Você está na página 1de 22

ESCOLA CIDADÃ INTEGRAL TÉCNICA RENATO RIBEIRO

COUTINHO
PROFESSORA ORIENTADORA: GLÁUCIA MARIA DOS SANTOS
GOMES.
TURMA: 3° ANO A DO ENSINO MÉDIO.
CURSO TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO –
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

AUTORA: EDUARDA KARLA NUNES DE SOUZA LINS

ANÁLISE DOS RISCOS DO TRABALHO EM ALTURA

ALHANDRA
2022
1
ANÁLISE DOS RISCOS DO TRABALHO EM ALTURA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Escola Cidadã Integral Técnica


Renato Ribeiro Coutinho, como parte dos requisitos para a obtenção do curso de
Técnico de Segurança do Trabalho.
Orientadora: Profª Gláucia Maria dos Santos Gomes

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente ao meu Deus por me proporcionar a realizar esse trabalho,


por ser o meu alicerce nas horas difíceis, que por muitas vezes quis desistir mas
com o auxílio d'Ele se tornou possível, e por me fazer chegar até aqui e com
vontade de seguir em frente.
Aos meus pais, às minhas irmãs e à minha avó, por me compreenderem nesses
últimos dias. Vocês são essenciais na minha vida.
As minhas amigas, Júlia Alves Santos, Lays Bezerra da Silveira , Ágata Mariana
Mendonça Morais e Nátali Thauanne Morais Pereira, agradeço por estarem
presentes comigo ao longo deste ano. O que vai ficar na memória é o tempo que
compartilhamos juntas. Os bons e memoráveis momentos serão os melhores se
permanecermos com as melhores pessoas.
A todos os meus professores, que me ensinaram a enfrentar obstáculos. Todo
educador, um dia, já foi tão aluno como qualquer um de nós. E se tornou um
educador porque inicialmente admirou o seu, e quis tornar-se como ele.
Aos meus orientadores, Gláucia Maria dos Santos Gomes e Welerson Barboza de
Lima, por cederem o seu tempo, agradeço aos ensinamentos que me transmitiram.
Obrigada!
A vocês a minha total gratidão, porque ninguém no mundo se realiza sozinho.

"Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês", diz o Senhor, "planos
de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um
futuro". (Jeremias 29:11).

2
1 RESUMO

A construção civil é o causante de inúmeros acidentes de trabalho, e riscos


extremos ainda apresentam as atividades executadas em altura, no qual a queda é o
agente causal de ocorrências graves, em razão da exposição dos operários a
diversos riscos no âmbito de trabalho. Diante disso, foi publicada uma norma
regulamentadora própria para essas atividades, a NR-35, por ser o trabalho em
altura uma temática de suma relevância para a construção civil. A segurança do
trabalho busca impedir os acidentes, com base em um conjunto de práticas de
antecipação, identificação, análise e controle. Portanto o presente trabalho tem
como objetivo geral analisar o trabalho em altura e descrever como a análise de
risco pode evitar possíveis riscos à saúde dos trabalhadores que atuam na
construção civil. É apresentado as principais normas de segurança do trabalho e
instruções técnicas existentes, que visam reduzir e eliminar os riscos de acidentes
expostos em atividades em altura. O trabalho foi concluído mediante pesquisas na
literatura utilizando a metodologia básica, qualitativa e quantitativa, bibliográfica e
documental, realizando a apuração e extração das informações necessárias. Deste
modo, conclui-se que a análise de risco deve ser realizada de maneira precisa no
ambiente de trabalho, evitando eventualmente os riscos das atividades em altura e
mantendo a segurança do trabalhador e do espaço de trabalho. Por ser um setor
que requer muito de seus trabalhadores precisa e deve ter habitualmente um
capacitado técnico de segurança do trabalho para que os acidentes sejam reduzidos
na construção civil.

Palavras-chave: construção civil; altura; quedas; acidentes de trabalho; riscos.

3
ABSTRACT

Civil construction is the cause of numerous accidents at work, and extreme risks still
present the activities performed at height, in which the fall is the causal agent of
serious occurrences, due to the exposure of workers to various risks in the work
environment. In view of this, a regulatory standard for these activities was published,
the NR-35, as work at height is a very important topic for civil construction.
Occupational safety seeks to prevent accidents, based on a set of anticipatory,
identification, analysis and control practices. Therefore, the present work has the
general objective of analyzing work at height and describing how risk analysis can
avoid possible risks to the health of workers who work in civil construction. The main
work safety standards and existing technical instructions are presented, which aim to
reduce and eliminate the risks of accidents exposed in activities at height. The work
was completed through research in the literature using the basic methodology, quali-
quantitative, bibliographical and documentary, carrying out the verification and
extraction of the necessary information. In this way, it is concluded that the risk
analysis must be carried out precisely in the work environment, eventually avoiding
the risks of activities at height and maintaining the safety of the worker and the
workspace. As it is a sector that requires a lot of Its workers usually need and must
have a trained occupational safety technician so that accidents are reduced in civil
construction.

Keywords: construction; height; falls; accidents at work; scratchs.

4
2 SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ………………………………………………………………………….....6

2 REFERENCIAL TEÓRICO ……………………………………………………………....7

2.1 TRABALHO EM ALTURA NA CONSTRUÇÃO CIVIL ……………………...………7

2.2 ACIDENTES NO TRABALHO EM ALTURA NA CONSTRUÇÃO CIVIL…….....…8

2.3 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - NR 06 ………………...……..10

2.4 TRABALHO EM ALTURA - NR 35 ……………………………..…………………..12

2.5 ANÁLISE DE RISCO ……………………..………………………….………………..14

3 METODOLOGIA ……………………………………………………………………….. 17

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO …………………......………………………………. 18

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS …………………………………………………………… 20

6 REFERÊNCIAS …………………………………………..........………………………. 22

5
1 INTRODUÇÃO

A indústria da construção civil é um dos importantes setores que impulsiona a


economia brasileira. Isso é comprovado, pois está em quarto lugar na contribuição
de renda e empregos em diversas áreas, também se destaca pelos riscos presentes
nas atividades exercidas e na evidência estatísticas dos casos de acidentes e
mortes envolvendo queda em altura.
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), afirma que 40% dos acidentes estão
interligados à queda em altura no Brasil. E segundo o Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS), 14% das mortes no ambiente de trabalho ocorrem devido à queda em
altura, essa quantidade de acidentes se dá pela falta, falha ou o não uso dos EPIs -
Equipamentos de proteção individual.
Diante dos imensos contingentes acontecidos à funcionários com o risco de queda
em altura na construção civil o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) criou no ano
de 2010 a Norma Regulamentadora 35, com a finalidade de aprimorar as normas de
segurança aplicada a profissionais em altura, simultaneamente, tornam-se
essenciais as análises dos riscos do trabalho em altura com o intuito de atenuar
acidentes de trabalho neste setor.
Assim sendo, é possível e necessário fazer um questionamento acerca da
importância da realização da análise dos riscos para trabalho em altura, no setor da
construção civil?
Por conseguinte, o objetivo geral do presente trabalho acadêmico é analisar
atividades em altura e descrever como a análise de risco pode evitar possíveis
riscos à saúde dos trabalhadores que atuam no setor da construção civil.
Para tal intuito, foram delineados os subsequentes objetivos específicos: realizar
uma pesquisa sucinta sobre pontos relevantes da nr 35; avaliar dados estatísticos de
acidentes no trabalho em altura no setor da construção civil; e, compreender como é
feita uma análise de risco no trabalho em altura.
Parte-se da hipótese de que a análise de risco estuda previamente as principais
ameaças que podem causar algum dano físico ou psicológico no ambiente de
trabalho e o impacto causado pelos riscos caso eles ocorram. Ademais, serve para

6
orientar as medidas de prevenção, proteção adequada e comprometer-se com a
saúde e segurança dos profissionais.
Desta maneira, para a constatação da hipótese, será realizada uma pesquisa de
intuito básico, objetivo descritivo, sob o método indutivo, com abordagem qualitativo
e quantitativo e gerada a partir de pesquisas bibliográficas e documentais.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Trabalho em altura na construção civil

A Construção Civil é o setor com a maior quantidade de fornecimento de empregos


e economia no país. Em função disso a quantidade de empregos gerados
identicamente, se acresce os acidentes neste âmbito e ocasiona danos físicos e até
mesmo levar a morte dos funcionários (TEIXEIRA; & de CARVALHO,2011).

Os trabalhadores que praticam essa função, são pertinentes aos prováveis riscos na
execução da função, tornando-se frequente na Construção Civil. A queda é vista
como uma fonte central de acidente de trabalho.

Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) "toda atuação que seja


elaborada em lugar superior a dois metros e com ameaça de queda é reputado
como sendo trabalho em altura".

Segundo o Ministério do Trabalho e Previdência (MTP) "os riscos de queda em


altura encontram-se em diversas áreas de trabalho, e em diferentes categorias de
trabalhos".

Classifica-se por ser trabalho em altura uma extensa lista de atividades realizadas e
que incluem o risco de queda em altura. Consoante o FUNDACENTRO (2011) no
setor da Construção Civil existem determinadas funções exercidas especificamente:
7
Trabalhos em confecção de fôrmas, ferragens e concretagem de estruturas e lajes;
Plataformas e Andaimes; Manutenção de fachadas de edifícios; Montagem e
desmontagem de estruturas; Pinturas de apartamentos; Abertura de pisos;
Trabalhos em vãos de escadarias ou rampas; Montagem e desmontagem de torres
de elevadores de obras.

Algumas razões de suceder queda no espaço de trabalho se dão pela ausência de


reparo tanto do colaborador como do empregador na realização da atividade,
Equipamentos de Proteção Individual (EPI) utilizados de maneira incorreta ou
igualmente, pela falta deles.

É responsabilidade do técnico de segurança do trabalho analisar antecipadamente o


local onde será executada a atividade, examinar se existem buracos, iluminação
inadequada, pisos escorregadios, e etc. É substancial conhecer as tarefas que estão
sendo executadas, a fim de que seja possível de imediato o reconhecimento de cada
uma das ameaças existentes no ambiente de trabalho (SOUZA,2017).

É indispensável, e dever da empresa proporcionar a segurança de seus funcionários


no trabalho em altura na construção civil, e cumprir as orientações deliberadas pela
Norma Regulamentadora 35.

2.2 Acidentes no trabalho em altura na construção civil

Conforme a Norma brasileira 14280 "Acidente de Trabalho é estipulado como o


acontecimento imprevisível ou indesejável,imediato ou não, pertinente com a
execução do trabalho, da qual proceda ou possa decorrer lesão pessoal"
(ABNT,p.2,2001).

Uma das prevalecentes fontes de acidentes de trabalho preocupantes e fatal conduz


de modo direto com práticas inseguras existentes nos âmbitos de trabalho. O tópico

8
discorre sobre os acidentes de queda em altura, o qual torna alarmante estes
acidentes nas funções de construção civil (WALDHEIM,2014).
A queda é a causa vital da preocupante notificação de acidentes na indústria da
construção civil. Isso se dá pelas ações perigosas referentes a essa função.

No ano de 2013, o Anuário Estatístico da Previdência Social (AEPS), contou


563.704 acidentes de trabalho, destes, 2.797 levaram o funcionário à morte, dos
quais 599 destes óbitos foram decorrentes de quedas de trabalho em altura. Esses
são unicamente números de trabalhadores formais, isto é, aqueles com referências
em carteira de trabalho, a quantidade de óbitos arrisca-se ser ainda maior. Segundo
informações do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em 2017, a queda de
altura acarretou o registro de 37.057 Comunicações de Acidentes de Trabalho
(CAT's), dos quais 161 foram de ocorrências de óbitos.
Em 2021, no Brasil, foram incluídos 14.767 acidentes de trabalho e 96
acontecimentos com óbito.

Radar de acidentes de trabalho - queda de altura no período: 2014-2021 Fonte: SIT (2022)

A despeito de um contexto onde o Brasil é reputado como o país que dispõe uma
das legislações mais prudentes do mundo, ainda sucedem muitas incorreções com
relação a segurança do trabalho. Consoante ao Ministério da Previdência Social e
do Trabalho e Emprego (BRASIL,2008), entre as profissões econômicas, o ramo da
construção é o sétimo no ranking de incidentes de trabalho.
9
Na construção civil e em qualquer outro setor, as empresas públicas ou privadas são
coagidas a cooperar e manter a atuação das Comissões Internas de Prevenção de
Acidentes, e o envolvimento dos colaboradores na CIPA precisa ser garantido. No
entanto, em diversas empresas da construção civil ou não há a CIPA ou ela é
ineficaz. Esse atributo é procedente da negligência com a supervisão dos órgãos
responsáveis e da insciência dos gerentes quanto às Normas de Segurança,
tornando dessa forma, o ambiente de trabalho mais perigoso e propício a
acidentes.

2.3 Equipamentos de proteção individual – NR 06

De acordo com a Norma Regulamentadora 06 “entende-se por equipamento de


proteção individual – EPI, todo aparelho ou objeto, de utilização individual
manuseado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos capazes de ameaçar a
segurança e a saúde no trabalho” (BRASIL,1978).

Os EPIs são de utilidade essencial com a intenção de conservar a segurança e


saúde do colaborador e do mesmo modo prosseguir com o bom desempenho da
empresa. “É dever do empregador viabilizar aos funcionários, gratuitamente, EPI
apropriado ao risco, em excelente estado de conservação e condução, nas
subsequentes condições: sempre que as medidas de regulamento geral não
disponham completa proteção contra as ameaças de acidentes do trabalho ou de
doenças ocupacionais e do trabalho; durante o tempo que as determinações de
proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e, para auxiliar a incidentes de
emergência” (ALVES,2013).

Ao "empregado igualmente terá que considerar as subsequentes condições: utilizar


o EPI unicamente com a finalidade a que se remete; comprometer-se pela guarda e
conservação; informar ao empregador qualquer alteração que o torne inapropriado

10
ao uso; e, exercer as deliberações do empregador sob o uso individual”
(PANTALEÃO,2019).

A NR 06 contém, em anexo, uma lista dos equipamentos de proteção individual, que


necessita ser provido pelas empresas.

GRUPOS EQUIPAMENTOS

A- PROTEÇÃO DA CABEÇA Capacete; capuz

B- PROTEÇÃO DOS OLHOS Óculos; protetor fácil; máscara de solda

C- PROTEÇÃO AUDITIVA Protetor auditivo

D- PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA Respiradores de ar

E- PROTEÇÃO DO TRONCO Vestimentas de segurança

F- PROTEÇÃO DOS MEMBROS Luvas; Creme protetor; Braçadeira;


SUPERIORES Dedeira

G- PROTEÇÃO DOS MEMBROS Calçados; Meia; Perneira; Calça


INFERIORES

H- PROTEÇÃO DO CORPO INTEIRO Macacão; Vestimenta de corpo inteiro

I- PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS DE Cinturão de segurança com dispositivo


DIFERENÇA DE NÍVEL trava-queda; Cinturão de segurança
com talabarte

Tabela 1 - Lista de equipamentos de proteção individual conforme a NR 06

"A adequada utilidade do equipamento ou conjunto de equipamentos de proteção


individual desempenha um papel primordial contra um ou mais riscos ocupacionais,
contudo atua na diminuição de ocorrências de lesões referentes ao trabalho”
(GOULART, 2017).

11
Portanto, torna-se inevitável “habilitar a todos os trabalhadores, garantindo não só
que cada um deles exerça o uso correto do EPI, contudo que também compreenda a
sua importância” (GOULART,2017).

2.4 Trabalho em Altura - NR 35

O Trabalho em altura é uma temática de suma relevância para a segurança, diante


disso foi publicada uma Norma Regulamentadora própria para essa profissão, a NR-
35 subscreve que "todo serviço executado acima de dois metros de grau inferior,
onde haja risco de queda é considerado trabalho em altura''. Esta norma estabelece
os atributos mínimos e as medidas de proteção para a realização do trabalho em
altura, abrangendo a preparação, a organização e a execução dos trabalhadores
envolvidos direta ou indiretamente (MTP, 2010). E ressalta ainda que não apenas os
colaboradores que estão ativamente ligados a essas atividades que estão coesos
diretamente aos riscos mas também "os colaboradores incluídos indiretamente são
estes, que independente de não estar suscetível ao risco de queda de altura,
executam atividades nas proximidades de trabalhadores, estes, sim são evidentes
ao risco (CAMISASSA,p.818,2015).
A norma sobressai que é parte do empregador responsabilizar-se pela
implementação dos critérios de proteção; assegurar a execução da análise de risco-
AR, e a, emissão da permissão de trabalho - PT; asseverar o cumprimento de
avaliação antecipada das condições no local do trabalho em altura; garantir aos
servidores informações atualizadas sobre os riscos e as medidas de controle;
afirmar que qualquer atividade em altura só se inicie depois de aplicar as medidas
de proteção e proporcionar a pausa dos trabalhos em altura quando o contexto ou a
condição de risco não pressuposto, cuja eliminação ou neutralização instantânea
não seja viável (MTP,2010).

Ao empregado cabe exercer as determinações legais e regulamentares sobre o


trabalho em altura, incluindo os métodos expedidos pelo empregador; cooperar com
a empresa na aplicação das disposições; zelar pela segurança e saúde e as de
12
outras pessoas que possam ser afetadas por seus atos ou desatenção no trabalho.
(MPT,2010).

Direito de Recusa: predito no art.13 da Convenção 155 da Organização


Internacional do Trabalho (OIT), referida pelo Decreto 1.254 de 29 de setembro de
1995, que possibilita ao funcionário a cessação de uma atividade de trabalho por
cogitar que ela envolve eminente risco, segundo a definição estabelecida na Norma
Regulamentadora 03, para sua segurança e saúde ou de outras pessoas
(ROCHA,2012). A legislação certifica que o colaborador tem o direito de não aceitar
exercer deliberados serviços, caso torna-se exposto a condição de risco à saúde e
segurança no trabalho.

No item 35.3.2 da norma, diz que o empregado está devidamente habilitado para tal
responsabilidade aquele que foi submetido e aprovado em capacitação prática e
teórica, com quantidade horária mínima de oito horas. "Toda atividade em altura
deve ser realizada, planejada e executada por um profissional habilitado e
autorizado" (MTP,2010). No momento em que "o risco de queda não pode ser
eliminado da ocupação, deliberações que reduzam as decorrências da queda"
precisam ser estabelecidas, isto é, introduzir sistemas que preservarão o trabalhador
em ocasião de queda.

O aplicamento incorreto da Norma Regulamentadora 35 pode ser relativo a


ausência de informação ou até a resistência em modificar práticas já constantes,
sobretudo quando o trabalhador está habituado a lidar com altura, fazendo com que
não perceba a ameaça ao risco e acabe deixando de executar as técnicas de
segurança. Posto isto, a fiscalização torna-se um feito de extremo interesse na
prevenção de casualidades de trabalho em altura (AZEVEDO,2017).

2.5 Análise de risco

13
No item 35.4.5 da Norma Regulamentadora 35, menciona que "toda função em
altura tem de ser antecipada da análise de risco" (MTE,2010).
Há diversas metodologias bem-conceituadas de análise de risco como a (HAZOP -
Estudo de Perigos e Operabilidade, APR - Análise Preliminar de Risco, FMEA -
Análise de Modo e Efeito de Falha, ART - Anotação de Responsabilidade Técnica,
entre outras), contudo a norma não dispõe qual delas carece ser aplicada. Tal
deliberação fica a dever do empregador, e dependerá da complexidade e
características da função, finalidade da análise (NUNES,2016).

A Segurança e Saúde do Trabalho conceitua risco tal como, a "viabilidade de


ocorrência de determinado fato que seja capaz de originar um dano". E análise de
risco como um "modo sistemático de estudo crítico e avaliação detalhada da
sequência de procedimentos necessários para execução de determinado encargo, e
o coincidente reconhecimento das ameaças possíveis de acidentes físicos e
equipamentos''. Identificação e reparo de contrariedades operacionais e execução
do modo preciso para a operação de toda etapa da atividade com segurança.

Conclui-se que análise de risco é um documento que auxilia a obter meios de conter
que tais eventualidades decorram. A finalidade é preservar o colaborador que
ocupa-se sob esse ambiente, favorecendo na prevenção de quedas no setor da
construção civil, mediante a uma avaliação do âmbito de trabalho que leva a uma
observação de ocorrências conceituadas inseguras, tal qual suas causas e
resultados. Logo,ela permite a identificação e o adiantamento dos eventos
prejudiciais e acasos prováveis de acontecerem no decorrer da realização da
atividade estabelecida, permitindo a adoção de deliberações preventivas de
segurança e saúde do trabalhador, do usuário, de demais e do meio ambiente, e
juntamente com precauções das ações produtivas (NUNES,2016).

A análise de risco deve ser realizada baseada no Local de trabalho em resumo, é


imprescindível que o técnico responsável pela análise precisa antever o âmbito de
trabalho e averiguar preliminarmente os perigos; Condições meteorológicas,os

14
funcionários que executam sua atividades em altura não estão unicamente expostos
aos riscos de queda. As condições climáticas tem de ser levadas em cogitações;
Identificação dos riscos de quedas de equipagem e ferramentas, o profissional
responsável precisa analisar a viabilidade de quedas de materiais e outros utensílios
de trabalho; Listagem de riscos, após a identificação das ameaças e perigos
existentes no local de trabalho em altura, é imprescindível listá-los e específica-los,
pois proporcionará adotar métodos para asseverar a segurança na área de trabalho;
Execução do plano de controle, logo após de averiguar a área de trabalho, verificar e
conhecer totalmente os riscos a que os funcionários nas alturas encontram-se
submetidos, recomenda-se efetuar as determinações que podem reduzir/evitar
prováveis eventos. Examinar quais os materiais de segurança são propícios para
que os funcionários exerçam suas funções de forma segura, incrementar e viabilizar
cursos de qualificação e treinamentos são algumas determinações que contribuem
na diminuição de risco (OLIVEIRA,2021).

Entende-se que a avaliação dos riscos ao ser elaborada comprovará "uma avaliação
da regularidade e da ocorrência" do evento indesejável
(HOLLEBEN;CATAI;AMARILLA,2012).
Toda análise feita corretamente pelo um técnico de segurança do trabalho, será
antecipadamente possível o reconhecimento de possíveis ameaças no âmbito de
trabalho e ajudará na eliminação dos riscos.

Seguidamente, são apresentados quadros de tolerância validando as subsequentes


classificações: categoria de frequência; categoria de risco; categoria de severidade;
e, matriz de classificação do grau de risco:

15
Quadro 1 - Categoria de Frequência
Fonte: barros;rodrigues;souza;silva (2017)

Quadro 2 - Categoria de Risco


Fonte: barros;rodrigues;souza;silva (2017)

Quadro 3 - Categoria de Severidade


Fonte: barros;rodrigues;souza;silva (2017)

Quadro 4 - Matriz de Classificação do Grau de Risco


Fonte: barros;rodrigues;souza;silva (2017)

A análise de risco precisa ser fundamentada e baseada em estrutura de observação


e práticas conhecidas, disseminadas e realizadas na organização, e sobretudo,

16
conceituados pelo poder público, corporações e entidades capacitadas
(ROCHA,2012).

Recorde-se de empregar a hierarquia das disposições de controle da Norma


Regulamentadora 35: primeiro, banir o trabalho em altura (substituir o trabalhador ou
efetuar a atividade no chão nivelado); segundo, impedir a queda
(guarda-corpos/barreiras de proteção); e, o terceiro, preservar o trabalhador
(Equipamentos de Proteção Individual e/ou redes de proteção) (KLASSMANN,2019).

3 METODOLOGIA

O objetivo deste artigo voltou às atenções para os funcionários que atuam em


funções acima de dois metros e são considerados trabalhos em altura e os riscos
efetivos desta atividade.

A elaboração do artigo fundamenta-se em ferramentas de pesquisa básica pura,com


a finalidade de gerar ideias úteis para o progresso da ciência sem aplicação prática
prevista e contorna verdades e utilidades universais (KAUARK; MANHÃES;
MEDEIROS,2010).

Ele retrata a característica descritiva e qualitativa e quantitativa visando abordar o


problema em questão.

Quanto ao modo, este trabalho realizar-se-á por meio da pesquisa bibliográfica, pois
será desenvolvida a partir de materiais publicados em livros, revistas, artigos e
Internet.

Além das pesquisas e estudos acadêmicos, também foi consultada a Legislação


Brasileira pertinente, como as Normas Regulamentadoras encontradas no site do

17
Ministério do Trabalho e Previdência (MTP). Estes materiais permitirão uma
pesquisa bem específica sobre o tema apresentado.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A finalidade de ser realizado tal referencial teórico decorre para entender cada etapa
de um trabalho em altura e a importância de empresas que monitoram corretamente
seus colaboradores, capacitando-os com treinamentos seguindo o cumprimento das
normas estabelecidas.

O setor da construção civil embora seja extremamente significativo para a economia


brasileira, por outro lado é um dos setores com maior quantidade de ocorrências de
trabalho (TEIXEIRA; & de CARVALHO, 2011).
Esse ramo é um dos mais significativos setores producentes da economia, posto
que contribui substancialmente para a produção de empregos diretos. Por outro
lado, é reputado como um dos setores mais sujeitos às graves circunstâncias de
trabalho, e a queda de altura em muitos casos é o fator que mais contribui para
acidentes, inclusive a morte de trabalhadores.

Baseado nos estudos realizados, é possível compreender que os acidentes de


trabalho envolvendo altura são ocasionados por práticas inseguras dos funcionários
e por ausência de comprometimento e fiscalização por parte dos responsáveis da
empresa. O empregador deve informar e capacitar seus funcionários para que sejam
capazes de identificar as chances de riscos em um âmbito de trabalho no setor da
construção civil (MTP, 2010).

O Anuário Estatístico da Previdência Social (AEPS), contou 563.704 acidentes de


trabalho, destes, 2.797 levaram o funcionário à morte, dos quais 599 destes óbitos
(cerca de 20% dos acidentes) foram decorrentes de quedas de trabalho em altura.

18
Mediante os dados obtidos as informações quanto aos números de acidentes de
trabalho e como os trabalhadores são submetidos a tantos riscos, por muitas vezes,
por falta de capacitação e treinamento, utilização correta dos Equipamentos de
Proteção Individual (EPI) e da mesma forma que a falta de monitoramento por
intermédio das empresas.

Posteriormente à criação e aplicação da Norma Regulamentadora 35, pode-se


averiguar que esta adquiriu êxito, constatando redução dos números e seriedade
dos acidentes de trabalho referentes a atividades em altura, simultaneamente que
existe uma crescente com relação a demanda. Os dados foram obtidos por meio de
pesquisas realizadas com base no Instituto Nacional do Seguro Social, Ministério do
Trabalho e Previdência, Ministério do Trabalho e Emprego. As informações
encontram-se correlacionadas com a literatura e de observação bibliográfica e
documental, a fim de chegar ao objetivo proposto.

A análise de risco é um documento que contribui para adquirir meios de controlar os


possíveis acidentes de trabalho. A sua relevância é proteger o colaborador em suas
atividades contribuindo na prevenção de quedas no setor da construção civil. Dessa
forma, ela deve ser realizada pautada no espaço de trabalho; quadros
meteorológicos; pelo reconhecimento dos riscos de quedas de apetrechos e objetos;
listagem de risco; e a efetivação do plano de controle. Há diversos tipos de análises
como a: HAZOP - Estudo de Perigos e Operabilidade, APR - Análise Preliminar de
Risco, FMEA - Análise de Modo e Efeito de Falha, ART - Anotação de
Responsabilidade Técnica, entre outras, contudo ela deve ser aplicada conforme o
empregador, e dependerá da complexidade e características da função, finalidade
da análise (NUNES,2016).

Através da observação, a análise de risco é eminente que a mesma seja realizada


de maneira precisa no ambiente de trabalho, evitando eventualmente os riscos das
atividades em altura e mantenha assegurado o trabalhador e o setor de trabalho,
sem esquecer que colabora de forma favorável para a empresa.

19
O tema é imensamente amplo e necessita ser analisado, pois é um setor que requer
muito de seus trabalhadores e precisa ter habitualmente um capacitado técnico de
segurança do trabalho para que os acidentes sejam reduzidos na construção civil.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A identificação das condições causais dos acidentes gerada mediante os dados é


recurso de grande relevância, pois colabora para a implantação de ações de
prevenção, portanto busca apontar o começo natural, diminuindo a tendência de
considerar as causas ou circunstâncias inseguras.

Diante do argumento relatado, foi viável examinar os acidentes ocorridos no setor da


construção civil para tarefas que incluam a atividade em altura, de modo a informar o
contexto vivido pelos colaboradores.

De forma simultânea, a determinação pela Norma Regulamentadora 35 para o


Trabalho em Altura favorece para a diminuição da quantidade de acidentes,
entretanto os dados até então são insuficientes para se alcançar resultados efetivos,
pois qualquer execução nessa situação torna-se eventualmente perigosa. Dessa
maneira, analisar os diversos fatores que incluem essa função é obrigatório, tal
como, a atenção as normas, as avaliações médicas regulares, análise de risco
executada rigorosamente, a elaboração de técnicas pertinentes para o trabalho, o
provimento de equipamentos de proteção individual de qualidade e colaboradores
habilitados são deliberações que não eliminam a ameaça, contudo reduzem muito
tais acontecimentos e assim, conservem a integridade da saúde dos colaboradores.

A aplicabilidade da análise de risco em procedimentos da construção civil pode


auxiliar de maneira altamente satisfatória para a modificação do quadro de elevados
resultados de acidentes que afetam o setor. Sendo assim, a análise e o
monitoramento dos riscos contínuos é uma garantia de espaço de trabalho mais

20
seguro à medida que após a obtenção do conhecimento dos riscos, providências de
segurança específicas são capazes de ser conduzidas as necessidades da
profissão, e assim se traspassaram em medidas a fim de que acidentes laborais não
ocorram reincidentes.

Portanto, a construção do presente trabalho teve como intuito expor as exigências


básicas da legislação para o trabalho em altura no setor da construção civil,
apresentar medidas de diligências para os trabalhadores proporcionando a redução
dos acidentes de trabalho, o qual foi obtido por meio de consulta das normas que
dispõem as atividades, bem como reconhecimento das fontes de ocorrências e os
incidentes causados nessa função.

É explícito que o presente trabalho não retrata a situação no qual se encontram os


trabalhadores atualmente, devido ao pequeno número de dados, contudo pode ser
utilizado como base para futuros estudos.

6 REFERÊNCIAS

21
22

Você também pode gostar