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Sumário
NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 3
INTRODUÇÃO ......................................................................................... 4
Generalidade ...................................................................................... 14
Fluxo da documentação ..................................................................... 15
Registros ............................................................................................ 16
Comentários à norma de inspeção predial do Ibape ............................. 16
Comentários ....................................................................................... 17
Classificação das inspeções prediais .................................................... 18
Introdução .......................................................................................... 18
PROCEDIMENTO DE INSPEÇÃO PREDIAL ........................................ 19
1
Conclusão .......................................................................................... 26
ETAPAS DE UMA INSPEÇÃO PREDIAL .............................................. 27
REFERÊNCIAS ..................................................................................... 34
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NOSSA HISTÓRIA
3
INTRODUÇÃO
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de São Paulo. Nesse estudo, os acidentes prediais analisados ocorreram,
exclusivamente, em edificações na sua fase de uso. Excluídos dessa análise,
portanto, acidentes ocorridos na fase de obras e em edificações com menos de
10 anos. Dos resultados obtidos, 66% das prováveis causas e origens dos
acidentes são relacionadas à deficiência com a manutenção, perda precoce de
desempenho e deterioração acentuada. Apenas 34% dos acidentes possuem
causa e origem relacionada aos chamados vícios construtivos ou, ainda,
anomalias endógenas. O gráfico abaixo ilustra os resultados.
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disponível no site www.ibape-sp.org.br. Por fim, é importante destacar que o
trabalho técnico é realizado por profissional habilitado (engenheiro ou arquiteto),
especialista e capacitado para a função, assim como ocorre na medicina. A
INSPEÇÃO PREDIAL é apresentada ao contratante na forma de LAUDO. Esse
documento segue diretrizes mínimas, em observância à Norma Técnica ABNT
NBR 13752 e à Norma Específica do IBAPE/SP, citada.
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HISTÓRICO DA INSPEÇÃO PREDIAL
No final dos anos de 1998 no Paraná o assunto começou a ser discutido
no INAPAR (Hoje IBAPE PR) pelos peritos de maneira ampla tendo em vista as
diversas demandas judiciais entre Condomínios e Construtoras, entre
Condôminos e Condomínios e entre Condôminos. De uma maneira generalizada
observaram os peritos naquela época que essas demandas aconteciam
principalmente por falta de manutenção nas edificações principalmente em
edifícios Residenciais.
Em Curitiba houve um avanço onde sem uma lei especifica para Inspeção
Predial criou-se em julho de 2004, através do novo Código de Obras do
município o CVS, Certificado de vistoria de Segurança sob responsabilidade da
Comissão de Segurança de Edificações e Imóveis – COSEDI subordinada
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diretamente ao Prefeito Municipal, coordenada pelo IBAPE-PR e os
representantes da sociedade (Corpo de Bombeiros, Cosedi, Crea, PMC) a
melhor forma de operacionalizar o CVS, visto que será exigida a para obras
novas e antigas. Infelizmente aguarda-se a boa vontade parlamentar para o
desenvolvimento de tão necessária visão técnica. Apresentou-se em julho de
2005 no Seminário Brasileiro de Inspeção Predial um novo conceito de
segurança e meio ambiente nas inspeções prediais com a denominação de
Engenharia Diagnostica.
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2005 – Publicação pelo IBAPE/SP, através da editora LEUD, do livro:
“Inspeção Predial: check-up predial e guia da boa manutenção” (2ª Edição: 2009)
e (3ª Edição: 2012).
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2014 – Entra em vigor a norma técnica da ABNT NBR 16280:2014 –
Norma de Reforma em Edificações – Sistemas de Gestão de Reformas –
Requisitos.
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serviço costuma conter o detalhamento técnico da atividade, a relação dos
tópicos do laudo e a des- crição dos profissionais da equipe, além de dados
sobre os documentos necessários e o planejamento do serviço. A boa prestação
de serviço recomenda que a inspeção predial seja formalizada por meio de
contrato escrito e assinado pelas partes, com previsões de ações e obrigações
bem definidas pelos contratantes, inclusive com as especificações minuciosas
de etapas do serviço, limites de responsabilidades, preços, condições de
pagamento, prazos de entrega do laudo e outras particularidades, tais como a
autorização e a facilidade de acesso aos locais a serem inspecionados e o
acom- panhamento de funcionários do prédio (manutencista ou gerente predial)
ou da administradora na inspeção de campo.
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desempenho”, ou seja, é imprescindível o atendimento do requisito qualidade
para o cumprimento da lei. O contrato de construção, qualquer que seja a
modali- dade (empreitada ou administração), envolve uma obrigação de
resultado. Seu objeto é a obra pronta e acabada, apta para ser utilizada para os
fins a que se destina.
Norma de desempenho
A norma de desempenho NBR 15575 finalmente foi revisada e publicada
e está em vigor desde julho de 2013, encontrando se estruturada de acordo com
o diagrama da Fig. 1.
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Em sua estruturação, pressupõe se que o edifício inserido no meio
ambiente e sub- metido a condições de exposição ou à atmosfera do local de
sua implantação deve atender, primordialmente, às exigências dos usuários ao
longo de sua vida útil (VU). Tais exigências representam o conjunto de
necessidades dos usuários a serem satis- feitas durante o uso, de modo a
cumprir ou atender a todas as funções que foram estabelecidas no projeto, desde
que o mesmo edifício seja submetido às ações de manutenção e às condições
de uso previstas no projeto. As exigências dos usuários, apresentadas adiante,
são traduzidas em requisitos de desempenho, de ordem qualitativa, e
representam, em suma, o que se espera do edifício em uso do ponto de vista do
usuário.
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Manutenção predial
A atividade associada à manutenção predial é tratada pelas prescrições
propostas na NBR 5674 (ABNT, 2012), mas o que se observa na prática é que
poucos edifícios possuem esse tipo de serviço implantado em conformidade com
o referido diploma técnico, em detrimento da durabilidade das edificações. De
acordo com a NBR 15575-1 (ABNT, 2013 p.7), a durabilidade é definida como a
“capacidade da edificação ou de seus sistemas de desempenhar suas funções,
ao longo do tempo e sob condições de uso e manutenção especificadas”. Outros
termos associados e correlatos ao desenvolvimento do sistema de manutenção
das edificações podem ser citados e são de grande utilidade para o
entendimento da terminologia vigente, como os que seguem, cujas definições
são referenciadas na NBR 15575-1, a saber:
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auxílio no programa e no planejamento de serviços futuros. A documentação do
programa de manutenção deve incluir:
Fluxo da documentação
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Fig. 2 Fluxo da documentação
Registros
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pelo Ibape/SP. A versão de 2012 do Ibape (Ibape, 2012) sofreu alguns ajustes
nessa edição e segue transcrita com os comentários perti- nentes dos autores,
que foram complementados ou eventual- mente reiterados, a seguir
apresentados.
Comentários
Considerando que a inspeção predial é uma atividade técnica de alta
complexidade e responsabilidade, concorda se com o destaque da qualificação
profissional neces- sária, que é de exclusiva atribuição aos profissionais
registrados nos CREAs e CAUs. É importante destacar que a inspeção está
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incluída como atribuição de profissio- nais registrados nos CREAs e CAUs. O
conhecimento geral das disciplinas aplicado aos sistemas construídos e
incorporados a edificações prescindem cada vez mais da multidisciplinaridade;
dessa forma, incentiva se a formatação de parcerias entre as equipes e
profissionais especialistas nos estudos afetos à saúde predial, que compõe a
pauta principal e o enfoque a ser abordado nos trabalhos de inspeção predial.
Introdução
A inspeção predial é um processo que visa auxi- liar na gestão da
edificação e, quando realizada com periodicidade regular, contribui com a
miti- gação de riscos técnicos e econômicos associados à perda do
desempenho. Sua periodicidade deve obedecer às leis e regulamentos vigentes,
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bem como à eventual recomendação do profissional da inspeção. Uma vez que
a utilização da edifi- cação é uma atividade dinâmica, assim como sua exposição
permanente a agentes degradantes, os resultados da inspeção predial são
referentes ao momento em que a inspeção foi realizada e, portanto, devem
sempre ser associados à data da vistoria que a embasou.
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avaliação de desempenho na inspeção predial deve consi- derar no mínimo o
seguinte subconjunto de requisitos dos usuários:
a. segurança.
segurança estrutural;
segurança contra incêndio;
segurança no uso e na operação.
b. habitabilidade.
estanqueidade;
saúde, higiene e qualidade do ar;
funcionalidade e acessibilidade.
c. sustentabilidade.
durabilidade;
manutenibilidade.
Comentários
Nas abrangências da análise sobre a inspeção predial, omitiu se seu
principal objetivo, notadamente a análise dos riscos oferecidos pela edificação,
além de considerar os requisitos dos usuários, neste último caso contrariando as
considerações da própria norma, especificamente sobre não contemplar o
atendimento dos requisitos da NBR 15575.
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informações preliminares da edificação, análise da documentação, levantamento
das irregularidades, classificação das irregularidades quanto ao grau de risco,
definição das prioridades, fornecimento das recomendações técnicas, avaliação
do estado de manutenção e uso, além de abrangência de aspectos sustentáveis.
OBTENÇÃO DE INFORMAÇÕES
Entrevista preliminar com síndicos e/ou funcionários de terceirizadas,
antes da inspeção, para fornecer informações importantes quanto às possíveis
modificações e reformas da edificação original, assim como permitir melhor
entendimento das práticas rotineiras de conservação e manutenção.
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e operação devem ser solicitadas pelo inspetor predial para verificação, antes
mesmo da inspeção propriamente dita. Após análise, devem ser registradas
como orientações técnicas as possíveis ressalvas encontradas a documentação.
Vale destacar, porém, que a inspeção predial não almeja legalizar a edificação.
AVALIAÇÃO DA MANUTENÇÃO
AVALIAÇÃO DO USO
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leis específicas ou instruções técnicas pertinentes. A IBAPE/NA (2012) classifica
como:
REGISTRO FOTOGRÁFICO
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CLASSIFICAÇÃO DAS ANOMALIAS E FALHAS
RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS
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INDICAÇÃO DE PRIORIDADE (GERAL E POR SISTEMA)
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Quanto maior o valor final maior a criticidade e prioridade. Pode-se então
facilmente elencar as prioridades, com menor subjetividade no trabalho. Esta
ordenação servirá para avaliar e auxiliar o plano de manutenção da edificação,
bem como verificar não conformidades concentradas em um sistema,
subsistema ou área específica. Para facilitar as ações de manutenção, o check-
list prevê a organização das irregularidades por sistemas.
Conclusão
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ETAPAS DE UMA INSPEÇÃO PREDIAL
1ª ETAPA: Levantamento de dados e documentos da edificação:
administrativos, técnicos, de manutenção e operação (plano, relatórios,
históricos etc).
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6ª ETAPA: Elaboração de lista de prioridades técnicas, conforme a
classificação de prioridade de cada problema constatado. Essa lista é ordenada
do mais crítico ao menos crítico.
Laudo é o documento que segue diretriz técnica para ser elaborado, a fim
de demonstrar todas as etapas do trabalho e fundamentar a conclusão.
1. Identificação do solicitante;
2. Classificação do objeto da inspeção;
3. Localização;
4. Datas das vistorias e equipe;
5. Descrição técnica do objeto: Tipologia e Padrão Construtivo
Utilização e Ocupação Idade da Edificação
6. Nível utilizado de inspeção;
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7. Documentação analisada;
8. Critério e metodologia da inspeção;
9. Das informações:
Lista de verificação dos elementos construtivos e
equipamentos vistoriados com a descrição e localização das
respectivas anomalias e falhas. Classificação e análise das
anomalias e falhas quanto ao grau de prioridade;
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os seguintes sistemas construtivos devem ser vistoriados e analisados pelo
inspetor predial, consideradas as etapas deste trabalho:
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Auxilia na revisão de manuais de síndico e proprietários, quando
contratada na época da assistência técnica da construtora, a fi m
de subsidiá-la;
Preserva a garantia da construção, quando aliada ao manual do
síndico e proprietários, para melhor orientar o condomínio na boa
prática das atividades de manutenção já recomendadas pela
construtora;
Verifica o estado de conservação da edificação, além de informar
as condições gerais da edificação, podendo ser utilizado em
avaliações de imóveis, além de estudos de valorização e
modernização;
Informa subsídios técnicos e o “estado real” da edificação para
estudos preliminares para retrofit;
Auxilia em transações imobiliárias (compra e venda de imóveis e
locação), informando o estado de conservação e alertando para
eventuais necessidades de reparos importantes;
Auxilia na gestão condominial (síndico e administradora), quando
elaborada dentro de uma periodicidade, a fim de atestar e verificar
a evolução do estado de conservação do imóvel, além de auxiliar
a boa manutenção;
Reduz o prêmio de seguro, pois atesta o estado de conservação e
manutenção etc.
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DOCUMENTOS ADMINISTRATIVOS
Regimento Interno do Condomínio;
Auto de Conclusão;
IPTU;
Certificado de Manutenção – Ficha de Cadastro de Manutenção
(FICAM);
Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB);
Alvará de Funcionamento;
Certificado de Manutenção do Sistema de Segurança;
Certificado de Treinamento de Brigada de Incêndio;
Licença de Funcionamento CETESB ou Órgão Estadual
Competente;
Cadastro no Sistema de Limpeza Urbana; Comprovante da
Destinação de Resíduos Sólidos etc;
Contas de Consumo de Energia Elétrica, Água e Gás.
DOCUMENTOS TÉCNICOS
Memorial Descritivo dos Sistemas Construtivos;
Projeto Executivo; Projeto de Estruturas;
Projeto de Instalações Prediais: Instalações Hidráulico-Sanitárias e
de Água Pluviais;
Instalações de Gás;
Instalações Elétricas;
Instalações de Cabeamento e Telefonia;
Instalações do Sistema de Proteção Contra Descargas;
Instalações de Ar-Condicionado;
Projeto de Impermeabilização;
Projeto de Revestimentos;
Projeto de Pintura;
Projeto de Paisagismo.
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Plano de Manutenção, última versão, desenvolvido pelo
condomínio ou por empresa especializada;
Plano de Manutenção e Operação e Controle (PMOC) e todos os
seus controles e relatórios (qualidade do ar, substituição de fi ltros
etc);
Selos dos Extintores; Relatório de Inspeção Anual de Elevadores;
Relatório de Inspeção Anual do Sistema de Proteção à Descarga
Atmosférica – SPDA, conforme ABNT NBR 5419;
Relatório de Medições Ôhmicas, emitido a cada 5 (cinco) anos,
conforme ABNT NBR 5419;
Atestado do Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
– SPDA;
Certificado de Limpeza e Desinfecção dos Reservatórios; Relatório
das Análises Físico-Químicas de Potabilidade de Água dos
Reservatórios e Rede;
Certificado de Ensaios de Pressurização em Mangueiras; Laudos
de Inspeção Predial anteriores;
Certificado de Ensaios de Pressurização em Cilindro de Extintores;
Relatório do Acompanhamento de Rotina da Manutenção Geral;
Relatórios dos Acompanhamentos das Manutenções dos Sistemas
Específicos, tais como: ar-condicionado, motores, antenas,
bombas, CFTV, equipamentos eletromecânicos e demais
componentes;
Relatórios de Ensaios da Água Gelada e de Condensação de
Sistemas de Ar-Condicionado Central; Certificado de Teste de
Estanqueidade do Sistema de Gás;
Relatórios de Ensaios Preditivos, tais como: termografia, vibrações
mecânicas etc;
Relatórios dos Acompanhamentos das Manutenções dos Sistemas
Específicos, tais como: ar-condicionado, motores, antenas,
bombas, CFTV, equipamentos eletromecânicos e demais
componentes; Cadastro de Equipamentos e Máquinas.
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REFERÊNCIAS
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