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1

MOISES AMORIM DOS SANTOS

SOLDAGEM: SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO


DE SOLDAGEM MANUAL REALIZADA POR
TRABALHADORES NA INDÚSTRIA EM GERAL.

Maceió
2022
2

MOISES AMORIM DOS SANTOS

SOLDAGEM: SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO


DE SOLDAGEM MANUAL REALIZADA POR
TRABALHADORES NA INDÚSTRIA EM GERAL.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à Faculdade xxxxxxxxxxxx, como requisito
parcial para a obtenção do título de graduado
em engenharia xxxxxxxxxxx

Orientador: xxxxxxxxxxxxxxxx

Maceió
2022
3

MOISES AMORIM DOS SANTOS

SOLDAGEM: SAÚDE E SEGURANÇA NO


TRABALHO DE SOLDAGEM MANUAL REALIZADA
POR TRABALHADORES NA INDÚSTRIA EM GERAL.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à Faculdade xxxxxxxxxx, como requisito parcial
para a obtenção do título de graduado em
engenharia xxxxxxxxxxx

BANCA EXAMINADORA

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Maceió, dia de junho de 2022


4

Dedico este trabalho a Deus e a todos os


meus familiares que mim ajudarão a
cumprir este projeto em minha vida.
5

AGRADECIMENTOS
6

Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito


mais abundantemente além daquilo que pedimos ou
pensamos, segundo o poder que em nós opera.

Efésios 3:20
7

SANTOS, Moises Amorim. Soldagem: saúde e segurança no trabalho de


soldagem manual realizada por trabalhadores na indústria em geral: 2022. 36 p.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia xxxxxxxxxx -
Faculdade xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, 2022.

RESUMO

Palavras - chave:
8

SANTOS, Moises Amorim. Welding: health safety at work manual welding


performed by workers in industry in general: 2022. 36 p. Course Completion Work
(Graduate in Engineering xxxxxxxxxx - Faculty xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, 2022.

ABSTRACT

Key-words: welding; discontinuity; welding process; types of welding


9

LISTA DE ILUSTRAÇÕES
10

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Resumo cronológico da historia de soldagem........................................15


11

SUMÁRIO

1. NTRODUÇÃO......................................................................................................12
2. CONCEITUAR SOLDAGEM...............................................................................14
2.1 CONCEITUADO SOLDAGEM........................................................................16
2.2 TIPOS DE PROCESSOS DE SOLDAGEM.....................................................17

3. COMPREENDER E EVIDENCIAR SEUS PERIGOS E RISCOS OBSERVAR O


AS MEDIDAS DE PROTEÇÕES E SEGURANÇA NO PROCESSO DE SOLDAGEM
20
3.1 XXXXXXXXXXXXXXXXXXX........................................................................................20

3.2 XXXXXXX.............................................................................................................. 20

3.3 XXXXXX................................................................................................................ 20

3.4 - XXXXXXXXXX........................................................................................................21
3.5 XXXXXX................................................................................................................ 22

3.6 XXXXXXX,............................................................................................................. 22

3.7 XXXX.................................................................................................................... 22

4. OBSERVAR AS MEDIDAS DE PROTEÇÕES E SEGURANÇA NO


PROCESSO DE SOLDAGEM....................................................................................23
4.1 XXXXXXXX.........................................................................................................23

4.2 XXXXXXXXXXXXX....................................................................................................23
4.2.1 xxxxxx.................................................................................................................................................23
4.2.2 xxxxxx.................................................................................................................................................23
4.2.3 xxxxx...................................................................................................................................................23
4.2.4 xxxxxxx...............................................................................................................................................24
4.2.5 xxxxxx..............................................................................................................................................24
4.3 XXXXXX................................................................................................................. 24

4.4 XXXXXXX............................................................................................................... 24

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................25
6. REFERÊNCIAS...................................................................................................26
12

1. NTRODUÇÃO

A soldagem é um processo de fabricação que unifica dois tipos de materiais


iguais ou diferentes, normalmente metais. Isto é possível graça à adição de metais
através da fusão em uma junta de solda, de maneira que as peças são soldadas
através do derretimento de metais e pelo acréscimo de um material de enchimento
derretido que tenha um ponto de fusão menor que a peça a ser soldada, ou seja, é a
união de dois matérias, formando uma peça. Soldagem por fusão é um processo de
união de metais através do calor, onde ambos os metais, o de adição e o de base se
fundem. Os principais processos de soldagem por fusão são: Soldagem por arco
elétrico, soldagem a gás e soldagem por feixe de alta energia.
A soldagem é um método de união de metal e fabricação de peças para as
mais diversas áreas da indústria, o processo de soldagem está presente no dia a dia
da indústria metal mecânica, mostrando ser uma atividade rotineira e perigosa que
requer cuidados durante a sua execução que torna obrigatório o uso de
equipamentos de proteção individual e coletivo, a soldagem também estar presente
em praticamente todas as escolas de cursos técnicos em mecânica e metalurgia.
Estudar o conteúdo para acompanhar as novidades tecnológicas e novos
conceitos de engenharia que surgiram ao longo do tempo e conhecer seus
fundamentos facilitará o entendimento das atividades a serem desenvolvidas. A área
de saúde e segurança no trabalho é parte integrante da conservação da saúde física
e psicológica dos colaboradores expostos aos perigos e riscos no chão de fábrica,
no cotidiano utilizam-se vários objetos que de alguma forma foram influenciados pela
a soldagem, logo a importância desse tema dar-se pela influência da soldagem no
dia-a-dia da humanidade.
Diante deste tema veremos que uma das causas comuns para ocorrer o
acidente de trabalho durante a soldagem é o uso inadequado dos equipamentos de
segurança que se agrava por falta de conhecimento dos riscos da atividade de
solda, surgindo uma problemática como minimizar ou até mesmo eliminar os
acidentes de trabalho no processo de soldagem por fusão.
Com isto, este trabalho teve como objetivo geral de mostrar, através da
revisão de literatura, que a atividade de soldagem necessita ser vista com atenção
referente a saúde e a segurança no trabalho de soldagem manual realizada por
13

trabalhadores na indústria em geral. Visando ter uma resolução clara e cônscia


através dos seguintes objetivos específicos que foram: conceituar o processo de
soldagem, evidenciar seus perigos e riscos e mostras as medidas de proteções e
segurança no processo de soldagem.
Inicialmente ao optar-se por uma metodologia foi preciso reunir o maior
número de informações e estudos científicos acerca do tema e de todo material
bibliográfico que tragam boa afirmação pertinente ao desenvolvimento deste estudo,
sendo um dos pilares de elaboração de uma revisão bibliográfica forma de pesquisa
adotada por este trabalho.
Este trabalho está organizado em três capítulos principais no primeiro capítulo
apresenta-se o conceito do processo de soldagem, no segundo capítulo aborda
compreender e evidenciar seus perigos e riscos e no terceiro capitulo observar o as
medidas de proteções e segurança no processo de soldagem e por fim apresenta-se
a conclusão nas quais se estabelece uma revisão bibliográfica no processo de
soldagem compreendendo seu riscos e medidas de segurança.
O presente trabalho abordou como metodologia a revisão de literatura, sendo
realizada através de uma análise crítica, tendo como fonte de pesquisa uma
variedade literária pertinente à temática em estudo, tais como: livros, artigos e,
textos disponíveis em sites confiáveis, o período de realização da pesquisa foi entre
2021 a meados de 2022.
14

2. CONCEITUAR SOLDAGEM

UM POUCO DA HISTORIA

De acordo com Marques, Modenesi e Bragança, (2009) diz que a solda é um


processo recente com cerca de 100 anos, porém, a brasagem e a soldagem por
forjamento são utilizadas desde épocas remotas por volta de 4000 anos AC, e que
existem exemplo no Museu do Louvre, um pingente de ouro com indicação de ter
sido soldado.
Ainda segundo Marques, Modenesi e Bragança, (2009) com a iniciação da
produção de ferro em torno de 1500 AC, foram possíveis substituir o cobre e o
bronze para fabricação de diversos objetos metálica através de conformação, essa
técnica era utilizada para fabricação de pequenas peças por conformação, para
fabricar peças com grandes tamanhos, essas peças eram soldadas por forjamento
através de aquecimento para atingir a zona plástica do metal, colocavam–se areia
entre as peças para escorificar impurezas e martelava até que acontece a soldagem.
Como exemplo da utilização desse processo, cita-se um pilar de cerca de 7 m de
altura e mais de cinco toneladas existentes ainda hoje na cidade de Delhi (Índia).
Entretanto, a união dos materiais, tal como hoje é concebida, somente se
desenvolveu no final do século XIX e realmente ganhou impulso nos últimos 60
anos- na escala histórica esta tecnologia, é, portanto muito recente. (MACHADO,
1996)
A patente do processo de soldagem foi registrada primeiramente por Nicolas
Bernados e Stanislav em 1885, fundamentado em um arco elétrico constituída entre
um eletrodo de carvão e a peça a ser soldada, conforme figura abaixo.

Figura 1: Soldagem a arco com eletrodo de carvão

Fonte: (Marques, modenesi e Bragança, p. 26, 2009)


15

Entretanto, a união dos materiais, tal como hoje é concebida, somente se


desenvolveu no final do século XIX e realmente ganhou impulso nos últimos 60 anos
na escala histórica esta tecnologia, é, portanto muito recente como mostra a tabela.
Machado, (1996).

Tabela 1. Resumo cronológico da história da soldagem.

Fonte: (Machado p.3,4 1996)


De acordo com o Wainer, (2004) O Brasil passava por um avanço na área de
transporte, siderurgia, energia e petróleo na era Juscelista, durante a década de 60,
com avanço da Indústria pesada de conformação dos metais, estimulada pela
Petrobras, enxergou se há necessidade para a busca de conhecimentos na área de
soldagem que passou a ser estudada e pesquisa em cursos regulares de ensino de
16

engenharias, metalúrgica, mecânica e produção para assegurar e garantir qualidade


nos processos de soldagem da época ate os dias atuais.
A história da tecnologia da soldagem mostra uma permanente vocação para o
uso pioneiro de descobertas e invenções evocações vindas de laboratórios
científicas; mostrou sempre sua inquietude anti novas, descoberta no processo cada
vez mais acelerado na procura de suas aplicações práticas antes atendida por
poucos privilégios são hoje uso correntes na indústria e pelos técnicos.

2.1 CONCEITUADO SOLDAGEM

O termo união é geralmente usado para soldagem, que forma a união


permanente entre duas peças, uma junta que não pode ser separada com facilidade.
O termo montagem usualmente se refere a métodos mecânicos de fixação de peças
alguns destes métodos permitem fácil desmontagem, enquanto outro não, a figura
abaixo mostra a formação teórica de uma solda. Wainer, (2004).

Figura2: Formação teórica da solda pela aproximação das superfícies das peças

Fonte: Marques, Modenesip.19,(2006)

Segundo Groover, (2014) Soldagem é o procedimento de união de materiais,


no qual duas ou mais peças serão coalescida em suas superfícies pela aplicação
adequada de calor ou pressão. Muitos processos de soldagem são realizados
somente com calor sem pressão aplicada e outros por uma combinação de calor e
aplicação de pressão. Em alguns processos de soldagem, um material de adição é
adicionado para facilitar a coalescência, a montagem das peças que são unidas por
soldagem é chamada conjunto de peças soldadas, soldagem é com freqüência
associada com peças metálicas.
17

Para Marques e Modenesi, (2006) existem diferentes processos utilizados na


fabricação e recuperação de peças, equipamentos e estruturas que é abrangido pelo
termo soldagem. Classicamente, soldagem é considerada um método de união.
Diferentes processos relacionados com os de soldagem são usados para o corte ou
para recobrimento de superfície de peças. Diversos aspectos dessas operações de
recobrimento e cortes são similares à soldagem. Algumas definições de soldagem
são:
• "Processo de junção de metais por fusão". (Deve-se ressaltar que não só metais
são soldáveis e que é possível soldar metais sem fusão).
• "Operação que visa obter a união de duas ou mais peças, assegurando, na junta
soldada, a continuidade de propriedades físicas, químicas e metalúrgicas".
• "Operação que visa obter a coalescência localizada produzida pelo aquecimento
até uma temperatura adequada, com ou sem a aplicação de pressão e de metal de
adição." (Definição a adotada pela AWS - American Welding Society).
• “Processo de união de materiais baseado no estabelecimento, na região de contato
entre os materiais sendo unidos, de forças de ligação química de natureza similar às
atuantes no interior dos próprios materiais. ” Marques e Modenesi, (2006).

2.2 TIPOS DE PROCESSOS DE SOLDAGEM

Cerca de 50 processos de soldagens diferentes estão alistados pela


AWS(American Welding Society). Eles utilizam diversas maneira de combinações e
energia para gerar potência necessária. Dividindo a soldagem em dois grupos
fundamentais o processo de soldagem através de fusão e soldagem no estado
sólido ou deformação.
O processo de soldagem através de fusão utiliza o calor para atingir o ponto
de fusão dos metais de base a serem soldados, em vários procedimentos de
soldagem através de fusão, utilizam um metal de adição na poça fusão para facilitar
o processo e gerar volume de resistência para junta soldada Groover, (2014).
Os principais processos de soldagem através de fusão são organizados da
seguinte maneira: soldagem com eletrodo revestido, soldagem TIG, soldagem
MIG/MAG, soldagem ao arco submerso, soldagem à plasma, soldagem de pinos,
18

soldagem por eletro-escória, soldagem oxi-gas, soldagem com feixe de elétrons e


soldagem a laser.
A soldagem no estado sólido é o procedimento de união dos metais onde a
solda é realizada com aplicação de calor e pressão ou combinação entre eles;
quando se usa calor, a temperatura desse calor, neste processo, é abaixo do ponto
de fusão dos metais a serem soldado e não utilização de metal de adição, as
soldagens neste processo são:
Soldagem por difusão - ocorre no estado sólido quando as superfícies
devidamente preparadas são mantidas em contato com condições predeterminadas
de tempo, pressão e temperatura. O método é aplicado em casos especiais. É
aplicado nas indústrias aeroespacial, na construção de reator e na indústria elétrica.
Groover, (2014). Conforme figura abaixo.

Figura 3 - soldagem por difusão

Fonte: infosolda (2013)

Soldagem por atrito ou fricção, segundo modenesi e marques, (2006) é muito


utilizado para soldar diferentes metais e termoplásticos, nas indústrias aeroespaciais
e automotivas, esse tipo de soldagem por atrito que liga as duas superfícies
metálicas, ocorre porque as peças estão em contato direto, neste caso uma das
peças que vai ser soldada gira ou se move em relação a outra, o atrito gerado por
essa interação aquece a área de contato resultando na soldagem por atrito, todo
processo pode ser dividido em três etapas durante o primeiro atrito as partículas de
óxido que estão presentes na superfície, no estado Inicial são destruídas e
removidas, durante a segunda o calor é liberado, e por causa disso, o material fica
mais amolecido, as peças são prensadas com pressão constante ou crescente é por
19

isso que o metal mais derretido fica para fora da junção, já a terceira e última etapa
é chamada de fim do atrito pois, ela termina com a finalização das junções.
Conforme figura abaixo.

Figura 4 - Soldagem por atrito

Fonte : modenesi e marques,p.318, (2006)

Soldagem por ultra-som; pressão moderada é aplicada entre as duas peças


com movimento oscilante em freqüência ultrassônica é usado na direção paralela da
superfície de contato. A combinação das forças vibratória e normal resulta em
tensão cisalhante que removem filmes das superfícies e atingem as ligações
atômicas da superfície. A soldagem ultrassônica é usada para a união de chapas
finas, folhas de fios em eletrotécnica, eletrônica e mecânica de precisão. Exemplos:
unir (ligação) dos fios de alumínio. Infosolda, (2013). Afigura abaixo mostra o
esquema de soldagem.

Figura 5 - Soldagem por ultra-som

Fonte: Infosolda (2013)


20

3. PERIGOS E RISCOS, MEDIDAS DE PROTEÇÕES NO PROCESSO DE


SOLDAGEM

Riscos de acidentes
Consideram-se agentes de risco de acidente qualquer fator que coloque o
trabalhador em situação vulnerável e possa afetar sua integridade, e seu bem estar
físico e psíquico (MENDANHA, 2011).
Um fato importante a se observar é que os danos à saúde do trabalhador
poderá não será causado necessariamente pela simples presença do agente
causador, mas que isso vai depender da combinação ou inter-relação de diversos
fatores, como a concentração e a forma do contaminante no ambiente de trabalho, o
nível de toxicidade e o tempo de exposição da pessoa (FANTAZZINI, 1997).
Esses riscos podem ser classificados por sistema de cores o que possibilita
um reconhecimento mais rápido e direto, tabela 2 apresenta essa classificação junto
com os principais agentes causadores.
Tabela 2 – Identificação por grupo e cores dos riscos ambientais.
Grupo 1
Verde
Grupo 2
Vermelho
Grupo 3
Marrom
Grupo 4
Amarelo
Grupo 5
Azul
Riscos
Físicos
Riscos
Químicos
Riscos
Biológicos
Riscos
Ergonômicos
Riscos de
Acidente
Ruídos Poiras Vírus Esforço físico intenso Arranjo físico
inadequado
Vibração Fumos Bactérias Levantamento e
transporte
Máquinas e
equipamentos
Radiação
ionizante
Névoas Protozoários Exigência de postura
inadequada
Ferramentas
inadequadas ou
defeituosas
Radiação
não ionizante
Neblina Fungos Controle rígido de
produtividade
Iluminação
inadequada
21

Frio Gases Parasitas Imposição de ritmos


excessivos
Eletricidade
Calor Vapores Bacilos Trabalho em turno e
noturno
Probabilidade de
incêndio ou explosão
Pressões
anormais
Produtos
químicos em
geral
Jornadas de trabalho
prolongadas
Armazenamento
inadequado
Umidade Monotinia e
repetitividade
Animais
peçonhentos
Outras situações
causadores de
estresse físico e/ou
psíquico.
Outras situações de
risco que poderão
contribuir para
ocorrência de
acidentes.
Fonte: Campos, 1999 p.113

Riscos envolvidos durante a soldagem


2.2.2.2 Radiação não ionizante
A grande maioria dos processos de soldagem como já mencionado, utiliza um
arco elétrico como fonte de calor para realizar o aquecimento dos materiais. Com
este arco aberto uma grande quantidade de energia é liberada durante o processo
na forma de ondas eletromagnéticas. Essas ondas transmitem diversos tipos de
radiações liberados pelo arco, como ultravioleta, infravermelho, etc. Essas radiações
podem provocar danos à saúde do soldador como queimaduras na pele e nos olhos,
caso este funcionário não esteja devidamente protegido. Os sintomas geralmente se
apresentam com efeito retardado sendo, portanto notados somente depois de
algumas horas após a exposição (FANTAZZINI, 1997).
Algumas medidas para diminuir riscos provocados pela radiação ao qual
estão expostos os soldadores, algumas são descritas a abaixo (AWS WELDING
HANDBOOK, 1997):
23
Uso de lentes (filtros) apropriadas, selecionados conforme a necessidade de
cada processo utilizado;
Roupas de proteção (luvas, perneiras, macacão, etc. de raspas de couro);
Divisórias em áreas de soldagem (separação dos demais setores);
Uso de materiais não refletivos;
22

Uso de protetor solar.

2.2.2.3 Choque elétrico


O choque elétrico é caracterizado quando uma corrente elétrica atravessa o
corpo de uma pessoa em uma magnitude capaz de criar efeitos adversos a essa
pessoa. A severidade desse dano vai estar ligado diretamente a intensidade dessa
corrente, o tempo de exposição a corrente, caminho que a corrente percorreu e do
estado de saúde da pessoa. O choque elétrico pode causar desde pequenos
“formigamento” até lesões graves como “queimadura” não sendo raro ocorrer até
mesmo à morte do trabalhador. Como a maioria dos equipamentos de soldagem
utiliza algum tipo de equipamento elétrico com altas correntes, o risco de choque
elétrico esta sempre presente na atividade, porém na grande maioria das vezes a
presença deste risco acontece de maneira negligente com a má conservação dos
equipamentos (SANTOS, [201-?]).
O risco de choque elétrico não pode ser eliminado por completo, algumas
atitudes que podem minimizados os riscos de acidente como a seguir (PARANHOS,
2004):
_ Equipamento: uma correta seleção do equipamento para a realização de um
determinado serviço pode ajudar em muito o operador, evitando assim riscos
desnecessários como um superdimensionamento do equipamento;
_ Treinamento: um bom treinamento em segurança deve ser realizado aos
operadores desses equipamentos antes de permitir a sua utilização;
_ Instalação: instalar tais equipamentos em locais limpos e secos, não sendo
possível isso, proteger os equipamentos de poeira, umidade etc.;
_ Aterramento: providenciar um bom aterramento do equipamento, muitos
produtos de soldagem podem conduzir corrente elétrica;
24
_ Cabos e conexões: manter os cabos e conexões elétricas sempre em bom
estado de conservação, distantes de materiais que possam causar algum tipo
de dano ao seu isolamento;
_ Manutenção: um bom programa de manutenção periódica dos equipamentos
deve ser mantido pela empresa, isso evita muitas vezes paradas indesejáveis
na produção com defeitos no equipamento e uma segurança a mais para o
operador.

2.2.2.4 Fumos e gases


Os fumos metálicos são partículas sólidas de óxidos de metais muito finas,
formadas pelo processo de soldagem, por isso se caracterizam como um dos riscos
químico envolvido na função do soldador. São formadas principalmente pelo produto
da vaporização, oxidação e condensação dos componentes presentes nos
consumíveis utilizados (MATHEUS, 2009).
No entanto os fumos e gases provenientes de um processo da soldagem ou
corte a arco não podem ser classificados tão simplesmente dessa maneira. A
composição e quantidade desses fumos e gases dependem de vários fatores como:
a composição do metal base; do processo e consumível utilizado; do tipo de
revestimento que o material possui (pintura, galvanização, etc); contaminantes
atmosféricos (resíduos de produtos químicos que eventualmente possam ter sido
utilizado na limpeza previa dos materiais a serem soldados); e outros fatores. Devido
a todas essas variáveis envolvidas é possível que se encontre uma composição
razoavelmente diferente daquela do eletrodo utilizados. É comum em fumos
23

metálicos produto como monóxido de carbono, dióxido de carbono, fluoretos, óxidos


de nitrogênio e ozônio (AWS WELDING HANDBOOK, 1997).
Também algumas medidas são adotadas para minimar os efeitos dos fumos
ao trabalhador como (PARANHOS, 2004; AWS WELDING HANDBOOK, 1997):
_ Posição do soldador: treinar e qualificar o soldador para o seu correto
posicionamento durante a soldagem, evidenciando a necessidade de se
manter numa direção oposta aos fumos provenientes da solda;
_ Ventilação: um dos fatores que tem maior influencia no quantitativo de fumos
na área de trabalho, a ventilação depende de inúmeras variáveis, porém,
deve ser projetada de modo a manter a região de trabalho com teores dentro
do limite permitido;
25
_ Número de soldadores: tentar quando possível manter um sistema de rodízio
por parte dos soldadores na execução de um determinado serviço;
_ Utilização dos EPI: uma correta seleção dos equipamentos de proteção
individual diminuirá a quantidade de compostos químicos absorvidos pelo
soldador, indo desde um filtro apropriado até uma mascara com design
facilitador de escoamento do fumo.
Uma preocupação especial deve ser tomada quando se utilizam materiais de
elevada toxicidade. Na presença desses elementos durante a soldagem, é dever
assegurar no ambiente de trabalho concentrações de tais elementos dentro de
limites estabelecidos por normas e organizações. Além disso, medidas mais
restritivas de acesso às áreas de trabalho devem ser adotadas, uma ventilação
especial deve ser providenciada, e evitar qualquer tipo de alimentação no local
(AWS WELDING HANDBOOK, 1997). A tabela 3 apresenta alguns elementos
químicos tóxicos encontrados em alguns tipos de ligas metálicas.

2.2.2.1 Ruído
O ruído esta presente em quase todas as atividades industriais, na soldagem
não é diferente. Operações dessa natureza podem produzir ruídos que tem sua
origem nos mais diversos lugares, essas fontes podem ser do próprio processo, da
fonte de energia, outro equipamento ou ainda na própria atividade com os materiais
a serem soldados, geralmente metálicos ao se tocarem ou baterem podem produzir
uma intensidade elevada de ruído (PARANHOS, 2004). Sabe-se que a exposição
excessiva pode ocasionar danos a saúde dos trabalhadores como perda de audição,
produtividade, irritação. O MTE através de suas normas regulamentadoras
estabelece os limites de tolerância e tempo de exposição ao qual pode estar sujeito
um trabalhador durante sua atividade laboral. Algumas medidas para tentar atender
tais limites (FANTAZZINI, 1997):
Sempre que possível atuar na fonte causadora do ruído (isolamento,
manutenção e projeto da fonte causadora);
Criar barreiras entre a fonte do ruído e os trabalhadores (enclausuramento
parcial);
Controle do ruído no trabalhador com a utilização dos protetores auriculares,
redução do tempo de exposição, e conscientização dos trabalhadores.

Tabela 3 - Materiais tóxicos possíveis de serem encontrados durante a


soldagem.
Material base ou metal de adição Metais que podem estar presentes
Aços carbono e baixa liga Crômio, Manganês, Vanádio.
24

Aços inoxidáveis Crômio, Níquel.


Aços ao manganês e aços de elevada dureza Crômio, Cobalto, Manganês, Níquel, Vanádio.
Ligas de cobre Berílio, Crômio, Cobre, Chumbo, Níquel
Aços revestidos ou cobreados Cádmio, Crômio, Cobre, Chumbo, Níquel,
Prata.
Fonte: Tabela adaptada de AWS Welding Handbook v. 5 p. 395.
Abaixo são descritos os efeitos adversos de alguns elementos e/ou
compostos químicos encontrados em algumas ligas metálicas, o qual podem durante
a soldagem ser liberados e entrar na região de respiração a qual o soldador esteja
presente e causar alguma intoxicação (FANTAZINNI, 1997) e (LOBO, 2011).

Figura 6 - xxxxxxx

Fonte: modenesi (2009)

3.1 xxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Figura 7 - xxxxxxx

Fonte:modenesi (2009)

3.2 xxxxxxx

Figura 8 - xxxxx

Fonte : infosolda (2019)

3.3 xxxxxx
25

Figura 9 - xxxxxxx.

Fonte: Barra (2003)

3.4 - xxxxxxxxxx

Figura 10 – xxxxxxx
(A) (B)
Fonte:(A) esab (2019) e (B) infosolda (2015)
26

3.5 xxxxxx

Figura 11 - x.

Fonte: metalica.com.br (2019)

3.6 xxxxxxx,

Figura 12 - xxxxxxx

Fonte: Modenesi (2009)

3.7 xxxx

Figura 13 - xxxxxx

Fonte: Infosolda, (2013)

3.8 xxxxx

Figura 14 xxxxxx.

Fonte: modenesi (2009)


27

4. MEDIDAS DE PROTEÇÕES E SEGURANÇA NO PROCESSO DE SOLDAGEM

4.1 xxxxxxxx

Figura 15 - xx
x
Fonte: modenesi (2009)

Figura 16 - xxxx

Fonte: Infosolda, (2015)

4.2 xxxxxxxxxxxxx

4.2.1 xxxxxx

Figura 17 - xxxxxx

fonte: Esab (2019)

4.2.2 xxxxxx

Figura 18 - xxxxx

Fonte: modenesi (2009)


4.2.3 xxxxx

Figura 19 - xxxxx

Fonte: Infosolda, (2015)


28

4.2.4 xxxxxxx

Figura 20 - xxxxxx

Fonte: Infosolda, (2015)


4.2.5 xxxxxx.

Figura 21 - xxxxx

Fonte: Infosolda, (2015)

4.3 xxxxxx

4.4 xxxxxxx

Figura 22 - xxxxx

Fonte: esab (2005)


29

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
30

6. REFERÊNCIAS

BARRA, S. R. MIG/MAG, Disponível em: <http://sitedasoldagem.com. br/conceito


%20basico/>. Acesso em: 06 de marco de 2019.

ESAB ,Filler Metal Technology Course – ESAB Welding and Cutting Products, 2005.
Tecnologia da Soldagem, Paulo Villani Marques

ESAB, soldagem arco submerso, Disponivel em <https://.esab.com.br/br/pt/


Automation/process-/saw/índex.cfm> acessado em 07 de marco de 2019.

GROOVER, Mikell P.Introdução aos processos de fabricação. 1ª Ed. Rio de


janeiro: editora GEN 2016.

INFOSOLDA,Soldagem a arco submerso,Disponivel em <https://infosolda.com.


br/wp-content/uploads/Downloads/Artigos/processos_solda/2013-10-15-soldagem-a-
arco-submerso.pdf> acessado em 07/de maio de 2019.

INFOSOLDA, Soldagem por ultra-som, 2013 ,Disponível em<https://infosolda.


com. br/biblioteca- digital/livros-senai/processos/197-soldagem-por-ultra-
somacessado em 03 de fevereiro de 2019.

MACHADO, Ivan Guerra. Soldagem e técnicas conexas: processos - Porto


Alegre: editado pelo autor.1996.

MACHADO, I.G., KISS, J.F. Tecnologia de Soldagem, Mecanismo e natureza das


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