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Sinop/MT
2018
CLEBERSON WALZ SAMURIO
Sinop/MT
2018
CLEBERSON WALZ SAMURIO
________________________________________
Professora Orientadora
Departamento de Engenharia Civil – FASIPE
________________________________________
Professor Avaliador
Departamento de Engenharia Civil – FASIPE
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Professor Avaliador
Departamento de Engenharia Civil – FASIPE
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Sinop/MT
2018
DEDICATÓRIA
EPÍGRAFE
Charles Chaplin
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RESUMO
Este projeto de pesquisa tem por finalidade, demonstrar de forma qualitativa e quantitativa
posteriormente, formas de desenvolver e implantar uma promoção de um ambiente seguro
com medidas de proteção contra queda em altura para a construção civil com base nas normas
regulamentadoras como a NR-18 e NR-35. Para se alcançar o objetivo passa pela gestão, na
elaboração do projeto da construção, quando se define como será o canteiro de obras, até
destinando local específico para a implantação e montagem das áreas de vivência, como
refeitório, instalações sanitárias, vestiários. Além de que se elabora um documento, Programa
de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, onde prevê todas as
fases de execução da obra, orientando quanto as medidas de controle e prevenção de acidentes
que devem ser adotadas, para melhorar o ambiente de trabalho. Essas e outras medidas de
prevenção são abordadas junto com as normas nr-18 e nr-35, para verificar quanto as
diretrizes mínimas a serem adotadas quanto a queda em altura.
ABSTRACT
This course completion work has the purpose of qualitatively and quantitatively
demonstrating later ways to develop and implement a safe environment promotion with fall
protection measures for civil construction based on regulatory standards such as NR- 18 and
NR-35. In order to reach the goal, it is necessary to manage the construction project, when it
is defined as the construction site, and to set aside a specific place for the installation and
assembly of living areas, such as a dining room, sanitary facilities, locker rooms. In addition,
a document, Working Conditions and Environment Program in the Construction Industry, is
drawn up, which provides for all phases of the work execution, guiding the accident control
and prevention measures that must be adopted, to improve the environment of work. These
and other prevention measures are addressed along with standards nr-18 and nr-35, to check
how much minimum guidelines to adopt for fall in height.
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE SIGLAS
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................19
1.1 Justificativa.............................................................................................................20
1.2 Problematização......................................................................................................21
1.3 Objetivos.................................................................................................................21
2. REVISAO DE LITERATURA.................................................................................23
3. METODOLOGIA.....................................................................................................45
3.4 Cronograma.............................................................................................................47
4. BIBLIOGRAFIA......................................................................................................48
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1. INTRODUÇÃO
1.1 Justificativa
O ramo da construção civil está entre os três segmentos onde mais ocorrem acidentes
de trabalho no Brasil e muitos são de alta gravidade, de acordo com dados estatísticos da
previdência social (FAZENDA, 2017). Acidentes estes que ocorrem devido a vários fatores,
onde por via de regra, se expõem as atividades de riscos como, trabalhos em altura, atividades
com materiais cortantes, químicos, poeiras, exposição à ruídos, calor, raios ultravioletas,
riscos ergonômicos e entre outros, todos fatores determinantes que se não tomado as medidas
de prevenção adequadas, os tornam mais suscetíveis aos acidentes.
Ainda as estatísticas sobre segurança e saúde no trabalho no Brasil aponta uma
situação alarmante conforme os dados da previdência social durante o ano de 2013, no
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) obteve um registro de 717,9 mil acidentes do
trabalho no ano de 2013. Já em 2012 para 2013 o número de acidentes registrados com
Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) aumentou em 2,30%. No segmento da
construção civil, em 2013 atingiram um total de 48.509 acidentes com CAT, ou seja 6,75%
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tem ligação direta com à construção civil, contudo a situação pode ser mais crítica do que o
imaginado pois vários acidentes ocorrem e não são emitidos a junto a INSS. Adicionando
então acidentes registrados e não registrados, alcança-se um total de 61.889 acidentes (AEPS,
2013).
No âmbito da prevenção de acidentes de trabalho, as normas regulamentadoras
auxiliam e fornece parâmetros mínimos a serem seguidos com o intuito de prevenir e evitar os
acidentes. Normas regulamentadoras como a NR-35 (Trabalho em altura), NR-06
Equipamentos de Proteção Individual, NR-18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na
Indústria da Construção, pode-se ainda citar o Sistema de Gestão para Segurança e Saúde
Ocupacional 18001 (OHSAS 18001), que é uma poderosa ferramenta no combate aos
acidentes de trabalho, atuando em medidas administrativas e de gestão na prevenção de
acidentes (KULKAMP e SILVA, 2014).
Devido a ocorrência tantos acidentes, gastos com previdência social, sem acrescentar
os efeitos secundários que o acidente de trabalho acarreta, se faz necessário uma análise mais
crítica sobre o tema, pois com esses numerosos acidentes traz consigo variados transtornos.
Diante do conteúdo apresentado, convém a escolha do assunto, pois se faz proveitoso
analisar os aspectos legais utilizando as normas regulamentadoras para parametrizar e
oferecer ao setor da construção civil meios de diminuir os acidentes de trabalho, com ênfase
na questão de trabalho em altura.
1.2 Problematização
1.3 Objetivos
2. REVISAO DE LITERATURA
Em 1967 e 1968, o norte americano Frank Bird analisou 297 companhias nos
por fim asseio e higiene completo dos locais de trabalho proporcionando um bem-estar físico
e mental (BITENCOURT e QUELHAS, 2008).
No Brasil, a preocupação a respeito da segurança do trabalho iniciou-se em 1919, na
ocasião em que Rui Barbosa, durante campanha eleitoral, preconizou criação de leis que de
alguma forma assegura-se a saúde, segurança e o bem-estar do colaborador. Em 1941 fundou-
se a Associação Brasileira para a Prevenção de Acidentes (ABPA) a preocupação entorno da
segurança do trabalho torna-se maior em 1944 no Governo de Getúlio Vargas, onde se elabora
a Consolidação das Leis do Trabalho (doravante CLT) decreto Lei n° 5452, e em seu capítulo
V trazia consigo à Segurança e Medicina do Trabalho. De modo que, o primeiro conjunto de
leis referente ao trabalho, tratando sobre horários, formas de pagamentos e sobre a Saúde e
Segurança do Trabalho (SST), incluindo a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
(CIPA) (PEREIRA, 2001).
Com a maior quantidade de funcionários industriais, juntamente com o descaso com
a saúde e bem-estar deles, a quantidade de acidentes cresceu exponencialmente, sendo então
necessária uma padronização nos locais de trabalho para redução no número de acidentes.
Foram então criadas as Normas Regulamentadoras pela portaria nº 3.214, 8 de junho de 1978,
atualmente existem trinta e seis (36) normas e a trigésima sétima (37ª) está em consulta
pública (ALMEIDA, 2016).
O dizer “engenharia civil” surgiu no Brasil ainda na era colonial. Mas somente
depois da chegada da família real portuguesa, em 1808, surgiu a primeira escola de
engenharia brasileira: a da Real Academia Militar do Rio de Janeiro. Com algumas
modificações ao longo dos anos, essa escola se dividiu: O Instituto Militar de Engenharia, que
tinha ideais puramente militares; e a Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de
Janeiro, voltada para a pesquisa e as engenharias (EBAH, 2012).
Segundo (RIELI, 2012) antes que a engenharia civil alcançasse o desenvolvimento,
foi necessário percorrer um extenso trajeto de seis milênios, desde a saída do homem que
abandonou as cavernas e começou a desejar um local mais seguro e confortável.
Avalia-se que o INSS possua um custo anual de bilhões devido as despesas geradas
pelos colaboradores que vivenciaram de alguma forma uma doença ou acidente de trabalho
mesmo que temporária ou permanente. Estimasse que até dezembro de 2017 foram 2 milhões
de benefícios concedidos, atingindo um valor total de R$ 2,25 bilhões, segundo fonte do
ministério da fazenda, com base nesses dados é visível que há uma falha ou até mesmo uma
isenção da segurança do trabalho nos canteiros de obra e demais segmentos de trabalho
(FAZENDA, 2017).
Mais importante que um PCMAT bem elaborado abrangendo todos possíveis riscos
envolvendo uma obra é de suma importância que o engenheiro execute o de forma adequada
todas as orientações que compõem o programa, fazendo uma área de vivência adequada,
esteja atento em todas as etapas da construção, como na demolição, escavação, fundações,
carpintaria, armações, escadas, rampas, e entre outros processos.
A (NR-18, 1978), ainda traz consigo diretrizes mínimas em todos os processos, como
no item 18.4 – áreas de vivência, que garante instalações sanitárias, vestiário, alojamento,
local de refeições, cozinha, no caso de haver preparo de refeições, lavanderia para a lavagem
de roupas, área de lazer e ambulatório, quando na obra possuir 50 (cinquenta) ou mais
colaboradores. No caso de não haver colaboradores alojados, o alojamento, lavanderia e área
de lazer não se torna obrigatório o cumprimento deste item. A implantação de uma área de
vivência adequada garante aos colaboradores conforto, condições de higiene e qualidade de
vida e bem-estar que acaba refletindo e influenciando em seu desempenho nas atividades
dentro da obra, principalmente em sua produção e na redução de acidentes.
Alguns pontos ainda da norma devem ser comentados pois são fatores fundamentais
no combate aos acidentes de trabalho, com os itens 18.13 – Medidas de proteção de quedas de
altura, 18.21 – Instalações elétricas, 18.22 – Máquinas, equipamentos e ferramentas diversas,
18.23 – Equipamentos de proteção individual, todos estes itens possuem algo em comum,
uma norma específica que auxilia na implementação de diretrizes de SST, fazendo-se
necessário que os colaboradores passem por treinamentos/qualificação adequada para
executarem atividades em trabalho em altura (acima de 2m), atividades com eletricidade, e
um acompanhamento constante na utilização dos EPI’s (Equipamento de proteção individual)
em todo o período laboral.
A uma certa dificuldade de aplicação e implementação da NR-18 e demais normas
nos canteiros de obras, devido ao ônus que ela ocasiona no custo final do empreendimento
devido as medidas preventivas que se tornam necessárias para evitar-se os acidentes. Em
37
pesquisas realizadas por Araújo (2002), a autora cita que o custo de implementação da NR-18
não excede 1,5% do custo total da obra, todavia, por outro lado um canteiro de obras bem
planejado, organizado e executado pode apresentar a uma economia de 10% do custo total da
obra.
proteção.
18.13.10 Em construções em que os pavimentos mais altos forem recuados,
deve ser considerada a primeira laje do corpo recuado para a instalação de plataforma
principal de proteção e aplicar o disposto nos subitens 18.13.7 e 18.13.9.
18.13.11 As plataformas de proteção devem ser construídas de maneira
resistente e mantidas sem sobrecarga que prejudique a estabilidade de sua estrutura
18.13.12 Redes de Segurança (Incluído pela Portaria SIT n.º 157, de 10 de
abril de 2006)
Fonte: (NR-18, 1978).
Alguns dos EPC’s solicitados para que atenda as exigências da norma são os guarda-
corpos, que são elementos de proteção contra quedas de pessoas e objetos que potencialmente
seriam projetadas através das bordas das lajes dos edifícios em construção. A norma ainda cita
recomendações mínimas a serem atendidas na implantação das proteções contra quedas,
devendo ser obedecido, as seguintes recomendações: Constituir de anteparos rígidos, em
sistema de guarda-corpo e rodapé; Ter altura de 1,20m (um metro e vinte centímetros) para o
travessão superior e 0,70m (setenta centímetros) para o travessão intermediário; Ter rodapé
com altura de 0,20m (vinte centímetros) e ter vãos entre travessas preenchidos com tela ou
outro dispositivo que garanta o fechamento seguro da abertura (MARTINS, 2004).
Nos dias que correm a norma internacional mais relevante no que tange a segurança
e saúde do trabalho em uma ótica de sistema é a OSHA 18001 - Sistemas de Gestão da
Segurança e Saúde no Trabalho. A Norma OHSAS 18001 foi desenvolvida de forma a ser
compatível com outras normas de gestão de segurança como as ISO’s, de qualidade e
ambiente, tendo como objetivo de simplificar e integrar os diversos sistemas de gestão da
saúde e segurança do trabalho. Estes sistemas proporcionam as empresas a atingirem seus
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Ainda para Fraga e Menses, (2016) na realização de DDS, deve-se abordar temas
relevantes as atividades que estão ou serão executadas, afim de orientar quanto a
procedimentos e alguns cuidados a serem adotados durante o processo, lembrar e relembrar
quanto a execução de forma segura e adequada. Todavia torna-se uma maneira mais prática de
instruir e melhorar o desempenho na área da segurança, produção e demais atividades na
construção civil.
Ainda existe outros meios de se combater os acidentes e incidentes dentro da
construção civil, fazendo com que haja multiplicadores da visão da segurança do trabalho no
canteiro de obras, um dos meios é a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) que
é composta por representantes do empregador e dos empregados, conforme determina a NR-
18 e de forma mais específica a própria NR-5. Os representantes dos empregadores, tanto
titulares quanto suplentes são por eles designados. Ela tem com objetivos prevenção de
acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível, permanentemente,
o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador, destacando a
comunicação dos resultados das reuniões aos responsáveis, apresentar e aplicar no ambiente
de trabalho as recomendações de prevenção de acidentes (NR-18, 1978).
A NR-06 equipamento de proteção individual (EPI), possui um papel fundamental
dentro do universo da construção civil, com o propósito de eliminar/evitar/diminuir/ acidentes
ou as consequências dos mesmos, trazendo consigo no seu item 6.3, a obrigatoriedade da
empresa a fornecer os EPI’s adequados as funções de acordos com os riscos, sempre que, as
medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do
trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho, enquanto as medidas de proteção coletiva
estiverem sendo implantadas e para atender a situações de emergência (NR-06, 1978).
Como o próprio nome já diz, esses equipamentos inferem proteção a cada
profissional individualmente, conferindo proteção aos membros do corpo que são a cabeça, o
tronco, os membros superiores, inferiores, a pele e o aparelho respiratório do indivíduo. De
fabricação nacional ou importado, eles só poderão ser postos à venda ou utilizados com a
indicação do Certificado de Aprovação (CA), expedido pelo órgão nacional competente em
matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego. A escolha do
EPI a ser utilizado cabe ao Engenheiro de Segurança, que deverá observar os riscos do
colaborador e indicar qual o EPI correto à se utilizar (SIMÕES, 2010).
Podem ser citados como EPI’s aqueles que fornecem proteção e seu uso é individual,
na construção civil sendo que os mais usuais são os, capacete com jugular, cinturão de
segurança com dois talabartes em Y, botina de segurança, luvas dos mais diversos tipos
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3. METODOLOGIA
A coleta de dados se dará por meio de informações primárias, visto que foram
embasados juntamente com trechos de artigos científicos, livros, monografias, TCC’s, sites e
outros, que auxiliaram no desenvolvimento da revisão literária com informações sólidas e
seguras.
Ainda se deve coletar os dados secundários, ou seja, juntar informações para as
análises de conclusão, que por sua vez se dará através de captura de imagens, questionários
semiestruturados tanto para os colaboradores de gerência e comando quanto para os
comandados. Os dados coletados através de um questionário semiestruturado tem o objetivo
de melhorar o entendimento sobre o índice de proteções e medidas preventivas utilizadas nas
obras.
Segundo Minayo (2004, p. 108) considera que o questionário semiestruturado
“combina perguntas fechadas e abertas, onde o entrevistado tem a possibilidade de discorrer o
tema proposto, sem respostas ou condições prefixadas pelo pesquisador.”
Após o levantamento da pesquisa em campo realizada, as informações retiradas
servirão para alimentar gráficos, planilhas, imagens que apresentará os resultados obtidos.
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Essas informações serão cruzadas, afim de comparação, para encontrar uma melhor solução
para as problemáticas levantadas, juntamente com base nas normas regulamentadoras como
base.
3.4 Cronograma
Pesquisa
x
Bibliográfica
Elaboração do
x
Projeto
Avaliação do
x
Projeto
Seleção de artigos x x X
Desenvolvimento x x x
Apresentação/
X
defesa TCC 1
Correção X
Conclusão X
49
50
4. BIBLIOGRAFIA