Você está na página 1de 21

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINASSAU

BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

IAGO THÁLLYS NOGUEIRA DE CARVALHO

DESAFIOS PARA GARANTIR A APLICAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS


PREVENTIVAS DE SEGURANÇA E HIGIENE NO TRABALHO NA
CONSTRUÇÃO CIVIL

TERESINA - PI,
20 DE DEZEMBRO DE 2022
2022 2020
DESAFIOS PARA GARANTIR A APLICAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS
PREVENTIVAS DE SEGURANÇA E HIGIENE NO TRABALHO NA
CONSTRUÇÃO CIVIL

IAGO THÁLLYS NOGUEIRA DE CARVALHO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentada ao


Programa de Graduação em Engenharia Civil da
UNINASSAU, como parte dos requisitos necessários
para a obtenção do Título de graduado em
Engenharia Civil.

Orientador: Prof. Me. Antônio Hudson Lopes


Nascimento

TERESINA - PI,
20 DE DEZEMBRO DE 2022
2022 2020
Desafios para garantir a aplicação das estratégias preventivas de segurança
e higiene no trabalho na Construção Civil

Iago Thállys Nogueira de Carvalho-UNINASSAU


Antônio Hudson Lopes Nascimento-UNINASSAU

Resumo

DE CARVALHO, Iago Thállys Nogueira. Desafios para garantir a aplicação das


estratégias preventivas de segurança e higiene no trabalho na Construção Civil. 2022.
Trabalho de conclusão de Curso –Bacharel em Engenharia. Faculdade Maurício de Nassau.
Teresina, 2022.

A Segurança do Trabalho tem como finalidade a prevenção de acidente no canteiro de obras,


é um programa a longo prazo que tem como designo sensibilizar o colaborador a proteger sua
vida e a dos companheiros por meios de ações seguras. Os objetivos de discorrer sobre as
principais medidas de segurança, higiene e prevenção de acidentes de trabalho em altura,
tendo como ênfase a saúde do trabalhador. A metodollogia utilizada foi a revisão bibliográfica
da literatura, com abordagem qualitativa e documental. O levantamento bibliográfico para a
pesquisa foi realizado por meio de indexadores online, que se encontram referenciados
Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal
de Nível Superior (CAPES) e no Google Acadêmico periódicos da área de Engenharia Civil.
O período de seleção das publicações foi dos últimos cinco anos, compreendido entre 2018 a
2022. O resultado evidenciaram uma amostra de 10 publicações uma vez que foi possível
observar a importância da utilização dos EPIs e o conhecimento das normas de seurança como
fator importante para a seurança dos trabalhadores na construção civil, assim como para a
redução dos gastos no canteiro de obras, ou mesmo com a contratação de novos funcionários,
aumentando a produção e agilizando a entrega das obras no prazo acordado, gerando um
custo/benefício satisfatório para as construtoras. Conclui-se que para garantir um ambiente de
trabalho seguro, o conhecimento dos funcionários e empregadores é muito importante.

Palavras-chave: Construção Civil. Higiene. Segurança do Trabalho.

Abstract

DE CARVALHO, Iago Thállys Nogueira. Challenges to ensure the application of


preventive strategies for safety and hygiene at work in Civil Construction. 2022.
Course conclusion work - Bachelor of Engineering. Maurício de Nassau College. Teresina,
2022.

Occupational Safety aims to prevent accidents at the construction site, it is a long-term


program whose design is to sensitize employees to protect their lives and that of their
colleagues through safe actions. The objectives of discussing the main measures of safety,
hygiene and prevention of accidents at work at height, with emphasis on the health of the
worker. The methodology used was the bibliographic review of the literature, with a
qualitative and documental approach. The bibliographical survey for the research was carried
out through online indexers, which are referenced Scientific Electronic Library Online
(SCIELO), Coordination for the Improvement of Higher Education Personnel (CAPES) and
Google Scholar journals in the area of Civil Engineering. The period of selection of
4

publications was the last five years, between 2018 and 2022. The result showed a sample of
10 publications, since it was possible to observe the importance of using PPE and knowledge
of safety standards as an important factor for the safety of workers in civil construction, as
well as reducing costs at the construction site, or even hiring new employees, increasing
production and speeding up the delivery of works within the agreed period, generating a
satisfactory cost/benefit for construction companies . It is concluded that to ensure a safe
working environment, the knowledge of employees and employers is very important.

Keywords: Civil Construction. Hygiene. Workplace safety.

1. INTRODUÇÃO

A Segurança do Trabalho tem como finalidade a prevenção de acidente no canteiro


de obras, é um programa a longo prazo que tem como designo sensibilizar o colaborador a
proteger sua vida e a dos companheiros por meios de ações seguras. A eliminação das causas
de acidentes no trabalho é necessária para que as empresas possam prestar seus serviços com
êxito (KONZEN et al., 2020).
Observa-se uma expansão na construção civil nos últimos anos, contudo, esse
aumento vem acompanhado com a ampliação no número de acidentes de trabalho e, que às
vezes culmina na morte de operários, sobretudo, quedas, choques elétricos dentre outras
causas, e isso demanda por todo um planejamento sistemático de todos os processos e
recursos de uma obra, que envolve a qualificação do trabalhador, a manutenção dos
equipamentos dentre outras ações. Assim, não basta apenas contar com elementos que possam
garantir a qualidade da construção no momento da execução da obra, é preciso também
garantir a segurança do trabalhador (SILVA, 2019).
No que diz respeito aos acidentes na construção civil a queda de operários de alturas é
um dos acidentes mais comuns, estes podem acontecer nos mais diversos ramos de atividades.
O trabalho em altura é uma atividade inerente e muitas vezes inevitável na indústria da
construção civil, consistindo num fator de risco constante. Assim, a participação dos
profissionais de segurança no planejamento e fiscalização das atividades realizadas nas fases
de execução e manutenção das edificações torna-se essencial. (CAMARGO et al., 2018).
Nesse sentido, compreende-se que é de suma importância que se intervenha nas
circunstâncias de risco, buscando regularizar o processo de modo geral e tornando as tarefas,
bem como os ambientes mais seguros para o trabalhador. Assim, constitui-se como problema
deste estudo: De que forma é possível garantir a segurança e higiene do trabalhador da
construção civil?
Com base nesse questionamento, tem-se como hipótese que através da criação de uma
5

Norma Regulamentadora ampla tornou-se possível regulamentar a segurança e higiene no


trabalho, fazendo com que os mesmos sejam materializados de forma segura e evitando ao
máximo possível acidentes muitas vezes fatais. Dessa forma, pesquisar sobre essa temática é
de suma importância a fim de se compreender as principais medidas preventivas voltadas para
a redução dos acidentes e por conseguinte para a preservação da saúde dos trabalhadores.
A segurança no trabalho pode ser tratada como um ponto de referência que configura
as empresas que zelam pela qualidade dos serviços que se propõem a executar. As atividades
de segurança não se fazem de maneira isolada, mas apoiadas em estratégias que assegurem a
organização, limpeza, higiene, produtividade, condições adequadas de trabalho e dignidade
dos operários (CAMARGO et al., 2018).
Diante do explanado este estudo tem como objetivo geral discorrer sobre as principais
medidas de segurança, higiene e prevenção de acidentes de trabalho em altura, tendo como
ênfase a saúde do trabalhador. São delimitados os seguintes objetivos específicos traçar um
perfil dos principais acidentes de trabalho; identificar as normas de segurança desse tipo de
trabalho e descrever os principais procedimentos de segurança a fim de se contribuir para a
prevenção de acidentes.
O artigo está dividido como segue: na seção 2 é apresentado a metodologia; na seção
3 é apresentado referencial teórico; na seção 4 é apresentado a resultados e discussões; na
seção 5 considerações finais e recomendações futuras e a seguinte as referências.
1. METODOLOGIA

Esta pesquisa caracterizar-se por ser uma revisão bibliográfica da literatura, com
abordagem qualitativa e documental que visa discorrer sobre as principais medidas de
segurança, higiene e prevenção de acidentes de trabalho na construção civil, desenvolvidos a
partir de materiais já elaborados e publicados, enfatizando especialmente artigos científicos.
Essa pesquisa de revisão de literatura tem por interesses, atualizar o tema escolhido para a
pesquisa e dando total enfoque na proteção dos profissionais da construção civil nos canteiros
de obras (GIL, 2018).
O levantamento bibliográfico para a pesquisa foi realizado por meio de indexadores
online, que se encontram referenciados Scientific Eletronic Library Online (SCIELO),
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e no Google
Acadêmico periódicos da área de Engenharia Civil. O período de seleção das publicações foi
dos últimos cinco anos, compreendido entre 2018 a 2022, utilizando-se os descritores:
Construção Civil, Higiene, Segurança do Trabalho.
6

No processamento dos dados para a seleção dos artigos foram observadas algumas
características dos estudos, por meio da identificação dos artigos: autores, ano de publicação,
título, objetivos e resultados. A síntese dos dados extraídos dos artigos foi apresentada de
forma descritiva em quadros reunindo o conhecimento produzido sobre tema investigado na
pesquisa bibliográfica.
Dos 100 artigos encontrados na base de dados SCIELO, CAPES e Google Acadêmico,
após a análise, 90 não contemplavam os critérios de inclusão, artigos na íntegra sobre a as
principais medidas de segurança, higiene e prevenção de acidentes de trabalho na construção
civil, nos últimos cinco anos, nos idiomas português e inglês. Já os critérios de exclusão
foram artigos que o título e/ou objetivos não possuíam ligação direta com a temática ou que
fugiram do objetivo de estudo, artigos incompletos, repetidos e os anteriores a 2018.
A amostra final foram 10 artigos, em que a análise dos dados da pesquisa ocorreu em
três etapas significativas: a primeira foi a pré-análise que constituiu na escolha dos artigos
analisados; enfatizando as hipóteses e os objetivos incluídos inicialmente, e posteriormente, a
refazer mediante ao material coletado em que foram elaborados os indicativos que
direcionaram o estabelecimento de uma interpretação final (MINAYO, 2019).

2. REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 SEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO

Desde a existência do trabalho que há lesões, adoecimento e morte, os chamados


acidentes de trabalho, que de acordo com o artigo 19 da Lei nº 8.213 de 1991 define como
acidente do trabalho todo aquele que estar a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho
dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a
morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho
(GONÇALVES, 2018).
No art. 20 da mesma lei consideram-se também como acidente de trabalho: Doença
Profissional: produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada
atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério da Previdência Social; e,
Doença do Trabalho: adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o
trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante de relação elaborada pelo
Ministério da Previdência Social (BRASIL, 1991).
A Associação Brasileira de Normas Técnicas- ABNT define, acidente do trabalho é a
7

“ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o exercício do


trabalho, que provoca lesão pessoal ou de que decorre risco próximo ou remoto dessa lesão”
NBR 14280 (2001, p.01).
O acidente de trabalho típico é aquele que ocorre no exercício do trabalho face ao
acontecimento de fato súbito e violento, incitado por uma causa exterior, ou seja, o que
acontece com trabalhadores, que no exercício de suas atividades, prestam serviço à empresa.
Ressalta-se que da definição legal de acidente típico de trabalho extraem-se requisitos
imprescindíveis para a sua ocorrência:

a) evento danoso: evento súbito, inesperado, externo ao trabalho e traumático; b)


decorrente do exercício do trabalho a serviço da empresa: exige-se que o evento seja
oriundo do trabalho prestado para o empregador, ou seja, é necessário que haja uma
relação de causa e efeito, conhecida como nexo causal; c) provoque lesão corporal
ou perturbação funcional: se não houver uma lesão física ou psíquica do trabalhador,
não se terá o acidente do trabalho (GAMBA, 2010, p. 120).

É importante lembrar que a manifestação da lesão poderá acontecer de modo tardio,


mas com nexo causal com o acidente ocorrido; causando a morte ou a perda da capacidade
para o trabalho: é necessária a morte ou a perda ou diminuição, temporária ou permanente, da
capacidade laborativa. Não se exige que, esta perda ou redução seja, instantânea. Vale
destacar que os acidentes que não ocasionem lesões e as lesões sofridas pelo empregado em
atividades extra laborais não são considerados acidentes do trabalho.
O legislador, além de determinar o acidente-típico ou tipo de trabalho, e as doenças
ocupacionais considerando-as acidente do trabalho, deliberou também abranger outros
infortúnios para equipará-los aos acidentes do trabalho. Ressalta-se que nestes casos o
acontecimento do infortúnio está indiretamente arrolado ao trabalho.
Os acidentes por equiparação estão enumerados na Lei 8.213/91, em seu Artigo 21,
porém busca-se apenas apresentar as concausas que estão descritas no inciso I do referido
artigo, e aos chamados acidentes in itinere, considerando os acidentes sucedidos no trajeto do
empregado da sua residência para o trabalho ou do trabalho para sua residência, estando estes,
citado artigo:
Art.21 Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei: I – o
acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja
contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua
capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua
recuperação; IV – o acidente sofrido pelo segurado, ainda que fora do local e horário
de trabalho: d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para
aquela qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do
segurado (BRASIL, 1991, IV, d).

As concausas ou causas concorrentes consistem naquelas que não estão vinculadas à


8

atividade laborativa, mas que concorrem com uma causa ligada ao trabalho, gerando um
resultado danoso. Verifica-se na existência, pelo trabalhador, de uma pré-disposição a
desenvolver certa doença, o que, para a maioria dos doutrinadores, torna difícil a
caracterização como acidente do trabalho, por parte dos médicos-peritos.
A doutrina contemporânea classifica as concausas em prévias, concomitantes e
supervenientes. As concausas prévias são aquelas nas quais o trabalhador apresenta uma
predisposição para certa doença, fazendo indispensável para a sua caracterização, que o
acidente seja impossibilitado de produzir o prejuízo ao trabalhador, de forma isolada. Como
explica Brandão (2009, p.173) “trabalhador que é portador de grave hipertensão arterial e que,
atuando numa fundição junto aos fornos, em trabalho pesado e em elevadas temperaturas, tem
agravada a patologia hipertensiva, conduzindo-o à morte”.
Concausas simultâneas são aquelas nas quais há uma simultaneidade com o evento
nocivo, ou seja, os sintomas da enfermidade calham com a ocasião do acidente. Conforme
Martins (2011, p.417), “seria o caso de um trabalhador que, acometido de mal súbito, cai de
um andaime, morrendo em consequência.
Já as concausas supervenientes são aquelas aparecem depois do desencadeamento do
episódio danoso e refletem implicações advindas dele. Elas agravam os efeitos do acidente.
Um exemplo a ser mencionado é o caso de uma infecção hospitalar contraída pelo trabalhador
posteriormente à realização de uma cirurgia sucedida em decorrência de acidente do trabalho
(KONZEN et al., 2020).

3.2 DAS NORMAS REGULAMENTADORAS

As normas regulamentadoras são estabelecidas pelo Ministério do Trabalho e têm


como finalidade essencial a valorização da segurança e da saúde do trabalhador. Elas
proferem todos estratégias técnicas e medidas de segurança a serem seguidas pelas empresas.
As normas regulamentadoras (NR), pertinentes à segurança e saúde do trabalho, devem ser
observadas por qualquer tipo de empresa, e que tenham empregados sob o regime da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) (MENDES, 2013).
Cabe destacar que o empregador que não cumprir as disposições legais e
regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho ficará passível às penalidades previstas
na devida legislação. Conforme estabelece a legislação brasileira, as empresas são obrigadas a
adotar medidas de prevenção e controle de doenças ocupacionais e acidentes de trabalho.
Desse modo, os empregadores devem buscar orientação técnica específica nas delegacias
9

regionais do trabalho ou empresas de consultoria ligadas à segurança e saúde no trabalho com


a finalidade de atender os requisitos das normas regulamentadoras (SOUZA, 2017).
A NR-6 é a norma de segurança do trabalho que está relacionada aos equipamentos de
proteção individual, que são de suma relevância na prevenção de acidentes de trabalho. De
acordo com a NR 6, equipamento de proteção individual – EPI, é todo dispositivo ou produto,
de uso individual do trabalhador, determinado a proteger de riscos à proteção possíveis à
segurança e a saúde do trabalho (BRASIL, 2018).
O item 6.2 da NR-6, traz que o equipamento de proteção individual, só poderá ser
posto à venda ou utilizado mediante a indicação do Certificado de Aprovação- CA, expedido
pelo órgão nacional competente em disciplina de segurança e saúde no trabalho do Ministério
do Trabalho e Emprego (CAMARGO et al, 2018).
De acordo com a NR-6, a empresa é obrigada a fornecer gratuitamente o EPI
apropriado aos empregados, e este equipamento deve se encontrar em bom estado de
conservação e funcionamento, além disso deve atender às seguites especificações:

Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra
riscos de acidentes de trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; Enquanto
as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; Para atender as
situações de emergência (BRASIL, 2018, p.07).

Já o item 6.5 da NR-6, confere ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança


e em Medicina do Trabalho–SESMT, ouvida a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes –
CIPA e trabalhadores usuários, a responsabilidade de indicar ao empregador o EPI mais
adequado ao risco existente no decorrer da atividade.
Nas empresas que não são obrigadas a consituirem SEMST, compete ao empregador
escolher o EPI adequado segundo a orientação de profissional tecnicamente capacitado,
ouvida a CIPA ou, na ausência desta, o designado e trabalhadores usuários. Dessa forma,
entende-se que, segundo a NR-6 cabe ao empregador:

Adquirir o adequado ao risco de cada atividade; exigir seu uso; fornecer ao


trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de
segurança e saúde no trabalho; orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado,
guarda e conservação; substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e, comunicar ao MTE
qualquer irregularidade observada; registrar o seu fornecimento ao trabalhador,
podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico (BRASIL, 2018, p.07).

Nesse sentido, entende-se que o empregador deve buscar se atentar para a utilização
do EPI adequado, exigindo do tratabalhador o seu uso no decorrer das atividades que o expõe
10

risco. No que se refere ao item 6.7 da NR-6 empregado possui obrigações que a serem
cumpridas em relação ao EPI.

6.7.1. Cabe ao empregado quanto ao EPI: usar, utilizando-o apenas para a finalidade
a que se destina; responsabilizar-se pela guarda e conservação; comunicar ao
empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e, cumprir as
determinações do empregador sobre o uso adequado (BRASIL, 2018, p.08).

Conforme explicita o item supracitado, é de responsabilidade do empregado


comunicar ao empregador qualquer avaria ou modificação no equipamento de proteção
individual, que possam torná-lo inadequado ao uso e, conseuquentemente não cumprir o seu
papel de proteção ao trabalhador.
No que se refere aos fabricantes nacionais de EPI, o item 6.8 da NR-6 elenca as
seguintes responsabilidades:

Cadastrar-se junto ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no


trabalho; solicitar a emissão do Certificado de aprovação -CA; solicitar a renovação do
CA quando vencido o prazo de validade estipulado pelo órgão nacional competente em
matéria de segurança e saúde do trabalho; requerer novo CA quando houver alteração
das especificações do equipamento aprovado; responsabilizar-se pela manutenção da
qualidade do EPI que deu origem ao Certificado de Aprovação - CA; comercializar ou
colocar à venda somente o EPI, portador de CA; comunicar ao órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho quaisquer alterações dos
dados cadastrais fornecidos; comercializar o EPI com instruções técnicas no idioma
nacional, orientando sua utilização, manutenção, restrição e demais referências ao seu
uso; fazer constar do EPI o número do lote de fabricação; e, providenciar a avaliação
da conformidade do EPI no âmbito do SINMETRO, quando for o caso; fornecer as
informações referentes aos processos de limpeza e higienização de seus EPI, indicando
quando for o caso, o número de higienizações acima do qual é necessário proceder à
revisão ou à substituição do equipamento, a fim de garantir que os mesmos mantenham
as características de proteção original (BRASIL, 2018 p. 9).

É importante destacar que de acordo com a NR 6, o Certificado de Aprovação –CA


deve ter uma validade de 5 anos para os equipamentos com laudos de ensaio que não estejam
em conformidade com as disposições do SINMETRO. Ou nos casos em que estejam em
conformidade, terá validade do prazo ligado à avaliação SINMETRO. Vale lembrar que todo
EPI deve apresentar em caracteres inextinguíveis e visíveis os itens a seguir: nome comercial
da empresa fabricante; lote de fabricação e o número do CA e nome do importador.
A Norma Regulamentadora 18 (NR-18) dispõe sobre as diretrizes de ordem
administrativa, de planejamento e de organização, que têm como objetivo implementar as
medidas de controle e os sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no
meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção (COUTO et al, 2019).
Desse modo, a NR-18 é um aparato de suma relevância na garantia da segurança a
11

todos os trabalhadores e pessoas envolvidas no campo da construção. Visto que torna mais
seguro o trabalho no canteiro de obras através das medidas estabelecidas na mencionada
norma.(BRASIL, 2018b).
É válido frisar que no decorrer das fases da construção, e durante à obra, aparecem
várias aberturas nos pisos e a NR-18, em seu item 18.13, requisita o fechamento provisório
dessas aberturas, pois deve ter uma boa resistência a fim de evitar a queda de pessoas por
essas aberturas. Ainda nesse mesmo item da NR-18, as aberturas utilizadas para o transporte
vertical de equipamentos e materiais devem ser protegidas com guarda-corpo no ponto de
saída e entrada. (STÜLP et al, 2017).

O item 18.13.4 da NR-18 traz que as caixas de elevadores devem possuir


fechamento provisório com no mínimo 1,20m de altura feito de material resistente.
Além disso obriga a utilização e instalação de proteção contra queda de
trabalhadores na periferia da edificação a partir do início dos serviços de
concretagem da primeira laje. Devendo ser constituída de anteparos rígidos, em
sistema de guarda corpo e rodapé, e possuir altura de 1,20m para o travessão
superior e 0,70m para o intermediário. O rodapé desse dispositivo deve possuir 0,20
m de altura e seus vãos entre travessas deve ser preenchido com tela ou qualquer
outro dispositivo que mantenha a abertura devidamente fechada (FRAGA;
MENESES, 2016, p.19).

No item 18.13.6, a NR-18 impõe o uso e instalação de plataforma principal de


proteção na altura da primeira laje que esteja a um pé-direito acima do nível do terreno, em
construções de edifícios com mais de 4 pavimentos ou altura equivalente. Dessa forma, a
queda de materiais é evitada no decorrer das atividades nas lajes superiores impedindo
possíveis acidentes como queda de trabalhadores. No que se refere às dimensões dessas
plataformas, elas devem ter no mínimo 2,50m de projeção horizontal da face externa da
construção e um complemento de 0,80 m com inclinação de 45 graus. Deve ser instalada logo
depois da concretagem da primeira laje e retirada quando o revestimento do prédio acima
dessa plataforma for finalizado (BRASIL, 2018b).
Na construção civil, em muitas fases de uma obra é preciso utilizar andaimes para
executar determinadas tarefas, contudo, esses andaimes precisam seguir os requisitos
estabelecidos pela NR-18 a fim de garantir integral segurança ao trabalhador.
12

Figura 01 – andaime simplesmente apoiado

Fonte: JRV SERVICES (2021).


Figura 02: Andaime de balanço

Fonte: JRV SERVICES (2021).

Pode-se citar como um dos serviços de alto risco de acidente em decorrência de


quedas são aqueles que são materializados em telhados ou laje. Muitas obras não seguem as
indicações e proporcionam o surgimento de riscos à integridade física e à vida do profissional
da construção (FIRETTI, 2013).

3.3 OS DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO DE PLANO VERTICAL E HORIZONTAL

De acordo com as exigências da NR-18 em seu item 18.13.4, o Sistema Guarda-


corpo-Rodapé deve possuir uma altura de 1,20 m para o travessão superior e 0,70m para o
travessão intermediário, possuindo o rodapé de 0,20. Seus vãos devem ser preenchidos com
13

tela, conforme obriga a norma.

Figura 06 –Sistema Guarda- corpo-Rodapé

Fonte: DAMIANI, (2019).

Os andaimes suspensos devem possuir o sistema GcR’s como medida de proteção em


todo o seu perímetro, de acordo com a NR-18, seus pisos devem estar nivelados e fixados
seguramente. Além de possuir sustentação suficiente e segura, e cobertura em tela em todo o
seu perímetro, conforme recomenda a norma.
Quanto ao fechamento provisório dos vãos das caixas dos elevadores, é importante
fazer uso do sistema GcR como fechamento provisório dos vãos das caixas dos elevadores,
conforme recomenda a NR-18 em seu item 18.13, possuindo altura mínima de 1,20.
14

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Para uma análise detalhada dos 10 artigos selecionados foi realizado a distribuição
dos artigos de acordo com autor, ano, objetivos, resultados e conclusão, seguindo a ordem que
os artigos foram selecionados dos mais atuais para os mais antigos, como demonstra o Quadro
1.
Quadro 1 – Distribuição dos artigos de acordo com autor, ano, título objetivos, resultados e
conclusão sobre benefícios do treinamento funcional no tratamento da depressão em idoso.
Nº Autor Título Objetivos Resultados Conclusão
Ano
01 Freitas et al., Segurança do Analisar o emprego A construção civil Conclui-se que, com
(2022) trabalho no das normas de por se tratar de uma a aplicação das
setor da segurança no área antiga normas
construção civil. trabalho na mundialmente, traz regulamentadoras de
construção civil, consigo vários segurança do
com o intuito de riscos de acidentes trabalho no setor da
preservar a saúde e de trabalho e construção
a integridade física doenças civil, podem ocorrer
dos colaboradores ocupacionais. benefícios sociais e
Assim, tem econômicos, bem
ganhado uma como a preservação
relevante do bem-estar e
atenção pela saúde dos
legislação trabalhadores, de tal
brasileira, para a modo a reduzir os
segurança do custos provenientes
trabalhador deste de acidentes, multas
ramo. e
paralisação de obras
02 Romão et al., Prevenção de Demonstrar como As Normas Conclui-se que uma
(2022) acidentes na as NRs – Normas Regulamentadoras legislação robusta
construção civil Regulamentadoras devem ser na área, que precisa
e adoção de utilizadas como de adaptações com o
controles ferramentas de tempo, a mesma
estatísticos apoio a legislação bem empregada e
contribuem para um vigente, empresários
bom andamento das colaborando com o consciente que não
atividades, ganho bom andamento das vejam a
de atividades em adoção de medidas
produtividade e questão. Este de proteção como
eficiência na estudo teve o custo e sim como
execução das objetivo de analisar investimento, sem
tarefas diárias. a Prevenção de dúvidas
Acidentes na os números serão
Construção Civil no reduzidos.
que se refere a
aplicação das
Normas
Regulamentadoras
(NR).
03 Oliveira, Toledo Análise dos Investigar os Os resultados Conclui-se que é
(2022) impactos impactos evidenciaram que o importante conhecer
econômicos econômicos não atendimento à e cumprir as
decorrentes da decorrentes do não NR-06 em sua Normas
15

utilização de fornecimento de totalidade, gera não Regulamentadoras,


EPI ou da falta Equipamentos de somente tanto para o
destes: estudo Proteção Individual impactos empregado quanto
de caso de uma – EPI, por parte de econômicos, mas para o empregador,
microempresa uma microempresa também sociais e na a fim de evitar
de construção de construção saúde dos grandes prejuízos
civil civil trabalhadores, financeiros, não
podendo acarretar somente com as
ainda mais gastos multas, mas também
caso estes sejam com possíveis
acometidos por acidentes ou
algum acidente ou doenças que possam
doença decorrente vir a ser decorrentes
da do não atendimento
falta de uso dos EPI às normas. Palavras-
adequados chave: Construção
Civil.
04 Fernandes A Importância e Analisar e avaliar a Os resultados É incontestável a
(2021) Necessidade da Importância e a evidenciaram que importância da
Segurança do Necessidade da as medidas de Segurança do
Trabalho na Segurança do proteção coletiva Trabalho nas
Construção Trabalho na em construções construções civis
Civil Construção Civil a podem ser uma vez que ficou
fim de mostrar os consideradas como claro o perigo das
benefícios do toda e qualquer atividades na
investimento na medida construção civil e a
gestão dos recursos protecionista que exposição dos
para segurança e faça parte do corpo trabalhadores aos
prevenção de da obra em riscos, que
acidentes de construção, visando geralmente não
trabalho na área da à proteção de um possuem grande
Engenharia. conjunto de conscientização
trabalhadores. sobre o perigo que
estão submetidos.
Portanto, esse
estudo pode ser útil
para a melhoria das
práticas de
Segurança do
Trabalho na
construção civil.
05 Konzen et al., Desafios para Identificar os Os resultados Conclui-se que que
(2020) garantir a motivos que levam puderam confirmar o nível de
aplicação das o trabalhador da que a utilização conscientização
estratégias construção civil a adequada dos EPIs sobre segurança,
preventivas de deixar de utilizar ainda depende da bem como a
segurança no os Equipamentos atuação socialmente antropometria do
trabalho na de Proteção responsável da equipamento de
construção civi Individual (EPI), empresa, com proteção, podem ser
estabelecidos programas de os principais
como intensa fiscalização motivos de
imprescindíveis quanto ao resistência ao uso
para assegurar a cumprimento das adequado do EPI,
saúde no trabalho obrigações motivando a retirada
normativas. do mesmo em
algum momento do
trabalho.
06 Sobrinho Segurança do Analisar de forma O estudo observou Concluiu-se que o
(2020) trabalho na geral nos canteiros que apenas um dos setor das pequenas
construção civil de obras o canteiros estava construções na
16

: estudo em cumprimento ou organizado, limpo e cidade não está


obras de não das Normas desimpedido nas preparado para
pequeno porte Regulamentadoras. vias de circulação atender a legislação
na cidade de de pessoas. vigente, pois
Santa Cruz do conforme análise,
Sul. não existe uma
fiscalização por
parte dos órgãos
responsáveis nestas
pequenas obras e
por essa falta de
fiscalização os
engenheiros e
operários não tem
interesse em
cumprir com isto,
alegando que é um
gasto muito alto
para o tamanho da
obra mesmo
compreendendo que
estão colocando em
riscos suas próprias
vidas.
07 Rafael A importância Destacar a Verificou-se que Conclui-se que é
(2019) do uso de epi na importância dos apesar das fundamental o uso
construção civil EPIs no segmento estatísticas de EPI pelos
da construção civil. detalhadas sobre trabalhadores da
acidentes de construção civil
trabalho no Brasil e para a prevenção do
no setor da acidente de trabalho
construção civil,
não foram
encontrados dados
que tratassem de
estatísticas de
acidentes de
trabalho
relacionadas com a
falta de uso, ou uso
inadequado do
equipamento de
proteção individual.
08 Damiani Mudança de Avaliar as diversas Os resultados Conclui-se que ao
(2019) políticas de formas de métodos evidenciaram que a investir em EPI
segurança do e políticas que principal aumentou a
trabalho em foram adotados dificuldade relatada segurança dos
uma empresa de para que pelos trabalhadores,
construção civil fosse criado uma entrevistados foram aumentou a
cultura de Saúde e as imposições feitas produção e agilizou
Segurança do pela diretoria da a entrega das obras.
Trabalho em uma empresa devido ao
empresa. alto custo de
implantação de
várias exigências
das Norma, como a
grande quantidade
de exames,
treinamentos que
precisam ser feitos,
17

além da troca de
betoneiras e
elevadores de
transporte
que necessitaram
ser atualizados.
09 Resende A importância Realizar uma Os resultados Conclui-se que o
(2019) do análise do uso observaram que o uso dos EPI’s são
epquipamento de Equipamentos de setor da Construção fundamentais como
de proteção Proteção Individual Civil na atualidade complementos de
individual (epi) no setor de ainda apresenta um medidas
na construção construção civil elevado organizacionais, de
civil Brasil, tendo índice de acidentes engenharia e de
como foco a de trabalho, mesmo proteção coletiva, e
segurança do com a realizações não uma alternativa
trabalho de mudanças na para substituir estas
organização dos medidas.
canteiros de obras e
intensificação de
fiscalizações, com o
cumprimento de
leis e normas
regulamentadoras.
10 Dias et al., Segurança do Realizar uma Os resultados Conclui-se que os
(2018) trabalho no análise crítica sobre demonstraram a resultados de
canteiro de a implantação do importância da eficiência do
obras. Programa de criação do PCMAT PCMAT dependem
Condições e Meio para melhorar as da conjuntura de
Ambiente de condições gestão e da
Trabalho na ambientais em participação ativa
Industria da segurança, dos
Construção qualidade de vida trabalhadores nesses
(PCMAT) e sua no trabalho e processos de forma
eficácia na redução salubridade de participativa sob um
de acidentes de canteiros de obras. eficiente programa
trabalho na educacional de SST.
construção civil.
Fonte: Autor/2022.

O Quadro 1 evidencia amostras diversificadas de trabalhos. No que tange aos


desfechos finais, a análise é positiva, uma vez que foi possível observar a importância da
utilização dos EPIs e o conhecimento das normas de seurança como fator importante para a
seurança dos trabalhadores na construção civil, assim como para a redução dos gastos no
canteiro de obras, ou mesmo com a contratação de novos funcionários, aumentando a
produção e agilizando a entrega das obras no prazo acordado, gerando um custo/benefício
satisfatório para as construtoras.
Além disso, foi possível verificar que muitas construtoras e profissionais da
construção civil ainda não estão preparados para utilizarem os EPIs de forma adequada, asim
como não fazem uso do que recomenda as normas gerais de segurança em relação ao canteiro
de obra, a limpeza, isolamento e segurança, ou até mesmo em relação a trabalho nas alturas, o
que se faz necessário, que o CREA faça capacitações com sua equipe técnica a fim de sanar
18

essas dificuldades e contribuir com a segurança e higiene dos trabalhadores emacordo com as
determinações das normas técnicas vigentes no Brasil.
Os artigos de modo geral tiveram o objetivo de analisar o emprego das normas de
segurança no trabalho na construção civil, com o intuito de preservar a saúde e a integridade
física dos colaboradores, assim como demonstrar como as Normas Regulamentadoras e
adoção de controles estatísticos contribuem para um bom andamento das atividades, ganho de
produtividade e eficiência na execução das tarefas diárias e avaliar as diversas formas de
métodos e políticas que foram adotados para que fosse criado uma cultura de Saúde e
Segurança do Trabalho em uma empresa.
Para Freitas et al., (2022) a construção civil embora seja uma atividade econômica
antiga mundialmente, traz consigo vários riscos de acidentes de trabalho e doenças
ocupacionais. Assim, tem ganhado uma relevante atenção pela legislação brasileira, para a
segurança do trabalhador deste ramo.
Os autores reforçaram ainda que a NR 18, normatiza que os canteiros de obras
devem ter instalações sanitárias, local de refeições, vestiários, lavanderia, alojamento, área de
lazer, dentre outras em perfeitas condições de uso e as instalações sanitárias devam ser
mantidas em bom estado de conservação e higiene, composta de lavatório, vaso sanitário e
mictório na proporção de um conjunto para 20 trabalhadores.
Colaborando com esse mesmo entendimento, os achados de Romão et al., (2022) e
Oliveira; Toledo (2022) observaram que no geral as Normas Regulamentadoras garaantem a
saúde e a integridade dos trabalhadores, além de definir as atribuições e reponsabilidades as
pessoas que administram os canteiros de obras, além de fazerem a previsão dos riscos que
derivem do processo de execução de obras; determinar medidas de proteção e prevenção que
evitem ações e situações de riscos, reforçando que a adoção de medidas de proteção não é
custo para a obra, e sim investimento, que contribui para a reddução de acidentes e
consequentemente segurança dos trabalhadores.
Os achados de Fernandes (2021) verificaram que as normas regulamentam também
as situações em que os EPI’s serão fornecidos pelas empresas, bem como as obrigações dos
empregados, empregadores, fabricante nacional, importador e as atribuições do Ministério do
Trabalho e Emprego. Também dispõe sobre o Certificado de Aprovação (CA) que todos os
EPI’s precisarão possuir, como uma das exigências para serem comercializados ou usados.
O autor observou que as medidas de seurança e higiene nas construções civis são
importantes, sendo importante conscientizar os trabalhadores da importância de usar esses
equipamentos de forma adequada, de acordo com as recomendações do fabricante a fim de
19

salvaguadar a integridade física, a saúde e a vida do trabalhador.


Já Konzen et al., (2020) observaram que é desafiador garantir a aplicação das
estratégias preventivas de segurança no trabalho na construção civil, uma vez que a utilização
desses equipamentos e adooção de medidas corretas de segurança inicia-se com a
conscientização da empresa e do empregado em adotar a utilização dos EPIs e das estratégias
de segurança.
Já os estudos de Resende (2019) e Damiani (2019) evidenciam que reconheceminto
dos riscos é a primeira etapa de um programa para gerenciar e controlar os riscos
ocupacionais. Entetanto, é importante propor medidas que possam colaborar no controle da
exposição dos trabalhadores a estes riscos e as Normas Regulamentadoras surgiram para essa
finalidade, atualmente existem 37 NR’s, as quais tratam de Segurança e Saúde no Trabalho
nos diversos ramos de trabalho, trazendo procedimentos, programas, treinamentos, dentre
outros aspectos, todos eles voltados à preservação da integridade e da saúde dos funcionários.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na construção civil, onde ocorre um alto índice de acidentes, a segurança ocupacional


é um problema frequente. Por meio desse trabalho, podemos observar a segurança de quedas
em altura em duas obras. Para este fim, as normas regulamentares foram utilizadas e os
requisitos e obrigações dos construtores e trabalhadores relevantes foram cumpridos. As
medidas de segurança que devem ser tomadas de acordo com as normas e as medidas de
segurança efetivamente utilizadas no processo de engenharia podem ser propostas para
verificar se o equipamento é utilizado corretamente.
O equipamento de proteção individual é uma ferramenta valiosa para garantir a
segurança do trabalhador, mas deve ser usado de forma correta e consistente nas atividades
que exigem tal equipamento. Para garantir sua segurança, os trabalhadores devem entendê-lo
corretamente e usá-lo com frequência. Às vezes, os trabalhadores não o usarão, por descuido,
e o resultado é um risco para a integridade dele e de seus colegas. É necessário orientar os
trabalhadores acerca dos risco em casos onde não utilizarem os EPIs.
Além dos equipamentos de proteção individual, os dispositivos de proteção coletiva
também são utilizados para eliminar o risco de acidentes nas obras e são uma forma eficaz de
segurança no trabalho. Em aliança com os EPIs, esses dispositivos garantem a segurança dos
trabalhadores de forma harmoniosa. Equipamentos como placas de proteção no fundo,
plataformas de proteção e redes de proteção são essenciais para minimizar e eliminar o risco
20

de queda de pessoas e materiais.


Além da falta de antecipação de planos de segurança e da devida aplicação de normas
e regulamentos relacionados à segurança do trabalho, a maioria dos acidentes também se deve
ao uso inadequado de equipamentos de proteção individual e coletiva. Portanto, para garantir
um ambiente de trabalho seguro, o conhecimento dos funcionários e empregadores é muito
importante.

REFERÊNCIAL

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 35 – Trabalho em Altura. Brasília:


Ministério do Trabalho e Emprego, 2016.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 06 – Equipamentos de Proteção Individual


(EPI). Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2018.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 18 – Condições e Meio Ambiente de


Trabalho na Indústria da Construção. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2018b.

CAMARGO, R. D et al. Trabalho em altura X Acidentes de trabalho na Construção Civil.


Revista Teccen, v. 11, n. 2, p. 9–15, 2018.

DAMIANI, Pedro Lehmkuhl. Mudança de políticas de segurança do trabalho em


uma empresa de construção civil. Engenharia Segurança do Trabalho. Monografia
Engenharia Civil, Florianópolis, 2019.

DIAS, Ângela Lorrana Pereira et al. Segurança do trabalho no canteiro de obras.


Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Engenharia Civil das
Faculdades Unificadas de Teófilo Otoni, 2018.

FERNANDES, Larissa Lima. A importância e necessidade da segurança do


trabalho na construção civil. Monografia de Engenharia Civil, 2021.

FIRETTI, Vinicius Lange. Trabalho em altura: legislação, soluções e análise de risco para
instalação de calhas em telhados. Monografia, Engenharia de Segurança do Trabalho.
Curitiba, 2013.

FRAGA, Yuri Sotero Bomfim. MENESES, Camila Alice Santos. Análise das normas
regulamentadoras ligadas ao trabalho em altura na construção civil. Ciências exatas e
tecnológicas, Aracaju, v. 3, n. 3, p. 33-50, 2016.

FREITAS, Eder Fellipe et al. Segurança do trabalho no setor da construção civil.


Arquitetura e engenharia: ensaios multidisciplinares, v. 12, n. 3, p. 41-51, 2022.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo, Atlas, 2018.
21

KONZEN, Ione Grace do Nascimento Cidade. Desafios para garantir a aplicação das
estratégias preventivas de segurança no trabalho na construção civil. Revista
Brasileira de Desenvolvimento , [S. l.] , v. 6, n. 8, pág. 56752–56776, 2020.

OLIVEIRA, Roberta; TOLEDO, José Humberto. Análise dos impactos econômicos


decorrentes da utilização de EPI ou da falta destes: estudo de caso de uma
microempresa de construção civil. Monografia, Engenharia Civil, Santa Cruz do Sul,
2022.

RAFAEL, Marcos Vinicius. A importância do uso de EPI na construção civil.


Monografia Engenharia Civil, 2019.

ROMÃO, Valdir et al. Prevenção de acidentes na construção civil. Revista Terra &
Cultura: Cadernos de Ensino e Pesquisa, v. 38, n. especial, p. 714-723, 2022.

SOBRINHO, Leonardo Gassen. Segurança do trabalho na construção civil: estudo


em obras de pequeno porte na cidade de Santa Cruz do Sul. Monografia Engenharia
Civil, 2020.

SOUZA, Adeilton de Oliveira. Trabalho em altura na construção civil e as medidas


preventivas de segurança. Monografia (graduação) - Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, Centro de Tecnologia, Graduação. Natal, RN, 2017

Você também pode gostar