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COMO SURGIRAM

NRS

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O QUE SÃO AS

NORMAS REGULAMENTADORAS

Revisão Resumida das Normas Regulamentadoras


Feita pela Equipe RSData

1. Afinal, o que são as Normas Regulamentadoras? 2. Como surgiram as normas regulamentadoras?


São um conjunto de procedimentos técnicos que têm A sigla para Norma Regulamentadora remonta aos
como objetivo a segurança no trabalho. Com caráter primórdios das leis trabalhistas brasileiras, nascidas a
obrigatório, foram criadas e podem sofrer alterações por partir da lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977, que
intermédio do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). estabeleceu a redação dos art. 154 a 201 da
Existem 37 Normas Regulamentadoras (NRs) publicadas, Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, relativas à
porém, atualmente, 35 NRs continuam em vigor no segurança e medicina do trabalho.
território nacional. A NR 2 e a NR 27 foram revogadas O art. 200 da CLT estabelece ao Ministério do Trabalho
por portarias do Governo Federal. a função de criar as disposições complementares às
É importante salientar que NR não é LEI! E, como tal, na normas relativas à SST. E, a partir disso, em 1978, o
hierarquia das leis, ela deve ser aplicada apenas e tão MT aprovou a Portaria nº 3.214, que regulamentou as
somente na exata dimensão de sua importância e NRs pertinentes a esta área.
grandeza.

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3. Por que são tão importantes?
O Brasil passou por um grande crescimento
econômico durante a década de 1970. Foi
uma época histórica na qual grandes obras se É importante salientar
tornaram realidade. Por outro lado,
acompanhando esse crescimento, o número
que NR não é LEI!
de acidentes e mortes devido à falta de E como tal, na
segurança do trabalho também tornou-se
alarmante.
hierarquia das leis, ela
 As NRs provam que informação, capacitação deve ser aplicada
e novas ferramentas resultam em menor apenas e tão somente
tempo em tarefas, menos gastos com
afastamentos e maior qualidade de produção. na exata dimensão de
  As normas são importantes, pois têm como sua importância e
finalidades: prevenir acidentes; garantir a
saúde e grandeza. Logo, não
a integridade do trabalhador no canteiro de pode afrontar, aviltar,
obras; impedir a realização de trabalhos em
condições precárias; assegurar o uso de
modificar o que está
equipamentos de segurança e criar padrões consagrado na Lei.
para cada procedimento.

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Informações e Objetivos das

NORMAS
REGULAMENTADORAS
4. Veja os objetivos e informações principais atualizadas sobre cada uma delas: 
4.1. NR-01
Refere-se à disposição geral das NRs e reafirma a importância da observância de todas elas,
lembrando, no item 1.9, que o não cumprimento das disposições legais e regulamentares sobre segurança e
saúde do trabalho poderá resultar em penalizações.

4.2. NR-02
Revogada em 2019, a norma, que já estava em desuso, indicava que todo estabelecimento, antes de iniciar suas
atividades, deve solicitar a aprovação de suas instalações ao órgão regional competente do Ministério do
Trabalho.
 
4.3. NR-03
Trata de embargos ou interdições. Define situações emergenciais nas quais as organizações se sujeitam a
paradas totais ou parciais de suas obras, sejam elas quaisquer serviços de engenharia de construção,
montagem, instalação,
manutenção ou reforma. No embargo da obra, somente podem ser executadas atividades para corrigir as
situações que geraram o embargo.
 
Considerações:
As alterações em relação à Norma Regulamentadora NR-3, sobre embargo e interdição, foram recentemente
publicadas no Diário Oficial da União pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, do Ministério da
Economia.
No geral, este processo é positivo e simplifica o entendimento, mas aumenta muito a responsabilidade
empresarial, exige treinamento para a adequação e, ainda assim, há ressalvas a serem levadas em conta quanto
a NR-3.
Para alguns especialistas, a NR-3 é preocupante porque é interpretativa, e não impositiva.  Em geral, as normas
devem indicar o que fazer, e não como fazer, o que é demandado/exigido.
O cenário criado pela NR3 pode gerar interpretações diversas, dependendo de quem analisa a norma. Isso vale,
inclusive, para a interpretação do fiscal – o que, na avaliação de alguns especialistas, pode ser complexo, já que
estamos falando de casos que podem resultar na interdição, embargo e paralisação de operações, no pior dos
casos.
 
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Exemplo prático:
Podemos pensar em um fiscal muito bem-intencionado, que assiste
ao jornal ao meio dia e se depara com a notícia que uma criança ou
empregado caiu de uma sacada.
O fato fica em sua cabeça e pode afetar sua avaliação de qualquer
estrutura semelhante ao longo do dia ou próximos dias. Ele tenderá a
achar que as sacadas, mezaninos, guarda-corpos, são, de maneira
ampla, perigosos.
 Então, este mesmo fiscal, ao fiscalizar uma empresa ou obra,
encontrará estruturas assim, às quais o engenheiro responsável terá
acreditado serem seguras, satisfatórias, pois seguiram a norma em
sua construção. Entretanto, o fiscal, influenciado pelas notícias e por
sua percepção, poderá ter outra
interpretação, acreditando que as sacadas oferecem o risco grave
iminente e notificar a empresa/obra por isso.
 Trata-se de interpretação pessoal, e isso é arriscado. Toda revisão,
mudança, evolução nas normas, em função de enxugar, facilitar e
agilizar processos é relevante e bem-vindo, mas, no caso da NR3,
será necessário haver treinamento, para que haja uma compreensão
do que a norma, de fato, exige, o que precisa ser cumprido
e fiscalizado.
 
4.4. NR-04
Estabelece que as organizações que tenham empregados regidos
pela CLT constituam o Serviço Especializado em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT, de acordo com o
grau de risco de sua atividade principal, bem como do número de
empregados. A finalidade é criar um ambiente de trabalho mais
seguro e salubre, protegendo a integridade dos trabalhadores no
exercício de suas atividades.

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4.5. NR-05
Estabelece Critérios para Estruturação e funcionamento da CIPA URBANA - Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes, e determina que esta seja formada em qualquer empresa que tenha a partir de 20 empregados.

4.6. NR-06
Determina que as empresas forneçam, obrigatoriamente e de forma gratuita, os Equipamentos de Proteção
Individual – EPIs adequados ao risco do trabalho desenvolvido. Também estabelece que os EPIs estejam sempre
em perfeito estado de conservação e funcionamento.
 
4.7. NR-07
Nova redação aprovada pela Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP). Será publicada em 2020. Trata
do programa de controle médico de saúde ocupacional."
 
4.8. NR-08
Tratando de edificações, esta NR estabelece requisitos técnicos mínimos que devem ser observados nestas
para que haja segurança e conforto aos trabalhadores.
 
4.9. NR-09
Esta fala do famoso Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA. No item 9.1.1, estabelece a
obrigatoriedade da elaboração e implementação do PPRA, com intuito de garantir a integridade, tanto dos
trabalhadores, quanto dos recursos ambientais, por meio da antecipação, reconhecimento, avaliação e controle
da ocorrência de riscos ambientais no ambiente de trabalho.
 
4.10. NR-10
Com o objetivo de garantir a segurança e saúde dos trabalhadores em atividades direta ou indiretamente
ligadas a instalações elétricas e serviços com eletricidade, define os requisitos e condições mínimas para
execução de tais ações, bem como medidas de controle e sistemas preventivos.
 
4.11. NR-11
Prevê obrigações de segurança para operações de elevadores, guindastes, transportadores industriais e
máquinas transportadoras. A meta é assegurar resistência, e conservação dos equipamentos, bem como a
segurança de quem trabalha neles ou os utiliza.
 
4.12. NR-12
Aborda a segurança dos trabalhadores envolvidos no projeto e uso de máquinas e equipamentos. Determina
regularização da fabricação, importação, venda, exposição e cessão a qualquer título.

Últimas alterações:
A norma passou por mudanças recentes em relação a itens como panificação e confeitaria, máquinas para
açougue e mercearia, máquinas e implementos para uso agrícola e florestal, equipamentos de guindar para
elevação de pessoas e realização de trabalho em altura, além de trazer um acréscimo ao item 12.5.1, segundo o
qual as empresas não são mais obrigadas a observar novas exigências publicadas após a data de fabricação,
importação ou adequação de seus equipamentos ou máquinas, o que exige muita atenção das organizações, já
que é preciso estar em dia com todas as exigências para não sofrer penalizações.

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Como atender às exigências?
Um dos recursos mais importantes neste processo é um bom
checklist. E se esta contar com o auxílio de uma ferramenta
automatizada, que traz agilidade e assertividade à gestão, melhor
ainda.
O RSData traz a funcionalidade de checklist perfeita para esta
verificação, permitindo manter atenção constante sobre os itens a
serem verificados – tanto em relação à NR 12, quanto a outras normas
e exigências – e, com isso, garantir que as ações necessárias sejam
O Checklist da RSDATA
tomadas para manter tudo em conformidade com a legislação vigente. é uma ferramenta
Com o checklist, as empresas conseguem verificar seus parques de poderosa, que permite
máquinas e equipamentos, identificando eventuais não conformidades. uma sintetização das
A partir desta detecção, o pós-checklist seguirá com a sugestão de demandas a serem
planos de ação para correção do que não estiver em linha com as realizadas e um melhor
obrigatoriedades a seguir, e, com isso, a gestão de SST pode ser muito controle dos processos,
mais assertiva, tanto para empregadores, quanto para empregados. acarretando numa
 
diminuição no tempo
Exemplo prático:
de execução, e
Digamos que, aí na sua empresa, durante a realização do checklist de
consequente  aumento
uma máquina para atendimento à NR 12, foi verificado que a mesma
não possui comando de parada de emergência. Com esta informação
da PRODUTIVIDADE,
em mãos, será possível montar um plano de ação para realizar tal
EFICIÊNCIA e
adequação. Ou seja, é possível garantir segurança para os funcionários LUCRATIVIDADE,
que utilizam a máquina, segurança para as empresas - que ficarão
livres do risco de penalizações por este motivo.   Vale a pena investir
nesta evolução. Inovação a favor de SST. Conheça mais o RSData aqui.

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4.13. NR-13
Esta norma envolve os requisitos mínimos de segurança para gestão de tanques metálicos de
armazenamento, caldeiras a vapor, vasos de pressão e tubulações de interligação. Define regras de
instalação, inspeção, operação e manutenção. É preciso, de acordo com esta norma, ter treinamento e
certificado específicos, que precisam ser renovados a cada dois anos.
 
4.14. NR-14
Norma voltada a recomendações de instalação, construção, uso e manutenção de fornos industriais
em ambientes de trabalho.

 4.15. NR-15
Descreve as atividades, operações e agentes insalubres, de qualquer natureza ou ambiente que possa
trazer risco a saúde dos trabalhadores.  
Considerações:
Revisada parcialmente em 2019, será finalizada este ano. Foi revisto item sobre benzeno e cancerígenos.
 
4.16. NR-16
Regulamenta atividades e operações consideradas perigosas e estipula as recomendações
prevencionistas para tais. Também determina o adicional de 30% sobre o salário para trabalhadores que,
no exercício de seu trabalho, vivenciam condições previstas como periculosidade. O anexo nº1 e no nº2
da NR-16 trazem a descrição de que condições e trabalhos podem ser enquadrados como sendo de risco.
 
4.17. NR-17
Cria parâmetros de ergonomia para melhorar o conforto, garantir segurança e saúde no exercício das
funções no ambiente de trabalho.

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NR 18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE
TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO.
4.18. NR-18 
Específica para a Indústria de Construção, estabelece diretrizes de ordem administrativa, de
planejamento e de organização para prevenção e controle voltados à segurança nos processos, condições
e ambiente de trabalho. Além disso, também estabelece critérios para estruturação e funcionamento da
CIPA.

Últimas alterações:
Quando se trata da nova NR18, cujo texto atualizado foi publicado pela Portaria 3.733, uma avaliação unilateral
não é suficiente: o ideal é analisá-la em um aspecto mais amplo, harmonizada em relação a outras NRs,
especialmente as NRs 1, 7, 9 e 17.

Relacionada à NR1:
É fato que esta é de conhecimento obrigatório para todos os entes que possuem atividades em obras de
construção, uma vez que a norma se refere à disposição geral das NRs e reafirma a importância da observância
de todas elas, lembrando, no item 1.9, que o não cumprimento das disposições legais e regulamentares sobre
segurança e saúde do trabalho poderá resultar em penalizações.

Relacionada à NR7:
Estamos falando da exigência de criação, pelos empregadores, dos Programas de Controle Médico de Saúde
Ocupacional – PCMSO, em caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde
relacionados ao trabalho. No novo texto desta NR, o PCMSO será substituído ou integrado a novos
instrumentos, como o PGR – Programa de Gerenciamento de Riscos, que substitui o PCMAT – Programa de
Controle do Meio Ambiente do Trabalho.
 
Relacionada à NR9:
Trata do famoso Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA, estabelecendo, entre outros itens, a
obrigatoriedade da elaboração e implementação do PPRA, com intuito de garantir a integridade, tanto dos
trabalhadores, quanto dos recursos ambientais, por meio da antecipação, reconhecimento, avaliação e controle
da ocorrência de riscos ambientais no ambiente de trabalho.
 
Em se tratando de construção civil, riscos de trabalho e ambientais são uma constante, fato que faz com que a
NR9 ande de mãos dadas com a NR18 e demais legislações do setor em relação a SST.
 
Relacionada à NR17:
Traz parâmetros voltados ao conforto, segurança e saúde no exercício das funções no ambiente de trabalho, o
que também a “linka” diretamente às questões de SST em construção civil, traçando mais uma linha que deve
ser perpendicularidade para cruzar diretamente com a NR18.
 

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Prazo para entrar em vigor:
Não por acaso, o prazo para entrada em vigor da nova NR 18
(um ano) tem por motivo a elaboração e publicação futuras
das NRs 7, 9 e 17, que serão interligadas com a NR 18.

Além disso, pesa neste prazo a necessidade de entendimento


e introdução nas obras do PGR, sobre o qual já falamos
acima, e a compreensão de novos instrumentos como o GRO
– Gerenciamento de Riscos Ocupacionais, um documento que NR18: Simplificação
em breve será publicado pelo Grupo Técnico Tripartite.
onde o conceito muda
Incontestável individualidade:
O fato central é notar que, não somente a NR 18, mas todas
de COMO FAZER para
as normas revistas não têm mais uma incontestável
individualidade. Antes, quem olhava para a NR18 poderia
O QUE FAZER.
considerar saber quase tudo em construção civil, mas agora
não é mais assim, é preciso entender da harmonização com
as demais normas relacionadas.
Quando se fala em NRs setoriais, não é mais possível pegar
uma só: há coligações a serem feitas, compreendidas, para
uma total abrangência em se tratando de gestão de SST.

Pondo isso tudo em perspectiva, podemos avaliar a nova


redação da NR 18 como uma simplificação, uma redução dos
campos detalhados, que torna muito mais claro O QUE fazer,
retirando do texto o COMO fazer.
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Como a NR 18 foi a primeira norma tripartite, criada em um momento em que os quesitos da norma não eram,
digamos, tão amplamente seguidos, foi necessário fazer dela uma norma quase que didática, com muita
explicação sobre como fazer para atender a seus critérios.
 

Hoje em dia, tal nível de detalhamento não é mais necessário e, em verdade, torna-se exagerado, quase que
pecando pelo excesso e gerando dúvidas pela repetição de itens.
 

O que fazer?
Com a nova redação, o importante é O QUE fazer, e isso é um ganho, mas não é permitido esquecer que neste
“o que” tem de estar acoplado um “por quem”: para todos empresário da construção civil, tem de ser regra a
contratação de profissionais especializados, qualificados, credenciados para realizarem e atenderem os
critérios da NR18 e demais segmentos de SST setoriais.

Isto para não incorrer em infrações que resultem em penalizações. A título de exemplo, podemos citar uma
suposição possível: uma assinatura “fria” de um técnico em um laudo, ou em um certificado, referindo
treinamentos.
 
Se todas as informações não estiverem absolutamente corretas e, principalmente, correspondentes à verdade,
podendo ser comprovadas sem qualquer mácula por todos os frequentadores do treinamento, sem exceção e
em qualquer situação, então ok.
 
Mas, caso uma das informações atestadas e assinadas destoe do relato de um dos trabalhadores participante
do treinamento, isso poderá implicar em crime de falsidade ideológica para quem assinou o documento, e em
penalidades também para a empresa que contratou tal profissional.
 
Responsabilidade de quem?
Outro ponto a estar muito atento na nova NR 18 é seu foco em responsabilizar o empreendedor ou
empregador maior – o que abordaremos de forma mais abrangente em nosso blog, mas que, de pronto, traz,
no mínimo, uma grande necessidade de reflexão em meio ao ambiente atual de construção civil do país, em que
a terceirização dos serviços em obras é muito comum.
 
E é importante ter em mente, ainda, que todos os trabalhadores, sejam da incorporadora, sejam de
terceirizados, terão de ser perfeitamente documentados.
 
Resumindo:
Em resumo, a NR18 ficou palatável, trouxe um texto de simplificação significativa. Mas, nem por isso, tornou
menos necessária a atenção aos detalhes e exigências. Ao contrário: agora se tem muita clareza sobre o que
fazer, e isso se traduz em ainda mais responsabilidade sobre não errar no cumprimento das regras.

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4.19. NR-19
Cria regras para depósito, manuseio e armazenagem de explosivos. Vale ressaltar que toda atividade ligada a
explosivos é considerada de alto risco e, por este motivo, precisa considerar sempre também a NR-16. Além
disso, cria a figura do BLASTER, especialista em explosivos, plano de fogo e dá outras providências.
 
4.20. NR-20
Define o que é entendido como “líquido combustível”, ou seja, aqueles com ponto de fulgor. 
 
Vale ressaltar que o ponto de fulgor é a temperatura mínima em que um corpo ou substância inicia a liberação
de vapores inflamáveis. Quanto mais baixa a temperatura de início (fulgor), mais crítica para a segurança é a
condição. 
 
NR 20.3
Definições 20.3.1 Líquidos inflamáveis: são líquidos que possuem ponto de fulgor ≤ 60ºC (sessenta graus
Celsius).
 
NR 20.3.3 Líquidos
combustíveis: são líquidos com ponto de fulgor > 60ºC (sessenta graus Celsius) e ≤ 93ºC (noventa e três graus
Celsius).
 
4.21. NR- 21
Torna obrigatória a implantação de abrigos para proteger trabalhadores que atuem a céu aberto contra
condições de mau tempo intensas, tais como vento ou chuva forte, tempestade, furacão, seca etc
 

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4.22. NR-22 
Voltada a atividades de mineração, estabelece preceitos a
serem observados na organização e ambiente de trabalho
deste ramo para assegurar a segurança e saúde dos
trabalhadores.
 
Também estabelece critérios para estruturação e
funcionamento da CIPAMIN - Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes na Mineração.
Importante lembrar que ações da área de mineração
também requerem atendimento à NR-07, já que tanto a
empresa atuante, quanto o Permissionário de Lavra
Garimpeira, precisam elaborar e implementar o Programa
de Controle Médico e Saúde Ocupacional – PCMSO.
 
Atenção:
 

Revisada parcialmente em 2019. Foi incluído item sobre


vedação de construção/funcionamento de áreas de
vivência localizadas à jusante de barragem sujeitas à
inundação em caso de rompimento. Revisão será
finalizada em 2020

4.23. NR-23
Define medidas de proteção contra incêndios e deve ser
levada em conta por empresas de todos os ramos.
 
Destaques:
NR 23.1: Todos os empregadores devem adotar medidas
de prevenção de incêndios, em conformidade com a
legislação estadual e as normas técnicas aplicáveis. 
 
4.24. NR-24
Estabelece as condições sanitárias, de conforto e
usabilidade mínimas em locais como instalações sanitárias,
vestiários, refeitórios, cozinhas, alojamentos e refeitórios.
 
4.25. NR-25
Refere-se à destinação de resíduos industriais. Proíbe o
lançamento ou liberação destes resíduos, quando
considerados contaminantes, nos ambientes de trabalho
ou quaisquer outros ambientes não adequados. Envolve
contaminantes gasosos sob a forma de matéria ou
energia, de acordo com os preceitos estabelecidos pela
NR-15.
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4.26. NR-26
Fixa as cores que devem ser usadas para identificar equipamentos de segurança, delimitar áreas, identificar
canalizações empregadas nas indústrias para a condução de líquidos e gases, com foco na advertência sobre
riscos e prevenção de acidentes, contaminações ou outros agravos à segurança e saúde dos trabalhadores.

NR-26.2 Classificação, Rotulagem Preventiva e Ficha com Dados de Segurança de Produto Químico

NR-26.2.1 O produto químico utilizado, Nº, local de trabalho, deve ser classificado quanto aos perigos para a
segurança e a saúde dos trabalhadores, de acordo com os critérios estabelecidos pelo Sistema Globalmente
Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS), da Organização das Nações Unidas.

NR- 26.2.1.2 A classificação de substâncias perigosas deve ser baseada em lista de classificação harmonizada
ou com a realização de ensaios exigidos pelo processo de classificação.

NR-26.2.1.2.1 Na ausência de lista nacional de classificação harmonizada de substâncias perigosas pode ser
utilizada lista internacional.

NR- 26.2.1.3 Os aspectos relativos à classificação devem atender ao disposto em norma técnica oficial vigente.
NR- 26.2.4 Os trabalhadores devem receber treinamento:
a      para compreender a rotulagem preventiva e a ficha com dados de segurança do produto químico;
b.      sobre os perigos, riscos, medidas preventivas para o uso seguro e procedimentos para atuação em
situações de emergência com o produto químico.

4.27. NR-27
Esta norma, que tratava do Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no MTB, foi revogada
pela Portaria GM n.º 262, 29/05/2008
 
4.28. NR-28
Em caso de visitas de agentes fiscais, é esta norma que determina os critérios de fiscalização e de aplicação de
penalidades/multas. Versa sobre os prazos que devem, eventualmente, serem aplicados pelo agente fiscal, bem
como sobre as regras para interdição de locais de trabalho.
 
4.29. NR-29 
Regula os critérios para prevenção de acidentes e doenças relacionados ao ambiente de trabalho, além de
tratar dos primeiros socorros a serem prestados a acidentados, no âmbito de atividades portuárias.
Também estabelece Critérios para Estruturação e funcionamento da CIPA da Atividade Portuária.
 
4.30. NR-30 
Voltada a segurança e saúde dos trabalhadores aquaviários e que realizem trabalhos a bordo de embarcações,
define critérios de proteção e regulamentação das condições de trabalho.  Também estabelece critérios para
estruturação e funcionamento da CIPA na atividade dos trabalhadores aquaviários.

4.31. NR-31 
Define preceitos para segurança e saúde dos trabalhadores e do meio-ambiente em atividades ligadas à
agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura. Também estabelece critérios para
estruturação e funcionamento da CIPATR na atividade agrícola.

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4.32. NR-32
Voltada à área da saúde, visa cuidar da saúde dos profissionais deste segmento. Não se restringe ao setor
hospitalar, mas a todos enquadrados no segmento Saúde, incluindo Ensino e Pesquisa. Por esta NR, há critérios
de responsabilidade compartilhada entre empregador e empregado.
 
4.33. NR-33
Foco em espaços confinados, visa a definir os critérios que determina a definição de tais espaços, bem como
cria mecanismos para avaliação, monitoramento e controle de riscos envolvidos nestes locais.
 

Pela NR, espaço confinado é todo aquele não projetado para ocupação humana contínua, que possua meios
limitados de entrada e saída, com ventilação insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a
deficiência ou enriquecimento de oxigênio.
 

A norma demanda um treinamento ou curso específico, que tem validade de um ano, sendo necessária
reciclagem a cada vencimento.
 
4.34. NR-34
Estabelece requisitos mínimos e medidas protetivas à segurança e saúde dos trabalhadores, bem como ao meio
ambiente, nas atividades relacionadas à indústria de construção e reparação naval.
 
4.35. NR-35
Voltada a regras para garantia de segurança no trabalho em altura, envolve o planejamento, a organização e a
execução deste tipo de atividade. É focada em todos os trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com
este tipo de ação e requer treinamento ou curso específico, que precisa ser revalidado a cada dois anos.
 
4.36. NR-36
Estabelecer requisitos mínimos para avaliação, controle e monitoramento de riscos existentes nas atividades
desenvolvidas na indústria de abate e processamento de carnes e derivados destinados ao consumo humano.
Voltada a garantir a segurança e saúde de quem trabalha na área,
 
4.37. NR-37 
Cria requisitos mínimos para garantia da segurança, saúde e condições de trabalho em plataformas de petróleo
em operação em águas brasileiras. Também estabelece critérios para estruturação e funcionamento da CIPA na
atividade plataformas de Petróleo e Gás.

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Como são feitas as

REVISÕES DAS NRS

5. Como é feita a revisão das NRs?


O trabalho de revisão das normas regulamentadoras começa com a avaliação inicial de um grupo técnico,
coordenado pela Subsecretaria de Inspeção do Trabalho, ligada ao Ministério da Economia. Esse grupo é
composto por auditores-fiscais do trabalho, pesquisadores da Fundacentro e profissionais do Ministério da
Saúde e da Secretaria de Previdência.
 Após a primeira fase, os textos são enviados para consulta pública. O tempo médio dessa consulta varia entre
30 e 45 dias. Em casos mais complexos, é realizada audiência pública. Foi o que aconteceu com as NRs 7, 9 e
17, que estão em processo de revisão.
Depois da consulta pública, todo o material coletado sobre as NRs é enviado para a Comissão Tripartite
Paritária Permanente (CTPP). Essa comissão conta com representantes de centrais sindicais, das
confederações dos empregadores e de técnicos do governo. É função da comissão a construção do texto final
da NR. Esse processo pode durar de um a seis meses. Ao chegar-se a um consenso, o novo texto da NR é
publicado no Diário Oficial da União.
 

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6. Conclusão:
É uma lista extensa, mas fundamental para
que se alcance excelência em segurança e
saúde nos ambientes de trabalho. Assim
como as atividades e modelos de trabalho,
As mudanças das NRs
as regras para este âmbito também impactará na gestão
evoluem, e nada impede que o futuro nos de SST, e o
reserve mudanças, acréscimos e outras
inovações nas NRs e outros instrumentos
acompanhamento do
de SST. que vem ocorrendo é
 Por enquanto, a lista de NRs é esta acima, FUNDAMENTAL para
e ficar atento a ela garante não apenas
boas condições de trabalho, mas também estar atualizado com
segurança para o empregador, que tem as normas que regem a
mitigados os riscos de penalizações.
Conhecimento, neste caso, é primordial
área de SST.
para todos: empregados, empregadores e Acompanhe o blog da
sociedade em geral. RSData
 Para ficar por dentro de todas as alterações
e novidades sobre o assunto, acompanhe
nosso blog e participe enviando suas dúvidas
e comentários.

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