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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA
DO TRABALHO

BRUNO BOTELHO ORLANDINI

PERFIL DE SEGURANÇA DE UMA EMPRESA DE PEQUENO PORTE


DA CONSTRUÇÃO CIVIL DE ROSANA – SP: Estudo de caso

MARINGÁ
2014
BRUNO BOTELHO ORLANDINI

PERFIL DE SEGURANÇA DE UMA EMPRESA DE PEQUENO PORTE


DA CONSTRUÇÃO CIVIL DE ROSANA – SP: Estudo de caso

Monografia apresentada ao Curso de Pós-


Graduação Lato Sensu “Especialização em
Engenharia de Segurança do Trabalho” da
Universidade Estadual de Maringá como
requisito parcial para Obtenção do Título de
Especialista em Engenharia de Segurança do
Trabalho.

Orientador: Prof. Dr. Osni Pereira

MARINGÁ
2014
BRUNO BOTELHO ORLANDINI

PERFIL DE SEGURANÇA DE UMA EMPRESA DE PEQUENO PORTE


DA CONSTRUÇÃO CIVIL DE ROSANA – SP: Estudo de caso

Esta monografia foi julgada e aprovada para a obtenção do título de Especialista em


Engenharia de Segurança do Trabalhono Curso de Pós-Graduação Lato Sensu “Especialização
em Engenharia de Segurança do Trabalho” da Universidade Estadual de Maringá.

Profa. Dra. Luci Mercedes De Mori, Coordenadora do Curso

BANCA EXAMINADORA:

_______________________________________________________________
Prof. Dr. Osni Pereira – Universidade Estadual de Maringá

_______________________________________________________________
Profª. MSc. Diana Carla Rodrigues Lima – Universidade Estadual de Maringá

_______________________________________________________________
Profª. MSc Marisa FujikoNagano – Universidade Estadual de Maringá

Maringá, 14 de Abril de 2014.


Dedico esse trabalho a Sérgio Orlandini e
Simonete Maria Brito Botelho, exemplo máximo
de respeito, admiração, força, integridade,
esperança e amor.
AGRADECIMENTOS

A vocês, que me deram a vida e me ensinaram a vivê-la com


dignidade, não bastaria um obrigado. A vocês, que iluminaram
os caminhos obscuros com afeto e dedicação para que trilhasse
sem medo e cheio de esperança. Que sorriram com minhas
vitórias e choraram com minhas derrotas. Hoje, comemorem
comigo a nossa maior conquista. Obrigado mãe. Obrigado pai.
Que os vossos esforços desafiem as
impossibilidades, lembrai-vos de que as grandes
coisas do homem foram conquistadas do que
parecia impossível.

Charles Chaplin
RESUMO

A Segurança do Trabalho é um tema de grande relevância, não apenas para a construção civil,
mas também para os mais diferentes ramos de atividades laborativas. A Indústria da
Construção Civil é uma das principais responsáveis pelos elevados índices de acidente de
trabalho, já que apresenta uma das piores condições de segurança do trabalho no cenário
mundial. Tal afirmativa se justifica devido a elevada rotatividade, a baixa qualificação da mão
de obra e o reduzido investimento por parte das empresas em medidas preventivas. O objetivo
deste trabalho foi realizar um estudo de caso, verificando assim as condições de segurança do
trabalho na empresa Colmeia Construções e Serviços LTDA – EPP. Foi utilizado um check-
list afim de coletar os dados, através de um questionário que foi dividido em itens
relacionados às etapas ou processos construtivos. Os resultados obtidos foram tabulados e
confrontados, obtendo-se assim a classificação da empresa quanto ao seu estágio de atuação
na prevenção do acidente de trabalho.

Palavras-chave: Segurança do Trabalho.Indústria da Construção Civil. Acidente de Trabalho.


ABSTRACT

The Workplace Safety is a topic of great importance, not only for construction but also
for the most different branches of labor activities. The Construction Industry is one of
the main responsible for the high rates of accidents at work, as it features one of the
worst conditions of work safety on the world stage. This statement is justified because
of the high turnover, low qualification of manpower and reduced investment by firms in
preventive measures. The objective of this study was a case study, thus verifying the
safety conditions of work in the company ColmeiaConstruções e Serviços LTDA - EPP.
A check-list in order to collect data through a questionnaire which was divided into
steps or items related to construction processes was used. The results were tabulated and
compared, thus obtaining a classification of the company as to their stage of action in
the prevention of accidents at work.

Keywords: Workplace Safety. Construction Industry. Accidents at Work.


LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 3.1 Hábitos da empresa 22


Gráfico 3.2 Instalações do canteiro de obras 23
Gráfico 3.3 Estoque de materiais 24
Gráfico 3.4 Carpintaria 25
Gráfico 3.5 Armações de aço 25
Gráfico 3.6 Proteção contra queda em altura / andaimes 26
Gráfico 3.7 Ferramentas utilizadas 27
Gráfico 3.8 Fornecimento e utilização de EPI's 28
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

LTDA Limitada
EPP Empresa de Pequeno Porte
OIT Organização Internacional do Trabalho
DRT Delegacia Regional do Trabalho
MTE Ministério do Trabalho e Emprego
NR’s Normas Regulamentadoras
CLT Consolidação das Leis do Trabalho
EPI’s Equipamentos de Proteção Individual
PPRA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
PCMAT Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria
da Construção
PCMSO Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
NR Norma Regulamentadora
EPC’s Equipamentos de Proteção Coletiva
SESMT Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina
do Trabalho
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................12
1.1 OBJETIVOS...............................................................................................................13
1.1.1 Objetivo geral......................................................................................................13
1.1.2 Objetivos específicos..........................................................................................13
1.2 JUSTIFICATIVA.......................................................................................................13
1.3 METODOLOGIA......................................................................................................14
1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO...............................................................................16
2 REVISÃO DE LITERATURA..........................................................................................17
2.1 A SEGURANÇA DO TRABALHO NO BRASIL....................................................19
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO.......................................................................................22
3.1 COEFICIENTES DE AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO DA
INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL ......................................................................... 28
4 CONCLUSÃO......................................................................................................................30
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 31
APËNDICE ............................................................................................................................. 33
ANEXO ................................................................................................................................... 36
12

1 INTRODUÇÃO
Cada vez mais crescem no Brasil problemas relacionados à segurança do trabalho
dentro das empresas, seja pelo descaso de muitas delas, ou até mesmo pelo próprio
desconhecimento de algumas normas regulamentadoras.
No Brasil, a preocupação com a Segurança do Trabalho ganhou ênfase a partir de
1970, quando o país passou a ser recordista mundial em número de acidentes, decorrentes das
más condições do trabalho e da ausência de uma política preventiva eficiente. A partir daí,
trabalhadores, empresários e governo passaram a unir esforços para reverter tal quadro
adverso (MICHEL, 2001).
Assim, ao longo da evolução dos anos, cada vez mais, a preocupação com o bem estar
e com a integridade física dos colaboradores passou a ser um elemento de destaque na gestão
de um negócio. Desenvolveu-se um entendimento de que as pessoas envolvidas no trabalho
são o bem mais valioso para uma atividade bem feita que proporciona torna uma organização
competitiva e bem sucedida comercial e socialmente (DINIZ, 2005).
De acordo com DRAGONI (2005), a segurança no trabalho deve ser abordada como
investimento, e não como despesa para a empresa, uma vez que a prevenção de acidente de
trabalho reduz despesas, pois evita gastos com acidentes envolvendo funcionário, patrimônio,
máquinas e equipamentos, além de indenizações por acidente podendo representar perdas
consideráveis.
Dessa maneira, com as organizações colocando a saúde e a segurança de seus
empregados como fator prioritário, várias estratégias, programas e processos têm sido
implementados com resultados positivos na redução dos acidentes de trabalho. Assim, os
valores em Segurança do Trabalho estão cada vez mais alinhados à criação de um ambiente
onde todos os funcionários estejam motivados para se atingir a excelência em segurança,
desenvolvendo um conceito no qual prevalece a preocupação não só com as atitudes tomadas
pelos colaboradores, mas também com as consequências dessas atitudes.
13

1.1 OBJETIVOS
1.1.1 Objetivo geral
Verificar as condições da segurança do trabalho na empresa COLMEIA
CONSTRUÇÕES E SERVIÇOS LTDA– EPP, situada no Município de Rosana – SP.

1.1.2 Objetivos específicos


Identificar as condições do ambiente de trabalho “in loco” da empresa;
Identificar as principais ações que possam prevenir os acidentes de trabalho na
empresa;
Identificar a maneira como a empresa atua na área de segurança do trabalho.

1.2 JUSTIFICATIVA
A indústria da construção civil mantém elevados índices de acidentes de trabalho e
apresenta uma das piores condições de segurança do trabalho, em nível mundial. A baixa
qualificação, a elevada rotatividade e o reduzido investimento por parte das empresas em
treinamento e desenvolvimento costumam ser característicos dessa indústria, justificando tais
afirmativas (ANDRADE; BASTOS, 1999).
É fato o destaque dado ao Brasil no que concerne à incidência de doenças
ocupacionais e ao número de acidentes de trabalho. As estatísticas da Organização
Internacional do Trabalho (OIT) comprovam essa condição desagradável que nos coloca,
entre os países que mais registam acidentes de trabalho no mundo, posição que poderia ser
ainda pior se todos os acidentes ocorridos fossem notificados, e se o universo de trabalhadores
abrangidos pelas estatísticas não estivessem aquém da força de trabalho realmente existente
no país.
De uma maneira geral, do ponto de vista econômico, o custo produzido por qualquer
problema de saúde pode ser classificado em duas categorias: os custos diretos e indiretos. Os
custos diretos referem-se aos custos médicos e não médicos, relacionados ao diagnóstico,
tratamento, recuperação e reabilitação do problema de base. Por outro lado, os custos
indiretos referem-se à perda da produção e produtividade trazida pelo problema, como a perda
de dias de trabalho ou uma menor produção gerada por limitações físicas, bem como os gastos
previdenciários que o problema pode acarretar (MELLO JORGE; KOIZUME, 2004).
14

Estudos também demonstram que em mais de 96% dos acidentes, o comportamento de


risco é a causa principal. Para mudar o comportamento de risco deve-se identificar as causas e
corrigi-las.
É notório que a quantidade de canteiros de obras existentes é muito superior ao quadro
de funcionário que compõe o principal órgão fiscalizador, a Delegacia Regional do Trabalho
(DRT), aquém da real necessidade, o que compromete principalmente a fiscalização nos
municípios mais distantes dos grandes centros urbanos.
Diante dessa situação, torna-se necessário priorizar ações e adotar políticas mais
contundentes para a prevenção dos fatores de riscos incidentes nos locais de trabalho, bem
como, identificar e analisar os aspectos que envolvem o acidente de trabalho, e as medidas
preventivas adotadas pelas empresas do ramo de construção civil.

1.3 METODOLOGIA
Para elaborar o trabalho, inicialmente, foi realizada uma revisão bibliográfica,
utilizando artigos, livros, monografias e internet para consulta relacionada ao assunto
trabalhado, verificando desta forma, os aspectos mais relevantes e os mais recentes
diretamente ligados ao tema.
O estudo foi realizado com base na empresa do ramo de construção civil COLMEIA
CONSTRUÇÕES E SERVIÇOS LTDA– EPP. Os fatos que motivaram a escolha desta
empresa foram dois. Primeiramente por se tratar de um município pequeno, não dispõe-se de
muitas empresas de construção civil, e por último, a empresa em questão é uma empresa
familiar na qual o autor deste trabalho é sócio-proprietário.

Foi escolhido o método de “check-list”, porque além de ser um meio de melhor


aferição que os questionários abertos, tem tido grande aceitação na área de saúde e segurança,
além de ser uma ferramenta mais fácil tanto para quantificar, como para qualificar o local e as
condições de trabalho (BRASIL, 2003).

Foi selecionado um questionário (check-list) proposto pela Comissão Interinstitucional


de Prevenção aos Acidentes de Trabalho e Doenças Ocupacionais do MTE (Anexo A), o qual
sofreu uma adaptação para as condições existentes no município de Rosana – SP e também
para a realidade vivida no canteiro de obras. Foram retirados deste questionário acima citado,
itens que não se faziam presentes na realidade dos colaboradores.
15

A configuração e apresentação final do “check-list” aplicado na empresa estão


apresentadas conforme os seguintes itens (Apêndice A):

 Hábitos da empresa;

 Instalações no canteiro;

 Estoque de materiais;

 Carpintaria;

 Armações de aço;

 Proteção contra queda em altura/andaimes;

 Ferramentas utilizadas;

 Fornecimento e utilização de EPI’s.

Os resultados obtidos através da aplicação do questionário foram tabelados para


análise estatística, possibilitando assim caracterizar, segundo as Normas Regulamentadoras
vigentes, a situação da empresa em estudo, verificando se a mesma atende às solicitações de
segurança do trabalho junto ao mercado atual.

Adotou-se o método apresentado pela Comissão Interinstitucional de Prevenção de


Acidentes de Trabalho e Doenças Ocupacionais em seu Programa de Avaliação das
Condições de Trabalho da Indústria da Construção Civil (Anexo A), estabelecendo os
coeficientes (1) para engenharia e segurança, (2) para risco à saúde, obtendo-se (3) o resultado
final.

nº de∼encontrados
( 1 ) Coeficiente de condições de Engenharia e Segurança= × 100
nº de quesitos aplicáveis

( 2 ) Coeficiente de Risco à Saúde

¿ nº de situações perigosas que configuram risco iminente à saúde ×5 %

( 3 ) Resultado Final=¿

Coeficiente de Engenharia e Segurança−Coeficiente de Risco à Saúde


16

Observa-se neste programa que o Coeficiente de Engenharia e Segurança corresponde


ao somatório do número de SIM do check-list, dividido pelo número de quesitos aplicados.
Em seguida calcula-se o Coeficiente de Risco à Saúde, multiplicando-se o número de
situações perigosas por cinco por cento (5%). O resultado final é obtido com a subtração do
Coeficiente de Engenharia e Segurança pelo Coeficiente de Risco à Saúde.

1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO


O trabalho foi estruturado em 05 capítulos.
O primeiro capítulo aborda a evolução da ocorrência e da preocupação com o acidente
de trabalho, mostra também quais são os objetivos deste trabalho, os quais serão atingidos
através da metodologia aplicado neste trabalho, descrita logo acima.
Já o segundo capítulo apresenta a revisão bibliográfica, apresentando a evolução do
acidente de trabalho, bem como as medidas adotadas, contempla também neste capítulo o
início do tema segurança no trabalho no Brasil.

No terceiro capítulo ocorre o estudo de caso, onde a empresa é analisada através de


diversos quesitos, os quais são apresentados em forma de dados numéricos e discutidos um a
um.

O quarto e último capítulo mostra a conclusão do trabalho, tendo como base os dados
obtidos a partir do estudo.
17

2 REVISÃO DE LITERATURA
Segurança do Trabalho pode ser definida como a ciência que, através de metodologias
apropriadas, estuda as possíveis causas de acidentes do trabalho, objetivando a prevenção de
sua ocorrência, cujo papel é assessorar o empregador, buscando a preservação da integridade
física e mental dos trabalhadores e a continuidade do processo produtivo (VOTORANTIM
METAIS, 2005).
Os acidentes do trabalho são fenômenos socialmente determinados, ou seja, diferente
de ser obra do acaso como dá a entender a palavra “acidente”, eles são previsíveis e os fatores
que podem desencadeá-los estão presentes na situação de trabalho (passíveis de identificação)
muito tempo antes de serem desencadeados. Por tanto a eliminação/neutralização de tais
fatores, pode evitar/mitigar a ocorrência de novos episódios semelhantes (ALMEIDA;
BINDER, 2000).
A evolução da área de segurança do trabalho se deu por causa dos mais diversos
estudos realizados sobre o tema. Houve uma mudança no modo de ver a segurança no
trabalho, passando do enfoque puramente informativo para corretivos e preventivo; além
disso, procurou-se englobar e integrar a organização como um todo, no intuito de dar proteção
ao empregado, resguardando sua saúde e sua vida e também propiciando o progresso da
empresa (ALBERTON, 1996).
A segurança visa evitar o acidente de trabalho, ou seja, aquilo que ocorre pelo
exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação
funcional que cause a morte, perda ou redução permanente ou temporária da capacidade para
o trabalho. Sob uma outra visão, acidente é uma ocorrência não programada, inesperada ou
não, que interrompe ou interfere no processo normal de uma atividade, ocasionando perda de
tempo útil e/ou lesões nos trabalhadores e/ou danos materiais (VOTORANTIM METAIS,
2005).
Os acidentes são causados pelos atos inseguros ou pelas condições inadequadas.
Aqueles são as ações indevidas ou inadequadas cometidas pelos empregados, podendo gerar
acidente, enquanto as condições inadequadas, são aquelas presentes no ambiente de trabalho
que podem vir a causar um acidente, podendo estar ligada direta ou indiretamente ao
trabalhador, ou seja, é uma situação em que o ambiente pode proporcionar risco de acidentes
do trabalho, ao meio ambiente e equipamentos durante o desenvolvimento das atividades
(DINIZ, 2005).
18

Mesmo com o empenho e mobilização do governo, empregadores e empregados,


através da promoção de campanhas de prevenção de acidentes e estudos acadêmicos, o
número de acidentes de trabalho continua em escala crescente se comparado com o percentual
encontrado em países mais desenvolvidos. Sendo a construção civil um dos principais
responsáveis pela manutenção desses índices elevados, acarretando em uma série de
problemas sociais e econômicos (COSTELLA; CREMONINI, 1998).
DALCUL (2001) afirma que a busca constante dos empresários pela manutenção da
competitividade através da redução de custos globais e do aumento da produtividade, acaba
deixando de lado a qualidade, de um modo geral, e a segurança do trabalho. Os empresários
pressionam os funcionários para o cumprimento dos prazos, gerando um desgaste físico e
mental, tornando o ambiente propício a condições inseguras e a caracterização do ato inseguro
(Figura 1).

Figura 1 – Foco da análise de interdependência das diferentes óticas acerca dos


acidentes de trabalho

Fonte: DALCUL (2001).

Passos (2003) diz que as causas dos acidentes podem estar centradas no trabalho e ou
nos empregados. O método centrado nos empregados afirma que um ambiente seguro pode
ser adquirido e mantido pelos mesmos, desde que existam medidas que os incentive a
exercerem suas funções com segurança. Porém é necessário a utilização de algumas técnicas
19

como, supervisão geral, o incentivo pode ser através de treinamentos, recompensas


financeiras e até de maior participação nas decisões da empresa.
As medidas preventivas foram desenvolvidas a partir dos altos índices de infortúnios
de trabalho, porque a gravidade e a frequência das lesões aos operários, danos a máquinas e
equipamentos, demandaram esforços para reduzir tais eventos, realizando-se assim a
identificação prévia dos riscos e de fatores que possam gerar ameaças à segurança no
ambiente de trabalho e dessa forma permitindo a tomada de medidas preventivas (PASSOS,
2003).
Segundo Antônio Castro Diniz (2005), a prevenção dos acidentes deve ser realizada
através de medidas gerais de comportamento, eliminação de condições insegura e treinamento
dos empregados, devendo o uso dos EPI’s ser obrigatório, havendo fiscalização em todas as
atividades, sendo os empregados treinados quanto ao seu uso correto. As tarefas devem ser
previamente avaliadas, os riscos e os padrões de trabalho identificados e todos devem ser
responsáveis pela segurança e prevenção dos acidentes.
Dragonni (2005) afirma que o uso obrigatório, contínuo e permanente de EPI’s numa
obra é um dos fatores primordiais para se evitar acidentes, principalmente os de pouca
gravidade, porque a ação de segurança deve ser sempre preventiva e não corretiva.
Nos últimos anos tem-se observado uma redução no número de acidentes de trabalho,
porém de acordo com Almeida e Binder (2000), inicialmente atribui-se essa redução a
modificação na legislação previdenciária e da assistência à saúde.

2.1 A SEGURANÇA DO TRABALHO NO BRASIL


A legislação brasileira, referente à segurança e acidentes oriundos à construção civil
sofreu inúmeras modificações ao passar dos anos, embora a primeira lei tenha surgido apenas
em 1919 tratando o “risco profissional” apenas como um risco natural da profissão, foi em
1972 que o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), passou a dar início a um programa de
formação de profissionais em medicina e segurança do trabalho. Somente em 1978 foram
aprovadas as normas de regulamentariam a segurança e medicina do trabalho, as Normas
Regulamentadores (NR’s).
Segundo Catai (2008), a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) aprovada pelo
Decreto Lei nº 5452, de 1º de maio de 1943, deu início a um tratamento mais abrangente das
questões prevencionistas, sendo que naquela época no Brasil o trabalho era
20

predominantemente rural, onde a prevenção de acidentes do trabalho passava distante dos


órgãos governamentais.
O surgimento das Normas Regulamentadoras foi determinante para a mudança na
atitude das empresas brasileiras, embora seja um gasto considerável, ainda assim, é menos
oneroso que o custo do acidente de trabalho.
AsNR’s regulamentam e fornecem orientações sobre procedimento obrigatórios
relacionados à segurança e medicina do trabalho. Essas normas são citadas no Capítulo V,
Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovadas pela Portaria N.º 3.214, no
dia 8 de junho de 1978 e são periodicamente revisadas pelo Ministério do Trabalho e
Emprego.
Algumas destas NR’s então diretamente relacionadas ao trabalho em questão e saber
seu objetivo e campo de aplicação se faz extremamente importante, a seguir citaremos as que
tem maior peso neste estudo.
NR 18 – CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA
CONSTRUÇÃO: esta NR estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de
organização, que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos
de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da
Construção.
Já a NR 9 – PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS, estabelece
a obrigatoriedade da elaboração e implementação do Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais – PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores,
através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de
riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho.
A NR 5 – COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES – CIPA, tem
como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar
compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e promoção da saúde do
trabalhador.
O trabalho em altura, um dos grandes vilões no acidente de trabalho, está descrito na
NR 35 – TRABALHO EM ALTURA, onde são estabelecidos os requisitos mínimos e as
medidas de proteção para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a
execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou
indiretamente com esta atividade.
21

Outra norma importante é a NR 7 – PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE


SAÚDE OCUPACIONAL, a qual estabelece a obrigatoriedade de elaboração e
implementação do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO, com o
objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores.
A NR 4 – SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA
E EM MEDICINA DO TRABALHO, diz que as empresas privadas e públicas, que possuem
empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, manterão,
obrigatoriamente, Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho – SESMT, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do
trabalhador no local de trabalho.
22

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A empresa em estudo apresenta em seu quadro técnico 02 (dois) Engenheiros Civis e
23 (vinte e três) funcionários, os quais são responsáveis pela execução de edificações em
geral.
O questionário foi preenchido por 01 Engenheiro Civil, visto que a empresa não possui
um profissional qualificado para atuar na área de segurança.
As obras da empresa avaliada na pesquisa encontram-se na fase intermediária de
desenvolvimento.
Os gráficos 3.1 a 3.11 foram obtidos a partir da aplicação das equações matemáticas
propostas no Programa de Avaliação das Condições de Trabalho da Indústria da Construção
conforme descrito na metodologia deste trabalho científico.
Abaixo temos o gráfico 3.1 que apresenta os resultados referentes à “Hábitos da
empresa”, a partir dos seguintes itens levantados:
 Na admissão são realizados exames médicos?
 Na demissão são realizados exames médicos?
 O piso salarial da categoria é cumprido?
 O pagamento é efetuado antes ou até as datas previstas por lei?
 Quando da admissão do funcionário existe treinamento sobre as normas de segurança
da empresa?
 Existe um profissional responsável pelo treinamento dos operários?
 A empresa tem um programa de gestão em segurança?
 A empresa tem PPRA, PCMAT, PCMSO?

Gráfico 3.1- Distribuição do resultado do quesito “Hábitos da empresa” do check-


list aplicado à empresa

Hábitos da empresa
25%

75%

Sim Não

Fonte: Próprio autor (2014).


23

Embora a empresa avaliada tenha obtido um resultado satisfatório, verificou-se que a


mesma não possui um responsável habilitado para elaborar o treinamento dos operários, bem
como a inspeção do uso correto dos EPI’s, o que proporciona um possível aumento no risco
de ocorrência de acidente de trabalho.
Os itens avaliados pelo quesito “Instalações do canteiro de obra” foram:
 O canteiro encontra-se limpo e organizado de modo a não oferecer riscos à saúde do
trabalhador?
 O canteiro de obra está sinalizado conforme disposto na NR 18?
 As instalações do canteiro estão em perfeito estado de conservação e limpeza?
 O canteiro possui EPC’s onde é necessário?
 O entulho e quaisquer sobrar materiais são regularmente coletados e removidos?
 É proibida a queima de lixo e qualquer outro material no interior do canteiro de obras?

Gráfico 3.2 - Distribuição do resultado do quesito “Instalações do canteiro de


obras” do check-list aplicado à empresa

Instalações do canteiro
de obras

100%

Sim

Fonte: Próprio autor (2014).

Neste quesito podemos destacar a preocupação da empresa com suas instalações do


canteiro de obras, onde foram implementadas todas as medidas de controle e sistemas
preventivos de segurança, atendendo assim, todos os itens abordados na pesquisa.
O gráfico abaixo avalia o quesito “Estoque de materiais”, o qual é composto pelos
seguintes itens:
 Os materiais são empilhados sobre piso estável, seco e nivelado?
 Os blocos são empilhados até 1,80m de altura do piso?
24

 O cimento é estocado de maneira adequada (pilhas de dez sacos)?


 Materiais tóxicos, corrosivos e inflamáveis são estocados isolados, sinalizados e com
permissão de acesso apenas para pessoas autorizadas?
 Os tubos, vergalhões e outros materiais de grande comprimento, são estocados em
camadas e com espaçadores entre eles?
 As madeiras retiradas de andaimes, formas e tapumes são empilhadas depois de
rebatidos os pregos?

Gráfico 3.3 - Distribuição do resultado do quesito “Estoque de materiais” do


check-list aplicado à empresa

Estoque de materiais
17%

83%

Sim Não

Fonte: Próprio autor (2014).

Novamente a empresa atendeu boa parte dos itens deste quesito, deixando a desejar
somente na altura de empilhamento dos blocos, que ultrapassa os 1,80 metros permitidos.
Quanto ao estoque de materiais tóxicos, corrosivos e inflamáveis, podemos destacar que a
empresa não os estoca no canteiro de obras, e sim em um local externo com acesso permitido
apenas para pessoas autorizadas.
O próximo gráfico apresenta os resultados obtidos pelo quesito “Carpintaria”. Os itens
avaliados foram:
 A empresa possui serra circular?
 O local onde a serra circular está instalada encontra-se coberto?
 O motor da serra circular encontra-se devidamente aterrado eletricamente?
 O disco está em perfeitas condições de uso?
25

Gráfico 3.4 - Distribuição do resultado do quesito “Carpintaria” do check-list


aplicado à empresa

Carpintaria
25%

75%

Sim Não

Fonte: Próprio autor (2014).


O desempenho da empresa mais uma vez foi satisfatório, embora tenha descumprido
um item importante para a segurança, que é o aterramento da serra circular, previsto na NR
18, podendo caracterizar risco de choque-elétrico ao trabalhador durante seu manuseio.
O gráfico 3.5 apresenta os resultados do quesito “Armações de aço”, abordando os
seguintes itens:
 A dobra e corte de vergalhões são efetuados sobre bancadas e afastadas da área de
circulação de trabalhadores?
 As armações de pilares, vigas e outras estruturas verticais estão devidamente escoradas
e apoiadas para evitar tombamento?
 As pontas de vergalhões de aço estão protegidas contra acidente?

Gráfico 3.5 – Distribuição do resultado do quesito “Armações de aço” do check-


list aplicado à empresa

Armações de aço

33%

67%

Sim Não

Fonte: Próprio autor (2014).


26

A empresa só não cumpriu integralmente o quesito, pois nem todas as pontas de


vergalhão estavam protegidas, podendo ocorrer um possível acidente devido ao ambiente
inseguro.
O quesito “Proteção contra queda em altura/andaimes” contemplou os seguintes itens:
 Quando há risco de queda existe a instalação de proteção obrigatória?
 Em trabalho acima de 2,00m de altura do piso é utilizado cinto de segurança?
 Existe cabo de segurança independente da estrutura do andaime para travamento do
cinto?
 O piso dos andaimes é antiderrapante e encontra-se nivelado e fixado de modo seguro?
 É observada a proibição de deslocamento dos andaimes com trabalhadores em cima
dos mesmos?

Gráfico 3.6 - Distribuição do resultado do quesito “Proteção contra queda em


altura/andaimes” do check-list aplicado à empresa

Proteção contra queda


em altura/andaimes

40%
60%

Sim Não

Fonte: Próprio autor (2014).

Este quesito é de fundamental importância, visto que a maioria dos acidentes de


trabalho na construção civil são decorrentes de queda em altura. A empresa em estudo faz uso
da instalação de proteção obrigatória, assim como fornece os cintos de segurança e demais
EPI’s, porém verificou-se a falta de conscientização do colaborador e de fiscalização por parte
da empresa. Com isso o trabalhador utiliza o cinto, porém não faz os travamentos necessários.
Notou-se também a inexistência de um cabo de segurança independente da estrutura do
andaime para travamento do cinto, este conjunto de fatores torna o trabalho em altura passível
de acidentes, colocando em risco a saúde do colaborador.
27

O gráfico 3.7 dispõe os resultados obtidos no quesito “Ferramentas utilizadas”, que


abordou os seguintes itens:

 As ferramentas são apropriadas para o uso que se destinam, sem defeitos, danos ou
improvisações?
 Os operários são treinados e instruídos para a utilização segura das ferramentas?
 As ferramentas manuais que possuem ponta estão protegidas com bainha de couro ou
outro material equivalente?

Gráfico 3.7 - Distribuição do resultado do quesito “Ferramentas utilizadas” do


check-list aplicado à empresa

Ferramentas utilizadas

33%

67%

Sim Não

Fonte: Próprio autor (2014).

A empresa em estudo realiza os treinamentos necessários à operação segura dos


equipamentos, porém não protege com a bainha as ferramentas que possuem ponta. O risco de
lesionar a mão em atividades que exigem ferramentas pontiagudas é muito grande, por isso o
correto seria que estivessem protegidas.
O próximo e último quesito refere-se a “Fornecimento e utilização de EPI’s, onde
foram avaliados os seguintes itens:

 A empresa fornece EPI’s a todos os funcionários?


 É efetuado treinamento sobre a correta utilização e conservação dos EPI’s?
 Caso em um dado momento a empresa não tenha o EPI, o funcionário interrompe suas
atividades devido à falta do mesmo?
 Os EPI’s possuem Certificado de Aprovação (CA)?
28

Gráfico 3.8 - Distribuição do resultado do quesito “Fornecimento e utilização de


EPI’s” do check-list aplicado à empresa

Fornecimento e uti-
lização de EPI's

50% 50%

Sim Não

Fonte: Próprio autor (2014).

Além de a empresa não realizar os treinamentos pertinentes sobre o uso dos


equipamentos de proteção individual, foi contatado que os trabalhadores continuam exercendo
sua atividade mesmo sem os devidos EPI’s, embora a empresa forneça todos os EPI’s, alguns
colaboradores aproveitam a falta de fiscalização por parte da empresa para facultarem o uso
dos mesmos.

3.1 COEFICIENTES DE AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO DA


INDÚSTRIA DA CONTRUÇÃO CIVIL

nº de∼encontrados
( 1 ) Coeficiente de condições de Engenharia e Segurança= × 100
nº de quesitos aplicáveis

30
Empresa= ×100=76 , 9 %
39

( 2 ) Coeficiente de Risco à Saúde

¿ nº de situações perigosas que configuram risco iminente à saúde ×5 %

Empresa=09 ×5 %=4 , 5 %

( 3 ) Resultado Final=¿
29

Coeficiente de Engenharia e Segurança−Coeficiente de Risco à Saúde

Empresa=76 , 9 %−4 ,5 %=72 , 4 %

Tabulação dos resultados:

Tabela 1 – Coeficientes obtidos através do estudo da empresa

Coeficiente de Condições de Coeficiente de Risco à


Resultado Final Classificação*
Engenharia e Segurança Saúde
Empresa 76,90 % 4,50 % 72,40 % Bom
Ruim = 20,1 - 40,0 % Regular = 40,1 - 60,0 %
* Péssimo = 0 – 20 %
Bom = 60,1 - 80,0 % Ótimo = 80,1 – 100 %

Fonte: Próprio autor (2014).

Observou-se que a empresa obteve uma boa classificação, apresentando índice em


relação aos quesitos de segurança do trabalho abordados de 76,90 %.
Vale ressaltar que o questionário aplicado foi um questionário simplificado, que
observou somente as situações que ocorrem com maior frequência neste ramo de construção
civil, e que de certa forma as empresas já estão habituadas com tais aspectos, tornando mais
simples a correção de certos desvios e descuidos no que diz respeito ao cumprimento das
determinações da NR 18.
30

4 CONCLUSÃO
Mediante a análise teórica e os aspectos levantados sobre a segurança do trabalho
apresentados ao longo deste trabalho, conseguiu-se demonstrar os caminhos que a empresa
está tomando na busca pela redução nos níveis de acidentes. Ficou nítido que a empresa
encontra-se em um estágio de compreensão acerca da importância da segurança no trabalho,
bem como sua preocupação com a mesma.
Destacou-se neste trabalho a ausência de um profissional responsável pela segurança
do trabalho, capaz de fiscalizar e instruir os trabalhadores. O fato deste profissional não estar
presente no quadro técnico da empresa, deve-se a não obrigatoriedade observada na NR 4 –
Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, onde é
estipulado 01 (um) técnico de segurança do trabalho para um número de funcionários entre 50
(cinquenta) e 100 (cem).Muitas empresas que se encontram nesta situação adotam o SESMT
terceirizado, porém na prática ele se mostra ineficaz.
Essa ausência anula as ações de educação e conscientização do trabalhador quanto ao
respeito às normas de segurança. Foi exemplificado a não utilização dos EPI’s por parte dos
funcionários bem como sua incorreta utilização, fatos que seriam facilmente corrigidos com
um profissional capacitado responsável pela segurança e fiscalização.Por outro lado, foi
notório os bons resultados que a empresa obteve no quesito instalações do canteiro de obra,
tais atitudes, reduzem drasticamente as condições inseguras, estas, umas das principais causas
de acidente de trabalho na indústria da construção civil, fazendo com que o canteiro de obras
seja um ambiente seguro e livre de acidentes.
A avaliação final da empresa, sob o ponto de vista do check-list, foi bom, apesar das
falhas identificadas em relação à fiscalização, treinamento e utilização de EPI’s que precisam
ser corrigidos de modo a reduzir os riscos de acidente de trabalho nas atividades da
construção civil.
Para se buscar a melhoria contínua em segurança do trabalho é preciso vencer as
barreias existente, pois as mudanças normalmente aumentam o medo e a ansiedade e tornam
as pessoas mais desconfortáveis. Normalmente um sentimento de possível perda pode
comprometer um processo de mudança que somente benefícios traria.
31

REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Idalberto Muniz; BINDER Maria Cecília P. Metodologia de análise de
acidentes – Investigação de acidentes do trabalho. In: Combate aos Acidentes Fatais
Decorrentes do Trabalho. MTE/SIT/DSST/FUNDACENTRO, 2000.

BRASIL, Ministério do Trabalho. Manual de legislação, segurança e medicinado trabalho.


27. ed. São Paulo: Atlas, 1994.

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de segurança e em medicina do trabalho (SESMT). 2009. Disponível em:
http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C816A3D63C1A0013D64016C39375F/NR%2004.pdf
Acessado em 10/12/2013.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego.NR5 - Comissão interna de prevenção de


Acidentes (CIPA). 2011a. Disponível em:
http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C812D311909DC0131678641482340/nr_05.pdf
Acessado em 13/12/2013.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego.NR 7- Programa de controle médico de saúde


ocupacional (PCMSO).2011b. Disponível em:
http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C812D308E21660130E0819FC102ED/
nr_07.pdfAcessado em 10/12/2013.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego.NR 9 - Programa de prevenção de riscos


ambientais (PPRA) 1994. Disponível em:
http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812BE914E6012BEF1CA0393B27/nr_09_at.pdf
Acessado em 13/12/2013.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego.NR 18 - Condições e meio ambiente de


trabalho na indústria da construção. 2012. Disponível em
http://portal.mte.gov.br/legislacao/norma-regulamentadora-n-18-1.htm
Acessado em 14/12/2013.
32

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego.NR 35–Trabalho em altura. 2012. Disponível


em http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C816A3D63C1A0013DAB8EA3975DDA/NR-
35%20(Trabalho%20em%20Altura).pdf
Acessado em 14/12/2013.

DALCUL, Ane Lise P. C. Estratégia de prevenção dos acidentes de trabalho na


Construção Civil: Uma abordagem integrada a partir das perspectivas de diferentes atores
sociais, 200. 228 f. Tese (Doutorado em Administração). Universidade Federal do Rio Grande
do Sul, Porto Alegre, 2001. Disponível em:
http://www.segurancaetrabalho.com.br/download/acid-dacul.pdf Acessado em: 10/11/2013.

DINIZ, Antônio Castro. Manual de auditoria integrado de saúde, segurança e meio


Ambiente (SSMA). 1. ed. São Paulo: VOTORANTIM METAIS, 2005.

MICHEL, Oswaldo.Acidentes do trabalho e doenças ocupacionais. São Paulo: Editora LTr,


2001.

PACHECO JR, Waldemar. Gestão da segurança e higiene do trabalho: Contexto


estratégico, análise ambiental e avaliação das estratégias. São Paulo: Atlas, 2000.

PASSOS, Janduhy Camilo. Fundamento da prevenção e do controle de perdas e as


metodologias para identificação de risco. Revista do centro de ensino superior de Catalão
(CESUC), ano V, n. 9, 2003.

ZOCCHIO, Álvaro. Prática da prevenção de acidentes: ABC da segurança do trabalho. São


Paulo: Atlas, 1996. 222p.
33

APÊNDICE

Questionário Adaptado Aplicado (Check-List)


34
35
36

ANEXO

Programa de Avaliação das Condições de Trabalho da Indústria


da Construção Civil – Comissão Interinstitucional de Prevenção
aos Acidentes de Trabalho e Doenças Ocupacionais, Ministério do
Trabalho e Emprego

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