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Serviço Público Federal

Universidade Federal de Goiás 1

Escola de Engenharia Civil e Ambiental

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO

TURMA 2016

RICARDO SILVA ASSUNÇÃO

EVERALDO CORREIA DE LIMA JÚNIOR

ESTUDO DOS AGENTES FÍSICOS: FRIO E


RUÍDO EM FRIGORÍFICOS

GOIÂNIA, DEZEMBRO DE 2017


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RICARDO SILVA ASSUNÇÃO

EVERALDO CORREIA DE LIMA JÚNIOR

ESTUDO DOS AGENTES FÍSICOS: FRIO E RUÍDO EM FRIGORÍFICOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentada ao Curso de


Engenharia de Segurança e Saúde no Trabalho da Universidade
Federal de Goiás

Aprovada em ______/______/______.

_____________________________________________________________

Prof. Dr. (Presidente)

Universidade Federal de Goiás

_____________________________________________________________

Prof. Dr. (Examinador)

Universidade Federal de Goiás

_____________________________________________________________

Prof. Dr. (Examinador)

Universidade Federal de Goiás

Visto do orientador:____________________________________________Prof. Dr. Daniel


Fernandes da Cunha

EM:______/______/______
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RESUMO

A engenharia de segurança, em seu todo, trabalha com as melhores possibilidades em um


ambiente de trabalho, através de medidas preventivas, mitigadoras e corretivas, assim sendo
de extrema importância para a experiência laboral, evitando desgastes físicos e mentais. Este
trabalho consiste na verificação da aplicabilidade das normas regulamentadoras em
frigoríficos, pelo meio de vários estudos de caso. Além de verificar os processos dos
reclamantes que contribui para a realização das perícias nos locais acionados.

Palavras Chave: Segurança, Perícia, Frigorífico.

Abstract: The safety engineering, works with the best possibilities in a work environment,
through of preventive, mitigating and corrective, measures therefore of extreme importance
for the work experience, they avoid physical and mental. This work consists on verifying the
applicability of the Regulatory Norms in refrigerators, thought of several case studies. Beyond
of verify the processes of claimants that contribute to the expertise accomplishment in the
called places.

Key words: Safety, Expertise, Refrigerators.


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LISTA DE FIGURAS

1. Figura 1 – Protetor auricular tipo concha................................................................................. 14


2. Figura 2 – Protetor auricular tipo plug..................................................................................... 15
3. Figura 3 - Localização das perícias em Goiás........................................................................... 19
4. Figura 4 - Setor de embutidos .................................................................................................... 28
5. Figura 5 - Nível de Ruído: 98,5 dB (Auxiliar de produção – setor de embutidos) ................ 28
6. Figura 6 - Área de manipulação de bacon................................................................................. 29
7. Figura 7 - Área de manipulação de bacon................................................................................. 29
8. Figura 8 - Temperatura da câmara fria da área de manipulação de bacon.......................... 30
9. Figura 9 - Linha de produção, setor de filetadeira................................................................... 30
10. Figura 10 - Medição de ruído, setor de filetadeira.................................................................... 31
11. Figura 11 - Linha de produção, setor de cortes cone................................................................ 31
12. Figura 12 – Medição de ruídos, setor de filetadeira................................................................. 32
13. Figura 13 - Temperatura da câmara de congelados................................................................. 32
14. Figura 14 - Temperatura do ambiente frio do setor de embutidos......................................... 33
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LISTA DE GRÁFICO

1. Gráfico 1 - Natureza das Perícias............................................................................................... 22


2. Gráfico 2 - Parecer Pericial......................................................................................................... 23
3. Gráfico 3 - Medições de pressão sonora..................................................................................... 24
4. Gráfico 4 - Medição de temperatura.......................................................................................... 25
5. Gráfico 5 - Avaliação do ambiente - Ruído................................................................................ 26
6. Gráfico 6 - Avaliação do ambiente - Frio................................................................................... 26
7. Gráfico 7 - Critérios gerais.......................................................................................................... 27
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LISTA DE TABELA

1. Tabela 1 - Durabilidade dos protetores auriculares................................................................. 13


2. Tabela 2 – Jornada de trabalho.................................................................................................. 16
3. Tabela 3 - Planilha de Processos................................................................................................. 19
4. Tabela 4 - Natureza do Processo................................................................................................. 21
5. Tabela 5 - Resultado das Perícias............................................................................................... 22
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO........................................................................................................................ 8
2. OBJETIVOS ............................................................................................................................ 9
2.1. Objetivos gerais............................................................................................................... 9
2.2. Objetivos específicos....................................................................................................... 9
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................... 10
3.1. Normas aplicadas e legislação....................................................................................... 10
3.2. EPI – Ruído..................................................................................................................... 13
3.3. Frio................................................................................................................................... 15
3.4. Avaliação ergonômica..................................................................................................... 16
3.5. Economia e mercado do frigorífico................................................................................ 17
3.6. Estudo da estrutura e das estratégias dos frigoríficos.................................................. 17
4. MÉTODOLOGIA...................................................................................................................... 18
5. RESULTADOS E ANÁLISES.................................................................................................. 19
6. FOTOS........................................................................................................................................ 28
7. CONCLUSÃO............................................................................................................................ 34
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................... 35
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1. INTRODUÇÃO

Esta pesquisa é voltada para o estudo dos agentes físicos frio e ruído, e como estes
agentes influenciam o trabalho em frigoríficos no Estado de Goiás. O problema abordado é:
Como esses agentes influenciam na saúde e na produtividade do trabalhador, em ambientes
insalubres de acordo com as normas regulamentadoras cabíveis. Ao advir a problemática é
acionado um processo, onde a vítima é o reclamante e a empresa a reclamada.

O perito é acionado para verificar a situação relatada, ele pode ter seu próprio
equipamento ou terceirizar o serviço. É importante o perito ter conhecimento da
jurisprudência do seu serviço, sempre datando e anotando cada acontecimento. É essencial
conferir cada dado descrito no laudo, que geralmente é dividido em: Proposta, Introdução,
Objetivo, Diligência geral, Identificação das partes, Levantamento técnico de campo,
Avaliação das condições locais, Legislação, Conclusão pericial, Quesitos do reclamante e da
reclamada.

É notório a verificação ergonômica, que descrito por Cardoso (2014) está contraindo
uma importância cada vez maior no ambiente de trabalho, especialmente devido aos
vários impasses decorrentes das atividades laborais atingidas, como lesões, acidentes e
doenças osteomusculares, os quais acarretam muitas vezes afastamentos temporários ou
definitivos do trabalhador. Havendo prejuízos para a saúde e bem-estar do trabalhador,
gera ônus financeiro para a economia.
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2. OBJETIVOS

2.1. Objetivos gerais

Verificar as condições de trabalho no ambiente, em relações as Normas


Regulamentadoras principalmente em relação à NR 15 (atividades e operações insalubres) e à
NR 36 (Segurança e saúde no trabalho em empresas de abate e processamento de carnes e
derivados).

2.2. Objetivos específicos

Elucidar os dados coletados e avaliar as possibilidades descritas nos 38 laudos


mencionados.

Mensurar as condições de trabalho em empresas similares, verificando quais seriam as


melhores medidas para amenizar os efeitos dos agentes envolvidos.
10

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1. Normas aplicadas e legislação

As normas aplicadas nesse trabalho serão as Normas Regulamentadoras (NR):

• NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual

Afirma que as empresas são obrigadas a fornecer aos seus empregados equipamentos
de proteção individual, propostos a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador. O
EPI deve conter o Certificado de Aprovação (CA) do Ministério do Trabalho e Emprego e sua
entrega deve ser registrada e feita gratuitamente, ao mesmo tempo que a empresa que importa
os EPIs deverá estar registrada junto ao Departamento de Segurança e Saúde do Trabalho.

A empresa que importa EPIs deverá ser registrada junto ao Departamento de


Segurança e Saúde do Trabalho, havendo para essa finalidade todo um processo
administrativo.

A Portaria do MTE Nº 107, de 25 de Agosto de 2009, determina a obrigatoriedade


legal do registro de entrega dos EPIs, conforme segue:

Art. 1º Inserir no item 6.6.1 da Norma Regulamentadora nº 06, (Equipamentos de Proteção Individual),
com redação dada pela Portaria SIT nº 25, 15/10/01, a alínea “h” com a seguinte redação:

h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema
eletrônico.

• NR 12 – Máquinas e Equipamentos:

Especifica, as instalações e áreas de trabalho, distâncias mínimas entre as máquinas.


Os equipamentos, dispositivos de acionamento, partida e as máquinas e equipamentos. Nos
seus anexos os equipamentos são apontados de forma bem detalhadas, sempre em busca da
padronização de medidas de prevenção para serem instaladas, com o objetivo de um trabalho
mais seguro nas operações com o maquinário.
11

• NR 15 – Atividades e Operações Insalubres

O termo insalubridade é usado para definir o trabalho em um ambiente hostil à saúde.


Tem direito ao adicional de insalubridade devido ao trabalhador que exercer suas atividades
em condições insalubres.

O artigo nº 189 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) relata que são
considerados atividades ou operações insalubres o trabalho em um ambiente hostil à saúde.
Tem direito ao adicional de insalubridade devido ao trabalhador que exercer suas atividades
em condições acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da magnitude do
agente e o tempo de exposição das suas implicações.

Os agentes causadores de insalubridade estão descritos nos anexos da NR 15, como o


ruído contínuo, ruído de impacto; tolerância para exposição ao calor, que são os principais
fatores estudados nesse artigo.

RUÍDO

O Anexo 01 da NR-15 determina que para uma exposição diária de até 8 horas o
limite de tolerância para ruído contínuo é de 85 dB(A). Por meio da Ficha de Entrega de EPI é
possível verificar que a reclamante recebeu protetores auriculares, os quais elidiram o efeito
insalubre causado pelo ruído.

FRIO

De acordo com o Anexo 09 da NR-15, tem-se: As atividades ou operações executadas


no interior de câmaras frigoríficas, ou em locais que apresentem condições similares, que
exponham os trabalhadores ao frio, sem a proteção adequada, serão consideradas insalubres
em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho.

UMIDADE
A análise da umidade é feita de forma qualitativa, conforme o exposto no Anexo nº 10
da NR 15:

1. As atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcados, com umidade excessiva,


capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores, serão consideradas insalubres em decorrência de
laudo de inspeção realizada no local de trabalho.
12

• NR 17 – Ergonomia

Determina os parâmetros que permitam a adequação das condições de trabalho às


características psicofisiológicas do homem. Máquinas, ambiente, tomada de decisões,
comunicações dos elementos do sistema, organização, informações, processamento, acarreta
consequências no trabalhador, e precisam ser avaliados, e se necessário, reorganizado.

• NR 26 – Sinalização de Segurança

Estabelece as cores e serem vistas na segurança do trabalho como medida de


prevenção evitando a distração, confusão e fadiga do trabalhador, além dos cuidados especiais
quanto a produtos e locais perigosos.

• NR 28 – Fiscalização e penalidades

Coloca os procedimentos a serem seguidos pela fiscalização trabalhista de segurança e


medicina do trabalho, como na concessão de prazos ás empresas para a correção de
irregularidades técnicas, no que consiste ao procedimento de autuação por infração as Normas
Regulamentadoras de Segurança e Medicina do trabalho, e valores de multas.

• NR 36 – Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento


de Carnes e Derivados

Implica os requisitos mínimos para a avaliação, controle e monitoramento dos riscos


efetivos nas atividades desenvolvidas na indústria de abate e processamento de carnes e
derivados designado ao consumo humano. Aponta o estabelecimento e formas de
procedimentos laborais para garantir permanentemente a segurança, a saúde e a qualidade de
vida no trabalho.

O Art. 253 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) define:

- Para os empregados que trabalham no interior das câmaras frigoríficas e para os que movimentam
mercadorias do ambiente quente ou normal para o frio e vice-versa, depois de 1 (uma) hora e 40 (quarenta)
minutos de trabalho contínuo, será assegurado um período de 20 (vinte) minutos de repouso, computado
esse intervalo como de trabalho efetivo.

Parágrafo único - Considera-se artificialmente frio, para os fins do presente artigo, o que for inferior, nas
primeiras, segunda e terceira zonas climáticas do mapa oficial do Ministério do Trabalho, Industria e
Comercio, a 15º (quinze graus), na quarta zona a 12º (doze graus), e nas quinta, sexta e sétima zonas a 10º
(dez graus).
13

Segundo a Portaria nº 21/94 do MTE, o Estado de Goiás, local no qual se situa a


reclamada, encontra-se inserido na quarta zona climática, onde se considera artificialmente
frio o ambiente cuja temperatura encontra-se abaixo de 12ºC.

3.2. EPI – Ruído

A Revista Proteção, renomada pelas suas publicações na área de segurança do


trabalho, em sua edição nº 56, apresentou um quadro com a durabilidade estimada de alguns
EPIs, foi indicado para os protetores auriculares uma durabilidade entre 1 e 2 meses (Tabela
1).

Tabela 1 – Durabilidade dos protetores auriculares.

Fonte: Revista proteção


14

A função do protetor auricular é a atenuação do ruído, dependendo do tipo de


atividade, do modo de utilização e conservação, irá definir a sua vida útil, garantido pelo
fabricante.
A delongada exposição ao ruído intenso pode lesar os órgãos sensoriais do ouvido
interno, diminuindo de maneira permanente e irreparável a sensibilidade auditiva. A lesão
auditiva está diretamente vinculada ao nível sonoro e duração da exposição, as características
do ruído e também a sensibilidade individual ao ruído.
Corroborado por Gerges, no aparelho auditivo, o ruído pode acarretar perda da
audição, no princípio essa perda só ocorre em relação aos sons agudos, portanto é
praticamente imperceptível. Em uma fase mais adiantada, a perda passa a interferir na
conversação normal. Quando começam a irromper dificuldades na comunicação verbal, o
dano à audição já é bastante profundo. O sistema auditivo é bastante sensível para as médias
frequências (1.000 a 4.000 Hz), o barulho composto por sons agudos e muito mais
prejudiciais.
Relatado pela Revista Proteção, a vida útil de protetores auriculares tipo plug
confeccionados em PVC, copolímeros e elastômeros sintéticos são de 3 meses. Para os
protetores tipo plug confeccionados em silicone grau farmacêutico é considerado 6 meses.
Para os protetores tipo concha de boa qualidade, a vida útil é de 1 ano.

Figura 1 – Protetor auricular tipo concha. Fonte: site 3M

Um dos fatores principais para a caracterização por de ambiente insalubre é o fato de


não fornecer o EPI que atenua os efeitos do ambiente ao trabalhador. Além da falta de
15

treinamento em relação ao uso e manutenção do EPI. O protetor auricular tipo plug atenua até
15 dB de acordo com cada fabricante.
Descrito por Ayres e Corrêa (2001) é estimado para o tipo plug pré-moldado
durabilidade entre 01 e 03 meses; estimam tipo abafador (concha) duram entre 04 e 12 meses.
Saliba (2008) afirma que o protetor auricular tipo silicone tem vida útil de até 06 meses.
Os pesquisadores Fernandes, Suman e Fernandes (2004) encontram vida útil para o
protetor auricular Pomp Plus da 3M, C.A nº 5.745, de 125 dias, e para o protetor auricular
tipo concha modelo Confo 500 da MSA, C.A nº 820, de 258 dias. Cienfuegos (2001) afirma
que os protetores auriculares tipo plugue pré-moldáveis duram entre 02 e 06 meses. Podemos
observar o protetor auricular tipo plug na figura 1.

Figura 2 – Protetor auricular tipo plug. Fonte: site 3M

Os EPIs utilizados dentro dos frigoríficos são: capacete de proteção, máscara


descartável, Avental de Segurança PVC, bota de PVC, moletom, meias e algodão, calça
térmica, Japona para baixa temperatura, luva cirúrgica, luva de malha de aço, luva de algodão,
luva PVC cano longo (dependendo da função é usado um tipo de luva), protetor auricular tipo
concha e óculos de proteção.

3.3. Frio

De acordo com a NR 15, as atividades ou operações exercidas no interior de câmaras


frigoríficas, ou em ambientes parecidos, que sujeitem os trabalhadores ao frio, sem a proteção
16

cabível, serão nomeadas insalubres em implicação de laudo de inspeção elaborado no local de


trabalho, dependendo da jornada de trabalho descrito na tabela 2.
Nos abatedouros é localizado as câmaras frias, que funcionam com baixas
temperaturas que podem gerar feridas, rachaduras, necrose na pele, enregelamento,
agravamento de doenças reumáticas, predisposição para acidentes e para doenças das vias
respiratórias. A empresa deve adotar certas medidas de controle de proteção coletiva, como o
revezamento de empregados, isolamento das fontes de frio, respeitando a máxima exposição
diária, e medidas de proteção individual.
Tabela 2 – Jornada de trabalho.

Jornada de Trabalho Tempo de tolerância para aplicação da pausa Tempo de Pausa


até 6h Até 6h20 20 Minutos
até 7h20 Até 7h40 45 Minutos
até 8h48 Até 9h10 60 Minutos
Fonte: NR-36

3.4. Avaliação ergonômica

Apresentado por Rocha (2008), a palavra ergonomia possui sua etiologia de origem
grega, ergon significa trabalho e nomos é definido como leis. Logo, seu significado é o estudo
das leis que regem o trabalho.

Segundo Omi (2012), o surgimento da ciência ergonomia ocorreu após a Segunda


Guerra Mundial, na Inglaterra, e foi adotado nos principais países europeus a fim de melhorar
as condições de trabalho e produtividade dos trabalhadores e da produção em geral.

Conforme Grandjean (2005), a ergonomia é o estudo do comportamento do homem no


seu trabalho. O trabalho envolve não somente os executados com máquinas e equipamentos,
mas a situação como um todo que advém da relação entre o homem e uma atividade
produtiva.

De acordo com Dul e Weerdmeester (2004), a ergonomia é uma ciência aplicada ao


projeto de máquinas, equipamentos, sistemas e tarefas, com a finalidade de aperfeiçoar a
segurança, saúde, conforto e eficiência no trabalho.
17

3.5. Economia e mercado do frigorífico

De acordo com Golani e Moita (2010) a indústria frigorífica tem sofrido mudanças
expressivas nos anos atuais. Além da disposição mundial de consolidação, o setor tem
conferido com grande apoio do BNDES no processo de consolidação, por empréstimo e
financiamento de operações aquisitivas.

A cadeia produtiva de frango é caracterizada por uma sequência de operações que


conduzem à produção de bens. E pode ser desmembrada em três importantes áreas: a)
produção de insumos, b) industrialização, c) comercialização e distribuição. (TRICHES,
VOILÀ, 2013).

Descrito por Golani e Moita (2010), os frigoríficos no Brasil passaram por uma
formidável modificação no período de 1980 até 2010. Os produtores passaram a ser mais
eficientes enquanto implementavam novas tecnologias para a criação e abates dos animais,
aprimorando a qualidade da carne e certificando uma oferta constante ao consumidor.

Destacado por Triches e Voilà (2013), as agroindústrias ligadas à avicultura, como os


amplos abatedouros e frigoríficos, são concentradas recentemente na região Centro-Oeste. As
distinções no nível de tecnologia de certas empresas permitem a produção de cortes de frango
com elevado grau de padronização, fornecendo ao mercado um produto de maior valor
agregado.

3.6 . Estudo da estrutura e das estratégias dos frigoríficos

Segundo Lau (1982) a Nova Organização Industrial Empírica (NEIO), mede o grau do
poder de mercado por meio da identificação de um parâmetro de conduta, assumindo custos
marginais não observáveis. Sendo um álibi no estudo comercial dos frigoríficos.

De acordo com Paul e Morrison (2001) as economias de custos motivadas pelo


agrupamento de mercado e seus conflitos na existência de seu domínio. É explicitado que a
diminuição da competitividade, gera um impacto positivo se a redução dos custos auxiliasse a
abaixar o preço do produto final.

Para Triches, Caldart, Siman e Stülp, (2004), o acréscimo da carne de frango está
acompanhado a quatro fatores básicos: a) a permuta das carnes vermelhas, em consequência
do aumento da preocupação com saúde e ordem ambiental; b) maior capacidade de
18

gerenciamento da cadeia agroindustrial do frango, associado ao pequeno preço comparado às


outras carnes, com o desenvolvimento de novos produtos e marcas; c) grande assentimento da
carne de frango pela grande parte da população, e d) maiores ganhos de produtividade na
indústria da carne de frango com as melhorias tecnológicas.

4. MÉTODOLOGIA

O trabalho aproveita a proposta de Vergara (2000), a pesquisa pode ser classificada


com relação a dois critérios básicos: fins e meios. Os fins, a pesquisa é classificada como
exploratória e descritiva. Essa pesquisa é estimada como exploratória, pois apesar de existir
grande quantidade de dados a respeito dos frigoríficos brasileiros, foi realizado em estudo de
caso em três frigorífico específicos, onde buscou-se conhecer a realidade empresarial.

Pode ser também considerada descritiva, pois descreve as características referentes ao


cotidiano da empresa, assim como suas estratégias de desempenho no mercado. Referindo aos
meios, o estudo pode ser considerado como bibliográfico e estudo de caso. Ele é chamado
bibliográfico, pois usa os conhecimentos obtidos na revisão bibliográfica apresentada.

Foi aproveitado como método o estudo de caso, por melhor condizer aos objetivos e
estratégias da pesquisa. Bryman (1989), relata que este método é uma maneira exploratória
para adquirir intuições e uma forma de avaliar a teoria que possibilita corroborar os resultados
de outros estudos.

Como utensílio de pesquisa foram empregados laudos periciais para assessorar a


evolução das pesquisas durante as entrevistas além de visitas às empresas estudadas. A
pesquisa foi realizada durante o ano de 2017. Por último, é verificado uma análise
comparativa entre a bibliografia pesquisada e a realidade dos frigoríficos.
19

5. RESULTADOS E ANÁLISES

Através de laudos de perícias judiciais, inspeção no local, e comparações de acordo


com as normas regulamentadoras. Foi apresentado uma amostra de 3 Frigoríficos visitados e
38 análises concluídas, todos no Estado de Goiás de um período de 2015 a 2017, sendo os
dados tratados de forma qualitativa.

É notoriado na tabela 3, que com o número do processo, a data que foi feita a perícia
no local, o tipo de local de trabalho do colaborador, os agentes avaliados na perícia e o
parecer da mesma.

No mapa abaixo segue a representação cartográfica da localização dos frigoríficos no


estado de Goiás (Figura 3)

Figura 3 - Localização das Perícias em Goiás

Fonte: Google Maps


20

Tabela 3 - Planilha de Processos

Item Número do Processo Data da Perícia Local Agentes Parecer

Limpeza - produtos
1 xxxxxx9-55.2015.5.18.xxxx 14/09/2015 Frigorífico Salubre
químicos
2 xxxxxx0-02.2015.5.18.xxxx 18/09/2015 Açougue Ruído e Frio Insalubre
3 xxxxxx3-91.2015.5.18.xxxx 23/09/2015 Frigorífico Ruído e Frio Insalubre
4 xxxxxx0-97.2015.5.18.xxxx 09/10/2015 Frigorífico Ruído e Frio Insalubre
5 xxxxxx2-67.2015.5.18.xxxx 09/10/2015 Frigorífico Ruído e Frio Insalubre
6 xxxxxx7-89.2015.5.18.xxxx 13/10/2015 Frigorífico Ruído e Frio Insalubre
7 xxxxxx4-36.2015.5.18.xxxx 23/10/2015 Frigorífico Ruído e Frio Insalubre

8 xxxxxx8-83.2015.5.18.xxxx 09/11/2015 Frigorífico Frio Insalubre

Limpeza de sanitários
9 xxxxxx0-91.2015.5.18.xxxx 16/11/2015 Frigorífico Insalubre
e ruído
10 xxxxxx0-60.2015.5.18.xxxx 20/11/2015 Frigorífico Ruído e Frio Insalubre
11 xxxxxx8-13.2015.5.18.xxxx 08/12/2015 Frigorífico Ruído e Frio Insalubre
12 xxxxxx9-49.2015.5.18.xxxx 19/01/2016 Frigorífico Ruído e Frio Insalubre
Frigorífico -
13 xxxxxx1-34.2015.5.18.xxxx 20/01/2016 Umidade Insalubre
pendura
Agentes biológicos e
14 xxxxxx2-47.2015.5.18.xxxx 02/03/2016 Granja Salubre
calor
15 xxxxxx8-62.2015.5.18.xxxx 04/03/2016 Frigorífico Ruído e Frio Insalubre
16 xxxxxx2-12.2015.5.18.xxxx 07/03/2016 Frigorífico Ruído e Frio Insalubre
Frio, Ruído,
17 xxxxxx3-90.2015.5.18.xxxx 14/03/2016 Frigorífico Umidade, Animais Insalubre
Deteriorados
18 xxxxxx3-66.2016.5.18.xxxx 14/03/2016 Frigorífico Frio Insalubre
19 xxxxxx9-84.2015.5.18.xxxx 28/03/2016 Frigorífico Ruído e Calor Insalubre
20 xxxxxx1-42.2016.5.18.xxxx 28/03/2016 Frigorífico Ruído e Frio Salubre
21 xxxxxx5-92.2016.5.18.xxxx 20/04/2016 Frigorífico Ruído Insalubre
22 xxxxxx8-43.2016.5.18.xxxx 15/04/2016 Frigorífico Ruído e Frio Insalubre
Triagem de
23 xxxxxx2-05.2015.5.18.xxxx 20/04/2016 Frio Insalubre
partes
24 xxxxxx4-28.2015.5.18.xxxx 28/04/2016 Frigorífico Ruído Insalubre
25 xxxxxx8-33.2016.5.18.xxxx 18/05/2016 Frigorífico Ruído e Frio Insalubre
Frigorífico -
26 xxxxxx9-33.2016.5.18.xxxx 07/06/2016 Ruído e Frio Insalubre
Salsicharia
27 xxxxxx6-54.2016.5.18.xxxx 16/06/2016 Sala de Cortes Ruído e Frio Insalubre
28 xxxxxx6-49.2016.5.18.xxxx 29/06/2016 Frigorífico Ruído e frio Insalubre
29 xxxxxx9-79.2016.5.18.xxxx 14/09/2016 Abate Calor e Ruído Insalubre
30 xxxxxx4-38.2016.5.18.xxxx 15/09/2016 Abate Calor e Ruído Insalubre
Triagem de
31 xxxxxx4-94.2016.5.18.xxxx 27/09/2016 Ruído e Frio Insalubre
partes
32 xxxxxx8-82.2016.5.18.xxxx 07/10/2016 Açougueiro Ruído e Frio Insalubre
21

ajudante de Calor e animais


33 xxxxxx3-69.2016.5.18.xxxx 09/01/2016 Insalubre
suinocultura deteriorados
Cortes, cone e
34 xxxxxx4-27.2016.5.18.xxxx 09/02/2017 Ruído e Frio Insalubre
filetadeira
Cortes,
35 xxxxxx3-71.2016.5.18.xxxx 02/03/2017 salsicharia, Ruído e Frio Insalubre
temperos
Cortes,
36 xxxxxx8-07.2017.5.18.xxxx 24/07/2017 escaldagem e Ruído, calor e frio Insalubre
evisceração

37 xxxxxx2-83.2017.5.18.xxxx 18/07/2017 Câmara fria Frio Salubre

38 xxxxxx3-45.2017.5.18.xxxx 31/08/2017 Granja Animais Deteriorados Insalubre


Fonte: Própria.

Segue a tabela 4, com o quantitativo em relação aos agentes envolvidos na perícia, os


dois agentes mais observados em ambientes de frigoríficos e açougues em grande maioria são:
frio e ruído, que se enfatiza nesse trabalho. Juntos representam 81% dos agentes nocivos à
saúde do trabalhador.

A parte de insalubridade sobre ruído avalia-se o nível de pressão sonora de acordo


com a NR 15, caso seja acima do limite de tolerância é observada a ficha de EPI como foi
mostrado no estudo anterior, considera-se uma vida útil de 3 meses (90 dias) e observa-se o
período em que o trabalhador estava sem EPI ou com o EPI além da sua vida útil.

Tabela 4 - Natureza do Processo

Ruído 28
Frio 27
Calor 6
Animais Deteriorados 2
Limpeza 2
Umidade 2
Agentes Biológicos 1
Produtos Químicos 0
Fonte: Própria.

O gráfico a seguir ajuda a ilustrar a representatividade do estudo mostrado em relação


ao frio e ruído (Gráfico 1)
22

Gráfico 1 - Natureza das

Perícias
Fonte: Própria.

Segue quantitativo dos resultados das pericias onde se observa condições insalubres
em 34 casos e salubres em 4 casos (Tabela 5).

Tabela 5 - Resultado das Perícias

Salubre 4
Insalubre 34
Fonte: Própria.

O gráfico 2, mostra que os 34 casos de insalubridades representam 89% em relação ao


total e as condições salubres são 11%
23

Gráfico 2 - Parecer Pericial

Fonte: Própria.

Avaliando os 36 laudos considerados como causa ruído (Gráfico 3), podemos destacar
que nas medições de pressão sonora, são apresentados 5 casos que mesmo utilizando um
protetor auricular tipo concha, que reduziria 15 decibéis, não atenuariam os efeitos causados
pelo ambiente insalubre. Visto que a máxima pressão sonora no trabalhador permitida é de 85
decibéis.
24

Gráfico 3 – Medições de pressão sonora

Fonte: Própria.

Visualizando os 30 laudos com o motivo de frio, é verificado a medição de


temperatura (Gráfico 4), assim é possível identificar 25 laudos abaixo de 12ºC, sendo
considerados ambientes insalubres.
25

Gráfico 4 – Medição de temperatura

Fonte: Própria.

É elucidado dentre as 36 perícias, que possuem o quesito de ruído, uma avaliação do


ambiente de 53% insalubres e 47% salubres (Gráfico 5).
26

Gráfico 5 – Avaliação do ambiente - Ruído

Fonte: Própria.

Na análise de calor é realizada duas medições: bulbo natural úmido e


temperatura de globo. Entre as 30 perícias, com requisito de frio, 83% são insalubres e
17% são salubres.

Gráfico 6 – Avaliação do ambiente - Frio

Fonte: Própria.

Em uma mesma pericia é possivel obter distintos critérios de avaliações: ruído, frio,
calor, animais deteriorados, umidade, entre outros. Assim são definidos criterios gerais, que
foram identificados nos casos 61% insalubres e 39% salubres (Gráfico 7).
27

Gráfico 7 – Critérios gerais

Fonte: Própria.
28

6. FOTOS

Figura 4 – Setor de Embutidos.

Fonte: Laudo pericial.

Figura 5 – Nível de Ruído: 98,5 dB (Auxiliar de produção – setor de embutidos).

Fonte: Laudo pericial.


29

Figura 6 – Nível de Ruído: 98,5 dB (Auxiliar de produção – setor de embutidos).

Fonte: Laudo pericial.

Figura 7 – Temperatura do ambiente frio do setor de embutidos.

Fonte: Laudo pericial.


30

Figura 8 – Área de manipulação de bacon.

Fonte: Laudo pericial.

Figura 9 – Temperatura da câmara fria da área de manipulação de bacon.

Fonte: Laudo pericial.


31

Figura 10 – Linha de produção, setor de Filetadeira.

Fonte: Laudo pericial.

Figura 11 – Linha de produção, setor de cortes cone.

Fonte: Laudo pericial.


32

Figura 12 – Medição de ruído, setor de filetadeira.

Fonte: Laudo pericial.

Figura 13 – Temperatura da câmara de congelados.

Fonte: Laudo pericial.


33

Figura 14 – Temperatura do ambiente frio do setor de embutidos.

Fonte: Laudo pericial.


34

7. CONCLUSÃO:

De acordo com as normas aplicadas e analisando os dados pode-se aferir que nos 38
laudos, é constatado na maioria dos casos a conclusão final como ambientes insalubres, sendo
89% do total. O ambiente insalubre pode ser considerado salubre, caso ocorra medidas
mitigadoras e corretivas como as pausas térmicas e o fornecimento de EPI, para amenizar os
efeitos ao trabalhador. As naturezas das perícias analisadas foram: ruído, frio, calor, animais
deteriorados, limpeza, umidade e agentes biológicos. Na estimativa os casos mais alarmantes
foram os ruídos, ocupando 41% dos eventos e o frio, que obteve 40%. As principais medidas
tomadas para amenizar os agentes do frio e ruído, são as pausas térmicas e o uso de EPI.

Foram constatados nos ambientes de trabalho, condições próximas aos limites


determinados pela norma. Todos os dados foram retirados a partir de frigoríficos no estado de
Goiás, no período entre 2015 até 2017. Houveram poucas queixas relacionadas a limpeza do
local. Esses resultados das 38 perícias analisados em critérios gerais, envolvendo todos os
fatores estudados tais como ruído, frio, calor, animais deteriorados, limpeza, umidade, agentes
biológicos e produtos químicos, apresentaram 61% insalubres e 39% salubres.
35

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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