens de texto aos
celulares dos moradores. E em caso mais sérios, até ajuda a polícia na identificação dos
autores de algum crime cometido, captado pelo CFTV.
Outro item de extrema validade e relevância seria um sensor instalado em piscinas
capaz de detectar a queda de uma criança (identificada pela massa com poucos quilos) na
água. E ele pode além de gerar barulho tipo sirene, ainda seria integrado ao sistema de
automação, enviando mensagens aos celulares dos adultos da casa sobre tal acidente. E se for
à noite, ainda pode ser integrado ao sistema de luzes da piscina, iluminando o local da
ocorrência, facilitando o possível resgate e salvamento da vítima.
Uma novidade bastante interessante é a fechadura com leitura biométrica da face. Uma
novidade ofertada, entre outros fabricantes, pela DIMEP Sistemas. É uma solução que pode
servir não só para residências, mas também qualquer acesso restrito em qualquer outro tipo de
empreendimento. Além de possuir alta sofisticação e tecnologia em um só produto, ainda é
extremamente precisa e confiável com relação ao estudo facial que realiza, sendo quase que
uma tarefa impossível para invasores coseguirem enganar o sistema. Em sua ficha técnica
apresentada pela DIMEP Sistemas, em seu site, afirma que a fechadura possui entre outras
funções, a comunicação on-line IP via Wi-Fi, sabe reconhecer uma face viva e em casos
excepcionais pode ainda ter abertura com chave mecânica. Na Figura 5 pode ser observada a
fechadura digital.
2.3.2 Aberturas
13
Disponível em: http://www.dimep.com.br/produtos-ficha/177/sistemas-biometricos/fechadura-biometrica-
facial-dmp-face-lock
29
Entre elas ganha especial destaque as tipo strike, que após sua bobina receber
fornecimento de um pulso de tensão, elas são abertas. Uma vez sendo acionada esta
fechadura, principalmente se for remotamente por uma interface de automação, ela não se
fechará sozinha, portanto requer atenção especial, já alertava Muratori e Dal Bó (2013). Mas
como seu custo é baixo, talvez seja uma alternativa interessante. Costumeiramente utilizadas
em portas de acesso para área interna da casa e ou porta social com acesso à garagem. A
Figura 6 apresenta um exemplo de fechadura strike.
14
Disponível em: http://www.telton.com.br/item/Fechadura-Eletrica-p%7B47%7D-Porta-de-Vidro-2-folhas-
%252d-Abertura-Interna-c%7B47%7D-macaneta-tipo-Bola-%252d-FV%252d32ICR-%252d-Amelco.html
30
15
Disponível em:
http://www.santoroacabamentos.com.br/site/index.php?sessao=00996bc935a400&id=20&cat=10&sub=
16
Disponível em:
http://www.santoroacabamentos.com.br/site/index.php?sessao=00996bc935a400&id=20&cat=10&sub=
31
Uma novidade17 bastante útil e interessante, que há pouco tempo está sendo produzida
em larga escala é o detector de mudanças climáticas bruscas e chuva que pode ser acoplada à
própria janela automatizada. Este aparelho criado pela equipe do engenheiro Klauss - Dieter
Taschka do Instituto de Circuitos Integrados da Alemanha, segundo uma reportagem do site
Inovação Tecnológica. O mecanismo vai acionar o fechamento por completo da janela sempre
que forem detectadas variações bruscas de temperatura, ventos fortes e até mesmo se chover.
O sistema também pensa na segurança – o ímã não pode ser removido sem que o
sensor identifique sua remoção. A Figura 9 ilustra o sensor de clima.
17
Veja a reportagem na íntegra Janela inteligente fecha quando detecta chuva, publicada no site Inovação
Tecnológica, em setembro de 2012.
18
Veja a reportagem na íntegra Empresa traz ao país vidro que escurece ao toque de um botão, publicada na
Exame.com, em maio de 2014.
32
Figura 10 - Imagem representando uma das aplicações do vidro que muda a composição molecular20.
20
Disponível em: https://dotimoveis.wordpress.com/tag/dicas/
21
Veja na íntegra Lâmpadas incandescentes vão desaparecer do mercado, no site do jornal O Estado, em 05
de agosto de 2014.
33
Com relação a esses dispositivos mecânicos (persianas, cortinas e janelas) para serem
movidos por outra força, a qual deve provir de uma alimentação de natureza elétrica (com
corrente contínua ou alternada, a depender do fabricante) que fará o motor se movimentar.
Esses dispositivos são acionados por controladores que utilizam duas saídas a relés 22
(liga/desliga), as quais os comandos abrir e fechar ou pausar este processo.
Algo mais recente, além da função de dimerização de luzes pelo tablet ou smatphone,
seria um tipo de leitor de movimentos humanos, que ao ser cadastrada o tipo de
movimentação, as luzes podem se apagar ou acender, por exemplo, se for cadastrado que ao
se levantar a mão as luzes devem ligar e ao abaixá-la ela deve apagar, então assim acontecerá.
Isto foi a promessa de Gabriel Domingos23, um gerente de marketing. A Figura 11 ilustra um
tipo de gesto que poderia acionar um dispositivo.
22
Dispositivo que pode ser eletromecânico ou não que serve para ligar e desligar dispositivos e possui inúmeras
aplicações possíveis em comutação de contatos elétricos.
23
Assista na íntegra A casa do futuro, reportagem televisiva do Jornal da Globo, em outubro de 2013.
24
Disponível em: http://kadoo.com.br/portal/tag/tecnologia/feed/
34
2.3.4 Climatização
Outra tecnologia bastante interessante, apesar de pouco útil aqui no país com exceção
de alguns estados, seria o piso aquecido. Para que este tipo de instalação não cause maiores
transtornos deve ser escolhida ainda em fase de obras ou reformas, pois é no contrapiso em
que são instalados cabos elétricos especiais que percorrem por todo o ambiente e irradia calor
para o revestimento final. E para evitar desperdícios energéticos, cada ambiente possui seu
próprio controlador para que seja ativado conforme a utilização do ambiente. E de forma
análoga às demais tecnologias acima também existem aqueles aquecedores de piso que
funcionam por infravermelho.
Uma novidade que está voltada para o consumo consciente aliado a climatização é a
tecnologia de um ar condicionado que possui sensor de movimento. A pessoa, ao mudar de
região no próprio cômodo, o ar muda de direção sempre a acompanhando. E isso diminui e
35
muito o seu consumo, evitando assim gastos de energia de forma desnecessária. Isto é uma
novidade apresentada por Catarina Hong, num programa televisivo25.
2.3.5 Acessibilidade
25
Assista na íntegra A incrível casa do futuro, Programa Tudo a Ver da Rede Record, em out. de 2010.
26
Veja o artigo na íntegra Automação residencial e acessibilidade, no blog da empresa Alltomatic, em janeiro
de 2014.
36
2.3.6 Banho
Esta talvez seja a parte mais desejada após se chegar em casa. É a hora em que todos
os problemas são deixados de lado e apenas um pensamento permanece: o descanso. E a
27
Veja reportagem na íntegra Sistema reconhece visitante pela face, pelo site Viva o condomínio, divulgada
em julho de 2013.
28
Veja reportagem na íntegra Automação Residencial quer ganhar morador pela economia, pelo Jornal
Folha de São Paulo on-line, divulgada em setembro de 2013. Mesma reportagem mencionada na p. 8 deste
trabalho.
37
tecnologia não só cumpre com esse papel, como também dá seu toque especial. O morador já
chega ao banheiro com um sistema de iluminação com lâmpadas, geralmente em tom azul,
favorecendo ao que se chama de cromoterapia, que nada mais é que uma ajuda ao
relaxamento. Algumas podem até possuir um controle que permita a alteração na cor e no
efeito.
Se desejar utilizar a torneira, por um sistema de detecção de presença, ela aciona a
liberação de água por uma válvula, por um determinado tempo suficiente para lavar
completamente as mãos, ajudando assim na economia de água.
Até mesmo antes de chegar em casa, você poderia ter optado por um envio de
comando para que sua banheira estivesse na temperatura desejada e pronta para o banho.Nos
dias que desejar tomar uma ducha rápida, seu chuveiro automático que dispensa o registro,
item básico num projeto de instalações hidrossanitárias, já possui um controlador automático
da vazão e da temperatura da água.
Após o banho, outro equipamento interessante, é o aquecedor de toalhas, que nada
mais é que um suporte com uma resistência elétrica interna, que ao ser ligado, aquece a
toalha, eliminando sua umidade adquirida no ambiente. E esse dispositivo pode ser integrado
ao sistema de automação da casa por uma tomada comandada. Além desse recurso ainda pode
ser acrescentado um desembaçador de espelho. Ele consiste em uma película composta por
uma resistência elétrica, bastante análoga aos desembaçadores de vidros de veículos. Muratori
e Dal Bó (2013, p. 53) ainda acrescentam:
comandos podem ser executados remotamente pelo celular ou se preferir pelo seu painel
próprio. Nas Figuras 13 e 14 podem ser observados exemplos de banheiras automatizadas.
Figura 13 - Smarthydro29.
29
Disponível em: http://www.liberatoautomacao.com.br/v1/produtos.php?id=123
30
Disponível em: http://giodas.blogspot.com.br/2011/06/banheiras-um-luxo-contemporaneo.html
39
instalações hidráulicas. O sistema permite cadastro de vários usuários, com sua temperatura e
pressão do chuveiro na medida certa escolhida personalizadamente. Na Figura 15 pode ser
observado o chuveiro mencionado acima.
2.3.7 Entretenimento
31
Disponível em: http://bbel.com.br/decoracao/post/projetos/banheiro-e-lavabo/acessorios-inteligentes-para-o-
banheiro
32
Veja o artigo na íntegra Como funciona um Home Theater? , no site da Tecmundo, em julho de 2009.
40
33
Assista o vídeo na íntegra A Day made of glass, vídeo de divulgação da empresa Corning.
41
Esta mesma tecnologia também pode ser utilizada para transformar o guarda-roupa
mais interativo também. Existem ainda aqueles que além de mostrarem as roupas disponíveis
dentro do armário ainda dá sugestões de combinações entre elas. A Figura 17 transmite
algumas funções do “guarda-roupa interativo”.
34
Disponível em: http://www.corning.com/adaymadeofglass/index.aspx
42
Dessa forma, destaca-se o sistema de aquecimento solar. Não é considerada uma novidade no
mercado, mas nem por isso é menos eficiente ou ultrapassado. Muito pelo contrário, ele está
sendo cada vez mais incentivado ao uso, tanto pelo fato de redução nos custos mensais quanto
pela forma de ajudar a natureza.
O sistema é extremamente eficaz, só que pode acontecer de falhar a luz solar por
alguns dias e reduzir bruscamente a temperatura interna no armazenador de água já aquecida
pelo sistema. Este armazenador, mais conhecido por boiler, possui um “apoio elétrico” que irá
evitar essa queda de temperatura, fornecendo assim aos moradores uma água quente, contudo
com um gasto de energia elétrica da casa. E este apoio elétrico funciona de forma ininterrupta,
ou seja, utiliza de forma desnecessária a energia e consequentemente deixa o consumidor
decepcionado pelo investimento com a energia solar.
A automação entra para auxiliar o sistema de aquecimento através de um programador
horário autônomo que iria decidir habilitar ou não este apoio elétrico do boiler, fazendo com
que ele funcione apenas nas horas necessárias. Em termos técnicos, seria utilizada uma saída
do controlador de automação residencial ou um simples programador horário autônomo que
acionaria uma contatora ligada em série com o circuito de alimentação do apoio elétrico do
boiler, segundo explicação de Muratori de Dal Bó (2013).
Outra aplicação bastante útil é a irrigação do jardim. E o tipo de automação para
determinada função possui uma série de variáveis, tais como a dimensão do jardim, o clima da
região e o tipo de planta a ser irrigada. Todos eles costumam ser autônomos mesmo havendo a
possibilidade de integração com o sistema geral da casa, apesar do fato de ser proibitivo.
De acordo com Laurimar Coelho35, existem vários tipos: a irrigação por aspersão, pivô
central e entre outras. Mas em se tratando da área residencial, a mais escolhida é a por
gotejamento. Primeiramente é usual dividir a instalação em “zonas de irrigação” que serão
ativadas de forma independente uma da outra, visto que em um jardim existem variadas
espécies com necessidades diferentes com relação à quantidade de água. Muratori e Dal Bó
(2013, p.62), em seu livro, explicam esse sistema:
35
Veja reportagem na íntegra Irrigação correta garante vitalidade do jardim e economia de água; Conheça
sistemas, no site da UOL, em dezembro de 2010.
43
Já que o que de mais útil para uma casa está sempre relacionado com os gastos
envolvidos para mantê-la, quanto mais se passam os dias, os recursos vão ficando cada vez
44
mais escassos. E como a automação sempre pensa além, ela já apresenta hoje algumas
soluções aplicáveis. Prova disto são os chamados, por Muratori e Dal Bó (2013, p. 188) de
“medidores inteligentes”, que realizam, como o próprio nome já diz, a medição de consumo
de energia dos equipamentos domésticos e ao armazenar dados, podem-se obter curvas
estatísticas que apontam aumento ou diminuição de consumo. Isto pode ser útil,
principalmente para o controle financeiro ou até mesmo serve de indicação para ajuste ou
troca de um ou outro aparelho que esteja gastando acima da média. Sem contar que isto seria
um consumo consciente e a favor da natureza. Outras novidades ainda serão detalhadas na
próxima etapa deste trabalho.
É evidente que a casa inteligente de hoje já pode ser considerada a “casa do futuro” de
algumas décadas atrás, mas é evidente que a atual concepção da “casa do futuro” já seria algo
bem mais complexo. A começar por uma comparação com um desenho animado que se
espelha nesse futuro “distante”: os Jetsons. Uma animação criada em 1962 imaginando um
futuro 100 anos mais tarde com robôs para nos servir, carros voadores, cidades suspensas e
tudo que pudesse satisfazer à imaginação. Hoje já temos uma visão diferente do que foi esta
“previsão do futuro” feita pela sua criadora: ultrapassada para a época imaginada por ela.
Prova disto foi uma manchete 36 que afirma veementemente que em 2062 o desenho dos
Jetsons já estaria ultrapassado.
Após alguns parágrafos, um especialista da área ainda complementa: “[...] a simbiose
entre a máquina e o ser humano será cada vez mais evidente e aperfeiçoada, seja com
aparelhos que facilitam a acessibilidade ou com ferramentas que complementam e
potencializam os sentidos.”. E ainda prevê que não está muito longe da ideia de que óculos
com chips fariam a leitura do objeto para onde a pessoa olha e exibem informações detalhadas
sobre ele.
Outra prova de que isto tem todo o sentido, foi o que Nelson Model37, idealizador da
Casa Viva, afirma: “Hoje o melhor amigo do homem é o cachorro, o segundo é o smartphone,
36
Veja reportagem na íntegra Em 2062, invenções do desenho Os Jetsons serão ultrapassadas, divulgada em
out. de 2012.
37
Assista na íntegra Casa do Futuro – Amostra Casa Viva (Brasília), reportagem de Soane Guerreiro, pela TV
Brasil.
45
daqui uns dias o melhor amigo do homem vai ser a assistente virtual, clone dele, seja numa
televisão, no smartphone dele, aonde ele tiver o clone dele estará disponível e conversando,
interagindo na vida dele.”. E isso já é possível, é claro que não para todos, mas isso é só uma
questão de tempo. Em outras palavras sua casa se torna um ser vivo, se torna sua empregada e
acaba que pode ser considerada até mesmo auto suficiente.
Talvez a nossa “casa do futuro” seja tão independente que até sua própria reparação,
ela faria. E isto pode ser facilmente idealizado quando uma divulgação no site Inovação
Tecnológica afirma que já existem alguns materiais que se reparam sozinhos, apenas com a
exposição à luz ultravioleta. E porque não idealizar uma casa auto limpante também?Visto
seu potencial em ser totalmente independente e pronta para auxiliar seus “donos”.
A automação residencial veio para auxiliar a todos e pesquisas tão avançadas ainda
podem ajudar muito mais, principalmente pessoas com atividades restritas. Uma pesquisa38
discute uma possível criação de uma interface Computador - Cérebro (pelo inglês BCI – Brain
Computer Interface), que ao ser implantado no cérebro, ou até lá ainda pode ser mais
inovador, é capaz de captar os seus sinais e por essa “força de pensamento” consegue realizar
atividades que antes seriam mecânicas. Imagine controlar um vídeo game pelo pensamento ou
até mesmo mudar canais de uma TV, sem nem precisar usar mais seu smartphone, que já até
superou o controle remoto. E isso poderia mudar e muito a vida principalmente de quem não
possui qualquer movimentação como é o caso do tetraplégico.
O engenheiro José Roberto Muratori, na mesma reportagem mencionada no primeiro
parágrafo, afirma que a casa idealizada do “futuro” será ainda mais “inteligente e
humanizada”, ao ponto de perceber os sentimentos de seus moradores e procurarem agir de
maneira a confortá-los, situações somente vista e apreciadas em filmes de ficção científica.
Outra prova disto está na mesma reportagem televisiva de Catarina Hong, que apresenta
várias novidades: uma balança interna ao piso, próxima a pia do banheiro. Ela mede seu peso
e seus batimentos cardíacos, se for detectada alguma anormalidade, o próprio sistema já liga
para o hospital. Outra novidade é que a geladeira pode detectar a falta de algum alimento, e da
própria casa, o morador pode realizar a compra do alimento. Ou seja, a casa do futuro acaba
por ser nossa única e nova secretária do lar, além da promessa de se tornar nossa nova amiga.
Ele comanda uma pesquisa que utiliza da pisada de cada um como um fator de
personificação, da mesma forma como a digital é hoje em dia. E ao pisar em casa, o morador
38
Veja reportagem na íntegra How brain-computer interfaces work, no site How Stuff Works, divulgada em
março de 2011.
46
3 DELINEAMENTO DA PESQUISA
Com relação aos fins, este trabalho terá caráter descritivo e aplicativo. Descritivo,
porque visa elaborar um projeto elétrico/automação residencial, por intermédio dos dados
então colhidos por pesquisa bibliográfica e de campo. E aplicativo, pois objetiva
fundamentalmente a resolução concreta de colher informações tanto da família modelo quanto
do mercado real de automação residencial e ao se juntar ambos, o resultado final seria
aplicado no projeto.
Com relação aos meios, este trabalho será formulado espelhando-se em uma pesquisa
de campo e em uma pesquisa bibliográfica. Com relação à pesquisa de campo, é assim
classificado, pois trata de um estudo simulando a realidade e informações concretas podem
ser de grande valia. E bibliográfico porque se utiliza da composição de bibliografias para a
estruturação do projeto em si e os materiais de estudo são de fundamental importância,
servindo como um guia para auxílio em caso de dúvidas, a exemplo disso temos as revistas
citadas acima, jornais eletrônicos, entrevistas com conhecedores da área, livros entre outros.
48
Neste trabalho, o universo da pesquisa será a simulação de uma casa, desde a criação
de “personagens”, pessoas que morariam nesta casa, até a constituição do projeto
arquitetônico, elétrico e sua complementação com o de automação residencial, com produtos
reais do mercado atual, tudo isso ocorrendo em uma cidade como Goiânia, por exemplo.
Como é um caso específico e pelo fato da automação residencial possuir vários projetos para
um mesmo caso, será ainda proposto um universo e uma situação extremamente restrita
àquela solução específica proposta pelo autor.
Para a pesquisa bibliográfica seriam recrutados dados em: livros, artigos on-line,
catálogos de fabricantes e outras fontes. Serão procurados conhecedores da área que possam
mesclar o projeto e a obra, que é a principal missão desse aprendizado. Apesar do trabalho ser
apenas direcionado ao projeto, a execução não deverá ser esquecida, muito menos
desmembrada do mesmo, visto que um projeto sem execução não possui muito valor.
Anseia-se que este emaranhado de informações contribua para a realização dos
projetos em si e suposta satisfação ao cliente “fantasia”.
Para a pesquisa de campo, serão buscados produtos tecnológicos bastante aceitáveis
pela sociedade e completamente confiáveis, além da pesquisa e entrevistas com conhecedores
da área.
Por fim será obtida uma forma correta, aplicável e profissional da automação
residencial em um lar, mostrando que o engenheiro civil é capaz e deve ser capacitado para tal
função.
49
4 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO
Nesta etapa do trabalho, serão destacadas todas as etapas do projeto, desde o estudo de
caso com simulação até o memorial de cálculo, com as devidas decisões em quais produtos de
quais catálogos foram utilizados, com o intuito de facilitar o entendimento de como
funcionaria o trabalho de um engenheiro civil capaz de integrar sistemas elétricos e/ou de
automação, desde o projeto até a etapa da obra.
Este projeto foi pensado para uma família contendo três pessoas (dois adultos e um
jovem), que possuem grande afinidade pela modernidade, praticidade, conforto e tudo isso
aliado a um pensamento ecologicamente correto, sem contar com o fato de que suas rotinas
diárias são bastante sobrecarregadas. Além de todos esses fatores, apesar de boa condição
financeira, a família não pretende contratar uma secretária do lar. Foi proposto a eles um
projeto complementar ao elétrico, o de automatizar eletrodomésticos e produtos domiciliares e
foi uma sugestão bastante bem-vinda ao exigido pelos clientes.
Depois de recolhidas algumas informações citadas acima e outras adicionais que não
necessariamente precisariam estar aqui descritas, foi pensada, para estes clientes, uma solução
arquitetônica, em formato de planta baixa, que melhor se encaixasse no perfil dos moradores.
E esta solução pode ser observada e analisada no Apêndice A (prancha arquitetônica 1/2)
deste trabalho.
51
De encontro com a planta baixa, a simulação de caso dos usuários e para facilitar a
organização e disposição das melhores soluções encontradas no mercado para tal família, foi
feita uma adaptação a uma tabela produzida pelos autores Muratori e Dal Bó (2013), com os
elementos de projeto (cargas automatizadas) escolhidos em conjunto, tanto pelo profissional
quanto pelos clientes. Esta tabela foi modificada e adaptada para parâmetros adotados para
este projeto, em específico, e esta pode ser verificada no Apêndice B (na prancha 3/3).
Segundo Hélio Creder (2007) em seu livro sobre Instalações Elétricas, este método foi
desenvolvido para o cálculo de iluminação de ambientes internos, em função das dificuldades
do método de ponto a ponto. Este procedimento enfatiza e exige as características específicas
de cada luminária e lâmpada, o que não exclui certos detalhes como as cores da parede e teto.
De forma resumida, determina a quantidade de luminárias em determinado ambiente para que
ele obtenha tal iluminância desejada e esta pode variar de acordo com o objetivo daquele
cômodo ou ambiente.
Este Memorial Luminotécnico irá desenvolver uma sequência de determinações,
escolhas e cálculos de tal forma que possa prever a quantidade suficiente de lâmpadas por
ambiente:
O nível de Iluminância será para pessoas com idade entre quarenta e cinquenta e cinco
anos. De acordo com a NBR ISO/CIE 8995-1:2013, antiga NBR 5413:1992, o peso desta
faixa etária seria 0. E a seguir é verificado o nível de Iluminância médio (entende-se pela letra
𝐸𝑚 ), de acordo com o tipo de atividade e da função daquela edificação. Como é de caráter
residencial, e utilizando de um parâmetro mediano, chega-se ao valor de aproximadamente
𝐸𝑚 = 150. Apenas nos ambientes, escritório e cozinha, o nível exigido de iluminância é um
pouco maior, passando para aproximadamente 𝐸𝑚 = 500.
52
O teto de toda a casa será no acabamento branco (75 %) e paredes também (50 %),
pela Tabela de Coeficiente de Utilização contida na antiga NBR 5413:1992, e de acordo com
uma tabela fornecida pela General Eletric, disponível nos anexos A.1 – Elétrica, pode-se
determinar o coeficiente de utilização de cada luminária escolhida para cada ambiente.
Com todos esses dados em mãos, será calculado a seguir o fluxo luminoso total (em
lumens) pela seguinte equação 1 a seguir:
𝑆 ×𝐸 (1)
𝜙=
𝜇 ×𝑑
( 𝜇 ), pelo fator de depreciação (adimensional), representado pela letra (d). E com este
resultado obtido, a seguir será feito um novo cálculo para a descoberta da quantidade de
lâmpadas necessárias, resultado este obtido pela equação 2 a seguir:
𝜙 (2)
𝑛=
𝜑
4.2.2 Descrição de Tomadas de Uso Geral (TUG) e Específico (TUE) por ambiente
4.2.2.1 Garagem
Neste método o calculista realiza uma previsão da distância que cada elemento de cada
circuito está em relação ao Quadro Geral e multiplica-se à sua respectiva potência de
consumo. Ao concluir todos os elementos de um determinado circuito, é feito um somatório
com todos os resultados. Ao final é feita uma consulta a uma tabela que relaciona a soma das
potências em Watts pela Distância em metros (para uma voltagem de 220 Volts), tabela esta
encontrada no Livro de Hélio Creder (2007). Por medidas de segurança, é adotada uma queda
de tensão entre 2% e 3% e a bitola dos condutores fase e neutro é, portanto, obtida. A Tabela
1 demonstra o resultado obtido.
58
Tabela 1 - Soma das Potências (W) pela Distância (m) para V = 220 V e dimensionamento para 2
condutores.
𝑃 (3)
𝑖=
𝑈
(disjuntor) próximo e acima do calculado que seja múltiplo de cinco, restrição esta
determinada pelos próprios fabricantes como disjuntores comercializáveis.
Ao serem separados os circuitos nas três fases, o valor de fase que possuir maior
potência resultante será o parâmetro para calcular o condutor de entrada. Através de uma nova
tabela, também encontrada no livro de Creder (2007), para fatores de demanda, o valor é
encontrado quando se compara o tipo de carga com a potência da maior fase.
Após esta análise, o cálculo do disjuntor de entrada (em àmperes) é feita pela equação
4:
𝑃 × 𝐹𝐷 (4)
𝐼 𝑑𝑖𝑠𝑗𝑢𝑛𝑡𝑜𝑟 =
𝑈
Nesta equação 4, verifica-se que a potência da maior fase (em Watts), assumindo o
valor de P multiplicado pelo Fator de Demanda encontrado e este resultado dividido pela
voltagem (em Volts), assumindo o valor de U.
Depois do cálculo da corrente do disjuntor, é dimensionado o condutor de entrada
analogamente aos métodos realizados anteriormente para cálculo da bitola dos condutores nos
circuitos isolados.
Como pôde ser observado pela tabela disposta no Apêndice B (Prancha 3/3), são
muitos os variados tipos de fabricantes para cada parte integrante do sistema. Segundo
39
Disponível em: http://streamlinesystemsmi.com/control4-interface-gallery.
61
Muratori e Dal Bó (2013), a solução para integrar essas mais variadas marcas com seus
protocolos específicos, seria a de utilizar do recurso de um único “porta-voz” que fosse capaz
de traduzir todas essas informações e transferi-las para os subsistemas conforme fosse
ajustado. Vale evidenciar de que este Gateway de Integração Central pode, também, ser
denominado de Controladora.
Posteriormente, essa comunicação seria transmitida ao usuário por meio de uma
interface interativa e totalmente intuitiva, onde todos da casa podem, de forma rápida,
aprender a manusear seus eletroeletrônicos domésticos apenas com o intermédio de seus
smartphones ou tablets. Com estes conhecimentos em mãos, o equipamento adotado foi o de
tecnologia oferecida pela Control Four, de modelo HC-800 Controller. Este modelo de
equipamento pode ser o ideal, devido ao tamanho da casa e aos seus recursos oferecidos.
Existe um modelo inferior para tal função na marca de escolha do aparelho, mas este outro é
mais indicado para apartamentos ou pequenas interatividades em casas.
1. Uma licença para que o usuário possa estar acrescentando, periodicamente, até
cinquenta dispositivos.
2. Entrada HDMI
3. Entrada de Áudio e Vídeo para cabos RCA (um par)
4. Saída de Áudio e Vídeo para cabos RCA (dois pares)
5. Uma saída para cabo digital coaxial RCA
6. Uma entrada para cabo de rede Ethernet saída tipo RJ 45
7. Uma entrada USB
8. Comunicação via transmissão sem fio do tipo Zig Bee
9. Saída para rede Wireless e Comunicador Zig Bee por meio de conector reverso
SMA fêmea
10. Conector SATA externo
11. Seis saídas para controle de equipamentos IR’s
12. Duas entradas RS 232 DB9
40
Disponível em: http://www.nextthouse.com.br/blog/?p=323.
63
resolução inédita 8K, ou até extrapolar os limites da visão, com o recurso do 3D. Isto tudo
pode ser observado em equipamentos que nem os da Sony de modelo BDV-E2100, indicado
aos clientes.
Além de todos esses recursos de cinema em casa, foi sugerida ainda, e bem aceita, a
ideia de transforma alguns ambientes de escolha, em regiões com sonorização. Portanto, em
ambientes escolhidos previamente pelo cliente foram instaladas caixas de som pequenas
embutidas no teto, acima do gesso, com o intuito de recepcionar quem estivesse chegando ao
recinto ou até mesmo relaxar os moradores em situações estressantes, por exemplo, ao toque
de uma boa música.
Como se pode observar que a quantidade de caixas de som ambiente é até considerável
e para tornar independente o sistema de Home Cinema do sistema sonoro ambiente, seria
necessário a aquisição de um equipamento (o chamado Amplificador Multiroom) que fizesse
a emissão individual de cada ponto sonoro distinto. Ao serem separadas as zonas distintas de
sonorização, pode-se chegar ao equipamento necessário: foram identificadas oito zonas de
sonorização. Portanto um equipamento indicado foi o da marca Sentry, de modelo SH 360D,
com oito zonas de sonorização.
3. Nove sensores IVP, que são justamente colocados em aberturas de portas e janelas
para detecção de entrada e saída de pessoas.
4. Um teclado numérico para acionamento do sistema de alarme interno e externo.
5. Três sirenes para sinal de alerta sonoro.
6. Uma central de alarme que fará algumas funções específicas ao sistema de
segurança eletrônica, tais como entrada para sensores de quebra de vidro,
sabotagem de sirene e ainda os principais protocolos de comunicação utilizados
pela central de monitoramento.
Assim como explicado no item 2.3.7 deste trabalho, este sistema, por ser moderno e
totalmente inovador, foi caracterizado para o ramo de automação residencial. Apesar de que,
para conhecedores da área, ele na verdade é um sistema isolado (autônomo) e não possui
vínculo nenhum com o sistema integrado de automação, pelo menos não pela tecnologia
comercializada atualmente. Entretanto, assim que for decidida sua aquisição pelos moradores,
o engenheiro civil responsável pelos projetos e pela obra deverá acrescentar as tubulações de
PVC ao projeto hidrossanitário, visto que estas tubulações se enquadram neste sistema. Com
relação ao projeto elétrico, sua única intervenção e influencia seria na previsão da carga
consumida pela máquina de aspiração e seu local de instalação para não haver problemas
futuros tanto na execução da parte elétrica quanto na passagem de tubulação. Devido a uma
maior confiabilidade com relação a experiência e qualidade da marca, neste projeto será
instalado uma máquina de aspiração localizada na própria Sala Técnica de Automação da
marca Hayden de modelo SuperVac 9000 New Premier, vide Anexos A.2 - Automação.
Posto isto, vale uma observação importante: apesar de não ter sido observado uma
mudança considerável do sistema convencional para um sistema mais tecnológico, que é o
caso da automação residencial como ela é conhecida hoje, os terminais de pulsadores e
derivados de Touch Screens transmitem maior segurança ao usuário, visto que o único envio
de tensão é pura e simplesmente para alimentar o próprio dispositivo, portanto é isento o risco
de choques elétricos.
Uma novidade no mercado que pode ajudar no controle de gastos tanto energéticos
quanto hídricos, é o dispositivo de gerenciamento de carga e o adotado em projeto foi o da
marca Bticino, que nada mais é que uma tela pequena de Touch Screen que é capaz de
apresentar a leitura realizada por atuadores que por sua vez levam esta leitura ao Quadro de
Automação diretamente na unidade central de controle de cargas sobre o consumo atualizado
conforme os gastos vão aumentando durante o mês.
Na linha de pensamento ecologicamente correta, outro recurso que vai de encontro a
uma redução considerável de gasto hídrico é a utilização de torneiras eletrônicas capazes de
serem acionadas apenas por um sensor de presença, num fluxo constante e durante um tempo
determinado. Neste projeto foram previstas torneiras da marca H2Tech.
41
Disponível em Automação Residencial: Conceitos e Aplicações. Ed. 1. Belo Horizonte: Editora Educere
Ltda., 2013. 199 p.
68
No final desta análise feita nestes três últimos itens, inicia-se a etapa de aglutinar todos
eles e com suas respectivas exigências de instalação, dispô-los em forma de um desenho
esquemático que facilite seu entendimento técnico, tanto para compatibilização com outros
projetos quanto para os próprios profissionais envolvidos na etapa da obra. Foram projetados
eletrodutos e passagem de fios em diferentes níveis e cada nível foi disposto em diferentes
pranchas, objetivando atingir uma melhor organização e facilidade na compreensão da
quantidade e tipo de fiação que passa por determinado eletroduto. As pranchas podem ser
analisadas no final deste trabalho no apêndice B.
Após toda uma explicação técnica e se possível feito um novo desenho esquemático, o
denominado projeto de execução, o projetista, se não for o próprio responsável técnico pela
obra, passa as coordenadas aos responsáveis pela execução, desde o eletricista até o próprio
engenheiro civil. Se for de entendimento e vaga experiência neste tipo de instalação, os
profissionais da área apenas fazem uma leitura atenciosa no projeto e já conseguem seguir
conforme o que o projetista esquematizou, evitando atrasos na obra e complicações futuras.
Portanto, cabe aqui uma observação feita no início deste trabalho a respeito da importância
que um conhecimento amplo neste tipo de projeto reflete na carreira de um engenheiro civil.
Este profissional sendo conhecedor e até mesmo o próprio projetista deste setor,
proporciona agilidade e segurança tanto para si próprio quanto para seus operários na hora da
efetiva instalação, que por sinal é a mais relevante, pois dependendo da forma como será feita,
ela irá ajudar a garantir ou a comprometer a vida útil da própria edificação como um todo.
Sem contar que, se por ventura, surgir algum imprevisto ou correção em outros projetos como
o estrutural, por exemplo, e alguns trechos precisarem de modificações, o engenheiro civil
com seu respaldo no ramo, pode com toda autonomia reprojetar aquele trecho e só repassar o
esquema executivo para o projetista fazer suas devidas revisões no projeto.
Em suma, são vários os motivos para que engenheiros civis procurem conhecer mais
sobre este ramo, não apenas para poderem projetar, mas também para aglomerarem um
conhecimento ainda maior, mais amplo e cada vez mais completo.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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APÊNDICES
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ANEXOS