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Florianópolis
2022
ROBERTA DUARTE DE OLIVEIRA
Florianópolis
2022
ROBERTA DUARTE DE OLIVEIRA
______________________________________________________
Professor e orientador José Humberto Dias de Tolêdo, Ms.
Universidade do Sul de Santa Catarina
Dedico esse trabalho aos meus pais e irmão, por
serem meus maiores incentivadores e sempre
acreditarem em mim. Essa conquista, que não é
apenas minha, mas nossa, seria impossível sem
o apoio e motivação de vocês.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, por me capacitar com sabedoria e me dar força durante essa etapa
importante da minha vida.
Aos meus pais e meu irmão, que são minha maior motivação, pelo apoio, palavras
de força e orações para que pudesse concluir essa trajetória.
Ao meu orientador deste trabalho, Ms. Prof. José Humberto Dias de Tolêdo, pelo
auxílio, compreensão e confiança em mim depositada durante o desenvolvimento desta
monografia.
A minhas colegas de trabalho e companheiras diárias, pelos incentivos e conselhos
que colaboraram para finalizar esta etapa.
Aos meus supervisores e amigos pela oportunidade de trabalhar junto a eles e por
todos os ensinamentos que foram essenciais no desenvolvimento deste trabalho.
E, por fim, a todos que contribuíram e torceram por mim para a realização deste
trabalho.
“Frequentemente é necessário ter mais coragem para ousar fazer certo do que temer
fazer errado” (Abraham Lincoln).
RESUMO
A indústria da construção civil é uma das que mais emprega trabalhadores e que registra altos
índices de acidentes de trabalho, considerando os inúmeros riscos envolvidos nas atividades
deste ramo. Entre as principais causas para esses números elevados, destaca-se a falta de uso
dos Equipamentos de Proteção Individual – EPI, determinado pela Norma Regulamentadora
06. Sabe-se que apesar da existência das Normas Regulamentadoras - as quais visam proteger
o trabalhador, minimizar riscos de acidentes e proporcionar benefícios tanto para os
empregados quanto para o empregador – há diversas empresas que negligenciam as
determinações. São vários os casos em que se vê ausência de treinamento para os colaboradores,
não obrigatoriedade do uso de EPI e falta de fiscalização e controle no uso de equipamentos.
Sob essa ótica, este trabalho analisa, por meio de um estudo de caso, um canteiro de uma obra
comercial, de pequeno porte, na cidade de Florianópolis-SC e como se dá o fornecimento e uso
dos EPI. Os dados da visita ao local foram coletados, registrados em ficha de inspeção e
posteriormente analisados a fim de comparar com as determinações da NR-06, bem como
calcular os custos das possíveis multas no caso de descumprimento dessas determinações, de
acordo com a NR-28. Para realização desse estudo sobre custos, realizou-se uma análise
minuciosa dos itens estabelecidos em ambas as normas, destacando os benefícios, tanto para o
empregador quanto para o empregado, ao atender integralmente suas disposições.
Realizou-se ainda uma pesquisa bibliográfica, com base em publicações, livros e artigos, de
forma a trazer mais informações e familiaridade para com o tema. Além disso, foram utilizadas
planilhas elaboradas no Excel, a fim de reunir os dados obtidos e proporcionar maior clareza
nas correlações dos custos. Assim, através das análises verificou-se a importância do
conhecimento e cumprimento das Normas Regulamentadoras, tanto para o empregado quanto
para o empregador, a fim de evitar grandes prejuízos financeiros, não somente com as multas,
mas também com possíveis acidentes ou doenças que possam vir a ser decorrentes do não
atendimento às normas.
The civil construction industry is one of the industries that employs the most workers and that
records high rates of work accidents, considering the several risks involved in the activities of
this branch. Among the main causes for these high numbers, the lack of use of Personal
Protective Equipment - PPE, determined by Regulatory Norm 06, stands out. It is well known
that, despite the existence of Regulatory Norms - which aim to protect the laborer, to minimize
the risk of accidents and to provide benefits for both employer and employees - there are several
companies that neglect the determinations. There are several cases in which there is lack of
training for laborers, non-compulsory use of PPE and lack of inspection and control in the use
of these equipments. From this perspective, this monography analyzes, through a case study, a
commercial construction site, of a small construction company, in the city of Florianópolis-SC,
and how PPE is supplied and used. Data from the site visit were collected and registred in an
inspection form and later analyzed in order to compare with the determinations of RN-06, as
well as calculate the costs of eventual fines in case of non-compliance with these
determinations, according to RN-28. In order to carry out this study on costs, a thorough
analysis of the items established in both norms was carried out, highlighting the benefits, for
both employer and employees, by fully meeting their provisions. A bibliographic research was
also carried out, based on publications, books and articles, in order to introduce more
information and familiarity with the theme. In addition, spreadsheets prepared in Excel were
utilized in order to gather the data obtained and provide greater transparency in the correlations
of costs. Thus, through the analysis, it was verified the importance of knowledge and
compliance with the Regulatory Norms, for both employer and employees, in order to avoid
large financial losses, not only with the fines, but also with possible accidents or diseases that
may result from non-compliance with the rules.
Tabela 01– Grau de instrução de trabalhadores da Construção Civil no Brasil – 2019 ........... 21
Tabela 02 – Classificação dos equipamentos de proteção individual conforme a NR-06 – 2018
.................................................................................................................................................. 28
Tabela 03 – Gradação de multas de acordo com o Anexo I da NR-28 – 2020 ........................ 34
Tabela 04 – Valores da multa de acordo com a NR-28 – 2020 ................................................ 34
Tabela 05 – Quadro funcional do canteiro de obras – 2022 ..................................................... 37
Tabela 06 – Itens da NR-06 passíveis de multas e penalidades de acordo com a NR-28- 2020
.................................................................................................................................................. 38
Tabela 07 – Situações em desacordo com a NR-06 e multas conforme NR-28 - 2022 ........... 50
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................. 11
1.1 TEMA E DELIMITAÇÃO .............................................................................................. 11
1.2 PROBLEMA DE PESQUISA ......................................................................................... 12
1.3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................ 12
1.4 OBJETIVOS .................................................................................................................... 13
1.4.1 Objetivo Geral ............................................................................................................. 13
1.4.2 Objetivos Específicos................................................................................................... 13
1.5 METODOLOGIA ............................................................................................................ 13
1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO .................................................................................... 14
2 REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................................... 15
2.1 ACIDENTES DE TRABALHO ...................................................................................... 15
2.1.1 Acidentes de trabalho na construção civil................................................................. 19
2.1.2 Estatísticas de acidentes de trabalho no Brasil e em Santa Catarina..................... 22
2.1.3 Segurança no trabalho e uso de EPI .......................................................................... 23
2.2 NORMAS REGULAMENTADORAS ........................................................................... 24
2.3 NR-06 ............................................................................................................................... 26
2.4 NR-28 ............................................................................................................................... 30
3 ESTUDO DE CASO ......................................................................................................... 36
3.1 CAMPO DE PESQUISA ................................................................................................. 36
3.2 MÉTODO ........................................................................................................................ 36
3.3 RESULTADOS................................................................................................................ 37
3.4 ANÁLISES ...................................................................................................................... 51
3.5 SUGESTÕES ................................................................................................................... 52
4 CONSIDERAÇÕES GERAIS ......................................................................................... 54
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 56
APÊNDICES ........................................................................................................................... 61
APÊNDICE A – FICHA DE INSPEÇÃO NO CANTEIRO DE OBRAS ......................... 62
APÊNDICE B – PESQUISA DE MERCADO DOS CUSTOS UNITÁRIOS DOS EPI . 65
ANEXOS ................................................................................................................................. 66
ANEXO A – ANEXO I NR-06 .............................................................................................. 67
ANEXO B – ANEXO II NR-28 EM RELAÇÃO A NR-06 ................................................ 74
11
1 INTRODUÇÃO
1.3 JUSTIFICATIVA
O setor da construção civil é um dos que mais emprega no Brasil e se destaca por
possuir altos índices de acidentes de trabalho. Os trabalhadores desse setor têm sua saúde e
segurança expostas a inúmeros riscos ocupacionais, principalmente devido à grande quantidade
de atividades envolvidas no canteiro de obras, bem como à falta de gerenciamento (GOMES,
2011).
Sabe-se que muitos destes riscos e acidentes podem ser evitados ou minimizados
com o uso correto do Equipamento de Proteção Individual (EPI), visto que estes influenciam
diretamente na saúde e segurança do trabalhador.
No cenário brasileiro da construção civil percebe-se que, geralmente, nas obras
menores ocorre um menor rigor quanto ao uso de EPI, tanto dos responsáveis quanto dos
trabalhadores que nestas atuam. Segundo Gomes (2011), o fato de serem menos visíveis à
sociedade e à fiscalização, bem como, sua curta duração, contribuem para que a aplicabilidade
e cumprimento das normas de segurança e de prevenção de acidentes não tenha a relevância
necessária. No entanto, sabe-se que independente do porte da construção, as atividades
desenvolvidas neste contexto oferecem riscos ao trabalhador.
A partir disso, relaciona-se os impactos econômicos, decorrentes do não
fornecimento de EPI, bem como a falta de uso destes por parte dos trabalhadores, em uma
microempresa de construção civil, com os custos de investimentos quando da aquisição e
fornecimento de EPI para os trabalhadores.
Deste modo, salienta-se a importância da percepção quanto ao uso de EPI e o
disposto na NR-06, para posteriormente avaliar os custos decorrentes da implantação de EPI
num canteiro de obra de reforma, bem como analisar os prejuízos financeiros que a ausência
desta medida pode trazer ao empregador e apresentar a alternativa mais adequada e viável no
contexto financeiro.
13
1.4 OBJETIVOS
1.5 METODOLOGIA
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Diante disso, é possível verificar que tal Lei traz alguns conceitos, no entanto, o de
acidente do trabalho é limitado. Assim sendo, julga-se necessário buscar outras referências e
conceitos acerca do tema.
Costa (2009) define acidente de trabalho como um ataque provocado ao corpo
humano, que ocorre durante o desempenho de sua atividade laboral ou em razão desta,
resultante de uma ação traumática violenta, subitânea, concentrada e de consequências
identificadas. Aponta ainda que se trata de uma espécie de afronta que o trabalhador sofre
durante seu horário e em seu local de trabalho, incluindo-se o trajeto. Logo, um ponto crucial
que permite distinguir acidente de trabalho de doença profissional é a possibilidade de
reconhecer quando ocorreu a lesão, visto que é possível formar uma cronologia entre as lesões
acontecidas sucessivamente.
Gomes (2012), por sua vez, afirma que o acidente de trabalho ocorre pelo exercício
do trabalho a serviço do empregador, tanto dentro quanto fora da empresa.
Ainda, é possível também caracterizar, de forma técnica, o acidente de trabalho
como a conclusão da perícia médica apresentada pelo Instituto Nacional do Seguro Social –
INSS, na qual constará a relação entre o trabalho e o agravo à saúde do trabalhador. Pode-se
afirmar que há um nexo entre o trabalho e o agravo quando constatar-se a ocorrência de nexo
técnico epidemiológico entre a atividade da empresa e a entidade mórbida motivadora da
incapacidade, relacionada na Classificação Internacional de Doenças - CID (CALLERI, 2007).
17
Tal afirmação pode ser comprovada pelo descrito no art. 21 da Lei 8.313/91, o qual
afirma que nos horários estabelecidos para efetuar as refeições, considera-se que o trabalhador
está no exercício do trabalho. Logo, caso esteja em horário de almoço ou qualquer outro
intervalo, este poderá sofrer um acidente de trabalho.
Na visão de Coltre (2011), os acidentes podem ser causados pelos mais diversos
fatores:
Tais acidentes podem ter inúmeras causas como: falta de treinamento próprio,
desatenção, descuido, comportamento inadequado, instruções inadequadas, entre
outros que representam na maioria das vezes a falta de gerenciamento.
Para Silva (2019) apud Frazão (2018), as causas de acidentes do trabalho vão desde
a falta de disciplina dos trabalhadores até o desconhecimento sobre o assunto, além da falta de
comprometimento dos responsáveis pelo local de trabalho.
De acordo com Mendes (2013), os principais motivos que podem vir a causar
acidentes do trabalho estão relacionadas aos atos inseguros, fatores naturais e condições
inseguras.
Para o autor, atos inseguros colaboram para a ocorrência de acidentes do trabalho e
são decorrentes de atividades executadas de maneira contrária ao estabelecido nas normas de
segurança, ou seja, o descumprimento destas pode levar a ocorrência de um acidente. Alguns
exemplos, conforme a FUNDACENTRO (2011) apud Mendes (2013), são:
• Não utilização de EPI;
• Operação de equipamentos sem autorização;
• Realização de manutenção de equipamentos em operação;
• Utilização de equipamento defeituoso;
• Utilização de equipamentos de maneira incorreta;
• Falta de sinalização ou advertência;
• Operação em velocidade inadequada; e
• Levantamento de objetos de forma incorreta.
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O autor aponta ainda que condições inseguras também podem causar tais acidentes,
considerando que se trata de falhas técnicas, presentes no ambiente laboral, que comprometem
não só a segurança do trabalhador como também das instalações e equipamentos. Alguns casos
de acordo com a FUNDACENTRO (2011) apud Mendes (2013):
• Equipamentos de proteção inadequados ou insuficientes;
• Perigos de explosão e incêndio;
• Ferramentas, equipamentos ou materiais imperfeitos;
• Espaço restrito ou congestionado;
• Ventilação inadequada;
• Desordem;
• Condições ambientais perigosas: gases, poeira, fumaça e vapores;
• Radiações, temperaturas extremas e ruídos excessivos; e
• Iluminação excessiva ou inadequada.
Por fim, Mendes (2013) aponta que os fatores naturais – aqueles que fogem do
controle humano – também são capazes de provocar acidentes e relaciona alguns exemplos
como inundações, tempestades, desmoronamentos, descargas atmosféricas, entre outros.
Vilela, Mendes e Gonçalves (2007) abordam diversos pontos de vista acerca das
possíveis causas de acidente de trabalho. Dentre elas, uma é tida como tradicional e mais
comum no Brasil, e é caracterizada por considerar o acidente decorrente do erro humano,
buscando formas de evitá-lo. Diz-se tradicional pois foi trazida em 1950 na teoria de Heinrich,
a qual se torna útil em processos, visto que é usada para desviar a responsabilidade civil. Em
paralelo, tem-se o conceito de Reason, o qual analisa os acidentes a partir de diversas
características da organização, como histórico, decisões, mudanças, que possam ter provocado
o risco de acidente, mesmo que latente. Neste modelo, o erro ativo pode ser associado a outros
aspectos existentes que são capazes de desencadear o acidente.
Ainda, Ildeberto Muniz de Almeida e Maria Cecília Pereira Binder afirmam que:
Na realidade, o acidente laboral não passa de um acontecimento determinado,
previsível, in abstracto, e que, na maioria das vezes, pode ser prevenido. Isso porque
suas causas são perfeitamente identificáveis dentro do meio ambiente de trabalho e,
desse modo, podem ser neutralizados ou até mesmo eliminadas (ALMEIDA;
BINDER, apud CAIRO JÚNIOR, 2015, p. 56).
Vecchione (2010), afirma que a indústria da construção civil é um dos setores mais
arriscados, onde os trabalhadores estão expostos a vários riscos e consequentemente, sujeitos a
acidentes com maior frequência. Desta forma, num canteiro de obras, é essencial ter atenção às
normas e procedimentos de segurança do trabalho.
Para Medeiros e Rodrigues (2010), essa indústria envolve tradicionais estruturas
sociais, culturais e políticas e, caracterizada nacionalmente por apresentar elevados índices de
acidentes de trabalho. Os autores afirmam ainda, que tais fatores formam o perfil de um setor
gerador de grandes perdas de recursos humanos e financeiros.
De acordo com Simões (2010), no Brasil a demanda de novas construções e
estruturas urbanas possui um crescimento significativo. No entanto, as medidas de segurança e
fiscalização não crescem na mesma proporção das obras, acarretando aumento no número de
acidentes do trabalho.
20
A construção civil no Brasil se destaca como um dos setores que possui grande
concentração de mão de obra, além de possuir um grande poder econômico, gerando várias
oportunidades de emprego. No entanto, além da mão de obra ser desqualificada e precária, o
setor não conta com a continuidade do processo industrial, visto que há mobilização e
desmobilização das equipes de trabalho conforme a demanda de obras. Essa situação vivida
pelos trabalhadores do setor pode comprometer a integridade física do trabalhado e gerar
acidentes (SILVA e BEMFICA, 2015).
Para Colombo (2009) alguns acidentes de trabalho e riscos na esfera da construção
civil são decorrentes da falta de conhecimento por parte do trabalhador, pressa para entregar o
produto no prazo necessário, ausência de planejamento e ocorrências de improvisos. Além
disso, os trabalhadores também deixam de usar os EPI por acharem que prejudicam no
desenvolvimento de sua atividade, dessa forma, tais aspectos tornam o canteiro de obras um
ambiente vulnerável a maiores riscos de acidentes.
Para Resende (2019), apesar das adequações na organização dos canteiros de obras
e intensificação de fiscalizações, a fim de exigir o cumprimento de leis e normas
regulamentadoras, o setor da construção civil ainda registra altos índices de acidentes. O autor
aponta que o trabalhador muitas vezes é leigo acerca dos riscos e doenças decorrentes da
exposição ao concreto, por exemplo, ou não percebe que o cinturão, apesar de incomodar, pode
salvar sua vida.
Rodrigues (2017) aponta que as principais causas de acidentes na construção
envolvem trabalho em altura, falta de utilização de EPI e a falta de instrução aos trabalhadores
ou até mesmo a ausência de conhecimento relacionada ao assunto.
De acordo com Silva (1993), a falta de qualificação dos trabalhadores da construção
civil dificulta a modernização do setor, uma vez que, gera desperdícios, permite baixa
21
produtividade e auxilia para uma má qualidade da obra. Ainda, os acidentes do trabalho estão
diretamente relacionados com a falta de formação técnica e profissional de seus colaboradores.
Brusius (2010) afirma que o alto risco e acidentes na construção civil está
relacionado também às atividades serem concentradas e ocorrerem sob pressão. Na visão do
autor, os fatores que contribuem para os acidentes serem recorrentes, são: o curto tempo das
obras; pouca qualificação de mão de obra, gerando alta rotatividade de trabalhadores; grande
contato pessoal com os equipamentos/máquinas, causando maior exposição aos riscos; e
execução das atividades sob condições climáticas desfavoráveis.
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE)
com base nos dados de 2018 da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério
da Economia, levantou que a maioria dos trabalhadores do setor é composta por homens,
representando cerca de 90,1% do total. E os 9,9% restantes correspondem a trabalhadoras do
sexo feminino. Com relação à idade destes trabalhadores, as faixas etárias predominantes são
as de 30 a 39 anos, representando quase um terço do total (32,3%) e de 40 a 49 anos (23,0%),
totalizando 55,3%.
Em julho de 2021, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) com
base nos dados de 2019 da RAIS, elencou os números quanto ao grau de instrução dos
trabalhadores da construção civil, os quais indicam que cerca de 43,7% dos trabalhadores
formais desse setor não concluíram o ensino médio, conforme Tabela 01. No entanto, vale
ressaltar que tais números podem variar de acordo com cada segmento do setor.
Chapecó (6%), Blumenau (5%), Itajaí e Criciúma (4%). O setor da construção civil, por sua
vez, teve 709 ocorrências, o que representa cerca de 2,33%.
É importante ressaltar que tais estatísticas extraídas através das CAT são limitadas,
pois sabe-se esses números representam somente uma parcela da realidade, visto que, grande
parte da mão de obra está empregada informalmente, o que aponta para um alto número de
subnotificação de acidentes.
Cisz (2015) e Welter (2014) desenvolveram estudos que demonstram que, para
obter resultados positivos, é necessário além de implementar ações preventivas baseadas nas
regulamentações vigentes, sensibilizar os empregadores.
Cisz (2015) buscou analisar os riscos presentes nas atividades desenvolvidas
durante uma construção, além de possíveis medidas de prevenção de acidentes, destacando a
relevância do uso de EPI durante a execução das atividades, bem como o atendimento às demais
normais aplicáveis nas atividades do local. Através de um questionário com os trabalhadores,
o autor constatou que a segurança do trabalho ainda é um assunto tratado em segundo plano e
por mais que todos estejam cientes da importância da utilização dos EPI, acredita que nunca
obterá um resultado efetivamente positivo, enquanto não houver uma prática de antecipação.
Welter (2014), por sua vez, observou em seu estudo que a ocorrência de qualquer
acidente que traga consequências físicas aos trabalhadores ou não, gera um gasto financeiro
significativo, visto que, todos os custos diretos e indiretos resultantes são creditados no custo
de produção, revertendo em ônus para a empresa. Em seu estudo, o autor elenca os riscos
causados pela falta de sistemas de gestão e como a empresa em questão trabalha com estes.
Desta forma, o autor expõe que poucos empregadores entendem que não se trata unicamente de
um benefício para a segurança física do trabalhador, mas também é possível poupar uma
demanda financeira que um acidente pode trazer, se houver uma implementação de sistemas
eficazes capaz de evitá-lo.
No entanto, com o passar do tempo, a legislação tem se tornado mais rigorosa,
fazendo com que os empregadores pensem duas vezes antes de não aplicar o que é obrigatório.
Em seu guia para gestão da segurança nos canteiros de obra, a CBIC (2017) ressalta
que os programas de prevenção exigidos pelas normas regulamentadoras, exigem do
empregador a responsabilidade sobre a eficácia de suas implementações.
Diante disso, garantir a segurança do trabalho através de EPI e sistemas de gestão,
deve ser visto como investimento, uma vez que, quanto melhores os equipamentos e sistemas,
menor a chance de ter alto prejuízo decorrente de acidentes, além de evitar queda na produção
e impacto em outros custos.
De acordo com Oliveira (2009) em 1919, surgiu no Brasil a Lei n° 3.725, a qual
abordava a definição de acidente de trabalho, a declaração de acidentes e a ação judicial. Em
1934, decretou-se a terceira constituição do Brasil, a qual considerou medidas
25
2.3 NR-06
Na Figura 01, é possível observar o capacete, que tem a função de proteger o crânio
do trabalhador contra impactos de objetos e choques elétricos; os óculos que servem para
proteger os olhos de partículas ou objetos perfurantes; os protetores auriculares que protegem
o sistema auditivo contra os altos níveis de ruído provenientes de máquinas e ferramentas; as
luvas que protegem as mãos contra riscos de origem mecânica e elétrica, como cortes ou lesões
e as botinas que protegem os pés de quedas de objetos e materiais cortantes.
Em alguns casos, utiliza-se também máscaras, para proteger da poeira ou até mesmo
solda. Para Silva (2009, apud CISZ, 2015) as máscaras mais usadas neste setor, são máscara
para proteção respiratória dos trabalhadores contra poeiras incômodas, como a cal e o calcário,
cuja concentração é desconfortável para o trabalho; máscara semifacial com filtro para vapores
orgânicos, a qual é utilizada nas atividades de pintura e a máscara para soldadores quando
necessário trabalhar com soldas. De acordo com a NR-06, a máscara de solda assegura a
proteção da face contra impactos de partículas volantes, radiação ultravioleta, radiação
infravermelha e luminosidade intensa.
Os EPI citados são necessários devido ao risco de acidentes de maior gravidade
nessa indústria, como desmoronamentos, soterramentos, queda de materiais pesados e trabalhos
em altura.
Para Oliveira e Pilon (2003), os EPI não impedem a ocorrência de acidentes, no
entanto, reduzem significativamente os riscos ou pelo menos, minimizam sua gravidade. Para
30
os autores, os EPI possibilitam minorar os acidentes que têm potencial para provocar lesões ao
trabalhador, protegendo-o assim, de iminentes danos à saúde, decorrentes das condições
laborais.
De acordo com Nascimento et al (2009, apud CISZ, 2015), o uso dos EPI
juntamente a outros recursos de segurança do trabalho é fundamental para proteger o
trabalhador contra os mais diversos riscos do ambiente de trabalho.
Sabe-se que é alto o índice de trabalhadores que recebem os EPI. Porém, é possível
identificar que nem todos fazem uso dos equipamentos regularmente. De acordo com Oliveira
e Pilon (2003), este é um dos principais fatores geradores de acidentes do trabalho, mesmo que
existam incontáveis riscos relacionados ao ambiente laboral.
Ainda, conforme a NR-06, cabe ao órgão regional do Ministério do Trabalho e
Previdência:
a) fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e a qualidade do EPI;
b) recolher amostras de EPI; e,
c)aplicar, na sua esfera de competência, as penalidades cabíveis pelo descumpriment
o desta NR.
2.4 NR-28
A NR-28 determina que o prazo máximo para regularizar os itens notificados pela
fiscalização não deve ultrapassar 60 dias. A empresa notificada pode recorrer ou solicitar um
adiamento de prazo até 10 dias após a data da fiscalização, prorrogando para 120 dias o prazo
para cumprir às exigências apontadas.
No que se refere ao embargo e interdição, a referida norma traz algumas
orientações. Caso o fiscal do trabalho identifique a ocorrência de situação grave e que coloque
em risco a saúde ou integridade física do trabalhador, com base em critérios técnicos, esse pode
propor embargo ou interdição. A NR-28 estabelece que o fiscal poderá propor interdição do
estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento, ou ainda, embargo parcial ou
totalmente, indicando assim as medidas que devem ser tomadas para correção das situações
consideradas de risco.
Lima (2019) destaca algumas irregularidades mais comuns na construção civil e
que podem vir a ser notificadas ou até mesmo motivos de embargo ou interdição. Segundo o
autor, os erros podem ser em máquinas e equipamentos, EPC e EPI e nas ações de segurança
dentro do local de trabalho. No tocante às máquinas e equipamentos, as irregularidades podem
ser constatadas quando envolvem falta de manutenção, aparelhos operando parcialmente devido
a algum defeito, operadores sem treinamento ou com treinamento desatualizados, máquinas
sem proteção ao redor, operadores realizando serviços de manutenção corretiva e ainda,
equipamento utilizado de forma divergente ao estabelecido no manual. No que se refere aos
equipamentos de proteção coletiva e individual, os erros podem decorrer da falta de inspeções
periódicas e de proteções coletivas feitas sem projeto e/ou orientação. Quanto às ações de
segurança no local de trabalho, o autor aponta que a falta de controle e análise dos riscos pode
gerar agravantes, bem como a falta de treinamento do trabalhador e ausência de
acompanhamento por parte dos responsáveis pelo controle da saúde e segurança dos
trabalhadores.
Quanto às penalidades, a NR-28 estabelece que estas devem ser aplicadas conforme
o disposto no Anexo I da referida norma, o qual apresenta um quadro de gradação de multas
(Tabela 03), baseado no grau das infrações, dispostas no Anexo II da norma em questão (Anexo
B).
34
Lima (2019) aponta que, quanto maior a empresa e mais prejudicial aos códigos a
sua violação, maior a multa a ser aplicada.
A NR-28 determina ainda que caso haja reincidência, embaraço ou resistência à
fiscalização, emprego de artificio ou simulação a fim de fraudar a lei, a multa a ser aplicada
será conforme determinado no Art.201, parágrafo único, da CLT, conforme os valores
estabelecidos na Tabela 04.
6.304 3.782
Fonte: Adaptado de NR-28, (2020).
Dentre os anexos da NR-28, tem-se também o Anexo IA, no qual consta um quadro,
semelhante ao do Anexo I da NR, porém, apresenta valores das multas específicas de trabalho
portuário (NR - 29), que não se aplicam ao presente estudo.
O Anexo II da NR-28 apresenta uma relação com os demais parâmetros que
auxiliam na obtenção dos valores das multas constantes no Anexo I da NR. Os quadros do
Anexo II apresentam item e subitem da NR que estando irregular gerará a penalidade, o código
da infração, sua classificação, que pode variar de 1 a 4 dependendo da gravidade, e o tipo de
infração, que pode ser segurança ou medicina do trabalho.
Para obter o valor da multa é necessário cruzar os dados do Anexo I e do Anexo II
da NR-28, aplicar os valores na fórmula e, através do cálculo, chegar ao valor final da multa
correspondente à infração identificada. Os valores constantes no Anexo I da norma são em BTN
(Bônus do Tesouro Nacional).
No Anexo I, o método proposto pela NR-28 considera os valores mínimos e
máximos das penalidades. Porém, a referida NR não possui uma gradação específica sobre as
infrações nela apresentadas, ou seja, a determinação do valor da multa fica atrelado à
irregularidade identificada e a concepção da fiscalização ao aplicar a penalidade.
Diante disso, Araújo (2018) aponta que este cenário pode dar margem para diversas
interpretações e fragilizar a aplicabilidade coerente da norma, visto que se trata de normas
antigas e com raras atualizações. Logo, o autor sugere a aplicabilidade da interpolação
matemática, a fim de aprimorar o cálculo das penalidades previstas na NR-28, que possibilita
obter de maneira mais determinada o valor das multas. No entanto, este estudo se limitará
apenas à apresentação dos valores mínimos e máximos das multas.
36
3 ESTUDO DE CASO
3.2 MÉTODO
Para esse estudo foi realizada visita in loco para registros fotográficos e
levantamentos de dados para preenchimento de ficha de inspeção. Além disso, realizou-se
orçamentos de EPI em três lojas da região para análise de custos. Utilizou-se ainda, o Excel
para elaboração de planilhas a fim de facilitar a análise dos dados obtidos in loco e informações
dispostas nas NR-06 e 28.
37
3.3 RESULTADOS
Tabela 06 – Itens da NR-06 passíveis de multas e penalidades de acordo com a NR-28- 2020
ITENS DA NR-06 PASSÍVEIS DE MULTAS E PENALIDADES
ITEM/SUBITEM CÓDIGO INFRAÇÃO TIPO
6.2 206023-0 4 S
6.3 206024-8 4 S
6.6.1, alínea a 206005-1 3 S
6.6.1, alínea b 206025-6 4 S
6.6.1, alínea c 206026-4 4 S
6.6.1, alínea d 206008-6 3 S
6.6.1, alínea e 206009-4 3 S
6.6.1, alínea f 206027-2 2 S
6.6.1, alínea h 206033-7 2 S
6.8.1, alíneas "a", "b",
"c", "d", "e", "f", "g", 206047-7 4 S
"h", "i", "j", "k" e "l"
6.9.1 206039-6 4 S
6.9.3 206032-9 3 S
Fonte: Adaptado de NR-28, (2020).
A partir dos dados constantes nas Tabelas 05 e Tabela 06, realizou-se uma visita in
loco a fim de averiguar se a NR-06 estava sendo atendida no canteiro de obras desse estudo.
Nas Figuras 02-10 são apresentadas algumas situações encontradas na obra. Salienta-se que os
rostos dos empregados foram desfocados, a fim de preservar a imagem dos mesmos.
riscos. Além disso, este não utiliza proteção para a cabeça, para os olhos, para nariz e boca e
nem para as mãos, mesmo que sua atividade exija devido ao contato com diversos agentes.
Na Figura 10, o funcionário está lixando a parede e preparando para pintura. Sabe-
se que é uma atividade que gera muita poeira e requer proteção. No entanto, o único EPI que o
funcionário utiliza é o calçado adequado, os demais membros estão desprotegidos. A cabeça,
olhos, nariz, boca, ouvidos e mãos estão sujeitos a inúmeros riscos, considerando que não há
45
uso de EPI algum para proteger essas regiões, mesmo a atividade, e principalmente a norma,
exigindo essa proteção.
Após vistoria no local e registros da situação dos empregados, elaborou-se um
modelo de check-list (Apêndice A) a fim de levantar quais situações estavam em desacordo
com os itens e subitens dispostos na NR-06, passíveis de multas e penalidades, simulando
assim, uma ficha de inspeção, conforme demonstrado nas Figuras 11-12.
Após o levantamento, verificou-se que o valor estimado para a aquisição dos EPI é
de R$1.559,96. Conforme citado anteriormente, o custo total investido pela empresa no
empreendimento foi de R$59.831,60. Ou seja, o custo com EPI representa aproximadamente
2,61% do custo total investido no empreendimento.
A seguir, são apresentadas situações de irregularidades encontradas no canteiro de
obras, ou seja, em desacordo com a NR-06, bem como as multas e penalidades financeiras que
poderiam ser impostas por um agente de inspeção do trabalho, previstas na NR-28.
Considerando que a NR-28 estabelece as multas com valores mínimos e máximos, neste estudo
adotou-se os valores mínimos como parâmetro de cálculo, conforme demonstrado na Tabela
07.
3.4 ANÁLISES
3.5 SUGESTÕES
4 CONSIDERAÇÕES GERAIS
Diante disso, verifica-se que é necessário implantar medidas efetivas e que envolvam
não somente o empregador, mas também os empregados. Para isso, é imprescindível
organização e planejamento das empresas, de modo que sejam identificados previamente os
riscos aos quais os colaboradores estão expostos em cada ambiente, de acordo com suas
atividades, a fim de implantar medidas de segurança para prevenir tais riscos. Além disso, os
empregados devem ser capacitados acerca dessas medidas, para então poder ser cobrados ou
penalizados pelo responsável quanto ao cumprimento das obrigatoriedades no canteiro de obras.
Dessa forma, caso seja identificado irregularidade quanto ao disposto na NR-06, por exemplo,
além das multas com valores consideráveis que podem ser impostas aos empregadores, estes
ainda estão sujeitos a sofrerem outros prejuízos além dos financeiros, como processos civis,
trabalhistas e até mesmo criminais. Daí a importância de possuir sempre registros e controles
do fornecimento dos EPI, para que, nessas situações os documentos sirvam de provas e o
empregador esteja resguardado. Portanto, entende-se que a adequação e atendimento às Normas
Regulamentadoras proporcionam garantia para a saúde e integridade física dos empregados,
além de melhor desempenho produtivo da empresa e evita grandes impactos financeiros ao
empregador.
Por fim, é concebível dizer que os objetivos propostos neste trabalho de investigar os
impactos econômicos decorrentes do descumprimento da NR-06, por parte do empregador e do
empregado, de acordo com as penalidades estabelecidas na NR-28 foram alcançados.
Para futuros trabalhos, sugere-se a análise das medidas tomadas pelo empregador e
penalidades aplicadas ao empregado quando este descumprir as normativas internas de uma
empresa da construção civil quanto à exigência do uso de EPI, de forma a ampliar a discussão
sobre o tema.
56
REFERÊNCIAS
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normas de segurança do trabalho. 2022. Disponível em: <
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Paulo: Érica, 2014.
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canteiros de obra: orientação para prevenção dos acidentes e para o cumprimento das
normas de SST. Brasília, DF: CBIC, 2017. 264 p. Disponível em:
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58
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WELTER, Lara Borges. Sistema de gestão saúde do trabalhador, proposta modelo para
aplicação na construção civil. 2014. 63 f. Monografia (Pós Graduação em Engenharia de
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Sul – Departamento de Ciências Exatas e Engenharias, Ijuí, 2014.
YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2 ed. Porto Alegre: Bookman,
2001.
61
APÊNDICES
62
FAIXA
ELEMENTOS N° FAIXA
ITEM SIM NÃO N.A TIPO GRAU MULTA UFIR MULTA (R$)
INSPECIONADOS EMP. EMP.
(BTN)
Os EPI possuem CA R$ 2.396,35
2252-
6.2 expedido pelo órgão X S 9 4 1-10 R$1,0641 –
2792
competente? R$ 2.970,97
A empresa fornece
R$ 2.396,35
gratuitamente aos 2252-
6.3 X S 9 4 1-10 R$1,0641 –
empregados os EPI 2792
R$ 2.970,97
adequados ao risco?
São fornecidos em perfeito R$ 2.396,35
2252-
6.3 estado de conservação e X S 9 4 1-10 R$1,0641 –
2792
funcionamento? R$ 2.970,97
Os EPI são fornecidos após
R$ 2.396,35
análise onde as medidas de 2252-
6.3 X S 9 4 1-10 R$1,0641 –
proteção coletiva foram 2792
R$ 2.970,97
tecnicamente inviáveis?
Os EPI são fornecidos
quando as proteções
coletivas não oferecerem R$ 2.396,35
2252-
6.3 completa proteção contra os X S 9 4 1-10 R$1,0641 –
2792
riscos de acidentes do R$ 2.970,97
trabalho ou doenças
profissionais?
Os EPI são fornecidos R$ 2.396,35
2252-
6.3 quando ocorrem situações de X S 9 4 1-10 R$1,0641 –
2792
emergência? R$ 2.970,97
Existe na obra EPI que visem
6.4 X - - - - - - -
a proteção da cabeça?
Existe na obra EPI que visem
6.4 a proteção dos membros X - - - - - - -
superiores?
Existe na obra EPI que visem
6.4 a proteção dos membros X - - - - - - -
inferiores?
Existe na obra EPI contra
6.4 quedas com diferença de X - - - - - - -
nível?
Existe na obra EPI que visem
6.4 X - - - - - - -
a proteção auditiva?
Existe na obra EPI que visem
a proteção respiratória para
exposições a agentes
ambientais em concentrações
6.4 X - - - - - - -
prejudiciais à saúde do
trabalhador de acordo com os
limites estabelecidos na NR-
15?
63
Legenda: (ITEM) da NR, (NA) Não se aplica, (TIPO) Segurança ou Medicina, (N° EMP.) Número de
empregados, (GRAU) Grau de Infração, (FAIXA EMP.) Faixa de empregados.
64
Observações:
- A empresa fornece todos os EPI necessários, porém os funcionários não querem utilizar;
- A empresa não constitui Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT, logo, cabe ao
empregador selecionar o EPI adequado ao risco.
- Não há responsável por fiscalização/cobrança do uso de EPI;
- Não há treinamento e orientações aos funcionários sobre uso, guarda e conservação dos EPI;
- Há EPI desgastados ou com algum defeito de uso;
- Não há controle de higienização e manutenção dos EPI;
- A evidência de fornecimento e controle dos EPI são as notas fiscais das compras, porém, não há um controle manual ou eletrônico
sobre qual EPI foi fornecido a cada empregado, bem como datas, tamanhos e quantidades;
- Os EPI necessários são todos fornecidos, no entanto, observou-se vários EPI espalhados pela obra, visto que não há um controle ou
vistoria do responsável sobre a obrigação de uso destes.
- Foram encontrados vários EPI novos, fornecidos pela empresa, espalhados pela obra; e
- A evidência de fornecimento e controle dos EPI são as notas fiscais das compras.
________________________________
Assinatura responsável pela inspeção
________________________________
Assinatura responsável pela empresa
65
APÊNDICE B – Pesquisa de mercado dos custos unitários dos EPI
66
ANEXOS
67