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Recife
2010
SEGURANÇA DO TRABALHO EM ESPAÇOS CONFINADOS
APLICADO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - UFPE
Recife
2010
André Leite Salomão
Orientador do TCC
Banca Examinadora
_______________________________________
Prof. Dr. José Roberto Gonçalves de Azevedo
_______________________________________
Prof. Dr. Arnaldo Manoel Pereira Carneiro
_______________________________________
Prof. Dr. José Jeférson do Rego Silva
Recife
2010
Aos nossos pais, por todo sacrifício que fizeram. Nossos irmãos por todo
apoio, consideração e paciência dedicados.
AGRADECIMENTOS
8
ABSTRACT
This conclusion of course work covers the implementation of a procedure related to area of
work safety in confined spaces used in construction. Based on the system OHSAS
(Occupational Health and Safety Assessment Services) 18001 NR-33 standard regarding
confined spaces NBR14787, NR-15 activities in unhealthy environments and NR-18.20
reporting some issues about confinement. We carried out technical visits have enriched the
same, such as the FUNDACENTRO and bibliographic complementary. It had as its main
focus on warning about the serious condition in which employees are often rich and full-
scale, being grounded by these clues, investigations were directed to the entry permit,
training and the risks that workers can and must know within your work environment, to
achieve a quality service and especially with security.
Key Words: OSHAS, Occupational safety, confined spaces, training, entry permit, risks.
9
SUMÁRIO
Agradecimentos.
Pensamento.
Resumo.
1 Introdução ........................................................................................................................................... 11
1.2 Aplicação..................................................................................................................................... 11
5 Descarte de Resíduas........................................................................................................................... 52
Anexos......................................................................................................................................................... 57
10
1 Introdução
Fizemos uma pergunta a nós mesmos sobre a possibilidade da existência de um
procedimento de espaços confinados para construção civil e verificamos que dentre inúmeras
empresas de edificação, mesmo com a qualificação da OSHSAS 18001 não têm o mesmo, por isso,
decidimos e dedicamos meses a fim de apresentar soluções e um bom material para que a partir do
nosso trabalho se possa criar um procedimento viável, seguro e consistente. Tendo em vista as
informações contidas neste, sendo estas os treinamentos, as análises prévias, dentre outras e
incluindo ainda informações necessárias das normatizações básicas para se realizar um trabalho de
boa prática, consistente e seguro, sem possíveis acidentes.
1.1 Objetivos
1.1.1 Geral
Estabelecer requisitos mínimos para identificação de espaços confinados, seu
reconhecimento, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir
permanentemente a segurança e a saúde dos colaboradores na construção civil.
1.1.2 Específicos
Definir os procedimentos a serem adotados nas fases de planejamento, execução e
conclusão de trabalhos em espaços confinados, visando garantir a segurança das pessoas e das
instalações durante a operação e manutenção dos equipamentos e em situações de emergência.
1.2 Aplicação
11
1.3 Justificativas
Os motivos pelo quais foi escolhido o tema foram às constantes e severas fiscalizações
por parte da Delegacia Regional do Trabalho do Estado de Pernambuco (DRT-PE) e alguns
acidentes ocorridos alguns de nível grave nos canteiros de obras, bem como, a necessidade de
viabilizar ao mercado que é possível fazer segurança e ter produtividade dentro das empresas de
construção civil. Mesmo sabendo que existam também ainda aqueles empresários que acham que
segurança nos canteiros atrapalha e prejudica a produção, um pensamento retrogrado e que nos
tempos de hoje não se aceita, mas uma engenharia sem segurança em primeiro lugar.
1.4 Metodologia
A metodologia constou de pesquisas de campo com visitas periódicas a algumas
empresas de edificações com suas obras em execução, visitas estas que se tornaram
importantes para o desenvolvimento do nosso trabalho enfatizando o bom desenvolvimento
da atividade nas empresas com que conhecem os ricos associados e aplica as precauções
necessárias sem um maior ônus para as mesmas, e também mau trabalho realizado pelas
empresas que muitas vezes não tem as informações mínimas para o desenvolvimento e boa
prática da atividade.
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2 Legislação e Normas - Portarias
O sistema OHSAS (Occupational Health and Safety Assessment Series) 18001 é uma série
de especificações que regulamentam a gestão de saúde e segurança ocupacional, onde é um
referencial para empresas que contêm requisitos para Sistemas de Gestão Segurança, Higiene e
Saúde no Trabalho, desenvolvida e atualizada em conjunto por um grupo de Organismos de
Certificações internacionais, Organizações de Normalização nacionais. Permitindo assim às
organizações que estão a gerir riscos operacionais e melhorar a seu desempenho. Também orienta a
gestão dos aspectos de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho das atividades e dos negócios de
forma mais eficaz, clara e consistente, tendo como grande consideração e definição a prevenção de
acidentes, redução de riscos e o bem-estar dos colaboradores.
Existem benefícios que surgem junto com a OHSAS 18001, como por exemplo, permitir
demonstrar o compromisso da empresa com a Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho para
melhorar significativamente a eficácia das operações internas e consequentemente reduzir os
acidentes, riscos e períodos de paragem, por inadequação dos procedimentos internos que regem a
empresa ou até por conta de algum possível acidente. A segurança do colaborador é de parte
primordial para a evolução dos trabalhos crescimento da empresa e as qualidades do ambiente de
trabalho são significativamente melhoradas porque os objetivos e as responsabilidades são
definidos, e todos os colaboradores são preparados para lidar de forma eficaz com quaisquer riscos
futuros. Simultaneamente, a certificação OHSAS 18001 tem a garantir a conformidade com os
atuais requisitos legais e exigidos, reduzindo o risco de possíveis sanções e ações judiciais que
possam ser atribuídas com o passar de alguma irregularidade desenvolvida no dia-dia.
A certificação do seu Sistema de Gestão OHSAS 18001 pela SGS ICS permite-lhe
demonstrar elevados níveis de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, que graduam sua empresa
na expansão local de novos negócios ou na negociação de prêmios de seguro. As avaliações são
periódicas e regulares conduzidas pela SGS ICS que apóia as Organizações continuamente a, usar,
monitorizar, especializar e melhorar os seus Sistemas de Gestão de Segurança, Higiene e Saúde no
Trabalho e processos relacionados. Melhorando a fiabilidade das operações internas na satisfação
com os clientes, bem como todo o seu desempenho, mediante um melhor ambiente de trabalho para
os colaboradores e toda a equipe técnica. Possibilitando, com isso, uma melhoria significativa na
13
motivação dos seus colaboradores, envolvimento e consciência das suas responsabilidades na
consecução de um ambiente de trabalho seguro.
2.2.1 Tem em alguma de suas definições, que valem apena serem ressaltadas para
posteriores aplicações em procedimentos:
2.2.1.1 Aberturas de linha: Alívio intencional de um tubo, linha ou duto que esteja
transportando ou tenha transportado substâncias tóxicas, corrosivas ou inflamáveis, um gás inerte
ou qualquer fluido em volume, pressão ou temperatura capaz de causar lesão;
2.2.1.2 Análise Preliminar de Risco (APR): Avaliação inicial dos riscos potenciais,
suas causas, conseqüências e medidas de controle;
2.2.1.3 Áreas classificada: Área na qual uma atmosfera explosiva de gás está presente
ou na qual é provável sua ocorrência a ponto de exigir precauções especiais para construção,
instalação e utilização de equipamento elétrico;
14
Quando devemos ventilar?
Um espaço confinado deverá ser ventilado toda vez que a atmosfera interna apresentar um dos
quatro riscos a seguir:
• Presença de pouquíssimo oxigênio no ar, este deve ser garantido no ambiente entre
20,9% e 23% através de ventilação forçada ou natural;
• Em caso de gás mais leve que o ar, a exaustão deve ser feita no topo do ambiente
confinado e no caso de gases mais pesados que o ar, a exaustão deve ser feita na base;
• A atmosfera é inflamável;
• O ar tóxico;
• Presença de muito oxigênio no ar.
• Trabalho em atmosferas irrespiráveis, com uso de equipamento de respiração autônoma,
só pode ser realizada quando necessária e em curto prazo de tempo
15
2.2.1.6 Atmosfera rica em oxigênio: Atmosfera contendo mais de 23% de oxigênio
em volume;
16
2.2.1.11 Contaminantes: Gases, vapores, névoas, fumos e poeiras presentes na
atmosfera do espaço confinado;
17
2.2.1.19 Condição de entrada: Condições ambientais que devem permitir a entrada em
um espaço confinado onde haja critérios técnicos de proteção para riscos atmosféricos, físicos,
químicos, biológicos e/ou mecânicos que garantam a segurança dos trabalhadores;
Ilustração 03 - Placa
18
2.2.1.24 Programas para entrada em espaço confinado: Programa geral do empregador
ou seu representante, com habilitação legal, elaborado para controlar e proteger os trabalhadores de
riscos em espaços confinados e para regulamentar a entrada dos trabalhadores nestes espaços;
2.2.1.26 Purga: Método de limpeza que torna a atmosfera interior do espaço confinado
isenta de gases, vapores e outras impurezas indesejáveis através de ventilação ou lavagem com água
ou vapor;
2.2.1.27 Risco grave e Iminente: Qualquer condição que possa causar acidente de
trabalho ou doença profissional com lesão grave à integridade física do trabalhador;
19
2.2.2 Requisitos mínimos para se ter em um procedimento de espaços confinados
adequando da melhor e mais regulamentada para sua funcionalidade por meio dos
colaboradores, segundo a NBR 14787:
2.2.3 Antes da entrada no espaço confinado, o mesmo deve ser isolado através de:
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2.2.3.2 Esvaziamento e sangrias de linhas hidráulicas e pneumáticas;
2.2.3.3 Flangeamento das tubulações com acesso para o interior do espaço confinado,
ou fechamento/travamento e sinalização destas tubulações, tanto nas adjacências quanto à distância;
2.2.4.3 Identificar e avaliar os riscos dos espaços confinados antes da entrada dos
trabalhadores;
2.2.4.5 Manter por escrito os deveres dos supervisores de entrada, dos vigias e dos
trabalhadores autorizados com os respectivos nomes e assinaturas;
21
2.2.4.7 Providenciar exames médicos admissionais, periódicos e demissionais - ASO
- Atestado de Saúde Ocupacional, conforme NR-7 do Ministério do Trabalho.
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2.2.4.10.3 A permissão completa estará disponível para todos os trabalhadores
autorizados, pela sua fixação na entrada ou por quaisquer outros meios
igualmente efetivos;
b) objetivo da entrada;
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2.2.4.13 Listar e manter atualizada a relação de todos os espaços confinados;
2.2.4.15 Listar e manter atualizada a relação com o nome das pessoas que realizam
trabalhos no espaço confinado, a fim de manter todos os colaboradores em uma maior segurança;
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socorro em caos de um acidente. O treinamento deverá conter uma programática teórica e prática
mínima, oferecendo assim uma condição concreta ao colaborador;
Os treinamentos são:
O certificado deve conter o nome de cada trabalhador, as assinaturas dos instrutores, o conteúdo
programático e as datas de treinamento. A certificação estará disponível para inspeção dos
trabalhadores e seus representantes autorizados.
25
c) Certificar que a remoção de toda fonte de ignição nas proximidades do espaço confinado foi
efetuada;
2.2.4.26 Os abandonos:
a) O vigia e/ou o supervisor de entrada ordena abandono;
b) O trabalhador reconhecer algum sinal de perigo, risco ou sintoma de exposição a
uma situação perigosa;
c) Um alarme de abandono for ativado.
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2.2.4.27 São deveres dos vigias:
a) Conhecer os riscos e as medidas de prevenção que possam ser enfrentados durante a
entrada, incluindo informação sobre o modo, sinais ou sintomas e conseqüências da
exposição;
b) Estar ciente dos riscos de exposição nos trabalhadores autorizados;
c) Manter continuamente uma contagem precisa do número de trabalhadores
autorizados no espaço confinado e assegurar que os meios usados para identificar os
trabalhadores autorizados sejam exatos na identificação dos trabalhadores que estão
no espaço confinado;
d) Permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada, durante as operações até que
seja substituído por outro vigia;
e) Acionar a equipe de resgate quando necessário;
f) Operar os movimentadores de pessoas em situações normais ou de emergência;
g) Manter comunicação com os trabalhadores para monitorar o estado deles e para
alertá-los quanto à necessidade de abandonar o espaço confinado;
h) Realizar qualquer outra tarefa que possa comprometer o dever primordial, que é o de
monitorar e proteger os trabalhadores.
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e) Espaços confinados representativos são os que, com respeito ao tamanho da
abertura, configuração e meios de acesso, simulam os tipos de espaços confinados
dos quais o resgate será executado;
f) Cada membro do serviço de resgate será treinado em primeiros-socorros básicos e
em reanimação cardiopulmonar (RCP). Ao menos um membro do serviço de
resgate deverá estar disponível e ter certificação atual em primeiros-socorros e em
RCP.
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e) Espaços confinados representativos são os que, com respeito ao tamanho da
abertura, configuração e meios de acesso, simulam os tipos de espaços
confinados dos quais o resgate será executado;
f) Cada membro do serviço de resgate será treinado em primeiros socorros
básicos e em reanimação cardiopulmonar (RCP). Ao menos um membro
do serviço de resgate deverá estar disponível e ter certificação atual em
primeiros socorros e em RCP.
Ilustração – 04 - Tripé
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Suporte de ancoragem
3- Em locais com risco de contato com fiação energizada, costuma-se usar corda devido à
sua baixa condutividade elétrica;
5- Em locais com risco de haver movimentação do cabo sobre quinas cortantes de concreto
ou aço, durante uma emergência, adota-se o robusto cabo de aço com 8 mm de diâmetro, carga de
ruptura de 3480 kg.
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2.3 NR 15 – Atividades e Operações Insalubres
De acordo com a NR 15 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES são consideradas
atividades ou operações insalubres para as condições desenvolvidas neste trabalho de conclusão de
curso, as que se desenvolvem:
• Comprovadas através de laudo de inspeção do local de trabalho, constante do Anexo n.º 10;
31
caracterizada através de avaliação pericial por órgão competente, que comprove a inexistência de
risco à saúde do trabalhador, com isso, é facultado às empresas e aos sindicatos das categorias
profissionais interessadas requererem ao Ministério do Trabalho, através das DRT’s, a realização de
perícia em estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou determinar
atividade insalubre. Tendo visto que, estas perícias são requeridas às Delegacias Regionais do
Trabalho, desde que comprovada à insalubridade, o perito do Ministério do Trabalho indicará o
adicional devido. O perito descreverá no laudo a técnica e a aparelhagem utilizadas.
ANEXO N.º 1 – NR 15
85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
32
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos
Quadro - 01
2. Os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em decibéis (dB) com
instrumento de nível de pressão sonora operando no circuito de compensação "A" e circuito de
resposta lenta (SLOW). As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador;
3. Os tempos de exposição aos níveis de ruído não devem exceder os limites de tolerância fixados
no Quadro deste anexo;
4. Para os valores encontrados de nível de ruído intermediário será considerada a máxima exposição
diária permissível relativa ao nível imediatamente mais elevado;
5. Não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115 dB(A) para indivíduos que não estejam
adequadamente protegidos;
6. Se durante a jornada de trabalho ocorrer dois ou mais períodos de exposição a ruído de diferentes
níveis, devem ser considerados os seus efeitos combinados, de forma que, se a soma das seguintes
frações:
C1 + C2 +____C3____ + Cn
T1 T2 T3 Tn
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exceder a unidade, a exposição estará acima do limite de tolerância.
Na equação acima, Cn indica o tempo total que o trabalhador fica exposto a um nível de ruído
específico, e Tn indica a máxima exposição diária permissível a este nível, segundo o Quadro deste
Anexo;
1. Entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de energia acústica de duração
inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo;
2. Os níveis de impacto deverão ser avaliados em decibéis (dB), com medidor de nível de pressão
sonora operando no circuito linear e circuito de resposta para impacto. As leituras devem ser feitas
próximas ao ouvido do trabalhador. O limite de tolerância para ruído de impacto será de 130 dB
(linear). Nos intervalos entre os picos, o ruído existente deverá ser avaliado como ruído contínuo;
3. Em caso de não se dispor de medidor do nível de pressão sonora com circuito de resposta para
impacto, será válida a leitura feita no circuito de resposta rápida (FAST) e circuito de compensação
"C". Neste caso, o limite de tolerância será de 120 dB(C);
ANEXO N.º 3 – NR 15
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• Ambientes externos com carga solar:
Onde:
tg = temperatura de globo
1. Em função do índice obtido, o regime de trabalho intermitente será definido no Quadro N.º02;
Quadro - 02
2. Os períodos de descanso serão considerados tempo de serviço para todos os efeitos legais;
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Limites de Tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho intermitente com
período de descanso em outro local (local de descanso).
1. Para os fins deste item, considera-se como local de descanso ambiente termicamente mais ameno,
com o trabalhador em repouso ou exercendo atividade leve;
175 30,5
200 30,0
250 28,5
300 27,5
350 26,5
400 26,0
450 25,5
500 25,0
Quadro - 03
Onde:
M é a taxa de metabolismo média ponderada para uma hora, determinada pela seguinte fórmula:
M = Mt x Tt + Md x Td
60
Sendo:
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TAXAS DE METABOLISMO Kcal/h
POR TIPO DE ATIVIDADE
TIPO DE ATIVIDADE
SENTADO EM REPOUSO 100
TRABALHO LEVE
Sentado, movimentos
moderados com braços e tronco
(ex.: datilografia).
Em movimento, trabalho
moderado de levantar ou
empurrar.
TRABALHO PESADO
Trabalho intermitente de
levantar, empurrar ou arrastar 440 550
pesos (ex.: remoção com pá).
Trabalho fatigante
Quadro – 04
37
ANEXO N.º 10
UMIDADE
ANEXO N.º 11
AGENTES QUÍMICOS CUJA INSALUBRIDADE É CARACTERIZADA POR LIMITE DE
TOLERÂNCIA E INSPEÇÃO NO LOCAL DE TRABALHO
1. Nas atividades ou operações nas quais os trabalhadores ficam expostos a agentes químicos, a
caracterização de insalubridade ocorrerá quando forem ultrapassados os limites de tolerância
constantes do Quadro nº. 06 deste Anexo (ressaltando que é apenas parte do quadro);
2. Todos os valores fixados no Quadro nº. 06 - Tabela de Limites de Tolerância são válidos para
absorção apenas por via respiratória;
3. Todos os valores fixados no Quadro nº. 06 como "Asfixiantes Simples" determinam que nos
ambientes de trabalho, em presença destas substâncias, a concentração mínima de oxigênio deverá
ser 18 (dezoito) por cento em volume. As situações nas quais a concentração de oxigênio estiver
abaixo deste valor serão consideradas de risco grave e iminente.
4. Na coluna "VALOR TETO", estão assinalados os agentes químicos cujos limites de tolerância
não podem ser ultrapassados em momento algum da jornada de trabalho;
5. Na coluna "ABSORÇÃO TAMBÉM PELA PELE" estão assinalados os agentes químicos que
podem ser absorvidos, por via cutânea, e portanto exigindo na sua manipulação o uso da luvas
adequadas, além do EPI necessário à proteção de outras partes do corpo;
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7. Cada uma das concentrações obtidas nas referidas amostragens não deverá ultrapassar os valores
obtidos na equação que segue, sob pena de ser considerada situação de risco grave e iminente;
Onde:
L.T. = limite de tolerância para o agente químico, segundo o Quadro n.° 05.
L.T. F.D.
(pp ou mg/m³)
0 a 1 3
1 a 10 2
10 a 100 1,5
100 a 1000 1,25
acima de 1000 1,1
Quadro - 05
8. O limite de tolerância será considerado excedido quando a média aritmética das concentrações
ultrapassar os valores fixados no Quadro n.° 06;
9. Para os agentes químicos que tenham "VALOR TETO" assinalados no Quadro n.° 06 (Tabela de
Limites de Tolerância) considerar-se-á excedido o limite de tolerância, quando qualquer uma das
concentrações obtidas nas amostragens ultrapassarem os valores fixados no mesmo quadro;
10. Os limites de tolerância fixados no Quadro n.° 06 são válidos para jornadas de trabalho de até
48 (quarenta e oito) horas por semana, inclusive;
10.1 Para jornadas de trabalho que excedam as 48 (quarenta e oito) horas semanais dever-se-á
cumprir o disposto no art. 60 da CLT.
39
Quadro - 06
Devem ser executados testes em diversos pontos do espaço confinado para a verificação da
presença de gases e vapores inflamáveis ou tóxicos e deficiência/enriquecimento de oxigênio antes
do início dos trabalhos. Estes testes devem ser realizados após a purga com a temperatura próxima a
do ambiente.
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Notas:
1) Para a realização destes testes a ventilação forçada deve estar desligada a pelo menos 15 minutos.
2) Para avaliação da atmosfera do espaço confinado, devem ser observados os limites de tolerância
estabelecidos nesta norma.
ANEXO N.º 13
AGENTES QUÍMICOS
a) Grau máximo
a) Grau médio
• Aplicação a pistola de tintas de alumínio;
Ilustração – 06 Ilustração - 07
42
Ilustração - 08
AGENTES BIOLÓGICOS
a) Grau máximo;
43
Quadro - 07
Ilustração – 09 Ilustração - 10
44
AGENTES FÍSICOS
São representados pelo ruído, vibração, radiação, pressão e temperatura anormais e iluminação.
Dentre as atividades de exposição do trabalhador aos agentes físicos podem ser citadas:
inspeção, manutenção, limpeza e até mesmo a de construção do espaço confinado. Essas atividades
podem envolver solda, corte oxi-gás, radiografia, gamagrafia, corte com abrasivos, pintura e
tratamento mecânico de superfícies (esmerilhamento e jateamento).
Devido ao grande número de atividades, que podem ser desenvolvidas num espaço
confinado, e conseqüentemente a variedade de agentes físicos gerados, uma análise detalhada antes
do início de qualquer trabalho deve ser providenciada visando identificar as medições
(concentrações e intensidades) e as medidas de controle necessárias. Também deve ser identificado
o tipo de supervisão e os procedimentos para a liberação dos serviços. Os equipamentos de medição
que serão usados devem ser confiáveis. Explosímetro, oxímetro, decibelímetro, termômetro,
amostradores de gases, vapores e aerodispersóides são alguns exemplos de instrumento de medição
empregados. (APEBC)
a) Treinamento e orientação para os trabalhadores quanto aos riscos a que estão submetidos,
a forma de preveni-los e o procedimento a ser adotado em situação de risco;
b) Nos serviços em que se utilizem produtos químicos, os trabalhadores não poderão realizar
suas atividades sem a utilização de EPI adequado;
45
e) Proibição de uso de oxigênio para ventilação de local confinado;
f) Ventilação local exaustora eficaz que faça a extração dos contaminantes e ventilação geral
que execute a insuflação de ar para o interior do ambiente, garantindo de forma permanente a
renovação contínua do ar;
h) Uso de cordas ou cabos de segurança e armaduras para amarração que possibilitem meios
seguros de resgate;
j) A cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores, dois deles devem ser treinados para resgate;
47
Todos os equipamentos fixos e portáteis, inclusive os de comunicação e de movimentação
vertical e horizontal, devem ser adequados aos riscos dos espaços confinados. Nas áreas
classificadas todos os equipamentos devem estar certificados ou possuir documento contemplado no
âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade - INMETRO.
Devem-se adotar medidas para eliminar ou controlar os riscos de incêndio ou explosão em
trabalhos a quente, tais como solda, aquecimento, esmerilhamento, corte ou outros que liberem
chama aberta, faíscas ou calor. Para que, se necessário também se deve adotar medidas para
eliminar ou controlar os riscos de inundação, soterramento, engolfamento, incêndio, choques
elétricos, eletricidade estática, queimaduras, quedas, escorregamentos, impactos, esmagamentos,
amputações e outros que possam afetar a segurança e saúde dos trabalhadores.
Nunca sob nenhuma hipótese pode haver uma realização de qualquer trabalho em espaços
confinados de forma individual ou isolada. Por isso, fica estabelecido que o supervisor de entrada
deva desempenhar algumas funções:
48
k) ordenar o abandono do espaço confinado sempre que reconhecer algum sinal de
alarme, perigo, sintoma, queixa, condição proibida, acidente, situação não prevista ou
quando não puder desempenhar efetivamente suas tarefas, nem ser substituído por outro
Vigia.
Em conjunto com estes citados acima a capacitação dos Supervisores de Entrada deve ser
realizada dentro do horário de trabalho, com conteúdo programático estabelecido no subitem
33.3.5.4 da NR 33, acrescido de:
Sendo este o responsável pela execução das medidas de salvamento deve possuir aptidão
física e mental compatível com a atividade a desempenhar. Tendo sobre sua responsabilidade a
capacitação da equipe de salvamento para contemplar todos os possíveis cenários de acidentes
identificados na análise de risco.
Os limites de alarmes dos monitores de gases devem ser ajustados segundo as normas vigentes
NR 15 ou ACGIH. É importante observar valores mais restritivos.
50
• Gases combustíveis – 10 % do L.I.E
• Oxigênio – 19,5% e 23% vol.
• Monóxido de carbono – LT – 39 ppm
• Gás sulfídrico – LT – 8ppm
Na presença dos riscos atmosféricos deve ser realizadas medições, antes e durante
(monitoramento contínuo) a realização dos trabalhos, tais como:
• GÁS SULFÍDRICO
• METANO
• MONÓXIDO DE CARBONO
E outros riscos, como:
o QUEDA EM NÍVEL
o DIFERENTE PRESENÇA DE ÁGUA
Graus tolerados para uma boa prática:
o EXPLOSIVIDADE: 10%
o GÁS SULFÍDRICO: 8 PPM (LT)
o MONÓXIDO DE CARBONO: 39 PPM (LT)
51
Eliminação de Gases e Vapores
a) Uma vez isolado o espaço confinado, deve ser processada a sua purga por lavagem com
água, injeção de ar, injeção de vapor d’água ou inertização, conforme procedimento
operacional específico e tipo de produto.
b) Quando a purga for realizada através da injeção de água ou vapor d’água, o sentido do fluxo
deve ser do ponto mais baixo do espaço confinado para o ponto mais elevado. No caso de
injeção de água, deve-se certificar que a estrutura de sustentação esteja dimensionada para
isto.
c) Após a purga, deve ser garantido o isolamento do espaço confinado em relação a fontes de
injeção de água, vapor d’água e gás inerte.
4 Condições Específicas.
Após o término dos trabalhos, deve ser realizada inspeção interna, verificando, no mínimo, os
seguintes itens:
d) Presença de pessoas;
5 Descarte de Resíduos
a) O descarte de resíduos sólidos e efluentes líquidos deve atender no mínimo ao preconizado
pela norma regulamentadora nº 25 (NR-25) e pela norma PETROBRAS N-2350;
b) Os resíduos devem ser dispostos de forma a não interferir nos trabalhos ou obstruir a
passagem de pessoas, inclusive nas operações de resgate;
52
c) Na definição da área para disposição temporária de resíduos inflamáveis ou tóxicos devem
ser observadas a influência dos gases e vapores gerados por estes resíduos nos equipamentos
de apoio e resgate e no espaço confinado.
1- Utilizar apenas explosimetro em áreas inflamáveis onde possam ocorrer vazamentos que
provoquem atmosfera saturada... Deve-se utilizar oxi-explosímetro;
2- Fazer medição de gases tóxicos (por ex.. CO- monóxido de carbono) com explosimetro, com
alegação de que o CO é inflamável. Antes de haver o risco de inflamabilidade, o risco é de
gás tóxico;
3- Tentar fazer a medição, por exemplo, CO com a utilização de oximetro, com alegação de
que o CO desloca o oxigênio;
Não saber se o equipamento esta funcionando corretamente efetuando o teste de verificação com
gás. Não confundir com calibração.
6.1 Estatísticas:
Estudos OSHA – 1970 a 1985 – Casos fatais 5 grandes causas – 90% das mortes:
• Monóxido de carbono
• Gás sulfídico
• Gás carbônico
• Deficiência de oxigênio
• Gases combustíveis
53
Causas de acidentes fatais ou não fatais – NIOSH ( 1970 – 1980)
54
7 Considerações Finais;
Neste trabalho foram apresentados os requisitos mínimos para identificação do espaço
confinado e os riscos existentes, bem como os procedimentos que deveram ser adotados nas obras
de construção civil, para garantir a segurança das pessoas.
Por estas razões, se faz impreterível que as empresas atuantes na área de construção civil e
principalmente as de construção vertical, se enquadrem cada vez mais no processo de avanço da
segurança da engenharia ideal. Ter um sistema de segurança adequado e, consequentemente, um
procedimento em espaços confinados, a empresa garantirá uma condição mais satisfatória ao
empregado tanto a nível de segurança como de satisfação na obra.
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8 Referências Bibliográficas.
• Site:www.sindusconsp.com.brdownloadseventos2008sem_seguranca141108espa
co_confinado.pdf, visitado em: 08/2010
• ABNT-NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES, 15º Ed.,
13/03/2008;
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Anexos
Anexo A (informativo)
Nome da empresa:_____________________________________________________________
Trabalhadores autorizados:______________________________________________________
1. Isolamento S ( ) N ( )
Oxigênio _______________________________% O2
Inflamáveis _____________________________%LIE
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6. Teste após ventilação e isolamento: horário_______
12. Equipamentos:
Lanternas_______________________________________________________N/A ( ) S ( ) N ( )
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Equipamentos de movimentação vertical/suportes externos _______________ N/A ( ) S ( ) N ( )
Legenda:
• A entrada não pode ser permitida se algum campo não for preenchido ou contiver a marca
na coluna “não”.
• A falta de monitoramento contínuo da atmosfera no interior do espaço confinado, alarme,
ordem do vigia ou qualquer situação de risco à segurança dos trabalhadores, implica o
abandono imediato da área
• Qualquer saída de toda equipe por qualquer motivo implica a emissão de nova permissão de
entrada. Esta permissão de entrada deverá ficar exposta no local de trabalho até o seu
término. Após o trabalho, esta permissão deverá ser arquivada
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Fotos de resgate:
Ilustração 12 Ilustração 13
60
PLACA: EPI:
Ilustração – 14 Ilustração – 15
Ilustração – 16 Ilustração – 17
61
Ilustração – 18 – Trabalho Incorreto Ilustração – 19 – Entrada sem guarnição
63
Ilustração – 26 – Misturador Ilustrador – 27 – Área de disposição dos
materiais
64
Ilustração – 30 – Ventilador Ilustração – 31 – Gás Inflamável
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