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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E ENGENHARIA

LICENCIATURA EM ENGENHARIA INFORMÁTICA

Realizado pelo: Grupo Nº 1

TÍTULO:

HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO NA CONSTRUÇÃO

Estudo de Caso: Obra em Construção no ISPAJ

Orientador: MSc. Eng. Manuel D,íaz González

Código:

Luanda/2019
Instituto Superior Politécnico Alvorecer da Juventude

Departamento de Engenharia e das Ciências Exatas

Trabalho de fim de Curso de Licenciatura em Engenharia Civil

TÍTULO:

HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO NA CONSTRUÇÃO

Estudo de Caso: Obra em Construção no ISPAJ

Trabalho submetido á coordenação do Curso de


Licenciatura em Engenharia Civil do Instituto Superior
Politécnico Alvorecer da Juventude (ISPAJ) que tem
como requisito parcial a apresentação do Trabalho de
Conclusão do curso Curso de Licenciatura em
Engenharia Civil
AGRADECIMENTO

À Deus em primeiro lugar, pela vida e oportunidades que sempre colocou em


meu caminho, o meu pai e a mina mãe, pelo acolhimento e
ensinamentos, desde os primeiros passos de minha vida, minha esposa pelo amor e
compreensão, aos meus amigos que me auxiliaram na elaboração deste trabalho e
a toda a família pelo apoio.

Aos professores, em especial ao professor MSc. Eng. Manuel D,íaz González que
aceitou ser o orientador deste trabalho, auxiliando e direcionando para o andamento
deste projeto, sempre demonstrando segurança e objetividade .

i
DEDICATORIA

Em primeiro lugar dedico esse trabalho aos meus pais que sempre tiveram a osadía
de estar comigo passo a passo para que esse trabalho esteje pronto, dedico
também aos meus familiares e amigos que indirecta e diretamente estiveram cá me
dando força para que esse trabalho chegasse ate onde chegou.

ii
RESUMO

A importância da Higiene e Segurança no trabalho na construção civil: um estudo de


caso ISPAJ na cidade de LUANDA. Trabalho de Conclusão de Curso
(Especialização em Engenharia de Higiene e Sgurança no trabalho na Construção)
– Licenciatura em Engenharia, Instituto Superior Alvorecer Da juventude.

Sabe-se que a construção civil é responsável por muitos acidentes no trabalho,


devido à exposição dos funcionários a diversos fatores de risco. Desta forma,
percebe-se a importância da implantação de medidas preventivas. Neste trabalho
será apresentada a importância do profissional de segurança do trabalho nos
canteiros de obras, um breve histórico sobre o assunto, normas e regulamentos que
a envolvem.

Serão expostos os riscos presentes na obra em estudo, comparando o antes e


depois da implantação de medidas de segurança, sendo o objetivo do trabalho,
verificar as condições do canteiro de obra de construção civil sob a ótica da
segurança e prevenção de acidentes de trabalho. Evidencia-se a importância do
profissional de segurança do trabalho no ambiente da construção civil, para
proporcionar resultados positivos tanto a empresa quanto ao trabalhador,
constituindo-se em um verdadeiro investimento.

Palavras-chave: Higiene e Segurança no trabalho na construção, Construção civil.

iii
ABSTRACT

The importance of Hygiene and Safety at work in civil construction: an ISPAJ case
study in the city of LUANDA. Course Completion Work (Specialization in Hygiene
and Safety Engineering at work in Construction) - Degree in Engineering, Instituto
Superior Alvorecer Da Juventude.
It is known that civil construction is responsible for many accidents at work, due to
employee exposure to various risk factors. Thus, the importance of implementing
preventive measures is perceived. In this job the importance of the occupational
safety professional in the construction sites, a brief history on the subject, rules and
regulations that involve it.

The risks present in the work under study will be exposed, comparing the before
and after the implementation of security measures, the objective being check the
conditions of the construction site under the optics safety and accident prevention at
work. It highlights the importance of occupational safety professional in the civil
construction environment, to provide positive results for both the company and the
worker, constituting a true investment.

Keywords: Hygiene and Safety at work in construction, Civil construction.

iv
INDICE DE FIGURAS

v
ÍNDICE DE GRAFICOS

vi
ÍNDICE DE TABELAS

vii
ABREVIATURAS E SIGLAS

viii
ÍNDICE GERAL

Índice
DEDICATORIA 1
AGRADECIMENTO 2
RESUMO 3
ABSTRACT 4
ÍNDICE DE TABELA 5
ÍNDICE DE FIGURA 6
INDICE DE GRAFICOS 1
ABREVIATURAS E SIGLAS 2
ÍNDICE GERAL 3
INTRODUÇAO 4
PROBLEMATIZAÇÃO DA PESQUISA 5
HIPÓTESES DA PESQUISA 6
OBJECTIVOS 1
Objectivo Geral 2
Objectivos Específicos 3
ESTRUTURA DOTRABALHO…………………………………………………………………………………………………………….4
Metodologia 5
JUSTIFICATIVAS 4
CAPITULO I: FUNDAMENTAÇAO TEORICA 1
1.1. Conceito e definições 6
1.2. Segurança Do trabalho 1
1.3 Higiene No Trabalho 2
1.4 Estaleiro 3
Escrever título do capítulo (nível 1) 4
Escrever título do capítulo (nível 2) 5
Escrever título do capítulo (nível 3) 6
ix
Escrever título do capítulo (nível 1) 1
Escrever título do capítulo (nível 2) 2
Escrever título do capítulo (nível 3) 3
Escrever título do capítulo (nível 1) 4
Escrever título do capítulo (nível 2) 5
Escrever título do capítulo (nível 3) 6
Escrever título do capítulo (nível 2) 2
Escrever título do capítulo (nível 3) 3
Escrever título do capítulo (nível 1) 4
Escrever título do capítulo (nível 2) 5
LOCAL DA PESQUISA 1
TIPO DE PESQUISA 2
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS 3
POPULAÇÃO E AMOSTRA 4
ANALISE DOS DADOS 5
CRONOGRAMA DO DEZEMVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES 6
Escrever título do capítulo (nível 3) 6
Escrever título do capítulo (nível 1) 1
Escrever título do capítulo (nível 2) 2
Escrever título do capítulo (nível 3) 3
Escrever título do capítulo (nível 1) 4
Escrever título do capítulo (nível 2) 5
Escrever título do capítulo (nível 3) 6
Escrever título do capítulo (nível 1) 1
Escrever título do capítulo (nível 2) 2
Escrever título do capítulo (nível 3) 3
Escrever título do capítulo (nível 1) 4
Escrever título do capítulo (nível 2) 5
Escrever título do capítulo (nível 3) 6
Escrever título do capítulo (nível 1) 1
Escrever título do capítulo (nível 2) 2
Escrever título do capítulo (nível 3) 3

x
INTRODUÇÃO

Higiene e segurança do trabalho é um conjunto de normas e procedimentos


que visa proteger a integridade física e mental do trabalhador, preservando-o dos
riscos de saúde integrantes ás tarefas dos cargos e aos ambientes físicos. Onde
são executadas.

A necessidade de garantir a segurança dos trabalhadores tornou-se cada vez


mais importante, para tal existem regras e normas que visam regulamentar as
actividades no ambiente de trabalho, sendo ainda o seu comprimento de caracter
obrigatório.

Ela está diretamente relacionada ao diagnóstico e prevenção de doenças


ocupacionais e para isso, observa e analisa o comportamento humano em suas
atuações no ambiente de trabalho.

Normas essas alinhadas para a higienização do ambiente de trabalho


elevando os níveis de higiene local evitando doenças, e também em garantir a
execução das actividades de maneira segura e aumentando o nível de
produtividade.

O cumprimento das regras de higiene e segurança são de grande valora


tanto para o trabalhador como para o empregador e os utentes das instalações de
trabalho. Uma atitude contrária ao que a norma regulamenta, resulta em danos
morais e físicos.

É necessário salvaguardar a integridade física. Pois, o aumento de


produtividade tem como um dos factores o estado físico do trabalhador. A
motivação para o trabalho é um dos fatores mais importantes a ser pontuado, pois
impulsiona o trabalhador a executar as actividade com maior incentivo.

Estas normas visam a antecipação, avaliação e o controle de acidentes de


trabalho e riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de
trabalho. Além de diminuir os custos, a Gestão de Saúde, Higiene e Segurança no
Trabalho, torna a empresa mais competitiva, auxiliando na sensibilização de todos

1
para o desenvolvimento de uma consciência colectiva de respeito à integridade
física dos trabalhadores e melhoria contínua dos ambientes de trabalho.

Neste contexto se desenvolve o estudo da higiene e segurança aplicado ao


trabalho executado pelos funcionários das organizações, os quais objetivam
primordialmente os objetivos organizacionais além de visualizarem os objetivos dos
funcionários.

As organizações têm primado pela melhoria de seus produtos e serviços e,


para isto, necessitam da colaboração de seus funcionários, os quais precisam
sentirse motivados e com condições seguras e agradáveis de trabalho para que
possam contribuir para o bom desenvolvimento, rendimento e satisfação dos
clientes.

2
PROBLEMATIZAÇÃO DA PESQUISA

As actividades de higiene e segurança no trabalho na obra do ISPAJ


cumprem com as leis e regulamento previsto em Angola?

Que medidas salientar para o melhoramento da higiene e segurança no


trabalho na obra do Instituto Superior Politécnico Alvorecer da Juventude?

HIPÓTESES DA PESQUISA

1. As actividades da higiene e segurança no trabalho na obra em


construção no Instituto Superior Politécnico Alvorecer da Juventude não
cumprem com a legislação vigente.
2. Na obra em construção do ISPAJ não existe um plano para o
asseguramento da Higiene e Segurança no Trabalho nem tem
seguimento as normas e procedimentos existentes nas leis Angolanas.

3
OBJECTIVOS

OBJETIVO GERAL

Realizar um levantamento sobre a higiene e segurança no trabalho na obra


do Instituto Superior Politécnico Alvorecer da Juventude e a sua compatibilidade
com a legislação de higiene e segurança no trabalho sobre o tema em Angola.

OBJETIVO ESPECÍFICO

1. Fazer o levantamento sobre o comportamento da higiene e segurança no


trabalho na obra do ISPAJ.
2. Verificar a compatibilidade das actividades de higiene e segurança no
trabalho na obra do ISPAJ com a lei trabalhista de Angola.
3. Propor um plano de medida para a melhoria das actividades de higiene e
segurança no trabalho na obra do ISPAJ.

4
JUSTIFICATIVA
Atualmente, segurança no trabalho é um tema trabalhado e disseminado em
todo o mundo, ultrapassando fronteiras, mesmo que ainda em estágios diferentes
em cada continente.

Independentemente do porte da organização, este assunto é destaque na


rotina de qualquer empresa visto que a responsabilidade social e a preocupação
com o bem-estar dos funcionários e de seus familiares são assuntos muito
discutidos atualmente a higiene e segurança no trabalho.

Diante dessa situação, torna-se necessário priorizar ações e adotar políticas


mais contundentes para a prevenção dos fatores de riscos incidentes nos locais de
trabalho.
O código de trabalho diz que o empregador é responsável pela segurança e
proteção da saúde na empresa assim como os empregados devem colaborar
respeitando a regulamentação e instruções de segurança, adotando procedimentos
de trabalho seguros e comunicando quaisquer situações de trabalho perigosas para
a segurança e para a saúde.

5
ESTRUTURA DO TRABALHO

Capa

Folha de rosto

Agradecimento

Dedicatória

Resumo

Abstract

Índice De Figuras

Índice de gráficos

Índice de Tabela

Abreviaturas e siglas

Índice Geral

Introdução
Desenvolvimiento
Conclusão
Referencia
Glossário
Apéndice A
Anexo A

6
CAPITULO I: FUNDAMENTAÇAO TEORICA

1.1. Conceitos e Definições

Conceito de higiene e segurança no trabalho

A higiene do trabalho compreende normas e procedimentos adequados para


proteger a integridade física e mental do trabalhador, preservando-o dos riscos de
saúde inerente às tarefas do cargo e ao ambiente físico onde são executadas.

A higiene do trabalho está ligada ao diagnóstico e à prevenção das doenças


ocupacionais, a partir do estudo e do controle do homem e seu ambiente de
trabalho. Ela tem caráter preventivo por promover a saúde e o conforto do
funcionário, evitando que ele adoeça e se ausente do trabalho.

Envolve, também, estudo e controle das condições de trabalho. Já a


segurança do trabalhador durante o desenvolvimento de suas atividades necessita,
principalmente, de medidas por parte das empresas, que visem o treinamento e a
conscientização dos mesmos.

É preciso mudar os hábitos e as condições de trabalho para que a higiene e a


segurança no ambiente de trabalho se tornem satisfatórios. Nessas mudanças se
faz necessário resgatar o valor humano.

Pois, a partir do momento que a organização está preocupada com a higiene e


a segurança do trabalhador, ele está sendo valorizado. E quando os colaboradores
percebem o fato de serem valorizados, reconhecidos, isso os torna mais motivados
para o trabalho.

1.2 Segurança no trabalho


Segurança no trabalho é o conjunto de medidas tomadas com o objetivo de
prevenir acidentes. Suas principais estratégias de atuação são a eliminação das
condições inseguras do ambiente e o convencimento dos trabalhadores para que
adotem práticas preventivas.
A segurança no trabalho constitui um dos fatores decisivos para o aumento
da produtividade. Isso ocorre tanto pela redução dos afastamentos devidos a
7
acidentes quanto aos prejuízos para o ambiente, o clima psicológico que a falta de
condições de segurança adequadas gera. O primeiro passo para o combate aos
acidentes de trabalho é, naturalmente, a identificação dos fatores que proporcionam
a sua ocorrência. Tais fatores podem estar mais diretamente relacionados aos
trabalhadores ou ao ambiente de trabalho.
As principais causas de acidentes são as seguintes: Características pessoais
inadequadas, apresentando problemas relacionados à personalidade, inteligência,
motivação, aptidões sensoriais e motoras ou experiência.
Comportamentos disfuncionais, como desatenção, esquecimento, negligência
e imprudência. Características de degradadas do ambiente de trabalho, como a
presença de agentes potencialmente causadores de acidentes, equipamentos mal
projetados ou em precário estado de conservação ou layout (arranjo físico) mal
definido.
Todas as causas anteriormente citadas podem ser controladas pela direção
da organização. Logicamente, os esforços nesse sentido não poderão garantir o
alcance de um índice zero de acidentes, pois existirá sempre a possibilidades de
ocorrerem falhas humanas, defeitos nos equipamentos ou outras contingências
desfavoráveis.
Porém, a falta de cuidados direcionados ao controle das causas básicas de
acidentes, irá elevá-los sensivelmente.

1.3 Higiene no trabalho

Higiene no trabalho A higiene no trabalho pode ser entendida como o


conjunto de normas e procedimentos voltados para a proteção da integridade física
e mental do trabalhador, procurando resguardá-lo dos riscos de saúde relacionados
com o exercício de suas funções e com o ambiente físico onde o trabalho é
executado.

Para (Souza et al., 2012). Os esforços nesta área buscam o reconhecimento,


a avaliação e o controle dos riscos à saúde dos empregados, visando a prevenção
das doenças ocupacionais, ou seja, aquelas relacionadas à profissão.

Seus principais objetivos são: Eliminar ou minimizar os fatores que propiciam


o surgimento das doenças profissionais. Reduzir os efeitos prejudiciais provocados

8
pelo trabalho. Prevenir o agravamento de doenças, lesões ou deficiências
apresentadas pelos empregados. Favorecer a execução da Produtividade.

O escopo, ou área de abrangência, da higiene no trabalho envolve três


funções básicas: Medicina Preventiva - Visa estabelecer a prevenção e o controle
das principais doenças que costumam se manifestar na população, evitando que os
empregados da organização sejam por elas atingidos. Os exames médicos
periódicos são um exemplo deste tipo de ação. Prevenção sanitária - Está voltada
para a preservação de condições adequadas de higiene no ambiente de trabalho,
como combatendo os possíveis focos de contaminação.

São exemplos de ações neste sentido o tratamento da água, e a manutenção


do asseio nas instalações sanitárias. Medicina ocupacional - Visa à adaptação do
empregado à sua função, ao enquadramento do trabalhador em cargo adequado às
suas aptidões fisiológicas e a proteção contra riscos resultantes da presença de
agentes prejudiciais à saúde. Como exemplo de procedimentos relacionados à essa
função, podemos citar a realização de exames médicos admissionais e periódicos e
o desenvolvimento de programas de reabilitação e readaptação funcional.

1.4 Estaleiro

É considerado o lugar onde se constroem ou reparam os materiais, ainda, o


lugar é o conjunto de meios utilizados na execução de uma obra de construção.

"Em sentido lato, estaleiro pode definir-se como o conjunto de meios


(humanos, materiais e técnicos) necessários à execução de uma obra"; de forma
mais restrita, "estaleiro (também designado por estaleiro temporário ou móvel) é o
espaço físico onde são implantadas as infraestruturas provisórias, as instalações
fixas de apoio à execução de uma obra, e onde operam os equipamentos, meios
humanos e técnicos necessários à concretização dos trabalhos a ela associados".

9
2. Importância da higiene e segurança em estaleiro de obra

A segurança, higiene e saúde no trabalho devem ser parte integrante de


qualquer obra.

Essa preocupação e cuidados não se limitam ao tempo em que decorrem os


trabalhos, devem ser também manifestadas antes e depois destes. Antes que as
obras comecem no estaleiro é necessário:

• Adotar uma política de aquisição de máquinas e de equipamentos de


trabalho. Um exemplo de uma boa prática é a compra de ferramentas
com um baixo nível de ruído e de vibração;

• Definir as prescrições de segurança e saúde nos cadernos de


encargos, sendo que é obrigatório, pelo menos, seguir a legislação
nacional;

• Organizar o processo de trabalho com vista a minimizar o número de


trabalhadores que possam vir a ser afectados. Por exemplo,
programar os trabalhos com níveis de ruído elevado de forma a que a
exposição envolva o menor número de trabalhadores possível;

• Começar as actividades de controlo antes de chegar ao estaleiro.


Estamos a falar de acções como planeamento, formação,
familiarização com o estaleiro ou manutenção, entre outras;

• Definir os procedimentos para a consulta e participação efectivas dos


trabalhadores nas questões de segurança, higiene e saúde no
trabalho;

• Garantir que todas as pessoas, incluindo os responsáveis da obra,


têm preparação e capacidade para realizar o seu trabalho sem risco
para a sua própria segurança ou saúde ou dos outros trabalhadores.

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1.5 Sinalização

Sinalização De acordo com a (FTC - EAD - Faculdade de Tecnologia e


Ciências - Educação a Distância), A sinalização é um conjunto de símbolos e
chamadas de atenção que condicionam a actuação do indivíduo perante os riscos
que podem ocorrer.

A sinalização é, de facto, uma medida de prevenção do risco e do acidente


profissional. Os acessos das vias de comunicação ao estaleiro e às frentes de
trabalho devem estar bem sinalizados e balizados, garantindo, sob qualquer tipo de
condições climatéricas, a facilidade e a segurança da circulação. O estaleiro de
obras deve ser sinalizado com objectivo de:

• Identificar os locais de apoio que compõem o estaleiro de rãs;


• Identificar as saídas por meio de dizeres ou setas;
• Manter a comunicação através de avisos, cartazes ou similares;
• Advertir contra o perigo de contacto ou accionamento acidental com partes
das máquinas e equipamentos;
• Advertir quanto ao risco de queda;
• Alertar quanto à obrigatoriedade do uso do EPI, específico para a
actividade executada, com a devida sinalização e advertência próximas ao
posto de trabalho;
• Identificar acessos, circulação de veículos e equipamentos de obras;
• Advertir contra risco de passagem de trabalhadores onde o pé-direito for
inferior a 1,80 m (um metro e oitenta centímetros);
• Identificar locais com substâncias tóxicas, explosivas e radioactivas.

Existem vários tipos de sinalização utilizada em higiene e segurança:

• Sinalização de segurança e saúde;


• Sinalização de proibição; (vermelho)
• Sinalização de aviso; (amarelo)
• Sinalização de obrigação; (azul)
• Sinalização de salvamento ou de emergência; (verde)
• Sinalização de indicação.

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3. Importância de se conhecer as normas regulamentadora
Conhecer as Normas Regulamentadoras é tão importante para a empresa
quanto para o trabalhador. A grande melhoria da segurança, saúde e organização
do trabalho contribui para a preservação da saúde do trabalhador, além de
aumentar a produtividade, este devido à redução das interrupções no processo e do
número de acidentes e doenças ocupacionais.

As mudanças no mundo do trabalho advindas das inovações tecnológicas e


organizacionais têm incrementado significativamente a produção nas empresas,
eliminando assim tarefas pesadas.

Essa relação estabelecida entre o homem e a tecnologia originou novos riscos


para a saúde dos trabalhadores, tanto nos aspectos, físico, mental ou social. Tal
processo passou a exigir dos trabalhadores uma maior qualificação e uma crescente
intervenção desses nos processos produtivos, o que consequentemente tornou-os
mais susceptíveis a acidentes de trabalho.

Tanto as empresas, como o Estado têm que tomar posição perante tal fato. A
pesar de tantas transformações serem tão evidentes, ainda fica difícil de serem
captadas e apreendidas pelos profissionais.

Actualmente, ainda deparamos com empresas desinformadas,


desinteressadas ou até mesmo com dificuldades de solucionar assuntos correlatos
a acidentes de trabalho e nem sequer têm presente as normas regulamentadoras
nos estaleiros de obras.

Quanto à importância do cumprimento das Normas Regulamentadoras, os


programas de higiene e segurança do trabalho estão sendo extremamente focados,
tanto pelo aspecto psicológico sobre as pessoas, quanto pelo aspecto financeiro.
A segurança, higiene e saúde no trabalho é uma relação de custo/benefício,
onde além de reduzir os custos aumentam os benefícios como maior e melhor
produtividade, menor rotatividade e afastamentos, porém, isso só será possível se
todos trabalharem juntos e se a empresa disponibilizar reuniões e treinamento
intensivos, e sobretudo, obrigatoriedade no cumprimento das normas, conforme
relata (Chiavenato, 1999 apud Cavalheiro Maria et all).

12
CAPÍTULO I: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.1. Conceitos e Definições

13
………………………………….

1.2. Histórico da construção civil


A construção civil é um dos ramos mais antigos do mundo, trazendo consigo
inúmeros riscos de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. Desta forma, tem
ganhado uma importância especial pela legislação, para a segurança do trabalhador
desta área.

Em 1556, Georg Bauer estuda as doenças e acidentes de trabalho


relacionados à mineração e fundição de ouro e prata. Em 1567, Aureolus Theo
apresentou a primeira monografia relacionando trabalho com doença. Em 1700, na
Itália, o médico Bernardino Ramazzini, descreve com bastante profundidade as
doenças relacionadas à cerca de cinquenta profissões, tais como: mineiros,
químicos, oleiros, ferreiros, cloaqueiros, salineiros, joalheiros, pedreiros, entre
14 outros.
Em 1833, na Inglaterra, instituiu a Lei das Fábricas, que foi a primeira lei
realmente eficiente no campo da segurança e saúde no trabalho (OLIVEIRA, 2012).
A Lei 3724 de 15/01/19 se firmou como a primeira lei sobre indenização por
acidentes de trabalho, sendo regulamentada pelo Decreto número 13.498, de
12/03/19.
Esta lei limitava-se ao setor ferroviário e reconhecia somente os elementos
que caracterizavam diretamente o acidente de trabalho.

Em 1932, foram criadas as Inspetorias do Ministério do Trabalho, Indústria e


Comércio, transformadas no ano de 1940, em Delegacias Regionais do Trabalho.
O Decreto número 24.367, de 10/07/1934, que substituiu a lei 3724 de 1919,
instituiu o depósito obrigatório para garantia da indenização, simplificou o processo
e aumentou o valor da indenização em caso de morte do acidentado, entendendo a
doença profissional também como acidente de trabalho indenizável, em
complementação à legislação anterior (OLIVEIRA, 2012).

14
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) foi criada pelo Decreto número
5.452, de 01/05/1943, e reuniu a legislação relacionada com a organização sindical,
previdência social, justiça e segurança do trabalho. A CLT, no seu Capítulo V – Da
Segurança e da Medicina do Trabalho, dispõe sobre diversos temas, tais como a
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), máquinas e equipamentos,
caldeiras, insalubridade, medicina do trabalho, higiene industrial, entre outros.

Esta legislação foi alterada em 1977 e serviu como base para as atuais
Normas Regulamentadoras. O Decreto 7036, de 10/11/1944 definiu como acidente
de trabalho não só o acidente típico, mas também a causa, entendendo que todo
evento que tivesse alguma relação de causa e efeito, ainda que não fosse o único
responsável pela morte, perda ou redução da capacidade de trabalho, configuraria
acidente de trabalho.

Abrangeu, ainda, a prevenção de acidentes e a asistencia, indenização e


reabilitação do acidentado (OLIVEIRA, 2012).
Na década de 90, várias Normas Regulamentadoras foram revisadas, atendendo
nova filosofía de necessidade de gestão da segurança e saúde ocupacional,
principalmente a:
 NR 7 – PCMSO – Programa de Controle Médico e Saúde
Ocupacional;
 NR 9 – PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais;
 NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção.

A NR-18 foi modificada e ampliada em 1983 e com a revisão de 1995, onde


tornou obrigatória a elaboração do “Programa de Condições e Meio Ambiente de
15 Trabalho na Indústria da Construção” – PCMAT pelas empresas.
A implantação do programa possibilita o efetivo gerenciamento do ambiente
de trabalho e do processo produtivo, incluindo a orientação aos trabalhadores a fim
de prevenir acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. (NASCIMENTO, et al.,
2009, p. 08,).
A nova atualização da NR-18, portaria MTE nº 644, de 9 de maio de 2013,
15
alterou os itens 18.6, 18.14 e 18.17, destacando, especialmente, a regulamentação
sobre escavações e o uso de elevadores a cabo de aço.
Em 19 de maio de 2006, o Brasil ratificou a Convenção 167 da Organização
Internacional do Trabalho sobre segurança e saúde na indústria da construção, que
estabelece disposições mínimas relacionadas ao trabalho, bem como outras normas
e boas práticas visando aprimorar as condições de trabalho. (NASCIMENTO, et al.,
2009, p. 08).

2. Aspectos de organização e segurança do trabalho no


ambiente da construção civil

Durante o processo de construção ocorre contínua modificação de ambiente,


de atividades e de trabalhadores e, devido à reestruturação do processo construtivo,
os serviços de cada etapa da obra são executados por diferentes empreiteiras, o
que pode acarretar duplicidade de comando e de responsabilidade pelas condições
de trabalho. (NASCIMENTO, 2009).

O autor comenta que as atividades da indústria da construção civil são


consideradas perigosas e expõem os trabalhadores a variados riscos, conforme o
tipo da construção, da etapa da obra e da forma de conduzir os programas e ações
de segurança e saúde no trabalho. O trabalhador é exposto aos riscos do ambiente,
das intempéries, de suas tarefas e das atividades de outros trabalhadores.

Relata que a instalação do canteiro de obras, é sempre por tempo


determinado, sendo cada obra uma diferente da outra e o produto nunca é feito em
série, há uma grande diversidade de serviços executados ao mesmo tempo, no
mesmo local de trabalho, agrupando trabalhadores das mais diversas funções, e a
subcontratação de micros e pequenas empresas.

Desta forma, observa-se a necessidade de interação entre os trabalhadores


no processo produtivo de uma obra, com toda as fases de construção e de
execução, para que se possa atender além das necessidades dos proprietários,
16
com prazos e qualidade, as medidas de prevenção de acidentes, como observado
também pelo autor, Durante o processo construtivo se destacam claramente várias
etapas de maior ou menor importância, causando uma série de riscos que poderão
gerar acidentes.
Cada uma delas apresenta particularidades e riscos
exigindo determinados cuidados e equipamentos de proteção apropriados
para prevenção de acidentes no trabalho. (NASCIMENTO, et. al., 2009, p.
24).

O autor destaca ainda que a atuação preventiva enfatiza os Equipamentos de


Proteção Individual – EPI’s. Sendo essenciais para complementar as medidas
organizacionais, de engenharia e de proteção coletiva, e não uma alternativa para
substituir estas medidas. Complementa ainda que na indústria da construção,
costuma-se dar pouca importância a acidentes e exposições menos graves,
priorizando a prevenção de quedas de altura, soterramento e eletrocussão.

Acidentes e doenças ocorrem devido à interação de fatores previsíveis cujo


controle, nas situações consideradas menos graves, em muito contribuiria para a
prevenção das ocorrências de maior gravidade.

Nesta linha de pensamento, pode-se citar o exemplo da Pirâmide de Frank


Bird, criada em 1969, onde classifica os diversos tipos de acidentes ocupacionais
por nível de severidade, partindo de menor para a maior, concluindo que os
mesmos tinham uma relação quase que piramidal.

Desta forma, observa-se a importância da prevenção de acidentes, através


de estudos e programas de reconhecimento destes, juntamente com a elaboração
de medidas que antecipem sua ocorrência, entre estas medidas, destacam-se o uso
de EPI’s, conforme citado pelos autores.

17
Sampaio (1998 apud Júnior, 2002) 9, cita uma lista básica de EPIs que
devem
ser utilizados nas obras, implantando, assim, o sistema de proteção contra
acidentes no trabalho:

 Proteção à Cabeça
a) Proteção craniana:
- Capacete de segurança ½ aba
- Suspensão para capacete

b) Proteção aos olhos e à face:


- Óculos de segurança contra impactos
- Óculos de segurança panorâmico (ampla visão)
- Óculos para serviços de soldagem
- Lentes redondas filtrantes
- Máscara para soldador
- Escudo para soldador
- Lentes retangulares filtrantes

c) Proteção à face:
- Protetor facial
- Protetor facial acoplado ao capacete

d) Proteção respiratória:
- Máscara panorâmica
- Máscara semifacial – respirador
- Máscara descartável contra poeiras incômodas
- Filtro para proteção contra poeiras químicas finíssimas
18
- Filtro para proteção respiratória contra gases, ácidos nitrosos e halogênicos
- Filtro para proteção respiratória contra vapores orgânicos, solventes e inseticidas
- Máscara descartável para proteção respiratória contra poeiras inertes
- Filtro para proteção respiratória contra poeiras inertes

e) Proteção aos ouvidos:


- Protetor auricular tipo concha (abafador de ruído).

 Proteção ao tronco
a) Proteção geral:
- Avental de raspa
- Avental de PVC.

 Proteção aos membros superiores

a) Proteção aos braços e antebraços:


- Mangote de raspa;

b) Proteção às mãos:
- Luva de raspa com punho de 8 cm;
- Luva de lona com punho de malha de 5 cm;
- Luva vinílica com punho de malha;

c) Proteção às mãos e antebraços:


- Luva de amianto;
- Luva de raspa com punho de 7,15 e 20 cm;
- Luva de PVC com forro e punho de 35 e 60 cm;26
- Luva de PVC sem forro e punho de 45 cm;
- Luva de PVC de 1,5mm, sem forro, com punho de 7 cm;
- Luva de borracha para eletricista;
- Luva protetora de borracha para eletricista;

 Proteção aos membros inferiores


19
a) Proteção às pernas:
- Perneira de raspa;

b) Proteção aos pés e pernas:


- Botas impermeáveis de PVC (cano médio) sem palmilha de aço;
- Botas impermeáveis de PVC sem palmilha de aço, cano até as virilhas;

c) Proteção aos pés:


- Calçado de segurança sem biqueira e sem palmilha de aço;
 Proteção contra intempéries/umidade

a) Proteção geral:
- Capa impermeável de chuva;

b) Proteção contra quedas:


- Cinturão de segurança tipo eletricista;
- Cinturão de segurança tipo paraquedista;
- Trava-quedas;

 Proteção especial
a) Proteção geral:
- Colete refletivo.

As medidas de proteção coletiva “são ações, equipamentos ou elementos


que
servem de barreira entre o perigo e os operários. Numa visão mais ampla, são todas
as medidas de segurança tomadas numa obra para proteger uma ou mais pessoas”
(SAMPAIO, 1998, p. 95, apud Júnior, 2002, p. 35) 10.
O autor comenta que as medidas de proteção coletiva podem ser divididas
em três grupos:

 Proteções coletivas incorporadas aos equipamentos e máquinas (proteções


20
de transmissões de força, partes móveis, interruptores em gruas, entre
outras);
 Proteções coletivas incorporadas à obra (pré-fabricadas realizadas nas áreas
de apoio à obra e as da própria obra);
 Proteções coletivas específicas, opcionais ou para determinados trabalhos
(utilização de sistemas de comunicação – “walk-talk”, fechamento total da
fachada, entre outras).
Além das medidas de proteção coletivas mencionadas, o autor cita sobre
programas, como o PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
e o PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, que são de suma
importância e contribuintes para a implantação de medidas de segurança.

Nascimento et. al. (2009), comenta ainda que para que um Programa de
Segurança seja eficaz é necessário que este se realize como um trabalho de
equipe.

Um componente importante do Programa de Segurança é o Programa de


Treinamento o qual contempla a temática de prevenção de acidentes e doenças do
trabalho, sendo que é importante o treinamento de todo empregado, ao ser admitido
no trabalho e periodicamente, estes treinamentos devem ser específicos de acordo
com a função exercida e etapa da obra na qual vão trabalhar, sendo necessário que
contenham assuntos como:
 Informações sobre as condições e meio-ambiente de trabalho;
 Riscos inerentes à sua função;
 Uso adequado dos EPI’s;
 Informações sobre os EPC’s existentes na obra;
 Integração de segurança para recém-admitidos;
 Diálogo de Segurança;
 Cursos: Prevenção e Combate a Incêndios, Primeiros Socorros, dentre
outros;
Dalcul, (2001, p. 149) explica a importância da educação no processo de
orientação ao trabalhador, "As ações de prevenção devem ser implementadas como

21
um processo de educação dos indivíduos, de forma que eles queiram e possam
buscar seu crescimento profissional, além de apoiar os colegas nesta missão".

1. Preze pela atenção no trabalho

Primeiramente, todo trabalho precisa ser feito com foco. Especialmente


em cargos que envolvam riscos, é fundamental ter atenção nos fatores do
ambiente que podem torná-lo perigoso. No entanto, com cada vez mais
recursos de distração, é importante determinar regras para a proteção do
trabalhador e a prioridade com suas obrigações.

Conversas, celulares e até mesmo fatores como o cansaço podem expor


o trabalhador a acidentes. O ideal é que esse funcionário conheça todos os
fatores que podem envolver riscos à sua integridade. Diante disso, ao exercer
seu trabalho, ele pode estabelecer práticas mais adequadas e manter-se atento
ao ambiente.

2. Evite a exposição imprudente ao risco

Acidentes acontecem frequentemente por plena imprudência do


trabalhador. Se alguma situação próxima a você demonstra perigo iminente,
não se aproxime. Esse pensamento deve ser difundido por toda empresa para
que, assim, se torne uma ideia ampla.

Quando calculado, o risco pode ser entendido, fortalecendo a prevenção


de acidentes. Algumas atividades profissionais pressupõem perigos, mas,
nesses casos, o trabalhador tem recursos de proteção. Elas são exceção e não
devem ser consideradas.

Não acesse locais aos quais você não tem autorização prévia para estar
ali. Evite também ficar próximo de áreas e equipamentos para os quais você

22
não tenha um treinamento qualificado. Ou seja, a imprudência pode ter
consequências graves.

3. Mantenha o local de trabalho limpo e organizado

Muitos acidentes ocorrem por desorganização da área de trabalho. Por


exemplo, uma caixa deixada no caminho, uma ferramenta largada no chão,
algum produto vazando pelo piso e outros desleixos podem custar caro.
Quando esses descuidos se juntam à intensidade das rotinas de trabalho, o
resultado pode ser perigoso para todos.

Quanto a esse ponto, trata-se de cuidados simples, mas que fazem toda
a diferença. O comprometimento por um local organizado é um dever de todos
os trabalhadores que o ocupam. O trabalho em equipe tem como resultado um
ambiente livre de riscos, em que todos possam transitar e atuar sem problemas.

Cabe aos coordenadores, supervisores e gestores reforçarem a


importância do local limpo e devidamente organizado. Assim, todos podem
seguir os parâmetros.

4. Exija o uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)

Toda empresa é obrigada a fornecer, sem custo algum para o


trabalhador, todos e quaisquer EPIs que se façam necessários na atuação.
Assim, os funcionários terão diferentes demandas de proteção para realização
de suas tarefas com segurança. Cada trabalho executado tem parâmetros que
exigem EPIs específicos, por exemplo.

Da mesma forma, uma vez que os EPIs estejam em posse do


colaborador, ele é obrigado a utilizá-los, assim como zelar pela integridade
deles. Por isso, passa a ser responsabilidade de cada trabalhador usá-los
durante a atuação. A empresa tem o dever de fornecer e o direito de cobrar o
uso de cada um deles.

Entre esses equipamentos estão luvas, óculos, protetor de respiração,


protetor auricular, cintos antiquedas, capacetes, botas, entre outros. É
fundamental respeitar as exigências de cada atividade exercida.

23
5. Cuide de você e do seu colega de trabalho

A prevenção é um trabalho em equipe a todo momento. É fundamental


que companheiros de trabalho cobrem e orientem uns aos outros, para evitar
acidentes e situações de risco. Um bom exemplo é com o uso dos EPIs. Um
funcionário deve sempre lembrar e fiscalizar o outro para gerar a cultura certa.

Outra questão importante é evitar a realização de tarefas de forma


isolada, especialmente em áreas de risco. O acompanhamento, seja de outro
companheiro ou de um técnico de segurança do trabalho, é prudente e
importante. A premissa para todos os serviços sempre deve ser um cuidando do
outro.

Para que isso funcione, é importante que a questão seja sempre


abordada como uma forma de parceria entre companheiros de trabalho. Assim,
o ambiente se torna mais seguro e fortalece a cultura de prevenção de
acidentes.

6. Comunique incidentes

Incidentes podem virar facilmente acidentes. Tudo que acontecer fora da


normalidade em suas tarefas deve ser comunicado aos superiores e,
principalmente, ao setor de segurança do trabalho. Normalmente, cada
empresa tem seu próprio procedimento quanto aos registros de incidentes,
então, é fundamental segui-lo.

Cada experiência servirá de alerta a outras pessoas que se encontrarem


na mesma situação. Comunicar essas situações serve para chamar atenção
para ocorrências que podem se repetir com outros trabalhadores. Futuros
problemas podem ser evitados de maneira simples, com a adoção de práticas
de correção e prevenção.

Comunicar os incidentes deve ser um hábito. Quanto mais a empresa fica


sabendo deles, mais poderá trabalhar de forma objetiva na extinção de riscos.
Esse ciclo tende a resultar em um ambiente de trabalho cada vez mais seguro.

7. Informe-se sobre a CIPA

24
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) é um grupo
formado por representantes indicados pela direção, e outros elegidos pelos
funcionários e secretários.

Essa comissão tem a função de manter a segurança no trabalho, criar


regras para a empresa e acompanhar e eficácia e cumprimento delas. Além
disso, a CIPA é quem dá apoio aos funcionários lesionados, acompanha seu
afastamento e retorno ao trabalho e determina ações que possam isolar
possíveis problemas.

A CIPA cuida não só da saúde física dos funcionários, como também da


saúde mental e bem-estar, fazendo campanhas de conscientização, feiras de
saúde, promovendo atividades, gincanas e palestras. Procure a equipe da CIPA
de sua empresa e conheça um pouco mais sobre as ações realizadas no seu
local de trabalho!

8. Use apenas máquinas de trabalho que passaram por revisão

Máquinas adequadas são uma forma de prezar pela prevenção de


acidentes. Entretanto, nem sempre as empresas se preocupam com a rotina de
manutenção adequada. A falta de tempo, o custo e a necessidade de usá-las
em tarefas são fatores que causam esse problema. O colaborador, no entanto,
não deve se arriscar.

Toda máquina precisa de cuidados e de revisão frequente. Se isso não


acontece, ela está suscetível a curtos e ao mau funcionamento que pode gerar
acidentes. Nem sempre o problema se limitará a um trabalho executado de
forma ruim. As consequências podem atingir o funcionário que está fazendo uso
dela.

Ao perceber algum problema, comunique os responsáveis sobre a


necessidade de manutenção. É fundamental ter regularidade nas revisões, já
que essa negligência pode causar acidentes e gerar riscos aos trabalhadores.

9. Abandone ferramentas em más condições

25
As ferramentas também são itens que podem gerar problemas e devem
entrar na rotina de prevenção de acidentes. Elas estão sujeitas ao desgaste
natural do uso e do tempo, o que também pode colocar em risco quem as
manuseia no cotidiano.

É fundamental que o colaborador deixe de usar aquelas que estão em


más condições, principalmente as expostas aos impactos e intensidade, que
podem gerar consequências.

A quebra de um cabo, por exemplo, pode fazer com que o trabalhador


perca o controle, resultando em algum choque contra seu próprio corpo.
Ferimentos de diferentes níveis podem acontecer e tirar o funcionário de
atividade.

O mais correto a ser feito é cobrar novas ferramentas e deixar de usar as


que não apresentam mais condições. Quanto à empresa, cabe fiscalizar os
equipamentos regularmente e providenciar a troca quando for necessário.

10. Limite-se apenas às suas funções

Trabalhadores não devem executar atividades para as quais não são


treinados, especialmente as que envolvem riscos. Muitas delas requerem
treinamentos e cursos mais profundos, justamente o que qualifica
colaboradores para executá-las.

Em nenhuma ocasião essa prática deve ser feita. Ela é ilegal, pode
causar acidentes e prejudicar a empresa. Certamente, o empregador não vai
solicitar que um funcionário despreparado faça algo que não saiba. Junto a
isso, cabe também ao trabalhador não se arriscar fazendo trabalhos que não
são de sua competência.

Essa negligência atrapalha a prevenção de acidentes! Caso o funcionário


seja orientado a fazer algo que não sabe, deve procurar um superior ou um
técnico de segurança de trabalho para informar que não tem a qualificação
necessária.

11. Opere máquinas com responsabilidade

26
As máquinas são necessárias para diversos trabalhos em fábricas e
empresas de grande porte. Portanto, a operação requer parâmetros básicos de
uso. As boas práticas vão desde a atenção ao executar trabalhos até o uso dos
EPIs. Muitas delas são cortantes, pesadas e têm outras características que, se
não forem respeitadas, representam sérios riscos.

É fundamental que o operador seja, primeiramente, qualificado para


trabalhar com a máquina. Além disso, ele precisa ter toda atenção quando
estiver operando, especialmente quando há outros trabalhadores por perto. As
de grande porte envolvem riscos não só para quem as controla, mas também
para quem está ao redor.

Quando o funcionário tem todos os recursos necessários, seu


comprometimento e responsabilidade é reforçado. Portanto, se ele executa o
serviço de forma certa, terá sucesso e manterá os padrões de segurança da
empresa.

O trabalho de prevenção de acidentes é extenso, porém, fundamental


para a empresa e seus colaboradores. Mas, boas práticas ajudam a tornar o
local de trabalho mais seguro para todos.

Tipos de Riscos Profissionais

Tendo em consideração a temática do presente trabalho (Identificação de


Perigos e Avaliação de Riscos Profissionais), considerou-se pertinente abordar as
tipologias de riscos existentes, de forma a adquirir-se uma melhor perceção dos
riscos a que os trabalhadores da Auto Fonte Sol estão expostos diariamente. Neste
sentido, os tipos de riscos profissionais existentes são os seguintes: Risco de
Acidente: A este tipo de ricos, estão subjacentes as condições de segurança e o
conforto a que o trabalhador está sujeito, na realização das suas tarefas laborais,
bem como a interação que este possui com máquinas ou equipamentos de trabalho.
Neste sentido, as lesões mais vulgares, consequência das situações acima
mencionadas, são as seguintes (CRPG, 2005):

27
 Quedas e entorses;

 Queimaduras;

 Eletrocussões;

 Esmagamento por objectos ou pessoas;

 Asfixia ou sufocação;

 Perda de visão;

 Perda de líquidos;

 Doenças variadas provocadas por falta de higiene, etc.

Riscos Químicos: São os agentes ambientais causadores de doenças profissionais,


devido à sua ação química sob o organismo dos trabalhadores. Podem ser
encontrados tanto na forma sólida, como líquida ou gasosa e podem ser
transmitidos aos trabalhadores por via respiratória, via digestiva, via cutânea e
transferência através da placenta. Assim sendo, os agentes químicos responsáveis
pelos riscos químicos são (CRPG, 2005):

 Partículas e aerossóis (Poeiras, fumos, fumaça, névoas, neblinas);

 Gases;

 Vapores. Riscos Biológicos: Penetrando no organismo do homem por


via digestiva, respiratória, olhos e pele, os fatores de risco associados a
agentes biológicos são responsáveis por algumas doenças profissionais,
podendo dar origem a doenças menos graves como infeções intestinais ou
simples gripes, ou mais graves, como a hepatite, meningite ou sida. Estas
doenças são transmitidas por (CRPG, 2005):

 Fungos;

 Bactérias;

 Vírus. Riscos Ergonómicos: São aqueles relacionados com fatores


fisiológicos e psicológicos e que são subjacentes à execução das atividades
laborais. Estes fatores podem produzir alterações no organismo e no estado
28
emocional dos trabalhadores, comprometendo a sua saúde, a sua segurança
e a sua produtividade. Alguns dos exemplos de riscos ergonómicos são,
nomeadamente (CRPG, 2005):

 Movimentos repetitivos;

 Transporte manual de cargas;

 Atividades monótonas;

 Esforço físico intenso;

 Posturas inadequadas ou forçadas;

 imposição de ritmos excessivos;

 Trabalho em turnos e trabalho noturno. Riscos Psicossociais: São os


aspetos de programação de organização e gestão do trabalho, que em
interação com os seus contextos sociais e ambientais, têm potencial para
causar dano psicológico, social ou físico (AESST, 2005). Riscos Físicos: São
os agentes físicos inerentes ao ambiente de trabalho que influenciam o
desempenho de cada trabalhador. Estes agentes podem igualmente
contribuir para o aparecimento de doenças ou provocar acidentes lesivos
para o mesmo. Estes agentes físicos são (CRPG, 2005):

 Ruído;

 Iluminação;

 Vibrações;

 Ambiente Térmico;

 Radiações Ionizantes e não ionizantes.

4.2.1. Princípios gerais da Prevenção Segundo a Diretiva Nº


89/391/CEE, a prevenção “é o conjunto das disposições ou medidas tomadas
ou previstas em todas as fases de atividade da empresa, tendo em vista

29
evitar ou diminuir os riscos profissionais”. Assim sendo, os princípios da
prevenção são os seguintes (Manual de Avaliação de Riscos, 2010):

 Evitar os riscos;
 Identificar e avaliar os riscos;
 Combater os riscos na origem;
 Adaptar o trabalho às pessoas;
 Ter em conta o estado da evolução da técnica, bem como
de novas formas de organização do trabalho;
 Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou
menos perigoso;
 Planificar a prevenção com um sistema coerente;
 Dar prioridade às medidas de proteção coletiva em relação
às medidas de proteção individual;

Dar instruções compreensíveis e adequadas às atividades


desenvolvidas pelos trabalhadores. Medidas de Controlo do Risco
Relativamente à determinação de medidas de redução e controlo dos riscos,
deverá, por regra, atender-se aos princípios gerais de prevenção e, em
particular, ter em consideração as seguintes medidas (Barata, 2013): Eliminar
o risco: Esta é a medida mais eficaz e poderá envolver:

 Selecionar um processo distinto;

 Modificar um processo existente;

 Substituição de substâncias perigosas por substâncias menos


perigosas;

 Modificar ou substituir equipamentos ou ferramentas de trabalho.

2. Controlar o risco: Se o risco não pode ser eliminado, pode ser


controlado, utilizando sistemas de confinamento, resguardos, barreiras ou
outros dispositivos semelhantes ou implementando ventilação.

3. Rever procedimentos de trabalho: Pode considerar-se a modificação


de determinadas etapas do processo que comportem um grau de risco
30
superior, retirando ou adicionando passos e levando-os a cabo de forma
distinta.

4. Reduzir a exposição: estas medidas são as menos efetivas e devem


apenas ser utilizadas quando outras soluções não sejam possíveis de se
implementar. Estas medidas incluem a utilização de EPI. Há ainda que referir
que uma vez concluída a avaliação de riscos, os resultados da mesma devem
ser comunicados aos trabalhadores que, por norma, executam a tarefa
analisada (ou que possam vir a executar).

Prevenir e evitar os riscos de acidentes

1. Fiscalize o uso de EPIs

É dever da empresa oferecer aos seus funcionários os Equipamentos de


Proteção Individual (EPI), que reduzem drasticamente o risco e as consequências
de eventuais acidentes. Como a responsabilidade pelos acidentes gera ônus aos
empregadores, também é recomendável que a fiscalização sobre o uso adequado
desses equipamentos seja realizada de forma rigorosa.

A depender da área de atuação, essa fiscalização se torna ainda mais


importante, a exemplo da construção civil e da indústria. Óculos, botas, luvas,
capacetes e abafadores de ruídos são alguns dos principais equipamentos que as
empresas devem fornecer aos seus empregados. Os equipamentos também devem
ser adequados para o tipo de atividade desempenhada, para uma maior eficácia
quanto à segurança do trabalho.

2. Ofereça treinamentos

A prevenção contra acidentes deve começar logo após a contratação de um


funcionário, por meio de cursos e treinamentos que ensinem a ele a rotina de
trabalho na empresa. Especialmente em atividades de risco, a preparação prévia e
adequada é uma boa forma de prevenir acidentes.

31
Certifique-se de que o trabalhador saberá como fazer o uso correto dos
equipamentos de segurança, máquinas e ferramentas e também como agir caso
aconteça algum acidente consigo ou com seus colegas.

3. Sinalize as áreas de risco de acidentes

Parte do trabalho de prevenção consiste em sinalizar as áreas onde pode


haver uma maior incidência de acidentes. Locais com fios de alta-tensão expostos,
buracos e agentes químicos nocivos à saúde devem contar com a indicação por
meio de placas. Nelas, você deverá indicar de forma compreensível, por palavras
e/ou desenhos, quais os riscos existentes no local.

Portanto, cabe à empresa mapear todo o perímetro e sinalizar os locais e


equipamentos que ofereçam riscos à saúde ou à integridade física de seus
funcionários.

4. Faça um seguro para profissões

Especialmente nas atividades de alto risco, é fundamental contar com


um seguro contra acidentes pessoais. Embora isso não evite de forma prática a
ocorrência de acidentes, garante ao trabalhador que ele será indenizado e terá o
devido e rápido auxílio se algo de ruim vier a acontecer.

Além disso, é válido mencionar que, por mais diligente que uma empresa
possa ser, ainda assim, acidentes acontecem. Por essa razão, contar com uma
forma de evitar prejuízos para a empresa e, ao mesmo tempo, amparar o
trabalhador, é parte de um amplo sistema de prevenção.

MEDIDAS DE PROTEÇÃO

A fim de se manterem seguros e remotos de qualquer acidente de trabalho,


todos precisam ficar atentos aos riscos que estão expostos, levando em
consideração a infraestrutura do ambiente laboral. Para isso, é fundamental que
medidas preventivas sejam implantadas no canteiro de obras, visando oferecer
aos trabalhadores a proteção adequada para evitar a ocorrência de possíveis
acidentes, tais como:

Equipamentos de Proteção Individual – EPI;


32
Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC;

Proteção contra Incêndios;

Sinalização de segurança;

Análise Preliminar de Riscos – APR;

Treinamento;

Conscientização dos Funcionários;

Organização e limpeza.

Lesão corporal: é qualquer dano produzido no corpo humano, seja ele leve,
como por exemplo, um corte no dedo ou grave, como a perda de um membro.

Perturbação funcional: é o prejuízo de funcionamento de qualquer órgão ou


sentido. Por exemplo, a perda de visão, provocada por uma pancada na cabeça,
caracteriza uma perturbação funcional...

Doença profissional também é acidente do trabalho

Doenças profissionais: são aquelas que são adquiridas na sequência do


exercício do trabalho em si.

Doença do trabalho: são aquelas decorrentes das condições especiais em


que o trabalho é realizado. Ambas são consideradas como acidentes do trabalho,
quando delas decorrer a incapacidade do trabalho.

Um funcionário pode apanhar uma gripe, por contagio com colegas de


trabalho. Essa doença embora possa ter sido adquirida no ambiente de trabalho,
não é considerada doença profissional nem do trabalho, porque não é ocasionada
pelos meios de produção.

33
Contudo, se o trabalho contrair uma doença ou lesão por contaminação
acidental, no exercício de sua actividade, temos aí um caso equiparado a um
acidente de trabalho.

Noutro caso, se um trabalhador perder a audição por ficar longo tempo sem
protecção auditiva adequada, submetido ao excesso de ruído, gerado pelo trabalho
executado junto a uma grande prensa, isso caracteriza igualmente uma doença de
trabalho.

Um acidente de trabalho pode levar o trabalhador a se ausentar da empresa


apenas por algumas horas, o que é chamado de assidente sem afastamento.

É que ocorre, por exemplo, quando o acidente resulta num pequeno corte no
dedo, e o trabalhador retorna ao trabalho imediatamente ou té no dia seguinte,
temos o chamado acidente com afastamento, que pode resultar na incapacidade
temporária ou na incapacidade parcial e permanente, ou, ainda, na incapacidade
total e permanente para o trabalho.

Objectivos da higiene do trabalho

Reduzir a exposição média e de longo prazo, uma vez que nem sempre se
podem eliminar totalmente os riscos do ambiente de trabalho.

Factores que afectam a higiene e segurança

Em geral a actividade produtiva encerra um conjunto de riscos e de


condições de trabalho desfavoráveis em resultado das especificidades próprias de
alguns processos ou operações, pelo que o seu tratamento quanto a higiene e
segurança costuma ser cuidado com atenção.

34
Contudo, na maior parte dos casos, é possível identificar um conjunto de
factores relacionados com a negligência ou desatenção por regras elementares e
que potenciam a possibilidade de evidentes ou problemas.

Acidentes devido a condições perigosas;

Maquinas e ferramentas

Condições de organização (Lay-Out mal feito, armazenamento perigoso, falta


de equipamento de Proteção Individual – E.P.I.)

Condições de ambiente físico, (iluminação, calor. Frio, poeira, ruido)

Acidentes devido a acções perigosos;

Falta de comprimento de ordens (não usar E.P.I.)

Ligado a natureza do trabalho (erros na armazenagem)

Nos métodos de trabalho trabalhar a ritmo normal, manobre equilibrado


distrações, brincadeira).

As perdas de produtividade e qualidade

Foi necessário muito tempo para que se reconhecesse até que ponto as
condições de trabalho e a produtividade se encontram ligadas. Numa primeira fase,
houve a percepção da incidência económica dos acidentes de trabalho onde só
eram considerados inicialmente os custos directos (assistência média e
indeminizações) e só mais tarde se consideram as doenças profissionais.

Nas actividades correntes de uma empresa, compreendeu-se que os custos


indirectos dos acidentes de trabalho são bem mais importantes que os custos
directos, através de factores de perda como os seguintes:

35
 Perda de horas de trabalho pela vítima,
 Perda de horas de trabalho pelas testemunhas e responsáveis,
 Perda de horas de trabalho pelas pessoas encarregadas dos inquéritos,
 Interrupções da produção,
 Dados materiais,
 Atraso na execução do trabalho,
 Diminuição do rendimento durante a substituição a retoma de trabalho pela
vitima,

Estas perdas podem ser muito elevadas, podendo mesmo representar quatro
vezes os custos directos do acidente de trabalho.

A diminuição de produtividade e o aumento do número de peças defeituosas


e dos desperdícios de material imputáveis á fadiga provocada por horários de
trabalho excessivos e por más condições de trabalho nomeadamente no que se
refere á iluminação e á ventilação, demostrarem que o corpo humano, apesar da
sua imensa capacidade de adaptação, tem um rendimento muito maior quando o
trabalho decorre em condições ótimas.

Com efeito, existem muitos casos em que é possível aumentar a


produtividade simplesmente com a melhoria das condições de trabalho. De uma
forma geral, a Gestão das Empresas não explora suficientemente a melhoria das
condições de higiene e a segurança do trabalho nem mesmo a ergonomia dos
postos de trabalho como forma de aumentar a produtividade e a qualidade.

Um trabalho desvia atenção do trabalho por fracção de segundo, ocasionado


um acidente sério. Além do próprio trabalhador são atingidos mais dois colegas que
trabalham ao seu lado. O trabalhador tem de ser removido urgentemente para o
hospital e os dois outros trabalhadores envolvidos são atendidos no ambulatório da
empresa. Um equipamento de fundamental importância é paralisado em
consequência do dano em algumas peças de máquina.

O equipamento parado é uma guilhotina que corta a matéria-prima para


vários sectores de produção.

36
Analise a situação anterior e lista as consequências directas e indirectas que
consegue prever, em resultado deste acidente.

A relação entre o trabalho executado pelo operador e as condições de


trabalho do local de trabalho, passou a ser melhor estudada desde que as restrições
impostas pelas tecnologias industriais modernas constituem a fonte das formas de
insatisfação que se manifestam sobretudo entre os trabalhadores afectas ás tarefas
mais elementares, desprovidas de qualquer interesse e com caracter repetitivo e
monótono.

Desta forma pode-se afirmar que na maior parte dos casos a produtividade é
afetada, pela conjugação de dois aspectos importantes:

Um meio ambiente de trabalho que exponha os trabalhadores a riscos


profissionais graves (causa directa de acidentes de trabalho e de doença
profissionais)

A insatisfação dos trabalhadores face a condições de trabalho que não


estejam em harmonia com as suas características físicas psicológicas.

Em geral as consequências revelam-se numa baixa quantitativa e qualitativa


da produção, numa rotação excessiva do pessoal e a num elevado absentismo.

Claro que as consequências de uma tal situação variarão segundo os meios


socioeconómico.

Fica assim explicado que as condições de trabalho e as regras de segurança


e higiene correspondentes, constituem um facto de maior importância para a
melhoria de desempenho das empresas, através do aumento da sua produtividade
obtida em condições de menor absentismo e sinistralidade.

Por parte dos trabalhadores de uma empresa, o emprego não deve


representar somente o trabalho que se realiza num dado local para auferir um
ordenado, mas também uma oportunidade para a sua valorização pessoal e
profissional, para o que contribuem em mito as boas condições do seu posto de
trabalho.

37
Querendo evitar a curto prazo um desperdício de recursos humanos e
monetários e a longo prazo garantir a competitividade da empresa, deverá prestar-
se maior atenção ás condições de trabalho e ao grau de satisfação dos seus
colaboradores, reconhecendo-se que, uma empresa desempenha não só uma
função técnica e económica, mas também um importante papel social.

Segurança do posto de trabalho

Significado e importância da prevenção

A prevenção: é certamente o melhor processo de reduzir ou eliminar as


possibilidades de ocorrerem problemas de segurança com o trabalhador.

A prevenção consiste na adoção de um conjunto de medidas de proteção, na


previsão de que a segurança física do operador possa ser colocada em risco
durante a realização do seu trabalho. Nestes termos, pode-se acrescentar que as
medidas a tomar no domínio da higiene industrial não diferem das usadas na
prevenção nos acidentes do trabalho.

Como princípios de prevenção na higiene e segurança industria, poderemos


apresentar os seguintes:

Tal como se verifica no domínio da segurança, a prevenção mais eficaz em


matéria de higiene industrial exerce-se, também, no momento da concepção do
edifício, das instalações e dos processos de trabalho, pois todo o melhoramento ou
alteração posterior já não terá a eficácia desejada para proteger a saúde dos
trabalhadores e será certamente muito mais dispendiosa.

As operações perigosas (as que originam a poluição do meio ambiente ou


causam ruido ou vibrações) e as substâncias nocivas, susceptivel de contaminar a
atmosfera do local de trabalho, devem ser substituídas por operações e
substantâncias inofensivas ou menos nocivas.

Quando se torna impossível instalar um equipamento de segurança coletivo,


é necessário recorrer a medidas complementares de organização do trabalho, que,
em certos casos, podemos comportar a redução dos tempos de exposição ao risco.

38
Quando as medidas técnicas coletivas e as medidas administrativas não são
suficientes para reduzir exposição a um nível aceitável, deverá fornecer-se aos
trabalhadores um equipamento de protecção individual (EPI) apropriado.

Salvo casos excepcionais ou específicos de trabalho, não deve considerar-se


o equipamento de protecção individual como o método de segurança fundamental,
não só por razões fisiológicas, mas também por princípio, porque o trabalhador
pode, por diversas razões, deixar de utilizar o seu equipamento.

Um qualquer posto de trabalho representa o ponto onde se juntam os


diversos meios de produção (Homem, Máquina, Energia, Matéria-prima, etc) que
irão dar origem a uma operação de transformação, daí resultando um produto ou um
serviço.

Para a devida avaliação das condições de segurança de um posto de


trabalho é necessário considerar um conjunto de factores de produção e ambientais
em que se insere esse mesmo posto de trabalho.

Para que a atividade de um operador decorre com mínimo de risco, têm que
se criar diferentes condições passivas ou activas de prevenção da sua segurança.

Os principais aspectos a levar em contas num diagnóstico das condições de


segurança (ou de riso) de um posto de trabalho, podem ser avaliados pelas
seguintes questões:

O local de trabalho

Tem acesso fácial e rápido

É bem iluminado

É suficientemente afastado dos outros postos de trabalho

As escadas têm corrimão ou lateral

Movimentação de cargas

As cargas a movimentar são grandes ou pesadas

39
Existem e estão disponíveis equipamento de transporte auxiliar

Existem passagens e corredores com largura compactível

Existem marcações no solo delimitando zonas de movimentação.

Posição de trabalho

O operador trabalha de pé muito tempo,

O operador gira ou baixa-se frequentemente,

O operador tem que e afastar para dar passagem a máquinas ou outros


operadores,

A altura e a posição da máquina é adequada.

Condições psicológicas do trabalho

O trabalho é em turnos ou normal,

O operador realiza muitas horas extras,

A tarefa é de alta cadencia de produção,

É exigida muita concentração dados os riscos de operação.

Maquinas

A engrenagens e partes móveis estão protegidas

Estão devidamente identificados os dispositivos de segurança

A formação do operador é suficiente

Ruídos e vibrações

No PT sentem-se vibrações ou ruídos intensos


40
A máquina a operar oferece trepidação

Existem dispositivos que minimizem vibrações e ruído

Iluminação (posto de trabalho PT)

A iluminação é natural

Está bem orientada relativamente ao PT

Existe alguma iluminação intermitentes as imediações do PT

Riscos químicos

O ar circundante tem poeiras ou fumos

Existe algum cheiro persistente

Existem ventilação ou exaustão de ar do local

Os produtos químicos estão bem embalados

Os produtos químicos estão bem identificados

Existem resíduos de produtos no chão no PT

Riscos biológicos

Há contacto directo com animais

Á contactos com sangue ou resíduos animais

Existem meios de desinfeção no PT

Pessoal de socorro

Existem alguém com formação em primeiros socorros

41
Os números de alerta estão visíveis e atualizados

Existem caixas de primeiros socorros e macas

Com a redução dos acidentes poderão ser eliminados problemas que afectam o
homem e a produção.

Para que isso aconteça, é necessário que tanto os empresários (que têm por
obrigação fornecer um local de trabalho com boas condições de segurança e
higiene, maquinaria segura e equipamentos adequados) como os trabalhadores
(aos quais cabe a responsabilidade de desempenhar o seu dever como menor
perigo possível para si e para os companheiros) estejam comprometidos com uma
mentalidade de prevenção de acidentes.

Prevenir quer dizer

Ver antecipadamente; chegar antes do acidente; tomar todas as providências


para que o acidente não tenha possibilidade de ocorrer...

O efeito e os acidentes de trabalho

Podemos imaginar que algo semelhante acontece quando um acidente


ocorre, considerando que se podem conjugar três factores que se complementam
da seguinte forma:

 Ambiente social
 Causa pessoal
 Causa mecânica

O Ambiente social do trabalho relaciona-se com dois factores principais a


saber: Hereditariedade e influencia social. As caraterísticas físicas e psicológicas do
individuo são determinadas pela hereditariedade transmitida pelos pais. Por outro
lado o comportamento de cada um é muitas vezes influenciado pelo ambiente social
em que cada um vive (A moda tanto é usar cabelos longos, como usar a cabeça
raspada).
42
A causa pessoal está relacionada com o conjunto de conhecimentos e
habilidades que cada um possui para desempenhar uma tarefa num dado momento.
A probabilidade de envolvimento em acidentes aumenta quando as condições
psicológicas não são as melhores (depressão), ou quando não existe preparação e
treino suficiente.

A causa mecânica diz respeito ás falhas materiais existentes no ambiente de


trabalho. quando o equipamento não apresenta protecção para o trabalhador,
quando a iluminação do ambiente de trabalho é deficiente ou quando não há boa
manutenção do equipamento, os riscos de acidente aumentam consideravelmente.

Quando um ou mais dois factores anteriores se manifestam, ocorre o acidente que


pode provocar ou não lesão no trabalho.

Segurança de Máquinas

Muitos processos produtivos dependem da utilização de máquinas, pelo que


é importante a existência e o cumprimento dos requisitos de segurança em
máquinas industriais ou a sua implementação no terreno de modo a garantir a maior
segurança aos operadores.

Máquinas: Todo o equipamento, (inclusive acessórios e equipamentos de


segurança), com movimento, (engrenagens), e com fonte de energia que não a
humana.

Os requisitos de segurança de uma máquina podem ser identificados,


nomeadamente o que diz respeito ao seu acionamento a partir de comandos.

Devem estar visíveis e acessíveis partir do posto de trabalho.

Devem estar devidamente identificados em português ou então por símbolos.

O comando de arranque: a máquina só entra em funcionamento quando se


aciona este comando, não devendo arrancar sozinho quando volta a corrente.

O comando de paragem: deve sempre sobrepor-se ao comando de


arranque.

43
Stop de emergência: cortar a energia, pode ter um aspecto de barra botão
ou cabo.

Definição de Fabricantes de Máquinas

- Quem assume a responsabilidade da concepção e do fabrico da máquina.


Pode estar estabelecido na UE ou fora dela.
- Quem modifica a utilização prevista de uma máquina, assumindo a
responsabilidade das consequências que derivem desse fecto.
- Quem fabrica máquinas ou complemento se segurança, para uso próprio.
- Quem monta máquinas, partes de máquinas ou componentes de segurança,
de origens diferentes.

Conceito de ̒ ̒ componentes de segurança ̛ ̛

Componentes que não seja um intermutável, que o fabricante ou o seu


mandatário estabelecido na comunidade coloque no mercado com o objectivo
de assegurar, através da sua utilização, uma função de segurança, e cuja
avaria ou mau funcionamento ponha em causa a segurança ou saúde das
pessoas expostas.

Exigências essenciais de segurança e de saúde, relativas á concepção e ao fabrico


de máquinas.

De acordo com as diferentes Directivas as Máquinas, devem ter descrita as


especificações técnicas a respeitar pelo fabricante, desde a fase de concepção e
fabrico da máquina, tendo como objectivo a garantia da segurança e da saúde das
pessoas expostas durante o seu tempo de vida útil (instalação, utilização, afinação e
desmantelamento).

O fabricante tem a obrigação de determinar todos os riscos aplicável a


máquina e, seguidamente, concêbe-la e condtrui-lá tendo em conta a análise
efectuada.

44
Dispositivo de Proteção

Protectores fixos: os mais vulgarmente utilizados são as guardas. São


estruturas metálicas à estrutura da máquina e devem impedir o acesso aos órgãos
de transmissão. O acesso só para acções de manutenção.

Protectores Móveis: neste caso as guardas são fixadas a estrutura por


dobradiças ou calhas os as torna amovíveis. A abertura da proteção deve levar à
paragem automática do movimento perigoso, (pode-se recorrer a um sistema de
encravamento elétrico).

comando Bi-Manual: para uma determinada operação, em vez de uma só


betoneira existem duas que devem ser pressionadas em simultâneo. Isto obriga a
que o trabalhador mantenha as duas mãos ocupada evitando cortes e
esmagamentos (Gilhotinas, prensas).

Distância de segurança: define-se distância de segurança, a distância


necessária que impeça que os membros superiores alcancem zonas perigosas do
equipamento.

Redução dos riscos de acidente

Como já vimos, os acidentes são evitados com a aplicação de medidas


especificas de segurança, selecionadas de forma a estabelecer maior eficácia na
prevenção da segurança. As prioridades são:

Eliminação do risco: significa torná-lo definitivamente inexistente. (Exemplo:


uma escada com piso escorregadio apresenta um sério risco de acidente. Esse
risco poderá ser eliminado com um piso antiderrapante).

Neutralização do risco: o risco existe, mas está controlado. Esta opção é


utilizada na possibilidade temporária ou definitiva de eliminação de um risco.
(Exemplo: as partes móveis de uma máquina como polias, engrenagens, correias

45
etc. – devem ser neutralizadas com anteparos de protecção, uma vez que essas
peças das máquinas não podem ser simplesmente eliminadas.

Sinalização do risco: é a medida que deve ser tomada quando não for
possível elimina ou isola o risco. (Exemplo: maquinas em manutenção devem ser
sinalizadas com placas de advertência; locais onde é proibido fumar devem ser
devidamente sinalizados.

Protecção colectiva e protecção individual (EPIS, EPCS)

As medidas de proteção coletiva, através dos equipamentos de proteção


colectiva (EPC), devem ter prioridade, conforme determina a legislação. Uma vez
que beneficiam todos os trabalhadores, indistintamente.

Os EPCs devem ser mentidos nas condições que os especialistas em


segurança estabeleceram, devendo ser reparados sempre que apresentarem
qualquer deficiência.

Vejamos alguns exemplos de aplicação de EPCs:

Sistema de exestão que elimina gases, vapores ou poeiras


contaminantes do local de trabalho;

Cabo de segurança para conter equipamentos suspensos sujeitos a


esforços, caso venham a se desprender.

 Sinalização
 Corrimão
 Guarda corpos
 Cones
 Protectores de máquinas
 Serene de alarme de incêndio

4.1 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI

46
O Equipamento de Proteção Individual – EPI tem sua regulamentação
prevista na Norma Regulamentadora – NR 6 que dispõe, entre outros, sobre a
obrigatoriedade de fornecimento pelas empresas e utilização pelos trabalhadores do
EPI.

Segundo a referida Norma Regulamentadora, o equipamento de proteção


deverá ser fornecido gratuitamente aos funcionários a fim de neutralizar a ação dos
riscos causados pelas condições de trabalho, nas situações em que a adoção de
medidas de controle coletivo sejam inexequíveis ou não ofereçam proteção
completa. Compete ao funcionário usa-los e guarda-los adequadamente e a
substituição no tempo previsto de validade dos equipamentos.

O Engenheiro de Segurança deverá definir o EPI a ser utilizado pelos


funcionários e ainda orientar e conscientizar os mesmos sobre a importância de sua
utilização.

PROTETORES DE CABEÇA

De acordo com a NR 6, estes tipos de protetores se dividem em:

Protetores usados para crânio e rosto (ex.: capacetes, máscaras);

Protetores para os órgãos localizados no rosto, que protegem os órgãos da


visão e audição (ex.: óculos de segurança contra impactos, óculos para serviços de
soldagem, proteção auricular tipo concha).

PROTETORES PARA MEMBROS INFERIORES

Sempre que o trabalho exigir, os pés e as pernas devem ser devidamente


protegidos através de sapatos próprios de segurança, botas e perneiras. Para todos
os locais de produção da obra, o tipo de calçado recomendado é o que possui

47
biqueira de aço capaz de resistir a fortes impactos, protegendo os dedos e evitando
ferimentos, exceto para locais com excesso de umidade ou na execução de
concreto, onde indica-se a utilização de botas de borracha.

PROTETORES PARA MEMBROS SUPERIORES

As partes do corpo onde ocorre maior frequência de lesões são as mãos.


Maior parte dessas lesões pode ser evitada através do uso de luvas (de amianto, de
raspa, de PVC e de borracha), que impedem um contato direto com materiais
cortantes, abrasivos, aquecidos, ou com substâncias corrosivas e irritantes da pele.

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA – EPC

Os Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC são dispositivos e sistema


de uso coletivo, utilizados com o objetivo de resguardar a integridade física e a
saúde dos trabalhadores e de terceiros.

Para os EPC a serem executados nos canteiros de obras, a NR 18, item 18.3
– Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
– PCMAT, que entre outros, estabelece os requisitos para a implementação de
medidas preventivas de segurança, dispondo sobre tipos, dimensões, materiais
empregados, etc. a serem observados na execução das proteções coletivas a
serem utilizadas, em conformidade com as etapas de execução da obra. As
proteções mencionadas na NR 18 têm sua execução obrigatória a ser aplicada

48
parcial ou totalmente, analisando-se caso a caso, dependendo apenas de alguns
fatores e processos construtivos adotados nos empreendimentos em execução.

Segundo Sampaio (1998), as medidas de proteção coletiva podem ser divididas em


três grupos:

Proteções coletivas incorporadas aos equipamentos e máquinas (proteções de


transmissões de força, partes móveis, interruptores em gruas, entre outras);

Proteções coletivas incorporadas à obra (pré-fabricadas, realizadas nas áreas de


apoio à obra e as da própria obra);

Proteções coletivas específicas, opcionais ou para determinados trabalhos


(utilização de sistemas de comunicação – “walk-talk”, fechamento total da fachada,
entre outras).

De acordo com Pacheco (2010), as proteções coletivas mais utilizadas em canteiros


de obra são:

 Sinalização;
 Bandeirolas;
 Tiras refletivas;
 Corrente de plástico amarela – utilizadas para demarcação da área;
 Fita plástica amarela e preta (tipo zebrada) – orientativa;
 Fita plástica vermelha e preta (tipo zebrada) – proibindo a entrada de
pessoas que não pertencem ao serviço;
 Cavaletes pintados de amarelo;
 Cones plásticos quando necessário para complemento;
 Placas;
 Sinais de tráfego;
 Sinais de prevenção de riscos;
 Sinalização luminosa;
 Indicadores;

49
 Fechamento de abertura no piso – impedindo a queda de
materiais, ferramentas ou trabalhadores;
 Proteção das escadas;
 Fechamento do poço do elevador definitivo ou provisório;
 Proteção de periferia (guarda-corpo) – para impedir que trabalhadores e
materiais caiam das lajes em execução;
 Plataforma principal e secundária – para conter a queda de
materiais, ferramentas ou pessoas que venham a cair das lajes
superiores;
 Tela de proteção – para evitar a projeção de materiais e ferramentas.

Além das medidas mencionadas, Sampaio (1998) adverte para o uso do Programa
de Controle Médico de Saúde Ocupacional (NR-7) e o Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais – PPRA (NR-9), que são de suma importância e contribuintes
para a implantação de efetivas e persuasivas medidas de segurança.

PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS

De acordo com o disposto na Normal Regulamentadora NR-18 (2013), é


obrigatória a adoção de medidas que atendam, de forma eficaz, às necessidades de
prevenção e combate a incêndio para os diversos setores, atividades, máquinas e
equipamentos do canteiro de obras. Para tal, deverá haver um sistema de alarme
capaz de dar sinais perceptíveis em todo o local de trabalho.

A execução de serviços de soldagem e corte a quente nos locais que estejam


depositadas, ainda que temporariamente, substâncias combustíveis, inflamáveis e
explosivas é proibida.

Em ambientes fechados e onde são executadas a aplicação de pisos, papéis de


parede e similares, com o emprego de cola, bem como nos locais de manipulação e
emprego de tintas, solventes e outras substâncias combustíveis, inflamáveis ou
explosivas, devem ser tomadas as seguintes medidas de segurança:

50
 Proibir fumar ou portar cigarros ou assemelhados acesos, ou qualquer outro
material que possa produzir faísca ou chama;
 Evitar nas proximidades, a execução de operação com risco de
centelhamento, inclusive por impacto entre peças;
 Utilizar obrigatoriamente lâmpadas e luminárias à prova de explosão;
 Instalar sistema de ventilação adequado para a retirada de mistura de gases,
vapores inflamáveis ou explosivos do ambiente;
 Colocar nos locais de acesso placas com a inscrição “Risco de Incêndio” ou
“Risco de Explosão”;

Manter cola e solventes em recipientes fechados e seguros;

Quaisquer chamas, faíscas ou dispositivos de aquecimento devem ser


mantidos afastados de formas, restos de madeiras, tintas, vernizes ou outras
substâncias combustíveis, inflamáveis ou explosivas.

Ainda de acordo com a NR-18 (2013), os canteiros de obras devem dispor de


equipes de operários organizados e especialmente treinados no correto manejo do
material disponível para o primeiro combate ao fogo.

51
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

Os canteiros de obra devem ser devidamente sinalizados para organizar o


trabalho, evitar acidentes e melhorar o trânsito de pessoas em situações de
emergência. As orientações para sinalização de segurança eficiente são descritas
na Norma Regulamentadora NR-18 (2013), e têm por finalidade:

 Identificar os locais de apoio que compõem o canteiro de obras;


 Indicar as saídas por meio de dizeres ou setas;
 Manter a comunicação através de avisos, cartazes ou similares;
 Advertir contra o perigo de contato ou acionamento acidental com partes das
máquinas e equipamentos;
 Advertir quanto ao risco de queda;
 Alertar quanto à obrigatoriedade do uso do EPI, específico para a atividade
executada, com a devida sinalização e advertência próximas ao posto de
trabalho;
 Identificar acessos, circulação de veículos e equipamentos de obras;
 Advertir contra risco de passagem de trabalhadores onde o pé-direito for
inferior a 1,80 m (um metro e oitenta centímetros);

Identificar locais com substâncias tóxicas, explosivas e radioativas.

Os trabalhadores devem utilizar obrigatoriamente colete ou tiras refletivas na


região do tórax e costas, quando os mesmos estiverem a serviço em vias públicas,
sinalizando acessos ao canteiro e frentes de serviços, ou em movimentação e
transporte vertical de materiais.

Segundo Gonçalves (2000), o mapa de risco é outro instrumento de


sinalização de segurança que é identificado através de círculos, com diferentes
cores e tamanhos, de acordo com o grau de perigo apresentado no local, sendo
afixado em locais acessíveis no ambiente de trabalho, para informação e orientação
de todos os funcionários que ali atuem ou de outros que eventualmente transitem
pelo local, quanto as principais áreas de risco.

52
ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS – APR

Além das medidas preventivas citadas anteriormente, dispomos ainda do item


18.37.7.4, da NR-18, o qual descreve todos os procedimentos operacionais, os
materiais, as ferramentas e outros dispositivos necessários à execução segura da
tarefa, agrupados na Análise Preliminar de Riscos.

A APR consiste em avaliar todas as etapas do trabalho a fim de detectar os


possíveis problemas que poderão ocorrer durante a execução da obra. Para os
problemas detectados

devem ser adotadas medidas de controle e neutralização, que deverão


envolver toda equipe, criando um clima de trabalho seguro em conjunto, podendo
ser elaborado por profissional ou por equipe multidisciplinar, desde que aprovada
por Engenheiro de Segurança do Trabalho, com emissão de ART específica.

Estas informações poderão ser usadas pela Comissão Interna de Prevenção a


Acidentes – CIPA, e com base nesses dados é possível modificar as condições de
trabalho oferecendo mais EPI’s, alterando a disposição de máquinas, layout de
setores/ áreas de trabalho, priorizando a integridade física e mental do trabalhador.

53
TREINAMENTO

A necessidade de atender as diretrizes de segurança no trabalho torna


extremamente importante o treinamento e a capacitação dos trabalhadores
alocados na obra, incluindo engenheiros, mestres de obra, operadores de
maquinário e trabalhadores não especializados.

De acordo com o item 18.28 da NR-18, todos os empregados devem receber


treinamento adicional e periódico, com o objetivo de garantir a execução de suas
atividades com segurança. O treinamento deve ter carga horária mínima de 06
(seis) horas, ser ministrado dentro do horário de trabalho, antes do trabalhador
iniciar suas atividades, constando de:

 Informações sobre Condições e Meio Ambiente de Trabalho;


 Riscos inerentes à função;
 Uso adequado dos equipamentos de proteção individual – EPI;

Informações sobre os equipamentos de proteção coletiva – EPC, existentes no


canteiro de obra.

O treinamento deve ser realizado em linguagem compatível com o nível de


entendimento dos trabalhadores, enfatizando cada etapa que será desenvolvida,
como também os métodos que serão utilizados, os riscos a que os trabalhadores
estarão expostos e o que será esperado deles.

CONSCIENTIZAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS

São várias as formas de promover a politica de educação aos funcionários,


de modo que este passe a compreender, obedecer e cooperar com as normas pré-
estabelecidas. De tal modo, a conscientização, através de treinamentos, cartazes
espalhados pelos canteiros, quadro de avisos, palestras, Semana Interna de

54
Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPAT), fiscalização rigorosa e afins são um
dos fatores determinantes para um decorrer dos serviços da obra sem a ocorrência
de acidentes.

De acordo com Stefano (2008), a educação visando à prevenção de


acidentes deve buscar a formação de consciência preventiva através de cursos,
palestras, usando de recursos audiovisuais e, particularmente, fazendo a
fiscalização ambiental para garantir a continuidade das práticas preventivas
adotadas.

Todos os trabalhadores devem compreender as normas, além das técnicas


de segurança do trabalho, ficando atentos a tudo que acontece no espaço laboral,
verificando fatores físicos, químicos e biológicos que podem vir a prejudicar sua
saúde.

A conscientização é o caminho para redução do número de acidentes de


trabalho, mas para isso é necessário que haja um maior esforço coletivo, tanto das
empresas, como dos sindicatos e do Estado, através de sua máquina fiscalizadora,
para investimentos no setor. A consciência de cada trabalhador é resultado de uma
cultura organizacional da construtora que deve prover um processo contínuo sobre
a forma de conduzir seus serviços, prevenindo acidentes e constituindo uma
excelente gestão de segurança.

ORGANIZAÇÃO E LIMPEZA

Na organização dos canteiros de obras, alguns cuidados devem ser tomados


a fim de evitar problemas de saúde, atraso na execução das atividades, desperdício
e poluição ambiental. Um canteiro organizado otimiza a execução de atividades,
reduz o tempo de entrega e recebimento de materiais, e consequentemente reduz
as chances de acidente de trabalho. De acordo com Stefano (2008), as principais
medidas a serem tomadas em canteiros de obras são:

55
 Limpeza constante do canteiro de obra, principalmente vestiários, banheiros,
refeitórios, a fim de evitar a proliferação de bactérias, fungos, insetos, ratos,
escorpiões, evitar doenças de pele nos banheiros e vestiários, e doenças
provocadas por contato com animais portadores de doenças
infectocontagiosas;
 Contratar funcionários com a carteira de vacinação em dia, ou vaciná-los na
contratação, principalmente nas doenças nas quais eles são grupo de
risco, como o tétano, gripe, dengue, entre outras;
 Controle constante de materiais armazenados, poças d’água, a fim de evitar
o surgimento do mosquito portador da dengue;
 Ventilação natural ou forçada em banheiros e vestiários, de acordo com a
norma NR18;
 Piso higiênico e lavável nos refeitórios e banheiros, de caimento perfeito para
os ralos (o uso de plurigoma nos banheiros a fim de evitar o contato dos pés
com a água suja é opcional);
 Fornecer e estocar materiais de limpeza e higiene do trabalhador;
 Chuveiros eletricamente aterrados, para evitar choques elétricos;
 Fornecer água potável, filtrada e fresca por meio de bebedouros de jato
inclinado ou equipamento similar, na proporção de 1 para cada grupo de 25
trabalhadores, de acordo com a NR 18;
 Limpeza periódica da caixa de água, evitando a proliferação de insetos,
baratas, mosquitos da dengue, ou ainda ratos que através desta podem
transmitir Leptospirose;
 Organização de canteiro de obra, separando materiais e maquinários do
tráfego constante de trabalhadores (vestiários, refeitórios, etc.);
 Isolamento e demarcação de áreas de risco de quedas de material e da
projeção vertical do alcance da grua;
 Manter desobstruídas as passagens de trabalhadores pela obra;

Iluminação adequada em locais de tráfego de trabalhadores.

Medidas de controle de engenharia


56
As medidas de controles de engenharia referem-se à prevenção da exposição dos
profissionais através do desenvolvimento de métodos alternativos e do uso da
tecnologia. Isso é particularmente relevante na prevenção de acidentes com
materiais perfurantes ou cortantes.

Considera-se que as exposições podem ser prevenidas se existe uma alternativa


que possa eliminar a característica de insegurança ou o dispositivo cortante. As
medidas de engenharia incluem dispositivos que permitam, por exemplo, a
realização de procedimentos sem a utilização de agulhas ou a utilização de agulhas
com dispositivos de segurança. Com o esforço desenvolvido nessa área, mais de
300 patentes de equipamentos já haviam sido requeridas no início da década de 90
nos EUA.

As principais características para o dispositivo ideal devem incluir os aspectos de


segurança na sua utilização tanto para o profissional quanto para o paciente, a
facilidade no seu uso, a facilidade para treinamento e o baixo custo de aquisição.

Ainda que o uso desses dispositivos pareça ter um impacto importante na


prevenção de acidentes ocupacionais ocorridos após a utilização do dispositivo,
existe maior dificuldade na elaboração de dispositivos com mecanismos de
segurança para prevenção de acidentes que ocorrem durante a utilização e a
realização de procedimentos.

Além da utilização de dispositivos vasculares com mecanismos de segurança ou


sem agulhas, estudos recentes têm evidenciado bons resultados na prevenção de
exposições em cirurgias. A substituição dos bisturis por eletrocautérios, novos
projetos de materiais cortantes usados em cirurgias e a utilização de agulhas de
sutura de ponta romba, são medidas eficazes na prevenção de acidentes, sem
criarem dano ou riscos para o paciente ou dificuldades técnicas para realização do
procedimento.

57
Controle De Engenharia

Ventilação

Sem abafamento, sem umidade. Nos dias de muito calor ou nos períodos
constantes de chuva você talvez se lembre do sistema de ventilação que não
instalou na sua obra. Ele é fundamental para aumentar a circulação de ar dos
ambientes fechados e evitar o aparecimento de bolor e mofo. Conte com a
qualidade dos produtos Tigre para o sistema de ventilação de residências,
comércios ou indústrias.

Ruídos

HORÁRIO PARA A REALIZAÇÃO DE OBRAS NO INTERIOR DE


EDIFÍCIOS

As obras de recuperação, remodelação ou conservação realizadas no interior


de edifícios destinados a habitação, comércio ou serviços que constituam fonte de
ruído apenas podem ser realizadas em dias úteis, entre as 8 e as 20 horas, não se
encontrando sujeitas à emissão de licença especial de ruído. (cfr. artigo 16.º, n.º 1,
do Regulamento Geral do Ruído).

O responsável pela execução das obras afixa em local acessível aos


utilizadores do edifício a duração prevista das obras e, quando possível, o período
horário no qual se prevê que ocorra a maior intensidade de ruído. (cfr. artigo 16.º,
n.º 2, do Regulamento Geral do Ruído).

SUSPENSÃO DA ACTIVIDADE RUIDOSA

As obras no interior de edifícios realizadas em violação do disposto no artigo


16.º do Regulamento Geral do Ruído são suspensas por ordem das autoridades
policiais, oficiosamente ou a pedido do interessado, devendo ser lavrado auto da

58
ocorrência a remeter ao presidente da câmara municipal para instauração do
respectivo procedimento de contraordenação. (cfr. artigo 18.º, do Regulamento
Geral do Ruído).

TRABALHOS OU OBRAS URGENTES – EXCEPÇÃO ÀS


LIMITAÇÕES

Não estão sujeitos às limitações previstas no artigo 16.º do Regulamento


Geral do Ruído os trabalhos ou obras em espaços públicos ou no interior de
edifícios que devam ser executados com carácter de urgência para evitar ou reduzir
o perigo de produção de danos para pessoas ou bens. (cfr. artigo 17.º,
do Regulamento Geral do Ruído).

Introdução
O acidente de trabalho não é uma fatalidade, pois tem causas bem
identificáveis e previsíveis. Não resulta de uma causa, mas de um conjunto de
factores que convergem para a sua ocorrência.

O processo laboral envolve um todo dinâmico de sistemas e subsistemas


com funções interdependentes (materiais, pessoais, técnicas e ambientais), que se
desenvolve com um objectivo, desde uma situação inicial a outra final.

Este processo, previsto e controlado, sucede-se no tempo, através de


diversas situações normais e por múltiplas vias possíveis.

Num momento, um acontecimento não pretendido cria uma situação anómala


que, constituindo um estado inicial indesejado, se desenvolve por vias normais até
determinar uma sequência ou um processo de lesões conducentes ao estado final
lesivo.

59
Tanto o estado inicial indesejado (o acidente) como o estado final lesivo
explicam-se pela interacção de um conjunto de factos causais, cada um deles
considerado como efeito ou consequência de outros anteriores.

5.2. Classificação dos factores causais

Os factores causais podem ser classificados em três grupos: humanos, materiais e


fortuitos.

Os factores causais humanas são constituídos por aquelas acções ou omissões


das pessoas que, originando situações de risco, dão lugar à aparição de acidentes e
respectivas consequências. Estes factores, também conhecidos por “falhas
humanas”, imputáveis ao(s) sinistrado(s) ou a terceiros, são devidos a deficiências:

Fisiológicas: fadiga, etc.;


Psicológicas: imprudência, distracção, negligência, fadiga psicológica, etc.;
Profissionais: ignorância, inaptidão, inexperiência, etc.;
Outras: doenças, alcoolismo, droga, etc...

As condições materiais que originam, causam e explicam situações potenciais de


risco e de perigo, de que resultem acidentes e as respectivas consequências,
constituem os factores causais materiais. Estes, também conhecidos por “falhas
técnicas”, são motivados por anomalias de:

máquinas ou ferramentas: inadequadas, não protegidas, defeituosas;


sinalização: inexistente ou desapropriada;
arrumação ou armazenagem: má arrumação do local de trabalho e/ou
acondicionamento defeituoso;
higiene e salubridade: arejamento insuficiente, má iluminação, ruído excessivo,
temperatura, humidade, sujidade, poeiras, etc...

Os factores fortuitos devem-se a situações imprevisíveis resultantes de:

60
Acções adversas de fenómenos atmosféricos incontroláveis;
Acções de animais, vegetais e minerais;
Outras acções.

Consequências dos acidentes de trabalho


As consequências dos acidentes são as manifestações externas que permitem o
seu reconhecimento. Se não as houvesse, os acidentes passariam a maior parte
das vezes despercebidos. Podem ser apreciadas no plano material e humano:

No plano material, as consequências dos acidentes de trabalho são as mais


diversas, estando directamente ligadas a factores económicos, tais como: a perda
de parte do vencimento pelo sinistrado; o eventual decréscimo do rendimento
aquando do seu retorno ao posto de trabalho; o valor do tempo perdido pelos
colegas para o socorrer; o menor rendimento do operário que o substitui; o valor dos
danos causados nas instalações, material de trabalho, equipamentos, ferramentas,
produtos, etc...

No plano humano, as consequências de um acidente podem ser muito


nefastas. Para além dos sofrimentos físico e moral sentidos pelo acidentado,
surgem preocupações de vária índole, nomeadamente quanto aos problemas de
readaptação física e reabilitação profissional, indispensáveis à sua inserção numa
nova actividade que possa ser desempenhada com as faculdades não
comprometidas no acidente.

Índices de sinistralidade

61
O cálculo dos índices de sinistralidade de uma empresa é fundamental para
o controlo dos acidentes de trabalho. Com base nestes índices podem-se
estabelecer prioridades quanto às acções de controlo.

A análise estatística da sinistralidade é realizada mensalmente a partir dos


seguintes elementos:

Nº de trabalhadores;
Nº de acidentes (com baixa, incluindo mortais, e sem baixa);
Nº de dias perdidos por acidentes de trabalho;
Nº de horas de exposição ao risco ou nº de horas de trabalho.

Com estes elementos, calculam-se os índices de sinistralidade.

Índice de frequência
O índice de frequência indica quantos acidentes com baixa, incluindo os
mortais, ocorrem em cada milhão de horas – homem de trabalho realizadas e é
representado pela expressão:

6
N ×10
If = T
N= Nº de acidentes de trabalho com baixa, incluindo os mortais.

T= Nº de horas de exposição ao risco.

Índice de incidência
62
O índice de incidência indica o nº de acidentes com baixa, incluindo os
mortais, por cada mil trabalhadores e calcula-se através da expressão:

N ×103
Ii = NT
N= Nº de acidentes de trabalho com baixa.

NT = Nº médio de trabalhadores

Índice de gravidade
O índice de gravidade indica o nº de dias perdidos por acidente de trabalho
por cada mil horas – homem de trabalho realizadas, calculando-se através da
expressão:

Dp×103
Ig = T

Dp = Nº de dias perdidos por acidente de trabalho.

T= Nº de horas de exposição em risco.

Segundo uma resolução da 6a Conferência Internacional dos Estaticistas do


Trabalho, um acidente mortal equivale à perda de 7.500 dias de trabalho.

Índice de avaliação da gravidade


Por vezes utiliza-se o índice de avaliação da gravidade (índice combinado),
representado pela seguinte expressão:

Ig
×103
Iag = I f

Iag = Índice de avaliação de gravidade;

If = Índice de frequência.

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Este índice indica o número de dias (úteis) perdidos, em média, por acidente.

Parâmetros aferidores da normalidade

Os valores de referência dos índices de sinistralidade aferidores da normalidade,


segundo classificação da OIT, são:

Índice de
Classificação Índice de gravidade
Frequência
segundo a O.I.T.
Valores referência Valores referência

Muito Bom < 20 < 0,5

Bom 20 a 40 0,1 a 1

Médio 40 a 60 1a2

Mau 60 a 100 >2

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(De notar que estes valores são tidos como referência na maioria dos países
europeus, segundo orientação da Organização Internacional do Trabalho (OIT), no
entanto podem variar por sector de actividade).

Relatórios de sinistralidade
Periodicamente (mensal e anualmente) devem ser organizados relatórios de
sinistralidade que permitam analisar o ponto da situação no que respeita à
gravidade e frequência dos acidentes de trabalho.

É de realçar a conveniência da sistematização na elaboração e composição


dos dados referentes à sinistralidade, com vista a uma correcta análise e posterior
adoção de medidas correctivas das situações anómalas eventualmente detectadas.

Apresentam-se em seguida modelos de impressos de compilação de dados,


bem como um modelo de relatório anual sobre sinistralidade, que poderão ser
adoptados.

Segurança, Higiene e Saúde do Trabalho da Construção Civil

Equipamentos de proteção individual (EPI)

Os EPIS: são itens de responsabilidade de cada trabalhador, de uso pessoal, que


devem ser fornecidos pela empresa e disponibilizados em quantidade necessária a
todos os colaboradores.

Eles precisam seguir o estabelecido na normativa NR6, mas não basta fornecer o
equipamento — é responsabilidade da empresa explicar a importância do uso.
Confira os EPIs mais comuns!

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1. Capacete de segurança

O equipamento deve ser utilizado por todos que trabalharem ou transitarem na obra,
como operários, arquitetos e engenheiros. Sua importância se deve à proteção
contra choques e quedas de materiais. O uso adequado evita muitas lesões.

2. Cinto de segurança

O cinto é um elemento de uso obrigatório para trabalhadores que realizem trabalhos


em alturas e é considerado necessário para condições de serviço com alturas
superiores a 2 metros, como manutenção de telhados, instalação de forros,
pinturas etc.

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3. Protetores auditivos

Um dos grandes problemas da construção civil é o excesso de ruído, por isso, é


essencial que os trabalhadores utilizem protetores auriculares — medida cautelar
que reduz a hipótese de lesões auditivas em longo prazo. Utilize protetores do tipo
concha e que sejam de fácil limpeza.

4. Máscaras

Notadamente, as construções geram muita poeira e resíduos, dessa forma, os


trabalhadores devem se proteger dos danos causados. Por essa razão, o uso
de máscaras é recomendado.

5. Luvas
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As chamadas luvas de raspa são ótimos equipamentos para evitar amputações e
lesões nas mãos dos trabalhadores.
Além disso, também é essencial considerar o uso de luvas de látex dependendo do
material a ser manipulado.

6. Calçado de proteção

Responsável por evitar o impacto dos elementos com os pés dos trabalhadores, os
calçados de proteção devem ser utilizados por todos, até mesmo pelos visitantes da
obra.

Equipamentos de proteção coletiva (EPC)

Tão importantes quanto os equipamentos de proteção individual, os


de proteção coletiva asseguram as condições gerais de trabalho no canteiro de
obra.
Apresentados em diversas formas, eles são regulamentados pela NR18 e reduzem
as chances de lesão no ambiente, bem como o impacto causado por restos de
materiais.

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7. Escadas e rampas

A circulação, ainda que provisória, deve ser feita de forma segura, portanto, é
necessário que os dispositivos utilizados para a transposição de nível sejam
instalados e mantidos de forma coerente com o tráfego de trabalhadores e
materiais.

8. Andaimes

As plataformas empregadas nos trabalhos em altura devem ser montadas de forma


que fiquem estáveis, tenham travamento que impossibilitem o deslocamento e
localizem-se sobre superfícies antiderrapantes e de nível constante.

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Riscos químicos

Os riscos químicos são resultados de agentes nocivos presentes na atmosfera e


encontrados em todo o canteiro de obras, principalmente nos locais onde se
manuseiam substâncias em pó, como cimento, cal, areia e qualquer outra que
possa ser inalada ou absorvida pela pele.

Os riscos químicos podem ser divididos nas seguintes categorias:

• Poeiras;

• Poeiras alcalinas;

• Fumos metálicos;

• Névoas;

• Gases;

• Vapores;
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• Substâncias, compostos ou produtos químicos.

Riscos biológicos

São riscos apresentados por animais presentes na obra. Não se trata apenas de
cães ou gatos, mas de bacilos, bactérias, protozoários, fungos, parasitas, vírus, e
demais animais como aranhas, escorpiões, ratos e até mesmo cobras, que podem
trazer consequências graves de saúde como tuberculose, brucelose, malária, raiva,
intoxicações por veneno, entre outras.

Fontes e Efeitos dos Poluentes Atmosféricos

Através duma análise às fontes existentes para os diversos poluentes,


facilmente se conclui que estes são bastante diferentes e, naturalmente, Serão
também bastante diferentes os efeitos que cada um provoca. As diferentes
características estão, desde logo, relacionadas com as diferentes origens dos
poluentes, sendo assim possível, à partida, distinguir dois tipos:

Poluentes Primários - são emitidos directamente pelas fontes para a


atmosfera (p.ex. os gases que provêm do tubo de escape de um veículo automóvel
ou de uma chaminé de uma fábrica).

Exemplos: monóxido de carbono (CO), óxidos de azoto (NOx) constituídos pelo


monóxido de azoto (NO) e pelo dióxido de azoto (NO 2), dióxido de enxofre (SO2) ou
as partículas em suspensão.

Poluentes Secundários - resultam de reacções químicas que ocorrem na


atmosfera onde participam alguns poluentes primários.

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Exemplo: o ozono troposférico (O3), o qual resulta de reacções fotoquímicas
(realizadas na presença de luz solar) que se estabelecem entre os óxidos de azoto,
o monóxido de carbono ou os Compostos Orgânicos Voláteis (COV).

Valor limite (VL), dentro do campo da segurança do trabalho, é


a concentração máxima de uma substância química a que se pode estar um ser
humano exposto sem que apareçam efeitos irreversíveis em sua saúde.

Devem ser definidos para um determinado tempo de exposição, que,


normalmente, referem-se a 8 horas de trabalho por dia, mas para alguns casos, são
valores propostos para períodos de exposição curtos (valores máximos). O valor
limite de exposição (VLE) é o valor limite, expresso em concentração média diária
para um dia de trabalho de 8 horas e uma semana de 40 horas, ponderada em
função do tempo de exposição.

72
CAPÍTULO II: METODOLOGIA DA PESQUISA

73
CAPÍTULO III: ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

74
CONCLUSÕES

75
RECOMENDAÇÕES

76
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

77
APÊNDICES
ANEXOS

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