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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - UFPE

CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – TCC

SEGURANÇA DO TRABALHO EM ESPAÇOS CONFINADOS


APLICADO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

André Leite Salomão

Diego Farias Soares da Silva

Recife

2010
SEGURANÇA DO TRABALHO EM ESPAÇOS CONFINADOS
APLICADO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - UFPE

CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – TCC

SEGURANÇA DO TRABALHO EM ESPAÇOS CONFINADOS


APLICADO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

André Leite Salomão

Diego Farias Soares da Silva

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao curso de graduação em Engenharia Civil da
Universidade Federal de Pernambuco, como
parte dos requisitos necessários à conclusão do
curso de Engenharia Civil.

Recife

2010
André Leite Salomão

Diego Farias Soares da Silva

SEGURANÇA DO TRABALHO EM ESPAÇOS CONFINADOS


APLICADO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi apresentado e aprovado pela graduação em


Engenharia Civil da Universidade Federal de Pernambuco, como parte dos requisitos
necessários à conclusão do curso de Engenharia Civil.

Recife, Dezembro 2010

Professor José Roberto Gonçalves de Azevedo

Orientador do TCC

Banca Examinadora

_______________________________________
Prof. Dr. José Roberto Gonçalves de Azevedo

_______________________________________
Prof. Dr. Arnaldo Manoel Pereira Carneiro

_______________________________________
Prof. Dr. José Jeférson do Rego Silva

Recife

2010
Aos nossos pais, por todo sacrifício que fizeram. Nossos irmãos por todo
apoio, consideração e paciência dedicados.
AGRADECIMENTOS

Ao nosso orientador Professor José Roberto Gonçalves de Azevedo pelo esforço e


orientação segura e responsável dedicados a nós, aos técnicos de segurança pelo esforço a nós
atribuídos e em especial a Engenheira de Segurança Michele e ao técnico de segurança
Willian ambos da ODEBRECHT e locados na obra de PIRAPAMA-PE.
“Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e
vencer com ousadia. Pois o triunfo pertence a quem se atreve... A vida é "muito" para ser
insignificante”. (Charles Chaplin)
RESUMO

Esse trabalho de conclusão de curso aborda a implementação de um procedimento


relacionado à área de segurança do trabalho em espaços confinados aplicados na construção
civil. Tendo como base o sistema OSHAS (Occupational Health and Safety Assessment
Services) 18001, NR-33 norma referente a espaços confinados, NBR14787, NR-15
atividades em ambientes insalubres e NR-18.20 que relata alguns tópicos sobre
confinamento. Neste trabalho foram realizadas visitas técnicas que enriqueceram o mesmo,
como por exemplo, à FUNDACENTRO e pesquisas bibliográficas complementares. Teve
como seu foco principal à alerta sobre a séria condição em que os colaboradores se
encontram e os ricos muitas vezes em alta escala, estando embasados por estes indícios, as
pesquisas foram direcionadas para a permissão de entrada, treinamentos e riscos que os
trabalhadores podem e devem conhecer dentro do seu ambiente de trabalho, para realizar um
serviço de qualidade e principalmente com segurança.

Palavras-Chaves: OSHAS, Segurança do trabalho, Espaços confinados, treinamento,


permissão de entrada, riscos.

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ABSTRACT

This conclusion of course work covers the implementation of a procedure related to area of
work safety in confined spaces used in construction. Based on the system OHSAS
(Occupational Health and Safety Assessment Services) 18001 NR-33 standard regarding
confined spaces NBR14787, NR-15 activities in unhealthy environments and NR-18.20
reporting some issues about confinement. We carried out technical visits have enriched the
same, such as the FUNDACENTRO and bibliographic complementary. It had as its main
focus on warning about the serious condition in which employees are often rich and full-
scale, being grounded by these clues, investigations were directed to the entry permit,
training and the risks that workers can and must know within your work environment, to
achieve a quality service and especially with security.

Key Words: OSHAS, Occupational safety, confined spaces, training, entry permit, risks.

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SUMÁRIO
Agradecimentos.

Pensamento.

Resumo.

1 Introdução ........................................................................................................................................... 11

1.1 Objetivos ..................................................................................................................................... 11

1.2 Aplicação..................................................................................................................................... 11

1.3 Justificativas .................................................................................................................................... 12

1.4 Metodologia .................................................................................................................................... 12

2 Legislação e Normas - Portarias.......................................................................................................... 13

2.1 Norma geral de segurança do trabalho – OSHAS 18001 ................................................................ 13

2.2 Norma de segurança do trabalho em espaços confinados – NBR 14.787 ....................................... 14

2.3 NR 15 – Atividades e Operações Insalubres ................................................................................... 31

2.4 NR 18.20 – Locais Confinados ....................................................................................................... 45

2.5 NR 33 – Espaços Confinados .......................................................................................................... 46

2.5.1 Cabe ao Empregador: ................................................................................................................. 46

2.5.2 Cabe aos Trabalhadores: ............................................................................................................ 47

3 Detector (limites de alarmes). ............................................................................................................. 50

4 Condições Específicas. ........................................................................................................................ 52

5 Descarte de Resíduas........................................................................................................................... 52

6 Erros encontrados nas obras ................................................................................................................ 53

6.1 Estatísticas ....................................................................................................................................... 53

7 Considerações Finais ........................................................................................................................... 55

8 Referências Bibliográficas. ................................................................................................................. 56

Anexos......................................................................................................................................................... 57

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1 Introdução
Fizemos uma pergunta a nós mesmos sobre a possibilidade da existência de um
procedimento de espaços confinados para construção civil e verificamos que dentre inúmeras
empresas de edificação, mesmo com a qualificação da OSHSAS 18001 não têm o mesmo, por isso,
decidimos e dedicamos meses a fim de apresentar soluções e um bom material para que a partir do
nosso trabalho se possa criar um procedimento viável, seguro e consistente. Tendo em vista as
informações contidas neste, sendo estas os treinamentos, as análises prévias, dentre outras e
incluindo ainda informações necessárias das normatizações básicas para se realizar um trabalho de
boa prática, consistente e seguro, sem possíveis acidentes.

O conteúdo tem por finalidade implantar dentre de todas as informações fornecidas,


figuras e fotos apresentar a melhor forma de segurança e conscientização da necessidade de um
procedimento de segurança do trabalho em espaços confinados. Trazendo exemplos negativos e
mitigação para a realização da melhor atividade e mais adequada possível.

1.1 Objetivos

1.1.1 Geral
Estabelecer requisitos mínimos para identificação de espaços confinados, seu
reconhecimento, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir
permanentemente a segurança e a saúde dos colaboradores na construção civil.

1.1.2 Específicos
Definir os procedimentos a serem adotados nas fases de planejamento, execução e
conclusão de trabalhos em espaços confinados, visando garantir a segurança das pessoas e das
instalações durante a operação e manutenção dos equipamentos e em situações de emergência.

1.2 Aplicação

Este trabalho de conclusão de curso aplica-se aos serviços de projeto e implantação de


serviços realizados em espaços confinados.

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1.3 Justificativas
Os motivos pelo quais foi escolhido o tema foram às constantes e severas fiscalizações
por parte da Delegacia Regional do Trabalho do Estado de Pernambuco (DRT-PE) e alguns
acidentes ocorridos alguns de nível grave nos canteiros de obras, bem como, a necessidade de
viabilizar ao mercado que é possível fazer segurança e ter produtividade dentro das empresas de
construção civil. Mesmo sabendo que existam também ainda aqueles empresários que acham que
segurança nos canteiros atrapalha e prejudica a produção, um pensamento retrogrado e que nos
tempos de hoje não se aceita, mas uma engenharia sem segurança em primeiro lugar.

Outro aspecto positivo é a implantação de um Sistema OHSAS (Occupational Health


and Safety Assessment Services) 18001 eficiente e uma melhor utilização das normas ABNT, que
proporciona não somente os cuidados com a saúde dos colaboradores, como também, diminui o
número de embargos, interdições e multas.

1.4 Metodologia
A metodologia constou de pesquisas de campo com visitas periódicas a algumas
empresas de edificações com suas obras em execução, visitas estas que se tornaram
importantes para o desenvolvimento do nosso trabalho enfatizando o bom desenvolvimento
da atividade nas empresas com que conhecem os ricos associados e aplica as precauções
necessárias sem um maior ônus para as mesmas, e também mau trabalho realizado pelas
empresas que muitas vezes não tem as informações mínimas para o desenvolvimento e boa
prática da atividade.

Foram realizadas também visitas na FUNDACENTRO, centro que reúne atividades e


difunde a segurança e saúde dos colaboradores. Foram extraídas, informações válidas para o
desenvolvimento deste TCC, além de algumas publicações como, por exemplo, um livreto
de treinamento em espaços confinados.

Em meados de Setembro desde ano foram realizadas visitas à obra de PIRAPAMA-PE


onde foi obtido um apoio fundamental, através de uma excelente prática atendendo todos os
requisitos de segurança necessários, com procedimentos, treinamentos dos funcionários,
equipes de resgate, etc. Já em obras verticais que era o foco deste TCC, não foram
encontrados canteiros com as condições mínimas ideais de segurança mesmo.

12
2 Legislação e Normas - Portarias

2.1 Norma geral de segurança do trabalho – OSHAS 18001

O sistema OHSAS (Occupational Health and Safety Assessment Series) 18001 é uma série
de especificações que regulamentam a gestão de saúde e segurança ocupacional, onde é um
referencial para empresas que contêm requisitos para Sistemas de Gestão Segurança, Higiene e
Saúde no Trabalho, desenvolvida e atualizada em conjunto por um grupo de Organismos de
Certificações internacionais, Organizações de Normalização nacionais. Permitindo assim às
organizações que estão a gerir riscos operacionais e melhorar a seu desempenho. Também orienta a
gestão dos aspectos de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho das atividades e dos negócios de
forma mais eficaz, clara e consistente, tendo como grande consideração e definição a prevenção de
acidentes, redução de riscos e o bem-estar dos colaboradores.

Existem benefícios que surgem junto com a OHSAS 18001, como por exemplo, permitir
demonstrar o compromisso da empresa com a Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho para
melhorar significativamente a eficácia das operações internas e consequentemente reduzir os
acidentes, riscos e períodos de paragem, por inadequação dos procedimentos internos que regem a
empresa ou até por conta de algum possível acidente. A segurança do colaborador é de parte
primordial para a evolução dos trabalhos crescimento da empresa e as qualidades do ambiente de
trabalho são significativamente melhoradas porque os objetivos e as responsabilidades são
definidos, e todos os colaboradores são preparados para lidar de forma eficaz com quaisquer riscos
futuros. Simultaneamente, a certificação OHSAS 18001 tem a garantir a conformidade com os
atuais requisitos legais e exigidos, reduzindo o risco de possíveis sanções e ações judiciais que
possam ser atribuídas com o passar de alguma irregularidade desenvolvida no dia-dia.

A certificação do seu Sistema de Gestão OHSAS 18001 pela SGS ICS permite-lhe
demonstrar elevados níveis de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, que graduam sua empresa
na expansão local de novos negócios ou na negociação de prêmios de seguro. As avaliações são
periódicas e regulares conduzidas pela SGS ICS que apóia as Organizações continuamente a, usar,
monitorizar, especializar e melhorar os seus Sistemas de Gestão de Segurança, Higiene e Saúde no
Trabalho e processos relacionados. Melhorando a fiabilidade das operações internas na satisfação
com os clientes, bem como todo o seu desempenho, mediante um melhor ambiente de trabalho para
os colaboradores e toda a equipe técnica. Possibilitando, com isso, uma melhoria significativa na
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motivação dos seus colaboradores, envolvimento e consciência das suas responsabilidades na
consecução de um ambiente de trabalho seguro.

2.2 Norma de segurança do trabalho em espaços confinados – NBR 14.787


De acordo com a própria, a NBR 14787 tem como objetivo principal estabelecer os
requisitos mínimos para proteção dos trabalhadores e do local de trabalho contra os riscos de
entrada em espaços confinados.

2.2.1 Tem em alguma de suas definições, que valem apena serem ressaltadas para
posteriores aplicações em procedimentos:

2.2.1.1 Aberturas de linha: Alívio intencional de um tubo, linha ou duto que esteja
transportando ou tenha transportado substâncias tóxicas, corrosivas ou inflamáveis, um gás inerte
ou qualquer fluido em volume, pressão ou temperatura capaz de causar lesão;
2.2.1.2 Análise Preliminar de Risco (APR): Avaliação inicial dos riscos potenciais,
suas causas, conseqüências e medidas de controle;

2.2.1.3 Áreas classificada: Área na qual uma atmosfera explosiva de gás está presente
ou na qual é provável sua ocorrência a ponto de exigir precauções especiais para construção,
instalação e utilização de equipamento elétrico;

2.2.1.4 Taxa de ventilação: É a vazão de ar que o sistema de introduz ou retira de um


ambiente. (m³/min) (pe³/min; cfm) (m³/h);

Exaustor – Ilustração 01 Ventilador – Ilustração 02

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Quando devemos ventilar?

Um espaço confinado deverá ser ventilado toda vez que a atmosfera interna apresentar um dos
quatro riscos a seguir:
• Presença de pouquíssimo oxigênio no ar, este deve ser garantido no ambiente entre
20,9% e 23% através de ventilação forçada ou natural;
• Em caso de gás mais leve que o ar, a exaustão deve ser feita no topo do ambiente
confinado e no caso de gases mais pesados que o ar, a exaustão deve ser feita na base;
• A atmosfera é inflamável;
• O ar tóxico;
• Presença de muito oxigênio no ar.
• Trabalho em atmosferas irrespiráveis, com uso de equipamento de respiração autônoma,
só pode ser realizada quando necessária e em curto prazo de tempo

A qualidade do sistema de ventilação artificial é influenciada pelos seguintes fatores:


• Obstáculos que podem reduzir ou impedir a eficiência do sistema de ventilação;
• Densidade relativa do gás ou vapor;
• Mudanças nessa densidade por efeito de temperatura.

Por isso que se precisa fazer uma medição em todo local.

2.2.1.5 Atmosfera pobre em oxigênio: Atmosfera contendo menos de 19,5% de


oxigênio em volume;
Algumas causas de deficiência de oxigênio em espaços confinados são:
• O deslocamento do ar por gás ou vapor devido à energização, desvaporização,
elevada concentração de gases e vapores e do incêndio;
• A digestão de matéria orgânica por microorganismos;
• A oxidação do ferro.

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2.2.1.6 Atmosfera rica em oxigênio: Atmosfera contendo mais de 23% de oxigênio
em volume;

2.2.1.7 Avaliações iniciais da atmosfera: Conjunto de medições preliminares


realizadas na atmosfera do espaço confinado;

2.2.1.8 Atmosfera IPVS: Atmosfera Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde:


Qualquer atmosfera que apresenta risco imediato à vida ou produza imediato efeito debilitado à
saúde;

2.2.1.9 Atmosfera de risco: Condição em que a atmosfera, em um espaço confinado,


possa oferecer riscos ao local e expor os trabalhadores ao perigo de morte, incapacitação, restrição
da habilidade para auto-resgate, lesão ou doença aguda causada por uma ou mais das seguintes
causas:
a) gás/vapor ou névoa inflamável em concentrações superiores a 10% do seu
limite inferior de Explosividade (LIE) (lower explosive limit - LEL);

b) poeira combustível viável em uma concentração que se encontre ou exceda


o limite inferior de explosividade (LIE) (lower explosive limit - LEL);

c) concentração de oxigênio atmosférico abaixo de 19,5% ou acima de 23%


em volume;

d) concentração atmosférica de qualquer substância cujo limite de tolerância


seja publicado na NR-15 do Ministério do Trabalho e Emprego ou em recomendação
mais restritiva (ACGIH), e que possa resultar na exposição do trabalhador acima
desse limite de tolerância;

e) qualquer outra condição atmosférica imediatamente perigosa à vida ou à


saúde - IPVS.

2.2.1.10 Auto-resgate: Capacidade desenvolvida pelo trabalhador através de


treinamento, que possibilita seu escape com segurança de ambiente confinado em que entrou
em IPVS;

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2.2.1.11 Contaminantes: Gases, vapores, névoas, fumos e poeiras presentes na
atmosfera do espaço confinado;

2.2.1.12 Engolfamento: É o envolvimento e a captura de uma pessoa por líquido ou


sólido finamente dividido;

2.2.1.13 Gestão de segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados: Conjunto


de medidas técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e coletivas necessárias para garantir o
trabalho seguro em espaços confinados;

2.2.1.14 Iluminação de emergência: Sistemas ou equipamentos de iluminação que


possa vir a ser acionado sempre que vier a ocorrer uma falha na iluminação normal;

2.2.1.15 Intrinsecamente Seguro: Situação em que o equipamento não pode liberar


energia elétrica ou térmica suficientes para, em condições normais ou anormais, causar a ignição de
uma dada atmosfera explosiva, conforme expresso no certificado de desconformidade do
equipamento;

2.2.1.16 Leitura direta: Dispositivo ou equipamento que permite realizar leituras de


contaminantes em tempo real;

2.2.1.17 Medidas especiais de controle: Medidas adicionais de controle necessárias


para permitir a entrada e o trabalho em espaços confinados em situações peculiares, tais como
trabalhos a quente, atmosferas IPVS ou outras;

2.2.1.18 Avaliação de local: Processo de análise onde os riscos aos quais os


trabalhadores possam estar expostos num espaço confinado são identificados e quantificados. A
avaliação inclui a especificação dos ensaios que devem ser realizados e os critérios que devem ser
utilizados;

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2.2.1.19 Condição de entrada: Condições ambientais que devem permitir a entrada em
um espaço confinado onde haja critérios técnicos de proteção para riscos atmosféricos, físicos,
químicos, biológicos e/ou mecânicos que garantam a segurança dos trabalhadores;

2.2.1.20 Proficiência: Competência, aptidão, capacitação e habilidade aliadas à


experiência;

2.2.1.21 Condição imediatamente perigosa à vida ou à saúde (IPVS): Qualquer


condição que cause uma ameaça imediata à vida ou que possa causar efeitos adversos irreversíveis à
saúde ou que interfira com a habilidade dos indivíduos para escapar de um espaço confinado sem
ajuda;
OBS.: Algumas substâncias podem produzir efeitos transientes imediatos que, apesar
de severos, possam passar sem atenção médica, mas são seguidos de repentina possibilidade de
colapso fatal após 12 h a 72 h de exposição. A vítima pode não apresentar sintomas de mal-estar
durante a recuperação dos efeitos transientes, porém está sujeita a sofrer um colapso. Tais
substâncias em concentrações perigosas são consideradas como sendo “imediatamente” perigosas à
vida ou à saúde.

2.2.1.22 Equipes de resgate: Pessoal capacitado e regularmente treinado para retirar os


trabalhadores dos espaços confinados em situação de emergência e prestar-lhes os primeiros-
socorros;

2.2.1.23 Permissões de entrada: Autorização escrita que é fornecida pelo empregador,


ou seu representante com habilitação legal, para permitir e controlar a entrada em um espaço
confinado;

Ilustração 03 - Placa

18
2.2.1.24 Programas para entrada em espaço confinado: Programa geral do empregador
ou seu representante, com habilitação legal, elaborado para controlar e proteger os trabalhadores de
riscos em espaços confinados e para regulamentar a entrada dos trabalhadores nestes espaços;

2.2.1.25 Programa de proteção respiratória: Conjunto de medidas pratica e


administrativas necessárias para proteger a saúde do trabalhador para seleção adequada e uso
correto dos respiradores;

2.2.1.26 Purga: Método de limpeza que torna a atmosfera interior do espaço confinado
isenta de gases, vapores e outras impurezas indesejáveis através de ventilação ou lavagem com água
ou vapor;

2.2.1.27 Risco grave e Iminente: Qualquer condição que possa causar acidente de
trabalho ou doença profissional com lesão grave à integridade física do trabalhador;

2.2.1.28 Riscos Psicossociais: Influência na saúde mental dos trabalhadores,


provocada pelas tensões da vida diária, pressão do trabalho e outros fatores adversos;

2.2.1.29 Supervisores de entrada: Pessoa com capacitação e responsabilidade pela


determinação se as condições de entrada são aceitáveis e estão presentes numa permissão de
entrada, como determina esta Norma;

2.2.1.30 Trabalhadores autorizados: Profissional com capacitação que recebe


autorização do empregador, ou seu representante com habilitação legal, para entrar em um espaço
confinado permitido;

2.2.1.31 Vigiam: Trabalhador que se posiciona fora do espaço confinado e monitora os


trabalhadores autorizados, realizando todos os deveres definidos no programa para entrada em
espaços confinados;

2.2.1.32 Salvamento: Procedimento operacional padronizado, realizado por equipe


com conhecimento técnico especializado, para resgatar e prestar os primeiros socorros a
trabalhadores em caso de emergência;

2.2.1.33 Trava: Dispositivo (como chave ou cadeado) utilizado para garantir


isolamento de dispositivos que possam liberar energia elétrica ou mecânica de forma acidental.

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2.2.2 Requisitos mínimos para se ter em um procedimento de espaços confinados
adequando da melhor e mais regulamentada para sua funcionalidade por meio dos
colaboradores, segundo a NBR 14787:

2.2.2.1 Todos os espaços confinados devem ser adequadamente sinalizados,


identificados e isolados, para evitar que pessoas não autorizadas adentrem a estes locais;

2.2.2.2 Antes de um trabalhador entrar num espaço confinado, a atmosfera interna


deverá ser testada por trabalhador autorizado e treinado, com um instrumento de leitura direta,
calibrado e testado antes do uso, adequado para trabalho em áreas potencialmente explosivas,
intrinsecamente seguro, protegido contra emissões eletromagnéticas ou interferências de
radiofreqüências, calibrado e testado antes da utilização para as seguintes condições:
a) concentração de oxigênio;

b) gases e vapores inflamáveis;

c) contaminantes do ar potencialmente tóxicos.

2.2.2.3 O registro de dados deve ser documentado pelo empregador, ou seu


representante com habilitação legal, e estar disponível para os trabalhadores que entrem no espaço
confinado;

2.2.2.4 Se uma atmosfera perigosa for detectada durante a entrada:


a) o espaço deverá ser analisado para determinar como a atmosfera perigosa se desenvolveu,
para registro de dados;

b) o empregador, ou seu representante com habilitação legal, deverá verificar se o espaço


confinado está seguro para entrada e garantir que as medidas que antecedem a entrada tenham sido
tomadas através de permissão de entrada por escrito.

2.2.3 Antes da entrada no espaço confinado, o mesmo deve ser isolado através de:

2.2.3.1 Travamento de fontes elétricas, de preferência com chaves à distância do


equipamento;

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2.2.3.2 Esvaziamento e sangrias de linhas hidráulicas e pneumáticas;

2.2.3.3 Flangeamento das tubulações com acesso para o interior do espaço confinado,
ou fechamento/travamento e sinalização destas tubulações, tanto nas adjacências quanto à distância;

2.2.3.4 Desconexão de correias, correntes e ligações mecânicas dos equipamentos;

2.2.3.5 Imobilização de partes mecânicas móveis;

2.2.3.6 Após o isolamento, deve ser realizada a limpeza e a descontaminação do


interior do espaço confinado.

2.2.4 Sugerimos um procedimento de entrada em espaços confinados baseados na


combinação de informações entre a NBR 14787, um procedimento utilizado pela
ODEBRECHT, outro procedimento criado pelo consórcio COEG, este último
instalado na RNEST (Refinaria do Nordeste) e conhecimentos adquiridos pelos
próprios com base em pesquisas:

2.2.4.1 Manter permanentemente um procedimento de permissão de entrada que


contenha a permissão de entrada, arquivando-a;

2.2.4.2 Implantar as medidas necessárias para prevenir as entradas não autorizadas;

2.2.4.3 Identificar e avaliar os riscos dos espaços confinados antes da entrada dos
trabalhadores;

2.2.4.4 Providenciar treinamento periódico para os trabalhadores envolvidos com


espaços confinados sobre os riscos a que estão expostos, medidas de controle e procedimentos
seguros de trabalho;

2.2.4.5 Manter por escrito os deveres dos supervisores de entrada, dos vigias e dos
trabalhadores autorizados com os respectivos nomes e assinaturas;

2.2.4.6 Implantar o serviço de emergências e resgate mantendo os membros sempre à


disposição, treinados e com equipamentos em perfeitas condições de uso;

21
2.2.4.7 Providenciar exames médicos admissionais, periódicos e demissionais - ASO
- Atestado de Saúde Ocupacional, conforme NR-7 do Ministério do Trabalho.

2.2.4.8 Todo e qualquer trabalho em espaço confinado, obrigatoriamente, deverá ter


no mínimo, duas pessoas, sendo uma delas denominada vigia;

2.2.4.9 Interromper as operações de entrada sempre que surgir um novo risco de


comprometimento dos trabalhos;
Circunstâncias que requerem a revisão da permissão de entrada em espaços confinados,
porém não limitada a estas:

a) qualquer entrada não autorizada num espaço confinado;

b) detecção de um risco no espaço confinado não coberto pela permissão;

c) detecção de uma condição proibida pela permissão;

d) ocorrência de um dano ou acidente durante a entrada;

e) mudança no uso ou na configuração do espaço confinado;

f) queixa dos trabalhadores sobre a segurança e saúde do trabalho.

As permissões de entrada canceladas por motivo de surgimento de riscos adicionais devem


ser arquivadas pelo período de um ano e servirão de base para a revisão do programa.

2.2.4.10 A permissão de entrada dividi-se em duas partes, Antes da entrada e a


permissão propriamente dita:

2.2.4.10.1 Antes que a entrada seja autorizada, o empregador, ou seu


representante com habilitação legal, deverá documentar o conjunto de medidas
necessárias para a preparação de uma entrada segura;

2.2.4.10.2 Antes da entrada, o supervisor, identificado na permissão, deve assinar


a permissão de entrada para autorizá-la;

22
2.2.4.10.3 A permissão completa estará disponível para todos os trabalhadores
autorizados, pela sua fixação na entrada ou por quaisquer outros meios
igualmente efetivos;

2.2.4.10.4 A permissão de entrada será encerrada ou cancelada quando:


a) as operações de entrada cobertas tiverem sido completadas;

b) uma condição não prevista ocorrer dentro ou nas proximidades do


espaço confinado;

c) houver a saída, pausa ou interrupção dos trabalhos em espaços


confinados.

2.2.4.10.5 A permissão de entrada propriamente dita necessita de um documento


que dará a conformidade das condições locais e autoriza a entrada em cada
espaço confinado, conforme apresentado no anexo A, deve identificar:
a) espaço confinado a ser adentrado;

b) objetivo da entrada;

c) data e duração da autorização da permissão de entrada;

d) trabalhadores autorizados a entrar num espaço confinado, que


devem ser relacionados e identificados pelo nome e pela função que irão
desempenhar;

e) assinatura e identificação do supervisor que autorizou a entrada;

f) riscos do espaço confinado a ser adentrado;

g) medidas usadas para isolar o espaço confinado e para eliminar ou


controlar os riscos do espaço confinado antes da entrada.

2.2.4.11 O espaço confinado deve conter placa de identificação;

2.2.4.12 Quando os trabalhos estiverem paralisados, além da sinalização de


advertência, devem ser previstos dispositivos para impedimento da entrada no espaço confinado;

23
2.2.4.13 Listar e manter atualizada a relação de todos os espaços confinados;

2.2.4.14 Somente pessoas treinadas no procedimento em vigor e autorizadas podem


ingressar nos espaços confinados;

2.2.4.15 Listar e manter atualizada a relação com o nome das pessoas que realizam
trabalhos no espaço confinado, a fim de manter todos os colaboradores em uma maior segurança;

2.2.4.16 Após a autorização de entrada e antes do acesso ao interior do equipamento, o


emitente da PET deve substituir a placa “ESPAÇO CONFINADO NÃO LIBERADO – ENTRADA
PROIBIDA”, instalando a placa “ESPAÇO CONFINADO LIBERADO – ENTRADA SEMPRE
COM PERMISSÃO PARA TRABALHO”. Nos intervalos de paralisação dos trabalhos ou fim de
jornada e emitente da Permissão de Entrada de Trabalho (PET) deve providenciar a colocação da
sinalização “EQUIPAMENTO NÃO LIBERADO – ENTRADA PROIBIDA” nos acessos e BV’s
do equipamento, em local de fácil visualização;

2.2.4.17 Todos os equipamentos elétricos devem ser aterrados;

2.2.4.18 Nos intervalos de paralisação dos serviços recomendamos o recolhimento ou


desconexão das mangueiras de oxigênio / Argônio / Acetileno, além de retirar do espaço confinado
qualquer outro material inflamável ou toxico que possa estar sendo usado para o serviço (Exemplo:
tintas, solventes, etc.);

2.2.4.19 Restringir o numero de pessoas no interior do espaço confinado classificados


em nível 1 ao mínimo necessário;

2.2.4.20 Os trabalhadores no interior de espaço confinado com acesso vertical e altura


superior a 1,50m classificados em nível 1 devem usar cinto de segurança de corpo inteiro (tipo pára
quedista) com uma linha de vida conectada no centro das costas próximo aos ombros. A outra
extremidade da linha de vida deve estar conectada a um dispositivo mecânico, sistema de polias
(redução de carga) ou a um ponto fixo externo de tal forma que o resgate possa começar logo que o
observador perceba o risco;

2.2.4.21 Também será necessário um treinamento mínimo para que o colaborador


possa desenvolver sua atividade de uma maneira segura, correta e capaz de realizar um possível

24
socorro em caos de um acidente. O treinamento deverá conter uma programática teórica e prática
mínima, oferecendo assim uma condição concreta ao colaborador;
Os treinamentos são:

a) Definição de espaço confinado;


b) Riscos de espaço confinado;
c) Identificação de espaço confinado;
d) Quando houver alteração nos procedimentos;
e) Pelo menos uma vez nos ano;
f) Uso apropriado de EPI e EPC;
g) Funcionamento de equipamentos utilizados;
h) Avaliação de riscos;
i) Controle de riscos;
j) Calibração e/ou teste de resposta de instrumentos utilizados;
k) Certificado do uso correto de equipamentos utilizados;
l) Simulação;
m) Resgate;
n) Primeiros-socorros;
o) Ficha de permissão.

O certificado deve conter o nome de cada trabalhador, as assinaturas dos instrutores, o conteúdo
programático e as datas de treinamento. A certificação estará disponível para inspeção dos
trabalhadores e seus representantes autorizados.

2.2.4.22 Ações de preparação para entrada


Na retirada de operação de vasos de pressão, tanques de armazenamento e outros
equipamentos considerados como espaço confinado, as ações abaixo, devem ser adotadas, sempre
que cabíveis conforme o tipo de equipamento:

a) Desenergizar os equipamentos elétricos do espaço confinado a ser trabalhado, garantindo o


não acionamento acidental;

b) Desconectar e pluguear os alívios térmicos e outras conexões afins;

25
c) Certificar que a remoção de toda fonte de ignição nas proximidades do espaço confinado foi
efetuada;

d) Certificar que o equipamento está eletricamente aterrado;

Certificar que fontes de radiação ionizantes foram blindadas ou retiradas, conforme as


instruções dos seus fabricantes.

2.2.4.23 Serão apresentados aos colaboradores os deveres e possíveis resgates se


necessários, da seguinte forma, de acordo com a NBR 14787;

2.2.4.24 Quando autorizados:


a) Que conheçam os riscos e as medidas de prevenção que possam
encontrar durante a entrada, incluindo informações sobre o modo, sinais ou sintomas
e conseqüências da exposição;
b) Usem adequadamente os equipamentos;
c) Que saibam operar os recursos de comunicação para permitir que o
vigia monitore a atuação dos trabalhadores e os alerte da necessidade de abandonar o
espaço confinado.

2.2.4.25 Conhecimento dos alertas:


a) Saber reconhecer algum sinal de perigo ou sintoma de exposição a uma situação
perigosa não prevista;
b) Detectar uma condição proibida.

2.2.4.26 Os abandonos:
a) O vigia e/ou o supervisor de entrada ordena abandono;
b) O trabalhador reconhecer algum sinal de perigo, risco ou sintoma de exposição a
uma situação perigosa;
c) Um alarme de abandono for ativado.

26
2.2.4.27 São deveres dos vigias:
a) Conhecer os riscos e as medidas de prevenção que possam ser enfrentados durante a
entrada, incluindo informação sobre o modo, sinais ou sintomas e conseqüências da
exposição;
b) Estar ciente dos riscos de exposição nos trabalhadores autorizados;
c) Manter continuamente uma contagem precisa do número de trabalhadores
autorizados no espaço confinado e assegurar que os meios usados para identificar os
trabalhadores autorizados sejam exatos na identificação dos trabalhadores que estão
no espaço confinado;
d) Permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada, durante as operações até que
seja substituído por outro vigia;
e) Acionar a equipe de resgate quando necessário;
f) Operar os movimentadores de pessoas em situações normais ou de emergência;
g) Manter comunicação com os trabalhadores para monitorar o estado deles e para
alertá-los quanto à necessidade de abandonar o espaço confinado;
h) Realizar qualquer outra tarefa que possa comprometer o dever primordial, que é o de
monitorar e proteger os trabalhadores.

2.2.4.28 Serviços de emergência e resgate devem atender:


Os requisitos que se aplicam aos empregadores que tenham trabalhadores que entrem
em espaços confinados para executar os serviços de resgate:

a) O empregador, ou seu representante com habilitação legal, deverá assegurar que


cada membro do serviço de resgate tenha equipamento de proteção individual,
respiratória e de resgate necessários para operar em espaços confinados e que sejam
treinados para seu uso adequado;
b) Cada membro do serviço de resgate deverá ser treinado para desempenhar as tarefas
de resgate designadas;
c) Cada membro do serviço de resgate deverá receber o mesmo treinamento requerido
para os trabalhadores autorizados;
d) Cada membro do serviço de resgate deverá ser capacitado, fazendo resgate em
espaços confinados, ao menos uma vez a cada 12 meses, por meio de treinamentos
simulados nos quais eles removam manequins ou pessoas dos atuais espaços
confinados ou espaços confinados representativos;

27
e) Espaços confinados representativos são os que, com respeito ao tamanho da
abertura, configuração e meios de acesso, simulam os tipos de espaços confinados
dos quais o resgate será executado;
f) Cada membro do serviço de resgate será treinado em primeiros-socorros básicos e
em reanimação cardiopulmonar (RCP). Ao menos um membro do serviço de
resgate deverá estar disponível e ter certificação atual em primeiros-socorros e em
RCP.

2.2.4.29 Sistemas de resgate:


Os sistemas de resgate deverão atender ao seguinte requisito:

Para facilitar a retirada de pessoas do interior de espaços confinados sem que a


equipe de resgate precise adentrar nestes, poderão ser utilizados movimentadores individuais
de pessoas, atendendo aos princípios dos primeiros-socorros, desde que não prejudiquem a
vítima.

2.2.4.30 Serviços de emergência resgate


Os seguintes requerimentos se aplicam aos empregadores que tenham
trabalhadores que entrem em espaços confinados para executar os serviços de
resgate:
a) O empregador, ou seu representante legal, deverá assegurar que cada
membro do serviço de resgate tenha equipamento de proteção individual,
respiratória e de resgate necessários para operar em espaços confinados e
sejam treinados no uso adequado dos mesmos;
b) Cada membro do serviço de resgate deverá ser treinado para desempenhar
as tarefas de resgate designadas;
c) Cada membro do serviço de resgate deverá receber o mesmo treinamento
requerido para os trabalhadores autorizados;
d) Cada membro do serviço de resgate deverá ser capacitado, fazendo resgate
em espaços confinados, ao menos uma vez a cada doze meses, por meio de
treinamentos simulados nas quais eles removam manequins ou pessoas dos
atuais espaços confinados ou espaços confinados representativos;

28
e) Espaços confinados representativos são os que, com respeito ao tamanho da
abertura, configuração e meios de acesso, simulam os tipos de espaços
confinados dos quais o resgate será executado;
f) Cada membro do serviço de resgate será treinado em primeiros socorros
básicos e em reanimação cardiopulmonar (RCP). Ao menos um membro
do serviço de resgate deverá estar disponível e ter certificação atual em
primeiros socorros e em RCP.

Ilustração – 04 - Tripé

29
Suporte de ancoragem

Ilustração – 05 – Ilustração do suporte

Para escolha adequada do Tripé, devem ser considerados os seguintes aspectos:

1- Para segurança contra perigo de faísca em espaço confinado com atmosfera


potencialmente explosiva é comum usar equipamentos com corda sintética ou cabo de aço com
revestimento sintético;

2- Em serviços envolvendo solda, máquinas de corte ou produtos ácidos, costuma-se usar


cabo de aço;

3- Em locais com risco de contato com fiação energizada, costuma-se usar corda devido à
sua baixa condutividade elétrica;

4- Nas indústrias farmacêuticas e alimentícias, é normal usar cabo de aço inoxidável;

5- Em locais com risco de haver movimentação do cabo sobre quinas cortantes de concreto
ou aço, durante uma emergência, adota-se o robusto cabo de aço com 8 mm de diâmetro, carga de
ruptura de 3480 kg.

2.2.4.31 Procedimento Disciplinar:


O não procedimento do procedimento, em todo ou em parte, será considerado falta grave e a
ocorrência deverá ser encaminhada ao SESMT para analise e decisão quanto à medida que se
fizerem necessárias.

30
2.3 NR 15 – Atividades e Operações Insalubres
De acordo com a NR 15 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES são consideradas
atividades ou operações insalubres para as condições desenvolvidas neste trabalho de conclusão de
curso, as que se desenvolvem:

• Acima dos limites de tolerância previstos nos Anexos n.º 1, 2, 3, 11;

• Comprovadas através de laudo de inspeção do local de trabalho, constante do Anexo n.º 10;

• Entende-se por "Limite de Tolerância", para os fins desta Norma, a concentração ou


intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao
agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral.

O exercício de trabalho em condições de insalubridade, de acordo com os subitens do item


anterior, assegura ao trabalhador a percepção de adicional, incidente sobre o salário mínimo da
região, equivalente a:

• 40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo;


• 20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio;
• 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo.

No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas considerado o de


grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo vedada a percepção cumulativa.

A eliminação ou neutralização da insalubridade determinará a cessação do pagamento do


adicional respectivo. Esta deverá ocorrer:

a) com a adoção de medidas de ordem geral que conservem o ambiente de trabalho


dentro dos limites de tolerância;

b) com a utilização de equipamento de proteção individual.

Cabe à autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde do trabalhador,


comprovada a insalubridade por laudo técnico de engenheiro de segurança do trabalho ou médico
do trabalho, devidamente habilitado, fixar adicional devido aos empregados expostos à
insalubridade quando impraticável sua eliminação ou neutralização. Esta mesma ficará

31
caracterizada através de avaliação pericial por órgão competente, que comprove a inexistência de
risco à saúde do trabalhador, com isso, é facultado às empresas e aos sindicatos das categorias
profissionais interessadas requererem ao Ministério do Trabalho, através das DRT’s, a realização de
perícia em estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou determinar
atividade insalubre. Tendo visto que, estas perícias são requeridas às Delegacias Regionais do
Trabalho, desde que comprovada à insalubridade, o perito do Ministério do Trabalho indicará o
adicional devido. O perito descreverá no laudo a técnica e a aparelhagem utilizadas.

ANEXO N.º 1 – NR 15

LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE

NÍVEL DE RUÍDO dB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA


PERMISSÍVEL

85 8 horas

86 7 horas

87 6 horas

88 5 horas

89 4 horas e 30 minutos

90 4 horas

91 3 horas e 30 minutos

92 3 horas

93 2 horas e 40 minutos

94 2 horas e 15 minutos

95 2 horas

96 1 hora e 45 minutos

98 1 hora e 15 minutos

100 1 hora

32
102 45 minutos

104 35 minutos

105 30 minutos

106 25 minutos

108 20 minutos

110 15 minutos

112 10 minutos

114 8 minutos

115 7 minutos

Quadro - 01

1. Entende-se por Ruído Contínuo ou Intermitente, para os fins de aplicação de Limites de


Tolerância, o ruído que não seja ruído de impacto;

2. Os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em decibéis (dB) com
instrumento de nível de pressão sonora operando no circuito de compensação "A" e circuito de
resposta lenta (SLOW). As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador;

3. Os tempos de exposição aos níveis de ruído não devem exceder os limites de tolerância fixados
no Quadro deste anexo;

4. Para os valores encontrados de nível de ruído intermediário será considerada a máxima exposição
diária permissível relativa ao nível imediatamente mais elevado;

5. Não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115 dB(A) para indivíduos que não estejam
adequadamente protegidos;

6. Se durante a jornada de trabalho ocorrer dois ou mais períodos de exposição a ruído de diferentes
níveis, devem ser considerados os seus efeitos combinados, de forma que, se a soma das seguintes
frações:

C1 + C2 +____C3____ + Cn

T1 T2 T3 Tn
33
exceder a unidade, a exposição estará acima do limite de tolerância.

Na equação acima, Cn indica o tempo total que o trabalhador fica exposto a um nível de ruído
específico, e Tn indica a máxima exposição diária permissível a este nível, segundo o Quadro deste
Anexo;

1. As atividades ou operações que exponham os trabalhadores a níveis de ruído, contínuo ou


intermitente, superiores a 115 dB(A), sem proteção adequada, oferecerão risco grave e
iminente.
ANEXO N.º 2 – NR 15
LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDOS DE IMPACTO

1. Entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de energia acústica de duração
inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo;

2. Os níveis de impacto deverão ser avaliados em decibéis (dB), com medidor de nível de pressão
sonora operando no circuito linear e circuito de resposta para impacto. As leituras devem ser feitas
próximas ao ouvido do trabalhador. O limite de tolerância para ruído de impacto será de 130 dB
(linear). Nos intervalos entre os picos, o ruído existente deverá ser avaliado como ruído contínuo;

3. Em caso de não se dispor de medidor do nível de pressão sonora com circuito de resposta para
impacto, será válida a leitura feita no circuito de resposta rápida (FAST) e circuito de compensação
"C". Neste caso, o limite de tolerância será de 120 dB(C);

4. As atividades ou operações que exponham os trabalhadores, sem proteção adequada, a níveis de


ruído de impacto superiores a 140 dB(LINEAR), medidos no circuito de resposta para impacto, ou
superiores a 130 dB(C), medidos no circuito de resposta rápida (FAST), oferecerão risco grave e
iminente.

ANEXO N.º 3 – NR 15

LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA EXPOSIÇÃO AO CALOR


1. A exposição ao calor deve ser avaliada através do "Índice de Bulbo Úmido Termômetro de
Globo" - IBUTG definido pelas equações que se seguem:

• Ambientes internos ou externos sem carga solar:

IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg

34
• Ambientes externos com carga solar:

IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg

Onde:

tbn = temperatura de bulbo úmido natural

tg = temperatura de globo

tbs = temperatura de bulbo seco.


2. Os aparelhos que devem ser usados nesta avaliação são: termômetro de bulbo úmido natural,
termômetro de globo e termômetro de mercúrio comum.
3. As medições devem ser efetuadas no local onde permanece o trabalhador, à altura da região do
corpo mais atingida.

Limites de Tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho intermitente com


períodos de descanso no próprio local de prestação de serviço.

1. Em função do índice obtido, o regime de trabalho intermitente será definido no Quadro N.º02;

Quadro - 02

2. Os períodos de descanso serão considerados tempo de serviço para todos os efeitos legais;

3. A determinação do tipo de atividade (Leve, Moderada ou Pesada) é feita consultando-se o


Quadro n.º 02.

35
Limites de Tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho intermitente com
período de descanso em outro local (local de descanso).

1. Para os fins deste item, considera-se como local de descanso ambiente termicamente mais ameno,
com o trabalhador em repouso ou exercendo atividade leve;

2. Os limites de tolerância são dados segundo o Quadro n.º 03;

QUADRO N.° 2 M (Kcal/h) MÁXIMO IBUTG

175 30,5

200 30,0

250 28,5

300 27,5

350 26,5

400 26,0

450 25,5

500 25,0

Quadro - 03

Onde:

M é a taxa de metabolismo média ponderada para uma hora, determinada pela seguinte fórmula:

M = Mt x Tt + Md x Td
60
Sendo:

Mt - taxa de metabolismo no local de trabalho;

Tt - soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de trabalho;


Md - taxa de metabolismo no local de descanso;
Td - soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de descanso.

36
TAXAS DE METABOLISMO Kcal/h
POR TIPO DE ATIVIDADE
TIPO DE ATIVIDADE
SENTADO EM REPOUSO 100
TRABALHO LEVE

Sentado, movimentos
moderados com braços e tronco
(ex.: datilografia).

Sentado, movimentos 125 150 150


moderados com braços e pernas
(ex.: dirigir).

De pé, trabalho leve, em


máquina ou bancada,
principalmente com os braços.
TRABALHO MODERADO

Sentado, movimentos vigorosos


com braços e pernas.

De pé, trabalho leve em


máquina ou bancada, com 180 175 220
alguma movimentação.
300
De pé, trabalho moderado em
máquina ou bancada, com
alguma movimentação.

Em movimento, trabalho
moderado de levantar ou
empurrar.

TRABALHO PESADO
Trabalho intermitente de
levantar, empurrar ou arrastar 440 550
pesos (ex.: remoção com pá).

Trabalho fatigante

Quadro – 04

37
ANEXO N.º 10

UMIDADE

1. As atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcados, com umidade


excessiva, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores, serão consideradas
insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho.

ANEXO N.º 11
AGENTES QUÍMICOS CUJA INSALUBRIDADE É CARACTERIZADA POR LIMITE DE
TOLERÂNCIA E INSPEÇÃO NO LOCAL DE TRABALHO

1. Nas atividades ou operações nas quais os trabalhadores ficam expostos a agentes químicos, a
caracterização de insalubridade ocorrerá quando forem ultrapassados os limites de tolerância
constantes do Quadro nº. 06 deste Anexo (ressaltando que é apenas parte do quadro);
2. Todos os valores fixados no Quadro nº. 06 - Tabela de Limites de Tolerância são válidos para
absorção apenas por via respiratória;

3. Todos os valores fixados no Quadro nº. 06 como "Asfixiantes Simples" determinam que nos
ambientes de trabalho, em presença destas substâncias, a concentração mínima de oxigênio deverá
ser 18 (dezoito) por cento em volume. As situações nas quais a concentração de oxigênio estiver
abaixo deste valor serão consideradas de risco grave e iminente.

Valor máximo = L.T. x F. D;

4. Na coluna "VALOR TETO", estão assinalados os agentes químicos cujos limites de tolerância
não podem ser ultrapassados em momento algum da jornada de trabalho;

5. Na coluna "ABSORÇÃO TAMBÉM PELA PELE" estão assinalados os agentes químicos que
podem ser absorvidos, por via cutânea, e portanto exigindo na sua manipulação o uso da luvas
adequadas, além do EPI necessário à proteção de outras partes do corpo;

6. A avaliação das concentrações dos agentes químicos através de métodos de amostragem


instantânea, de leitura direta ou não, deverá ser feita pelo menos em 10 (dez) amostragens, para
cada ponto - ao nível respiratório do trabalhador. Entre cada uma das amostragens deverá haver um
intervalo de, no mínimo, 20 (vinte) minutos;

38
7. Cada uma das concentrações obtidas nas referidas amostragens não deverá ultrapassar os valores
obtidos na equação que segue, sob pena de ser considerada situação de risco grave e iminente;

Onde:

L.T. = limite de tolerância para o agente químico, segundo o Quadro n.° 05.

F.D. = fator de desvio, segundo definido no Quadro n.° 06.

L.T. F.D.
(pp ou mg/m³)
0 a 1 3
1 a 10 2
10 a 100 1,5
100 a 1000 1,25
acima de 1000 1,1
Quadro - 05

8. O limite de tolerância será considerado excedido quando a média aritmética das concentrações
ultrapassar os valores fixados no Quadro n.° 06;

9. Para os agentes químicos que tenham "VALOR TETO" assinalados no Quadro n.° 06 (Tabela de
Limites de Tolerância) considerar-se-á excedido o limite de tolerância, quando qualquer uma das
concentrações obtidas nas amostragens ultrapassarem os valores fixados no mesmo quadro;

Em até 48 horas/semana, temos:

10. Os limites de tolerância fixados no Quadro n.° 06 são válidos para jornadas de trabalho de até
48 (quarenta e oito) horas por semana, inclusive;

10.1 Para jornadas de trabalho que excedam as 48 (quarenta e oito) horas semanais dever-se-á
cumprir o disposto no art. 60 da CLT.

39
Quadro - 06

* ppm - partes de vapor ou gás por milhão de partes de ar contaminado.

** mg/m3 - miligramas por metro cúbico de ar.

Monitoração da Atmosfera do Espaço Confinado

Devem ser executados testes em diversos pontos do espaço confinado para a verificação da
presença de gases e vapores inflamáveis ou tóxicos e deficiência/enriquecimento de oxigênio antes
do início dos trabalhos. Estes testes devem ser realizados após a purga com a temperatura próxima a
do ambiente.

40
Notas:

1) Para a realização destes testes a ventilação forçada deve estar desligada a pelo menos 15 minutos.

2) Para avaliação da atmosfera do espaço confinado, devem ser observados os limites de tolerância
estabelecidos nesta norma.

ANEXO N.º 13

AGENTES QUÍMICOS

Relação das atividades e operações envolvendo agentes químicos, consideradas, insalubres


em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho. Excluam-se cesta relação às atividades
ou operações com os agentes químicos constantes do Anexo 11 desta NR 15.

No caso dos Hidrocarbonetos e outros compostos de carbono, temos as insalubridades:

a) Grau máximo

• Destilação do alcatrão da hulha.


• Destilação do petróleo.
• Manipulação de alcatrão, breu, betume, antraceno, óleos minerais, óleo queimado,
parafina ou outras substâncias cancerígenas afins.
• Fabricação de fenóis, cresóis, naftóis, nitroderivados, aminoderivados, derivados
halogenados e outras substâncias tóxicas derivadas de hidrocarbonetos cíclicos.
• Pintura a pistola com esmaltes, tintas, vernizes e solventes contendo
hidrocarbonetos aromáticos.
b) Grau médio

• Emprego de defensivos derivados do ácido carbônico.


• Emprego de aminoderivados de hidrocarbonetos aromáticos (homólogos da
anilina).
• Emprego de cresol, naftaleno e derivados tóxicos.
• Emprego de isocianatos na formação de poliuretanas (lacas de desmoldagem,
lacas de dupla composição, lacas protetoras de madeira e metais, adesivos
especiais e outros produtos à base de poliisocianetos e poliuretanas).
• Emprego de produtos contendo hidrocarbonetos aromáticos como solventes ou
em limpeza de peças.
41
• Fabricação de artigos de borracha, de produtos para impermeabilização e de
tecidos impermeáveis à base de hidrocarbonetos.
• Fabricação de linóleos, celulóides, lacas, tintas, esmaltes, vernizes, solventes,
colas, artefatos de ebonite, gutapercha, chapéus de palha e outros à base de
hidrocarbonetos. Limpeza de peças ou motores com óleo diesel aplicado sob
pressão (nebulização).
• Pintura a pincel com esmaltes, tintas e vernizes em solvente contendo
hidrocarbonetos aromáticos.

Em operações diversas temos as seguintes insalubridades:

a) Grau médio
• Aplicação a pistola de tintas de alumínio;

• Fabricação de pós de alumínio (trituração e moagem);


• Fabricação e manipulação de ácido oxálico, nítrico sulfúrico, bromídrico,
fosfórico, pícrico;
• Metalização a pistola;
• Trabalho de retirada, raspagem a seco e queima de pinturas;
• Fabricação e manuseio de álcalis cáusticos.
b) Grau mínimo

• Fabricação e transporte de cal e cimento nas fases de grande exposição a poeiras;


• Trabalhos de carregamento, descarregamento ou remoção de enxofre ou sulfitos
em geral, em sacos ou a granel.

Ilustração – 06 Ilustração - 07

42
Ilustração - 08

AGENTES BIOLÓGICOS

Relação das atividades que envolvem agentes biológicos, cuja insalubridade é


caracterizada pela avaliação qualitativa, com as seguintes insalubridades:

a) Grau máximo;

• Trabalho ou operações, em contato permanente com:

- esgotos (galerias e tanques);

- lixo urbano (coleta e industrialização).

43
Quadro - 07

Ilustração – 09 Ilustração - 10

44
AGENTES FÍSICOS

São representados pelo ruído, vibração, radiação, pressão e temperatura anormais e iluminação.
Dentre as atividades de exposição do trabalhador aos agentes físicos podem ser citadas:
inspeção, manutenção, limpeza e até mesmo a de construção do espaço confinado. Essas atividades
podem envolver solda, corte oxi-gás, radiografia, gamagrafia, corte com abrasivos, pintura e
tratamento mecânico de superfícies (esmerilhamento e jateamento).
Devido ao grande número de atividades, que podem ser desenvolvidas num espaço
confinado, e conseqüentemente a variedade de agentes físicos gerados, uma análise detalhada antes
do início de qualquer trabalho deve ser providenciada visando identificar as medições
(concentrações e intensidades) e as medidas de controle necessárias. Também deve ser identificado
o tipo de supervisão e os procedimentos para a liberação dos serviços. Os equipamentos de medição
que serão usados devem ser confiáveis. Explosímetro, oxímetro, decibelímetro, termômetro,
amostradores de gases, vapores e aerodispersóides são alguns exemplos de instrumento de medição
empregados. (APEBC)

2.4 NR 18.20 – Locais Confinados


De acordo com a NR 18 (condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção),
em que nela existe o item 18.20 que explana atividades que exponham os trabalhadores a riscos de
asfixia, explosão, intoxicação e doenças do trabalho que devem ser adotadas medidas especiais de
proteção e também especifica os locais confinados relatando os pontos fundamentais para o bem
estar da atividade e dos colaborados, tais como:

a) Treinamento e orientação para os trabalhadores quanto aos riscos a que estão submetidos,
a forma de preveni-los e o procedimento a ser adotado em situação de risco;

b) Nos serviços em que se utilizem produtos químicos, os trabalhadores não poderão realizar
suas atividades sem a utilização de EPI adequado;

c) A realização de trabalho em recintos confinados deve ser precedida de inspeção prévia e


elaboração de ordem de serviço com os procedimentos a serem adotados;

d) Monitoramento permanente de substância que cause asfixia explosão e intoxicação no


interior de locais confinados realizado por trabalhador qualificado sob supervisão de
responsável técnico;

45
e) Proibição de uso de oxigênio para ventilação de local confinado;

f) Ventilação local exaustora eficaz que faça a extração dos contaminantes e ventilação geral
que execute a insuflação de ar para o interior do ambiente, garantindo de forma permanente a
renovação contínua do ar;

g) Sinalização com informação clara e permanente durante a realização de trabalhos no


interior de espaços confinados;

h) Uso de cordas ou cabos de segurança e armaduras para amarração que possibilitem meios
seguros de resgate;

i) Acondicionamento adequado de substâncias tóxicas ou inflamáveis utilizadas na aplicação


de laminados, pisos, papéis de parede ou similares;

j) A cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores, dois deles devem ser treinados para resgate;

k) Manter ao alcance dos trabalhadores ar mandado e/ou equipamento autônomo para


resgate;

l) No caso de manutenção de tanque, providenciar desgaseificação prévia antes da execução


do trabalho.

2.5 NR 33 – Espaços Confinados


A NR 33 define um espaço como confinado dizendo: “Espaço Confinado é qualquer área ou
ambiente não projetado para ocupação humana contínua, que possua meios limitados de entrada e
saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a
deficiência ou enriquecimento de oxigênio”. É um ambiente enclausurado ou parcialmente
enclausurado, neste possui entradas e saídas limitadas ou restritas e não é designado para a
ocupação humana contínua.
Existem responsabilidades que tanto o empregador quanto o colaborador devem seguir
segundo a NR 33, para um bom desenvolvimento da atividade, são eles:

2.5.1 Cabe ao Empregador:


a) Indicar formalmente o responsável técnico pelo cumprimento desta norma;
b) Identificar os espaços confinados existentes no estabelecimento;
46
c) Identificar os riscos específicos de cada espaço confinado;
d) Implementar a gestão em segurança e saúde no trabalho em espaços confinados,
por medidas técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e de emergência e salvamento,
de forma a garantir permanentemente ambientes com condições adequadas de trabalho;
e) Garantir a capacitação continuada dos trabalhadores sobre os riscos, as medidas de
controle, de emergência e salvamento em espaços confinados;
f) Garantir que o acesso ao espaço confinado somente ocorra após a emissão, por
escrito, da Permissão de Entrada e Trabalho, conforme modelo constante no anexo II desta
NR;
g) Fornecer às empresas contratadas informações sobre os riscos nas áreas onde
desenvolverão suas atividades e exigir a capacitação de seus trabalhadores;
h) Acompanhar a implementação das medidas de segurança e saúde dos
trabalhadores das empresas contratadas provendo os meios e condições para que eles possam
atuar em conformidade com esta NR;
i) Interromper todo e qualquer tipo de trabalho em caso de suspeição de condição de
risco grave e iminente, procedendo ao imediato abandono do local;
j) Garantir informações atualizadas sobre os riscos e medidas de controle antes de
cada acesso aos espaços confinados;
k) Fornecer a todo trabalhador designado a trabalhos em espaços confinados exames
médicos específicos para a função que irá desempenhar, conforme estabelecem as NRs 07 e
31, incluindo os fatores de riscos psicossociais com a emissão do respectivo Atestado de
Saúde Ocupacional – ASO.

2.5.2 Cabe aos Trabalhadores:

a) Colaborar com a empresa no cumprimento desta NR;


b) Utilizar adequadamente os meios e equipamentos fornecidos pela empresa;
c) Comunicar ao Vigia e ao Supervisor de Entrada as situações de risco para sua
segurança e saúde ou de terceiros, que sejam do seu conhecimento;
d) Cumprir os procedimentos e orientações recebidos nos treinamentos com relação
aos espaços confinados.

47
Todos os equipamentos fixos e portáteis, inclusive os de comunicação e de movimentação
vertical e horizontal, devem ser adequados aos riscos dos espaços confinados. Nas áreas
classificadas todos os equipamentos devem estar certificados ou possuir documento contemplado no
âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade - INMETRO.
Devem-se adotar medidas para eliminar ou controlar os riscos de incêndio ou explosão em
trabalhos a quente, tais como solda, aquecimento, esmerilhamento, corte ou outros que liberem
chama aberta, faíscas ou calor. Para que, se necessário também se deve adotar medidas para
eliminar ou controlar os riscos de inundação, soterramento, engolfamento, incêndio, choques
elétricos, eletricidade estática, queimaduras, quedas, escorregamentos, impactos, esmagamentos,
amputações e outros que possam afetar a segurança e saúde dos trabalhadores.
Nunca sob nenhuma hipótese pode haver uma realização de qualquer trabalho em espaços
confinados de forma individual ou isolada. Por isso, fica estabelecido que o supervisor de entrada
deva desempenhar algumas funções:

a) Emitir a Permissão de Entrada e Trabalho antes do início das atividades;


b) Executar os testes, conferir os equipamentos e os procedimentos contidos na
Permissão de Entrada e Trabalho;
c) Assegurar que os serviços de emergência e salvamento estejam disponíveis e que
os meios para acioná-los estejam operantes;
d) Cancelar os procedimentos de entrada e trabalho quando necessário;
e) Encerrar a Permissão de Entrada e Trabalho após o término dos serviços;
f) Verificar se há ainda trabalhadores na frente de serviço mesmo tendo encerrada a
atividade, para assim dar como terminado a mesmo sem correr o risco que fique alguém com
algum tipo de problema;
g) Manter continuamente a contagem precisa do número de trabalhadores
autorizados no espaço confinado e assegurar que todos saiam ao término da atividade;
h) permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada, em contato permanente
com os trabalhadores autorizados;
i) adotar os procedimentos de emergência, acionando a equipe de salvamento,
pública ou privada, quando necessário;
j) operar os movimentadores de pessoas;

48
k) ordenar o abandono do espaço confinado sempre que reconhecer algum sinal de
alarme, perigo, sintoma, queixa, condição proibida, acidente, situação não prevista ou
quando não puder desempenhar efetivamente suas tarefas, nem ser substituído por outro
Vigia.

Deve-se desenvolver e implantar programas de capacitação, ou seja, treinamentos sempre


que ocorrer:
a) Mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho;
b) Algum evento que indique a necessidade de novo treinamento;
c) Quando houver uma razão para acreditar que existam desvios na utilização ou nos
procedimentos de entrada nos espaços confinados ou que os conhecimentos não sejam
adequados.

Os treinamentos ou capacitações para colaboradores devem ter carga horária mínima de


dezesseis horas, a serem realizada dentro do horário de trabalho, com conteúdo programático de:
a) Definições;
b) Reconhecimento, avaliação e controle de riscos;
c) Funcionamento de equipamentos utilizados;
d) Procedimentos e utilização da Permissão de Entrada e Trabalho;
d) Noções de resgate e primeiros socorros.

Em conjunto com estes citados acima a capacitação dos Supervisores de Entrada deve ser
realizada dentro do horário de trabalho, com conteúdo programático estabelecido no subitem
33.3.5.4 da NR 33, acrescido de:

a) Identificação dos espaços confinados;


b) Critérios de indicação e uso de equipamentos para controle de riscos;
c) Conhecimentos sobre práticas seguras em espaços confinados;
d) Legislação de segurança e saúde no trabalho;
e) Programa de proteção respiratória;
f) Área classificada;
g) Operações de salvamento.
49
Desta forma todos os Supervisores de Entrada devem receber capacitação específica, com
carga horária mínima de quarenta horas. E os instrutores designados pelo responsável técnico,
devem possuir comprovada proficiência no assunto. Partindo disso, ao término do treinamento
deve-se emitir um certificado contendo o nome do trabalhador, conteúdo programático, carga
horária, a especificação do tipo de trabalho e espaço confinado, data e local de realização do
treinamento, com as assinaturas dos instrutores e do responsável técnico. Com isso, uma cópia do
certificado deve ser entregue ao trabalhador e a outra cópia deve ser arquivada na empresa.
Estando o supervisor com o curso realizado e dotado de todas as especificações, tanto
teóricas quanto praticas necessárias para a atividade, é preciso ter um procedimento de salvamento
contendo no mínimo as seguintes descrições:

a) Os possíveis cenários de acidentes, obtidos a partir da Análise de Riscos;


b) As medidas de salvamento e primeiros socorros a serem executadas em caso de
emergência;
c) A seleção e técnicas de utilização dos equipamentos de comunicação, iluminação de
emergência, buscam resgate, primeiros socorros e transporte de vítimas;
d) O acionamento de equipe responsável, pública ou privada, pela execução das medidas de
resgate e primeiros socorros para cada serviço a ser realizado; e
e) O exercício simulado anual de salvamento nos possíveis cenários de acidentes em
espaços confinados.

Sendo este o responsável pela execução das medidas de salvamento deve possuir aptidão
física e mental compatível com a atividade a desempenhar. Tendo sobre sua responsabilidade a
capacitação da equipe de salvamento para contemplar todos os possíveis cenários de acidentes
identificados na análise de risco.

3 Detector (limites de alarmes).

Os limites de alarmes dos monitores de gases devem ser ajustados segundo as normas vigentes
NR 15 ou ACGIH. É importante observar valores mais restritivos.

50
• Gases combustíveis – 10 % do L.I.E
• Oxigênio – 19,5% e 23% vol.
• Monóxido de carbono – LT – 39 ppm
• Gás sulfídrico – LT – 8ppm

Oxigênio: 0 a 25% Vol. H2S: 0 a 50 PPM

Inflamáveis: 0 a 100% LII CO: 0 a 500 PPM


Ilustração 11 – Aparelhos de medição

Na presença dos riscos atmosféricos deve ser realizadas medições, antes e durante
(monitoramento contínuo) a realização dos trabalhos, tais como:

• GÁS SULFÍDRICO
• METANO
• MONÓXIDO DE CARBONO
E outros riscos, como:

o QUEDA EM NÍVEL
o DIFERENTE PRESENÇA DE ÁGUA
Graus tolerados para uma boa prática:

o OXIGÊNIO: INF: 19,5%


SUP: 23%

o EXPLOSIVIDADE: 10%
o GÁS SULFÍDRICO: 8 PPM (LT)
o MONÓXIDO DE CARBONO: 39 PPM (LT)

51
Eliminação de Gases e Vapores

a) Uma vez isolado o espaço confinado, deve ser processada a sua purga por lavagem com
água, injeção de ar, injeção de vapor d’água ou inertização, conforme procedimento
operacional específico e tipo de produto.

b) Quando a purga for realizada através da injeção de água ou vapor d’água, o sentido do fluxo
deve ser do ponto mais baixo do espaço confinado para o ponto mais elevado. No caso de
injeção de água, deve-se certificar que a estrutura de sustentação esteja dimensionada para
isto.

c) Após a purga, deve ser garantido o isolamento do espaço confinado em relação a fontes de
injeção de água, vapor d’água e gás inerte.

4 Condições Específicas.
Após o término dos trabalhos, deve ser realizada inspeção interna, verificando, no mínimo, os
seguintes itens:

a) Efetiva conclusão dos serviços;

b) Remoção de equipamentos, sobra de materiais e resíduos;

c) Integridade dos componentes internos e externos do equipamento;

d) Presença de pessoas;

e) Retirada de raquetes ou flanges conforme o plano de raqueteamento.

5 Descarte de Resíduos
a) O descarte de resíduos sólidos e efluentes líquidos deve atender no mínimo ao preconizado
pela norma regulamentadora nº 25 (NR-25) e pela norma PETROBRAS N-2350;

b) Os resíduos devem ser dispostos de forma a não interferir nos trabalhos ou obstruir a
passagem de pessoas, inclusive nas operações de resgate;

52
c) Na definição da área para disposição temporária de resíduos inflamáveis ou tóxicos devem
ser observadas a influência dos gases e vapores gerados por estes resíduos nos equipamentos
de apoio e resgate e no espaço confinado.

6 Erros encontrados nas obras:


Segundo José Tadeu Brito em seu trabalho sobre espaços confinados, datado em novembro
de 2002:

1- Utilizar apenas explosimetro em áreas inflamáveis onde possam ocorrer vazamentos que
provoquem atmosfera saturada... Deve-se utilizar oxi-explosímetro;
2- Fazer medição de gases tóxicos (por ex.. CO- monóxido de carbono) com explosimetro, com
alegação de que o CO é inflamável. Antes de haver o risco de inflamabilidade, o risco é de
gás tóxico;
3- Tentar fazer a medição, por exemplo, CO com a utilização de oximetro, com alegação de
que o CO desloca o oxigênio;
Não saber se o equipamento esta funcionando corretamente efetuando o teste de verificação com
gás. Não confundir com calibração.

6.1 Estatísticas:
Estudos OSHA – 1970 a 1985 – Casos fatais 5 grandes causas – 90% das mortes:
• Monóxido de carbono
• Gás sulfídico
• Gás carbônico
• Deficiência de oxigênio
• Gases combustíveis

Causas de morte em espaços confinados – NIOSH (1980 – 1989):


• Gases (373)
• Engolfamento (227)
• Outros (70)
Total: 670

53
Causas de acidentes fatais ou não fatais – NIOSH ( 1970 – 1980)

• 100% - Ambiente não testado;


• 95% - Ausência de plano de resgate;
• 85% - Ausência de programa de treinamento;
• 80% - Ausência de procedimento escrito;
• 65% - Não sabiam que se tratava de espaços confinados;
• 60% - mais de uma morte- tentativa de socorro.

54
7 Considerações Finais;
Neste trabalho foram apresentados os requisitos mínimos para identificação do espaço
confinado e os riscos existentes, bem como os procedimentos que deveram ser adotados nas obras
de construção civil, para garantir a segurança das pessoas.

Todas as obras visitadas, exceto a de PIRAPAMA-PE, apresentavam ou nenhuma prática de


segurança para trabalhos em ambientes confinados ou práticas com requisitos abaixo do mínimo
exigido.

Por estas razões, se faz impreterível que as empresas atuantes na área de construção civil e
principalmente as de construção vertical, se enquadrem cada vez mais no processo de avanço da
segurança da engenharia ideal. Ter um sistema de segurança adequado e, consequentemente, um
procedimento em espaços confinados, a empresa garantirá uma condição mais satisfatória ao
empregado tanto a nível de segurança como de satisfação na obra.

55
8 Referências Bibliográficas.

• Site: www.sindusconpe.com.br, visitado em: 08/2010;

• Site: www.sindusconsp.com.BR, visitado em: 08/2010;

• Site: WWW.bombeiros.com.br, visitado em: 07/2010;

• Site: www.fundacentro.com.br, visitado em: 06/2010;

• Site:www.sindusconsp.com.brdownloadseventos2008sem_seguranca141108espa
co_confinado.pdf, visitado em: 08/2010
• ABNT-NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES, 15º Ed.,
13/03/2008;

• ABNT-NR 17 – ERGONOMIA, 4º Ed., 26/06/2007;

• ABNT-NR-33 SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHOS EM ESPAÇOS


CONFINADOS, 1º Ed., 27/12/2006;

• ABNT-NR 18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA


INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO,13º Ed., 10/03/2008;

• N-2637 - SEGURANÇA NO TRABALHO EM ESPAÇO CONFINADO


(NORMA - PETROBRAS), 1º Ed., 11/2002;
• ABNT-NBR 14787 - Espaço Confinado - Prevenção de Acidentes,
Procedimentos e Medidas de Proteção,1º Ed., 12/2001;
• Procedimento em espaços confinados – ODEBRECHT, 11/2002;
• Procedimentos em espaços confinados – Consórcio COEG; 11/2010;
• CARDOSO, Ângela. OHSAS 18001 - Especificação para Sistema de Gestão de
Segurança e Saúde Ocupacional, 10/07/03;
• CAMPOS, Armando. Controle e Gerenciamento de Espaços Confinados.
Disponível
em:www.sindusconsp.com.brdownloadseventos2008sem_seguranca141108espac
o_confinado.pdf, visitado em: 10/2010;
• Espacoconfinadonbr14787-090918101420-phpapp01.ppt, Disponível em:
www.portaldotecnico.net, visitado em: 09/2010.

56
Anexos

Anexo A (informativo)

Modelo - Permissão de entrada em espaço confinado

Nome da empresa:_____________________________________________________________

Local do espaço confinado:______________________Espaço confinado n:________________

Data e horário da emissão: __________________ Data e horário do término:______________

Trabalho a ser realizado:________________________________________________________

Trabalhadores autorizados:______________________________________________________

Vigia:________________________________ Equipe de resgate:________________________

Supervisor de entrada: _________________________________________________________

Procedimentos que devem ser completados antes da entrada

1. Isolamento S ( ) N ( )

2. Teste inicial da atmosfera: horário_________

Oxigênio _______________________________% O2

Inflamáveis _____________________________%LIE

Gases/vapores tóxicos ____________________ ppm

Poeiras/fumos/névoa tóxicos________________ mg/m3

Nome legível/assinatura do supervisor dos testes:____________________________________

3. Bloqueios, travamento e etiquetagem ______________________________ N/A ( ) S ( ) N ( )

4. Purga e/ou lavagem ____________________________________________ N/A ( ) S ( ) N ( )

5. Ventilação/exaustão - tipo e equipamento ___________________________N/A ( ) S ( ) N ( )

57
6. Teste após ventilação e isolamento: horário_______

Oxigênio _______________________________________________% O2 > 19,5% ou > 23,0 %

Inflamáveis ________________________________________________________ %LIE < 10%

Gases/vapores tóxicos _____________________________________________________ ppm

Poeiras/fumos/névoa tóxicos_______________________________________________ mg/m3

Nome legível/assinatura do supervisor dos testes:____________________________________

7. Iluminação geral _______________________________________________ N/A ( ) S ( ) N ( )

8. Procedimentos de comunicação:__________________________________ N/A ( ) S ( ) N ( )

9. Procedimentos de resgate: ______________________________________ N/A ( ) S ( ) N ( )

10. Procedimentos e proteção de movimentação vertical: ________________ N/A ( ) S ( ) N ( )

11. Treinamento de todos os trabalhadores? É atual?_________________________ S ( ) N ( )

12. Equipamentos:

13. Equipamento de monitoramento contínuo de gases adequado para trabalho em áreas


potencialmente explosivas de leitura direta com alarmes em condições:___________ S ( ) N ( )

Lanternas_______________________________________________________N/A ( ) S ( ) N ( )

Roupa de proteção _______________________________________________N/A ( ) S ( ) N ( )

Extintores de incêndio _____________________________________________N/A ( ) S ( ) N ( )

Capacetes, botas, luvas ___________________________________________ N/A ( ) S ( ) N ( )

Equipamentos de proteção respiratória/autônomo ou sistema de ar mandado com cilindro de


escape_________________________________________________________ N/A ( ) S ( ) N ( )

Cinturão de segurança e linhas de vida para os trabalhadores autorizados _________ S ( ) N ( )

Cinturão de segurança e linhas de vida para a equipe de resgate __________ N/A ( ) S ( ) N ( )

Escada ________________________________________________________ N/A ( ) S ( ) N ( )

58
Equipamentos de movimentação vertical/suportes externos _______________ N/A ( ) S ( ) N ( )

Equipamentos de comunicação eletrônica adequado para trabalho em áreas potencialmente


explosivas______________________________________________________ N/A ( ) S ( ) N ( )

Equipamento de proteção respiratória autônomo ou sistema de ar mandado com cilindro de escape


para a equipe de resgate ?________________________________________ S ( ) N ( )

Equipamentos elétricos e eletrônicos adequados para trabalho em áreas potencialmente


explosivas______________________________________________________ N/A ( ) S ( ) N ( )

Procedimentos que devem ser completados durante o desenvolvimento dos trabalhos

14. Permissão de trabalhos a quente ________________________________ N/A ( ) S ( ) N ( )

Procedimentos de emergência e resgate:

Telefones e contatos: Ambulância:_________Bombeiros:___________ Segurança:_________

Legenda:

N/A - “não se aplica”; N - “não”; S - “sim”.

• A entrada não pode ser permitida se algum campo não for preenchido ou contiver a marca
na coluna “não”.
• A falta de monitoramento contínuo da atmosfera no interior do espaço confinado, alarme,
ordem do vigia ou qualquer situação de risco à segurança dos trabalhadores, implica o
abandono imediato da área
• Qualquer saída de toda equipe por qualquer motivo implica a emissão de nova permissão de
entrada. Esta permissão de entrada deverá ficar exposta no local de trabalho até o seu
término. Após o trabalho, esta permissão deverá ser arquivada

59
Fotos de resgate:

Ilustração 12 Ilustração 13

60
PLACA: EPI:

Ilustração – 14 Ilustração – 15

ABNT-ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS


NBR-NORMA BRASILEIRA
MTE-MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO
NR-NORMA REGULAMENTADORA

ENTRADA SEGURA: ENTRADA INCORRETA:

Ilustração – 16 Ilustração – 17

61
Ilustração – 18 – Trabalho Incorreto Ilustração – 19 – Entrada sem guarnição

Ilustração - 20 – Iluminação inadequada Ilustração – 21 – Máscara adequada


62
Ilustração – 22 – Coluna de Ventilação Ilustração – 23 – Espaço confinado c/Disjuntor

Ilustração – 24 – Pó utilizada Ilustração – 25 – Liquido de mistura


para impermeabilização para Impermeabilização

63
Ilustração – 26 – Misturador Ilustrador – 27 – Área de disposição dos
materiais

Ilustração – 28 – Gerador Ilustração – 29 – Placa de alerta

64
Ilustração – 30 – Ventilador Ilustração – 31 – Gás Inflamável

Ilustração – 32 – Medidor de gases Ilustração – 33 – Roldana de resgate


65
Ilustração – 34 – Crachás dos colaboradores Ilustração – 35 - Disjuntor
que estão no espaço confinado

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